sexta-feira, 25 de março de 2016

LIÇÃO 13: O DESTINO FINAL DOS MORTOS



SUBSÍDIO I

O destino final dos mortos
A vida após a morte dá margem para muitas especulações. Na religião, essas especulações chegaram a graus absurdos. Para se ter ideia das especulações que proliferaram ao longo da história da humanidade, dê uma olhada na tabela abaixo, sugiro que o prezado professor a reproduza para introduzir o assunto, o Estado Intermediário, no primeiro tópico:

Purgatório
Uma doutrina católica que afirma que mesmo os mais fiéis passarão por um processo de purificação antes de tornarem-se aptos para entrar na presença de Deus.
Reencarnação / Espiritismo
Ensina que é possível comunicar-se com espírito de pessoas falecidas por intermédio de um médium
Sono da alma
É a crença de que a alma permanece em um estado inconsciente até a ressurreição

Após apresentar essas teorias, exponha o que a Bíblia diz sobre o estado chamado de “intermediário”, conforme está na lição: situação após a morte, que não significa um estado de purificação, ou retorno “eterno” ou de uma inconsciência sem fim. A Palavra de Deus diz que quando nos encontrarmos com o Senhor estaremos imediatamente com o Ele num estado de descanso (Ap 14.13), de serviço (Ap 7.15) e de santidade (Ap 7.14).

O Estado Eterno
As Escrituras mostram com clareza que na morte não termina a vida; se inicia outra. Há uma crise humana em lidar com a morte e a finitude da vida. Inconscientemente, o ser humano.tem a “consciência” da eternidade. Portanto, ouçamos a pergunta de Jesus, na parábola do rico insensato, e meditemos: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus” (Lc 12.20,21; cf. 12.13-21).

O Destino dos ímpios
São os perversos em natureza, sem amor no coração, que vivem a vida com o objetivo de fazer o mal e a perversidade para o outro, para a tristeza eterna, ouvirão do Senhor: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41; cf. 25.42-46; Dn 12.2; Ap 20.12; 21.8; 22.15).

O Destino dos Justos
Mas aqueles que pela fé foram alcançados pela graça de Deus, deram lugar a uma nova natureza, com o amor no coração, vivendo com o objetivo de fazer o bem para o outro, ouvirão do Senhor: “Vinde, benditos do meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34; cf. 25.35-40; Dn 12.2; Ap 21.5-7; 22.12-14

Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Jan./Fev./Mar. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Esta é a última aula deste trimestre, e terá um enfoque na Escatologia Específica, isto é, aos eventos que sucederão às pessoas após a morte, e o seu destino final. Inicialmente discorreremos a respeito do Estado Intermediário, o período entre a morte física e a ressurreição dos ímpios e salvos. Em seguida, nos voltaremos para o destino final dos ímpios, e em seguida, para o destino final dos salvos. Esperamos que essa lição sirva de despertamento, para que sejamos contados entre os que andam com o Senhor.

1. O ESTADO INTERMEDIÁRIO

Esse estado é reconhecido pelos estudiosos como o período compreendido imediatamente após a morte, seja dos ímpios ou salvos, até o período da ressurreição (a primeira dos salvos) e a segunda (dos ímpios). Esse é um período no qual os ímpios estarão no Inferno, aguardando o Juízo Final, que acontecerá logo após o Milênio. Os salvos, por sua vez, se encontram no Paraíso, ou Terceiro Céu, aguardando o arrebatamento da Igreja, para que sejam ressuscitados (I Ts. 4.13-18). O Estado Intermediário não pode ser confundido com algumas crenças anticristãs, comumente propagadas pela mídia, ou por algumas religiões. Esse Estado não pode ser confundido com o Purgatório, doutrina do Catolicismo Romano que defende a permanência das almas em um lugar intermediário, antes de serem aceitas no Céu. A salvação não é alcançada por meio das obras, antes por meio da fé na morte vicária de Jesus (Ef. 2.8,9). Existe a crença entre as religiões orientais da reencarnação, bastante antiga e difundida amplamente na atualidade. Seus adeptos defendem que após a morte os espíritos, dependendo do desenvolvimento terreno, serão reencarnados em outra condição, até alcançarem um patamar mais elevado. Essa doutrina, no entanto, não tem respaldo nas Escrituras, pois de acordo com o ensinamento bíblico, depois da morte segue-se a juízo (Hb. 9.27). Além disso, a evolução espiritual não depende dos méritos das pessoas, antes da redenção em Cristo, trata-se de uma demonstração da graça divina, acatada pelo ser humano por meio da fé. Isso, no entanto, não isenta o cristão da responsabilidade de fazer boas obras, reconhecendo que são salvos não por elas, mas para elas (Ef. 2.10).

2. O DESTINO FINAL DOS ÍMPIOS

Após a morte os ímpios seguirão para o Inferno, ainda que essa seja uma doutrina bastante impopular, é a verdade revelada nas Escrituras. A palavra hebraica para Inferno também pode ser traduzida para sepultura. Mas é preciso atentar para o contexto, a fim de diferenciar quando o termo se refere à sepultura ou o lugar para o qual irão os ímpios. De acordo com os textos de Dt. 18.11; I Sm. 28.11-15; Is. 14.9 é um lugar no qual há consciência. É considerado um destino temporário para habitação, a princípio não apenas dos ímpios, mas também dos santos (Jó. 14.13,14; 19.25,27). Os tradutores da Septuaginta traduziram a palavra Seol por Hades na versão grega da Bíblia. A principal passagem no Novo Testamento que faz alusão ao Hades é Lc. 16.19-31, ainda que alguns estudiosos considerem esse texto apenas uma parábola. No entanto, os especialistas defendem que Jesus descreveu “um certo homem”, destacando que esse era real, por conseguinte, o “hades” a respeito do qual narrou também é real. O castigo no hades, por conseguinte, inclui queimamento, separação e solidão, condenação em função das lembranças, sede, deterioração e mau cheiro. A proximidade entre o hades e o paraíso sugere que havia, em algum momento, um contato entre aqueles que se encontravam entre o abismo. Contudo, após a morte de Cristo, Ele desceu “às regiões inferiores da terra” e “levou cativo o cativeiro” (Ef. 4.8-10). O hades não é o destino eterno dos ímpios, pois esse será lançado no Lago do Fogo, que é a segunda morte. Essa diz respeito à separação eterna do homem de Deus, conforme descrito em Ap. 20.14.

3. O DESTINO FINAL DOS SALVOS

O destino dos santos é o céu, não o atmosférico, que é o espaço visível, no qual se encontram as estrelas (Gn. 7.11,12), mas o terceiro céu, mencionado por Paulo em II Co. 12. Conforme estudamos em lição anterior, o céu é um lugar específico, que transcende o conceito de espaço-tempo. O Apóstolo destaca que “nossa cidade está nos céus” (Fp. 3.20), onde seremos abençoados com “todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef. 1.3). A maior glória do céu não é o lugar, mas o fato de Deus está lá, nosso Pai Celestial (Mt. 6.9). Nosso Salvador Pessoal, Aquele que entregou Sua vida pelos nossos pecados, também estará no Céu (Hb. 7.25). Nossos entes queridos, aqueles que partiram da terra, também serão encontrados no céu (Hb.12.23). O estado eterno dos salvos será na Nova Jerusalém, a Cidade Celestial, pois aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça (II Pe. 3.13). O profeta Isaias declarou que Deus criaria céus novos e nova terra (Is. 65.17,19). Esse será um lugar maravilhoso, onde encontramos um rio claro como o cristal, o trono de Deus estará ali (Ap. 22.1,2). De acordo com o texto apocalíptico, Deus habitará com os homens, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. Essas palavras são verdadeiras, pois quem as declarou foi o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim (Ap. 21.3-7). Esse será o destino final dos salvos, por toda a eternidade, onde estaremos completamente livres do efeito do pecado.

