quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

LIÇÃO 13: A VELHICE DE DAVI



COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I
VISÃO GERAL SOBRE A VELHICE

Concepções Antigas e Atuais

Há que se dizer, sem rodeio, que o envelhecimento é um processo natural no seu aspecto biológico, na vida de todo ser humano, mas é imperioso destacar que nesse sentido acompanha também o peso cultural e social. Assim, é preciso atentar para o envelhecimento biológico e como cada sociedade trata a questão, se com amor ou com desprezo.
Toda sociedade tem uma forma, no seu aspecto social, dependendo da valorização humana, uma forma de olhar e tratar a pessoa da terceira idade, isso vai depender de como os mais velhos são inseridos no convívio social, como é que as leis daquele país atentam para tal questão e qual é definitivamente o papel que lhe é atribuído.
Que a velhice é um processo biológico natural não se tem dúvidas, pois toda pessoa está sujeita ao nascimento, crescimento e morte, mas esse processo se vive em um contexto social. Por isso, pode-se falar em construção histórica da velhice.
Historicamente, sabe-se que na China e no Japão, os velhos, além de serem símbolos de sabedoria, são tratados com muito respeito, carinho e atenção, pois se valorizam os anos acumulados, o que é considerado símbolo de sabedoria, experiência, vivência. Os filhos jovens se orgulham dos idosos ou mais velhos por entenderem que eles são a causa de sua existência, como também de sua sobrevivência, pois fizeram de tudo para lhes dar uma vida digna. Os japoneses, por exemplo, não tomam qualquer decisão sem antes consultar uma pessoa de idade avançada, o que prova que eles valorizam a experiência dos mais velhos.
Apelando para tempos mais remotos, citamos o filósofo Confúcio (551-479 a.C.), que dizia que era dever da família respeitar, valorizar e consultar os mais velhos. Como sinal de respeito e consideração, os japoneses comemoram o Dia do Idoso (Keiro no hi). Nesse dia, homenagens são feitas e se pede mais longevidade para eles, inclusive que se agradem pelos trabalhos que prestam à sociedade. Enquanto no Brasil é deselegante perguntar a idade de uma mulher, na China e no Japão, a mulher idosa responde com muito orgulho ao dizer a idade que tem.
Alan Pallister escreve tratando como as sociedades têm mudado em relação ao tratamento para com os mais velhos; por exemplo, em Portugal as mudanças têm sido rápidas, alterando radicalmente a forma do tratamento que se dá aos idosos. Muitos filhos, por causa da vida pós-moderna, optam por colocar os pais em uma casa de terceira idade, alegando que as muitas atividades não permitem que estejam ao seu lado. O que se percebe com isso é certo desprezo e ingratidão, pois o filho deve entender o quanto o pai e a mãe fizeram para que ele pudesse crescer e se desenvolver na vida. Desse modo, qualquer esforço de sua parte valeria a pena para compensar tudo que eles fizeram.
Filhos, netos, sobrinhos, todos devem se empenhar para tratar com amor os mais idosos, e isso não pode ser alterado simplesmente por causa de uma imposição de contexto, atual, pois gratidão cabe em qualquer lugar. Por mais que se alegue que uma casa de terceira idade com acompanhamento de assistente social, médico, etc. seja bom, não negamos, mas tudo isso ainda não substitui o amor e o carinho que um filho, um neto pode dedicar aos pais ou avós na velhice.
Mais que um espaço físico, os velhos querem ser amados, cuidados, respeitados, e receber um mínimo de gratidão por tudo o que fizeram. Por não ter a presença de um filho, de sua amizade, de carinho, muitos idosos sofrem depressão, tristeza profunda, pois sentem-se desprezados por aqueles que colocaram no mundo.
Nos dias atuais, nota-se que a Inglaterra e os Estados Unidos entenderam que os mais velhos precisam do seu espaço no seio familiar; por isso, têm dado apoio social para que tenham em suas casas suporte, incluindo atendimento médico e refeições em domicílio. Em Portugal existem os “Centros de Dia”, onde os mais velhos podem conviver com outros sem qualquer obrigação, mas por prazer e vontade própria. É importante ressaltar que, ainda que na atualidade alguns tratem as pessoas da terceira idade com menosprezo, muitas mudanças estão acontecendo e para melhor, para que as crianças e a juventude valorizem os mais velhos. É desde cedo envolverem-se com eles para que possam valorizá-los como pessoas, como gente, desmistificando os falsos conceitos sobre a velhice de que são pessoas desinteressantes e difíceis de conviver.

Concepção Bíblica

No aspecto bíblico, a velhice é descrita como um processo natural, mas crê-se quem em certo momento alguns idosos foram desprezados. Pode-se crer nisso pelo pedido que o salmista faz a Deus, que não o abandone na velhice (Sl 71.18). Todavia, o peso escriturístico é certo em tratar os mais velhos como pessoas de grande sabedoria (Jó 12.12).
A velhice, segundo Eclesiastes 12.1-6, traz consigo diversos problemas, pois à pessoa falta a força, fica por vezes ociosa; audição, visão, paladar, tudo diminui; e vem o grande temor da morte. Mas há que se dizer que é possível a qualquer pessoa ter uma boa velhice, segundo a Bíblia, procurando viver sempre no temor e na dependência divina.
Há, da parte de Deus, à luz dos textos bíblicos, lugar tanto para os jovens como para os velhos em sua obra. O profeta Joel deixou isso bem claro, pois, enquanto os jovens são valorizados por sua força, inteligência, capacidade, disposição, energia, os mais velhos são honrados e valorizados por sua experiência e sabedoria conquistada ao longo do tempo (Lv 19.32; Pv 16.31; 20.19).
Para que a velhice não se torne um peso, os mais velhos devem seguir as recomendações paulinas e, se assim o fizerem, terão uma velhice feliz (Tt 2.2,3). Na verdade, afirma-se que quase em nenhum lugar um texto como esse, tratando acerca da velhice, havia sido escrito com tanto brilhantismo. No tocante aos cuidados com os pais em sua velhice, é dever dos filhos cuidar deles com amor e carinho, não transferindo essa responsabilidade a outros, lembrando que há promessa de Deus para os que assim procedem (Ef 6.3). No mais, os que não valorizam os seus familiares, conforme escreve Paulo, é pior do que os incrédulos e negou a fé (1 Tm 5.8).
A Bíblia não nega os problemas que a velhice traz. Dentre eles podemos destacar os seguintes:
• No aspecto físico. O corpo vai sofrendo diversas mudanças, passando a padecer fraquezas.
• Aparência física. Rugas, cabelos branqueados, perda de dentes, diminuição do tamanho, rugas, flacidez da pele, isso pode acontecer antes dos 65 anos.
• Sensação. Vai perdendo a capacidade de ouvir bem, diminui o olfato e também a capacidade de visão.
• Movimentação. Não tem mais a mesma agilidade como antes e passa a ter um andar mais lento.
• Capacidade sexual. Os mais velhos não perdem o prazer de estar com alguém que amam e necessitam de contato físico; é claro, na relação sexual, há mais dificuldade para a satisfação plena.
• Aumento de doenças. Com a idade, pode acontecer de os mais velhos ficarem vulneráveis a doenças, tais como: artrite, hipertensão, doenças cardíacas, diabetes, catarata.
• Autoestima. Por vezes os mais velhos se sentem sem ânimo, coragem, não somente por causa da idade, mas pelo desprezo que vem dos mais novos, usando conceitos e preconceitos de que eles são idosos demais para atuarem em algo ou tomarem certa decisão.
• Questões existenciais. Os mais velhos temem a velhice não somente por medo da morte, mas por se preocuparem com a saúde, com a questão financeira, em não ficar dependendo dos outros.

