sexta-feira, 31 de março de 2017

LIÇÃO 1: A FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO

SUBSÍDIO I

Professor, preparado para dar início a mais um trimestre? Estudaremos a respeito do caráter de alguns personagens bíblicos. É importante que você pesquise e faça uma relação de obras que possam lhe auxiliar no estudo e preparo das lições.
Na primeira lição é importante que você faça algumas definições, pois seus alunos precisam compreender, de imediato, o que é caráter. É importante também que entendam 
que caráter é distinto de temperamento e personalidade. Você sabe o que os difere? Então, observe algumas definições segundo o Dicionário Houaiss:
Caráter – “Conjunto de traços psicológicos e/ou morais que caracterizam um indivíduo ou um grupo. Qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento.”
Personalidade – “Qualidade ou condição de ser uma pessoa. Conjunto de qualidades que define a individualidade de uma pessoa moral.”
Temperamento – “Conjunto dos traços psicológicos e morais que determinam o modo de ser ou agir do indivíduo.”

I - O caráter humano

Caráter é o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que determina sua conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo. Essas especificidades são responsáveis pela maneira como uma pessoa age, regulando suas escolhas e decisões. O caráter de uma pessoa, portanto, não apenas define quem ela é, mas também descreve seu estado moral e a distingue das demais de seu grupo.
A Bíblia é farta de ensinamentos referentes à virtude, à moral e ao caráter cristão. Os preceitos da Lei, especialmente os do Decálogo, as mensagens éticas dos profetas, os ensinos de Jesus, e as doutrinas exaradas nas epístolas, revelam a vontade de Deus para a vida moral do homem.
Ao aceitar a Cristo como Salvador, o homem recebe da parte de Deus, um novo caráter (2 Co 5.17). O Espírito Santo, por meio de suas ministrações, aperfeiçoa-o gradualmente. Na continuação, o Espírito da Verdade passa a controlá-lo por completo, de modo que suas ações passam a ser moldadas por Ele. Uma vez que a imagem perdida no Éden fora restaurada, o homem passa a experimentar e demonstrar uma vida de integridade.

II - Como preservar o verdadeiro caráter cristão

1. Manter-se em comunhão com o Espírito. O ser humano traz em sua natureza uma forte inclinação para o pecado. Trata-se de uma tremenda força maligna impossível de ser superada sem a ajuda divina. É justamente por isso que Deus nos enviou o seu Espírito para habitar em nós, dando-no a condição de andarmos em novidade de vida. Somente pelo Espírito Eterno, o crente pode caminhar seguro, resistindo aos desejos da carne. Em Gálatas 5, o apóstolo Paulo enumera várias obras da carne que contaminam o caráter do homem sem Cristo (Gl 5.19-21). Todavia, nesse mesmo capítulo, encontramos um conjunto de valores espirituais que garantem a saúde moral do crente (v. 22).
2. Conhecer a Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática do cristão. Ela nos apresenta o padrão de comportamento necessário ao homem que deseja viver uma vida justa, sóbria e piedosa neste mundo. Ao longo da narrativa bíblica deparamo-nos com uma série de valores e virtudes morais e espirituais estabelecidas por Deus para o homem. Todavia, estas qualidades indispensáveis ao ser humano, só foram plenamente identificadas e vividas em Jesus. Hoje sabemos que essas santas virtudes estão ao alcance de todos, por meio da extraordinária obra do Espírito. É imprescindível ao homem conhecer muito bem as Escrituras e o poder de Deus para que não erre na busca de uma vida virtuosa diante de Deus e do próximo (Mt 22.29).
3. Disciplina. A oração e o jejum, apesar de serem armas espirituais poderosas, são também instrumentos que auxiliam na disciplina do caráter cristão. O jejum, por exemplo, é um sacrifício que agrada a Deus e promove disciplina ao crente. Portanto, o homem pode e deve pedir a Deus que o auxilie durante o tempo em que busca as virtudes espirituais, éticas e morais expostas na Palavra de Deus” (SILVA, Eliezer de Lira e. A busca do caráter cristão:Aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 5,8).

Sugestão didática:
Reproduza no quadro a tabela abaixo. Utilize-a para mostrar aos alunos os aspectos positivos e negativos do caráter.

Aspectos do caráter
POSITIVO
NEGATIVO
Santo
Iníquo
Justo
Injusto
Honesto
Desonesto
Submisso
Rebelde
Humilde
Soberbo
Verdadeiro
Mentiroso
(Extraído de Lições Bíblicas CPAD.)

Errata na Revista 
Na referência do Texto Áureo da primeira lição do trimestre, “A Formação do Caráter Cristão”, você vai encontrar a referência de Gálatas 5.20.
O correto é Gálatas 2.20.

Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos


SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

No trimestre passado, estudamos a respeito das obras da carne e do Fruto do Espírito, ressaltando a necessidade do cristão andar no Espírito. Os desafios que nos são postos - e algumas vezes, impostos – requerem que os cristãos sejam, verdadeiramente, íntegros, com todo o cuidado para não serem levados pela onda do secularismo. Ao longo desse próximo trimestre, nos voltaremos para o caráter cristão, com vistas ao reconhecimento de nossa identidade como cristão. Para tanto, levaremos em conta o testemunho de alguns célebres servos e servas de Deus. 
                                                                                                                
1. DEFINIÇÃO DE CARÁTER CRISTÃO

A palavra “caráter” vem do grego e significa, literalmente, marca, sinal gravado, traço distintivo. Em relação ao cristão, diz respeito ao progresso espiritual do crente, na busca constante de transformação, tendo Cristo como maior exemplo a ser imitado (I Co. 4.16; 11.1; Ef. 5.1; Fp. 3.17; I Ts. 2.14; Hb. 6.12). Devemos lembrar que, nos tempos antigos, quando Deus se revelou a Abraão, exigiu, não menos que Ele andasse em Sua presença e que fosse perfeito (Gn. 17.1). Portanto, o alvo do crente não é outro, senão a perfeição absoluta, a qual somente se encontra em Deus. É claro que Deus responderá com graça ao longo da caminhada (II Co. 12.9), mas não admitirá que desistamos de buscar o padrão perfeito que exige de cada um de nós, para que venhamos, ao final, nos identificar com sua natureza em santidade (II Pe. 1.4). A meta do cristão, em todo o momento, é obter a “aprovação divina”, que é, em sua totalidade, a definição do caráter cristão. É possível que, para tanto, tenhamos que passar por muitas tribulações (Rm. 5.3), até que, ao final, recebamos, da boca do Senhor, a mesma aprovação, por Ele, atribuída a Jesus: “Este é o meu Filho, em quem me comprazo (Mt. 3.17). O maior modelo para o caráter cristão, é, sem sombra de dúvida, Cristo, cujos passos devem ser seguidos (I Pe. 2.21). A queda do homem o colocou numa condição de desaprovação diante de Deus. A esta condição humana, a Bíblia denomina de pecado (Rm 3.23). Em virtude disto, o homem, distanciado de Deus, encontra-se espiritualmente morto (Rm. 6.23), carecendo da vivificação do Espírito Santo (Rm. 8.12,13), pelo nascimento que vem de cima (Jo. 3.3). 

