sábado, 30 de janeiro de 2021

LIÇÃO 5: FRUTO DO ESPÍRITO: o eu crucificado

 

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I

   INTRODUÇÃO

O fruto do Espírito é o resultado de uma vida cristã abundante e manifestada no relacionamento entre os irmãos e irmãs na igreja e no lar, na convivência com os descrentes no trabalho e na sociedade. Por isso, devemos entender o conflito entre a carne e o Espírito e a função do fruto do Espírito. – Alista de virtudes que o apóstolo Paulo chama de “fruto do Espírito” (Gl 5.22, 23) é um contraponto aos vícios denominados “obras da carne” (Gl 5.19-21). A fonte dessas virtudes é o Espírito Santo, as quais são uma atuação da graça de Deus em nossa alma, como disse Donald Gee: “o fruto do Espírito não está no solo natural, mas vem de Deus”. Esse fruto aparece por meio do crescimento na graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação (Pv 4.18; 2 Co 3.18). Não se trata de um conjunto artificial de regras resultante de esforço humano, mas consequência de quem é guiado pelo Espírito. É o resultado de uma vida cristã abundante manifestada no relacionamento entre os membros do corpo de Cristo na igreja e no lar, na convivência com os descrentes no trabalho e na sociedade. É um dos temas mais vibrantes da ética cristã, pois mostra para o mundo o que o Espírito Santo colocou dentro de cada um de nós.

   I. O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE

O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios do Espírito; ele é liberto da lei e dos rudimentos deste mundo, mas isso não significa uma vida passiva. O fruto do Espírito é a expressão do Espírito na vida do crente.

1. Definição. Jesus nos salva e nos dá o Espírito Santo, nos renova e coloca em nós o desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus. O fruto do Espírito é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um processo natural de crescimento espiritual. Ele surge gradativamente dentro de nós como resultado da regeneração do Espírito Santo de forma instantânea e também gradativa por meio do crescimento na graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação. O apóstolo apresenta nove modalidades do fruto (v.22).

2. “O fruto”, no singular. Alguns expositores estranham o fato de Paulo contrapor “as obras da carne” (v.19) com o “fruto do Espírito” (v. 22), no singular, quando era de se esperar “frutos”. O missionário Eurico Bergstén explica esse singular ilustrando esse fruto como uma laranja e seus gomos. O “fruto” que aparece logo em seguida é o amor (“caridade”, na Versão Almeida Corrigida – 1969), diz o missionário, as oito virtudes seguintes são os reflexos do amor: “gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (v. 22). Donald Gee chama o fruto do Espírito de nove modalidades do fruto. A forma singular sugere que nelas se produz a unidade de caráter de Cristo, as nove graças mencionadas, todas elas em contraste com as confusões das obras da carne. 

3. Andar no Espírito (v.16). Ser guiado pelo Espírito significa, na linguagem paulina, vitória sobre os desejos e impulsos carnais. “Andar no Espírito” é uma expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e santidade. O apóstolo Paulo usa termos similares para se referir a esse estilo de vida dos crentes: “para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1.10); “andar e agradar a Deus” (1 Ts 4.1); “andai em amor” (Ef 5.2); “andai como filhos da luz” (Ef 5.8); “andai nele” (Cl 2.6). O apóstolo Pedro nos ensina: “andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pe 1.17).

Não é por acaso que o tema sobre o fruto do Espírito aparece em Gálatas. As igrejas da Galácia viviam uma experiência que o assunto exigia. Os opositores de Paulo na região eram os legalistas dentre os judeus que se juntaram ao grupo de Jesus, os chamados judaizantes, mas que não abriram mão de certas práticas judaicas, como a circuncisão, o khasherut e a guarda do sábado entre outros rituais. Eles ensinavam que os gentios convertidos à fé cristã deviam observar a lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1, 5). É a doutrina da salvação por meio das obras defendida pelas religiões não cristãs e por alguns ramos da religião cristã.

O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que o ser humano é completamente incapaz de se salvar, incapaz de ir ao céu, à presença de Deus, por sua própria bondade e força. Jesus deixou isso claro quando disse: “porque sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15.5). O orgulho humano faz que a pessoa se rebele contra a sentença de Deus. Tais pessoas se ofendem porque Deus não aceita seus esforços pessoais como condição para a salvação. Os membros do corpo de Cristo praticam as boas obras porque já são salvos e não para serem salvos.