Texto extraído da obra “O governo divino em mãos humanas”, editada pela CPAD
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na última lição deste quarto trimestre trataremos sobre a importância da velhice na Bíblia; falaremos sobre a fase final da vida de Davi na sua velhice; veremos alguns aspectos da velhice do monarca e a preocupação de Davi com o novo rei; e por fim, notaremos as bênçãos divinas na terceira idade.

I – A IMPORTÂNCIA DA VELHICE NA BÍBLIA

O dicionário define “velhice” como: “estado ou condição de velho; idade avançada, que se segue à idade madura” (HOUAISS, 2001, p. 2838). Estamos num processo de envelhecimento, do qual ninguém poderá escapar (Ec 12.1-7). A velhice não deve ser vista como algo ruim, pois devemos ser gratos a Deus pelo fato de termos vida física longa, o que é um dom, um presente (Pv 20.29). Biblicamente é sinal de bênção chegar a ver os netos (Gn 48,11; Sl 128.6). Na cultura israelita presumia-se que a idade avançada tinha algo a ver com o amadurecimento e a sabedoria (Jó 12.12,13). Os velhos do hebraico “zaqem” eram reconhecidos como o grupo de mais elevada autoridade sobre o povo. Havia um grupo em Israel denominado de anciãos; eles agiam como representantes das nações (Jr 19.1; Jl 1.14; 2.16) e também administravam muitos assuntos políticos e desempenhavam um papel ativo na administração da nação e aplicação da Lei de Moisés (Nm 22.7; Js 22.13-33; Dt 21.18-21). Os velhos da cidade formavam uma espécie de conselho municipal cujos deveres incluíam a função de juízes (Dt 19.12; Nm 11.16-25), conduziam as investigações e inquéritos (Dt 21.2) e resolviam conflitos matrimoniais (Dt 22.15; 25.7). Foram reunidos por Moisés para receber o anúncio da libertação do Egito (Êx 3.16-18). O pacto foi ratificado no Monte Sinai na presença de 70 dos anciãos de Israel (Êx 24.1,9,14; cf. 19.7). A base na organização das sinagogas, incluía a figura do ancião (At 11.30; 14.23). Na Igreja Primitiva ocupavam um lugar respeitoso (1Pd 5.5 ver 1Tm 5.1) (PFEIFFER, 2006, pp. 100-101).

II – A VELHICE DO REI DAVI

Davi atingiu a idade de setenta anos (2Sm 5.4). Notemos como se encontrava Davi em sua velhice:
2.1 As limitações no corpo. Davi, o rei, guerreiro e poeta, atingiu a idade de setenta anos (2Sm 5.4), que, segundo as palavras de Moisés, são o limite máximo da vida e que a velhice trás consigo diversas limitações para o corpo físico (Sl 90.10). Para Davi, ter sido moço e agora ser velho não significava exatamente uma mudança com consequências drásticas. Era apenas uma experiência a mais, uma sequência natural: “Fui moço e agora sou velho [...]” (Sl 37.25). Por mais robusto que seja o ser humano, não poderá escapar às limitações físicas que lhe impõem a terceira idade (Ec 12.1-9). Aparecem a canseira e o enfado (Sl 90.10); a visão perde a sua força (Gn 27.1); e o vigor vai desaparecendo (Gn 17.17). As forças de um idoso não são as mesmas de um jovem (2Sm 19.34-37).
2.2 As enfermidades. Quando chegou a velhice Davi começou a padecer com as enfermidades. Sentia um frio grande que nem cobertores, podiam lhe aquecer (1Rs 1.1). Vendo isso, os servos de Davi sugeriram que lhe trouxessem uma virgem para que deitasse junto ao corpo de Davi a fim de aquecê-lo (1Rs 1.2,3). A cerca disto afirmou certo teólogo: “a sugestão dos servos para que se buscasse uma jovem para o rei a fim de lhe restaurar a vitalidade perdida e o aquecesse era uma prescrição médica aceita até a Idade Média” (MOODY, sd). Nenhum significado imoral deve ser dado a esta prática, embora em nossa cultura nos pareça um tanto estranha. O próprio texto bíblico acrescenta que Davi não a possuiu como mulher (1Rs 1.4). Abisague serviu de enfermeira prática junto ao moribundo Davi.
2.3 A aproximação da morte. Com a idade avançada, Davi sentiu estar próximo da morte (1Rs 1.1). Este grande personagem hebreu faleceu e foi sepultado na cidade de Jerusalém. Como Deus havia lhe prometido, concedeu-lhe três grandes bênçãos, a saber: (a) o trono de todo Israel: “E foram os dias que reinou sobre Israel, quarenta anos; em Hebrom reinou sete anos, e em Jerusalém reinou trinta e três” (1Cr 29.27); (b) longevidade: “E morreu numa boa velhice, cheio de dias” (1Cr 29.28-a); e, (c) riquezas em abundância: “E morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória” (1Cr 29.28-b).

