quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

EBD EM FOCO - LIÇÃO 9: ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO


TEXTO ÁUREO

"E [Jesus] transfigurou-se diante diante deles; e o seu rosto resplandeceu com o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele" (Mt 17.2,3)

VERDADE PRÁTICA

O aparecimento de Moisés e Elias no Monte da Transfiguração é um testemunho de que a Lei e os Profetas cumprem-se em Cristo, o Messias prometido.



Leitura Bíblica em Classe: Mateus 17.1-8

OBJETIVOS

Descrever o episódio da transfiguração de Jesus.
Explicar a tipologia representada em Moisés e Elias.
Conscientizar-se de que Jesus era o Messias esperado.


VÍDEOS

Evangelista Natalino das Neves
Professor Fábio Segantin



SUBSÍDIO 1

Lição de número 09 a ser ministrada no próximo dia 03/ Março /2013

Após o estudo da atividade profética de Elias, em seu ministério, veremos nesta lição outros aspectos deste ministério. Agora, o profeta Tisbita não era mais, neste episódio da transfiguração, o personagem central, ao contrário dos outros eventos envolvendo seu nome, sempre em evidência. Embora tenha seu nome citado, bem como o de Moisés também, vemos que todos estes, e os apóstolos, tornam-se figuras secundárias neste episódio. Neste momento, a "capa" de Elias é passada a outro, alguém superior a este que é o personagem central daquele momento: Cristo.

I-ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO

Como já dissemos em outras lições, o nome mais importante dentro da religiosidade judaica é, sem dúvidas, Moisés, seguido de Elias, que também é lembrado com muito carinho e respeito dentro do judaísmo. Estas duas figuras singulares, que demonstram intimidade com Deus e poder espiritual, são citadas num momento muito importante do ministério de Cristo. Aparecem lado a lado do Mestre de Nazaré, no momento que ele se transfigura.
1-Transfiguração:
A palavra transfigurar, que traduz o termo grego metamorfose, mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma, mas não mudança de essência. A transfiguração mostrou aos discípulos aquilo que Jesus sempre fora: o verbo divino encarnado (Jo. 1.1; 17.1-5). Os discípulos observaram que o seu rosto brilhou como o sol (Mt. 17.2). Suas vestes resplandeceram (Mt.17.2). Esses fatos põem em evidência a identidade do Messias, o Filho de Deus.

Na transfiguração, Jesus foi transformado na presença dos três discípulos: Pedro, João e Tiago, que viram sua glória celestial como realmente era: Deus em corpo humano. A experiência da transfiguração foi:
·       Um alento para Jesus ante sua iminente morte na cruz (cf. Mt. 16.21);
·       Um comunicado aos discípulos de que Jesus teria de sofrer na cruz (Lc. 9.31);
·       Uma confirmação por Deus que Jesus era verdadeiramente seu Filho, todo suficiente para redimir a raça humana (Lc. 9.35).
2-Glória divina:

Mateus detalha que durante a transfiguração "uma nuvem luminosa os cobriu" (Mt. 17.5). É relevante o fato de que Mateus, ao escrever aos hebreus, põe em evidência o fato de que Jesus é o Messias anunciado no Antigo Testamento. Isso pode ser visto na manifestação da nuvem luminosa, que está relacionada com a manifestação da presença de Deus (Êx. 14. 19-20; 24.15-17; 1 Rs. 8.10,11; Ez. 1.4). Tanto Moisés como Elias estiveram no Sinai, presenciaram dessa glória . Todavia, não como os discípulos vivenciaram no Monte da Transfiguração (Mt. 17. 1-2).

II-ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO

No texto, vemos dois nomes muito importantes sendo citados: Moisés e Elias. Tais citações carregam consigo muito mais que meramente uma lembrança ou coisa do tipo, levam uma percepção mais profunda de quem é o Cristo, bem como sua obra.

1-Tipologia:

Para a Igreja Cristã, Moisés prefigura a Lei, enquanto que Elias, os profetas. Fica fácil perceber nesta passagem que Moisés aparece como figura tipológica. Mateus põe em evidência o pronunciamento do próprio Deus: "Escutai-o" (Mt.17.5). Foram exatamente estas palavras que Moisés havia dito quando se referiu ao profeta que viria depois dele em Dt. 18.15.

2- Escatologia:

Enquanto Moisés ocupa um papel tipológico no evento da transfiguração, Elias aparece num contexto escatológico. O texto de Malaquias 4.5,6 apresenta Elias como um precursor do Messias. Já o NT aplica a João Batista o cumprimento desta profecia (Lc.1.17).