2. O DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER CRISTÃO

O caráter cristão, portanto, tem sua origem no ato da conversão, no momento em que o pecador se volta para Deus, despojando-se do velho homem e se revestindo de Cristo (Ef. 4.17-24). A fonte do caráter cristão, é, nesse sentido, Espírito Santo, o qual, produz, em nós e conosco, o Seu fruto (Gl. 5.22), fora dEle, ficaremos restritos às obras da carne (Gl. 5.19-21). Sendo assim, para que tenhamos um caráter genuinamente cristão, precisamos, a princípio, passar pela experiência do nascimento que vem de Deus, conforme explicitado por Jesus a Nicodemos (Jo. 3), e, depois disto, continuar “andando no Espírito”, não se deixando levar pelas concupiscências da carne (Gl. 5.16). O aprimoramento do caráter cristão é uma verdade fundamental do cristianismo (II Co. 3.18). Conforme ressaltamos no tópico anterior, isso não acontece por meio da força humana (Zc. 4.6), mas pelo Espírito de Deus (Gl. 5.16). Por isso, a Escritura nos instrui para que sigamos “a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb. 12.14) como também: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (II Co. 3.18). Como depreendemos dos textos em evidência, o desenvolvimento do caráter cristão não se dá de modo repentino, demanda tempo e, principalmente, contato permanente com Cristo (Jo. 15), a videira verdadeira, pois é enxertados nEle que podemos dar muitos frutos (v. 5). É assim que seremos perfeitos como o é Nosso Pai Celestial (Mt. 5.48), e Nosso Mestre (Lc. 6.40). Essa é a meta de todo cristão genuíno (Ef. 4.13; Fp. 3.12) que somente poderá ser alcançada, enquanto aqui estivermos, em amor (I Jo. 4.12). Em sua plenitude, a perfeição moral, ainda que deva ser nossa meta enquanto aqui estivermos, somente será alcançada no arrebatamento (ou ressurreição do corpo) quando o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, então, seremos como Ele é (I Jo. 3.2). O mundo jaz no maligno (I Jo. 5.19) e, enquanto estivermos na terra - no mundo físico -, precisamos crescer espiritualmente a fim de que não venhamos a entrar em sua fôrma – mundo espiritual regido por Satanás (Rm. 12.1,2), experimentando a sempre boa, agradável e perfeita vontade de Deus. As aflições do tempo presente (Jo. 16.33; Rm. 8.18) podem afetar o desenvolvimento, e, em alguns casos, desconstruir o caráter do cristão. Aqueles que têm uma caráter frágil, em meio às tribulações, são levados por todo vento de doutrina (Ef. 4.14), pelas forças das trevas (II Pe. 2.17), diferentemente daquele que ouve a voz do Espírito por meio da Palavra do Bom Pastor (Jo. 3.8; 10.16). Aquele que tem o seu caráter cristão desconstruído, que não ouve e não pratica a Palavra é comparado, por Tiago, “ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era” (Tg. 1.23,24). 


3. O CULTO DO CARÁTER CRISTÃO

Todo cristão deva cuidar para não se voltar à apostasia (I Tm. 4.1; I Co. 10.12), pois, todo aquele que se distancia do Senhor, relutantemente, expõe Cristo novamente ao vitupério (Hb. 6.6). Fica aqui o alerta do profeta Jeremias para que não cavemos cisternas rotas que não retêm água (Jr. 2.13), pois todo aquele que se esquece do Senhor terá seu nome escrito no chão (Jr. 17.3), pois abandonou a fonte das águas vivas.O caráter cristão é produzido em contato com o Espírito Santo, para tanto, precisa ser cultivado ao longo do “andar com Ele” (Gl. 5.16). Eis aqui alguns dos princípios fundamentais para o cultivo do caráter cristão (do fruto do Espírito): 1) Leitura constante das Escrituras e de boa literatura cristã que nos confira o desejo de nos achegar, a cada dia mais, a Cristo, o padrão maior de perfeição; 2) Prática contínua da oração, não apenas com vista ao suprimento das necessidades materiais, mas, principalmente, para ter comunhão com o Senhor, relacionando-se com Ele; 3) Meditação, sintonizando o nosso espírito com o Espírito de Deus, acostumando à presença de Deus, para que, por meio da iluminação espiritual, cresçamos na fé; 4) Disciplina a fim de não perder de foco o alvo supremo da santificação no Espírito; 5) Vivência em amor, sabendo que nisto redunda a essência da espiritualidade (I Jo. 4.7,8). A título de ilustração, podemos apelar para a prática dos músicos que, mesmo dominado os instrumentos musicais com os quais trabalham, não se apartam deles, ensaiando, continuamente, a fim de que a execução se realize à contento. Caso um músico venha a negligenciar seu instrumento, cedo ou tarde, as pessoas perceberão que ele já não é mais o mesmo. Charles Spurgeon, o príncipe dos pregadores, dizia que não passava mais do que quinze minutos diários sem pensar em Deus. Portanto, para o pleno desenvolvimento do caráter cristão, devemos, como um músico, ou um atleta, exercitar, com disciplina (e amor), a experiência com Deus. Paulo chama a atenção de todos os cristãos para o exercício da piedade (I Tm. 4.8; 6.5,6,11), pois, através deste, a caminhada espiritual se tornará cada vez mais produtiva, sem que se constitua num fardo (Mt. 11.30). 


CONCLUSÃO

Conta-se que um certo homem tinha um cão o qual, constantemente, costumava morder os vizinhos. Certo dia, o proprietário do cão fez uma mordaça e colocou naquele animal para que isso não mais viesse a acontecer. Felizmente, a fera deixou de morder a vizinhança, mas, para tristeza do dono, não deixou de correr atrás. A mordaça posta no focinho do cão não mudou sua natureza. Portanto, não podemos esquecer que o desenvolvimento do caráter cristão diz respeito, sobretudo, a uma transformação não apenas no exterior do indivíduo, mas, primordialmente, uma mudança interior, por meio da qual a natureza pecaminosa é subjugada pelo Espírito do Senhor (Rm. 6.6; Cl. 3.9). 

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito do caráter. Todo ser humano tem caráter, seja ele bom, seja ele mau, exemplar, ímpio ou santo. Deus criou o homem bom e perfeito, mas o pecado maculou o seu caráter. Por isso, todos necessitam de uma transformação espiritual e moral. Veremos que somente o Deus de toda a perfeição, mediante o Filho, pode transformar o caráter de uma pessoa. [Comentário: Em seu livro A Busca do Caráter (Ed Vida, 1999), Charles Swindoll escreve: “Deus está permanentemente em busca de algo. Você já pensou nisso um dia? A busca de Deus é o propósito tramado no estofo do Novo Testamento. O padrão que ele persegue está definido em Romanos 8.29, onde ele promete que nos conformará à imagem de seu Filho. Outra promessa está registrada em Filipenses 1.6, onde lemos que ele iniciou boa obra em nós e não vai interrompê-la. Noutro passo bíblico, ele chega a chamar-nos de "feitura" sua (Efésios 2.10). Ele está nos martelando, limando, esculpindo, dando-nos forma! A segunda carta de Pedro chega ao ponto de relacionar alguns dos objetivos dessa busca encetada por Deus: diligência, fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor (2Pedro 1.5-7). Numa palavra: caráter”. Tiago escreve: "Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por provações, sabendo que a prova da vossa fé desenvolve a perseverança. Ora, a perseverança deve terminar a sua obra para que sejais maduros e completos, não tendo falta de coisa alguma." (Tg 1.2-4). Em Gênesis encontramos o registro de Moisés explicando que o homem, enganado por Satanás, rebelou-se contra o seu Criador, perdendo sua condição perfeita, a ponto de a imagem de Deus, no qual ele tinha sido formado, ter sido destruída. Não somente o homem, mas toda a criação, que foi trazida a existência para o bem do homem, caiu junto com ele perdendo também sua excelência. A Bíblia é farta de ensinamentos referentes à virtude, à moral e ao caráter cristão. Os preceitos da Lei, especialmente os do Decálogo (Êx 20), as mensagens éticas dos profetas (Is 10.1,2; Hc 2), os ensinos de Jesus (Mt 5-7), e as doutrinas exaradas nas epístolas (Rm 12.9-21; 1 Pe 3.8-16), revelam a vontade Deus para a vida moral do homem (2 Tm 3.16).] 