CONCLUSÃO

No céu a morte será aniquilada, finalmente estaremos livres de todo sofrimento (I Co. 15.26). As aflições do tempo presente nos afligem, às vezes, não compreendemos a dor que assola o cristão. Mas sabemos, pela Palavra de Deus, que nossa leve e momentânea tribulação não se compara ao peso de glória que em nós haverá de ser revelada (II Co. 4.17). Por isso não temos motivo para viver com o coração perturbado, confiemos nas promessas dAquele que é Fiel e Verdadeiro. Ele prometeu que conduzirá os salvos para um lugar que preparou, antes da fundação do mundo (Jo. 14.1,2).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje estudaremos o destino final dos ímpios e dos salvos em Jesus Cristo. A Palavra de Deus nos garante que não será em vão a nossa esperança em Jesus Cristo, pois pela fé já temos assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para os ímpios, que não se arrependeram, é reservado o sofrimento e a condenação eterna, pois suas escolhas enganosas os levaram a desprezar a salvação de Deus. [Comentário: “Em Lucas 16.23, diz que o rico foi para o ‘Hades’ e Lázaro para o ‘Seio de Abraão‘. A pergunta é: onde se situava um e outro lugar. Em primeira instância podemos declarar que é impossível situar a localização geográfica destes dois lugares, por se tratar da habitação dos espíritos. Todavia, apresentaremos a posição bíblica analisando ambos, dentro do parâmetro contextual divino “além-túmulo”. Nas Escrituras hebraicas, a palavra usada para descrever o reino dos mortos é Sheol. Ela significa simplesmente o "lugar dos mortos" ou o "lugar das almas/ espíritos que partiram." A palavra grega do Novo Testamento usada para "inferno" é hades, que também se refere ao "lugar dos mortos". A palavra grega gehenna também é usada no Novo Testamento para "inferno" e é derivada da palavra hebraica hinnom. Outras Escrituras no Novo Testamento indicam que Seol/Hades é um lugar temporário onde as almas dos infiéis são mantidas enquanto aguardam a ressurreição e julgamento final no julgamento do Grande Trono Branco. Ao morrerem fisicamente, as almas dos justos vão diretamente para a presença de Deus - céu/paraíso/seio de Abraão (Lc 23.43; 2Co 5.8, Fp 1.23). Lázaro foi para o seio de Abraão e o rico para o inferno. Eles permaneceram num estado consciente, um está no lugar de punição e o outro no lugar de recompensa, e não há possibilidade de saírem de onde estão. Essa parábola ensina que depois da morte as almas dos salvos vão para o paraíso, enquanto que as almas dos perdidos vão para o inferno. Só existem esses dois lugares e quem foi para um deles não pode mais sair. Por três vezes em Marcos 9, Jesus adverte aos discípulos: “melhor é para ti entrares na vida-reino de Deus – aleijado, coxo e cego – do que ires para o inferno” (v. 43, 45, 47). A cada advertência Jesus também acrescenta algo sobre o inferno: “para o fogo que nunca se apaga [ARA- inextinguível] (2x)” seguida de outro qualificativo: “onde o seu bicho não morre”. É sobre esta descrição terrível vindo da doce voz do Senhor, que estudaremos hoje.] 

I. O ESTADO INTERMEDIÁRIO

1. O que é? É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos ímpios. Os salvos terão um destino diferente dos ímpios: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (Jo 5.28,29). A Palavra de Deus afirma que não existe purgatório e que também não há o “sono da alma”, nem tampouco a reencarnação, como creem alguns. Depois da morte segue-se o juízo divino. [Comentário: A morte é a cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o corpo. Uma vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra sepultado, no momento da morte seu espírito vai imediatamente para a presença de Deus com regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Estar ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele também diz que o seu desejo é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus disse ao ladrão que estava à sua direita: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 2 3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os cristãos comparecem para adorar juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu, mas também à presença dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo, como veremos em mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo para sempre na sepultura, pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao corpo, o corpo será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com Cristo eternamente. No ensino da Igreja Católica Romana, o purgatório é o lugar para onde a alma dos crentes vai a fim de ser purificada do pecado, até que esteja pronta para ser admitida no céu. De acordo com esse pensamento os sofrimentos do purgatório são dados por Deus em substituição à punição dos pecados que os crentes deveriam ter recebido nesta vida, mas não receberam. Essa doutrina romana não tem respaldo bíblico e é contrária aos versículos citados anteriormente.]
2. O Sheol e o Paraíso. Sheol é um termo hebraico que pode significar sepultura ou “lugar ou estado dos mortos”. Em o Novo Testamento, Sheol é traduzido por Hades. Normalmente o Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios. Deus livra o justo do Sheol ou da sepultura (Sl 49.15). O Sheol (inferno) é lugar de punição para os ímpios que não se arrependeram dos seus pecados e não entregaram suas vidas a Jesus Cristo (cf. Sl 9.17). O vocábulo “paraíso” é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta para significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três vezes no Novo Testamento (Lc 23.43; 2Co 12.4; Ap 2.7). [Comentário: No Antigo Testamento a palavra Sheol ocorre sessenta e cinco vezes e é traduzida na versão inglesa da Bíblia trinta e uma vezes como "sepultura", três vezes como "abismo" e trinta e uma vezes como "inferno", o que significa que os excelentes tradutores da versão inglesa de 1611 não consideraram a palavra como tendo um significado uniforme. Ela aparece na versão grega sessenta e uma vezes como Hades, duas vezes (2 Sm 22:6 e Pv 23:14) como "morte" (thanatos), enquanto em duas passagens (Jó 24:19 e Ez 32:21) não exista uma contrapartida exata das referências hebraicas que esteja reproduzida na Septuaginta, e por isso não há uma representação dessa palavra nestes casos. Já nas passagens que se seguem (existem outras), como Gn 37:35; Gn 42:38; Gn 44:29, 31: Nm 16:30, 33; 1 Rs 2:6, 9; Sl 49:15; Sl 141:7, a palavra Sheol pode muito bem não significar nada além de "túmulo" ou "sepultura", e é assim que aparece na Versão Autorizada (King James) (exceto em Nm 16, onde aparece como "abismo"); enquanto nos demais lugares costuma ser feita uma referência genérica como o lugar para onde vão os espíritos que partiram. A sepultura recebe o corpo. Assim, no Antigo Testamento a palavra Sheol (ou Seol) é usada para ambos receptáculos. Todavia, quando vamos para o Novo Testamento essa indefinição desaparece, pois vida e incorrupção são coisas que agora são desvendadas ao longo do evangelho. O Hades, uma representação genérica da palavra Sheol (Seol) aparece no Novo Testamento restrito ao mundo invisível dos espíritos separados, ou como "morte", ou como a sepultura, e aplica-se (Ap 20) apenas ao corpo, e não à alma ou ao espírito. É o corpo que morre; enquanto o espírito retorna para Deus que o deu. O espírito e a alma nunca deixam de existir, seja para o bem, seja para o mal. Além disso, o Hades recebe apenas os ímpios; enquanto o crente, quando chamado a morrer, não vai para o Hades, mas para o Paraíso. http://www.respondi.com.br/2011/04/o-que-biblia-ensina-sobre-o-sheol-ou.html]
3. O lugar dos mortos. Os Teólogos entendem que “o lugar dos mortos”, o Hades, estava dividido em duas partes. Estes tomam como base o texto de Lucas 16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico. O primeiro, fiel a Deus, foi levado para o “Seio de Abraão”, ou ao Paraíso, estando em repouso e felicidade. O rico, orgulhoso e incrédulo foi para o Hades, onde experimenta angústia e sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo desceu ao Sheol (Sl 16.10; 49.15), “ao mundo inferior dos espíritos” (Mt 12.40; Lc 23.42,43), e libertou os santos do Antigo Testamento levando-os consigo para o paraíso celestial (Ef 4.8-10). O lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi trasladado para as regiões celestiais (Ef 4.8; 2Co 12.2). Desde então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios descem para a condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos bíblicos, o Paraíso estaria em cima (Pv 15.24a) e o Hades embaixo (Pv 15.24b). [Comentário: Esse entendimento não é unânime. Ao dizer que ficaria "o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra" (Mt 12.40), e que o Senhor "tinha descido às partes mais baixas da terra" (Ef 4.9), é entendido como a sepultura. O Senhor não apenas morreu, mas foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia. Jonas era um sinal disso. O Salmo 139.15 pode nos ajudar a nos guardarmos de uma interpretação muito literal das palavras "partes mais baixas da terra" que poderiam parecer indicar como algo fora de vista ou um lugar escondido. Antes da vinda do Salvador o seio de Abraão representava o ápice da bênção para o judeu piedoso, considerando que Abraão foi chamado de amigo de Deus! Estar "com Cristo" é a perspectiva de bênção que o cristão tem agora revelada para si. Isso ocorre no Paraíso de Deus, nas alturas. O Paraíso não é o Hades, e tampouco Abraão esteve no Hades, mas é visto "ao longe" das almas atormentadas que estão no Hades (Lc 16.23). É loucura alguém pensar que o Senhor desceu ao Hades e libertou qualquer um que estivesse ali. O Senhor não foi ao Hades, mas ao Paraíso. Tampouco as Escrituras dão qualquer ideia de que exista uma libertação do Hades. Juízes 5.12; Salmos 68.18, Efésios 4.8 falam, não de ter libertado prisioneiros, mas de ter levado cativo o cativeiro e os poderes opressores do mal, aqui chamados de "cativeiro". Cristo derrotou as potestades e principados (maus) e os exibiu publicamente ao triunfar sobre eles (Cl 2.15). Ele levou cativo o próprio cativeiro; não existe qualquer menção de ter livrado cativos do inferno, como alguns querem entender. Assim, discordo da tese defendida por Myer Pearlman e apresentada neste subtópico e sugiro que os leitores reflitam sobre isso.]