Então, o texto nos dá a entender que o ministério de Moisés, que é o nosso foco neste momento, cumpre um papel primordial na compreensão do ministério do Senhor Jesus. Tais ministérios, que foram de suma importância no AT, são demonstrados, agora, como sombras daquilo que Jesus Cristo realizaria em sua obra redentora. A Lei apontava para este Messias Ungido, capaz de libertar os cativos (Cl. 2.16-17). Traçando um paralelo mais estreito com o ministério de Elias, vemos que, aquilo que o profeta tanto insistiu para que fosse instituído em Israel (i.e. um Reino submisso à voz de Deus), se tornaria possível apenas pelo sacrifício do Cordeiro perfeito e sem mácula (Hb.8.5-6; 9.9-10;10.4).
III - ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO
Bem sabemos que o povo hebreu rejeitou seu Messias enviado para sua própria remissão (Mt.21.42). Dessa forma, o Evangelho torna-se disponível àqueles que não são descendência de Abraão (At.13.46).
Tanto os rabinos como o povo comum sabiam que antes do advento do Messias, Elias haveria de aparecer (Ml.4.5-6;Mt.17.10) e, como os escribas não identificaram um sinal desse aparecimento de Elias, não reconheceram a Jesus como o Messias, evento que entendiam ser determinante  para classificá-lo como tal (Mt.17.10). Na realidade, a concepção e errada e a falta de visão espiritual faziam com que os escribas e religiosos da época não vislumbrassem o óbvio: Elias já havia vindo. Dizemos que Elias esteve ali, pois devemos entender que tais profecias sobre o aparecimento deste profeta referem-se a um com as mesmas características de Elias, isto é, João Batista. Eis o porquê:
·  Elias havia sido profeta no deserto, João também;
·  Elias pregou em um período de transição, João prega na transição de duas alianças;
·  Elias confrontou reis (1Rs.17.1-2) João também (Mt.14.1-4).
Logo, João era o Elias que haveria de vir! Mas este Elias neotestamentário seria o precursor do Messias, seria aquele que prepararia o caminho para que o Mestre de Nazaré iniciasse suas atividades de redenção da humanidade. E, na narrativa em questão, vemos que uma sequência de fatos aconteceram harmonicamente até chegar ao momento da transfiguração de Jesus no Monte. Ao final de seis dias (Mt.17.1), Jesus se transfigura e revela sua natureza como realmente é, espiritual e gloriosa. Nesta semana, que terminou coma transfiguração, Jesus discursou sobre a necessidade de tomar a cruz (Mt. 16.24-28) e, também, é na mesma semana que Pedro confessa que Jesus é o Cristo de Deus, o Messias Ungido (Mt. 16.13-20).



SUBSÍDIO 2

MOISÉS E ELIAS

[...] A Aparição de Moisés e Elias ([Mt]17.3,4). Moisés e Elias são as figuras principais da Lei e dos Profetas (veja também Mt 5.17; 7.12; 11.13; 22.40).

Deste modo estas duas figuras do Antigo Testamento dão testemunho divino à revelação de Jesus. Elias ascendeu ao céu, enquanto que Moisés morreu; os ensinos judaicos posteriores dizem que o seu corpo foi admitido ao céu. Lucas diz que eles também sabem sobre o iminente “êxodo” de Jesus. [...] Embora a transfiguração de Jesus revele principalmente sua natureza como o Messias celestial, também mostra que os santos que faleceram são participantes ativos e testemunhas do trabalho contínuo de Deus (Hb 12.1). A morte não é não-existência para o crente em Deus.
 
Na versão de Mateus, Pedro chama Jesus de “Senhor” (kyrios), enquanto que em Marcos ele o trata de “Mestre” (Mt 17.4; Mc 9.5). A sugestão feita por Pedro de eles construírem “três tabernáculos” (skene, “tabernáculos, tenda, barraca”) sugere a Festa dos Tabernáculos, embora não fosse época (Lv 23.39-43). A Tenda da Reunião no deserto indicava a presença de Deus (Êx 33.7-11). Em Mateus não está claro o que Pedro pretendia. Marcos lança luz sobre a observação de Pedro com a declaração: “Pois não sabia o que dizia, porque estavam assombrados” (Mc 9.6). O que está nitidamente claro no que se segue é que a questão não é três tabernáculos para três profetas, mas um Filho celestial.