III – CONSELHOS DE DAVI EM SUA VELHICE PARA O NOVO REI

Quando Davi sentiu estar próximo da morte em sua velhice (1Rs 1.1), mostrou preocupação com a continuação do governo que Deus lhe conferiu. Sabendo de antemão que dos seus filhos, Salomão era o escolhido para lhe suceder no trono (1Cr 28.6,7), e que edificaria o templo (1Cr 22.9,10), Davi lhe fez diversas recomendações para que o seu governo contasse com a bênção de Deus e fosse próspero (1Cr 28.9,10). Notemos:
3.1 Conhecer a Deus. Embora as experiências espirituais de Davi fossem bastante válidas, e, por certo foram narradas para seus filhos e até mesmo presenciada por eles, este servo de Deus reconhece que Salomão tinha que ter a sua própria experiência: “Conhece o Deus de teu pai” (1Cr 28.9). A expressão “conhecer” no hebraico “yada” significa: “conhecer por experiência, relacionar-se”. A falta de conhecimento de Deus foi o maior problema de Israel, como declarou o próprio Deus através de Isaías (Is 1.1-3). É imprescindível que conheçamos a Deus e prossigamos em conhecê-lo (Os 6.3).
3.2 Servir a Deus. Após exortá-lo a conhecer a Deus, Davi também disse a Salomão que o servisse e orientou quanto a forma: “de coração perfeito e alma voluntária”. A expressão de coração perfeito, no hebraico “shalem” implica um “coração completo, inteiro, todo”. Já a expressão “alma voluntária” fala de buscar com prazer, com amor e não forçado. A orientação de Davi é acompanhada de uma exortação severa para quem não servir a Deus desta maneira (1Cr 28.9-b). Infelizmente com o passar do tempo, Salomão se deixou seduzir pelo pecado e não serviu a Deus como seu pai ordenou (1Rs 11.4).
3.3 Fazer a obra de Deus. Salomão também recebeu como incumbência de seu pai a edificação do Templo, um lugar fixo de adoração ao Deus vivo. Davi disse a Salomão: “Olha, pois, agora, porque o SENHOR te escolheu para edificares uma casa para o santuário; esforça-te, e faze a obra” (1Cr 28.10). Salomão haveria de realizar algo inédito. Uma grande casa para o Senhor deveria ser construída (1Cr 29.1).

IV – BÊNÇÃOS DIVINAS NA VELHICE DO CRENTE

Temos vários exemplos de servos de Deus que tiveram experiências em sua velhice: Sara e Abraão (Gn 21.1-7); do rei Davi (1Cr 29.27,28); Simeão (Lc 2.25-30); Ana (Lc 2.36-38) etc. A terceira idade é um tempo especial da parte de Deus para que os idosos colham com alegria os frutos das sementes plantadas na juventude: “Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes” (Sl 92.14). Davi experimentou isso em sua velhice (Sl 71.9,18). A longevidade é um presente dado por Deus: “Dar-lhe-ei abundância de dias” (Sl 91.16). Vejamos o que a Bíblia fala-nos sobre a velhice do crente:
4.1 A velhice é tempo de experiência. A Bíblia diz que: “Coroa de honra são as cãs [...]” (Pv 16.31-a), a velhice é um símbolo de beleza: “[...] e a beleza dos velhos, as cãs” (Pv 20.29-b). Como diz a Bíblia, a maturidade com o seu modo de ser e de agir não cabe na infância, mas na vida daqueles que já são experimentados (Jó 12.12,13) nos embates da vida material e espiritual (1Co 13.11; Hb 5.13,14). Houve uma certa naturalidade em Samuel quando, já idoso, disse ao povo de Israel: “Já envelheci e estou cheio de cãs...” (1Sm 12.2). A primeira grande bênção do período da velhice é a maturidade, sobretudo quando se floresce plantado na Casa do Senhor (Sl 92.13,14). Duas figuras de linguagem dão a dimensão exata do que isso representa: a palmeira e o cedro. Em ambas vemos a lição de utilidade, perenidade, firmeza e robustez. São assim os que envelhecem seguindo os princípios ditados por Deus: têm raízes profundas, que suportam os ventos da tempestade, são longevos, robustos e de presença acolhedora. Os princípios de vida ensinados na Bíblia levam à maturidade, à prudência e à sabedoria (Is 46.4).
4.2 A velhice é tempo de frutificação. A terceira idade é a época em que os frutos são colhidos como resultado daquilo que se plantou na infância, na juventude e nos primeiros ciclos da vida adulta (Ec 12.1). Paulo aceitou a consciência de sua velhice, assumiu a sua nova condição, isto é, simplesmente aceitou a realidade dos fatos: “...sendo o que sou, Paulo, o velho...” (Fm 9).No salmo 92.12-14 temos duas importantes lições: (a) saber plantar, isto é, fazer boas escolhas sob a direção de Deus nos verdes anos da juventude é condição essencial para que se faça uma boa colheita no período da terceira idade; e (b) aquilo que colhemos na terceira idade, inclusive certas doenças, é o resultado direto das escolhas que fizemos no tempo da semeadura (Gl 6.7-9). A terceira idade é, também, um tempo de colheita. Esse fato, decorrente de semeadura no passado, implica que a semente plantada cumpra, pelo menos, três fases distintas: brotar, crescer e frutificar. Na promessa do Pentecostes, Deus não se esqueceu dos velhos, ou idosos: “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões” (Jl 2.28).
4.3 A velhice é tempo de ensinamento. Os jovens permaneciam calados diante deles e só falavam quando estavam certos de que os mais velhos nada mais tinham para dizer (Jó 32.6-7). Alguém que chegou à terceira idade após uma boa semeadura ainda tem muito a contribuir nos átrios da casa de Deus e a ensinar aos que o cercam (Sl 71.15-18; Tt 2.2-5). Esta é também uma época de ensinamento (Êx 18.13-27; Pv 23.22). Mostra-nos a história que desprezar o conselho dos mais velhos não é um bom negócio (1Rs 12.6-8). Não é bom reter somente para nós, em nossos celeiros, aquilo que Deus amorosamente nos concedeu durante toda a nossa vida. A menção aos frutos, no Pentateuco, sempre traz implícita essa ideia (Dt 26.1-11 cf. 16.11). Os anciãos que, tanto em Israel quanto na Igreja Primitiva, ajudavam na orientação dos negócios do Reino de Deus (Êx 4.29; 19.7; At 15.2). A Bíblia nos diz que: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho, e terás temor do teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32).
4.4 A velhice é tempo de trabalho. Jacó, aos 147 anos de idade (Gn 47.28) faz a seguinte declaração: “[…] o Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia” (Gn 48.15). Outra área que traz renovação espiritual no tempo da velhice é a do serviço cristão (Lc 2.36-38). Existem muitas áreas de trabalho nas igrejas apropriadas para as pessoas da terceira idade. É óbvio que elas não correrão como as pessoas mais jovens, não terão o mesmo ativismo, mas poderão ter o conhecimento e experiência necessárias para realizarem certas atividades que requerem a maturidade que só os idosos possuem. O povo de Deus necessita da energia dos crentes mais jovens, mas não pode jamais abrir mão da experiência dos santos mais idosos. Lembremo-nos de que Abraão e Sara cumpriram o propósito de Deus na sua velhice (Gn 22.1,2,5), Moisés começou a liderar o povo de Israel com a idade de 80 anos (Êx 7.7; Dt 29.5; At 7.23,30,36); Calebe conquistou Hebrom em plena velhice aos 85 anos (Js 14.12-14); e Davi, o grande rei de Israel, morreu em boa velhice “tendo desfrutado vida longa, riqueza e glória” (1Cr 29.27,28 – NVI).