A proposta disseminada pelos judaizantes era a fé em Jesus e mais as obras da lei, a morte de Jesus não é suficiente para a salvação e por isso precisava de um reforço adicional. Era essa forma de doutrina que estava sendo divulgada na Galácia. Tão logo Paulo retornou de sua viagem missionária ficou sabendo que os irmãos da Galácia estavam agora envolvidos com essa doutrina legalista, e isso o deixou estupefato e atônito: “Estou muito admirado com vocês, pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho” (Gl 1.6 NTLH). O verbo grego metatísthe¯ mi, “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca”, era usado na antiguidade quando alguém desertava do exército ou quando se rebelava contra ele. Significa também mudança de partido político, de filosofia e de religião. Em outras palavras, aqueles irmãos estavam abandonando a fé. O apóstolo usa a palavra grega heteros, que significa “outro”, de natureza diferente, que não é a mesma coisa que allos, que quer dizer “outro”, mas de mesma natureza. Isso afasta a hipótese de que o evangelho pregado pelos seus opositores seja meramente um evangelho “corrompido, distorcido ou pervertido”, mas outra coisa, coisa ainda pior. Ele foi categórico ao chamar a doutrina desses legalistas de “outro evangelho” (Gl 1,8,9), isto é, sem vínculo com o Cristo ressuscitado, revelado no Novo Testamento.

O Espírito Santo renova todas as pessoas que vêm a Jesus e coloca nelas o desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus. O fruto do Espírito é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um desenvolvimento natural de crescimento espiritual. Ele surge paulatinamente dentro de cada crente como resultado da regeneração do Espírito Santo de forma instantânea e também gradativa por meio do crescimento na graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação. Os gálatas receberam esse ensino desde o início, quando o apóstolo esteve com eles. Eles ouviram isso na pregação de Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41).

O que estava acontecendo nas igrejas da Galácia é típico de comunidades religiosas legalistas. “A religião legalista frequentemente gera desavença e competição espiritual; é egocêntrica e motivada somente pela carne, ou seja, pelo ego (Gl 5.13-15, 19-21).”74 Esse é o retrato das igrejas galacianas. Mas, a mensagem apostólica que vale para todas as épocas e em todos os lugares continua atual: “Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16). “Viver no Espírito” é uma expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e santidade, para a glória de Deus (Ef 5.9, 10; Fp 1.11; Cl 1.10). Segue a lista com nove virtudes: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22, 23 ARA). Não se trata de uma lista exaustiva. Essas nove virtudes contrapõem as obras da carne mencionadas nos vv. 19-21, de modo que tanto as virtudes como as “obras da carne” são representativas. As palavras “e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.21); “Contra tais coisas não há lei” (v. 23 TB) indicam a existência de outros pecados e outras virtudes. Há outras listas do fruto do Espírito (Rm 12.9-21; Cl 3.12, 13). Assim como cada lista dos dons espirituais foram para situações específicas para aplicação conforme o contexto, da mesma forma, a lista do fruto do Espírito segue essa mesma estrutura (Gl 5.15, 26). Esta questão não está clara na maioria dos teólogos e expositores bíblicos pentecostais.

Alguns expositores estranham o fato de Paulo contrapor “as obras da carne” (v. 19) com o “fruto do Espírito” (v. 22), singular, quando era de se esperar “frutos”. Há diversas explicações sobre esse detalhe. Segundo o pastor Antônio Gilberto, “O uso da forma singular fruto em Gálatas 5.22 sugere a unidade e harmonia do caráter do Senhor Jesus Cristo, as quais são reproduzidas no crente mediante as nove qualidades do fruto do Espírito Santo vistas na citada referência”. Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento, o singular mostra a unidade essencial do fruto do Espírito: “o crente cheio do Espírito deve demonstrar todas as características do Espírito, não apenas esta ou aquela virtude”. Alguns expositores bíblicos pulam essa parte. Para Gordon Fee, Paulo não tinha esse contraste em mente, mas “imaginava o fruto como um ramalhete com flores de características diversas formando um conjunto”. O missionário Eurico Bergstén compara esse singular com uma flor de nove pétalas e também ilustra o “fruto” como uma laranja e seus gomos. O “fruto” que aparece logo em seguida é o amor (caridade), diz o missionário, as outras virtudes seguintes são os reflexos do amor. A forma singular sugere que nessas virtudes se produz a unidade de caráter de Cristo, as nove graças mencionadas em Gálatas 5.22, todas elas em contraste com as confusões das obras da carne. É o fruto individualizado. Donald Gee chama essas graças ou virtudes de modalidades do fruto.