I. O CARÁTER NA REALIDADE DO HOMEM
                                
1. O que é caráter? Segundo o Dicionário Aurélio, caráter é "o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral". O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão máxima da personalidade. É a maneira de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com os princípios, valores e ética de cada um. [Comentário: [Comentário: Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes. O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamentohttps://www.significados.com.br/carater/. Caráter, então, é o conjunto das qualidades boas ou más de um individuo; a ética do juiz é a lei e a de Deus é a bíblica, a Biblia nos ensina a não ser conivente com o erro, mesmo que ele esteja protegido por leis. O caráter determina a conduta do ser humano com relação a Deus e a ele mesmo e também com o próximo. A pessoa não é apenas definida por aquilo que ela é, mas também pelo seu estado moral que a distingue em seu grupo (Pv 11.17;12.2;14.14;20.27)]
2. Personalidade e caráter. A personalidade pode ser definida como sendo a qualidade do que é pessoal. Ela é a nossa maneira de ser, ou seja, aquilo que nos distingue de outra pessoa. O caráter não é herdado. Ele é construído mediante a formação que recebemos. Por isso, a Palavra de Deus adverte: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se esquecerá dele" (Pv 22.6). [Comentário: Personalidade é o conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento das pessoas baseado em seu padrão de individualidade pessoal e social, referente ao pensar, sentir e agir. Uma pessoa conhecida como "sem caráter" ou "mau caráter", geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter" é alguém com formação moral sólida e incontestável. O caráter quando é forte, não se deixa levar por alguma proposta de uma via mais fácil para a realização de algo. Mesmo se naquele momento parece ser o melhor caminho a seguir, é o caráter que vai determinar a escolha do indivíduo https://www.significados.com.br/carater/. Atingido pelo pecado, o homem teve sua natureza moral corrompida (Rm 1.18-32), necessitando assim da nova vida em Cristo (2 Co 5.17). Ao ser regenerado, o homem recebe da parte de Deus um novo caráter (2 Co 5.17). O Espírito Santo, por meio de suas ministrações (Rm 8.1-17; Gl 5.22-26), aperfeiçoa-o gradualmente (2 Co 3.18; 1 Pe 1.2). Na continuação, o Espírito da Verdade passa a controlá-lo por completo, de modo que suas ações passam a ser moldadas por Ele (Rm 8.5-11). Uma vez que a imagem perdida no Éden fora restaurada, o homem passa a experimentar e demonstrar uma vida de integridade (Gn 3.11-13; Rm 5.12; 1 Co 15.22,45; Ef 4.23,24).]

SUBSÍDIO DIDÁTICO
                               
Inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: "O que é caráter?" "Existe pessoa sem caráter?" Ouça os alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Diga que caráter significa marca, sinal de distinção. Em seguida leia e comente com eles a definição de caráter apresentada na seção Conheça Mais.

II. A DEFORMAÇÃO DO CARÁTER HUMANO

1. A Queda e o caráter humano. Deus fez o homem perfeito, em termos espirituais, morais e físicos. No ato divino da Criação, Ele disse: "Façamos o homem à nossa imagem" (Gn 1.26). Fomos criados à "imagem" e "semelhança" do Criador, logo não podemos nos esquecer que refletimos a glória divina. Se tivermos um caráter santo. Deus será louvado por intermédio de nossas ações. [Comentário: O Conselho Divino e Triúno determinou que o ser humano deveria ter a imagem e semelhança de Deus. O homem é um ser moral cuja inteligência, percepção e autodeterminação excedem em muito os de qualquer outro ser terreno. O pecado tem subtraído do ser humano toda a sua sensibilidade concernente aos princípios e valores morais. Sem que se perceba, sua natureza moral é corrompida (Rm 1.18-32), seu coração é endurecido (Hb 3.7-19) e sua consciência é cauterizada (1 Tm 4.2; Ef 4.18). É nesse ponto que o homem se torna insensível à voz do Espírito, passando a praticar todo tipo de pecado, entristecendo ao Todo-Poderoso (Ef 4.31). Portanto, é dever de todos os crentes observarem os limites estabelecidos pela Palavra de Deus, para que vivam “como astros no mundo” (Fp 2.15). O caráter doentio é caracterizado pela insensibilidade moral, permissividade, mentira, malícia, concupiscência, cobiça e ambição.]
2. Imagem e semelhança de Deus. O homem era, no seu estado original, uma imagem, ou representação perfeita de Deus. Adão e Eva possuíam atributos morais tais como amor, justiça, santidade, retidão. Tudo à semelhança de Deus. Não resta dúvida de que, ao criar o homem à sua "imagem", e conforme a sua "semelhança", Deus imprimiu nele as marcas de sua personalidade santa, amorosa e justa. [Comentário: Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa que fomos feitos para nos parecermos com Deus – esta aparência não é física - Adão não se pareceu com Deus no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deus é espírito” (Jo 4.24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo de Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e não ser sujeito à morte. A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homem do mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gn 1.28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhança mental, moral e social (Gn 1.26-28; 5.1-3; 9.6).]
3. A deformação do caráter humano. O homem foi criado perfeito em toda a sua constituição: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23). Porém, quando o homem deu lugar ao Diabo, e desobedeceu a Deus, caiu da graça divina. A Queda levou-nos a perder a semelhança moral com o Criador. [Comentário: Quando o homem caiu, perdeu ele totalmente a semelhança moral com o Criador? Em seu aspecto estrutural ou ontológico (aquilo que o homem é), não foi eliminado com a queda, o homem continuou homem, mas após a queda, o aspecto funcional (aquilo que o homem faz) da imagem de Deus, seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados para afrontar a Deus. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, pecaram, desobedecendo à ordenança divina (Gn 3.13; 2Co 11.3; Rm 11.32 e 5.20-21). Por este pecado, decaíram da sua retidão original e da sua comunhão com Deus, tornando-se mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma (Gn 3.6-8; Rm 3.23; Ef 2.1-3). Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais (Rm 5.6; 7.18; Cl 1.21; Tg 1.14-15). Mas esta imagem não foi totalmente aniquilada com a Queda, embora tenha se tornado terrivelmente deformada, doentia e desfigurada. O homem antes criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa ter esta condição restaurada. Esta renovação da imagem original de Deus no homem significa que o homem é capacitado a voltar-se para Deus, a voltar-se para o próximo e também voltar-se para a criação para governá-la.]
Observe as consequências do pecado[As consequências principais do pecado são a morte e a separação da presença de Deus (Rm 6.23). Essas duas consequências causam muito sofrimento na vida do pecador. O pecado também traz muitas outras consequências secundárias.]
a) No relacionamento com Deus. O pecado desfigurou o homem, cortando a ligação direta com seu Deus: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). O pecado passou a todos os homens (Rm 5.12; SI 51.5). As repercussões e o alcance desse fato terrível, de natureza espiritual, têm sido sentidos ao longo da história. O pecado distanciou o homem de Deus e o levou a criar seus próprios deuses segundo suas malignas concupiscências, para agradarão príncipe deste mundo. Toda religião que não tem Deus como o Criador, e Jesus Cristo, seu Filho, como Salvador, é instrumento do Diabo para afastar o homem de Deus.
b) No relacionamento humano. Quando Deus perguntou a Adão se ele havia comido do fruto da árvore proibida, este não assumiu a culpa, mas procurou justificar seu erro, acusando a esposa. Quando Deus questionou Eva a respeito dos seus atos, ela transferiu a culpa para a serpente (Gn 3.9-13). O relacionamento de Adão e Eva foi afetado pelo pecado, culpa e medo.
Não demorou muito, e ali, no Éden, houve um confronto entre o caráter mau, de Caim, e o caráter justo, de Abel. Caim matou seu irmão, Abel (Gn 4.8). Lameque matou um homem adulto e um jovem (Gn 4-23). A morte e a corrupção se espalharam com o passar dos séculos. O juízo de Deus foi enviado no seu tempo, através do Dilúvio (Gn 6-8).
c) No relacionamento com a natureza.  "E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.15). Além de cuidar do jardim, o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador sobre todos os animais (Gn 1.28). Mas, usando mal o seu livre--arbítrio, o ser humano fracassou em cuidar de si mesmo e do planeta. E tem poluído o ar, o solo, as águas e todo o ambiente natural. Mas Deus destruirá os que destroem a Terra (Ap 11.18).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A Queda
O primeiro pecado da humanidade abrangeu todos os demais pecados: a afronta e desobediência a Deus, o orgulho, a incredulidade, desejos errados, o desviar outras pessoas, assassinato em massa da posteridade e a submissão voluntária ao Diabo. As consequências imediatas foram numerosas, extensivas e irônicas. O relacionamento entre Deus e os homens, de franca comunhão, amor, confiança e segurança, foi trocado por isolamento, autodefesa, culpa e banimento. Adão e Eva bem como o relacionamento entre eles, entram em degeneração. A intimidade e a inocência cederam lugar à acusação. Seu desejo rebelde pela independência resultou em dores de parto, labuta e morte. Seus olhos realmente foram abertos, e eles conheceram o bem e o mal, mas era pesado esse conhecimento sem o equilíbrio de outros atributos divinos, como o amor, a sabedoria e o conhecimento. A criação, confiada aos cuidados de Adão, foi amaldiçoada, gemendo pela libertação dos resultados da infidelidade dele.
Por estar a natureza humana tão deteriorada pela Queda, pessoa alguma tem a capacidade de fazer o que é espiritualmente bom sem a ajuda graciosa de Deus. A esta condição chamamos corrupção total – ou depravação – da natureza" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 268).