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“Seol
O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol 65 vezes para descrever a residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta palavra em grego como ‘hades’, e o Novo Testamento refere-se a isto diversas vezes (Lc 16.23). Nas traduções do Antigo Testamento para o inglês, a palavra aparece variadamente como ‘inferno’, ‘cova’ e ‘sepultura’. Seol pode ter diferentes significados, em diferentes contextos, trazendo alguma confusão e diferentes interpretações a respeito da natureza exata do seu significado. Seja a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol fala das mais das profundezas, a antítese dos mais altos céus (Jó 11.8; cf. Pv 9.18). Seol também se refere a um lugar de punição do qual somente Deus tem o poder de libertar” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.417).

II. A SITUAÇÃO DOS MORTOS

Qual é a real situação daqueles que já morreram? O texto de Lucas 16 nos mostra a diferença entre o estado dos ímpios e dos justos após a morte. Vejamos: [Comentário:Classicamente, o cristianismo tem defendido que, após a morte, enquanto o corpo vai para a sepultura, o espírito vai para o chamado “Estado Intermediário”. Esse local diz respeito a onde estão, por um lado, os que foram salvos em Cristo, no caso do céu, e por outro, os que foram condenados por seus pecados, no caso o inferno. Surgiram outras interpretações. Testemunhas de Jeová e Adventistas defendem o chamado “sono da alma”, ou seja, que todas as almas, quer de ímpios quer de crentes ficam dormindo até o dia da ressurreição.]
1. O estado intermediário dos salvos. Na história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o estado intermediário dos salvos. O justo ao morrer é conduzido pelos anjos até o Paraíso (v.22). Que privilégio, que honra têm os salvos ao morrer, e serem recepcionados pelos anjos. Ao ladrão da cruz Jesus disse: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.42,43). O espírito e a alma deixam o corpo e permanecem no lugar de espera (Paraíso), aguardando a ressurreição na Vinda de Jesus. [Comentário: Depois da morte as almas dos salvos vão para o paraíso, o seio de Abraão. Esta doutrina bíblica é uma grande benção para o crente, já que nos assegura que ao ser chamado nosso nome, de imediato estaremos no paraíso com o Senhor.]
2. Os justos são recebidos pelo Senhor. É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte. Tomemos como exemplo o caso de Estevão que está narrado em Atos 7.59. Para espanto dos ímpios, eles verão Jesus recepcionar gloriosamente os que o aceitaram como Salvador. Os que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão manter sua identidade pessoal, sua personalidade e consciência depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado por Deus, aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt 17.3; Lc 9.30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os mesmos nomes, Moisés e Elias. A despeito de tudo o que foi dito, devemos lembrar que, para o salvo, a morte é um ganho: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”. Paulo tinha o “desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.21,23). [Comentário: O Rev  Leandro Antônio de Lima, pastor da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro-SP, esclarece: “As almas dos que já morreram estão no céu ou no inferno, e estão lá conscientes. Um dado interessante quanto a isso, é que elas estão nesses dois lugares temporariamente. O estado em que estão as almas depois da morte, seja o céu ou o inferno, é chamado de intermediário porque não corresponde ao local definitivo onde, tanto os salvos quanto os condenados, habitarão eternamente. As almas dos salvos no céu e as almas dos condenados no inferno aguardam pelo último dia, o dia da ressurreição. Naquele dia, de acordo com a Bíblia, todos ressuscitarão (Dn 12.2; Ver 1Co 15.52; 1Ts 4.16). Após a ressurreição os perdidos que estavam no inferno irão para o lago de fogo (Ap 20.15), e os salvos que estavam no céu para o novo céu e a nova terra (Ap 21.1). O motivo é simples: Deus não criou o ser humano para viver sem corpo. Atualmente, tanto no céu como no inferno, as almas estão despidas de seus corpos, o futuro lhes assegura que um dia se reunirão a seus corpos.” http://www.cacp.org.br/para-onde-vao-as-almas-das-pessoas-que-morreram/.]
3. O estado intermediário dos ímpios. Eles vão para o Sheol ou Hades, ou seja, o inferno, que é o seu destino final (Sl 9.17). Nesse “estado intermediário”, aguardam seu julgamento final. O Hades é um lugar “embaixo”, ou seja, oposto ao céu (“seio de Abraão”). O rico “ergueu os olhos”, vendo “ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio” (v.23): “Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo” (Pv 15.24). Fato é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em “tormentos” (v.23) e clamava pedindo misericórdia (v.24). Os ímpios que morreram sem Cristo estão “em prisão” (1Pe 3.19) e ali eles vão se lembrar dos que ficaram na Terra (v.28). As Escrituras Sagradas afirmam que estes não podem ser consolados por ninguém: “E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá” (v.26). Fica, pois, evidente que aqueles que descem ao Hades não podem se comunicar com os vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidade de ouvir as Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (vv.27-31). [Comentário: O Concise Bible Dictionary define: “Os que morrem vão para o hades, mas aguardam o juízo final em um estado consciente de tormento. Somente após o Trono Branco (Apocalipse. 20) é que serão lançados no inferno propriamente dito, que será muito maior em sofrimento do que o experimentado no Hades. Da mesma forma, os que morrem em Cristo, vão à Sua bendita presença, como Paulo disse, "...partir (morrer) e estar com Cristo" (Fl 1.3). Mas no arrebatamento, que será antes da tribulação, os que morreram em Cristo serão ressuscitados dentre os mortos, como Cristo, cujo corpo ficou sepultado três dias e três noites, mas disse ao ladrão, "ainda HOJE estarás comigo no paraíso". Cristo é as primícias dos que dormem, (1 Coríntios 15.20) ou seja, Ele ressuscitou primeiro, e nós seremos igualmente ressuscitados pelo mesmo poder que O ressuscitou. Passaremos por uma mesma experiência (1 Coríntios 15.23). O estado do crente após a sua morte, é de gozo, mas não é igual ao estado que ele estará após a ressurreição, que se dará, para os salvos, no arrebatamento”.]


