sexta-feira, 11 de março de 2016

LIÇÃO 11: O JUÍZO FINAL




SUBSÍDIO I

JUÍZO FINAL

Chegará o dia em que os homens da Terra comparecerão diante do Trono Branco. Cristo se assentará como o supremo juiz e, junto à igreja, julgará a humanidade. É importante realçar a figura do Trono Branco como o símbolo da justiça e da santidade do Altíssimo. Enquanto os salvos se deleitarão no Senhor e reinarão com Cristo, aqueles que não foram achados seus nomes no Livro da Vida, atormentar-se-ão eternamente. 
Vivemos num tempo que as pessoas não creem mais na prestação de contas que um dia os seres humanos farão a Deus. Talvez, devido ao predomínio das cosmovisões que colocam o ser humano como essencialmente bom em nossa cultura ocidental, é que a crença no Céu como um lugar preparado por Deus para os seus filhos, e no Inferno, como um lugar eterno de perdição, não sejam levados a sério. Por isso, prezado professor, nesta lição, apresente o céu como um estado (consciência) e lugar, e o inferno também em sua dimensão sensorial da eternidade.
Pontue algumas informações necessárias que foram destacadas para você nortear a aula desta semana: 
1. O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final.
2. Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.
3. Na instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do Juízo.
4. No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.
5. Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade. 
Caro professor, você sabe o que significa a palavra inferno? No exercício de tradução da Bíblia, da língua original para a portuguesa, há limites de caráter semântico imposto pelo idioma original a ser traduzido. Nem sempre encontramos palavras da língua nativa que expresse a plenitude semântica do termo original. A palavra inferno é um exemplo dessa complexidade. É importante explicar aos alunos que as Escrituras, na língua original, apresentam quatro termos cuja versão da língua portuguesa os traduziu para “Inferno”: Sheol, Hades, Tártaro e Geena. Na verdade, o inferno que será lançado no Lago de Fogo é o Hades, isto é, a morada dos mortos.

Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Jan./Fev./Mar. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Após o Milênio, Satanás será solto por um pouco de tempo, a fim de provar aqueles que nascerão durante esse período. Em seguida, haverá o Juízo Final, no qual Cristo estará assentado no trono, para julgar os mortos, grandes e pequenos. Na aula de hoje estudaremos a respeito desse evento escatológico, destacando a natureza do julgamento, os envolvidos e sua importância no cenário das últimas coisas.

1. DEPOIS DA MORTE, SEGUE-SE A JUÍZO

Em Hb. 9.27 está escrito que depois da morte segue-se a juízo. O julgamento final é uma doutrina bíblica, exarada em várias passagens das Escrituras, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. O texto de Ap. 20.11-15 descreve como acontecerá o Juízo Final, que acontecerá ao final do reino Milenial de Cristo. Esse julgamento não deve ser confundido com o Tribunal de Cristo (II Co. 5.10), que acontecerá logo após o arrebatamento, e será exclusivo para Igreja, para recompensa das obras realizadas pelos crentes. De acordo com Ap. 20.11-15 acontecerá após o Milênio um julgamento severo sobre aqueles que desprezaram a mensagem do Senhor Jesus. Nessa passagem é descrito um “grande” trono “branco”. Grande porque Aquele que está assentado sobre ele é Grandioso (Ap. 20.4), bem como da importância que esse irá ocupar no cenário escatológico. Ele será branco porque Aquele que está assentado sobre ele é puro, trata-se um Juiz perfeito, que evoca a equidade. O texto não menciona o nome dAquele que estará sentado sobre o Trono, mas podemos inferir que se trata de Cristo com base em Jo. 5.22, considerando que “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”. Paulo reforça essa doutrina ao se referir ao “dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens por Jesus Cristo” (Rm. 2.16).