III. A REDENÇÃO DO CARÁTER HUMANO

1. Novo nascimento, transformação do caráter. Jesus veio ao mundo para salvar o homem da tragédia do pecado e aproximá-lo novamente de Deus (Jo 3.16). A salvação é um dom divino. Ela é fruto da graça divina. Pela fé em Jesus o homem recebe a salvação e se torna uma nova criatura, completamente transformada: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). O caráter daqueles que, pela fé, nasceram de novo, é poderosamente transformado pelo poder do Espírito Santo. [Comentário: Num sentido, como já dissemos, o homem ainda é portador da imagem de Deus, mas também num sentido, ele precisa ser renovado nesta imagem. Esta restauração da imagem só é possível através de Cristo, porque Cristo é a imagem perfeita de Deus, e o pecador precisa agora tornar-se mais semelhante a Cristo. Lemos em Cl 1.15 "Ele é a imagem do Deus invisível" e em Rm 8.29 que Deus nos predestinou para sermos "Conforme a imagem de Seu Filho ..." (1Jo 3.2; 2Co 3.18). O ser humano traz em sua natureza uma forte inclinação para o pecado (Rm 7.18-23; Pv 4.14-17). Trata-se de uma tremenda força maligna impossível de ser superada sem a ajuda divina. É justamente por isso que Deus nos enviou seu Espírito para habitar em nós, dando-nos a condição de andarmos em novidade de vida (Rm 6.4; 2 Co 5.17). Somente pelo Espírito Eterno, o crente pode caminhar seguro, resistindo aos desejos da carne (Rm 8.1,9,13; Cl 5.16). Em Gálatas 5, o apóstolo Paulo enumera várias obras da carne que contaminam o caráter do homem sem Cristo (Gl 5.19-21). Todavia, nesse mesmo capítulo, encontramos um conjunto de valores espirituais que garante a saúde moral do crente (v.22).]
2. A Palavra de Deus muda o caráter. A salvação não é apenas uma mudança de religião, mas envolve regeneração (Jo 3.3,7), justificação (Rm 3.24; 5.1, 9; l Co 6.11) e santificação (Hb 12.14; l Ts 5.23). No processo de santificação, vamos sendo transformados pela Palavra de Deus. As Escrituras têm o poder de transformar o homem, pois somente elas podem penetrar em seu interior: "Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12). [Comentário: Quando o ser humano recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, e mantém uma comunhão intensa com Ele, o Espírito Santo gera nessa pessoa virtudes que refletem o caráter de Deus, que o apóstolo Paulo chama de Fruto do Espírito. O Fruto é gerado na medida em que o Espírito Santo vai transmitindo, ou gravando, no caráter do homem virtudes existentes em Deus, das quais Paulo relacionou nove em Gálatas 5.22. Elas são a maravilhosa descrição do Caráter de Cristo que devemos adquirir dia a dia pelo estudo da Palavra de Deus e comunhão devocional com o Senhor. Somente quando tais virtudes tornam-se perceptíveis em nossas vidas podemos entender o que é ser um cristão cheio do Espírito Santo. Se dermos lugar ao Espírito Santo e santificarmos nossas vidas, as pessoas verão que Deus está em nossas vidas, pois pelos frutos somos conhecidos. Aliás, um dos propósitos do Fruto do Espirito é nos identificar. Assim como uma árvore é conhecida pelos seus frutos, o crente verdadeiro é reconhecido por suas ações. O Fruto também revela a nossa comunhão e o quanto temos aprendido do Senhor. http://ebdweb.com.br/o-proposito-do-fruto-do-espirito-luciano-de-paula-lourenco/. Este amor é a base e o fundamento onde todos os outros atributos são edificados. O apóstolo Paulo diz que em primeiro lugar quando estamos unidos a Cristo, o amor atua ou age através da nossa fé(Gl 5.6). Em segundo lugar, pelo amor que está em nós, podemos servir uns aos outros sem impor nada a ninguém (Gl 5.13). E em terceiro lugar, toda lei se resume em amar o próximo como a nós mesmos (Gl 5.14). Note que ninguém pode dizer que tem um aspecto do fruto e outro não; isso porque é o amor o lastro onde as demais virtudes se desenvolvem. A Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática do cristão. Ela nos apresenta o padrão de comportamento necessário ao homem que deseja viver uma vida justa, sóbria e piedosa neste mundo (Tt 2.12). Ao longo da narrativa bíblica deparamo-nos com uma série de valores e virtudes morais e espirituais estabelecidas por Deus para o homem. Todavia, estas qualidades indispensáveis ao ser humano, só foram plenamente identificadas e vividas em Jesus. Hoje sabemos que essas santas virtudes estão ao alcance de todos, por meio da extraordinária obra do Espírito. É imprescindível ao homem conhecer muito bem as Escrituras e o poder de Deus para que não erre na busca de uma vida virtuosa diante de Deus e do próximo (Mt 22.29).]

3. O caráter amoroso e santo do crente. O cristão tem como uma de suas características principais o amor a Deus e ao próximo (Mt 22.34-40). Quem não ama não conhece a Deus, ainda não teve seu caráter transformado e está em trevas (1Jo 2.9,11). Unida ao amor está à santificação, sem a qual ninguém poderá ver ao Senhor (Hb 12.14). Os que já experimentaram o novo nascimento devem viver de modo irrepreensível (1Ts 5.23). [Comentário: Deus está associado com o amor, o amor é a essência de Deus. O amor sincero e veradeiro é algo que representa o nosso Deus. Ele é a nossa fonte de amor. É Deus quem nos ensina a dar e receber amor. O amor é a maior das virtudes do fruto do Espírito. Vem do grego ÁGAPE e significa muito mais do que sentimentos e emoções; é o amor altruísta baseado na ação em favor de outrem. Em João 3:16 temos o versículo crucial que denota a grandeza deste amor. Essa virtude maior do Espírito, deve estar acima de quaisquer circunstância na vida do crente. “...para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis” (Fp 2.15a) "Vida irrepreensível" significa viver de modo a não dar motivo de repreensão, ou seja: uma vida totalmente isenta de culpa. Paulo escreveu em uma época onde havia a escravidão humana. Em Creta, assim como em todo o império romano, havia muitos escravos. Na igreja existia senhores e escravos que se converteram a Cristo, por isso, Paulo mostra como devia ser o relacionamento, a conduta dos servos e dos senhores. O apóstolo mostra que os servos deveriam agradar seus senhores “em tudo”, pois um senhor crente não daria ordens que fossem incompatíveis com a fé cristã e com a Palavra de Deus. Os escravos que tinham senhores crentes deveriam manter uma atitude de submissão. O Rev Hernandes Dias Lopes em Coleção Comentários Expositivos Hagnos, falando sobre o novo estilo de vida do crente, diz: “Em Efésios 4.1-16, Paulo tratou da unidade da igreja. Nesse parágrafo, ele trata da pureza da igreja. Paulo faz o mesmo tipo de introdução nos versículos 1 e 17. A pureza é uma característica do povo de DEUS tão indispensável quanto a unidade”.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A Redenção
A Bíblia também emprega a metáfora do resgate ou da redenção para descrever a obra salvífica de Cristo. O tema aparece muito mais frequentemente no Antigo Testamento que no Novo. O tema aparece muitas vezes no Antigo Testamento, referindo-se aos ritos da 'redenção' no tocante às pessoas ou aos bens. O próprio Javé é o Redentor do seu povo, e eles são os redimidos. O Senhor tomou medidas para redimir os primogênitos. Ele redimiu Israel do Egito e também os remirá do exílio. Às vezes Deus redime um indivíduo; ou um indivíduo ora, pedindo a redenção divina. Mas a obra divina na redenção é primeiramente moral no seu escopo. Em alguns textos bíblicos, a redenção claramente diz respeito aos assuntos morais. Salmos 130.8 diz: 'Ele remirá a Israel de todas as suas iniquidades'. Isaías diz que somente os 'remidos', os 'resgatados', andarão pelo chamado 'O Caminho Santo' (Is 35.8-10). Diz ainda que a 'filha de Sião' será chamada 'povo santo, os redimidos do senhor'.
No Novo Testamento, Jesus é tanto o "Resgatador" quanto o 'resgate'; os pecadores são os 'resgatados'. Ele declara que veio 'para dar a sua vida em resgate [gr. lutron] de muitos (Mt 20.28; Mc 10.45). Era um 'livramento [gr. apolutõsis] efetivado mediante a morte de Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida pelo pecado. Paulo liga nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há em Cristo. Diz que Cristo 'para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção' (1Co 1.30). Diz também que Cristo 'se deu a si mesmo em preço de redenção por todos (1Tm 2.6)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 356,357).