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O Estado Final dos Ímpios
A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’, onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30). É uma ‘fornalha de fogo’ (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguível. Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2Tm 1.9), e ‘a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre’ (Ap 14.11; cf. 20.10). Jesus usou a palavra Gehenna como termo aplicável a isso.
Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será o único lugar onde a morte existirá. É então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do pecado, será final e plenamente consumada (1Co 15.26). Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.642,43)

III. O DESTINO FINAL DOS MORTOS

Após passarem pelo “estado intermediário”, os mortos ressuscitarão. Os salvos irão para a “vida eterna” e os ímpios, “para desprezo eterno” (Jo 5.28,29).
1. O estado final dos salvos. Após a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos vão para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com Deus por toda a eternidade. Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se tornarão incorruptíveis (cf. 1Co 15.42-44). O mesmo corpo que morreu será transformado por Deus e ressuscitará “em glória”, semelhante ao corpo de Jesus ao ressuscitar (Fp 3.21). [Comentário: Wayne Grudem escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A morte é a cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o corpo. Uma vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra sepultado, no momento da morte sua alma (ou espírito) vai imediatamente para a presença de Deus com regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Estar ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele também diz que o seu desejo é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus disse ao ladrão que estava à sua direita: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 2 3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os cristãos comparecem para adorar juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu, mas também à presença dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo, como veremos em mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo para sempre na sepultura, pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao corpo, o corpo será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com Cristo eternamente. Deus não deixará nosso corpo morto na sepultura para sempre. Quando Cristo nos redimiu, ele não redimiu apenas nosso espírito (ou alma) — ele nos redimiu como pessoas completas, e isso inclui a redenção de nosso corpo. Portanto, a aplicação da obra redentora de Cristo a nós não será completa até que nosso corpo seja inteiramente liberto dos efeitos da queda e trazido ao estado de perfeição para o qual Deus o criou. De fato, a redenção de nosso corpo ocorrerá somente quando Cristo retornar e ressuscitá-lo dentre os mortos. Mas, no tempo presente, Paulo diz que esperamos pela “redenção do nosso corpo” e então acrescenta: “Pois nessa esperança fomos salvos” (Rm 8.23,24). O estágio da aplicação da redenção em que receberemos por fim o corpo ressuscitado é chamado de glorificação. Referindo-se àquele dia futuro, Paulo diz que participaremos da glória de Cristo (cf. Rm 8.17). Além disso, quando Paulo traça os passos na aplicação da redenção, o último que menciona é a glorificação: “E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou” (Rm 8.30). Podemos definir glorificação da seguinte maneira: A glorificação é o passo final na aplicação da redenção. Ela acontecerá quando Cristo retornar e ressuscitar dentre os mortos os corpos de todos os crentes de todas as épocas que morreram e reuni-los às respectivas almas, e mudar os corpos de todos os crentes que permanecerem vivos, dando assim a todos os crentes ao mesmo tempo um corpo ressuscitado perfeito igual ao seu”. Extraído da Teologia Sistemática de Wayne Grudem - Editora Vida Nova]
2. O estado final dos ímpios. Os ímpios ressuscitarão para “vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2). Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde “haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13). Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de mal (2Ts 1.9). [Comentário: Wayne Grudem escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A Escritura nunca nos encoraja a pensar que as pessoas terão outra oportunidade de confiar em Cristo após a morte. De fato, trata-se exatamente do contrário. A parábola de Jesus a respeito do rico e de Lázaro não dá esperança alguma de que as pessoas possam passar do inferno para o céu após terem morrido. Embora o rico no inferno tivesse gritado : “Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou sofrendo muito neste fogo”, Abraão lhe respondeu: “entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem”(Lc 16.24-26). O livro de Hebreus associa a morte com a conseqüência do julgamento em uma sequencia imediata: “Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo” (Hb 9.27). Além disso, a Escritura nunca apresenta o juízo final como dependente de qualquer coisa feita após a nossa morte, mas dependendo somente do que aconteceu nesta vida (Mt 25.31-46; Rm 2.5-10; cf. 2Co 5. 10) . Alguns argumentam a favor de outra oportunidade para se crer no evangelho com base na pregação de Cristo aos espíritos em prisão em 1 Pedro 3.18-20 e na pregação do evangelho “a mortos” em 1 Pedro 4.6 , mas essas são interpretações inadequadas dos versículos em questão e, numa análise mais precisa, não dão apoio a tal pensamento. Devemos também perceber que a idéia de que haverá outra oportunidade de aceitar Cristo após a morte é baseada na suposição de que cada pessoa merece uma oportunidade para aceitar Cristo e que a punição eterna vem aos que conscientemente decidem rejeitá-lo. Mas certamente essa ideia não tem o apoio da Escritura; todos nós somos pecadores por natureza e escolha, e realmente ninguém merece nenhuma graça de Deus nem nenhuma oportunidade de ouvir o evangelho de Cristo — que vêm ao homem somente por causa do favor imerecido de Deus. A condenação vem não somente por causa da rejeição deliberada de Cristo, mas também por causa dos pecados que todos cometemos e da rebelião contra Deus que esses pecados representam (v. Jo 3.18) Embora os descrentes passem para o estado de punição eterna imediatamente após a morte, o corpo deles não será ressuscitado até o dia do juízo. Naquele dia, o corpo de cada um será ressuscitado e reunido à alma, e comparecerão perante o trono de Deus para o juízo final que vai ser pronunciado sobre eles, incluindo o corpo (v. Mt 25.31-46; Jo 5.28,29; At 24.15; Ap 20.12,1 5) . Isso nos conduz à consideração da ressurreição do corpo do crente, que é o passo final de sua redenção”. Extraído da Teologia Sistemática de Wayne Grudem - Editora Vida Nova]


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O Estado Final dos Justos
A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto que as portas da cidade sempre estarão abertas (Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?” (HORTON, Stanley.Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.645).

CONCLUSÃO

O estudo da Escatologia é um dos mais edificantes para a Igreja em todos os tempos, principalmente no presente século, quando muitos sinais dão a entender que a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer momento. Que você possa prosseguir com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a Palavra de Deus, ore, jejue e esteja aguardando o maior acontecimento escatológico de todos os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo. [Comentário: Finalizamos assim, o estudo deste maravilhoso tema. Seu enfoque foi consiso e necessita de um aprofundamento se quisermos ter um domínio adequado e até mesmo, nos posicionarmos, dado que existem muitas outras visões sobre este tema. Sugiro a leitura do Manual de Escatologia de J. Dwight Pentecost, Ed Vida. Para concluir, quando Cristo retornar, ele nos dará novos corpos para que sejam iguais ao seu corpo ressurreto: “... sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (lJo 3.2; essa afirmação é verdadeira não somente no sentido ético, mas também em termos de nosso corpo físico; cf. 1 Co 15.49; tb. Rm 8.29). Tal segurança proporciona a afirmação clara de que a criação física de Deus é boa. Viveremos nos corpos que terão todas as qualidades excelentes que Deus criou para que as tivéssemos e, assim, para sempre seremos prova viva da sabedoria de Deus em fazer tudo na criação material, desde o princípio, “muito bom” (Gn 1.31). Viveremos como crentes ressuscitados no novo corpo,e ele será adequado para a nossa habitação nos “novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (2Pe 3.13).]“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.


Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.



sexta-feira, 18 de março de 2016

LIÇÃO 12: NOVOS CÉUS E NOVA TERRA




SUBSÍDIO I

Tudo novo! A Criação e o Ser Humano que precisam ser restaurados por Deus, aguardam ansiosamente a renovação de todas as coisas. Muitos não acreditam ser possível, um dia, o ser humano achar o verdadeiro significado da vida. Quando ele vir o seu Senhor chegando, em Glória, seja para ser justificado ou condenado, o homem saberá que um novo tempo se instalará na humanidade. E o estado de graça, de amor, de justiça e de verdade será instaurado para todo sempre, de eternidade em eternidade.
A cada ano que passa, o meio ambiente é atingindo pela poluição da sociedade. As florestas são devastadas, o ar que respiramos ainda mais poluído. A violência cresce nas cidades. Na região geográfica onde você mora pelo menos alguém que você conheça já foi assaltado ou agredido ou até mesmo assassinado. O mundo em que vivemos não é seguro. Corremos riscos se andarmos sozinhos em lugares desertos. O advento do Pecado fez a Terra ficar doente e devastada pela ambição humana. Um descontrole total do clima, das cidades, da vida social das pessoas.
Angústias, solidão, medo, ansiedade e tristeza são companheiras inseparáveis dos seres humanos. Além de lutar para sobreviver diariamente, as pessoas têm de enfrentar a própria natureza dilacerada pelas muitas decepções. O ser humano e o meio ambiente estão em crises. O texto bíblico de Romanos 8.19-23 afirma que a Criação sofre e está gemendo como quem tem dores de parto, debaixo de uma ganância insana do ser humano: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (v.22). Mas não só o meio ambiente; nós também sofremos a todo o momento o resultado das nossas escolhas equivocadas: “mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo ” (v.23). Em meio a este sofrimento, descontrole e escravidão do pecado, a Bíblia faz brotar uma promessa de Novo Céus e Nova Terra.
A Sagrada Escritura diz que somos peregrinos neste mundo, pois a nossa casa é celestial. Mas um dia o que é celestial tornará uma realidade aqui na Terra. Novos Céus e nova Terra aparecerão. No dia em que os filhos de Deus se manifestar com Cristo, a Terra será sarada, o ser humano, plenamente regenerado. Então, viveremos para sempre, de eternidade em eternidade, com o Senhor Criador dos Céus e da Terra.

Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Jan./Fev./Mar. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Estamos nos encaminhando para o final deste trimestre escatológico, e nesta penúltima aula estudaremos a respeito dos novos céus e nova terra. A princípio destacaremos a beleza e singularidade do céu. Em seguida, nos voltaremos propriamente para os novos céus e a nova terra. Ao final, reconhecendo as limitações humanas, e as poucas informações bíblicas a respeito do céu, tentaremos descrevê-lo, ressaltando que esse será, sobretudo, o Lugar em que Deus estará presente.

1. O CÉU É UM LINDO LUGAR

As Escrituras dizem muito pouco a respeito do céu, mas o suficiente para anelar esse lugar, para o qual o Senhor nos levará (Jo. 14.1). Antes de tratar a respeito dos céus – shamaim em hebraico – e ouranos – em grego, os diferenciamos dos outros tipos de céus. Existe o céu atmosférico, que faz alusão à imensidão do espaço (Dt. 11.11,17; 28.12,24; Js. 10.11; Sl. 18.13; 147.8; Pv. 23.5; Zc. 6.5; Is. 55.9-11). Há também o céu que é o firmamento dos céus (Gn. 1.14; 15.5; Ex. 20.4). Ainda o céu que é a morada de Deus (Mt. 10.32,33; Sl. 33.13,14; Is. 63.15; Mt. 5.16,45; 6.1,9). A morada de Deus é reconhecida pelos estudiosos como o terceiro céu, mencionado por Paulo em II Co. 12.2. Essa é a pátria superior, de acordo com a descrição do autor da Epístola aos Hebreus (Hb. 11.13-16). Existem especulações em relação à quantidade de céus existentes, para alguns são sete céus. Essa é uma especulação teológica, fundamentada em crenças judaicas, sem qualquer fundamento bíblico. Há ainda uma discussão entre os estudiosos se as descrições de João no Apocalipse são literais ou figuradas. Acreditamos que a beleza da Cidade Celestial vai além daquilo que o texto expressa, considerando que o olho não viu e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam (I Co. 2.9). O que sabemos a respeito do céu, mesmo com a revelação poética do Apocalipse, é como um espelho, que não condiz totalmente à realidade (I Co. 13.12).

2. NOVOS CÉUS, NOVA TERRA

Depois do Juízo Final, após o Milênio, acontecerá uma destruição da Jerusalém terrenal (Mt. 24.34; II Pe. 3.10), que dará lugar a uma nova cidade, descrita nos capítulos 21 e 22 de Apocalipse. Essa Nova Jerusalém será Cidade Eterna, essa foi a cidade que Jesus prometeu preparar (Jo. 13.2,3). Pedro explicou que depois da destruição da cidade terrena (II Pe. 3.10), descerá  dos céus um novo céu e nova terra (Ap. 21.1-3). Esse será um ambiente favorável à adoração, sendo essa a principal atividade no céu (Ap. 19.1-8). A adoração no céu acontecerá porque esse será um lugar de comunhão e relacionamento com Deus (Ap. 21.3). Ali haverá um muro com doze portas, sendo cada porta uma pérola, e a praça de outro puro, como vidro transparente (Ap.21.21). O muro será de jaspe, por se tratar de uma cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro (Ap. 21.18,21). O mais importante, nela não haverá templo, pois o templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro (Ap. 21.22). É confortador saber que nessa Cidade também não haverá mais tristeza, pois Deus limpará dos olhos lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap. 21.16,17). Os crentes estarão em corpos glorificados, semelhantes ao corpo ressuscitado de Cristo (I Jo. 3.2). A esse respeito Paulo esclarece que nosso corpo de humilhação será transformado, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas (Fp. 3.21).

3. COMO SERÁ O NOVO CÉU

O Céu é a habitação de Deus (Sl. 103.19), dos anjos (Dn. 7.10; Is. 6.1-6), e dos crentes (Fp. 3.20). É maravilhoso saber que encontraremos lá alguém que muito nos amou, e se entregou pelos nossos pecados (At. 1.9-11). Uma análise honesta das Escrituras nos mostrará que pouco sabemos a respeito dos Céus, mas, em linhas gerais,  afirmamos, com base em Mc.13.27, ali Cristo reunirá os eleitos. Em Fp.2.10 está escrito que Cristo receberá honra no céu, e em Jo.17.24 nos é dado a saber que Sua glória será manifestada. A manifestação do Reino de Deus, o lugar em que Deus estará no trono (Ap.4.1-3), por isso o céu será um lugar de recompensa para aqueles que venceram em Cristo (Ap.2.7;3.21); que também estará cheio da presença e da glória de Deus (Ap.4.11;21.1-10). Por fim, esse será um lugar de louvor e adoração a Deus (Ap.19.1-7). O que nos é dito nessas passagens é suficiente para que desenvolvamos um relacionamento amoroso com o Deus do céu. É importante fazer esse destaque porque, infelizmente, muitos adoram apenas o céu de Deus, mas esquecem do Deus do céu. Falam do céu, cantam o céu, almejam o céu, mas não vivem para Cristo, não buscam a Cristo, não amam a Cristo. Sem Cristo, o céu não passa de um lugar sem luz. A beleza do texto bíblico nos motiva a aguardar com expectativa por esse lugar. Isso porque, conforme afirma o autor do Apocalipse: “a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap. 21.23).