A maioria dos teólogos e expositores bíblicos pentecostais usa com frequência o número nove para as virtudes mencionadas em Gálatas 5.22, mas não deixa claro se é uma referência apenas ao v. 22 ou a ideia de uma lista completa. Gordon Fee é direto: “É um engano referir-se a essa lista como o fruto de nove facetas. A lista não tem o propósito de ser exaustiva, mas representativa, exatamente como a lista precedente de pecados, em Gálatas 5.5-21”. O mais importante é que cada membro do corpo de Cristo conheça o significado do “fruto do Espírito” e viva essa realidade. É verdade que vida abundante brota do Espírito, mas não cresce naturalmente, precisa ser cultivada, a Bíblia não ensina um modo de vida passivo. Vivemos essas coisas porque somos salvos e não para sermos salvos.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Abra a aula de hoje, perguntando: O que é mais importante? Ser batizado no Espírito Santo ou viver o fruto do Espírito? Após ouvir as respostas, de acordo com as Escrituras, diga que essa pergunta não faz sentido algum para o crente. Em nenhum lugar da Bíblia se ensina essa “escolha”, pois tanto um quanto o outro são igualmente importantes na vida do crente e da igreja. Tanto o Batismo no Espírito Santo, e a realidade dos dons espirituais, quanto o fruto do Espírito são realidade de uma única fonte: o Espírito Santo. Ao expor o conteúdo desse primeiro tópico, deixe claro que para vencer a Carne é preciso “andar no Espírito”; e só “anda no Espírito” quem manifesta o fruto do Espírito. Logo, só há um jeito de crucificar a carne: o fruto do Espírito.

  II. DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO

Os dons espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem numa mesma fonte e ambos glorificam a Cristo, mas se trata de coisas distintas. O amor, por exemplo, não é um dom (1 Co 14.1).

1. Diferença. O que há em comum entre essas duas fases abençoadas da nossa redenção é a fonte de origem. A primeira e a maior modalidade do fruto do Espírito é o amor, as demais modalidades são reflexos do amor. O apóstolo Paulo usa o amor como representante do fruto do Espírito ao comparar o fruto com os dons do Espírito. O amor é superior aos dons, é o “caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31). Por essa razão, o amor encabeça essa lista (Gl 5.22); e em outras passagens prevalece a supremacia do amor (1 Co 13.13; Gl 5.13; 6.1,2). Paulo afirma ainda que os dons sem o amor não são “nada” (1 Co 13.1-3) e são passageiros (1 Co 13.8-10), mas o amor é eterno.

2. Os dons na igreja. Convém relembrar que os dons são importantes. Isso não significa que devemos desprezá-los. É a vontade de Deus que os irmãos e as irmãs não ignorem os dons espirituais (1 Co 12.1), que busquemos os melhores (12.31) e “não desprezeis as profecias” (1 Ts 5.20). Os dons são comparados a um andaime numa construção; a igreja, a um edifício (1 Co 3.10-12; Ef 2.20-22). Não é possível uma construção prosseguir sem o andaime, mas uma vez concluída a obra, o andaime é dispensado. No céu não haverá necessidade dos dons, mas eles são uma necessidade imperiosa na vida da igreja hoje, pois ela precisa do poder do alto para combater o reino espiritual das trevas (Ef 6.10-12). Segundo Apocalipse 21 e 22, no mundo vindouro não há necessidade desses recursos do Espírito.

– O  Espírito continua atuando na vida dos crentes por meio do fruto do Espírito (Gl 5.22) e das manifestações dos dons espirituais (1 Co 12.411). As funções básicas dos dons estudadas na lição passada são para a adoração e o serviço do ministério, ao passo que o fruto revela caráter de Cristo no crente. Os dons são capacitações especiais concedidas pelo Espírito de Deus ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja (1 Co 14.12). São recursos do Espírito Santo operados por meio dos seres humanos, os crentes em Jesus, enquanto a igreja estiver na terra (1 Co 13.8-10). O fruto presente no testemunho cristão revela nove graças, a partir do amor: gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. É, na verdade, a ética do Espírito. Os dons espirituais e o fruto do Espírito, embora distintos, se relacionam por terem a origem na mesma fonte e por ambos glorificarem a Cristo.