CONCLUSÃO

A vida física tem começo, meio e fim e a terceira idade não deve ser vista como o fim de uma existência, mas como o início de uma nova etapa na vida do ser humano. Ciente disto, devemos procurar viver de forma agradável a Deus, temendo o Seu nome e realizando a sua vontade. Se procedermos assim, deixaremos um legado para as próximas gerações, de autênticos servos de Deus.


Professor Paulo Avelino. Disponível em: https://www.portalebd.org.br

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO
Nada há nada de pejorativo na palavra velhice. Ela não fala apenas de idade avançada, mas também de maturidade, experiência. Por isso, o hebraico (seybah) a define como cabelos grisalhos, cabeça encanecida. Nas Escrituras, a velhice é vista como fonte de bênçãos: “Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor” (Sl 92.14). A velhice pode ser boa ou ruim − isso dependerá da forma como vivemos cada fase de nossa vida; temamos a Deus e sejamos sábios (Ec 12.1). Os últimos momentos da vida de Davi, já na velhice, foram conturbados, conforme descrito em 1 Reis, mas, pela sua peregrinação e comunhão com Deus, ele finda sua missão com uma grandiosa ação de graças ao Senhor, que o chamara desde a meninice[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
Nossos dias neste mundo, que na maioria das pessoas não chegam a mais de setenta ou oitenta anos, são poucos em relação à eternidade. Devemos orar por uma sábia compreensão da brevidade da nossa vida, para termos diante de Deus um coração sábio no emprego de cada dia que Ele nos concede. Considerando que esta vida é uma preparação para a outra, devemos entender o que Deus deseja realizar para si mesmo, para nossa família e para o próximo, através do nosso serviço fiel. Quando terminar aqui o nosso tempo, e chegarmos ao céu, será avaliado como foi (ou deixou de ser) a nossa dedicação a Deus. Com isto em vista, devemos orar pedindo um coração sábio e um santo temor de Deus, e o seu favor em nossa vida e em nosso trabalho para Ele. Lembremos de que somos propriedade de Deus, por isso, empreguemos nossa vida para servi-Lo desde cedo. Vamos concluir mais um trimestre?
I. UMA VISÃO GERAL SOBRE A VELHICE
1. Concepções antigas e modernas. Há 2.500 anos, o filósofo egípcio Ptah-hotep descreveu a velhice como o maior infortúnio que pode atingir o ser humano. O poeta inglês William Shakespeare não via a velhice com bons olhos, antes, relatou que os anos crepusculares trazem uma segunda infância e simples esquecimentos. O tom da concepção moderna sobre a velhice é desgastante, ao afirmar que os velhos são ressentidos com os jovens, pois são pessoas cansadas, fora de moda e severas. Entretanto, o respeito por cada fase da vida é ordenado por Deus. Ninguém pode desprezar o outro por ser adolescente, jovem ou idoso. Tem-se veiculado nos meios de comunicação o descaso com que muitos tratam os mais velhos; sem dúvida, isso se deve ao esfriamento do amor e ao aumento do pecado, gerando ingratidão e desrespeito (Mt 24.12). Por isso, a igreja deve manter programas especiais para os idosos, pois essa prática revela o amor de Deus ao próximo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
Esta é uma fase da vida em que todos estão destinados a passar e pode ter vários significados e simbolismos para diferentes sociedades. Sociedades mais antigas, como as orientais, consideram o idoso o chefe de família, aquele que assume todas as responsabilidades, aquele que é o exemplo para os demais; são tratados com veneração e respeito por entender que são responsáveis por grande parte da cultura e do conhecimento. Em nossa cultura temos absorvido um entendimento totalmente contrário, uma inversão de valores, em vez da sabedoria, julgamos o homem pela sua capacidade de produção - muito mais próxima do jovem, e acabamos relegando nossos idosos ao ostracismo, são tratados com desrespeito e deixados de lado como alguém que já usufruiu seu tempo e deve agora apenas aguardar o final de sua vida. Contudo, a velhice é muito subjetiva e complexa, pois além de ser uma etapa natural pela qual todas as pessoas vão passar, ela não é o final e sim o começo de mais uma etapa da vida. Esta fase da vida é chamada de terceira idade e se caracteriza pela queda de força e degeneração do organismo, ou seja, ao longo da vida têm-se várias fases e é com elas que você cresce e amadurece.
Nas sociedades primitivas, os velhos eram objetos de veneração. Os jovens a eles recorriam em busca de seus conselhos, eram respeitados e lhes confiavam negócios. Na antiga China, o filósofo Confúcio pregava que todos os elementos de uma família deveriam obedecer os mais velhos. Em geral, as sociedades da antiguidade, consideravam o estado de velhice dignificante e adotavam como sábio aquele que atingia essa etapa. Passou s ser importante o papel de ancião, época terminal da vida, que aos que nela ingressavam era reservado um papel de intensa atuação nos destinos políticos dos grupos sociais e na tomada de decisões importantes. No século XVIII, o idoso era tido como patrimônio e não encargo”(tribunapr – Acesso em: 21, Dezembro 2019)
Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, a terceira idade começa entre 60 e 65 anos; para os cientistas, ela começa aos 65; para outros a aposentadoria deve ser o referencial para determinar o inicio da terceira idade. A fixação do inicio desta fase da vida não tem nenhum fundamento cientifico. Serve, apenas, para orientar as pesquisas cientificas e para a elaboração da política governamental nas áreas da saúde e social. Toda dificuldade advém do fato de que as pessoas são muito diferentes entre si. A questão da idade é mais uma questão psíquica. É possível encontrar alguém com 80 anos com uma cabeça melhor e uma disposição física superior a de outra com 50 anos, ou menos; velhos que ainda sonham, que ainda possuem metas para serem alcançadas, que não se sentem realizados - velhos com ideais ainda vivos. Em nossas Igrejas temos muitos exemplos desta natureza. Obreiros que já ultrapassaram a barreira dos oitenta e que podem fazer suas as palavras de Calebe: “...e agora eis que já hoje sou da idade de oitenta e cinco anos. E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual a minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para sair e para entrar”(Js 14:10-11). A velhice chega quando sepultamos nossos sonhos.” (retrospectivasbiblicas)