CONCLUSÃO

Nosso caráter reflete nossos princípios. Como novas criaturas, precisamos evidenciar os valores do Reino de Deus. O homem salvo e remido por Cristo Jesus tem as marcas do Salvador no seu ser e no seu comportamento. [Comentário: Quando uma pessoa aceita a Cristo como Salvador de sua alma, experimenta, imediatamente, uma profunda modificação em seu interior. Essa mudança é demonstrada não apenas nos relacionamentos, mas também nas escolhas, atitudes e responsabilidades assumidas durante a sua nova vida (Cl 3.1-17). O caráter cristão é preservado mediante a comunhão do crente com o Espírito Santo, pelo conhecimento da Palavra e através de uma vida cristã disciplinada.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.

Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

sexta-feira, 24 de março de 2017

LIÇÃO 13: UMA VIDA DE FRUTIFICAÇÃO

 

SUBSÍDIO I

Uma Vida de Frutificação

Professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Esta é a última lição. Talvez durante o decorrer deste período você tenha enfrentado muitos desafios. Todo filho de Deus enfrenta as intempéries da vida. Mas, enfrentamos com fé, de “cara limpa”, sem máscaras ou subterfúgios. Temos de lidar com doenças, desemprego, incompreensões, ameaças e diversos perigos. Há momentos que nos sentimos assustados, apreensivos e até feridos. Como Paulo diz, “trazemos em nosso corpo as marcas de Cristo”. Mas, nosso Pai não é uma pessoa distante. Ele vê a dor, o sofrimento, assim como olha o pecado e a falsidade como muitos querem usar em sua Casa. O Senhor nos diz: “Eu, eu sou aquele que vós consola”. Se Ele consola, é porque, às vezes, choramos. O consolo de Deus é real, completo e eficaz. Não desanime! O caminho para o céu, providenciado por Deus, em seu infinito amor por nós é estreito. Exige arrependimento, honestidade e santidade, mas ao final concederá vida eterna e paz.
Esperamos que cada lição tenha contribuído para o seu crescimento espiritual e de seus alunos. É importante que nesta última lição, você enfatize que somente teremos uma vida frutífera se estivermos ligados à Videira Verdadeira. Fomos chamados pelo Senhor e redimidos por Ele para que venhamos produzir bons frutos. O propósito da frutificação é glorificar a Deus. Sem Ele não há crescimento e nem frutos, pois é o Pai quem envia o sol, a chuva e faz a semente brotar. Longe de Deus não existe vida, é o que nos mostra o texto de João 15 que será estudado na última lição na seção “Leitura Bíblia em Classe”. De acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal, “Judas também é aludido nos versículos 5 e 6.” 
Que jamais venhamos permitir que a dor, o sofrimento, o mundo, as riquezas... venham nos separar de Cristo. Pois, a separação do “Tronco” (Jesus), gera a morte (espiritual). Jesus é a nossa única fonte de vida. Muitos estão ligados apenas a Igreja, mas estão distantes do tronco. Estes se tornaram apenas religiosos. Sem Jesus nos tornamos infrutíferos e a nossa única serventia é ser utilizado para alimentar o fogo. O fogo do inferno é o destino de todos os que abandonam a Jesus Cristo. Abandonar a Cristo é traí-lo, como Judas fez. É invalidar o seu sacrifício na cruz. Abandonar a Cristo é também deixar de fazer o que Ele ordena (1 Jo 3.24).
O texto de João também nos ensina que aqueles que permitem ser podados pelo Senhor e permanecem firmes nEle tem a garantia de terem suas orações respondida (v. 7). Ser discípulo é ter uma vida frutífera para a glória de Deus (v. 8). É também ter um relacionamento de amor e comunhão com o corpo de Cristo, a Igreja (Jo 15.12).

Conheça mais:

“A videira é uma planta produtiva; uma única videira sustenta vários galhos e produz muitas uvas. No Antigo Testamento, as uvas simbolizam a fertilidade de Israel, ao fazer a obra de Deus na terra (Sl 80.8; Is 5.1-7; Ez 19.10-14). Na refeição da Páscoa, o fruto da videira simboliza a bondade de Deus para seu povo.
Cristo é a videira, e Deus é o lavrador que cuida dos ramos, para fazer com que sejam frutíferos. As varas são todos aqueles que afirmam ser seguidores de Cristo. As varas frutíferas são os crentes fiéis que, por sua união viva com Cristo, produzem muitos frutos. Mas aqueles que se tornam improdutivos — aqueles que deixam de seguir a Cristo, depois de assumir um compromisso superficial — serão separados da videira. Os seguidores improdutivos são como se estivem mortos, e extirpados e lançados fora” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1473.)

Sugestão didática:

Sente-se em círculo com seus alunos para conversar a respeito do trimestre. Depois discuta com a classe as seguintes questões: 
1. O que significa ter uma vida frutífera? Que tipo de frutos Jesus se refere em João 15?
2. Sem a ajuda de Deus temos condição de amar ao próximo e assim cumprir a Lei? O que podemos fazer para termos uma vida frutífera?

Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos


SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Jesus declarou que Ele é a videira verdadeira, e que todo aquele que permanecer nEle dá muito fruto (Jo. 15.1,5). Na aula de hoje, a última deste trimestre, estudaremos sobre a importância de frutificar no Reino de Deus. Inicialmente trataremos sobre o caráter na vida do crente, em seguida, refletiremos sobre a função dos ramos na Videira, e ao final, mostraremos que frutificar é uma demonstração de que estamos em Cristo.  Aprenderemos, nesta lição, que a vida cristã deve se pautar pelo testemunho do Espírito, que produz em nós o caráter de Cristo.
                                                                                                       
1. A IMPORTÂNCIA DE FRUTIFICAR

A frutificação espiritual é uma necessidade, o crente precisa dar ao Espírito as condições para que o fruto seja produzido. João Batista advertiu seus ouvintes para que esses produzissem “frutos dignos de arrependimento” (Mt. 3.8). Nenhuma planta consegue se desenvolver em terreno árido, e quando essa conseguem crescer a contento, têm dificuldade para produzir frutos. Em Cristo recebemos uma nova natureza, e essa deve favorecer a produção de frutos espirituais em nossas vidas. A regeneração é o passo inicial para a produção frutífera na vida do cristão (Rm. 8.5-10). Existem pessoas bondosas na sociedade, a graça comum de Deus alcança a todos, mas somente aqueles que tiveram um encontro com Cristo produzirão em abundância. Evidentemente isso não é a mesma coisa que ser evangélico, pois há pessoas que professam a fé cristã, mas não se deixaram guiar pelo Espírito. A esse respeito, Paulo foi enfático em sua Epístola aos Gálatas: “Andais em Espírito e não cumprireis as concupiscências da carne” (Gl. 5.16). Isso precisa acontecer porque “a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro para que não façais o que quereis” (Gl. 5.17). A produção do fruto do Espírito em nossas vidas, portanto, passa pela negação do eu, pois os “que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl. 5.24). Aqueles que estão em Cristo são novas criaturas, as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo (II Co. 5.17). Essa nova condição em Cristo, produzida pelo mesmo Espírito de Cristo, nos torna cada vez mais semelhantes a Ele.