Não se trata de um conjunto de regras de conduta com o objetivo de regulamentar a vida cristã, a ética paulina não é uma nova lei (Gl 5.23). O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios do Espírito, ele é liberto da lei e dos rudimentos deste mundo, mas isso não significa uma vida passiva. O fruto do Espírito é a expressão do Espírito na vida do crente.

Amor – O  pastor Antonio Gilberto chama o amor de “fruto por excelência”, de fato, é significativo o lugar de honra que o amor ocupa nesta lista. Todas as virtudes espirituais têm no amor a sua origem: “Deus é amor” (1 Jo 4.8). As quatro palavras gregas para amor são: eros inclui paixão, é o amor de um jovem por uma jovem e não aparece no Novo Testamento; storgos significa “carinhoso, afetuoso”, usado entre pais e filhos, só aparece uma vez no Novo Testamento, na sua forma composta filostorgos (Rm 12.10); filía é o amor fraternal; e agápe¯ é o amor de Deus mais preocupado em fazer o outro feliz, é a benevolência sem limites: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.8). Paulo apresenta uma descrição das características do amor (1 Co 13.4-8). Note que Paulo menciona algumas vezes o amor juntamente com a fé e a esperança (Gl 5.5, 6; Cl 1.4, 5; 1 Ts 1.3), mas ressalta que a maior dessas virtudes é o amor: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior deles é o amor” (1 Co 13.13). Podemos chamar amor agápe¯ de amor de Deus, como esse é o termo usado pelo apóstolo na lista de Gálatas 5.22, podemos também considerar amor cristão.

Alegria ou gozo – A palavra grega usada para “alegria” é chara e significa “gozo, regozijo, alegria, motivo de alegria”. Trata-se de uma linguagem da celebração e da adoração, ou seja, nos cultos: “Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!” (Fp 4.4). A expressão “regozijai-vos” (ARC) é uma saudação grega, mas se torna diferente e especial porque o apóstolo acrescenta: “sempre, no Senhor”. O Senhor Jesus é a fonte inesgotável de gozo e alegria, e isso dá à saudação paulina um sentido completamente novo. O sentimento que norteava a vida dos filipenses era de alegria e comunhão, e isso vale para todos os cristãos em todos os lugares e em todas as épocas. Mesmo em momentos de perseguição e nos dias de dificuldades, nada disso é problema suficiente para roubar a nossa alegria: “porque a alegria do SENHOR é a força de vocês” (Ne 8.10). É a atitude de quem “vive no Espírito” em relação às pessoas que os rodeia. Como resultado desse estado de graça está o bom relacionamento do cristão com as demais pessoas. Trata-se de algo proveniente de uma experiência espiritual, cujo fundamento está em Deus. Não consequência de uma vitória numa competição (Rm 14.17; 15.13).

Paz – Seu correspondente hebraico é shalom e não significa apenas ausência de problemas, de guerra ou a presença do bem-estar. A palavra por si só significa “completo”. Esse termo é traduzido na Septuaginta por ei re¯ ne¯, “paz”, que, com exceção de 1 João, aparece em todos os livros do Novo Testamento. A paz nessa passagem é aquela que vem de Deus (Rm 15.33; 16.20; 1 Co 14.33; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.23; 2 Ts 3.16), e isso quer dizer a tranquilidade do coração proveniente do perdão divino mediante a fé em Jesus (Rm 5.1). Essa paz de Deus na vida cristã está acima de todos os bens que uma pessoa pode adquirir e sobrepuja a todo entendimento, pois vai além da razão humana: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fp 4.7).

Longanimidade – Longanimidade é um dos atributos comunicáveis de Deus como o amor entre outros (Sl 103.8; Tt 3.4-6) que há nos seres humanos certa ressonância. O termo grego para “longanimidade” nessa passagem é makrothymia, “paciência, perseverança”. É o estado de espírito que com serenidade a pessoa piedosa suporta os açoites da vida, provocados por pessoas ou coisas. Essa graça impede de nos levar ao desânimo e ao estresse diante de conflito e de qualquer mal (Lc 21.19; 2 Pe 1.5-7), e diz respeito a atitude de Deus para com o ser humano (Rm 2.4; 9.22; 1 Tm 1.16). Assim deve ser a nossa atitude para com os outros.