2. Concepção bíblica. A Bíblia descreve a velhice como algo natural e dadivoso. O homem que mais viveu na terra foi Matusalém, chegando à idade de 969 anos (Gn 5.27). Mas há muitos outros que chegaram à velhice com menos idade e diversos problemas, como Isaque, que não enxergava mais (Gn 27.1), Barzilai, que afirmou que, devido à idade, já não se interessava mais por finas iguarias (2 Sm 19.34,35). A Bíblia relata, porém, dois homens de idade avançada que não foram atingidos pelos sintomas e problemas na velhice. O primeiro é Moisés; em Deuteronômio 34.7 é dito que seus olhos nunca escureceram nem ele perdeu o vigor. Em seguida, Calebe, com a idade de 84 anos, falou a Josué que Deus lhe tinha conservado até ali, e ele ainda viria a conquistar as terras que lhe foram destinadas (Js 14.10-14). A velhice virá para todos os mortais, mas o importante é ter Deus na vida, pois, dessa forma, poderá ser encarada com naturalidade, longe de qualquer estereótipo.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
A sociedade hebraica possuía os anciãos como uma classe social na pirâmide social. Líderes consagrados por Deus para auxiliarem Moisés e administrarem os territórios conquistados em Canaã, entre outras importantes funções, em razão da sabedoria que procede de uma idade avançada. Em Números 11.16-26, setenta deles receberam um derramamento sobrenatural do Espírito Santo, a fim de se integrarem na direção do numeroso povo que saiu do Egito.
No Antigo Testamento há várias palavras para definir o termo "ancião", "velho", ou "velhice", alguns com matizes teológicos, outros nem tanto. Por conseguinte, pretendo destacar um vocábulo hebraico (zāqēn) e outro aramaico ('ătîd), muito embora façamos referências a outros termos. Cabe aqui, portanto, uma breve distinção: os anciãos como classe e como um estado de maturidade. Zāqēn aparece em inúmeras passagens (Gn 43.27; Lv 19.32; Is 3.2,5) e, figuradamente, algumas vezes é chamada de cãs (Gn 21.7; 42.38; 1 Sm 12.2; Pv 16.31). A estes anciãos justos e tementes a Deus, a Sagrada Escritura promete longevidade feliz e frutífera”. (cpadnews – Acesso: 21, Dezembro 2019)
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Ao introduzir esta lição, fale um pouco do texto base das Escrituras, que fundamenta a lição (2 Sm 23.1-7), destacando a seguinte informação: "O primeiro parágrafo do capítulo 23 é introduzido com um título: Estas são as últimas palavras de Davi (1). Davi é descrito como o homem que foi Levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel. É possível que as últimas palavras aqui signifiquem 'as últimas palavras inspiradas’, visto que o termo hebraico traduzido como diz é um termo que é sempre usado em outras passagens como um pronunciamento divinamente inspirado. Que o Espírito do Senhor realmente falava por Davi (2) é abundantemente atestado nos salmos que ele escreveu" (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.260-61). No tópico três, você poderá retomar o assunto, pois ele trata das palavras finais de Davi.
II. PROBLEMAS NA VELHICE DE DAVI
1. A velhice de Davi. 1 Reis 1.1-4 descreve alguns problemas que atingiram Davi na velhice. Ali, se esclarece que a velhice não poupa ninguém. Por causa dos grandes sofrimentos, das lutas que marcaram sua vida e das causas naturais, com aproximadamente setenta anos, as forças e a saúde de Davi já tinham definhados. Seu corpo não conseguia manter-se aquecido. Davi é o exemplo de como começa o declínio da vida, conforme expõe Eclesiastes 12.1-7. Portanto, aproveitemos bem a adolescência e a juventude na presença de Deus; consagremos nossas forças e todo o nosso vigor ao Senhor Jesus Cristo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
A narrativa de 1Rs 1.1-4, Davi contava com 70 anos (25m 5.4-.1). Com a idade avançada, problemas circulatórios passaram a atormentar o rei Davi, de modo que ele não conseguia manter-se aquecido. O gabinete real propôs a solução de que uma jovem virgem cuidasse dele, no que hoje poderíamos chamar de enfermeira; o cuidado dele consistira em aquecer o velho rei à noite com o calor do seu corpo, Abisague lhe prestou esses serviços. Pode parecer estranho para nós hoje, mas isso estava de acordo com os costumes médicos daquele tempo; tanto o historiador Flávio Josefo quanto o médico grego Galeno registraram essa prática. É interessante ainda notar que, embora Davi não a tenha possuído, ela foi considerada como sendo uma das suas esposas, como vemos mais tarde.
Em Eclesiastes 12.1-7, Salomão aconselha: “Lembra-te do teu Criador... maus dias”. Lembre-se de que você é propriedade de Deus, por isso, empregue sua vida para servi-Lo desde o início de seus anos e não no final, quando a capacidade de servir se torna bastante limitada. Salomão usa á imagem do envelhecimento, acrescentando elementos de uma casa em decadência, da natureza e de um cortejo fúnebre a fim de intensificar a ênfase daquilo que ele escreveu no capítulo 11.7-12.1. A juventude é normalmente o período da luz da alvorada, e a velhice, o período da penumbra melancólica. Esse retrato melancólico da velhice não nega a verdade de que essa estação da vida pode ser uma bênção para o servo fiel (Pv 16.31), mas relembra ao jovem que ele não conseguirá desfrutar da bênção de uma velhice piedosa e de uma vida dedicada à obra de Deus se não se lembrar de seu Criador enquanto ainda é jovem (v. 1).
