quinta-feira, 28 de julho de 2016

LIÇÃO 5: A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS


SUBSÍDIO I

No século 21, há um desafio imenso para a Igreja de Cristo: evangelizar a sociedade urbana. Por isso, é importante, a partir da lição estudada, nós refletirmos sobre as razões de uma evangelização de grande porte numa sociedade urbana e o meio de evangelização.

A mensagem de Jesus deve ser apresentada a todos

         Um dos requisitos necessários à evangelização é a capacidade de quem evangeliza compartilhar, publicar, espalhar e anunciar uma notícia boa e nova para todo o ser humano, declarando que ela é relevante e verdadeira. A boa nova é a mensagem de nosso Senhor. Ela foi anunciada ontem pelos santos apóstolos, é anunciada hoje pela igreja visível do Senhor e, até a vinda de Jesus Cristo, será anunciada sempre.

O conteúdo da mensagem

      O que pregar na evangelização? Ora, o conteúdo da mensagem de quem evangeliza passa inevitavelmente pelo tema da salvação, que é o anúncio de que Deus está consertando alguma situação destruída ou completamente equivocada. Imediatamente esse processo pode ser descrito pela Perdição, ou seja, o ser humano não sabia que algo de errado havia acontecido com ele, mas que por intermédio da encarnação de Jesus Cristo, da crucificação de nosso Senhor e a da ressurreição do nosso Rei, o ser humano teve o caminho livre para adentrar, pelo nome de Jesus, ao “Trono da Graça de Deus”. Portanto, salvação e perdição, vida e morte, resgate e pecado são temas recorrentes da verdadeira mensagem do Evangelho passando inevitavelmente pelo acontecimento temporal e atemporal da encarnação, crucificação e ressurreição de nosso Senhor.

Os meios de Evangelização

     Esta é uma questão importantíssima, pois a despeito da urgência e da necessidade de comunicarmos o Evangelho para uma sociedade urbana, os fins não podem justificar os meios da evangelização. Há algumas práticas inaceitáveis: usar assistência social como “isca”; pressões psicológicas numa “evangelização” centrada nos benefícios da fé; promessas falsas e utópicas para o fim do sofrimento. Estes são exemplos do que não se pode ser feito em nome da “urgência evangelística”. Por isso, os meios de evangelização devem ser usados da maneira mais natural possível. Os instrumentos mais atuais e disponíveis são a mídia eletrônica, impressa, artísticas e o mais poderoso de todos: o relacionamento pessoal.
Que Deus use sua Igreja para discernir o melhor meio de comunicar o Evangelho!

 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

A evangelização das cidades é uma tarefa desafiadora para as igrejas, ao mesmo tempo em que não pode deixar de ser feita. Isso porque, de acordo com a ONU, 54% da população das cidades vive nas cidades. Por isso, na aula de hoje, nos voltaremos para a evangelização em contextos urbanos. Inicialmente mostraremos como surgiu a cidade no contexto bíblico, em seguida, apontaremos os desafios e estratégias para a evangelização urbana.


1. A ORIGEM DAS CIDADES

As cidades são importantes, ainda que, no princípio, Adão e Eva foram postos no Jardim (Gn. 2.8). Eles viviam na presença do Senhor, o Éden foi o ambiente criado por Deus para o primeiro casal. Mas não podemos idealizar a vida no campo, sobretudo por causa do pecado, que alcança a humanidade em qualquer contexto, seja na cidade ou no campo. E além disso, as cidades também faz parte do projeto de Deus. É importante ressaltar que, para aqueles que creem nas promessas de Deus, Ele preparou uma cidade eterna (Hb. 11.16). A descrição desse lugar celestial se encontra em Ap. 21.1-5, apresentada como uma nova Jerusalém, que desce do céu. Essa deve ser a grande expectativa da igreja, e permanecer consciente que a cidade terrena passará (I Jo. 2.17). A primeira cidade, de acordo com a narrativa bíblica, está associada à construção da Torre de Babel (Gn. 11). Os habitantes daquela região decidiram viver na cidade a fim de viverem em segurança, e o principal, sem depender de Deus (Gn. 11.4; 12.2). Portanto, o surgimento da cidade está relacionado a arrogância e prepotência humana. Por isso o Senhor venho sobre aqueles habitantes e confundiu a língua deles, a fim de que aquele intento não fosse levado adiante (Gn. 11.5,6). Essa intervenção se fez necessária para que os homens não fossem destruídos por decidirem se opor à vontade de Deus. É importante ressaltar que a cidade, a partir de uma perspectiva bíblico-sociológica, é uma tentativa humana de realização de projetos, desvinculados da orientação divina. Mas é preciso lembrar sempre que se Deus não proteger a cidade, em vão vigia a sentinela (Sl. 127.1). As cidades precisam de Deus, as igrejas devem criar estratégias para a evangelização urbana.

2. DESAFIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA

Não há como a igreja fazer evangelização urbana se não há que pregue a Palavra de Deus (Rm. 10.14-18). O próprio Jesus afirmou que grande é a seara, mas que poucos são os ceifeiros (Mt. 9.37). O principal desafio para a evangelização urbana é a disponibilidade de pessoas comprometidas com essa tarefa. As igrejas locais devem investir na formação de grupos especializados. Pessoas que possam fazer visitas aos enfermos nos hospitais e presídios, através da formação em capelania. Existem também os grupos de pessoas excluídas, que se encontram a margem da sociedade. Nem todo mundo pode evangelizar determinados tipos de pessoas, faz-se necessário que pessoas sejam desafiadas e treinadas para alcançar os grupos especiais. A tarefa da evangelização urbana na contemporaneidade tem sido cada vez mais desafiadora. Não podemos deixar de considerar que as pessoas estão se tornando secularizadas, e estão dando menos atenção ao evangelho. Os escândalos nos quais algumas celebridades evangélicas estão cometendo contribui negativamente para essa rejeição. Além disso, na medida em que as pessoas vão tendo acesso a um maior nível de escolaridade, mais exigências fazem em relação ao conteúdo do evangelho. Por esse motivo, a Igreja precisa considerar os destinatários da sua mensagem. Essa geração consumista e hedonista também dificulta a evangelização, pois confundem o evangelho com um produto, e somente aderem a mensagem se essa trouxer satisfação pessoal. Por causa desses desafios, a Igreja precisa analisar o contexto no qual se encontrar, e ser capaz de responder as demandas sociais, sem fazer concessão quanto ao conteúdo do evangelho.

3. ESTRATÉGIAS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA

As igrejas locais precisam depender do Espírito Santo, a fim de levar o evangelho às cidades (At. 1.8). Para tanto, necessita estar fundamentada na Palavra de Deus, não pode fazer concessões em relação à mensagem (Mt. 28.19,20). É preciso também usar da criatividade, a fim de ganhar tantos quantos possíveis para o Reino de Deus (I Co. 9.19-22). Contanto que não comprometa a mensagem, e mantenha o testemunho cristão, a igreja pode usar diferentes estratégias para pregar o evangelho aos pecadores. A mais comum é a realização de cultos públicos, em locais que as pessoas passem com frequência. Jonas apelou para essa estratégia, a fim de propagar aos ninivitas que em breve Deus destruiria a cidade (Jn. 3.6). É possível também usar estratégias mais específicas, como a distribuição de água em sinais de trânsito, juntamente com a entrega de folhetos. Existem jovens que aproveitam essas paradas no trânsito para evangelizar os condutores, através de pequenas encenações. O convite para frequentar as igrejas continua sendo uma estratégia eficiente. Podemos criar proposta evangelísticas, como o cartão de Operação André, a fim de que crentes levem pessoas descrentes à igreja, e contribuíam no processo de discipulado, como fez André, o irmão de Pedro (Jo. 1.40-42). As grandes campanhas evangelísticas ainda funcionam como trabalho de alto impacto, sobretudo se essas forem realizadas juntamente com ações sociais. As concentrações populares podem ser oportunas para a evangelização das cidades. Devemos destacar que no dia de Pentecostes muitos receberam a Cristo, através da pregação dos apóstolos (At. 2.1-12). As festas anuais, realizadas pelas cidades, seja de cunho religioso, cultural ou esportivo, podem oportunizar a distribuição de folhetos, e se for o caso, uma orientação espiritual, mostrando o plano da salvação (Jo. 3.16).

