sexta-feira, 26 de maio de 2017

LIÇÃO 9: HULDA, A MULHER QUE ESTAVA NO LUGAR CERTO




SUBSÍDIO I

Caro professor, prezada professora,
A lição desta semana está estruturada em três tópicos. No primeiro tópico, o autor fala um pouco sobre a identidade da profetisa Hulda. No segundo, ele relata o contexto da previsão da profetisa sobre a proximidade do avivamento nacional. No terceiro, o autor relata o modo de como Hulda foi usada por Deus. Portanto, o presente assunto tem como cerne a maneira que Deus usa as pessoas independentes do contexto que elas se encontram. Nesse sentido, Hulda revela um caráter firme quando faz denúncias sobre os pecados e a apostasia da nação.
Para ajudar você a elaborar a aula de hoje, e desdobrar esse assunto, disponibilizo um artigo da revista Ensinador Cristão, um recurso de apoio para todo professor e superintendente da Escola Dominical:
Num tempo onde o ofício profético era exercido majoritariamente por homens, Deus levantou uma mulher dentre os profetas para exercer esse santo ofício. 
A nação de Israel estava afastada dos caminhos de Deus. Segundo o livro de Deuteronômio 28, havia uma profecia proferida por Moisés sobre o povo de Israel que determinaria a exaltação ou a humilhação da nação: “E será que, se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus” (vv.1,2). Ora, quando essa profecia foi proferida o povo de Israel estava próximo de entrar na terra prometida. O conteúdo do texto é claro: o sucesso da nação na nova terra estava condicionado à obediência do povo aos mandamentos de Deus.
Enquanto o povo fosse fiel a Deus, o eterno o abençoaria (Dt 28.3-14). Mas quando essa fidelidade fosse interrompida o povo sofreria as consequências de sua decisão: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão” (Dt 29.15). Ou seja, no lugar de bendito na cidade, o povo seria maldito; de bendito no campo, maldito; de bendito ao entrar ou sair, maldito. Consequências inumeráveis viriam sobre o povo eleito por Deus em decorrência da sua desobediência.
Nos tempos do rei Josias a nação de Israel estava completamente alheia aos princípios e propósitos dos mandamentos de Deus. Quando o Hilquias, sumo sacerdote, achou o livro da Lei e o levou ao rei Josias e leu ao rei, ao tomar conhecimento do conteúdo da Lei, Josias temeu. Imediatamente procurou a profetisa Hulda para ouvir de Deus sobre o que fazer. Ele sabia que a nação estava afastada de Deus e as consequências para isso eram irreparáveis. 
Aqui, Hulda aparece como a profetisa que não se cala e confirma o que Deus faria à Judá devido à desobediência da nação. A mensagem de Hulda era de maldição, não de bênção. Deus faria cumprir sua vontade. A profetisa Hulda não teria outra atitude a tomar, senão a de entregar o que Deus havia determinado, embora o conteúdo fosse duro e pessimista. A coragem e a determinação de Hulda são dignas de nossa admiração (OLIVEIRA, Marcelo de Oliveira. O Caráter do Cristão: Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. In: Ensinador Cristão. Ano 18 – Nº 70, Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.40).

SUGESTÃO DIDÁTICA 

Ao introduzir a lição, antes de mencionar o tópico 1, e a partir do artigo acima, remonte ao contexto político e social em que se encontrava a profetisa Hulda. Mostre como foi o desafio de um ambiente predominantemente masculino, Deus usar uma mulher para falar à liderança da nação e à liderança religiosa.
Boa aula!

Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Na aula de hoje estudaremos a respeito de mais uma mulher da Bíblia, desta feita a profetiza Hulda. Essa será uma oportunidade para destacar a atuação feminina direcionada por Deus, principalmente quando a pessoa que Ele escolhe se encontra no lugar certo. Inicialmente apresentaremos algumas informações a respeito dessa mulher; em seguida, sua contribuição para o avivamento espiritual em Judá. E por fim, destacaremos como Hulda foi usada por Deus, e se tornou um instrumento para que o povo se voltasse para o Deus que o escolheu.
                                                                                                       
1. HULDA, UMA MULHER DE DEUS

Hulda foi uma daquelas mulheres de Deus que demonstrou caráter firme, principalmente em tempos difíceis, quando o povo havia se desviado dos caminhos do Senhor. De acordo com o relato bíblico ela era esposa de Salum, filho de Tocate, que era guardador das vestimentas, e habitava Jerusalém (II Rs. 22.14). Ela é comumente conhecida como uma profetiza, ou seja, uma mulher que recebia os oráculos de Deus. Hulda testemunhou a ascensão e a queda do reino de Ezequias, bem como a decadência de Judá, nos tempos tumultuados de Manassés e Amom (II Cr. 33.11-25). Hulda foi colocada por Deus no cenário judaico entre os anos de 639 a 609 a. C., a fim de tornar conhecido o desígnio do Senhor. Nesse período foi levantado um jovem rei, denominado Josias, que foi usado para favorecer um grande avivamento. É válido destacar que Hulda foi contemporânea de Jeremias, mesmo assim, Josias enviou emissários a Hulda, para que essa revelasse o propósito de Deus. A atuação de Hulda como profetiza em Israel é uma demonstração de que Deus, mesmo em uma sociedade patriarcal, como aquela dos tempos antigos, usava mulheres para cumprir seus intentos. Destacamos que antes de Hulda, Miriã profetizou (Ex. 15.20). Hulda teve papel preponderante no avivamento de uma nação, chamando a atenção do povo para seu pecado, e a necessidade de arrependimento. Deus tem levantado muitas mulheres para o ministério eclesiástico. Mulheres de oração, e do ensino da palavra, têm cumprido uma missão no reino de Deus, foi assim desde o princípio da Igreja. É bem verdade que não há respaldo explícito na Bíblia para o pastorado feminino, mas isso não quer dizer que as mulheres não podem ser usadas por Deus, como tem acontecido nas Escolas Bíblicas Dominicais.