2. A VIDEIRA E OS RAMOS NA FRUTIFICAÇÃO

Jesus se compara em Jo. 15.1-6 a uma Videira, e aqueles que O seguem são chamados de ramos. Dessa passagem bíblica podemos extrair algumas verdades espirituais, com vistas à produção de frutos para o Senhor. Todo ramo tem que dar fruto, para isso foram criados, se assim não fizer, estará distante do propósito natural. De igual modo, o crente deve frutificar, sob o risco de ser podado. Isso acontece, na maioria das vezes, porque o ramo está ausente de Cristo: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo. 15.4-6). Permanecer em Cristo é condição sem a qual ninguém pode frutificar, existem muitos que frequentam igrejas, participam das suas atividades, mas não produzem frutos. Às vezes, o ato de ser podado, pode também ser terapêutico, pois o Agricultor Celestial limpa toda vara ou ramo que dá fruto, para que dê mais fruto (Jo. 15.2). As aflições do tempo presente podem ser o trabalhar de Deus em nossas vidas, a fim de que sejamos limpados das impurezas, e sejamos capazes de produzir ainda mais. O objetivo central de Deus em nossas vidas é a santificação: “Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (II Ts. 2.13). É para isso que somos podados, pois conforme explica Tiago, a prova da nossa fé produz paciência, para que sejamos completos, em Cristo (Tg. 1.2-4). Há crentes que crescem, e produzem frutos em abundância, mas para que isso aconteça, precisam passar pelo cadinho de Deus. Mas é assim que demonstramos, de fato, que somos discípulos de Cristo, e que estamos sendo formados conforme a Sua imagem (Jo. 15.8).

3. A DEMONSTRAÇÃO DO FRUTO

O fruto do Espírito, como temos destacados reiteradamente, depende das condições para se produzido. Ao recorrermos à metáfora agrícola, poderíamos dizer que ele precisa ser cultivado, e essa se inicia com a regeneração, o novo nascimento (Jo. 3.3). Depois dessa decisão, o crente passa a desfrutar de comunhão com Deus, a andar com Cristo em sua vivência diária. Esse contato resulta alimenta para a árvore, que consegue frutificar em amor (Jo. 15.9,10). Aqueles que amam a Deus, e vivem integralmente para Ele, conseguem produzir frutos, e beneficiam também os seus irmãos, e até mesmo os seus inimigos. Jesus foi enfático ao afirmar que aqueles que o amam são os que guardam seus mandamentos (Jo. 14.21). E de fato, toda a Lei de Deus pode ser reduzida no amor, pois “quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm. 13.8), na verdade, “o cumprimento da lei é o amor” (Rm. 13.10). Como declarava Agostinho com muita propriedade: “amem a Deus e façam o que quiserem”. Evidentemente, aqueles que amam a Deus somente farão o que agradam ao Senhor. A produção do fruto do Espírito em nós é uma demonstração contundente de que estamos com Ele. Na medida em que permanecemos em Cristo, Ele produz em nós o Fruto do Espírito, e somos capazes de fazer a Sua vontade. Muitos crentes, alguns deles bastante legalistas, tentam agradar a Deus através dos seus esforços. Por meio da natureza carnal ninguém consegue fazer a vontade de Deus. É Deus em nós que opera nós, que faz com que, através da renúncia, e em Seu Espírito, sejamos obedientes (Fp. 2.13). Aplicando uma declaração do profeta Zacarias, “não é por força nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc. 4.6).


CONCLUSÃO

No período natalino algumas pessoas montam suas árvores, e colocam como adorno vários frutos de plásticos, a fim de a embelezarem. Algumas dessas árvores são belas, e como se não bastasse, as pessoas as banham com luzes. Mas elas têm a maior limitação que se pode identificar em uma árvore, simplesmente não podem alimentar as pessoas. Há cristãos que não passam de árvores de Natal, investem demasiadamente no exterior, em detrimento do interior. Cristo é a Videira Verdadeira, nos somos os ramos, e devemos nEle e com Ele, por Seu Espírito, dar muitos frutos.
 
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Nesta última lição do trimestre, estudaremos a respeito da frutificação na vida do crente. Você tem produzido o fruto do Espírito? Precisamos frutificar! Por isso, necessitamos estar Ligados à Videira Verdadeira. É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do Espírito. Sem Ele nada podemos  (Jo 15.4). O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar o Pai (Jo 15-8). [Comentário: Vimos na lição 2 que a palavra ‘fruto’ é a tradução do grego ‘karpos’ que se refere literalmente ao fruto de árvores ou vinhedos. Figurativamente, é empregada para denotar aquilo que tem sua origem ou provem de algo como produto, efeito ou resultado. Logo, entendemos que o fruto do Espírito provem do Espírito Santo. Como bem define o Dicionário Vine (CPAD): é ‘uma expressão visível de poder que opera no interior e invisivelmente, o caráter do fruto sendo a evidência do caráter do poder que o produz’. De fato, é a exteriorização do caráter não do crente, mas do Espírito Santo através do crente. Precisamos ter consciência de que o Espírito Santo trabalha em nós, não somente para nos conceder dons e talentos, mas para nos transformar. Em João 15, Jesus conforta seus discípulos dizendo: “Eu Sou a Videira verdadeira [...] permanecei em mim, e eu permanecerei em vós” (Jo 15.1,4); Jesus é a videira e cada cristão é um ramo. A vida da videira torna-se a vida do ramo. Assim a alma morta em ofensas e pecados recebe vida, diante da ligação com Jesus. E é pela fé em nosso Salvador pessoal, que é formada esta união. E é maravilhoso estar ligado a Jesus, nosso Salvador pessoal e dEle recebermos forças para viver o dia a dia. Porém, o próprio Jesus disse: “Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós: como o ramo de si mesmo, não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim” (Jo 15.4). Longe da Videira não tem vida. O Espírito Santo é o agente responsável em conduzir o crente a fazer a vontade de Deus. A descida do Espírito Santo não foi para que simplesmente falássemos em línguas estranhas. Também foi para auxiliar o cristão a subjugar o próprio eu, para fazer guerra contra a natureza carnal. Por isso, para que o crente ande no Espírito, o apóstolo Paulo recomendou: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Ele docemente constrange o crente a fazer a vontade de Deus.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

I. A VIDEIRA E SEUS RAMOS
                                
1. A parábola da vinha. No texto da Leitura Bíblica em Classe, encontramos uma parábola, ou alegoria, a respeito da videira. A videira é o próprio Senhor Jesus Cristo e os ramos são todos os discípulos de Cristo. Como discípulos precisamos estar ligados à videira para termos uma vida frutífera (Jo 15.1). Como lavrador, o Pai tem cuidado de nós com zelo e amor para que possamos produzir frutos em abundância. Fomos alcançados unicamente pela graça divina, e a única coisa que Ele exige de nós é que venhamos a frutificar. [Comentário: Parábola é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia. Nos dias de Jesus era comum o uso de parábolas para ensinar por ser fácil de lembrar e usar linguagem acessível às pessoas. Nesta parábola Jesus se descreve como "a videira verdadeira", ao permanecermos ligados nEle como a fonte da vida, frutificamos. Deus é o lavrador que cuida dos ramos, para que dêem fruto (vv. 2,8). Deus espera que todo crente dê fruto. A produção de fruto é o resultado de se estar ligado à videira; por isso, devemos entender que o objetivo aqui não é o ‘produzir fruto’, mas ‘estar ligado na videira’ (Jo 15.4), isso por que, quando a vara está na videira, recebe vida e naturalmente produz fruto. A ordem expressa de Jesus não é “produzam frutos” e sim “estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”. O que Deus exige de nós? Absolutamente tudo! “...e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus? (Mq 6.8). Entendo que o frutificar não é uma exigência, mas conseqüência, todos os cristãos são escolhidos "do mundo" (v. 19) para "dar fruto" para Deus (vv. 2,4,5,8). Essa frutificação se refere às virtudes espirituais tais como as mencionadas em Gl 5.22,23 - amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (cf. Ef 5.9; Cl 1.10; Hb 12.11; Tg 3.18); e à conversão a Cristo, doutras pessoas (4.36; 12.24).]
2. Condição para ser produtivo. Segundo os agrônomos, a videira leva três anos para dar os primeiros frutos.  As uvas não nascem logo depois da semente germinar no solo. É preciso tempo e muitos cuidados. Na vida espiritual, é preciso discipulado, ensino da Palavra de Deus. Contudo, para ser frutífero é imprescindível estar ligado a Cristo, a Videira Verdadeira. Longe dEle não existe vida, apenas morte. Quando os ramos se afastam da Videira, logo deixam de receber da sua seiva, tornando-se secos e infrutíferos. [Comentário:Tão certo como a união com Cristo produz frutos, é o fato de que fora dele nenhum fruto é produzido: “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15:5b). Quando uma pessoa crê em Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são: (1) conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações (v. 7); (2) cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça (v. 7); (3) obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor (v. 10) e amar uns aos outros (vv. 12,17); (4) conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22).http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-ofrutodoespirito-umacolheitaabundante.htm]
3. A poda. Podar é aparar os ramos que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta. A poda ajuda a produzir novos ramos, fazendo com que a produção de frutos seja maior. Na vida espiritual, também somos podados e cuidados pelo Senhor. Ele retira de nós tudo que nos impede de frutificar. Contudo, se depois de cuidados não produzirmos frutos, não resta alternativa a não ser o corte e o descarte no fogo (3o 15.2). Na vinha do Senhor, não há ramos para enfeitar, todos precisam ser frutíferos. [Comentário: A alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que Cristo não admitia que "uma vez na videira, sempre na videira". Pelo contrário, Jesus nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a fé, deixar Jesus, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do inferno (v. 6). (1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o relacionamento salvífico entre Cristo e o crente, a saber: que nunca é um relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida que Cristo habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (ver 17.3; Cl 3.4; 1 Jo 5.11-13). (2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem. (a) A responsabilidade de permanecer em Cristo recai sobre o discípulo (ver v. 4). É esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão. (b) Permanecer em Cristo resulta em Jesus continuar a habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v. 7); plenitude de alegria (v. 11). (c) As conseqüências do crente deixar de permanecer em Cristo são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de Cristo e a perdição (vv. 2a,6). http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-ofrutodoespirito-umacolheitaabundante.htm]