CONCLUSÃO

Evangelizar as cidades também é uma tarefa de igreja, e para isso precisa estar preparada, a fim de conduzir as pessoas a Cristo. A cidade, desde sua origem bíblica, está fundamentada ilusão da segurança humana. A Igreja do Senhor pode, através das Escrituras, e da realidade social, mostrar que os projetos humanos fracassaram. E em resposta, apresentar o plano de Deus para as cidades, que se concretizará plenamente na eternidade, quando descer a Cidade Celestial.


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos algumas estratégias a serem usadas na evangelização de uma cidade. Trataremos também dos desafios enfrentados pelo evangelista nessas áreas e, finalmente, mostraremos como efetivar a conquista de uma área urbana. Esta, se bem conduzida, resultará na difusão integral da Palavra de Deus. Por esta razão, é urgente coordenar todas as nossas ações na abordagem de uma cidade, para que sejam implementados os pontos básicos do evangelismo autenticamente bíblicos: discipulado, estabelecimento de igrejas e missões. [Comentário: Nesta lição vamos refletir a respeito de missões urbanas, que é uma missão da Igreja de Cristo, missão esta que se torna cada vez mais complexa devido às transformações que a sociedade sofreu nestes últimos tempos, se tornando urbanizada. Há muitos desafios à tarefa da evangelização urbana; devemos pensar maduramente acerca do preconceito que costumamos ter contra certas pessoas, que forma uma espécie de barreira. Nas zonas urbanas, tais barreiras nos saltam mais aos olhos, pois há pessoas que são consideradas indesejáveis ou pelo menos ignoradas no cotidiano urbano. Como devemos agir para com esses seres humanos, segundo a Palavra de Deus? Esta lição é apropriada para o momento, para a nossa reflexão sobre a evangelização urbana e o que precisamos mudar em nós e em nossos sistemas de evangelização.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

I. ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO

Na evangelização urbana, levemos em conta a estratégia de Jonas, do Pentecostes e dos pioneiros pentecostais.
1. A estratégia de Jonas. O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive com o juízo de Deus. Por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3.4). Ele usou as vias principais da capital assíria para apregoar a mensagem divina que, dessa forma, não demorou a chegar ao rei (Jn 3.6). Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas, praças, terminais de ônibus, trens e metrôs para o evangelismo pessoal. Se possível, também faça uso de outdoors, programas de rádio e serviço de som para anunciar a Cristo. [Comentário: A Bíblia diz que Nínive era tão grande que uma pessoa demoraria três dias para atravessá-la (Jn 3.3). A exploração arqueológica tem mostrado que a cidade tinha entre cerca de 12 Km de circunferência com uma população estimada em 120 mil pessoas e que requeria três dias para ser atravessada, cerca de 32 quilômetros de caminhada por dia. Antes do início da ação missionária, antes da proclamação, precisamos primeiro ter sido tocado pelo evangelho. A mensagem central evangélica é do amor e da compaixão (Jo 3.16). Jonas foi enviado para uma cidade perversa, sanguinária, cheia de toda a sorte de maldade. Mas havia uma advertência: falar somente o que fosse ordenado pelo Senhor. Ele estava indo em nome de Deus e por isso só poderia falar o que Senhor mandasse. Por isso, em assuntos espirituais, nunca fale o que você acha ou pensa, mas fale o que for mandado por Deus, e lembre-se: Deus nunca vai mandar você falar o que for contrário ao que já está escrito na Palavra dEle.]
2. A estratégia do Pentecostes. Não foi sem motivo que Deus escolheu o Pentecostes para fundar a sua Igreja. Nesse evento judaico tão importante, achavam-se em Jerusalém israelitas de todas as partes do mundo (At 2.1-12). E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram as maravilhas de Deus em sua própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas. A Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e culturais para divulgar o Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com falantes de outros idiomas para apresentar o Evangelho aos representantes de outras nações. [Comentário: Em Pentecostes, esses judeus estrangeiros haviam feito a peregrinação a Jerusalém para celebras a festa prescrita pela lei mosaica, também conhecida como ‘festa das semanas’ ou ‘Dias dos primeiros frutos’, uma celebração dos primeiros rebentos da colheita. A Lei exigia que os homens judeus fossem a Jerusalém três vezes no ano para celebras a principais festas (Dt 16.16): Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Enquanto todos os apóstolos pregaram naquele dia (veja 2:4,7,15,37), temos o relato somente da mensagem de Pedro - Ele explicou o sinal das línguas como cumprimento da profecia de Joel (2.14-21). Baseando sua mensagem nas profecias do Velho Testamento sobre o Cristo, Pedro pregou sobre a morte, ressurreição e ascensão de Jesus (2.22-36). Ah se esse modelo fosse seguido! Como nossos púlpitos se distanciaram desse modelo de sermão!]
3. A estratégia dos pioneiros. Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. Logo em sua chegada, em 19 de novembro de 1910, constataram que a capital paraense era geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as direções. Por isso, ore e estude detalhadamente a região que você quer alcançar. [Comentário: É notório na história missiológica protestante no Brasil que enquanto as denominações protestantes históricas começaram seu trabalho na região Sudeste (congregacionais, presbiterianos, metodistas e salvacionistas), no Rio Grande do Sul (luteranos e episcopais) e na Bahia (batistas), a Assembleia de Deus começou no extremo Norte do país. Daniel Berg difundiu a mensagem pentecostal conciliando o trabalho de colportagem (venda de Bíblias) e o evangelismo pessoal de casa em casa, isso em obediência a uma expressa chamada de Deus. Eles não sabiam falar a língua portuguesa, não tinham dinheiro, não podiam contar com amigos nem instituições de apoio; em suma, não tinham nenhuma garantia. Mas, com a ajuda de Deus, lançaram as bases do maior Movimento Pentecostal do mundo e fundaram, em Belém, a Igreja-mãe das Assembleias de Deus no Brasil. Não está relatado em nenhuma pesquisa acerca das origens das ADs no Brasil que os pioneiros tenham ‘enxergado’ estrategicamente a cidade de Belém, pelo contrário, é evidente que eles deram ouvidos ao Espírito Santo! Gunnar Vingren, no livro Diário do Pioneiro, assim descreve a chegada: “Quatorze dias após havermos saído de Nova Iorque, chegamos ao Pará. Era o dia 19 de novembro de 1910. O navio ficou fora do porto, e uma pequena embarcação nos transportou até o cais. (...) Quando desembarcamos, não havia ninguém para nos receber, mas acompanhamos as pessoas que iam para a cidade e confiamos que o Senhor iria nos guiar. (...) Chegamos a um parque e nos sentamos em um banco. Oramos a Deus, pedindo a sua ajuda e direção.” Daniel Berg, no seu livro de memórias Enviado por Deus, assim relata: “No dia 19 de novembro de 1910, avistamos a cidade de Belém, no Estado do Pará. Estávamos ansiosos por conhecer a terra para a qual o Senhor nos enviara. Todos os passageiros tinham pressa em desembarcar. Parentes e amigos os esperavam no cais. Porém nós não tínhamos ninguém. (...) E começamos a andar até alcançarmos o jardim de uma praça. Sentamo-nos em um banco e oramos ao Senhor para que nos mostrasse o caminho que devíamos seguir. Começava a escurecer.” Evidentemente, em um trabalho evangelístico, precisamos estabelecer metas, estratégias e alvos, mas acima de qualquer coisa, devemos ouvir o Espírito Santo.]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Jonas tinha sido enviado para pregar em Nínive, cidade assíria no início do século VIII a.C., descreveu-a como ‘uma grande cidade, de três dias de caminho’ (Jn 3.3). Através desta declaração, é provável que o profeta desejasse dizer que seriam necessários três dias para alcançar todas as partes da cidade, em sua missão e pregação. Podemos julgar o tamanho de sua população através da declaração expressa em Jonas 4.11. Alguns entendem que o Senhor Deus, ao se referir à população inocente de Nínive, estaria mencionando todas as crianças demasiadamente pequenas para saberem a diferença que existe entre a mão direita e a esquerda, e que totalizavam 120.000 crianças; isto sugeriria uma população total de aproximadamente 600.000 pessoas. Talvez Jonas estivesse pensando na ‘grande Nínive’, uma vez que todas as principais cidades frequentemente consistiam de uma fortaleza murada com muitas outras vilas vizinhas estendendo-se por muitos quilômetros, e que, na linguagem hebraica, era chamada de cidade e suas aldeias (Js 15.45,47). Outros, entretanto, consideram essa expressão de Jonas 4.11 como metafórica, e designando toda a população a quem Deus entendia como tendo um conhecimento imperfeito do bem e do mal. Uma população total de 120.000 pessoas está bem de acordo com o número registrado de 69.574 pessoas acomodadas em Calá, uma cidade com uma dimensão que correspondia a menos da metade de Nínive em 879 a.C.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.1362,1363).


II. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA

Na evangelização urbana, há desafios e imprevistos que podem ser convertidos em oportunidade.
1. Incredulidade e perseguição. Vivemos tempos trabalhosos, em que falsos obreiros anunciam um falso evangelho. É preciso anunciar a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2Tm 4.17). Nossa mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas. A mensagem da cruz precisa ser pregada na virtude do Espírito Santo (1Co 1.18). Diante das perseguições, não podemos desistir ou nos calar. Jesus também foi perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4.28-30). [Comentário: Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo (1Jo 4.1). O motivo para provar todo espírito, é que "muitos falsos profetas" se abrigarão na igreja. Isso acontecerá, principalmente, pelo aumento da tolerância da igreja quanto a doutrinas antibíblicas, perto do fim dos tempos (Mt 24.11; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4; 2Pe 2.1,2). O cristão deve testar todos que, sendo cristãos professos, são mestres, escritores, pregadores e profetas, e mesmo todo indivíduo que afirma que sua obra ou mensagem provém do Espírito Santo. O crente nunca deve crer que certo ministério ou experiência espiritual é de Deus, somente porque alguém afirma isto. Além disso, nenhum ensinamento, nem doutrina, devem ser aceitos como verdadeiros somente por causa de sucesso, milagres, ou unção aparente da pessoa (Mt 7.22; 1Co 14.29; 2Ts 2.8-10; 2Jo 7; Ap 13.4; 16.14; 19.20). As Escrituras destacam o fato de o Espírito Santo habitar no crente (1Co 6.19). É por meio do Espírito Santo que podemos vencer o mal que há no mundo, inclusive o pecado, Satanás, provações, tentações, tristezas, perseguições e falsos ensinos, e podemos então vitoriosamente cumprir a vontade de Deus para a nossa vida e para o progresso do Evangelho.]
2. Enfermos. As áreas urbanas acham-se tomadas de enfermos e doentes terminais. No tempo de Jesus, não era diferente. Ao entrar em Jericó, Ele deparou-se com um cego que lhe rogava por misericórdia (Lc 18.35). E, às portas de Naim, encontrou o funeral do filho único de uma viúva (Lc 7.11-17). Ungido pelo Espírito Santo, curou o primeiro e ressuscitou o segundo. A Igreja deve desenvolver capelanias hospitalares, e visitar os enfermos e moribundos. [Comentário: “Capelania Hospitalar é uma prestação de serviço religioso ministrado aos enfermos em hospitais da rede pública ou privada, garantido por lei federal e leis estaduais, como previsto na Constituição Brasileira de 1988, nos seguintes termos: "é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva" (Constituição Federal art. 5º, VII)” http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452011000100023. A Capelania ganhou muita força nestes últimos anos, principalmente no Brasil pelas Lideranças Evangélicas, já que os hospitais, presídios, escolas, universidades e outras instituições vem se preocupando com a qualidade no atendimento das pessoas com carências espirituais, afetivas e emocionais, necessitando de uma pessoa de estimulo e entusiasmo. Note que, Jesus em seu ministério terreno, desenvolveu eficazmente o que chamamos hoje de Capelania. Nos Estados Unidos e outros países da Europa onde se pratica a Capenlania o Evangelho cresce com muita eficácia.]
3. Endemoninhados. Quem se dedica à evangelização urbana deve estar preparado, também, para casos difíceis de possessão demoníaca. Muitos são os gadarenos espalhados pela cidade (Mt 8.28-34). Por isso, o evangelista precisa orar, jejuar e ter uma vida santa (Mc 9.29). A igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um espetáculo. Mas deve, no poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de Satanás (Mt 10.8). [Comentário: E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.” (Mt 10.1). Jesus deu aos discípulos o poder sobre os demônios junto com o poder para curar toda enfermidade e todo o mal. "E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;" (Mc 16.17). É mais que claro que aquele que acredita em Jesus verdadeiramente, esses sinais ali descritos devem o acompanhar, não é opcional. Alguns acham complicado ver uma pessoa possessa de demônios e colocar a mão sobre a cabeça dela e expulsar o mal "no nome de Jesus", mas quem sai a campo anunciando as boas-novas deve estar pronto para deparar-se com situações que exijam libertação dos oprimidos, e aqui não há espaço para espetáculo. O endemoniado Gadareno vivia entre os sepulcros, sem roupa e que estava possesso de demônios. Homem este que nenhuma cadeia, corrente nem algemas o prendia. Mas ao encontrar Jesus foi liberto e saiu dali para testemunhar para a sua família (Lc 8.26-36). O liberto virou missionário!]
  
SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, reproduza o quadro abaixo para os alunos. Utilize-o para mostrar os números da urbanização. Aproveite a oportunidade para conscientizar os alunos de que o número de pessoas que vivem nas áreas urbanas vem crescendo consideravelmente. O grande desafio da Igreja é alcançar as pessoas das áreas urbanas com o Evangelho. Enfatize também os problemas decorrentes do grande número de pessoas vivendo nas cidades.

NÚMEROS DA URBANIZAÇÃO
Percentual de concentração urbana no mundo: cerca de 45% da população vive em cidades.
Urbanização versus cristãos: 62% de todos os cristãos – cerca de um bilhão de pessoas – vivem em lugares urbanos.
Urbanização versus menos evangelizados: 21% de todos os habitantes das regiões urbanas vivem nas partes menos evangelizadas do mundo.
Consequência da urbanização:
1. Favelas: por volta do ano 2015, mais de um quarto da população mundial será pobre e viverá em favelas nos países de terceiro mundo.
Cerca de 520 milhões são habitantes de favelas, um número que cresce em torno de 70 milhões por ano.
2. Pobreza: Há cerca de 1,3 bilhão de pobres vivendo em áreas urbanas.
3. Crianças de rua: Há mais de 100 milhões, 25% das quais trabalham e dormem nas ruas.
Extraído do Guia Prático de Missões. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 51.

III. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO

A evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes providências: treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do trabalho.
1. Treinamento da equipe. Antes de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma equipe altamente qualificada, para implantar o Evangelho na Europa. Primeiro, tomou consigo a Silas e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2). Acompanhava-os, também, Lucas, o médico amado (At 16.11). Com este pequeno, mas operoso grupo, o apóstolo levou o Evangelho a Filipos, a Tessalônica e a Bereia, até que a Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à capital do Império Romano (At 16.12; 17.1,10). [Comentário: Antes de qualquer treinamento é preciso a igreja conhecer o contexto urbano onde se localiza ou pretende avançar. Saber quais os tipos de pessoas existentes na cidade. Quais as suas preferências e necessidades básicas. Identificar os focos de convergência da juventude, pois “Deus chama a igreja para o seu contexto particular, como um instrumento da sua graça e salvação, desenvolvendo e realizando a missão como um processo criativo e transformador”. Não há como evangelizar sem sentir que é necessário passar pelas samarias atuais (Jo 4.1-30). Sabe-se que Evangelismo é a tarefa de apresentar Cristo aos pecadores não remidos, individualmente, para que possam serem salvos por Ele, e isto exige que tenhamos domínio da história da Salvação; “Paulo foi um pregador fiel e relevante. Ele lia o texto e o povo. Conhecia as Escrituras e a cultura. Jamais mudou a mensagem, mas sempre buscou os melhores métodos para alcançar os melhores resultados. Por isso, fixou-se nas cidades mais importantes do império, porque estava convencido de que a partir dali, o evangelho poderia se espalhar para outros horizontes. Nas quatro províncias que Paulo plantou igrejas, as províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor, procurou sempre se estabelecer em lugares geográfica, econômica e religiosamente importantes, pois sabia que as igrejas nessas cidades tornar-se-iam multiplicadoras na evangelização mundial.http://hernandesdiaslopes.com.br/2011/08/as-estrategias-evangelisticas-de-paulo/#.V5gIphIszIU]”. Ainda é necessário dizer que, é dever do evangelista Executar sua tarefa de pregar a todos quer ouçam, quer deixem de ouvir (Ez 2.7). ]
2. Estabelecimento de postos-chave. Sempre que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de onde iniciava a proclamação do Evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria das vezes, fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação evangelística urbana até alcançar os gentios. É necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At 16.15). Na evangelização, as bases são muito importantes. [Comentário: Neste caso, Jesus conhecia o contexto da cidade de Sicar. Ele conhecia o modo de vida desse povo. Foi em razão disso que em sua conversa com a Samaritana, ele quer usar o método indutivo, ou seja, ele começou a conversação partindo do particular para o geral - do problema pessoal para a solução. Os argumentos usados por ele foram tão convincentes que a mulher abriu-lhe o coração: “vai, chama o teu marido e vem cá. A mulher respondeu: não tenho marido. Disse-lhe Jesus: disseste bem: Não tenho marido, porque tiveste cinco e o que tens agora não é o teu marido”, (vv. 18 e 19). Paulo estabelecia suas bases evangelística para a partir delas, avançar com o Evangelho, e isso fez dele o maior missionário da história da Igreja. Sempre que Paulo chegava em uma cidade, procurava ali uma sinagoga. Sabia que nesse ambiente religioso, judeus e pessoas tementes a Deus se reuniam para estudar a lei e orar. Seu propósito era argumentar com essas pessoas, a partir do Antigo Testamento, que Jesus é o Messias, o Salvador do mundo. Paulo sempre aproveitou os lugares seculares para alcançar as pessoas não religiosas. Tanto em Corinto como em Éfeso, Paulo lançou mão desse recurso. Não podemos limitar o ensino da Palavra de Deus apenas aos locais religiosos. Em Corinto Paulo ensinou na casa de Tício Justo e em Éfeso, na escola de Tirano. Paulo ia ao encontro das pessoas, onde elas estavam. Era um evangelista que tinha cheiro de gente. Estava nas ruas, nas praças, nas escolas. Era um pregador fora dos portões. Ainda hoje podemos e devemos usar esses recursos. Podemos e devemos plantar igrejas, usando espaços neutros, como fábricas, escolas e hotéis. Muitas pessoas que, ainda hoje, encontram resistência para entrar num lugar religioso não oferecem qualquer resistência para ir a um lugar neutro. http://hernandesdiaslopes.com.br/2011/08/as-estrategias-evangelisticas-de-paulo/#.V5gIphIszIU]
3. Acompanhamento do trabalho. Procure estar atento à nova frente evangelística. Ao partir para uma nova área urbana, alguém deve ser deixado como responsável para cuidar dos novos convertidos que foram alcançados, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E, periodicamente, devem haver visitas até que amadureçam o suficiente para caminhar por si próprias (At 18.23). Não descuide do trabalho de discipulado. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente e disponível. [Comentário: Paulo ensinava publicamente e também de casa em casa, testemunhando tanto a judeus como a gregos o arrependimento e a fé em Cristo Jesus. Paulo era um evangelista e um mestre. O lar sempre foi um lugar estratégico para o crescimento da igreja. O apóstolo Paulo, mais do que qualquer outro, observou a necessidade de não apenas evangelizar, mas plantar igrejas locais que vivam Cristo e falem do Seu Nome. Paulo usa as expressões plantar (1Co 3.6-9; 9.7,10,11), lançar alicerces (Rm 1.20, 1 Co 3.10) e dar a luz (1 Co 4.15) ao se referir ao plantio de igrejas. No modelo paulino de plantio de igrejas, podemos observar que as principais estratégias utilizadas foram:
- Introduzir-se na sociedade local, a partir de uma pessoa receptiva, de ou um grupo aberto a recebê-lo e ouvi-lo;
- Identificar ali o melhor ambiente para a pregação do Evangelho, seja público, como uma praça, ou privado como um lar;
- Evangelizar de forma abundante e intencional, a partir da Criação ou da Promessa, e sempre desembocando em Cristo, sua cruz e ressurreição;
- Expor a Palavra, sobretudo ela. Expor de tal forma que seja ela inteligível e aplicável para quem ouve;
- Testemunhar do que Cristo fez em sua vida;
- Incorporar rapidamente os novos convertidos à igreja, à comunhão dos santos, seja em uma casa, ou um agrupamento maior;
- Identificar líderes em potencial e investir neles, seja face a face, ou por cartas;
- Não se distanciar demais das igrejas plantadas, visitando-as e se comunicando com as mesmas, investindo no ensino das Escrituras;
- Orar pelos irmãos, pelas igrejas plantadas e pelos gentios ainda sem Cristo, levando as igrejas também a orar;
- Administrar as críticas e competitividade, sem permitir que tais atos lhe retirem do foco evangelístico;
- Utilizar a força leiga e local para o enraizamento e serviço da igreja;
- Investir no ardor missionário e responsabilidade evangelística das igrejas plantadas.]
  
SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor utilize o quadro para mostrar alguns passos que precisamos dar para evangelizar as cidades. Peça que os alunos também sugiram ações, completando assim o quadro. Enfatize também os vários tipos de evangelismo que podem ser realizados.

1.      Oração e jejum em favor da cidade que se quer alcançar.
2.      Estabelecer metas em relação à cidade que se quer alcançar.
3.      Curso básico de evangelismo pessoal, preparando as pessoas para apresentar o plano da salvação.
4.      Mapear as áreas da cidade, ruas, becos, vielas que se quer alcançar.
5.      Providenciar material evangelístico (folhetos, Bíblias, revistas, etc.).
6.      Distribuir as equipes por faixa etária que se pretende alcançar (crianças, jovens, adultos, idosos).
7.      Atrações especiais (louvor, encenação, etc.).

CONCLUSÃO

A evangelização urbana é o grande desafio do século 21. As cidades tornam-se cada vez maiores e mais complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações específicas, personalizadas e efetivas. Se, por um lado, lidamos com as massas, por outro lado, temos de tratar particularmente com cada pessoa, para que todos venham a ter um encontro pessoal com Deus.
Seguindo o exemplo de Jesus e de Paulo, façamos da evangelização urbana a base para alcançarmos os confins da Terra. As cidades são estratégicas na proclamação mundial do Evangelho. [Comentário: A igreja está inserida na sociedade, com ela se relaciona direta e diariamente e nesse contexto, a missiologia está sempre presente, levando os crentes a atuarem de modo a obedecer à Grande Comissão. A força atual da igreja só será medida quando se puser em prática a missiologia urbana, com todos os elementos que ela supõe. Devemos realizar as missões urbanas buscando a restauração da imagem de Deus na vida dos descrentes. Devemos ir em busca de todos, sem nos esquecer dos marginalizados e inconvenientes, como o homem gadareno (Mt 22). Estes serão alcançados pela igreja fiel nessa tarefa missionária. Empenhemo-nos por ver toda a igreja, a noiva de Cristo, completamente reunida para as bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9).] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.


Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br







sábado, 23 de julho de 2016

LIÇÃO 4: O TRABALHO E ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMAS


SUBSÍDIO I

O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas

Amar sem reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!

Antigo e Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista

No Antigo Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de “mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta veterotestamentário visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os estimulava a fazer o caminho do arrependimento em amor e sinceridade.
Em o Novo Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo diácono Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma cidade inteira: Samaria (At 8.4-7), além de levar o maior tempo individualmente com o eunuco (At 8.26-40). “Entendes o que lês?”, foi a pergunta do evangelista ao eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as Escrituras, o evangelista passou-lhe a explicar a Escritura.

Sagradas Escrituras: o fundamento de quem evangeliza

Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista carismático que honrem a Deus e ame o próximo.

O Evangelista consciente do seu ministério

Não nos referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do que para ministrar entre não crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os seculares, com os não crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário. Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa. Ele vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.