2. HULDA, UM CHAMADO PARA O AVIVAMENTO

Ao receber a consulta do rei Josias, Hulda trouxe uma mensagem contundente, a fim de que o povo se voltasse para Deus. Ele profetizou a respeito da destruição da destruição de Judá por causa da idolatria (II Rs. 22.14-17). Em seguida, antecipou a restauração do reinado de Josias (II Rs. 22.28-20), e que esse seria um instrumento de Deus, para a instauração de um avivamento espiritual em Judá. É digno de destaque que as autoridades se dirigiram até essa profetiza para saber o que Deus haveria de realizar em Judá. Como mensageira de Deus, declarou: “Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Dizei ao homem que você enviou a mim: Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes (II Cr. 34.23). Certamente se referia aos tempos futuros, nos quais o povo seria levado para a Babilônia, que aconteceu por volta de 586 a. C. A respeito do ministério profético de Hulda, é preciso ponderar que esse não dá margem para uma atuação profética da mesma natureza nos dias atuais. Não existe mais profetas e profetizas nos moldes do Antigo Testamento. Aqueles traziam uma mensagem diretamente de Deus, expresso na declaração “Assim diz o Senhor”. Na atualidade dispomos do dom de profecia, que está à disposição de toda a igreja (I Co. 12.7). E essa precisa ser avaliada à luz das Sagradas Escrituras, não tendo mais a prerrogativa de ser infalível (I Co. 14.29). A Palavra de Deus é o crivo para o dom de profecia nos dias atuais, e esse deve ser exercido na Igreja, a fim de evitar os excessos que temos testemunhado em alguns arraiais evangélicos.

3. HULDA, NO LUGAR ESCOLHIDO POR DEUS

Hulda foi usada por Deus naquele momento crucial para a história do povo judeu. Ela percebeu como Josias, o rei de Judá, se dobrou diante da Lei do Senhor, reconhecendo o perigo de se encontrar distante da vontade de Deus. Após ouvir a mensagem profética, o rei convocou toda a nação para a mudança, a começar pela liderança. É importante destacar que não nos encontramos mais debaixo de uma monarquia. Por isso, não podemos esperar que o avivamento aconteça por ordem de um governante. Em tese o estado é laico, e o sistema é democrático, portanto, o povo escolhe seus governantes. O avivamento, no contexto neotestamentário, deve partir da igreja, que deve influenciar o mundo, sendo sal e luz (Mt. 5.13-16). O exemplo de Josias, nesse contexto, deve ser seguido pela igreja, que deve se dobrar diante da Palavra do Senhor: “e ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se tinha achado na Casa do Senhor” (II Cr. 34.30). Não existe verdadeiro avivamento sem a exposição das Sagradas Escrituras, é através dela que o povo se envergonha dos seus pecados, como aconteceu nos tempos de Esdras e Neemias (Ne. 8.2). No contexto daquela monarquia teocrática, o rei deu o exemplo: “E pôs-se o rei em pé em seu lugar e fez concerto perante o Senhor [...] com todo o seu coração e com toda a sua alma, cumprindo as palavras do concerto, que estão escritas naquele livro (II Cr. 34.31). E o povo seguiu seu exemplo, pois “todos quantos se acharam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de Jerusalém fizeram conforme o concerto de Deus, do Deus de seus pais”. (II Cr. 34.32). A liderança cristã deve ser um exemplo para seus liderados, e um modelo para toda a igreja.  

CONCLUSÃO

Hulda foi uma mulher usada por Deus no ministério profético, e contribuiu para levar seu povo ao avivamento através da Palavra. Nos dias atuais o mesmo Deus tem chamado mulheres valorosas para o ministério do ensino, algumas delas também sendo instrumentos de Deus no dom de profecia. Como Hulda, devemos nos colocar na disposição de Deus, e nos aprofundar na Sua Palavra, para que possamos manifestar os desígnios de Deus, nestes tempos tão trabalhosos.
 