Benignidade e bondade O pastor Antonio Gilberto classifica essas duas virtudes como o “fruto gêmeo”. O apóstolo Paulo usa as palavras gregas na seguinte sequência: chre¯ stote¯ s e agatho¯ syne¯ (Gl 5.22). Ambos termos são atributos divinos correlatos (Sl 103.8), mas são distintos, e, às vezes, chre¯ stote¯ s pode ser traduzido tanto como benignidade e/ou bondade, tanto como atributo divino como também virtude dos que estão cheios do Espírito Santo.81 Agatho¯ syne¯ aparece quatro vezes no Novo Testamento e é sempre traduzido por “bondade” como fruto do Espírito (Rm 15.14; Gl 5.22; Ef 5.9; 2 Ts 1.11). – A benignidade diz respeito à misericórdia de Deus sobre os que não merecem (Ef 2.7; Tt 3.4); é dessa forma que devemos proceder em relação aos que estão à nossa volta (2 Co 6.6). A bondade de Deus é um dos atributos morais. Deus é bom em si mesmo e para suas criaturas. É a perfeição de Deus que o leva a tratar com benevolência as suas criaturas. Essa bondade é para com todos: “O SENHOR é bom para todos, e as suas misericórdias permeiam todas as suas obras” (Sl 145.9). Ele é a fonte de todo o bem. Esses termos, atributos divinos ou virtudes do Espírito na vida dos membros do corpo de Cristo são correlatos, mas distintos entre si, manifestam a bondade de Deus. Essa bondade é resultado da ação do Espírito em nossa vida e devemos ser bondosos com os outros (Ef 5.9; Cl 1.10). Era isso que estava faltando nas comunidades da Galácia (Gl 5.15).

Fidelidade – A fidelidade, do latim fidelitas, é a garantia do cumprimento de suas promessas (Sl 89.5; 119.90). Essa confiança envolve tanto a verdade como a fidelidade. A ARC adota “fé” em vez de “fidelidade” na lista de Gálatas 5.22. Mas, a palavra grega pistis pode significar “fé” e também fidelidade”. O contexto ajuda a escolher a palavra mais adequada como na pergunta retórica de Paulo: “Se alguns não creram, será que a incredulidade deles anulará a fidelidade de Deus?” (Rm 3.3). Não faz sentido usar nessa passagem “a fé de Deus”. Mas, às vezes, o contexto não ajuda porque “fé e fidelidade” se ajustam bem sem prejuízo para o sentido da mensagem. Na fé estão incluídas a fidelidade e a obediência. A fidelidade está relacionada à fé. O que estamos estudando são o “fruto do Espírito”, como consequência da fé em Jesus, por isso que a tradução “fidelidade” fica melhor.

Mansidão – A versão Almeida Século 21 substitui “mansidão” por “amabilidade”; e a TEB, por “doçura”. A ideia de prayte¯ s, termo grego usado pelo apóstolo como “mansidão”, é de “amabilidade, afabilidade, modéstia”. Mansidão transmite o sentido de brandura e não de incapacidade de resistir o mal, nem de autodepreciação. Veja que “Moisés era um homem muito manso” (Nm 12.3), mas essa mansidão nunca comprometeu a sua autoridade como líder do povo. A mansidão como fruto do Espírito tem o sentido de submissão à vontade de Deus (Mt 21.5); dócil, que aceita o ensino (Tg 1.21); e o de moderado (1 Co 4.21).

Domínio próprio – A ARC emprega “temperança”, mas ambos termos significam o autocontrole, a autodisciplina e a continência em várias áreas da vida humana. O domínio próprio era uma das quatro virtudes do pensamento grego clássico, “a razão prevalece a paixão”, diziam os antigos filósofos. Paulo emprega o substantivo grego egkráteia, que aparece quatro vezes no Novo Testamento (At 24.25; Gl 5.22; 2 Pe 1.6 [2 vezes]). O verbo aparece duas vezes, uma para se referir ao controle do desejo sexual (1 Co 7.9), e a outra como autodisciplina de um atleta para obter resultados desejados nas competições esportivas (1 Co 9.25). O apóstolo Paulo contrapõe o domínio próprio em relação às “obras da carne” (Gl 5.19-21). E, nós, que temos Jesus e o Espírito Santo? O fruto é o produto do Espírito Santo em nossa vida por meio do qual a essência da natureza de Cristo se revela no relacionamento no nosso dia a dia na família, na igreja, no trabalho e na sociedade (Gl 5.16, 23; 6.2). Apesar de suas diferenças no conceito e na função, ambos são atividades do Espírito Santo que se relacionam na vida dos crentes, tanto nas reuniões públicas e coletivas, na adoração individual como no dia a dia.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“A Palavra de Deus fala claramente da recompensa que o crente tem ao dar liberdade ao Espírito Santo para que produza as características de Cristo no seu interior. Em 2 Pedro 1, a Bíblia nos fala da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais de sua nova vida em Cristo. Com este desenvolvimento vem a maturidade, a firmeza e a perseverança, que permitem ao crente viver vitoriosamente no tocante à velha e pecaminosa natureza adâmica. No versículo 10, a Palavra de Deus diz: ‘Porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo’ (2 Pe 1.10,11).