 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 


SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

O desafio de ganhar almas pressupões, conforme destacamos em aulas anteriores, o conhecimento da doutrina da salvação, e o poder do Espírito Santo. Mas é preciso também que haja o evangelista, ou seja, a pessoa capacidade por Deus para levar o evangelho de Jesus Cristo. Na aula de hoje destacaremos o trabalho e atributos do evangelista. Ao final, abordaremos a atuação do ministério de evangelista nos dias atuais, destacando sua relevância para a igreja.

1. O TRABALHO DO EVANGELISTA

A palavra evangelista (gr. euaggelistas) ocorre apenas três vezes no Novo Testamento em At. 21.8, em referência a Filipe, o diácono-evangelista; em Ef. 4.11, ao dom ministerial de evangelista; e II Tm. 4.5, orientando Timóteo a fazer o trabalho de evangelista. O significado literal de “anunciador de boas novas”, e nesse sentido, Jesus é o maior dos evangelistas, pois Ele deu testemunho de que havia sido enviado para pregar as boas novas aos quebrantados (Lc. 4.18,19; Is. 61.1-3). Ao que tudo indica essa era uma função ministerial na igreja primitiva, semelhante à de apóstolos, profetas, pastores e mestres. O evangelista, grosso modo, é alguém que tem amor pelas almas perdidas, um desejo de conduzir os perdidos a Cristo. Filipe é o único homem no Novo Testamento a ser denominado de evangelista. Ele era um dos sete diáconos que foram dispersos em virtude da perseguição que resultou na morte de Estevão (At. 6.5; 8.1-5). Filipe se destaca como um verdadeiro evangelista porque mesmo diante da perseguição não foge da responsabilidade de levar o evangelho adiante. Ele desfruta de íntima relação com Deus, ouvindo a Sua voz, com disposição para obedecê-LO. Como evangelista Filipe deixou o exemplo para aqueles que querem ganhar almas para Cristo. Isso somente poderá ser feito se não medirmos esforços para alcançar essa meta. É necessário também seguir as orientações do Espírito Santo. Identificamos o dom de evangelista na igreja sempre que vemos obreiros dedicados à tarefa de ganhar almas. Há pessoas que se gastam a fim de tirar os perdidos do caminho da perdição. Como Filipe, seu mote é a doutrina da salvação, a cruz de Cristo é seu tema central. Fundamentados na Bíblia, como fez Felipe diante do Eunuco, pregam a Cristo, e esse crucificado (At. 8.32-35), loucura e escândalo para alguns, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, como bem expressou Paulo (Rm. 1.16). Felipe foi separado como diácono pela igreja, mas se revelou evangelista em atuação. Isso demonstra a possibilidade das pessoas serem escolhidas para assumirem uma posição eclesiástica, e se destacarem em outra, de acordo com o chamado de Deus.

2. OS ATRIBUTOS DO EVANGELISTA

O verdadeiro evangelista tem amor pelas almas perdidas, Paulo assumiu que pesava sobre ele a obrigação de pregar o evangelho (I Co. 9.16). Geralmente a atuação do evangelista é acompanhada por milagres. Filipe pregou o evangelho, mas certamente os milagres que Deus realizou através dele foram relevantes para a conversão de muitas vidas a Cristo (At. 8.6). É importante ressaltar, no entanto, que o ministério de Filipe não se reduziu a operação de milagres. Existem muitos pregadores atuais, principalmente os televisivos, que não pregam a mensagem. Eles apenas utilizam os milagres como um show, uma espécie de atrativo pessoal, como se fosse um fim em si mesmo. Alguns desses supostos evangelistas estão interessados apenas no dinheiro das pessoas. Elas não querem arrebatar almas da perdição, querem auferir lucros, e enriquecerem ilicitamente. Filipe não apenas fez milagres, o texto bíblico de At. 8.12 diz que as pessoas creram na sua mensagem. Isso quer dizer que elas ouviram a pregação, e foram convencidas e convertidas da necessidade do arrependimento (At. 3.19). Os evangelistas pregam o novo nascimento, a importância de deixar o pecado e se voltar para Deus, em novidade de vida (II Co. 5.17). Um verdadeiro evangelista não se aparta da Bíblia, na verdade ele prega a Palavra de Deus (II Tm. 4.2). Paulo quando esteve entre os coríntios não levou palavras persuasivas de sabedoria humana. Como evangelista, pregou a mensagem da cruz, pelo poder do Espírito Santo (At. 8.13; I Co. 1.4). O evangelista valoriza as vidas individualmente, por isso Deus conduziu Filipe para pregar ao eunuco de Candace. As maiores mensagens de Jesus foram pregadas para uma pessoa. Em João 3 O encontramos pregando para Nicodemos, expondo a doutrina do novo nascimento. Em João 4 nos deparamos com o mesmo Senhor ministrando para uma mulher samaritana, destacando o valor da água da vida. Aqueles que apenas querem pregar para as multidões não são evangelistas, alguns deles querem apenas visibilidade pessoal. O verdadeiro evangelista valoriza cada alma, sabendo o valor que elas têm, individualmente (Lc. 15.3-7).

3. O TRABALHO DO EVANGELISTA

Ninguém pode ser obreiro de Deus sozinho, dispensando a contribuição de outros para o seu ministério. Felipe foi usado por Deus como evangelista, pregando a mensagem da cruz, com autoridade espiritual. Mas dependeu do trabalho dos apóstolos, por isso Pedro e João foram enviados para Samaria, a fim de confirmaram o trabalho ali iniciado. Ao que tudo indica Filipe teria batizado Simão (At. 8.13), aquele que posteriormente quis comprar o dom de Deus (At. 8.18-23), sendo repreendido por Pedro. O evangelista, na ânsia de ganhar almas, pode se adiantar, e aceitar a todos, indistintamente, o que é compreensível. Às vezes o evangelista diz “vinde como estás”, mas o pastor-mestre complementa: “como estás não podes permanecer”. A doutrina apostólica é fundamental para orientar aqueles que se decidem por Cristo, por isso o discipulado é tão importante nas igrejas. Outra característica do evangelista é itinerância, é o que atestamos no ministério de Filipe. Após cumprir sua missão em Samaria, é conduzido imediatamente para outro lugar (At. 8.26). Talvez Timóteo achasse cômodo permanecer em Éfeso, como pastor residente, mas Paulo o admoesta para que cumpra o ministério de evangelista (II Tm. 4.5). Para tanto deveria exercitar-se a si mesmo, não tem como ser evangelista apenas na teoria, sem pôr em prática, e fazer o que é preciso (II Tm. 4.7). A negligência é o principal empecilho para que o evangelista se distancie da sua responsabilidade (I Tm. 4.14). O comodismo pode afastá-lo do seu trabalho, a busca por posição eclesiástica também. Por isso a igreja deve apoiar aqueles que exercem esse ministério, reconhecendo seu valor para a expansão do Reino. Os evangelistas devem avivar o dom de Deus em suas vidas, buscando experiências com o Senhor, fundamentadas na palavra (II Tm. 1.6).

CONCLUSÃO

Vivemos dias tenebrosos, as perseguições estão sobrevindo sobre a igreja, mas o evangelho não pode ser calado. Para tanto precisamos de mais evangelistas para levar adiante as boas novas de Jesus. Esses devem ser corajosos, tendo em vista que Deus não lhes deu espírito de covardia, mas de poder, amor e moderação (II Tm. 1.7), para ganharem muitas almas para Cristo. Cumpramos, na direção da Palavra e no poder do Espírito Santo, o desafio de evangelizar, pois para isso fomos chamados.