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Hulda entrou na história do povo de Judá, mas logo desapareceu, após cumprir a missão árdua que Deus lhe confiara. Ela entrou em cena quando o rei Josias tomou conhecimento do conteúdo do livro da Lei, que fora perdido na Casa do Senhor. Ao ouvir a leitura do livro da Lei e as maldições que cairiam sobre seu povo, o rei mandou consultar ao Senhor sobre tamanha desgraça, causada pela desobediência de Judá. E Hulda, usada por Deus, proferiu terrível profecia contra Judá, mostrando que Deus iria derramar terrível juízo sobre a desobediência do povo. [Comentário: Hulda (חֻלְדָּה) "doninha" (um pequeno animal), profetiza contemporânea de Jeremias, mulher de Salum, filho de Ticvá, filho de Harás, o guarda das vestiduras e vivia em Jerusalém (2Rs 22.14). Morava na "segunda parte de Jerusalém" ou o "segundo distrito" (cidade baixa). Matthew Henry (CPAD) escreve que conforme sublinham alguns pesquisadores, o rei Josias, deixou de consultar grandes profetas de seu tempo, como Sofonias e Jeremias (Jr.1.2) para recorrer à profetisa HuldaMatthew Henry (2015). Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento. CPAD. p. 1703. A Bíblia não relata mais nada sobre ela, mas podemos afirmar que era uma profetisa muito importante dentro da cidade pois, segundo os livros dos Reis e das Crônicas o rei a consultou e levou muito a sério o que ela disse. O nome de Hulda é mencionado somente uma vez na bíblia, no livro de 2ª Reis, e é interessante ressaltar que a bíblia relata pouco sobre as mulheres com cargos de profetas, na verdade somente duas mulheres foram citadas na bíblia, Hulda e a juíza Débora. Além disso, é interessante frisar que na entrada do templo havia um monumento em homenagem a profetiza Hulda e também que uma das portas de entrada era chamada de porta de Hulda. Com isso, notamos que a pesar de as mulheres nesse período terem uma participação limitada nos cargos religiosos, existiram mulheres que ultrapassaram essas barreiras e exerceram funções que normalmente eram atribuídas aos homens.] 

I. QUEM FOI HULDA
                                
1. Hulda. Ela foi uma serva de Deus que demonstrou um caráter firme, decidido e discreto, num tempo em que os reis e os profetas haviam se desviado dos caminhos do Senhor. O texto em estudo diz que ela era esposa de Salum, filho de Tocate, que era guardador das vestimentas, e habitava em Jerusalém, “na segunda parte” da cidade, ou na “cidade baixa” (2Rs 22.14). [Comentário: Hulda era mulher de Salum, filho de Ticvá, Hulda era esposa de Salum, um homem ilustre e de família nobre, responsável pela guarda das roupas, ou do Templo (manutenção das vestes sacerdotais) ou da corte de Josias (alfaiate das vestes reais). Não é possível determinar com exatidão qual das duas opções é a correta. Somos informados ainda que ela morava na cidade baixa de Jerusalém. A localização exata desse lugar é incerta, porém é bem provável que seja o segundo quadrante de Jerusalém (cf. Sf 1.10; Ne 11.9), isto é, a segunda fileira de edifícios a partir do palácio real. Alguns intérpretes sugerem a possibilidade do marido de Hulda, Salum, ter sido o tio de Jeremias. A Bíblia cita cerca de 12 a 15 pessoas com este nome no Antigo Testamento, sendo o tio do profeta Jeremias uma delas, entretanto é impossível determinar ao certo se realmente se tratava do marido de Hulda (cf. 32.7; 35.4; 52.24).]

2. Atividade que exerceu. Ela exerceu a atividade de profetisa, num tempo em que esse ofício era predominantemente confiado aos homens. Hulda testemunhou a ascensão e queda do reino de Ezequias, e decadência de Judá, nos tempos de Manassés e Amom (2Cr 33.11-25). Ela entrou em cena num momento dramático da história do reino de Judá (639-609 a.C). [Comentário: Hulda aparece na narrativa sendo consultada pelo sacerdote Hilquias, pelo escriba Safã, Aicão, Acbor e Asaías, homens a favor de Josias, que se preocupou após a leitura do Livro da Lei descoberto na Casa do Senhor. Um fato muito importante aconteceu quando a casa do Senhor estava sendo reparada: "... Hilquias, o sacerdote, achou o livro da lei do Senhor, dada pela mão de Moisés" (2Cr 34.14). Ao encontrar o livro de Deus, o sacerdote o deu a Safã, o escrivão, que levou ao rei e disse: "O sacerdote Hilquias entregou-me um livro. E Safá leu nele perante o rei" (2Cr 34.18). Ao ouvir a Palavra do Senhor, o rei viu que todos não estavam guardando a Palavra Santa de Deus. Ele, então, rasgou as suas vestes e pediu para irem consultar o Senhor. Foram até a profetisa Hulda que disse tudo que o Senhor mandou dizer. http://solascriptura-tt.org/DoCoracaoDeValdenira/HuldaMensageiraDeDeus-Valdenira.htm]

3. Deus ouviu Hulda. Se os outros reis não tomaram conhecimento de seu ministério profético, ela viu Deus trabalhar de forma evidente para ouvir suas orações e levantou um menino para promover mudanças impactantes no reino Judá. [Comentário: Hulda viveu no tempo em que reinava em Judá o rei Josias. Ele começou o seu reinado com oito anos de idade e, logo cedo, "... começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Co 34.3). Por amar ao verdadeiro Deus, ele decidiu purificar Judá e Jerusalém mandando derrubar os altares de outros deuses, quebrar as imagens de escultura e de fundição. Esta purificação se estendeu também a outras cidades. A Bíblia em 2Cr 34.8 nos diz: "E no amo décimo oitavo do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa ... "enviou homens"... para repararem a casa do Senhor seu Deus." É nesse contexto que Hulda é consultada. Perceba que tal como Débora, Hulda foi procurada por aqueles homens, na ocasião, enviados por Josias. Isso significa que, diferente dos homens ordenados por Deus como profetas diante do povo no Antigo Testamento, não há registro bíblico dessas mulheres profetizando publicamente perante a nação, isto é, reunindo o povo para dizer: “Assim diz o Senhor”. Essas mulheres proclamaram a mensagem divina em particular, de modo que as pessoas foram até elas.]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
                               