O fruto é uma coisa viva. Se você entregou o controle de sua vida ao Espírito Santo, Ele infalivelmente produzirá em você o fruto do Espírito em uma colheita contínua e abundante. Ele é chamado ‘o Espírito de vida’ (Rm 8.2; Ap 11.11). Portanto, o seu fruto espiritual deverá ser crescente, nutrido e completo, reluzente, vistoso e sadio” (GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.22).

  III. O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE

O que levou o apóstolo ao assunto foi o contexto das igrejas da Galácia. O abuso da liberdade cristã, a antinomia, de um lado, e o legalismo, de outro estavam dando ocasião à carne, levando à falta de amor e à desunião (Gl 5.13-15).

1. O legalismo. Há um acentuado contraste entre estar na carne e andar no Espírito. O apóstolo mostra que para ser legalista, viver de acordo com a lei, depende da carne, mas para viver no Espírito, depende da graça de Deus (Gl 5.16-18). O sistema legalista que os opositores de Paulo, os judaizantes (Gl 2.14), ensinavam nas igrejas da Galácia, é egocêntrico, motivado pela carne e gera competição espiritual que resulta em desavença (Gl 5.15).

2. A Carne e o Espírito. A palavra grega sarx, “carne”, tem muitos significados na Bíblia, principalmente nos escritos paulinos. Pode significar fraqueza física (Gl 4.13), o corpo (Gl.4.13), o ser humano (Rm 1.3), o pecado (v.24), os desejos pecaminosos (Rm 8.8). O contexto determina o significado dela. No contexto das “obras da carne” significa o conjunto de impulsos pecaminosos que dominam o ser humano. Da mesma maneira a palavra grega pneuma, “espírito”, que se aplica ao Espírito Santo, ao espírito humano, aos anjos e aos espíritos imundos. É só prestar atenção ao contexto para saber a que espírito o escritor sagrado está se referindo. A oposição do Espírito contra a carne na vida cristã mostra que “os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (v.24). É isso que acontece conosco diariamente: a morte do “eu”.

3. Os vícios (vv.19-21). O apóstolo apresenta uma lista com 15 vícios, que ele chama de “obras da carne” (vv.19-21). Outras listas aparecem em outras epístolas paulinas (Rm 1.29-31; 1 Co 6.9,10; 1 Tm 1.9,10). Paulo não pretende ser exaustivo; essas listas são representativas em Gálatas, pois ele acrescenta: “e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (v.21). Podemos classificar esses vícios em três categorias: a) sexo ilícito: prostituição, impureza e lascívia; b) pecados de ordem religiosa: idolatria e feitiçaria; c) pecados de ordem social: inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e glutonaria.