[...] Elias Vem Primeiro (17.10-13). O aparecimento de Elias com Jesus leva os discípulos a perguntar como interagir os papéis destes dois. A crença dos “escribas” (v.10) refere-se a Malaquias 4.6 (veja também Eclesiástico 48.1-12). Não há evidência explícita do que antes de Jesus o papel escatológico de Elias teria um cumprimento tanto por um precursor do Messias quanto por uma figura Elias-Messias. Os discípulos entenderam que o Messias seria o Elias do tempo do fim. Considerando que eles tinham acabado de ver Elias na transfiguração como evento separado e distinto de Jesus, é natural que eles tivessem algumas perguntas a fazer.

Jesus reinterpreta o papel escatológico de Elias em termos de precursor, a quem Ele identifica explicitamente por João Batista (cf. Mt 17.7-13 e Mt 11.12-14 com Mc 1.2; 9.13; Lc 7.24-35; veja comentários sobre Mt 3.3,4; 11.7-15). Era como se, tendo visto o antigo Elias, os discípulos esperassem o advento imediato do Dia do Senhor. A resposta de Jesus é que eles já tinham visto Elias e que o esquema de atividades que eles mantinham para o fim precisava de correção; há mais para vir antes do fim. Jesus reitera o anúncio da proximidade de sua morte e ressurreição (Mt 17.22,23).

Texto extraído da obra “Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento”, editada pela CAPD.


sábado, 23 de fevereiro de 2013

CORDELZINHO - A MULHER DO FLUXO DE SANGUE


Certa vez uma mulher
Que vivia adoentada
Sofreu tanto nesta vida
Quase morre a coitada
Gastou todo o seu dinheiro
Com os médicos do lugar
Mas nenhum deu solução
Cada dia a piorar.


Nesse tempo o Senhor
Jesus Cristo aqui estava
curando e libertando,
era só o que se falava.
Então aquela mulher
criou fé no coração.
Disse: “eu tenho que falar
pra Jesus minha aflição”.
  

Mas naquela situação
Não podia nem tocar
Nas pessoas ela pensou
É imunda vão falar
Então ela planejou
De Jesus se aproximar:


Chego bem devagarzinho
Só nas vestes vou tocar.
Mas naquela situação
Não podia nem tocar
Nas pessoas, ela pensou:
“É imunda vão falar”
Então ela planejou
de Jesus se aproximar:
“Chego bem devagarzinho,
só nas vestes vou tocar”.

“Eu já sei que Jesus cura,
sei que tem muito poder
Cura de qualquer doença ,
Quando nele a gente crer.
Se apenas eu tocar
na sua veste sararei,
e ninguém vai perceber,
pois só nele tocarei”.

Dessa forma ela fez,
começou se aproximar.
As pessoas que a viam
começavam se afastar.
Devagarzinho ela chega
e em Jesus logo tocou.
Num instante foi curada,
pois ela mesma notou.

A mulher ao receber
a virtude que a curou,
foi saindo e pensando
que Jesus não a olhou,
Mas foi puro engano seu,
pois Jesus sabe de tudo.
Perguntou: “quem me tocou?
pois de mim saiu virtude.

Os discípulos responderam:
“este povo te apertou”,
mas Jesus que sabe tudo,
num instante revelou.
Este toque é diferente,
pois de mim saiu poder.
A mulher disse: “eu queria
A minha bênção receber”.

E Jesus disse: mulher
A tua fé te salvou.
Estás livre desse mal
que tanta dor te causou.
Vai em paz já estás salva
basta só continuar
seguindo a esse Deus
Que ao mundo veio salvar.

Jesus Cristo ainda é o mesmo,
fez milagres e ainda faz.
Veio ao mundo e por amor
trouxe a paz que satisfaz.
Quando nele a gente crer
de todo o coração,
Nossa vida ele muda
e nos dá a salvação

Jesus salva e também cura
de qualquer enfermidade.
Basta simplesmente crer
na sua grande verdade.
Pois é a Bíblia quem diz
que se creres tu verás
os milagres de Jesus
e também feliz serás.


Hoje mesmo você pode
se encontrar com o Senhor.
Basta apenas dizer sim
e terás o Salvador.
Não perca a sua chance
que hoje Deus te dá,
diga sim para Jesus
e sua vida mudará.