Hulda
“Mulher de Salum, guarda das roupas da corte de Josias, que viveu na cidade baixa de Jerusalém como uma reconhecida profetisa. Quando Josias sentiu-se condenado pelo livro da lei, encontrado durante a reforma do Templo, enviou oficiais para inquirirem de Deus quanto ao seu significado. Embora Jeremias fosse contemporâneo, eles foram até Hulda, que profetizou o juízo contra a nação, mas a paz para Josias; ele, então iniciou as reformas (2Rs 22.14-20)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.940).

II. HULDA VÊ O TEMPO DO AVIVAMENTO

1. Josias promove verdadeiro avivamento. Aos oito anos de idade, Josias foi posto no trono pelo povo, em resposta aos inimigos de seu pai, permanecendo durante trinta e um anos à frente de Israel (639-609 a.C). Tornou-se o décimo sétimo rei de Judá, cuja capital era Jerusalém. Contrariando a sequência perversa de idolatria, corrupção e apostasia, com o apoio de conselheiros reais, Josias “[... ] fez o que era reto aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda” (2Cr 34.2). [Comentário: O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo". Porém, "avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar do mal. Esta é uma consequência natural em toda vez que Deus aviva. Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa. O verbo "avivar", em suas várias formas, é usado mais de 250 vezes no Antigo Testamento, das quais 55 vezes estão num grau chamado piel. Um verbo nas formas do Piel expressa uma ação ativa intensiva no hebraico. Neste sentido, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus. Alguns exemplos de sua ocorrência são as clássicas orações de Davi, como esta: "Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?" (Sl 85.6), e da clássica oração do profeta Habacuque: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia" (Hc 3.2).http://www.monergismo.com/textos/avivamento/avivamento_padrao.htm. O texto que estamos meditando mostra que, Hilquias encontra o Livro da Lei. Sendo na realidade, um rolo. O povo se desviara de Deus. Quebrara a aliança. E Quando o livro foi lido diante do rei ele rasgou as suas vestes. Com certeza sentiu o impacto da Palavra. O teor daquelas palavras não era de ordem comum. Eram palavras oriundas do próprio Deus. É provável que esse documento era copia de (Deuteronômio 28.61;31.24,26) O Rei Josias sentiu profundo arrependimento ao ouvir as palavras do livro divino. O texto diz que ele rasgou as suas vestes. O reino estava vivendo de forma desregrada. A Palavra de Deus não estava sendo  obedecida. O povo estava vivendo ainda influência dos reis anteriores que introduziram a idolatria no Reino.http://www.ipbfo.org.br/artigos/Caracteristicas%20de%20um%20Verdadeiro%20Avivamento.pdf]

2. Aboliu a idolatria. Ainda moço, tomou medidas drásticas e corajosas contra a idolatria que tomou conta de Jerusalém e de cidades vizinhas, no oitavo ano de seu reinado (2Cr 34.3-7). Para um jovem rei, tomar tais medidas não seria possível se não fosse com respaldo de Deus, e com apoio de homens sérios, que trabalhavam no reino, como parte de um “remanescente fiel”, que buscava o bem do seu povo e não os interesses mesquinhos dos que se aproveitavam do reino para satisfação de seus interesses pessoais, carnais e diabólicos. [Comentário: Josias também aboliu os médiuns, os feiticeiros, os ídolos do lar, e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém para que se cumprisse as palavras do livro da Lei. Josias foi obediente à Lei do Senhor. Gostaria de meditar com os irmãos sobre a seriedade deste assunto. Quando Deus chama Josué para substituir a Moisés, Deus o conclama para ser forte e corajoso a fim de guiar o povo, ser forte e corajoso  para enfrentar os desafios, e por fim Deus Diz: “Sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda lei que meu servo Moisés te ordenou..”(Js 1.7) Pela Palavra de Deus Josias Purifica o templo e o culto ao Senhor. Ele mandou reunir todo o povo, todos os moradores de Judá e todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até o maior; e foi lido diante de todos as palavra do Livro do Senhor a todo povo. O Rei  fez aliança ante ao Senhor e todo o povo anuiu a esta aliança. Isto é avivamento de verdade! [http://www.ipbfo.org.br/artigos/Caracteristicas%20de%20um%20Verdadeiro%20Avivamento.pdf]