2. VÁRIOS LIVROS SE ABRIRÃO

Durante o julgamento vários livros se abrirão, a fim de explicitar os pensamentos e atos daqueles que agiram impiamente. Salomão antecipa esse momento em Eclesiastes, afirmando que “Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec. 12.14). Em relação ao Juízo Final, o autor da Epístola aos Hebreus destaca que “toda transgressão e desobediência deve receber a justa retribuição” (Hb. 2.2). Isso nos faz acreditar que haverá níveis diferenciados de tormento no inferno, essa concepção pode ser reforçada em Mt. 11.21-24. Jesus explicou que aquele que escuta Sua mensagem e a rejeita está sujeito a maior condenação. Os condenados no Juízo Final serão lançados no Lago de Fogo, que é um castigo preparado para Satanás e seus anjos, bem como para todos aqueles que recusaram o Senhor Jesus (Mt. 25.41,46). O Juiz, por sua vez, estará assentado sobre o Trono e dará o veredito final com base nos livros, nos quais estarão registrados os atos de todos os réus. Eles serão condenados pelas suas próprias obras, pois essas são abomináveis aos olhos de Deus (Rm. 8.8). Eles desprezaram o Mediador, o Único entre Deus e os homens (I Tm. 2.5), sendo condenados por seus atos (Mt. 16.27). Há um livro que se encontra no singular, trata-se do Livro da Vida, que traz o nome daqueles que salvos por Deus, a esses nenhuma condenação há (Rm. 8.1).

3. AQUELES QUE SERÃO JULGADOS

O juízo Final não será para a salvação, aqueles que se apresentarem perante o Trono receberão o veredito de condenados, e serão lançados no Lago do Fogo. O texto de Ap. 20 diz que se apresentarão “os mortos, grandes e pequenos”, todas as pessoas que viveram ao longo de todos os tempos, e das diferentes condições socioeconômicas. Essa doutrina precisa ser divulgada em meio a essa sociedade corrupta. As pessoas devem ser alertadas quanto ao Dia em que comparecerão, perante o Supremo Juiz, para se apresentarem perante Ele. Os príncipes deste mundo, que agem apenas para destruir as pessoas, receberão a justa paga no Juízo Final. Todos aqueles que morreram, e que desconheceram a Cristo, ou agiram contrários a vontade dEle, ressuscitarão para a vergonha eterna (Dn. 12.2). Por enquanto a alma dos ímpios se encontra no Hades, para onde seguem aqueles que morreram sem Cristo, e que ressuscitarão para o Juízo Final. Esses não poderão corromper o Justo Juiz, que com sabedoria e equidade, declarará sua sentença sobre todas as camadas sociais, e pessoas das mais diferentes posições políticas. Na presença de Jesus fugirão a terra e a atmosfera, Pedro descreve que “os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (II Pe. 3.10). Por esse tempo toda corrupção será dissipada, pois na presença de um Deus Santo não há lugar para o engano.