SUBSÍDIO DIDÁTICO

“A poda dos ramos (Jo 15.1-10)
Eu sou a videira, e meu Pai é o lavrador. Neste versículo, ‘eu’ e ‘verdadeira’ em grego são enfáticos. Assim, em contraste com os outros (os líderes religiosos) que reivindicam ser parte do povo de Deus, Jesus e seus seguidores emergem como seu verdadeiro povo. Isto enfatiza sua singularidade como caminho para Deus.
No versículo 2, surge o assunto desta seção: a santificação. A palavra que a expressa é o verbo limpar (cortar, desbastar, podar). Esta palavra pertence ao aspecto religioso de ‘tornar santo’ ou ‘santificar’. O que se resume, então, é uma visão da igreja discutida acima, mas o que fica óbvio é que Deus limpa o crente; e esta alegria da vinha apropriadamente expressa isso. Também deve ser observado que a santificação é um processo normal no discipulado. O propósito da poda é aumentar a frutificação.
Os versículos 3 e 5 falam da união de Jesus e os crentes em termos figurativos dos ramos e dos tronco.
Jesus expressa o fato dessa união de palavras: 'Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado' (v. 3). Mas resultado dessa união é o processo de crescimento — em termos figurativos: dar frutos. Considerando que um ramo não pode dar frutos a menos que esteja ligado ao tronco (a pessoa tem que permanecer em Cristo), o fruto tem um significado certo. No contexto dos capítulos 13 a 17, o fruto é o amor, característica fundamental de Deus. Para poder viver como Deus, a pessoa tem de nascer de novo e segui-lo. Este amor tem de ser desenvolvido pelo 'processo da poda'” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 586).


II. FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

1. Firmados no amor de Cristo. O amor é o fruto excelente (Gl 5.22). Fomos alcançados pela graça e o amor de Cristo (Rm 3.24). A graça divina, além de destruir os pecados, enxerta em nós a semente do amor. O amor nos ajuda a vencer os efeitos da arrogância, o egoísmo e a incredulidade. Cristo é o nosso exemplo por excelência de amor altruísta. Ele se sacrificou pelos pecadores (Jo 3.16). O que nos identifica como discípulos de Jesus é o amor. O amor nos leva a servir ao nosso próximo e esse servir é sem interesses ou vantagens materiais. [Comentário: Quando Paulo fala “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”; ele se refere a tudo aquilo que oprime e é uma carga difícil de se suportar (Nm 11.10-15; I Rs 19.1-10; I Sm 24:5; Sl 42.5). Uma das soluções é a lançarmos sobre O Senhor (Sl 55.22; I Pe 5.7). Por derivarem da fraqueza espiritual e principalmente do pecado, a falta de amor faz com que muitos desprezem aos portadores destas cargas. Porem, o que elas precisam é de alguém que seja prudente em seu relacionamento, que ao invés de dar margem ao preconceito, se disponha a ouvi-las com atenção. É claro que nem sempre teremos a solução, mas para estas pessoas, o simples fato de encontrarem alguém que chorem com elas (Rm 12.15), já lhes é o suficiente para o alivio da carga. Por mais difícil que seja o relacionamento com o nosso próximo, fica-nos o desafio de o amarmos como a nós mesmos. Pois: “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I Jo 4.20). Além do mais, se o que nos une (Cristo) é maior que as nossas divergências, façamos dEle o nosso ponto de referência.http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-ofrutodoespirito-umacolheitaabundante.htm]
2. Por que o amor é a base da frutificação? Porque ele é o alicerce de todas as virtudes (1Co 13-13). Não podemos nos esquecer que o amor deve ser revelado em atitudes. Não adianta dizer que ama e tem fé se não tiver as boas obras (Tg 2.14). A fé sem obras e sem amor é morta (Tg 2.17, 26). O amor precisa ser visto mediante as nossas obras. Existem muitas pessoas carentes e necessitadas que precisam do nosso amor e ajuda. [Comentário: O amor é o primeiro aspecto do fruto que encontramos na relação de Gálatas 5.22. O amor é a condição essencial para que os dons espirituais sejam exercidos. Os dons, que devemos buscar cessam, mas o amor permanece. Não somente Paulo, mas também João estabelece prioridade a esta graça de abnegação (1Jo 3.14; 4.8,19). E igualmente Pedro (1Pd 4.8). E assim eles estão seguindo o claro exemplo que lhes deu Cristo (Jo 13.1,34; 17.26). Já foi dito que o fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo através do crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente; Sua vida foi o exemplo maior de amor. Seu amor está '...está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado' (Rm 5.5). É um amor de qualidades imensuráveis que levou Deus a dar seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de Jesus por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (Jo 3.16; 15.2 a 13). Note que o fruto do Espírito é um singular, isso porque esse fruto compõe-se de um conjunto de virtudes vinculadas ao amor. Dessas virtudes, o amor é o principal, que domina sobre as demais.]
3. Cheios do Espírito e de amor. O amor é gerado em nossos corações pela ação do Espírito Santo. Não podemos nos esquecer que somos templo, habitação do Consolador. Esta virtude era uma das características mais marcantes da Igreja Primitiva. Por quê? Porque todos ali eram cheios do Espírito. O amor fazia com que repartissem seus bens: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum […]” (At 4.34). Levava também os crentes a amarem, mesmo sofrendo perseguição e morte (At 7.60). [Comentário: Quando o ser humano recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, e mantém uma comunhão intensa com Ele, o Espírito Santo gera nessa pessoa virtudes que refletem o caráter de Deus, que o apóstolo Paulo chama de Fruto do Espírito. O Fruto é gerado na medida em que o Espírito Santo vai transmitindo, ou gravando, no caráter do homem virtudes existentes em Deus, das quais Paulo relacionou nove em Gálatas 5:22, a saber: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. Na verdade essas virtudes constituem o propósito e o alvo de Deus para os crentes quando nos permitimos ao controle irrestrito do Espírito Santo. É o próprio Espírito Santo quem produz em nós essas virtudes. Elas são a maravilhosa descrição do Caráter de Cristo que devemos adquirir dia a dia pelo estudo da Palavra de Deus e comunhão devocional com o Senhor. Somente quando tais virtudes tornam-se perceptíveis em nossas vidas podemos entender o que é ser um cristão cheio do Espírito Santo. Se dermos lugar ao Espírito Santo e santificarmos nossas vidas, as pessoas verão que Deus está em nossas vidas, pois pelos frutos somos conhecidos. Aliás, um dos propósitos do Fruto do Espírito é nos identificar. Assim como uma árvore é conhecida pelos seus frutos, o crente verdadeiro é reconhecido por suas ações. O Fruto também revela a nossa comunhão e o quanto temos aprendido do Senhor. http://ebdweb.com.br/o-proposito-do-fruto-do-espirito-luciano-de-paula-lourenco/. Este amor é a base e o fundamento onde todos os outros atributos são edificados. O apóstolo Paulo diz que em primeiro lugar quando estamos unidos a Cristo, o amor atua ou age através da nossa fé(Gl 5.6). Em segundo lugar, pelo amor que está em nós, podemos servir uns aos outros sem impor nada a ninguém (Gl 5.13). E em terceiro lugar, toda lei se resume em amar o próximo como a nós mesmos (Gl 5.14). Note que ninguém pode dizer que tem um aspecto do fruto e outro não; isso porque é o amor o lastro onde as demais virtudes se desenvolvem.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O princípio da frutificação está revelado no primeiro capítulo de Gênesis (Gn 1.1). Note que a lei agrária estabelecida por Deus determina que cada planta e árvore produza fruto segundo a sua espécie.
A frutificação espiritual segue o mesmo princípio. João Batista, o precursor do Messias, exigiu dos seus convertidos: 'Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento' (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este princípio deixando claro aos seus seguidores que para darem fruto exuberante para Deus, necessário é que antes cresçam em Cristo e nisso perseverem seguindo os ensinos da Palavra de Deus. Boas condições de crescimento e desenvolvimento da planta no reino vegetal, sem esquecer  da  boa saúde da semente e do meio ambiente ideal e da limpeza, são elementos indispensáveis para a boa frutificação. É também o que ocorre no reino espiritual, na vida do crente, na Igreja, para que haja em todos nós fruto abundante para Deus.
De que tipo de fruto Jesus estava falando em João 15.1-16? A resposta nos é dada em Gaiatas 5.22; 'O fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança'. Em outras palavras, o fruto do Espírito é no crente a existência de um caráter semelhante a Cristo; um caráter que testemunha de Jesus e que o revela em seu viver diário. É a breve vida de Cristo manifesta no cristão. Como é que o povo à nossa volta está vendo Cristo em nós? Em família, no emprego, nas viagens, na escola, na igreja, nos relacionamentos pessoais, nos tratos, no lazer, no porte em geral, na vida cristã?" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).