3. Resgatou a Lei do Senhor. Aos vinte e seis anos de idade, Josias mandou reparar a Casa do Senhor, que tinha sido desprezada pelos seus antecessores idólatras (2Cr 34.8-11). Em meio à restauração física do Templo, o sumo sacerdote Hilquias, através de Safã, fez ciente ao rei que o livro da Lei, que se achava perdido, na casa do Senhor, fora encontrado. Ao ouvir o conteúdo do livro, o rei rasgou suas vestes, chamou seus assessores, incluindo Safã, que era escrivão, e deu ordem, dizendo: “Ide, consultai ao Senhor, por mim e pelos que restam em Israel e em Judá, sobre as palavras deste livro que se achou, porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós; porquanto nossos pais não guardaram a palavra do Senhor, para fazerem conforme tudo quanto está escrito neste livro” (2 Cr 34.21). [Comentário: Isaías em sua visão de Deus no seu alto é sublime trono, contempla a santidade, a majestade e a soberania de Deus. Os serafins voavam sobre Deus e diziam una para os outros: “SANTO, SANTO, SANTO é o SENHOR dos Exércitos e toda a terra está cheia da tua glória. Ao contemplar a grandeza de Deus, imediatamente, ele faz uma declaração que denuncia seu estado: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos!” Isaías está dizendo que se sentia destruído. Isso é a convicção de pecados que tomou conta da sua vida, quando este teve a visão correta de Deus e visão correta da miséria do homem. Temos a convicção de que Josias reconheceu o seu pecado por uma declaração de Deus que se encontra no texto que lemos no versículo 19: “Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o Senhor, quando ouviste o que falei contra este lugar e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para a maldição, e rasgaste as tuas vestes, e chorastes perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor”. Essa é uma declaração de Deus, logo, é fiel e verdadeira. Josias se convence do seu pecado e o percebe de uma forma muito próxima e não se conforma com ele. Mas o texto que nós lemos além de nos mostrar que para um verdadeiro avivamento é necessário Retorno às Escrituras, Convicção de pecados, o texto também nos ensina que para um verdadeiro avivamento é necessário: Josias assumiu mudanças inevitáveis após a sua experiência com Deus. O que estamos defendendo aqui é o avivamento que Deus causou na história do seu povo. Além de vermos o grande poder dEle, nos é revelado o seu grande amor. O reino estava sob influência dos maus reis anteriores – Amom e Manassés introduziram a idolatria no reino, agora Deus dá uma nova oportunidade para o povo. Josias tomou algumas medidas que comprova o que estamos defendendo. Ele restaura o templo. Aos 18 anos Josias tomou medidas enérgicas para restauração do templo (vv.3-7) Essa restauração era por demais importante, pois significava a revitalização da fé judaica. De nada adianta falatórios e mais falatórios acerca de mudanças, assim como estamos cansados de ouvir e de falar, é necessário um envolvimento efetivo na obra de Deus, que revele zelo e compromisso.http://www.ipbfo.org.br/artigos/Caracteristicas%20de%20um%20Verdadeiro%20Avivamento.pdf]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Josias foi o último dos reis justos de Judá. Já em tenra idade começou a buscar o Senhor com toda a dedicação e, quatro anos mais tarde, começou a expurgar de Judá a religião falsa. Enquanto o Templo estava sendo restaurado, Hilquias achou o livro da Lei escrito por Moisés. Surgiu daí um novo compromisso com a Palavra de Deus, e todo o país experimentou uma renovação espiritual. Os profetas Jeremias, Sofonias e Habacuque ajudaram Josias no seu esforço de reconciliar o povo com Deus; quanto à condição espiritual do povo nos tempos de Josias.
O ‘livro da lei’ que Hilquias achou, tratava-se da lei que fora dada ‘pelas mãos de Moisés’; era, sem dúvida, um exemplar do Pentateuco, ou seja: os cinco livros da Bíblia. Essa descoberta dá testemunho da mão providente e soberana de Deus, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pelos idólatras e apóstatas. Realmente, a inspirada Palavra de Deus escrita é indestrutível” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p. 609).

III. HULDA É USADA POR DEUS

1. A dura mensagem de Deus. Recebendo a consulta do rei, Hulda foi usada por Deus para profetizar com relação a dois eventos. O primeiro, prevendo a destruição de Judá por causa da idolatria (2Rs 22.14-17); o segundo, prevendo restauração e prosperidade, no reinado de Josias (2Rs 22.18-20). O sumo sacerdote Hilquias e os demais assessores do rei foram procurar a profetisa Hulda para saber o que iria acontecer com Judá. “E ela lhes disse: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes [...]” (2Cr 34.23). Era o prenúncio do cativeiro de Judá, o que aconteceu em 586 a.C. [Comentário: Hulda desempenhou um papel importante na história de Israel, apesar de aparecer apenas uma vez no palco da história dessa nação durante um tempo de deserção religiosa. Em lugar de Jeremias ou de Sofonias, ambos profetas ativos durante essa época, o rei escolheu consultar Hulda quando instruiu os sacerdotes para que "perguntassem ao Senhor" sobre o significado do Livro da Lei, um papiro encontrado durante o trabalho de restauração e de limpeza do templo. É importante observar que, com o número de profetas que viviam em Jerusalém na época, o sacerdote Hilquias e o resto dos conselheiros do rei voltaram-se para mulher em busca de uma palavra de Deus. Esse fato anula a idéia de que Deus usa mulheres para esse tipo de ministério apenas quando não há nenhum homem disponível. Fica evidente que, quer na presença de uns poucos ouvintes, quer diante de um grande público, Deus usou Hulda para dar testemunho e transmitir a mensagem dele ao sumo sacerdote e ao rei (2Rs 22.14-20). Fonte: "A Bíblia da Mulher" - editora MC e SBB, pág. 515.]