CONCLUSÃO

Após o Reino Milenial de Cristo, haverá a segunda ressurreição, para o Juízo Final. Nessa ocasião os mortos ímpios se apresentarão perante Jesus, o Supremo Juiz. Esses, grandes e pequenos, receberão do Senhor o veredito. Eles serão lançados no Lago de Fogo, e ali permanecerão conscientes para sempre. A Igreja não será julgada nessa ocasião, pois já foi justificada por Cristo, através do Seu sangue derramado na cruz. Para ela nenhuma condenação há, pois decidiu viver para Cristo, andar no espírito e não na carne (Rm. 8.1).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje estudaremos a respeito do dia do Juízo do Senhor. De acordo com a Palavra de Deus, este será um dia de ajuste de contas, onde todos os ímpios estarão perante Deus e terão de responder por seus atos. O julgamento se dará diante do “trono branco” de Deus (Ap 20.11). Deus ama a todos e deseja que toda a humanidade seja salva, mas para os que não creem, os incrédulos, Ele tem uma sentença que já foi declarada por seu Filho: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18). [Comentário: Este é um trono, que descreve a majestade e grande autoridade de Deus. Este é o trono do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o trono onde cada sim é sim (absoluto e final) e cada não é não (absoluto e final), para além do qual não há mais possibilidade de recurso, de apelo (muito menos de "segunda chance"). “E vi um grande trono branco, ...”, branco significa santidade e retidão. Trata-se do trono do santo julgamento de Deus contra todos os pecados. O Julgamento do Grande Trono Branco é encontrado em Apocalipse 20.11-15 e é o julgamento final antes que os perdidos sejam lançados ao lago de fogo (o lugar de eterna punição comumente conhecido como inferno). Sabemos, através de Apocalipse 20.7-15 que este julgamento ocorrerá após o milênio.  O mesmo texto revela quem serão os réus: estes são os não salvos, porque eles não fazem parte da primeira ressurreição (Ap 20.6) e eles são julgados por suas obras. Seus nomes não estão escritos no livro da vida através da fé em Jesus Cristo (Ap 20.15). O julgamento do crente no Tribunal (Bema) de Cristo, logo após o Arrebatamento será para analisar a sua (note o singular) obra ou serviço prestado a Cristo, para determinar recompensas ou perdas delas. O julgamento dos incrédulos no Juízo do Grande Trono Branco analisará as obras (note o plural), para demonstrar o seu pecado contra a lei de Deus e a sua rejeição da luz de Deus, e justificar a sua condenação eterna. O julgamento da obra do crente pode resultar em perda de recompensa, “... mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” (1Co 3.15). O julgamento das obras dos descrentes, por outro lado, resulta nele ser lançado para dentro do Lago de Fogo. Nenhuma exceção é mencionada, todos os que não foram salvos durante esta vida, comparecerão ao Julgamento do Grande Trono Branco e serão justamente condenados ao sofrimento indescritível, inimaginável, consciente, eterno, no Lago de Fogo eterno. Sabendo disto, devemos ter uma disposição para com todos os homens, que é também a disposição de Deus, que deseja que todos sejam salvos, ainda que, saibamos que nem todos serão salvos, mas isto não deve limitar a pregação do evangelho, mas servir de impulsão para investirmos todo o nosso tempo, dons e recursos em Missões]

I. EVENTOS QUE ANTECEDEM AO JUÍZO FINAL

1. A última revolta de Satanás. Depois de terminado o período do Milênio, Satanás será solto para provar os que nasceram durante o Milênio e que ainda não tiveram oportunidade de ter sua fé provada, diante das tentações malignas (1Pe 1.7). Ele enganará as nações e elas não se renderão a Cristo. O mesmo fez a multidão que escolheu soltar a Barrabás e condenar Jesus (Mt 27.17-21). [Comentário: "E sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra" (Ap 20.8): Diferente do poder normal do diabo como tentador, que os santos resistem pela fé (1Pe 5.8-9), ele teria ocasiões de pelejar contra os santos como perseguidor, usando o poder de governos humanos contra os santos. O desejo de Satanás é apressar o dia da batalha a fim de frustrar o propósito de Deus limitando o alcance de sua salvação (2Pe 3.8-10), mas ele estará preso até que a soberania de Deus determine libertá-lo. Então ele fará um último esforço para destruir Cristo e seu povo. Parece que muitos dos que se submeteram ao domínio de Cristo durante o milênio o fizeram sem compromisso interior para com sua autoridade. A derrota final de satanás separa estes daqueles que se submeteram com sinceridade. Trata-se da última insurreição que o Senhor tolerará. Satanás será então lançado no lago de fogo e atormentado eternamente.]

2. A prisão eterna de Satanás. Pela segunda vez, Deus vai mandar seus mensageiros poderosos prender “o Dragão”, “a antiga serpente” (Ap 20.2), que estava no “abismo” (Ap 20.3): “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap 20.10). Só depois da última rebelião do maligno, e de sua prisão para sempre, é que será estabelecido o Juízo Final. [Comentário: "O diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre" (v. 10): Os versículos 7 a 9 mostram a possibilidade do diabo se levantar contra os fiéis de outras épocas, mesmo depois da vitória dada aos santos que sofriam pela mão da besta romana. Mas mesmo este poder tem limites. O próprio diabo chegará ao fim, quando será lançado dentro do lago de fogo onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta (Ap 19.20). Entenda que, o lago de fogo não lhes traz aniquilação, e sim, tormento perpétuo; o inquietante aqui é quando lemos no capítulo seguinte, que aqueles que não tiverem seus nomes escritos no livro da vida, também, serão lançadas neste lago e serão atormentados perpetuamente; esta é a morte espiritual, a separação do homem e Deus (Is 59.1-2; Ef 2.5,12).]