2. Enfrentando mais um filho rebelde. Em 1 Reis 1.15, novamente o texto reforça a velhice de Davi. Estando ele doente e sem forças, Adonias aproveita-se desse instante para declarar-se rei; ele tem quase os mesmos traços de Absalão − é formoso de aparência e exalta a si mesmo, dizendo: “Eu reinarei”. Apresenta-se ao público com características da realeza: com carros, cavaleiros e pessoas que corriam adiante dele. Ao contrário de Absalão, que sofria oposição de seu pai, Adonias sabia que não haveria qualquer entrave para o seu plano, pois fora criado sem qualquer disciplina. Daí a expressão: “Nunca seu pai o tinha contrariado”. Adonias representa aqueles que querem ser líderes segundo sua própria vontade, que exaltam a si mesmos, desprezando a vontade de Deus. Essa postura vai lhe custar a vida. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
Quero nesse subtópico retornar à Lição 10: O Pecado do Homem Segundo o Coração de Deus, no Tópico III – O Adultério e o Homicídio de Davi, subtópico 4. A tentativa de Davi para evitar as suspeitas do seu pecado, onde o comentarista escreve: “Era uma mulher ambiciosa, cheia de planos”; Na verdade, a revolta de Adonias foi derrotada por Natã, que conhecia a vontade do Senhor (2Sm 7.12; 1Cr 22.9) e agiu com rapidez, fazendo com que Bate-Seba fosse até Davi antes para relatar o que estava acontecendo, e a quem depois ele seguiria (v. 23). Aproveitando-se da velhice de Davi, Adonias tenta usurpar o trono para si, trono que deveria ser de Salomão por direito; Natã e Bate-Seba logo avisam o rei Davi sobre isso e o reinado de Salomão foi anunciado diante do povo.
3. Constituindo Salomão como rei. Já no seu leito de morte, doente e velho, Davi teve de atuar firmemente para constituir Salomão como rei. Ele chama Zadoque, Natã e Benaia, e passa-lhes as necessárias instruções, seguindo os costumes da separação de um rei: a unção e o anúncio público. A ordem de Davi era que Salomão fosse colocado em sua mula, sobre a qual somente o rei andava; ele foi escoltado até Giom, em direção ao vale de Cedrom. A unção foi feita por Zadoque com o óleo do tabernáculo, perante todo o povo. A cerimônia feita para a coroação de Salomão recebia a ratificação divina. Somente a partir disso é que Salomão poderia assumir o trono. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
O fato de Salomão viajar montado na mula real de Davi mostrava a Israel que era ele o escolhido por Davi para ser o seu sucessor (2Sm 13.29). É possível que a cerimônia de unção do Salomão tenha sido ouvida sem ser vista pela comitiva de Adonias. Saul e Davi tinham sido ungidos por Samuel, sacerdote e profeta do Senhor (ISm 10.1; 16.13); Salomão também seria reconhecido por um profeta e sacerdote. A participação do profeta Natã deu à coroação a prova da bênção do Senhor. Ao longo de todo o livro de Reis, Deus identificou os seus reis escolhidos por meio dos profetas (1Rs 11.37; 15.28-29; 16.12; 2Rs 9.3). A ordem para “tocareis a trombeta” sinalizava uma audiência pública na qual o povo reconhecia oficialmente a nova posição de Salomão como co-regente e sucessor de Davi.
4. As palavras de Davi a Salomão e sua morte. Davi tem consciência de que vai morrer. É isso o que se constata em 1 Reis 2.1-4. Nessa hora, brotam dos seus lábios profundas palavras com as quais aconselha seu filho. Davi diz para Salomão andar em santidade e, nela, conduzir o rebanho de Deus, Israel. O rei tinha consciência plena de que uma vida de santidade só era possível pela observância e obediência completa à Palavra de Deus, conforme Moisés revelara. Tanto Salomão quanto o povo tinham a responsabilidade de andarem nos caminhos do Senhor, por causa das verdades divinas transmitidas, o que significava: atentar para os estatutos do Senhor (Êx 30.21); guardar os mandamentos divinos (Êx 20.1-17); atentar para os decretos ou juízos do Senhor (Êx 21.1). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
Os líderes normalmente exortavam seus sucessores; por exemplo, Moisés (Dt 31.7-8), Josué (Js 23.1-6) e Samuel (1Sm 12.1-25). Assim, também Davi fez uma exortação final a Salomão no momento em que pressentia sua partida, fato narrado assim: “Eu vou pelo caminho de todos os mortais”-expressão usada para descrever a morte (Js 2.3.14; Gn 3.19). Interessante como Davi inicia suas últimas palavras de orientação a Salomão com a qual prepará-lo para as tarefas difíceis e as batalhas em seu futuro: “Coragem, pois, e sê homem!“ – um homem de Deus precisa ter coragem e demonstrar virtudes tais como integridade, força de caráter, determinação, justiça e retidão. Nessa conversa, Davi admoestou Salomão a obedecer à lei mosaica para que seu reinado fosse bem-sucedido. Ele declarou que a obediência do rei à lei de Moisés era condição necessária para o cumprimento da promessa divina. O livro de Reis demonstra que nenhum dos descendentes de Davi permaneceu fiel à lei de Deus; nenhum deles satisfez as condições para o cumprimento da promessa divina. Portanto, as palavras de Davi fornecem a base para explicar o exílio. Assim, o último e supremo rei de Israel surgiria mais tarde, num tempo não determinado.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"a. Adonias exaltou-se a si mesmo [1 Reis] (1.5-8). A decisão de se andar em seu próprio caminho ao invés de se submeter à vontade de Deus é autoexaltação, e esse espírito frequentemente resulta em uma tendência estabelecida na vida. Isto era verdadeiro no caso de Adonias. Ao exaltar-se a si mesmo, ele seguiu o exemplo de Absalão (cf. 2 Sm 15.1ss). Propositalmente, ele se apresentou como um personagem da realeza, com seus próprios carros, cavaleiros e homens que corriam diante dele. Ao contar com um histórico de disciplina paterna negligente e com a sua formosura (6), ele aparentemente sentiu que Davi, seu pai, não seria empecilho para ele. Adonias procurou a ajuda daqueles que já não gozavam das boas graças de Davi (7): Joabe, o antigo comandante do exército do rei (2 Sm 2.13, passim); e Abiatar, que tinha sido sacerdote leal de Davi no passado (1 Sm 22.20, passim). Existem . muitas evidências em 2 Samuel de uma crescente discórdia entre Davi e seu general Joabe (2 Sm 3.23-39; 19.1-8; 24.3,4). No entanto, nada se sabe que possa explicar o desafeto de Abiatar, e a sua consequente disposição de adotar a causa de Adonias" (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.279).