2. Hulda profetiza para o rei Josias. Na crise espiritual de Judá e Jerusalém, Deus mostrou à profetisa Hulda que o rei Josias não seguiu os maus caminhos de seus pais, mas humilhou-se diante de Deus. Disse Hulda, aos mensageiros do rei que Deus viu como Josias se humilhou, quando ouviu a leitura do livro da Lei, e o juízo de Deus sobre Judá. E que Deus lhe daria livramento e ele desceria ao sepulcro em paz (2Cr 34.26-28). Deus teve misericórdia do jovem rei de Judá. A resposta de Deus a Josias foi altamente confortadora para ele. [Comentário: A consideração pela integridade de Hulda e por sua autoridade como mulher de Deus fez com que sua confirmação do recém-descoberto Livro da Lei fosse a palavra necessária para uma ação imediata da parte do rei. A mensagem não procedia dela mesma, mas, sim, do Senhor. O fato de a frase "Assim diz o Senhor" ser repetida quatro vezes em sua profecia curta enfatiza que Hulda compreendia sua responsabilidade e oportunidade de ser um canal através de Deus transmitiria sua palavra (2Rs 22.15-17,19). Todas as reformas apresentadas pelo rei Josias basearam-se na palavra de Deus recebida por meio dessa mulher. Ao que parece, Hulda era tão conhecida como mulher de Deus e tão plenamente digna de confiança em sua compreensão da Lei do Senhor, que, por sua influência, durante algum tempo, houve um reavivamento da consciência e das práticas religiosas de sua nação na fidelidade a Deus. Hulda, uma mulher profundamente devota, colocou do dons espirituais recebidos de Deus à disposição do Senhor e foi obediente e fiel ao transmitir a palavra de Deus para o seu povo. Fonte: "A Bíblia da Mulher" - editora MC e SBB, pág. 515]

3. O efeito da profecia sobre Judá e Jerusalém. Após ouvir a mensagem profética de Hulda, Josias tomou de pronto algumas medidas que demonstram o seu cuidado e zelo em ouvir a voz de Deus. Observe: [Comentário: O pai de Josias foi Amon e o avô Manassés, ambos fizeram o que o Deus reprova. Josias nasceu nesse berço familiar e teve como missão mudar o curso de sua nação. A Bíblia nos diz que nem antes nem depois houve rei em Israel que se convertesse ao SENHOR de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés, trazendo o maior reavivamento espiritual na história do povo de Israel.]

a) Josias fez uma convocação urgente “a todos os anciãos de Judá e Jerusalém”. As mudanças numa nação, ou numa igreja, só têm efeito se começarem pela liderança. [Comentário: Mesmo sabendo que o juízo do Senhor era inevitável, Josias ordenou que todos os homens de Judá, todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até ao maior se reunissem com ele diante do templo; em seguida todas as palavras do Livro da Aliança que fora encontrado na Casa do SENHOR foram lidas diante deles.]

b) Ele “subiu à Casa do Senhor com todos os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os levitas, e todo o povo, desde o maior até ao menor”. Depois de reunir todo o povo, “e ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se tinha achado na Casa do Senhor” (2Cr 34.30). [Comentário: Josias leu o livro da Aliança ao povo. A única forma de nos afastarmos do pecado é através da Palavra. Quando deixamos de ler a Palavra, vamos ficando cada vez mais fracos espiritualmente. “Ou a Palavra te afastará do pecado ou o pecado te afastará da Palavra”. Jo 15.3 – Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. A Palavra de Deus é como um banho. Então é necessário comprometimento. Sl 119.27 – Faze-me discernir o propósito dos teus preceitos, então meditarei nas tuas maravilhas. Ef 6.17 – Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Na falta de conhecimento bíblico é fácil sermos tentados e cairmos em heresias. Os 4.6 – Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. “Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos. http://www.nib.org.br/v4/mensagens/aprendendo-com-o-rei-josias/]

c) Ele fez um concerto com Deus. “E pôs-se o rei em pé em seu lugar e fez concerto perante o Senhor [...] com todo o seu coração e com toda a sua alma, cumprindo as palavras do concerto, que estão escritas naquele livro” (2Cr 34.31). [Comentário: Feito isto, o rei se pôs em pé junto à coluna e fez aliança ante o SENHOR, para O seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras dessa aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo anuiu a esta aliança.]

d) Em seguida, ele levou o povo a fazer o concerto com Deus. “E fez estar em pé a todos quantos se acharam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de Jerusalém fizeram conforme o concerto de Deus, do Deus de seus pais” (2Cr 34.32). O verdadeiro líder vai na frente e influencia seus liderados. [Comentário: Logo depois que Josias se comprometeu, ele fez uma limpeza no reino. Independente do que as pessoas pensassem (2 Rs 23.3-15). Josias ordenou ao povo que voltassem a ter relacionamento com Deus. Tanto o livro de Reis quanto o de Crônicas apresentam Josias como o único rei que andou nos caminhos de Davi, sem se desviar nem para a direita, nem para a esquerda (2Rs 22.2; 2Cr 34.2). Josias foi um grande rei que guiou Israel de acordo com a vontade divina, que obedeceu a Deus e humilhou a si mesmo diante da sua palavra.]