A pessoa sem Jesus
não consegue ser feliz,
pois sem Ele a gente é nada,
É a Bíblia que nos diz.
Aceite–o hoje mesmo
e terás felicidade
nesta vida e também
com o Senhor na eternidade.




EBD EM FOCO - LIÇÃO 8

LIÇÃO 8 - O LEGADO DE ELIAS

TEXTO ÁUREO

"E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do Senhor, para que consultemos ao Senhor por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as maõs de Elias" (2 Rs 3.11)

VERDADE PRÁTICA

Através do ministério de Eliseu aprendemos que os grandes homens foram aqueles que aprenderam a servir.

Leitura Bíblica: 1 Rs 19.16,17,19-21.

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

Reconhecer o caráter divino da vocação e chamada de Elias.
Detalhar os princípios da exclusividade, autoridade da vocação e a chamada de Elias.
Compreender como se deu a sucessão e o discipulado de Eliseu.


VÍDEOS

Pr. José Gonçalves - Comentarista da Lição



Ev. Natalino das Neves

 
SUBSÍDIO

Nesta Lição, a última a tratar de Elias e sua trajetória profética,veremos o legado que este homem de Deus deixou e, sobretudo, a preparação de seu sucessor que traria a mensagem de salvação e arrependimento aos israelitas.Veremos como aconteceu o chamado e a preparação de Eliseu, e, também, compreenderemos a exclusividade de uma chamada ministerial.

I-O LONGO PERCURSO DE ELIAS
A agenda profética de Elias sempre foi muito intensa. O 'perturbador de Israel' sempre foi uma pedra no sapato da corrupta monarquia do Reino do Norte, justamente por cumprir seu ministério profético sem vender-se aos manjares reais. Com uma Palavra de volta aos preceitos da Lei, o profeta, odiado por muitos, apregoou naquele reino uma mensagem que confrontava aquela nação para que se voltasse a Deus. Como um grande homem de Deus, Elias teve seu ministério confirmado a cada momento,de forma sobrenatural, com sinais, prodígios e milagres, que testificavam da sua autoridade, dada pelo próprio Deus. Como homem, viu-se deprimido, perseguido e fragilizado, mas, sua fidelidade lhe garantia restauração. E, agora, cumprida boa parte de sua carreira, é hora de preparar seu sucessor, é hora de levantar alguém que continuará aquilo que havia iniciado em Samaria, em Israel. A escolha não é deste grande profeta de Jeová, não é ele quem determina aquele que herdará sua "capa", muito pelo contrário, a designação vem do próprio Senhor que o elegeu. Antes, porém, é momento de voltar às suas origens e lembrar-se de todo o mover que Deus inicia em sua vida como Profeta do Senhor, inicialmente apenas um Tisbita desconhecido, de terra desconhecida,que eleito por Deus,teve seu ministério marcado com fogo!

1-Uma volta às origens:

Elias faz um grande percurso até chegar ao Monte Sinai (Horebe). Seu trajeto levou cerca de quatrocentos quilômetros. O próprio anjo do Senhor adverte a Elias que se preparasse para sua ida até Horebe pois o caminho era longo (1Rs. 19.7). Dentro da história dos Hebreus, o Monte Sinai tem muita significância espiritual. Foi neste local (no deserto do Sinai) que Deus se revelou a Moisés, nas chamas de uma sarça (At. 7.30), foi onde Deus deu a Lei (Êx. 19 a Nm.10), e o local onde foi levantado o censo de toda a Congregação de Israel (Nm. 1.1,2) e, finalmente,o local que serve de esconderijo a Elias, numa caverna (1Rs. 19.8,9), temendo a fúria de Acabe e Jezabel.

Logo quando acha abrigo naquela caverna,Deus fala a Elias com uma pergunta que conhecemos: "o que fazes aqui, Elias?" (19.9). Podemos tirar alguns ensinamentos desta pergunta,entre a que destacamos é justamente o fato de Elias condicionar o seu milagre, a sua resposta, o seu livramento,a sua estada no Sinai. Por carregar consigo esta simbologia, de ser o lugar que Deus desce, onde Deus fala e se revela, talvez Elias tivesse a percepção de que Deus somente o responderia se fosse num lugar com estas características. Deus, porém, lhe mostra que a resposta chegaria em qualquer lugar, bastando, para isso,o clamor do profeta.Como a Elias,muitas vezes Deus nos pergunta:"Meu filho, minha filha, que tu fazes aqui?", nos mostrando que não há necessidade de imaginarmos que Deus está distante, muito pelo contrário,quando Deus usa este advérbio de lugar ('aqui'), Ele quer nos mostrar que só está neste ou naquele lugar pois Ele anda conosco por onde quer que nós estejamos.