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, reproduza a figura abaixo. Utilize a ilustração para introduzir a lição, mostrando aos alunos os julgamentos futuros. Explique que “as Escrituras descrevem diversos julgamentos escatológicos diferentes, incluindo o julgamento entre ‘ovelhas e bodes’, o Tribunal de Cristo e o julgamento diante do Grande Trono Branco. Estes julgamentos ocorrem em momentos diferentes e aplicam-se a diferentes grupos” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.293).

II. O JUÍZO FINAL

1. O que é e quando se dará? Será o Juízo de Deus sobre os ímpios e suas impiedades, em todos os tempos e lugares. De acordo com a Bíblia, o Juízo Final (do Trono Branco) ocorrerá logo após a segunda prisão de Satanás, nos eventos finais após o Milênio (Ap 20.7, 10), depois de este ter enganado mais uma vez as nações (Ap 20.11). [Comentário: O julgamento do grande trono branco pode muito bem ser chamado de "julgamento final". Ele constitui o término do plano de ressurreição e de julgamento de Deus. É claramente indicado que este julgamento acontece após o fim do reino milenar de Cristo. Não há um local geograficamente especificado, esse julgamento não acontece nem no céu, nem na terra, mas em algum lugar entre as duas esferas - "Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). A fuga da terra e do céu pode referir-se à destruição pelo fogo descrito em 2Pe 3.10-12. "A mais natural interpretação do fato de a terra e o céu fugirem é que a presente terra e o presente céu serão destruídos e serão substituídos pelos novos céus e nova terra. Isto é também confirmado pela declaração adicional em Ap 21.1, onde João vê um novo céu e uma nova terra, que substituem o primeiro céu e a primeira terra, que já passaram "(Walvoord).]

2. Quem será o Juiz? O Pai é o Supremo Juiz, porém Ele confiou ao seu filho Unigênito, Jesus Cristo, toda a autoridade no céu e na Terra (Jo 5.22,27). Segundo o pastor Claudionor de Andrade, “para assisti-lo no tribunal, Jesus terá ao seu lado a Igreja Glorificada” (1Co 6.2,3). Jesus, juntamente com sua Igreja “há de julgar os vivos e os mortos na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1b; Sl 9.8). Se alguém quer ser livre da condenação eterna, necessita aqui na Terra, nos dias em que vivemos (1Jo 2.1,2), de se arrepender dos seus pecados e entregar-se a Jesus reconhecendo-o como Salvador e Senhor, porque depois será impossível (Sl 9.17). Paulo afirma que Deus “há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31; Hb 12.23). Por meio de Jesus será exercido o julgamento, pois Ele será o Supremo Juiz, assentado no Trono Branco, no Juízo Final (Jo 5.22,27; Ap 20.11).
Diante de Jesus todo joelho se dobrará! Queiram ou não, se prostrarão diante dEle os ditadores, governantes, juízes, juristas, políticos, cientistas, militares de todas as patentes, milionários, em sua soberba, arrogância e prepotência, e também os pobres, analfabetos e miseráveis, se não tiverem aceitado a Cristo como Salvador. Diz a Bíblia: “Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12). Glória a Deus, pois atualmente já temos o privilégio de dobrar os nossos joelhos e adorar ao Senhor em espírito e em verdade. [Comentário: "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). O ocupante do trono é Jesus Cristo, a quem o Pai deu todo o julgamento (Jo 5.22).]