O que é a carne? Dentro do contexto neotestamentário, O vocábulo carne é sarx. Essa palavra é utilizada para designar a natureza adâmica que domina o velho homem e o leva a praticar as obras da carne relacionadas em Gálatas 5.19-21. Edward Robinson, no seu dicionário de grego do Novo Testamento, utiliza a palavra sarx para descrever a natureza exterior que difere do homem interior (Lc 24.39). A palavra carne, no aspecto teológico, denota a fragilidade humana e a sua tendência ao pecado. Ela é a sede dos apetites carnais (Mt 26.41). O homem somente poderá viver em novidade de vida e no poder do Espírito Santo se, pela fé, receber Jesus Cristo como Salvador. – O que é o espírito? A palavra espírito no grego é pneuma. Esse termo significa sopro, vento, respiração e princípio da vida. Esse vocábulo também descreve o espírito que habita no homem o qual foi soprado por Deus (Gn 2.7). Logo, percebemos que esta palavra tem diferentes significados, e segundo o pastor Claudionor de Andrade, O seu significado teológico vai muito além: "Espírito é a parte imaterial que Deus insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida". Essa palavra também é aplicada, no Evangelho de João, em referência a Deus (Jo 4.24). A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é identificada no Novo Testamento como o Espírito Santo (Lc 4.1; Hb 3.7), e, uma vez mais é importante frisar que o Espírito Santo é uma pessoa. – Andar na carne x andar: Paulo adverte os crentes mostrando que os que vivem segundo a carne, ou seja, uma vida dominada pelo pecado, jamais agradarão a Deus: "Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus" (Rm 8.8). O viver na carne opera morte (espiritual e física), mas o viver no Espírito conduz o crente à felicidade, à vida eterna (Rm 8.11; 1 Co 6.14). Paulo foi enfático ao afirmar: "Andai em Espírito" (Gl 5.16). O Espírito Santo nos ajuda a viver em santidade e de maneira que o nome do Senhor seja exaltado. Sem Ele não poderíamos agradar a Deus. Quem pode nos ajudar e nos conduzir de modo a agradar a Deus? Somente o Espírito Santo. O doutor Stanley Horton diz que andar no Espírito e ser guiado por Ele significa obter vitória sobre os desejos e os impulsos carnais. Significa desenvolver o fruto do Espírito, o melhor antídoto às concupiscências carnais, jamais tente viver a vida cristã pelos seus próprios esforços, tomando atalhos, buscando desvios, mas renda-se constantemente ao Espírito Santo, pois Ele lhe ensinará a maneira certa de viver a vida cristã. – Quando o Espírito Santo tem o controle do nosso espírito, Ele faz com que o nosso homem interior tenha forças e condições para opor-se às obras da carne. Andar na carne, ou seja, ser dominado pela velha natureza adâmica, leva a pessoa a portar-se de modo pecaminoso. Infelizmente, muitos crentes, como os de Corinto, estão se deixando dominar pelas obras da carne (1 Co 3.3).

As obras da carne podem ser classificadas em três categorias: 1. Sexo ilícito – prostituição, impureza e lascívia. A imoralidade sexual, a impureza e a lascívia. São os pecados da licenciosidade, da concupiscência da carne. A ARC usa o termo “prostituição” para a palavra grega porneia nessa passagem. O termo grego porneia não é muito específico, pois indica “vários tipos de relação sexual ilícita”; “relação sexual ilícita em geral”. O verbo é porneuo¯, “praticar imoralidade sexual”; e ekporneuo¯, “viver mui imoralmente”. Segundo Balz & Schneider, o termo é também “sinônimo de adultério, ainda que os termos mais apropriados para designar o adultério são moicheuo¯, moicheia”. A impureza, no presente contexto, diz respeito à imoralidade sexual (Cl 3.5), não se refere à impureza cerimonial do sistema mosaico, pois está ligada à lascívia, sensualidade descontrolada, a luxúria. 2. Pecados de ordem religiosa – idolatria e feitiçaria. O termo vem de duas palavras gregas, eido¯ lon, “ídolo, imagem de uma divindade, divindade pagã”, e latreia, “serviço sagrado, culto”. A idolatria é a forma pagã de adoração; adorar e servir a outros deuses são práticas condenadas pela Bíblia, no Decálogo e, também, no Novo Testamento: “portanto, meus amados, fujam da idolatria” (1 Co 10.14). A feitiçaria já era conhecida desde os tempos do Antigo Testamento entre os povos vizinhos de Israel. A Bíblia chama de feitiçaria, pharmakeia, em grego, que significa “magia”, além de “feitiçaria”. O phármakos ou pharmakéus era o manipulador de drogas, daí vem a palavra “farmácia”. Essas drogas eram usadas na medicina, mas os mágicos ou bruxos manipulavam os efeitos alucinógenos delas para rituais de magia. A Septuaginta aplica esses termos aos magos e encantadores do Egito como mágicos (Êx 7.11, 22), na corte de Nabucodonosor, como adivinho (Dn 2.27) e como bruxo (Dt 18.10). O significado dessa palavra em Apocalipse 9.21 é mais amplo: “Feiticeiros, incluem todos os que lidam com o ocultismo, poções mágicas, drogas, cartomancia etc.”. Paulo associa essa palavra aos rituais pagãos praticados no vasto império romano, os tais não herdarão o reino de Deus (Gl 5.21; Ap 18.23; 22.15). – 3. pecados de ordem social: inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e glutonaria. A maioria dessas obras da carne pertence ao campo da rivalidade pessoal, da competição e da hostilidade. Parece ser esse o ambiente entre os crentes da Galácia (Gl 5.13-15). Depois da palavra “invejas” aparece na ARC o termo “homicídios”, que não consta nas outras versões. As palavras gregas phthonoi e phonoi, “invejas, homicídios”, aparecem em vários manuscritos antigos gregos e latinos. Mas, há um número grande de manuscritos que omitem phonoi. Uns consideram a forma longa, “invejas, homicídios”, como inserção de alguns copistas para se harmonizar com Romanos 1.29; outros acham que houve omissão acidental, conhecida como homeoteleuto. Viver no Espírito é subjugar a carne, e isso gera o conflito interno, a luta da carne contra o espírito. O fruto do Espírito é o resultado de uma vida redimida pela fé em Jesus. Não é resultado de uma imposição religiosa ou de qualquer sistema religioso legalista. O Espírito Santo é quem faz essas coisas. É por isso que o apóstolo diz que “contra essas coisas não há lei” (v. 23). Se queremos que o fruto do Espírito se desenvolva em nossa vida, devemos viver uma vida de comunhão pessoal com o Senhor Jesus (Gl 2.20).