e) Aboliu por completo a idolatria. Por fim, Josias usou da autoridade que Deus lhe concedera e determinou que “todas as abominações” fossem tiradas do meio de Israel (2Cr 34.33). Depois das reformas necessárias, Josias cumpriu o que Deus determinara, e celebrou a Páscoa do Senhor, em Jerusalém (2Cr 35.1-19). [Comentário: Aos vinte anos de idade, com doze no trono, começou a purificar Judá e Jerusalém, tirando-lhes os altos, os postes-ídolos e as imagens de escultura e de fundição que seu pai havia novamente introduzido. Com a sua forte liderança, Josias conseguiu promover a fidelidade ao SENHOR durante toda a sua vida. A reforma que se seguiu à constatação do que era reto e a realização do concerto foi ainda mais completa do que primeira purificação do seu reino. Extraído de http://www.bible-facts.info/artigos/hulda.htm]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“O grupo designado por Josias procurou a profetisa Hulda. É difícil explicar porque eles desconsideraram servos de Deus como Sofonias, Jeremias ou possivelmente Habacuque, que viviam naquele tempo. Ela era rara exceção, já que os homens normalmente ocupavam o cargo de profeta. Hulda, presumivelmente, havia se estabelecido como uma confiável porta-voz de Deus. A sua inspiração profética nesta ocasião é justificativa suficiente para os servos do rei a terem procurado.
A palavra do Senhor através de Hulda consistia de dois pontos principais: (a) A ira de Deus havia sido acesa e o julgamento viria sobre o povo por causa das práticas idólatras; Josias, o rei de Judá não viveria para ver a destruição e a desolação resultante da ira de Deus.
A importância das Escrituras tanto na vida pessoal como nacional é realçada nos versículos de 2 Reis 22.8-20. O tema desta passagem é ‘trazendo o livro de volta’. (1) A lei estava perdida dentro do próprio Templo; (2) Sua repercussão levou ao arrependimento; (9) O arrependimento leva ao reavivamento; (4) O reavivamento possibilita a prorrogação da pena, e inclina os corações à busca do perdão” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume I. RJ: CPAD, 2005, p.385).

CONCLUSÃO

A profetisa Hulda foi uma mulher de Deus, que teve um papel significante para a história de seu povo, ainda que de modo muito passageiro. Seu papel foi coadjuvante, mas o que importa é a qualidade de seu trabalho e não a extensão de seu ministério. Soube colocar-se no lugar que Deus lhe reservou, com discrição e humildade. Mas, no momento certo, entregou a mensagem de condenação de Deus ao povo de Judá, que de modo contumaz, se afastara dos caminhos do Senhor. [Comentário: R David Jones escreve: “Josias fez grandes reformas: purificou o templo de todo resquício de idolatria; eliminou por toda a terra os sacerdotes idólatras, matando os sacerdotes dos altos sobre os próprios altares; destruiu e profanou os objetos, altares, templos e monumentos aos deuses falsos; reinstituiu a festa da páscoa de conformidade com a Palavra de Deus que havia lido, de forma que foi celebrada como nunca fora desde os tempos dos juízes; para cumprir as palavras da lei aboliu os médiuns, os feiticeiros, os ídolos do lar, os ídolos e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém. A leitura da Palavra de Deus encontrada no templo conduziu o rei a ouvir a profecia que o Senhor deu através de Hulda, e isso foi vital para o reavivamento espiritual do seu povo, e consequentes bênçãos de Deus, adiando para mais tarde o juízo previsto nas profecias que vinham através dos outros profetas do seu tempo. Esta é uma lição para nossos dias: somente mediante o arrependimento da negligência existente, a busca e a obediência sincera dos ensinos contidos na Palavra de Deus e a comunhão com Ele é que podemos esperar um reavivamento espiritual do Seu povo. http://www.bible-facts.info/artigos/hulda.htm. Entretanto, a despeito da fidelidade de Josias e da profecia de que o rei morreria em paz (2Rs 22.14-20; 2Cr 34.22-28), Josias foi morto em combate com apenas trinta e nove anos de idade. Deus falhou em Sua promessa? Certamente não (2Cr 35.20-24).] “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25).

Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

Por que Trump visitou Israel?


Nesta semana, Donald Trump tornou-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar o Muro das Lamentações, o que fez da sua passagem por Israel um evento histórico. Sua visita à Terra Santa, aliás, não aconteceu por acaso. Ele aproveitou o mês de maio, muito significativo para o Estado de Israel, para solidificar a bem-sucedida parceria israelo-estadunidense, praticamente ignorada por seu antecessor, Barack Obama, que preferiu agradar os inimigos históricos de Israel.

Por que a visita de Trump à Terra Santa ocorreu no mês de maio. Grandes acontecimentos se deram em Israel, nesse mês, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a começar pela derrota da Alemanha nazista, em 8 de maio de 1945. Depois da vitória dos Aliados, Israel finalmente pôde se estruturar para, em poucos anos, ter o seu Estado proclamado. E isso aconteceu em 14 de maio de 1948, quando terminou o Mandato Britânico.