O "aqui" dito por Deus a Elias revela que a presença dele,em Elias, não havia se apartado nunca e que em qualquer lugar que estivesse,Deus estaria com ele.Não era preciso deslocar-se numa fuga de seus inimigos a um local 'sagrado' para ouvir a voz do Espírito, mas, a presença de Deus estava com Elias,como está conosco, e, não é preciso imaginar que Deus está distante ou que seja preciso ir a um ou outro lugar para ouvir sua voz,não! Deus está conosco,Ele vai conosco pelos caminhos que andamos,ainda que sejam caminhos que Ele não determinou (Sl. 139.7-12).

2-Uma revelação transformadora:

Deus,então,após iniciar seu diálogo com Elias, permite que o profeta desabafe com Ele e diga tudo aquilo que tem o afligido.Elias derrama seu espírito a Deus,vejamos aquilo que ele imaginava de seu ministério:
  • Acreditava ser o único fiel (v.10):" tenho sido mui zeloso pelo Senhor (...) e eu fiquei só" - Elias pensava que não havia nem mesmo um crente que não havia se corrompido daquela terra.Deus,em sua resposta, fala a Elias que havia mantido,por suas próprias mãos,sete mil fiéis (v.18);
  • Acreditava que seu ministério era infrutífero (v.10): "os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram teus altares e mataram teus profetas à espada" - Imagine a frustração de um servo de Deus em imaginar que tudo aquilo que se dedicou a realizar ao Senhor não teve resultados. Uma tristeza profunda em crer que todos os sinais realizados, todo o tempo dedicado, toda a vida abnegada não servira para nada, na compreensão de Elias.
Ao longo daquele breve diálogo com Elias,Deus revela,pelo menos, três coisas que eram desconhecidas ao profeta:(1) Deus continuava sendo o Senhor da vida e ministério de Elias; (2) A existência de um remanescente fiel (1Rs. 19.18) e (3) A necessidade de um sucessor (1Rs. 19.16).Então,o Senhor mostrou a Elias que a visão do profeta estava distorcida e mostra, pela ótica divina, a situação e os resultados de seus ministério profético.

II- ELIAS NA CASA DE ELISEU

O ministério profético de Elias já estava por findar-se. Aquele período de combate,confronto e desgaste físico e espiritual não faria mais parte da vida do profeta, Deus lhe daria um momento mais calmo, um momento em seu ministério marcado pela preparação de um sucessor,um discípulo. Eliseu recebe o chamado para seguir o profeta mais respeitado de todo Israel,numa escolha direta do próprio Deus. Note que em 1 Reis 19.15-16 a mensagem é clara e designa Hazael para reinar na Síria, Jeú para reinar em Israel e Eliseu como sucessor de Elias como profeta. Deus começa a mostrar um novo cenário para a Israel corrompida pelo pecado. Através do ministério de Elias, Baal foi derrotado, desmascarado, Acabe e Jezabel já estavam sentenciados e era o momento do Senhor modificar o quadro de Israel com novas lideranças espirituais e governamentais que fossem segundo o seu propósito.

1-A exclusividade da chamada:

Elias "lança sua capa" sobre Eliseu, que entendeu a chamada para servir ao profeta, e começa ali a preparação de um dos mais eficientes sucessores de toda a Bíblia Sagrada. Como em diversas convocações para o ministério que a bíblia relata,Eliseu estava trabalhando com doze juntas de bois quando foi chamado por Elias. Logo recebe sua incumbência e vai com o profeta. Veja algumas características da chamada:
  • Se dá pela Palavra (1 Reis 19.16): Todo chamado para a obra de Deus ocorre em cima de uma palavra liberada,em cima de um propósito espiritual a uma vida específica. Deus chama Eliseu (uma vida específica), liberando uma Palavra e para suceder Eliseu no ministério profético (propósito espiritual).A nós,não é diferente, Deus chama pelo Evangelho (II Ts. 2.14), para uma santa vocação e propósito segundo Sua vontade (II Tm. 1.9);
  • Os chamados são pelo propósito divino (1 Reis 19.16): Quando Deus chama,não o faz pelas obras de quem quer que seja, mas, chama segundo o propósito estabelecido para quem está sendo chamado(II Tm. 1.9);
  • Entrega incondicional (1 Reis 19.21): Eliseu poderia negar-se ao chamado divino, como fez Jonas, mas, entrega-se completamente e deixa tudo para trás e segue rumo a determinação divina para cumprir toda a vontade de Deus para sua vida.
Quando a chamada de Deus acontece na vida de quem quer que seja, obrigatoriamente ela levará a pessoa a fazer escolhas.Tais escolhas acarretará em abrir mão de alguns sonhos, propósitos profissionais, cidades, até Países para alguns.O chamado divino ofusca os propósitos que temos,para dar lugar a vontade divina.Para alguns isto significará abrir mão de empresa ou negócio, sair de um determinado emprego,ir para outro lugar, ou, como no caso de Eliseu, deixar sua família para cumprir o desígnio divino para sua vida. O chamado é individual, pessoal e específico a cada um, as renúncias são individuais e variam de pessoa para pessoa.
 