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Ganhar almas é tarefa de todo discípulo de Cristo. Nesse sentido, você eu somos evangelistas. Isso significa que, tanto o pastor quanto as ovelhas, têm o dever de anunciar a todos, em todo tempo e lugar, o evangelho que salva, liberta e redime plenamente o pecador. Todavia, não podemos esquecer o obreiro chamado por Deus, e ordenado pela igreja, para exercer o ministério evangelístico. Nesse caso específico, o evangelista não pode ser um ganhador de almas eventual, mas alguém que proclama o Evangelho de forma concentrada, metódica e com objetivos bem definidos. Vejamos, pois, quem é o evangelista, esse obreiro tão essencial à expansão do Reino de Deus. [Comentário: O trabalho de pregar o evangelho é dos crentes individualmente. Cada cristão é responsável por testemunhar de Cristo e esta responsabilidade é dada numa medida especial àqueles que receberam o dom de evangelista. Neste sentido, temos a ordem dos dons claramente indicada em Atos 11 onde os evangelistas pregam o evangelho (vs. 19 e 20), pessoas crêem (v. 21), recebem um irmão com o dom de pastor (vs. 2224) que os reúne como faz o pastor às ovelhas, cuidando delas e exortandoas a permanecerem unidas ao Pastor que é Cristo. Vêm então a necessidade de alimento mais sólido para aquelas almas e Paulo (além do próprio Barnabé) vêm exercer o dom de mestres ou doutores (vs. 2526) ensinandoos. O Dom de Evangelista é a capacidade especial dada pelo Deus Triuno para a sua Igreja, assim como todos os outros Dons, o Dom de Evangelista também opera para crescimento e edificação do Corpo de Cristo, também opera na capacitação individual do cristão para o viver a nova Vida em Cristo Jesus, todavia, talvez seja o Dom mais objetivo na questão do “Testemunhar” que é a característica de espelhar as atitudes de Jesus em nossas vidas, em toda e qualquer situação. Como muitos são os Dons Espirituais em operação na igreja local, o Dom de Evangelista incide em um percentual pequeno nos membros da igreja local, porém, grande tem sido os personagens que o recebem e exercem este Dom: Felipe (30 d.C): Primeiro chamado para o Serviço Diaconal, depois, enviado como evangelista (At 8.39-40); John Wesley (séc. XVIII): Evangelista inglês, revolucionou sua época com pregações e apelos públicos à santidade; C. H. Spurgeon (séc. XIX): Pastor Batista inicia jornada de pregação aos 17 anos, pregando nos EUA e Inglaterra, não somente em igrejas, mas, teatros, escolas, e praças livres; Billy Graham (séc. XX): Pastor Batista, conhecido por suas cruzadas internacionais, falando a mais de 2 bilhões de pessoas em muitos países no mundo. Conforme Atos 1.8 – todos que recebem o Poder do Espírito Santo são enviados à Testemunhar de Cristo, o Evangelista tem a habilidade irresistível não apenas de Testemunhar (o que Cristo fez na sua vida pessoal) mas de Apresentar o plano de Salvação Completo (o que Cristo fez na vida da humanidade).] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

I. EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS

Se a nossa principal missão é ganhar almas, é inadmissível uma igreja desprovida de evangelistas. Sem esse ministério, a igreja definha e perde a sua mais preciosa razão de ser. [Comentário: Já vimos que quem tem esse dom tem a habilidade sobrenatural dada por Deus para conduzir pessoas não crentes a Cristo, pois esse dom é primário na igreja, ele visa o crescimento da igreja]
1. Definição. A palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes, define o obreiro vocacionado por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de Salvação (Ef 4.11; At 8.6). [Comentário: O termo “evangelista” (gr. ευαγγελιστης << euaggelistēs >>), literalmente “mensageiro do bem”, deriva do verbo grego euangelizo (evangelizar) e significa transmitir as boas-novas; é o terceiro a ser indicado pelo apóstolo Paulo na relação de Efésios 4.11. Como dom, refere-se àquele que é chamado para anunciar o Evangelho. É concedido por Deus mediante uma capacitação ministerial objetivando propagar o Evangelho de Cristo para toda a humanidade (Ef 4.11). O evangelista é aquele que demonstra paixão pela salvação dos perdidos. Ele esmera-se por buscar da parte de Deus mensagens inspiradas para tocar os corações e quebrantar a alma dos pecadores. Evangelista, portanto, é a pessoa que proclama o Evangelho aos que não o aceitaram ainda, com o fim de levar as boas novas a eles. O evangelista é um porta-voz de Deus. Ele fala aos outros sobre Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Salvador. O evangelista, em outras palavras, anuncia a Cristo. Não há nenhuma mensagem mais importante para se pregar, pois o Evangelho é “o poder de Deus para a salvação” (Rm 1.16).]
2. O evangelista no Antigo Testamento. A palavra hebraica que designa o portador de Boas-Novas é basar, que, entre outras coisas, significa mensageiro e pregador (Is 40.9; 52.7). Em hebraico, a palavra evangelho é besorah, que também significa boas notícias, a exemplo de sua congênere em língua grega.
3. O evangelista em o Novo Testamento. Na Igreja Primitiva, o primeiro discípulo de Cristo a receber o título de evangelista foi o diácono Filipe (At 21.8). Todavia, conforme podemos observar por todo o livro de Atos, a igreja, como um todo, agia e reagia evangelisticamente, haja vista a dispersão dos crentes de Jerusalém. Por onde passavam, anunciavam as Boas-Novas do Reino (At 8.4). [Comentário: A Bíblia fala muito pouco sobre esse dom ministerial. A palavra “evangelista”, que é muito rara na literatura não cristã, embora fosse bastante comum nos escritos cristãos primitivos, é encontrada tão somente três vezes no Novo Testamento, e nenhuma delas realmente define com detalhes o que um evangelista é (At 21.8; Ef 4.11; 2Tm 4.5). Nem por isso o ministério de evangelista pode ser considerado de somenos importância, no contexto dos dons ministeriais, que devem contribuir para o crescimento e para a edificação da Igreja do Senhor Jesus Cristo. E isto porque os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da Igreja (Ef 4.11-16).]
4. O evangelista na era da Igreja Cristã. A História da Igreja Cristã mostra que, em todos os reavivamentos, o Espírito Santo destaca a evangelização como o principal evento da igreja. Haja vista o ministério de Wesley, Daniel Berg, Gunnar Vingren e Bernhard Johnson. Ore para que o Senhor da Seara continue a despertar a Igreja a um novo avanço evangelístico. [Comentário: Com alguma frequência, alguns afirmam que o ministério de evangelista é um cargo com função hierárquica inferior à de pastor e superior à de presbítero. Porém, à luz da boa hermenêutica dos textos bíblicos, podemos constatar que isso não é verdade. O evangelista consta da lista dos dons ministeriais, que são dons de Deus, concedidos por Cristo aos salvos, após sua retumbante vitória sobre a morte (Ef 4.8-11). Nenhum dom ministerial é superior ou inferior a outro no Reino de Deus (Rm 12.5). Os cinco dons ministeriais mencionados por Paulo envolvem as ações e funções dos que são chamados, e não os seus títulos. Eles são chamados para liderarem e treinarem outros seguidores de Cristo.]

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Evangelistas
No Novo Testamento, evangelistas eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, as boas-novas de salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16).
Filipe, o ‘evangelista’ (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do Novo Testamento. Filipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.4,5,35). Muitos foram salvos e batizados em água. Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações. Os novos convertidos recebiam a plenitude do Espírito Santo.
O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. Tornar-se-á uma igreja estática e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1815).

II. ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA

Do obreiro chamado ao ministério evangelístico, requerem-se os seguintes atributos: amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.
1. Amor às almas. Paulo tinha um amor tão grande pelas almas que, por estas, chegava a sentir dores intensas, como se estivesse a dar filhos à luz (Gl 4.19). Por essa razão, afirmou que não poderia deixar de anunciar o Evangelho (1Co 9.16). Foi esse amor que constrangeu Filipe a evangelizar Samaria e a dirigir-se “ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza” para falar com um etíope (At 8.26). O evangelista nada é, e nada fará sem o amor às almas perdidas. Pense nisto. E, de imediato, entregue-se em favor dos que caminham para o inferno. Esta é a sua missão. [Comentário: Paulo compara sua ansiedade em relação aos gálatas ao trabalho de uma mãe no parto. Paulo dá um testemunho emocionante do profundo sentimento que nutria para com os que havia conduzido à fé em Cristo. É lógico que o amor deve ser norteador na vida de qualquer crente, contudo, aquele que foi escolhido por Deus para o ofício de Evangelista, além do amor, é preciso saber que aqueles a quem for enviado, se levantarão contra ele. No tempo de Jesus, os evangelistas, enfrentariam situações comparáveis a cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3). Certamente, os setenta puderam sentir de perto o cumprimento da advertência do Senhor. Devem ter sido rejeitados, aborrecidos e perseguidos, até com ameaça de morte. Nos dias atuais, os que são enviados por Cristo, para levarem a mensagem do evangelho a certas regiões do mundo, vivem em constante risco de morrer. Desde o século passado, e no presente, de cada três pessoas que morrem por causa de sua fé, uma é cristã. Mais cristãos foram mortos nas últimas décadas, do que em toda a história de Igreja de Cristo. Daí, porque a maior parte dos missionários está radicada onde já existem muitos obreiros. Poucos são os que se destinam a lugares inóspitos e ameaçadores. E compreensível, até certo ponto, mas Jesus mandou pregar o evangelho a toda criatura. E a tendência da perseguição aos servos de Jesus é de acentuar-se cada vez mais. Na maioria dos países do Ocidente, o Diabo tem levantado a perseguição institucional, através de governos, dos legislativos e do Judiciário, mediante a elaboração e aprovação de leis que dificultam e ameaçam a liberdade para a pregação do evangelho. São “as portas do inferno”, através das “leis injustas” (Is 10.1). Elas não prevalecerão, como profetizou Jesus, mas perturbarão e causarão grandes problemas à missão da Igreja. Mas será por um tempo. Quando Jesus intervier, na sua Vinda, os “lobos” serão aniquilados. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 96-97.]
2. Conhecimento da Palavra de Deus. Conhecendo profundamente a Palavra de Deus, Filipe soube como conduzir a Cristo o mordomo-mor de Candace que, de volta à Etiópia, vinha lendo o profeta Isaías. Eis como ele foi eficiente: “Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus” (At 8.35). Lembre-se: o anúncio do Evangelho de Cristo exige do evangelista um perfeito manejo da Palavra da Verdade (2Tm 2.15). Além disso, esteja preparado, com mansidão e temor, para apresentar a razão da esperança que há em nós (1Pe 3.15). [Comentário: “Manejar bem a Palavra”, na linguagem de Paulo, significa “fazer um corte reto”. O pedreiro constrói a parede em linha reta. O carpinteiro risca a obra em linha reta. O agricultor ara a terra em linhas retas. Semelhantemente, o obreiro do Senhor que interpreta a Bíblia, terá que interpretá-la corretamente, em linha reta! A palavra “procura (“spoudason”) significa “apressar-se, ser diligente”. Manejar bem significa usar as faculdades racionais, a inteligência, como em Isaías 1.18, onde Deus convoca Seu povo, “Vinde, pois e arrazoemos. diz o Senhor”. Comentando Atos 8.35, o Pr. Elinaldo Renovato escreve: “A mensagem do evangelista foi tão impactante, que o homem converteu-se e desejou ser um seguidor de Cristo. Após a bem-sucedida evangelização, ao lado do alto dignitário etíope, Filipe deve ter-lhe falado sobre a necessidade do batismo em águas. Sem perda de tempo, o novo convertido a Jesus quis logo ser batizado em águas. Diz o texto (At 8.36, 37). Ali, na estrada deserta, entre Jerusalém e Gaza, três coisas importantes ocorreram, na vida do evangelista Filipe. Ele pregou o evangelho, na unção do Espírito Santo; o atento ouvinte aceitou a Cristo como Salvador; o discipulado foi tão eficaz, que o novo decidido quis logo batizar-se em águas; e Filipe mostrou qual é a condição para um novo crente ser batizado: “E lícito, se crês de todo o coração ’. “E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (At 8.38). O novo convertido foi batizado no mesmo dia em que ouviu a mensagem evangelística. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 102-103.]
3. Espiritualidade plena. O batismo com o Espírito Santo é imprescindível ao exercício eficaz do ministério evangelístico (At 1.8). Filipe era um homem cheio do Espírito (At 6.2-4). E, por essa razão, teve um ministério pontilhado de milagres e atos extraordinários (At 8.6,7). Quem evangeliza não se contenta com uma vida espiritual medíocre, mas busca o poder do alto para proclamar, a todos e em todo tempo e lugar, que Jesus é a única solução. [Comentário: O Pr. Elinaldo Renovato, escreve: “Os discípulos estavam preparados para a Missão, pois aprenderam aos pés de Jesus, ao longo de uma convivência de cerca de três anos. A virtude do Espírito Santo era o que estava faltando aos apóstolos ou evangelistas. Eles já eram salvos, mas teriam que aguardar “a virtude do Espírito Santo”, para serem testemunhas corajosas, enviadas ao meio de “lobos devoradores” (Mt 7.15). E o revestimento veio sobre os discípulos, no Dia de Pentecostes, quando receberam o batismo com o Espírito Santo (At 2.1-13). Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-100. É notável a diferença em Pedro antes e depois de Pentecostes. O revestimento de poder do Espírito Santo trouxe encorajamento, alegria e fé para pregar destemidamente o evangelho do Jesus vivo e ressurreto; o resultado, foi um imensa colheita de almas! O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (CPAD), traz o seguinte: “Deus deu a Jesus todo o poder sobre o céu e a terra. Com base neste poder, Jesus disse aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA, pregando, batizando e ensinando. “Fazer discípulos” significa educar novos crentes sobre como seguir a Jesus, submeter-se à soberania de Jesus e assumir a sua missão de serviço misericordioso. Batizar é importante porque une o crente a Jesus Cristo em sua morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova vida. O batismo simboliza a submissão a Cristo, a disposição para viver segundo a vontade de Deus, e a identificação com o povo da aliança de Deus. Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo é um gesto que afirma a realidade da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio Senhor Jesus. Ele não disse para batizar “nos nomes”, mas “em nome” do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Embora em missões anteriores Jesus tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas que Jesus tinha mandado. Isto também mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de Jesus e a sua segunda vinda. Durante este período, os seguidores de Jesus tinham uma missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de Jesus para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa. As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com este mesmo poder e autoridade, Jesus ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a todos os que chamam Jesus de “Senhor”. Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que Jesus está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do Espírito Santo na vida dos crentes. O Espírito Santo será a presença de Jesus que nunca os deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). Jesus continua a estar conosco hoje, por meio do seu Espírito. Da mesma maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina - Emanuel, “Deus conosco” (1.23). As profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de Mateus apresentam as credenciais de Jesus que o qualificam para ser o Rei do mundo - não um líder militar ou político, como os discípulos originalmente tinham esperado, mas o Rei espiritual que pode derrotar todo o mal e governar no coração de cada pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente ao Rei, seremos súditos desleais. Precisamos fazer de Jesus o Rei da nossa vida, e adorá-lo como nosso Salvador, Rei e Senhor”. Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 171.]
4. Disponibilidade. Embora fosse casado, o evangelista Filipe estava sempre disponível a cumprir com excelência o seu ministério. Em Atos 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia. E, nem por isso, descuidou de sua família; suas quatro filhas eram profetisas (At 21.8,9). Filipe evangelizava tanto pessoal quanto coletivamente; era um obreiro completo. [Comentário: Além da disponibilidade, há de ter-se prazer neste serviço. Ninguém merece crédito por fazer a sua obrigação. Paulo diz: "Pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!" (1 Co 9.16). Sem dúvida, ele está se referindo à missão especial que havia recebido no caminho de Damasco (At 9.6). Ele havia sido um “vaso escolhido” para levar o nome de Cristo diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel (At 9.15) e havia sido separado pelo Espírito Santo para esse trabalho especial (13.2). Portanto, seria impossível fazer outra coisa, a não ser pregar o evangelho, sem se rebelar diretamente contra Deus (Rm 1.14; Gl 1.15). Pregar era a própria vida de Paulo, e ele “não podia parar de fazê-lo, da mesma forma como não podia parar de respirar”. A palavra imposta significa “fortemente impulsionado”. Assim, pregar era uma “função que ele foi forçado a executar”. Ser Evangelista é nada menos que isso!]

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Para auxiliar na compreensão do tópico, reproduza o quadro abaixo. Inicie fazendo a seguinte indagação: “Quais são os atributos de um evangelista?”. Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando as qualidades, vá relacionando no quadro.

ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
1. Amor às almas.
2. Conhecimento da Palavra de Deus.
3. Espiritualidade plena.
4. Disponibilidade
5. Fé.
6. Perseverança.
7. Ser chamado por Deus
  


III. O TRABALHO DE UM EVANGELISTA

O trabalho básico de um evangelista consiste na proclamação do Evangelho, na apologia da fé cristã e na integração plena do novo convertido.
1. Proclamação do Evangelho. O trabalho prioritário e intransferível do Evangelista, enfatizamos, é pregar Cristo a todos, em todo tempo e lugar. Por esse motivo, não deve ele perder-se em burocracias inúteis e paralisantes. Noutras palavras, que o evangelista faça, de fato, o trabalho de um evangelista (2 Tm 4.5). Quem foi chamado ao ministério evangelístico deve permanecer fiel à sua vocação (1 Co 7.20). [Comentário: O Comentário Bíblico de Matthew Henry (CPAD), comenta o seguinte: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! E meu encargo, meu negócio; é o trabalho para o qual eu fui constituído apóstolo (cap. 1.17). Este é um dever expressamente colocado sobre mim. Não é em grau algum um assunto de liberdade. É me imposta essa obrigação. Eu seria falso e infiel à minha crença, eu violaria uma ordem clara e expressa, e ai de mim se não anunciar o evangelho!” Aqueles que são separados para o ofício do ministério têm o encargo de pregar o evangelho. Ai deles se não o fizerem. Disso nada é esperado. Quando ele renuncia ao seu direito por causa do evangelho e das almas dos homens, embora ele não faça mais que a obrigação, ainda assim nega-se a si mesmo, renuncia a seu privilégio e direito; ele faz mais do que seu encargo e ofício em geral (e todas as vezes) o obriga a fazer. Ai dele se não pregar o evangelho. Note que é uma alta realização na religião renunciar a nossos próprios direitos para o bem de outros; isto dará direito a uma recompensa peculiar da parte de Deus”.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 465.]
2. Apologia da fé cristã. A proclamação do Evangelho compreende igualmente a apologia da Fé Cristã (Fp 1.15,16). O verdadeiro evangelista deve estar sempre preparado, objetivando defender a fé cristã ante as nações e os poderosos. Os últimos capítulos de Atos mostram como Paulo, além de anunciar Cristo, soube como defender a esperança evangélica diante das autoridades judaicas e romanas. Destacamos, outrossim, o seu discurso no Areópago de Atenas (At 17). Não se furte ao seu dever de apresentar a apologia da fé cristã. Estude, prepare-se e confie na presença do Espírito Santo. [Comentário: Paulo avisa contra o perigo de fraude na interpretação das Escrituras em 2 Co 4.2, dizendo: “… rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a Palavra de Deus…” “Adulterar”, no original, é “dolos”, que significa “pegar com isca”. Portanto, tem o sentido de falsificar e corromper. Na antiguidade falsificavam ouro e vinho. Em todos os tempos levantaram-se falsos “mestres”, e falsos “profetas” que por ensinos engenhosos têm conseguido enganar os incautos, causando-lhes a eterna destruição da alma. Pedro referiu-se às epístolas de Paulo dizendo que nelas haviam “certas coisas difíceis de entender , que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pe 3.15,16). Como, então, é importante que saibamos, não “deturpar”, mas sim interpretar corretamente a Palavra de Deus. Isso significa que todas as ideias, noções e opiniões preconcebidas sejam postas de lado e que a própria Bíblia seja o intérprete de si mesma. Além disso, é necessário estar pronto para defender a fé que duma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3). O termo "apologia" que significa "dar uma defesa", define a ciência de defender da fé Cristã. Há muitos céticos que duvidam da existência de Deus e/ou atacam a crença no Deus da Bíblia. Há muitos críticos que atacam a inspiração e inerrância das Escrituras. Há muitos falsos professores que promovem doutrinas falsas e negam as verdades básicas da fé Cristã. A missão da apologética Cristã é combater esses movimentos e promover o Deus Cristão e a verdade Cristã.]
3. Integração do novo convertido. Embora o evangelista não tenha responsabilidades pastorais efetivas, ele não pode descuidar-se da integração plena do novo convertido. Que cada alma ganha seja discipulada e incorporada também à igreja visível. O lado social do converso não pode ser ignorado. [Comentário: Há quem diga que a porta de saída da igreja é mais larga do que a de entrada, e de fato, isso é verdade. De cada cem pessoas que aceitam a Cristo, apenas dez descem às águas batismais, e dessas, apenas três permanecem após o primeiro ano do batismo. Uma das razões principais para isso é a falta de integração do novo convertido ao seio da igreja. A igreja não cresce com o simples ato de convidar as pessoas ou quando elas se decidem a Cristo. Este é apenas o ponto de partida para a vida cristã. O que leva as pessoas a permanecerem na igreja é quando elas se sentem amadas e quando se relacionam e são envolvidas com outros (1Jo 1.3; 3.18). Se alguém aceita a Cristo, o que a igreja fará por ela durante a próxima semana? Infelizmente pouco fará, ou quase nada fará, pois são deixadas em segundo plano sem se quer dar-se conta de que estão presentes no culto. A palavra "discípulo",mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa "ensinada" ou "treinada", aluno, aprendiz. O Evangelista tem seu quinhão neste trabalho.]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Evangelista
Aquele que é chamado para pregar o Evangelho em muitos lugares. Palavra derivada do verboeuangelizo. Evangelizar significa trazer boas-novas a alguém, especificamente anunciar informações a respeito da salvação cristã (1Co 15.1-4). A palavra é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da igreja. Filipe foi chamado de ‘o evangelista’ (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso. Dali, foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém. Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesareia, onde tinha sua casa (At 8.40).
Timóteo, o jovem ministro, foi exortado a realizar o trabalho de um evangelista como um acompanhamento de sua supervisão pastoral. Está claro que, embora os apóstolos e outros compartilhassem o trabalho de evangelização, havia homens que Deus chamava especialmente para essa tarefa.
Nos anos posteriores, os escritores dos quatro Evangelhos foram chamados de evangelistas porque registraram, de forma persuasiva, os fundamentos do Evangelho de Cristo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.725,726).

CONCLUSÃO

Filipe destacou-se como o maior evangelista da Igreja Primitiva. Evangelizando a Judeia, chegou a Samaria. Portanto, que todos nós façamos com excelência o trabalho de um evangelista. A responsabilidade é de todos. Então, proclamemos Cristo a tempo e fora de tempo. [Comentário: O terceiro ofício listado por Paulo em Efésios é o de evangelista. Este ofício é frequentemente mal-interpretado hoje, isso é notório na hierarquia de nossas igrejas quando o chamado Evangelista é o ocupante de um cargo equivalente ao de Pastor. O moderno “evangelista” é alguém que prega o evangelho onde ele ainda não é conhecido. Assim, os plantadores de igreja, missionários e pregadores de rua são frequentemente chamados de evangelistas. De fato, o evangelista moderno gasta a maior parte do tempo fazendo a obra de evangelismo. Contudo, mesmo o título de “evangelista” estando ainda em uso hoje, se deve fazer distinção entre o ofício de evangelista do Novo Testamento e seu conceito moderno. Biblicamente, é um dom de Deus, concedido através da capacitação espiritual e ministerial para a propagação do evangelho de Cristo a todas as pessoas que estiverem ao alcance da mensagem do obreiro que tem a chamada para cuidar da evangelização, como prioridade em sua missão. O evangelista esmera-se em buscar de Deus mensagens inspiradas e cheias de unção para tocarem os corações dos pecadores. O evangelista é por excelência o pregador das Boas-Novas de salvação. O salmista viu o trabalho dos evangelistas, em mensagem profética: “O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas-novas” (Sl 68.11). Nos dias presentes, há muitos evangelistas, espalhados pelo Brasil e pelo mundo afora, difundindo a pregação do evangelho de salvação em Cristo Jesus. Seus corações ardem de amor pelas almas perdidas, e elaboram mensagens, com oração, jejum e estudo da Palavra, para que, na hora do sermão, sejam instrumentos nas mãos de Deus para alcançar a mente e o coração dos que precisam de Cristo. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 101.] “NaquEle que me garante: “Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8)”

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br