III. AS PALAVRAS FINAIS DE DAVI EM SUA VELHICE
1. O reconhecimento da ação do Deus de Jacó. As palavras finais de Davi em 2 Samuel 23.1-7 são de louvor a Deus. Primeiramente ele expressa sua gratidão a Deus por ter-lhe favorecido em tudo; e menciona que foi levantado em altura pelo Deus de Jacó: “Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus“ (v.3). Davi tinha consciência de que todas as suas conquistas não eram humanas e que, ele mesmo, não era divino, como pensavam os reis de outras nações ao próprio respeito; mas seu crescimento veio do Deus de Israel. Reconhecer nossa fragilidade é o caminho para Deus usar-nos sem nunca pensarmos ser alguma coisa (Sl 82.7). No Novo Testamento, Paulo era usado por Deus, mas tinha consciência de sua humanidade (At 14.15). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
No final de sua vida, Davi olhou para trás com fé nas promessas de Deus, e para frente com esperança no cumprimento da vinda de um futuro "rei", o "ungido". Esse é o legado literário final para Israel, e não o seu discurso final (1Rs 2.1-10). É interessante notar que, no texto de 2Sm 23.1 “Palavras de Davi”, ou como aparece em algumas versões: "Assim diz Davi", percebe-se que Davi tinha a idéia de que os salmos que havia escrito com a orientação do Espírito Santo eram a própria Palavra de Deus! Assim ele sabia que não era divino, como era a mentalidade comum em seus dias de pensar nos reis como representantes de uma determinada divindade, ou mesmo a própria divindade, no entanto, ele sabia que era instrumento nas mãos de Deus! O Santo Espírito de Deus é o instrumento divino de revelação e inspiração. Davi tinha consciência de que o rei ideal deveria exercer a sua autoridade com justiça, em completa submissão à soberania divina. Esse rei é como os raios do sol pela manhã e a chuva que traz vida e nutre a terra. Esse rei ideal foi identificado no Antigo Testamento como o futuro Messias (Is 9.6-7).
2. O Davi inspirado. Davi esclarece que as palavras que pronunciará têm sua fonte em Deus. Ele deixa claro, nos versículos 3 e 4, que brevemente o governador ideal chegará. Ele irá atuar com justiça, andará no temor do Senhor e trará grandes bênçãos ao povo. O rei diz assim porque tinha consciência de que havia falhado. Mesmo diante de suas falhas, Davi sabia que Deus tinha estabelecido com ele um concerto, de modo que esse justo rei irá sair de sua própria casa (Is 55.3; Jr 33.15.16; At 13.34). Referia-se Ele, profeticamente, à chegada do Messias – Jesus Cristo. Em 1 Reis 2.10, o autor sagrado registra a morte de Davi, o grande rei de Israel. Ele dormiu com os seus pais para acordar na eternidade com Deus. Ele estaria para sempre com o Senhor. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
O Texto de 2Sm 23.3-4 é o registro do discurso direto de Deus, não é o discurso de Davi, embora pronunciadas pelos lábios do velho rei, era inspirada pelo Espírito Santo, traçando o ideário de rei submisso à soberania divina, profecia referente ao Messias (Is 9.6-7).
A morte de Davi é relatada em um curto versículo. Existe um tom de tristeza aqui, pois ele havia sido um grande homem de Deus. Quando o seu primeiro filho com Bate-Seba morreu, Davi havia dito: "Eu irei a ele, porém ele não voltará para mim". Ele agora havia ido. Mas voltará para o seu reino milenar, com o SENHOR (Jr 30.9, Ez 34.23-24, 37:24-25, Os 3.5)” (R David Jones)
A morte de um homem é um dos principais eventos de sua vida. É uma ocasião solene, quando a vida da pessoa passa em revista, quando se extrai o significado dos poucos anos da sua vida. As experiências perto da morte informam-nos que o Ser Luminoso sujeita a pessoa a uma completa revista. Assim ela chega a entender todo o sentido de sua vida, o que não deveria ter feito, o que deixou de fazer, o que fez de bom, enfim, a média do valor dessa vida. Dois grandes fatores na vida são o conhecimento e o cumprimento da lei do amor. Esses dois fatores são muito mais importantes que os feitos dos guerreiros ou que o bom governo de um rei. Davi faleceu com setenta anos (II Sm 5:4) e foi sepultado em Jerusalém ou Sião, a cidade de Davi (I Rs 2:10,11). Aos turistas, hoje em dia, mostra-se o suposto túmulo de Davi, localizado na colina sul da moderna Jerusalém, comumente chamada monte Sião. Porém, o local não pode ser identificado com a localização real do túmulo de Davi, o qual, definidamente, ficava dentro das muralhas da cidade. Essa falsa localização vem sendo promovida desde a época das cruzadas.” (ebdareiabranca).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
"Não importa a sua idade, não importam os problemas de saúde ou outro qualquer que você esteja enfrentando. Não importa o cansaço físico e mental, a falta de coragem e de ânimo. O Senhor Jesus faz o seguinte convite: 'Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei’ (Mt 11.28). Se até então a sua idade tem sido um ‘fardo’ difícil de suportar, a proposta de Jesus é que você troque pelo seu fardo e seu jugo, que é leve e suave. Ou seja: a partir de hoje, os seus muitos dias de vida serão usufruídos com a leveza e suavidade que só Deus pode conceder, por meio de sua maravilhosa paz. [...] Com Jesus ao seu lado você poderá dizer que 'as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo’ (2 Co 5-17). Assim, a sua 'velha idade’, o seu 'velho corpo’, o seu 'velho cansaço’, a sua 'velha vida’, o seu 'velho eu’, tudo o que você considera como 'velharia' será transformado em coisa novas por Cristo" (FREIRE, Eurides Santana. Melhor idade... Por que não? Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.109,10).
CONCLUSÃO
A Bíblia fala dos atos heróicos de Davi, mas não esconde seus erros e deslizes. Mas o pastorzinho de Belém, como o homem segundo o coração de Deus, soube como retornar ao que o ungira como rei de Israel. Seus salmos relatam a comunhão profunda e íntima que ele mantinha com o Senhor. E, dessa forma, o amado rei finda sua vida, enaltecendo o Deus de Jacó. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 13, 29 Dezembro, 2019]
Interessante que, as Escrituras reservam um texto tão curto para tratar a morte desse importante rei em Israel. Melancolicamente o rei Davi passa o trono a seu filho Salomão, em seu leito de morte, chamou seu filho diante dele para dar-lhe seu cargo. A vida de Davi demonstra que as escolhas erradas resultam em consequências desastrosas. Os erros desse mavioso rei de Israel decorreram do seu descuido espiritual. No entanto, apesar das falhas espirituais, Deus demonstrou sua graça e amor, restaurando-o e perdoando-o, e fazendo-o um ancestral do Messias Jesus.
Agora que você aprendeu sobre Davi e Bate-Seba e sobre as consequências trágicas de suas escolhas, avalie sua vida verificando em quais áreas você tem pecado contra o Senhor. Confesse cada um dos seus erros e dispondo-se a abandoná-los. Lembre-se de que é indispensável você manter vigilância para que suas escolhas sejam sempre feitas segundo a instrução da Palavra de Deus. E não se esqueça de sempre render louvores ao Senhor pelo perdão que ele concede a você, bem como, por sua infinita graça que é revelada na continuidade de suas bênçãos em sua vida, apesar de seus erros.(ultimato)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