3. Quem terá de prestar contas ao justo Juiz? Vejamos todos que serão julgados: 1) Primeiro serão julgados todos os que, desde Caim, amam e praticam a iniquidade. Estes, se não se arrependerem de seus pecados, vão enfrentar o Juízo Divino; 2) Também serão julgados todos os que estiverem vivos naquela ocasião; 3) Todos os salvos que tiveram morrido durante o Milênio (Dn 12.2); 4) Os anjos caídos, que se rebelaram contra Deus, também terão de comparecer ao julgamento para receber o seu castigo (Jd 6). Também vão prestar contas a Deus todos os falsos profetas, os falsos obreiros e pseudopastores que afastaram as pessoas e as impediram de conhecer o Filho de Deus. Ali estarão também todos os governantes, magistrados, juízes e políticos que aprovaram leis contra os princípios divinos, leis que perverteram o direito dos pobres, dos órfãos e das viúvas. Vivos ou mortos, estes não escaparão do tribunal divino. [Comentário: Fica evidente com base no próprio texto que esse é um julgamento dos chamados "mortos". Demonstrou-se previamente que o plano de ressurreição dos salvos se completou antes de começar o milênio. Os únicos ainda não-ressuscitados eram os mortos incrédulos. Esses devem ser, então, os réus do julgamento. Note o que Peters diz a esse respeito: "O julgamento de Ap 20.11-15, após os mil anos, não é das nações viventes, mas preeminentemente "dos mortos". Apenas os mortos são mencionados, e quem acrescenta as "nações viventes" a ele (para criar um julgamento universal) está certamente acrescentando à profecia. Tal julgamento é necessário para completar nas proporções certas aquilo que, de outra forma, estaria incompleto, a ordem do procedimento divino na administração da justiça. Pois, se não houvesse tal profecia do julgamento "dos mortos" no fim do milênio, isso seria justamente considerado um grave defeito no nosso sistema de fé. Com ele, temos um todo harmonioso" Peters, op. cit., II, p. 382. As melhores teologias defendem que, o julgamento dos anjos caídos (Jd 6), está evidentemente associado a Satanás em seu julgamento, que precede o julgamento do grande trono branco (Ap 20.10). Conclui-se, assim, que os anjos caídos serão julgados após o fim do milênio, mas antes do julgamento do grande trono branco.]
  

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O Tribunal de Cristo

Algumas vezes, este julgamento é chamado de tribunal bema (grego). ‘Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal’ (2Co 5.10). No bema, Deus julgará as obras dos crentes, e não seus pecados. Estes foram expiados completamente por Jesus e Deus não se lembra mais deles (Hb 10.17). No bema, todas as obras são avaliadas segundo suas intenções e resultados. Visto que Deus é justo, Ele não pode deixar de examinar as nossas obras, sejam boas ou más. O Tribunal de Cristo é muitas vezes tratado como parte das doutrinas sobre recompensas para os cristãos. Não se trata de um julgamento para determinar se os crentes entrarão no céu, mas para avaliar a quantidade e a qualidade dos serviços prestados na terra. Sendo fiéis a Cristo, os cristãos serão recompensados.

 O julgamento das nações gentílicas

Com a segunda vinda de Cristo, todas as nações do mundo comparecerão perante Ele para serem julgadas (Mt 25.32) — cena descrita na Bíblia como uma separação entre bodes e ovelhas. Este julgamento fundamenta-se no tratamento dispensado àqueles que Cristo identifica como ‘um destes meus pequeninos irmãos’ (Mt 25.40,45). Estes podem ser (1) Israel, (2) a Igreja ou (3) os oprimidos” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.300-1).