O que levou o apóstolo ao assunto foi o contexto das igrejas da Galácia. O abuso da liberdade cristã, a antinomia, de um lado, e o legalismo, de outro, e essas atitudes estavam dando ocasião à carne, levando à falta de amor e à desunião (Gl 5.13-15). Cabe a cada crente fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais. Salomão disse que o homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). Jesus disse que o homem fala aquilo do que seu coração está cheio (Lc 6.45). O pensamento de cada ser humano norteia seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, que resulta em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, que resulta em vida e paz.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A maturidade espiritual ajuda-nos a ter bons relacionamentos com as pessoas. Passamos a compreendê-las melhor e a reconhecer a melhor maneira de ministrar a elas. Devemos esforçar-nos para alcançar a união. As pessoas, ao observarem o nosso caráter e conduta, passarão a ter confiança em nós.

[…] O fruto é a maneira de se exercer os dons. Cada fruto vem acondicionado no amor, e qualquer dom, mesmo na sua mais plena manifestação, nada é sem o amor. ‘Por outro lado, a plenitude genuína do Espírito Santo forçosamente produzirá também frutos, por causa da vida renovada e enriquecida da comunhão com Cristo’. Conhecer o amor, poder e graça de Deus, inspiradores de reverente temor, deve fazer de nós vasos de bênçãos cheios de ternura. Não merecemos os dons. Nem por isso Deus se nega a nos revestir de poder. E passamos a ser obreiros do Reino, prontos para trazer a colheita. Subimos a um novo domínio” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 493).

  CONCLUSÃO

Cabe a cada crente fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais. Salomão disse que o homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). Jesus disse que o homem fala aquilo do que seu coração está cheio (Lc 6.45). O pensamento de cada ser humano norteia seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, que resulta em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, que resulta em vida e paz. – Para vencermos o conflito existente entre a carne e o Espírito, precisamos tão somente nos encher do Espírito Santo e crucificar a nossa carne com suas paixões e concupiscência (Gl 5.24; Ef 5.18). Permita que o Espírito Santo guie você pelo caminho certo e que Ele controle os seus desejos de modo que o fruto seja evidenciado em sua vida. – Se entregarmos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e abundante. Como cristão, tudo que concerne ao caráter santificado, ou seja, a nossa semelhança com Cristo, é a obra do Santo Espírito “até que cristo seja formado em vós” (Gl 4.19).

REFERÊNCIAS

LIÇÕES BÍBLICAS. 1º Trimestre 2020 - Lição 5. Rio de Janeiro: CPAD, 31, jan. 2021.

LIÇÕES BÍBLICAS. 1º Trimestre 2017 - Lição 1. Rio de Janeiro: CPAD, 01, jan. 2017.

LIÇÕES BÍBLICAS. 1º Trimestre 2005 - Lição 1. Rio de Janeiro: CPAD, 02, jan. 2005.

SOARES, Esequias. O verdadeiro pentecostalismo: a atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

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