CONCLUSÃO

A Nova Jerusalém é a Cidade Perfeita (Hb. 12.22), que vem de cima (Gl. 4.26), que desce de Deus (Ap. 21.2,10). Vivemos na cidade dos homens, que pode se tornar um lugar aprazível, na medida em que contribuímos para sua melhoria. Mas estamos certo que somente desfrutaremos de bem-estar quando descer dos Céus a Cidade de Deus, enfim estará construído o tabernáculo de Deus com os homens (Ap. 21.3), que será um Templo tanto físico (Ap. 21.12-21), quando espiritual (Ap. 21.22).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

O pecado de desobediência de Adão e Eva afetaram toda a criação, incluindo a natureza. Como consequência da Queda a terra recebeu uma sentença de juízo (Gn 3.17). A natureza aguarda a sua redenção, que será instaurada por Deus no fim dos tempos (2Pe 3.13). Paulo diz que Deus, “segundo o seu beneplácito”, tomou a decisão “de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.5,10). [Comentário:Pela desobediência aos termos do seu governo, o homem cai, experimentando assim a perda do seu domínio (Gn 3.22,23). Tudo o que se acha no seu domínio delegado, inclusive a terra, passa a estar sob a maldição. Paulo afirma que: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.20,21). É fato que a criação está passiva diante das atrocidades da humanidade, mas não por sua própria vontade e, consequentemente, todos sofrem com a situação alarmante que a natureza passa hoje. É importante observar as palavras que Paulo usa para descrever esse cativeiro da criação: sofrimento (Rm 8.18), vaidade (Rm 8.20), corrupção (Rm 8.32) e angústias (Rm 8.22). O Rev. Hernandes Dias Lopes em seu artigo ‘Os Gemidos do Mundo’, escreve: “A redenção da criação está conectada com a glorificação dos filhos de Deus (Rm 8.19,21). A criação foi amaldiçoada por causa do pecado do homem e será redimida do cativeiro da corrupção na glorificação dos salvos. Sua redenção do cativeiro não se dará antes nem à parte da glorificação dos salvos. Então, haverá liberdade em vez de escravidão, glória incorruptível em vez de decomposição. Se nós vamos participar da glória de Cristo, a criação participará da nossa glória. A criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Rm 8.19,21). A criação vive como que na ponta dos pés, esticando o pescoço, olhando para esse futuro que virá trazendo em suas asas a restauração de todas as coisas. A expectativa da criação é uma esperança viva e certa. Os gemidos da criação não são de desespero, mas de esperança (Rm 8.22). A criação não se contorce com os gemidos da morte, mas ela geme como uma mulher que está para dar à luz. Seus gemidos não são de desespero, mas de gloriosa expectativa. Ela não geme por causa de um passado inglório, mas por causa de um futuro glorioso. Os gemidos da criação não são dores que carecem de sentido e de propósito, mas são dores inevitáveis no vislumbre de uma ordem nova. A escravidão da decadência dará lugar à liberdade da glória (Rm 8.21). Às dores de parto seguirão as alegrias do nascimento (Rm 8.22). O universo não será destruído, mas sim libertado, transformado e inundado da glória de Deus. Amém!”http://hernandesdiaslopes.com.br/2009/09/os-gemidos-do-mundo/#.VucYc0AszIV]

I. TODAS AS COISAS SERÃO RENOVADAS

1. Deus criou os céus. Quando a Bíblia fala a respeito dos “céus”, normalmente refere-se ao espaço sideral. No princípio, Ele criou “os céus”, mas o “Céu”, morada de Deus já existia. Deus habita nos “céus”, acima do espaço sideral (Sl 11.4). [Comentário:“No princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gn 1.1). O que nos diz esse registro da Bíblia é o fato de haver mais de um céu. Sim, mas onde e como seriam esses outros céus? Primeiro precisamos entender que No princípio Deus não criou o inferno, a Palavra dEle claramente menciona que foram criados os céus no inicio, portanto inferno é algo mais recente que os céus, muito embora essa referência possa ser apenas dos céus inferior e intermediário e o inferno já estar preparado anteriormente já que o Senhor habitava no céu superior. A palavra original em hebraico usada no livro de Gênesis por Moisés para descrever os céus foi “shamayim” , essa palavra em hebraico tem o plural na terminação “im”, portanto indica claramente que há mais de um céu. Os céus são: inferior, intermediário e superior. Então vejamos quais sãos os céus existentes com maiores detalhes: Céu inferior ou “AURONOS”: esse céu é o local onde podemos claramente ver as nuvens, o ar atmosférico sendo o céu que envolve a terra e o ar, inclusive o azul celeste está aparente no céu “auronos”; Céu intermediário ou “MESORANIOS”: já esse céu é o local imenso onde estão localizadas as estrelas e planetas, já não é azul, pois vemos que ao sair da atmosfera terrestre o espaço é escuro e preto, sendo um vácuo onde estão as estrelas. Conhecido por céu astronômico, onde estão os planetas; Céu superior ou “EPORANIOS”: esse céu e chamado de o céu dos céus , o lugar onde está o Senhor e os santos, onde os anjos circulam. Portanto, agora podemos verificar que os céus foram criados ao mesmo tempo, conforme diz a Palavra do Senhor. Pela Sua Palavra foram criados os céus e a terra.]

2. A renovação divina dos céus. Deus irá restaurar todo o universo, expurgando os efeitos da Queda e as ações do Diabo e seus anjos. A Terra passará por um processo de transformação e estará livre dos efeitos da ação maligna e do homem (Is 34.4; Ap 21.4). Na renovação divina, toda a Terra será transformada (2Pe 3.7). [Comentário: Por causa do pecado de Adão no Éden, Deus amaldiçoou a terra – “Maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias da tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos” (Gn 3.17,18). Torna-se necessário retirar o último vestígio dessa maldição da terra antes da manifestação do reino eterno como descrito por Pedro em 2Pe 3.10-13.]

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O Novo Céu
O céu na eternidade será diferente daquele onde Deus agora habita. Na consumação de todas as coisas, Deus renovará os céus e a terra, fundindo seu céu a um novo universo e formando uma habitação perfeita que será o nosso lar eterno. Em outras palavras, o céu irá expandir-se e englobar todo o universo da criação. Tudo será transformado em um lugar perfeito e magnífico, adequado à glória do céu. O apóstolo Pedro descreveu isto como a esperança de todos os remidos (2Pe 3.13).
Naturalmente, uma reforma cósmica radical sempre esteve nos planos de Deus. Esta foi também a graciosa promessa que, por meio dos profetas do AT, Deus deu a seu povo (Is 65.17-19).
Deus declara que transformará de tal forma o céu e a terra que hoje conhecemos, que corresponderá a uma nova criação. Observe que, em um novo universo, a Nova Jerusalém será o foco de todas as coisas. O novo céu e a nova terra serão tão magníficos que tornarão os antigos insignificantes. No capítulo final da profecia de Isaías, o Senhor promete que este novo céu e esta nova terra perdurarão para sempre, juntamente com todos os santos de Deus (Is 66.22)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.111,12).

II. NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

1. Em Cristo, céus e terra serão congregados. O apóstolo Pedro afirma que aguardamos novos céus e nova Terra (2Pe 3.13). O texto da Epístola de Pedro nos mostra que o propósito divino é uma nova criação (Is 66.22). Os céus e a Terra serão purificados e restaurados pelo fogo. Os crentes esperam ansiosamente pela restauração do mundo de Deus. [Comentário: “A história já fechou as suas cortinas. O juízo final já aconteceu. Os inimigos do Cordeiro e da igreja já foram lançados no lago do fogo. Os remidos já estão na festa das Bodas do Cordeiro. Este texto é a apoteose da revelação. O paraíso perdido é agora o paraíso reconquistado. O homem caído é agora o homem glorificado. O projeto de Deus triunfou. O tempo cósmico se converteu em eternidade” Hernandes Dias Lopes em  As Bênçãos dos novos Céus e da Nova Terra,http://hernandesdiaslopes.com.br/2008/02/as-bencaos-do-novo-ceu-e-da-nova-terra/#.VudcY0AszIV. Paulo afirma que a terra está escravizada pelo pecado (Rm 8.20-21), e gemendo, aguardando a redenção do seu cativeiro. Quando Cristo voltar a natureza será também redimida e teremos um universo completamente restaurado. Serão novos céus e nova terra não como uma nova criação, mas pela transformação do que existia (Is 65.17 e 66.22; 2Pe 3:13). Não vai mais existir separação entre o céu e a terra e serão a habitação de Deus e de sua igreja glorificada. Nesse momento se cumprirão as profecias de que a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.]

2. Novos céus e nova terra. A Igreja de Jesus tem sido perseguida ao longo da História, mas está perto o tempo em que não haverá mais nenhuma ação maligna ou humana contra o povo do Senhor (Hb 11.36-39). Com a restauração de todas as coisas, nos “novos céus” e “na nova terra”, “não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão”. [Comentário: “E o mar não mais existirá”. Isso é um símbolo. Aqui o mar é o que separa. João foi banido para a ilha de Patmos. O mar aqui é símbolo daquilo que contamina (Is 57.20). Do mar emergiu a besta que perseguiu a igreja. No novo céu e na terra não haverá mais rebelião, contaminação, pecado.]

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“Nos novos céu e terra nada nos trará medo e nada nos separará um dos outros. A única água descrita será ‘o rio puro da água da vida’ (Ap 22.1). Este rio claro como cristal desce pela rua principal do céu (Ap 22.2).
Apocalipse 21.3-7 traz uma descrição das características mais marcantes dos novos céus e nova terra.
As Escrituras aqui prometem que o céu será um Reino de perfeita bem-aventurança. Nos novos céus e na nova terra não haverá lugar para lágrimas, dor, tristeza e pranto. Lá o povo de Deus habitará com Ele por toda a eternidade, completamente livre de todos os efeitos do pecado e do mal. Deus é retratado secando pessoalmente as lágrimas dos remidos.
No céu, a morte estará completamente aniquilada (1Co 15.26). Ali não haverá doença, fome, problemas ou tragédias. Haverá apenas a alegria completa e bênçãos eternas” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.112).

III. NOVA JERUSALÉM

1. Foi preparada no céu. Será um lugar santo de comunhão e relacionamento com Deus (Ap 21.3). Ali encontraremos uma linda praça, no meio da qual atravessa o “rio da vida”, com a “árvore da vida” em suas margens (Ap 22.2; 21.6). Só os que têm o nome escrito no Livro da Vida entrarão nessa linda cidade. Neste mundo tenebroso, enfrentamos lutas e sofremos com a degradação do meio ambiente, as enchentes, secas e variações climáticas, mas haveremos de desfrutar de um novo lugar que está preparado para aqueles que creem e o aguardam. [Comentário: Uma consideração importante nesse ponto é se a cidade descrita em Ap 21 e 22 é literal ou mística. Há muita evidencia para mostrar que essa cidade é literal, assim como a de Hebreus 12. Bruce Anstey explica em "Acontecimentos Proféticos" algo sobre a Nova Jerusalém: "Existem três Jerusaléns que não devem ser confundidas: a Jerusalém celestial (Hb 12.22, Ap 21.10-22:5), que é a igreja em seu caráter administrativo nos céus, a Jerusalém terrena (Jr 3.17, 30.18, Sl 48, Ez 49.15-20), que é a habitação do príncipe e de outros santos provavelmente da família real de Davi no Milênio, e a Nova Jerusalém (Ap 21.2), que é a cidade dos santos no Estado Eterno. Todas são chamadas santas (Ap 21.2, 10, Joel 3.17)" Acontecimentos Proféticos (Bruce Anstey - Tradução de 1993 baseada na 2ª edição em inglês) . Não haverá somente um novo céu e uma nova. terra, mas haverá também uma nova cidade; haverá a Nova Jerusalém em vez da velha Jerusalém. Como Deus levou a Moisés ao cume de Pisga para mostrar-lhe toda a terra da promissão (Dt 34), assim um dos sete anjos que tinham as sete taças levou a João a um grande e alto monte para contemplar a nossa terra da promissão, a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. Será uma cidade literal, "que tem fundamentos (Hb 11.10); não será o céu, mas descerá do céu. Os crentes verdadeiros não têm aqui cidade permanente, mas buscam a futura (Hb 13.14): "desejam uma melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; Jo 14.2,3.]

2. Os muros e as doze portas. “E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel” (Ap 21.12, 13). Cada porta é “uma pérola”; a praça é “de ouro puro, como vidro transparente” (Ap 21.21); o muro é de jaspe, “a cidade, de ouro puro, semelhante a vidro puro” (Ap 21.18,21). Os nomes nas portas representam a fidelidade de Deus para com Abraão, Isaque e Jacó (cf. Rm 9.27; 11.29). Nela, não haverá templo, pois o “seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22). [Comentário: 12. “E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel” - “...com doze portas”. O número “doze”, com seus cognatos, ocorre mais de 400 vezes na Bíblia e é extremamente importante. Neste livro ocorre cerca de vinte vezes, e permeia o governo patriarcal, apostólico e nacional. Temos, assim: “As 12 estrelas (12.1); os 12 anjos (12.12); as 12 tribos (21.12); os 12 fundamentos (21.14); os 12 frutos (22.2); as 12 portas (21.12, 21); as 12 pérolas (21.21); entre os múltiplos de 12 temos: 12.000 estádios (21.16); 12.000 selados (7.5-8); 144.000 é um número formado de 12 vezes 12.000 (14.1); 24 anciãos e 24 tronos (4.4; 11.16), são também especiais”. Todos esses números se relacionam agora com a Jerusalém celestial, na qual se viam 12 portões como sendo 12 pérolas, 3 de cada lado do quadrado (21.21). Em cada portão havia a gravação do nome de uma das 12 tribos de Israel. Em Ez 48.31-34, há uma descrição semelhante da nova Jerusalém durante o Reino Milenial de Cristo. . “...tinha três portas”. Na antiga cidade de Jerusalém terrestre, havia também 12 portas, sendo, por assim dizer, uma cópia da Jerusalém celestial (cf. Hb 8.5 e 9.23); essas portas estavam também nas cardeais; ladeavam toda a cidade de Davi: a porta do gado (Ne 3.1); a porta do peixe (Ne 3.3); a porta velha (Ne 3.6); a porta do vale (Ne 3.13); a porta do monturo (Ne 3.14); a porta da fonte (Ne 3.15); a porta da casa de Eliasibe: sumo-sacerdote (Ne 3.20); a porta das águas (Ne 3.36); a porta dos cavalos (Ne 3.28); a porta oriental (Ne 3.29); a porta de Mifcade (Ne 3.31); a porta de Efraim (Ne 8.16). “Isso pode ser comparado também ao acampamento de Israel, onde havia o arranjo das tribos de acordo com direções dos pontos cardeais: A leste ficava Judá, Issacar e Zebulom; Ao sul, Rúben, Simeão e Gade; A oeste, Efraim, Manassés e Benjamim; E ao norte, Dã, Asser e Naftali. Números capítulo 2. Extraído de http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-sca-2tr12-aformosajerusalem.htm]
3. Os doze fundamentos da cidade. “E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14). Os nomes dos apóstolos nos fundamentos representam a Igreja de Cristo como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15), através da “doutrina dos apóstolos” (At 2.42), que representa a mensagem do evangelho de Cristo. Seus fundamentos são gloriosos (Ap 21.19,20). Só chegando lá poderemos ver o cuidado do Senhor em projetar tanto brilho e fulgor da cidade divina. A cidade tem formato cúbico (Ap 21.16,17). [Comentário: “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”. “...doze apóstolos do Cordeiro”. Devemos observar que, cada vista da cidade se menciona o (“Cordeiro”), e a referência sétupla a ele (21.9, 14, 22, 23, 27; 22.1, 3) indica que embora Cristo entregue o reino ao Pai, não obstante partilha-o com os remidos. Os Apóstolos do cordeiro, mostram nisso sua importância, tanto naquilo que eram como naquilo que faziam. Porém, Cristo Jesus é quem dá por empréstimo o seu valor àqueles, o que significa que eram grandes somente por sua causa. Não obstante, os Apóstolos e profetas são grandes, tal como todos os homens o são, uma vez que sejam transformados segundo a imagem de Cristo, já que participação da sua natureza divina. Na nova Jerusalém o divino se combinará com o humano, da mesma maneira que o número três, multiplicado pelo número do mundo “quatro”, resulta em doze. Assim cumpre-se a frase: “...para o humano se tornar divino, foi necessário que o divino se tornasse humano”. Na cidade do Deus vivo, o humano se encontra com o divino absorve o humano, menos a individualidade (2Co 5.4). Extraído de http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-sca-2tr12-aformosajerusalem.htm]