III. CHAMADOS PARA FRUTIFICAR

1. Revestidos de amor. Em Colossenses 3.12, Paulo orienta os crentes para que se vistam de misericórdia, benignidade, mansidão e longanimidade. Busquemos “as coisa que são de cima” (Cl 3-1,2). Suas atitudes devem refletir tal verdade. Mediante a fé no sacrifício de Cristo, já retiramos a “roupa velha”, nossos trapos de imundícia, que é a natureza pecaminosa. [Comentário: Mesmo após a conversão, continuamos com a natureza pecaminosa, e não somente isso, mas ela tenta reconquistar seu lugar de primazia em nossa vida - “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si...” (Gl 5.17). Assim, há uma guerra sendo travada na psique humana, isto é, a carne, as vontades pessoais, a razão humana lutam incansavelmente contra o Espírito. São duas vontades lutando em uma só mente. Por isso, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7.18-19). Contudo, a nova natureza busca a santidade tão espontaneamente como a velha corre atrás da iniquidade. Que benção receber a nova natureza! “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17).]
O amor, fruto do Espírito, em nossa vida nos conduz:
a) A frutificar em nosso relacionamento espiritual.
Passamos a experimentar uma maior comunhão como o Pai mediante a oração, o jejum e a leitura a Palavra de Deus.
b) A ter um relacionamento conjugal frutífero.
Se amarmos a Deus amamos também o nosso cônjuge como um amor altruísta. Amar a esposa é um princípio Divino para os maridos: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25).
c) A ter um relacionamento familiar frutífero. A esposa será submissa ao marido e os filhos lhe serão obedientes (Ef 5.22,6.1). [Comentário: A consequência mais notável do Espírito Santo agindo em nós para a produção do fruto é a transformação de vida. É a tarefa do Espírito Santo conformar-nos à imagem de Cristo, fazendo-nos mais e mais como Ele.]
2. Se a Palavra estiver nós. Só é possível frutificar se Cristo e suas palavras estiverem plantados em nós. Essa também é a condição para que as nossas orações sejam ouvidas e respondidas (Jo 15.7). É por intermédio das Palavras de Jesus, ou seja, por meio de seus ensinamentos, que podemos orar corretamente, segundo a vontade do Pai. As palavras de Jesus fazem com que nos tornar semelhantes a Ele. [Comentário: O fruto do Espírito é cultivado por meio de uma atitude, ou "andar em Espírito", enquanto as obras da carne vêm por meio de uma concessão: dar lugar à carne para que ela se manifeste. É por isso que precisamos beber constantemente da água pura da Palavra de Deus, para que esse fruto do Espírito seja cada vez mais manifesto em nós. Lembre-se de que a fruta artificial precisa de trabalho para ser produzido, mas a verdadeira cresce em função de sua ligação com a fonte da seiva que a alimenta. Quanto maior essa ligação, maior e mais saudável a fruta. Quanto mais essa conexão com o tronco estiver estrangulada por outras coisas, menor e menos evidente é a fruta. http://www.respondi.com.br/2010/02/como-desenvolver-o-fruto-do-espirito.html]
3. Cumprindo a Lei. Na Epístola aos Romanos, Paulo trata com profundidade a respeito da lei. Ele mostra que somente o que ama tem condições de cumprir a lei:”[…] quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). O apóstolo também exorta os crentes, afirmando que “o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10). O amor de Cristo, em nós, nos ajuda a observar os mandamentos e princípios divinos para a nossa vida. [Comentário: Quem ama ao próximo, tem cumprido a lei. "Próximo" é literalmente "o outro", isto é, o próximo de alguém. É muito possível traduzir assim esta sentença: "Aquele que ama, tem cumprido a outra lei" - a "outra lei" sendo, neste caso, o "segundo" mandamento de Mateus 22.39 e Marcos 12.31: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo." Contudo, é preferível a tradução que consta do texto, e a referência é, em todo caso, ao mandamento que Jesus citou como "o segundo" que é semelhante ao primeiro. Quem paga esse débito cumpre a lei - citação de Levitico 19.18, "Amaras ao teu próximo como a ti mesmo", como um sumário dos mandamentos, introduz Paulo diretamente na tradição de Jesus, que colocou estas palavras como o segundo grande mandamento ao lado de "Amarás o Senhor teu Deus ..." (Dt 6.5), "o grande e primeiro mandamento", acrescentando: "Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (Mt 22.37-40; ver Mc 12.28-34). O amor que Jesus exige é serviçal, sujeição ao seu senhorio. O amor de Deus está expresso em seus mandamentos e os homens, por sua vez, amam a Deus, obedecendo-O. Quando Deus dá um mandamento, há um objetivo: a obediência de um coração puro. "Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé não fingida" (1Tm 1.5). Ao escrever a Timóteo, o apóstolo Paulo não falou do fim da lei, antes, do objetivo do mandamento de Deus: a obediência. O termo grego τέλος (telos), traduzido por ‘fim’, na verdade significa ‘finalidade’, ‘objetivo’. O mandamento que o apóstolo Paulo destaca, refere-se à doutrina do evangelho (1Tm 1.3).]

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Copie no quadro o esquema abaixo. Depois faça aos alunos a seguinte pergunta: "Qual o propósito da frutificação na vida do crente?" Incentive a participação de todos e ouça as respostas dos alunos. Explique que no Reino de Deus tudo tem um propósito. Em relação ao fruto do Espírito Santo não é diferente. Em seguida, utilize o quadro para mostrar os reais propósitos da frutificação espiritual.

CONCLUSÃO

O amor de Deus por nós é singular. Quando experimentamos desse amor somos transformados e, então, passamos a produzir o fruto do Espírito. Que venhamos a frutificar em todas as áreas da nossa vida, a fim de que o nome de Jesus, o nosso amado, seja glorificado e exaltado. [Comentário: O amor de Deus por nós é altruísta, abnegado e impar. O mandamento de Deus expressa o Seu cuidado e tem por objetivo a obediência do homem e quando a obediência ocorre, o homem estará ao abrigo do cuidado de Deus. O incentivo de que precisamos para exibir os excelentes traços do caráter foi fornecido por Cristo, pois é devido à gratidão que os crentes sentem para com Cristo que os usam para adornar sua conduta. O exemplo, também, em conexão com todos eles, foi dado por ele. E as próprias virtudes, associadas ao poder para exercê-las, são doadas pelo seu Espírito. Fomos chamados para sermos luz no mundo (Mt 5.14–16), para fazermos a diferença, e com nosso testemunho honramos à Deus e atrairmos mais pessoas para sua graça. Somos tal como um espelho, refletimos a luz de Cristo, para tanto, este espelho precisa estar voltado para a fonte da luz.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br