O domínio da Grã-Bretanha sobre Israel perdurou por trinta anos (1918-1948). À época, a população judaica na Terra de Israel era de 650 mil pessoas e já formava uma comunidade organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas. Israel já era uma nação em todos os sentidos, faltando apenas a oficialização do Estado. Naquele mesmo dia foi proclamado o Estado de Israel, de acordo com o plano de partilha da ONU (Organização das Nações Unidas) de 1947.
Apenas onze minutos após essa proclamação, o presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman, reconheceu a legitimidade do Estado de Israel, o que marcou o início de uma profunda amizade e respeito mútuo, baseados em valores democráticos comuns, decorrentes de sistemas políticos e jurídicos firmemente apoiados nas tradições liberais. O relacionamento entre eles é tão bom que, às vezes, eles “concordam em discordar”. Em um único dia, 14 de maio de 1948, Israel se tornou independente da Grã-Bretanha, teve o seu Estado proclamado e firmou uma amizade com a maior potência mundial.

No dia seguinte, surgiram enormes dificuldades. Aliás, menos de 24 horas após a proclamação do Estado de Israel, os exércitos regulares de Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque já tinham invadido o novo país, forçando Israel a defender a soberania que acabara de conquistar. Essa, que ficou conhecida como a Guerra da Independência, foi vencida por Israel, após quinze meses de batalha, entre maio de 1948 e julho de 1949. Ela ceifou a vida de seis mil israelenses (quase 1% da população). Ainda durante esse período, os israelenses obtiveram uma grande vitória no âmbito político: em 11 de maio de 1949, o Estado de Israel se tornou o 59º membro das Nações Unidas.

Em 1960, um dos principais organizadores do programa de extermínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial, Adolfo Eichmann, foi levado para Israel a fim de ser julgado segundo a legislação israelense de punição aos nazistas e seus colaboradores, criada em 1950. Eichmann, considerado culpado de crimes contra a humanidade e o povo judeu, foi condenado à morte e enforcado em 30 de maio de 1962. Essa foi a única vez em que a pena de morte foi aplicada sob a lei israelense.

Cinco anos mais tarde ocorreu a Guerra dos Seis Dias. Em maio (novamente em maio) de 1967, o Egito novamente deslocou um grande número de tropas para o deserto do Sinai, ordenando que as forças de manutenção de paz da ONU se retirassem da Palestina. Israel, então, invocando seu direito inerente de autodefesa, obteve grande vitória, após seis dias de combate.

Em maio de 1994, com o objetivo de por termo ao conflito israelo-palestino e, pelo menos, minimizar o conflito árabe-israelense, Israel e a então OLP (Organização para Libertação da Palestina) deram um importante passo. Israelenses e palestinos, que tinham assinado em Washigton D.C., nos Estados Unidos, uma Declaração de Princípios, começaram a conversar, visando ao estabelecimento de um autogoverno na Faixa de Gaza e na área de Jericó. A última etapa das negociações entre eles se iniciaram, de acordo com o que estava previsto, em maio de 1996. Nesses mesmos mês e ano, Israel abriu escritórios de representação comercial em Oman e no Qatar.

Durante os oito anos de obamismo, houve poucos avanços no fortalecimento da relação israelo-estadunidense, que beneficia a ambos os países. Por quê? Porque o cristão (cristão?) Barack Obama ignorou-a, preferindo cumprir a agenda progressista, contrária à cosmovisão judaico-cristã, das Organizações Unidas e da União Europeia. Estas, como todos sabem, têm desprezado israelenses e cristãos, e isto é uma das razões pelas quais o terrorismo tem crescido em todo o mundo.

Quanto a Trump, trata-se de um presidente inteligente e temente a Deus. Ele tem sido perseguido pela grande mídia esquerdista porque, na medida do possível, tem se mostrado um líder conservador, inimigo do terrorismo islâmico e da imigração ilegal. Ao mesmo tempo, ele busca pacificar o mundo, como tem demonstrado em sua primeira viagem ao estrangeiro.

O ódio de muitos jornalistas progressistas, evangelicofóbicos, contra Trump, ademais, é grande porque ele tem dado um basta ao preconceito contra o evangelicalismo em todo o país. Ora, os Estados Unidos são cristãos em sua origem! Mas, como mostra muito bem o filme God's not Dead 2 (por trás do qual estão muitos apologistas, como Rice Broocks e Gary Habermas), as autoridades estadunidenses, estimuladas pela política de Obama (que evitava dizer um simples Merry Christmas), vinham intensificando as perseguições contra os pastores.

Finalmente, aproveito este mês de maio para parabenizar, mais uma vez, a todo o povo israelense pelo aniversário de 69 anos de proclamação do Estado de Israel. E finalizo este texto citando um trecho veterotestamentário das Escrituras Sagradas: “Rogai ao Eterno pela paz em Jerusalém! Prosperem os que te amam, ó Jerusalém! Haja paz em teus baluartes e segurança em teus palácios. Por amor a meus irmãos e companheiros, rogarei por Tua paz. Por amor à Casa do Eterno, nosso Deus, buscarei sempre o Teu bem" (Bíblia Hebraica, Editora Sêfer, Salmo 122). 

Ciro Sanches Zibordi