ASSEMBLEIA DE DEUS EM VITÓRIA DO MEARIM HOSPEDA A 80ª AGO DA CEADEMA





            A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Vitória do Mearim hospedou a 80ª AGO (Assembleia Geral Ordinária) da CEADEMA que aconteceu nos dias 16 a 20 de dezembro de 2019. 


CERIMONIAL DE ABERTURA DA AGO

         A CEADEMA (Convenção Estadual das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus no Maranhão) realiza, na cidade de Vitória do Mearim, a 80ª (octogésima) AGO (Assembleia Geral Ordinária). Tendo como tema: “Conhecendo e praticando as doutrinas da nossa Fé”.

 ENTRADA DO PASTOR PRESIDENTE DA AD EM VITÓRIA DO MEARIM


            Na sequência deu-se a entrada do pastor Osvanildo Albuquerque, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Vitória do Mearim, sua digníssima esposa, missionária Aurilene Tavares e o Colegiado de pastores desta Igreja.

ENTRADA DO PASTOR PRESIDENTE DA CEADEMA

            Após esse ato foi a entrada do pastor Pedro Aldir Damasceno, presidente da CEADEMA e sua digníssima esposa, missionária Conceição Damasceno.

            Dando continuidade ao cerimonial procedeu-se a entrada dos “Porta-bandeiras”. Onde a Igreja colocou-se de pé para a entrada da bandeira do Brasil, bandeira do Estado do Maranhão, bandeira municipal da cidade de Vitória do Mearim e a bandeira da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, com a execução do Hino Nacional.

          As primeiras Convenções... Foi realizada no dia 15 de novembro de 1934, na cidade de Coroatá, a primeira Convenção Regional das Assembleias de Deus do Estado do Maranhão, presidida pelo pastor Nels Julius Nelson, que residia em Belém do Pará, com a presença de dois pastores, dois diáconos e vários auxiliares, quando foi então ordenado o primeiro pastor pela Assembleia de Deus do Maranhão. Feita a votação, foi eleito o irmão João Jonas, cidadão húngaro, convertido no Pará, tornando-se um grande evangelista e fundador de várias igrejas neste Estado.
  A segunda Convenção Regional foi realizada em outubro de 1935, na cidade de Pedreiras contou com a presença de três pastores, quatro diáconos e vários auxiliares.
 A primeira Escola Bíblica – Sob a direção do Missionário Nels Julius Nelson foi realizada a 1ª Escola Bíblica Estadual no período de 1 a 13 de novembro de 1939, na cidade de Coroatá, onde ocorreu simultaneamente a 3ª Convenção Regional e foi criada a Caixa de Evangelização das Assembleias de Deus no Maranhão. Na Escola Bíblica estou-se a Epístola aos Filipenses e a doutrina das Dispensações Bíblicas. Nesta época os estados do Maranhão e Piauí funcionavam como uma só Convenção, e este trabalho era supervisionado pela Igreja em Belém do Pará.

     Histórico das  AGOs DA CEADEMA

         Nesse momento as jovens da coreografia entraram com os banners citando os nomes das cidades que já hospedaram as AGOs com suas devidas datas.

Coroatá – 1934
Santa Inês – 1967
Bom Jardim – 1994
Pedreiras - 1935
São Luís – 1968
Bacabal – 1995
Coroatá – 1939
São Luís – 1969
Codó – 1996
Pedreiras - 1940
São Luís – 1970
Timon – 1997
São Luís – 1943
Bacabal – 1971
Santa Luzia – 1998
São Luís – 1944
Codó – 1972
Coroatá – 1999
São Luís – 1946
São Luís – 1973
Caxias – 2000
São Luís – 1947
Santa Inês – 1974
Zé Doca – 2001
São Luís – 1948
Bacabal – 1975
Lago da Pedra – 2002
São Luís – 1949
São Luís – 1976
Buriticupu – 2003
São Luís – 1950
São Luís – 1977
Pedreiras – 2004
São Luís – 1951
Timon – 1978
Santa Luzia – 2005
Vitorino Freire – 1952
Caxias – 1979
Santa Inês – 2006
São Luís – 1953
São Luís – 1980
São Luís – 2007
Vitorino Freire – 1954
Timon – 1981
Coroatá – 2008
Pau de Estopa (Coroatá) – 1955
Itapecuru Mirim – 1982
Santa Luzia – 2009
Bacabal – 1956
Paulo Ramos – 1983
Caxias – 2010
Coroatá – 1957
Santa Inês – 1984
Tirirical – 2011
São Luís – 1958
Vitorino Freire – 1985
Lago da Pedra – 2012
Pedreiras - 1959
Chapadinha – 1986
Chapadinha – 2013
Vitorino Freire – 1960
Santa Inês – 1987
Coelho Neto – 2014
Codó – 1961
Pedreiras – 1988
Pedreiras – 2015
São Domingos do Maranão – 1962
Bacabal – 1989
Lago da Pedra – 2016
Timon – 1963
Vitorino Freire – 1990
Chapadinha – 2017
Bacabal – 1964
Sta Luzia do Paruá – 1991
Maracaçumé – 2018
Coroatá – 1965
Lago da Pedra – 1992
Vit. Do Mearim - 2019
Timon – 1966
Caxias – 1993



      Na sequencia  o comentarista deu as boas vindas ao Jubileu de Carvalho da AGO (Assembleia Geral Ordinária), na cidade de Vitória do Mearim, neste ano de 2019 com o tema: “Conhecendo e praticando as Doutrinas da nossa Fé”.

       Nesse momento ao som do Hino "Acredito" do cantor Leonardo Gonçalves deu se a entrada das crianças com os banners onde estava, de forma resumida, as doutrinas da nossa fé, onde podemos ler de forma completa: 

        Cremos...

1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17);
2. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);
3. No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16, 18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9);
4. No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13);
5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3.23; At 3.19);
6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9);
7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);
8. Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);
9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);
10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1 Pe 1.15);
11. No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);
12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12);
13. Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14);
14. No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2 Co 5.10);
15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4).
16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

       Após esse momento a coreografia fez uma linda apresentação em alusão ao momento ao som do Hino "Fumaça" do cantor Samuel Mariano.



Algumas fotos do cerimonial de abertura