III. AS BASES DO JUÍZO FINAL

1. Livros serão abertos. No dia do Juízo Final serão abertos vários livros. Mas, que livros são estes? Estes livros são uma representação do julgamento divino. Segundo a Palavra de Deus, neles foram registradas todas as ações, boas e más, praticadas por todos os seres humanos desde o início do mundo até o Dia do Julgamento (Ap 20.11). O julgamento de Deus terá como base os registros divinos que estão contidos ali. Ninguém poderá dizer que foi julgado de maneira injusta, pois tudo estará registrado com precisão. É importante ressaltar que não seremos salvos pelas nossas obras, pois a salvação é unicamente pela fé, pela graça divina. Mas as nossas ações evidenciam a nossa conversão. Aqueles que já experimentaram o novo nascimento, precisam demonstrar a nova vida em Cristo mediante os seus frutos (ações). [Comentário: O livro da vida será aberto. Este é o livro que contém os nomes das pessoas de todos os séculos que estão eleitas em Cristo, de acordo com o pré-conhecimento de Deus (Ap 13.8; 17.8). A própria existência deste livro irá relembrar todo pecador que um Salvador veio ao mundo para morrer pelos pecados do homem, e que a salvação foi oferecida a "todo e qualquer que a queira" "O Livro da Vida será desenrolado ali, porque muitas pessoas naquela grande multidão têm tido como garantido que os seus nomes estão lá, meramente porque, por acaso, foram listadas no rol de membros de alguma igreja ou sociedade religiosa" (Ironside). “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.23). O livro de obras será aberto. É mantido registro de todas as obras do homem, incluindo cada palavra inútil e cada coisa secreta (Mt 12.36; Lc 8.17; Rm 2.16 ). Salmos 50.16-21 descreve o tipo de coisas que serão vistas no Julgamento do Grande Trono Branco. O livro de Deus (a Bíblia) também vai estar lá. Em João 12.48 Jesus disse, “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Assim, a Bíblia será aberta nessa ocasião como um testemunho para cada pecador.Extraído de http://solascriptura-tt.org/Sermoes/E9C-JulgamentoGrandeTronoBranco-DCloud.htm]

2. Qual a sentença. A Palavra de Deus afirma que todos os que não forem achados no Livro da Vida, serão lançados no lago de fogo e vão experimentar a segunda morte. Estes estarão eternamente separados de Deus. Quão terrível juízo há para aqueles que não receberem pela fé a salvação. A Igreja precisa anunciar a todos a mensagem do Evangelho, ganhando pessoas para Jesus enquanto é tempo. Hoje é o tempo da oportunidade, o tempo da salvação. Que sejamos como Noé que apregoou para sua geração o juízo do Senhor. Muitos rejeitaram a mensagem de Noé, porém o dia da ira não tardou a chegar. [Comentário: O resultado desse julgamento fica bem claro em Ap 20.15: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo". A eterna separação de Deus é o destino eterno dos incrédulos. Nenhum pecador pode estar perante um santo Deus e ser julgados pelas suas obras, sem ser condenado, por isso a conclusão do presente julgamento já está previamente conhecida. Apesar de possivelmente existirem graus de punição no Lago de Fogo (confira Mt 11.20-24) todos os julgados serão condenados e enviados para lá, para o Lago de Fogo.]


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O envio para o lago de fogo será para sempre. Deus fez todos os seus esforços para dar à humanidade todas as oportunidades possíveis para o arrependimento, mas este último ato final de rebelião, depois de mil anos de bênção [o Milênio] marcará o final da sua paciência. E todos os que rejeitarem a Cristo como Senhor serão condenados ao lago de fogo” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.289).

CONCLUSÃO

O Dia do Juízo de Deus virá para todos. Você está preparado? Ore, leia a Palavra de Deus e jamais permita que a carne, o Diabo e o mundo venham fazer você pecar e abandonar Jesus Cristo. Neste mundo temos muitas tribulações, mas “alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10.20). Se pela fé você já aceitou a Jesus como seu único e suficiente Salvador, sua salvação já está garantida e caso você permaneça fiel até o fim, jamais passará pelo Juízo Final: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1). [Comentário: A mensagem do Julgamento do Grande Trono Branco é que não existe qualquer possibilidade de salvação após a morte, que a decisão por Cristo deve ser tomada na presente vida, ou restará apenas a condenação eterna. A mensagem é ainda mais impactante para nós, que temos a obrigação de anunciar  que "Agora é o tempo aceitável". Estamos investindo nossos dízimos e ofertas em missões? Ou estamos mais interessados em construir suntuosos templos a fim de mostrar a força e a punjança de nossas denominações? Enquanto dinheiro é gasto em conforto, almas perecem...] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.

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