4. Ali não haverá mais tristeza. “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4; 1Co 15.26). Um dos principais motivos para a tristeza é a morte. Nas grandes cidades ou nos pequenos lugarejos, sempre existe um cemitério, onde entes queridos são enterrados. Ninguém pode escapar da morte. Mas, na Nova Jerusalém, a morte não mais existirá (Ap 20.14; 1Co 15.26). Não haverá luto nem lágrimas.
Ela descerá do céu (Ap 21.2) e servirá de fonte permanente de luz para as nações (Ap 21,24,26). A Cidade Santa iluminará as nações, mas nela não haverá “nem sol, nem lua”, pois “a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23).[Comentário: O que não vai entrar no novo céu e na nova terra?
1. No novo céu e na nova terra não haverá dor – v. 4
• A dor é consequência do pecado. A dor física, moral, emocional, espiritual não vão entrar no céu. Não haverá mais sofrimento. Não haverá mais enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, traição, decepção.
• O céu é céu por aquilo que não vai ter lá. As primeiras coisas já passaram. O que fez parte deste mundo de pecado não vai ter acesso lá. Aquilo que nos feriu e nos machou não vai chegar lá.
2. No novo céu e na nova terra não haverá mais lágrimas – v. 4
• Não haverá choro nas ruas da nova Jerusalém. Este mundo é um vale de lágrimas. Muitas vezes alagamos o nosso leito com nossas lágrimas. Choramos por nós, pelos nossos filhos, pela nossa família, pela nossa igreja, pela nossa nação.
• Entramos no mundo chorando e sairemos dele com lágrimas, mas no céu não haverá lágrimas.
• Deus é quem vai enxugar nossas lágrimas. Não é auto-purificação. Deus é quem toma a iniciativa.
3. No novo céu e na nova terra não haverá luto nem morte – v. 4
• A morte vai morrer e nunca vai ressuscitar. Ela foi lançada no lago do fogo. Ela não pode mais nos atingir. Fomos revestidos da imortalidade. No céu não há vestes mortuárias, velórios, enterro, cemitério. No céu não há despedida. No céu não há separação, acidente, morte, hospitais.
• Na Babilônia se calam as vozes da vida (Ap 18:22-23), mas na Nova Jerusalém se calam as vozes da morte (Ap 21:4)! Extraído de http://hernandesdiaslopes.com.br/2008/02/as-bencaos-do-novo-ceu-e-da-nova-terra/#.VudcY0AszIV]

5. Não haverá pecado nem pecadores. “E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27). Ali não haverá maldição contra ninguém (Ap 22.3), pois os corruptos já estarão no lago de fogo e só os salvos viverão na Santa Cidade. Todos os ímpios que não se arrependerem ficarão de fora (Ap 22.15; 1Co 6.10) e todos os que praticam atos indignos aos olhos de Deus não terão acesso à Nova Jerusalém, pois seu lugar e destino é o inferno (Sl 9.17). [Comentário: A Nova Jerusalém é lugar onde se vive em total integridade – v. 18,21b. Não apenas a cidade é de ouro puro, mas a praça da cidade, o lugar central, onde as pessoas vivem é de ouro puro, como vidro transparente. Tudo ali vive na luz. Tudo está a descoberto. Nada escondido. Nada escamoteado. A integridade é a base de todos os relacionamentos. O pecado não pode entrar na Nova Jerusalém – (v. 27a) – Embora a igreja seja aberta a todos, não é aberta a tudo.]


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“Nova Jerusalém
As Escrituras descrevem a Nova Jerusalém como a ‘Jerusalém que é de cima’ (Gl 4.26), ‘a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial’ (Hb 12.22), e ‘a Santa Cidade’ que ‘de Deus descia do céu’ (Ap 21.2,10). O AT refere-se a ela como a habitação de Deus. No NT, é também a morada celestial dos santos. As sagradas estruturas da cidade celestial contribuíram para o projeto do Tabernáculo e do Templo na terra. Quando descer como o ‘tabernáculo de Deus com os homens’ (Ap 21.3), será um Templo tanto físico (Ap 21.12-21) como espiritual (Ap 21.22).
O AT representa a Jerusalém celestial como o ‘monte’ e o ‘santuário’ celestial. Ezequiel refere-se ao ‘monte santo de Deus’ e a ‘santuários’ no céu (Ez 28.14,16). Salmos 2 menciona ‘Aquele que habita nos céus’ e ‘o nome santo monte Sião’ (vv.4,5). A primeira expressão diz respeito ao lugar no céu onde Deus está entronizado. A segunda refere-se à Jerusalém terrestre, onde Deus dará o trono a seu Rei, após derrotar as nações na batalha do Armagedom. Os salmos davídicos também aludem a Deus em sua ‘casa’ ou ‘templo’ (Sl 11.4), apesar de o Templo ter sido erguido somente após a morte de Davi. Tais referências são, portanto, relativamente ao Templo celestial, como vemos em um dos salmos de forma explícita: ‘O Senhor está no seu santo templo; o trono do Senhor está nos céus’ (Sl 11.4)” (LAHAYE, Tim.Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.328).

CONCLUSÃO

Um dos hinos da Harpa Cristã declara: “Metade da glória celeste jamais se contou ao mortal”. O que a Bíblia revela, afastando um pouco o véu da eternidade, não é a expressão plena da realidade que se descortinará aos olhos dos salvos em Cristo Jesus, que com Ele reinarão, na Nova Jerusalém. Por isso, vale a pena ser crente fiel, santo e dedicado a fazer a vontade de Deus. [Comentário: Você já é um habitante dessa cidade santa? Seu lugar já está preparado nessa cidade? E o seu coração, está colocado na Nova Jerusalém ou na grande Babilônia? Esta lição deve nos levar a refletir qual será nosso destino. Hoje é o dia da escolha, é o dia da decisão. A igreja é noiva do Cordeiro e filha do Pai. Tomaremos posse da nossa herança incorruptível. Desfrutaremos das riquezas insondáveis de Cristo. Seremos co-herdeiros com ele. Seremos filhos glorificados do Deus todo-poderoso e reinaremos com o Rei dos reis!] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.