Texto original de : Gabriel Queiroz - Blog Verdade Profética

sábado, 16 de fevereiro de 2013

EBD EM FOCO - LIÇÃO 7

LIÇÃO 7
A VINHA DE NABOTE


TEXTO AUREO
"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7).

VERDADE PRÁTICA

A trama orquestrada pela rainha Jezabel e o rei Acabe contra Nabote demonstra quão danoso é render-se aos desejos da cobiça e de uma satisfação pessoal.

Leitura Bíblica em Classe: 1 Rs 21.1-5; 15,16

OBJETIVO
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar o objeto da cobiça de Acabe.
Citar as causas da cobiça.
Conscientizar-se dos frutos e consequências da cobiça.

 VÍDEO



Professor Fábio Segantin



SUBSÍDIOS

NABOTE

Cidadão do Reino do Norte de Israel que possuía um vinhedo em Jezreel, nas proximidades do palácio de campo de Acabe e Jezabel (1Rs 21.1; 2Rs 9.21,25). Foi convocado por Acabe para ir a Samaria, pois este desejava comprar sua terra. Nabote recusou porque ela fazia da parte da herança da família, portanto o título não podia ser transferido a alguém que não fizesse parte de sua tribo (Lv 25.23; Nm 36.7; cf. Ez 46.18).

Quando Jezabel soube o quanto o petulante Acabe desejava anexar o vinhedo, sem hesitar escreveu uma carta aos encarregados da cidade de Jezreel e cruelmente mandou apedrejar Nabote e seus filhos até a morte sob uma falsa acusação de blasfêmia (1 Rs 21.8-14).

Elias condenou Acabe e Jezabel por este crime (1Rs 21.17-24), e profetizou que os cães iriam lamber o sangue do rei e comer a carne de Jezabel, da mesma forma que haviam lambido o sangue de Nabote depois dele ter sido apedrejado. Essa profecia teve um duplo cumprimento com cães lambendo o sangue de Acabe quando sua biga foi lavada no tanque de Samaria (1Rs 22.38), e cães comendo o corpo estraçalhado de Jezabel fora das portas de Jezreel (2 Rs 9.30-37).

De acordo com Francis I. Andersen, o propósito de Jezabel pode ter sido reivindicar que Nabote havia realmente prometido vender o vinhedo a Acabe, e que depois se arrependeu. Ela enviou um título espúrio de venda, selou-o com o selo do rei, e o enviou entre suas “cartas” aos anciões de Jezreel. No julgamento, duas falsas testemunhas juraram que Nabote havia invocado o nome de Jeová em uma promessa que teria formalizado a suposta transação [...].

Texto extraído da obra “Dicionário Bíblico Wycliffe”, editada pela CPAD

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Os Mistérios do Amor Conjugal em Cantares


"Que ele me beije com os beijos da sua boca!" (1.2)

Cantares é a obra mais romântica e simbólica da literatura universal. Seus símbolos ilustram o amor em uma profusão que o leitor fugaz não percebe. Trata-se de uma óde atemporal, que representa o amor entre um homem e uma mulher do modo mais sagrado e belo.
No centro de Cantares está o amor que se exprime com naturalidade, simplicidade, pureza e calor a sua paixão e intimidade: “gritos de alegria, a voz do noivo e a voz da noiva” (Jr 7.34; 16.9; 25.10). Justamente por causa da absoluta universalidade dessa experiência, os símbolos usados em Cantares são constantes e logo perceptíveis, pelo menos a nível global, embora nos detalhes estejam carregados de conotações orientais, exóticas e, às vezes, exasperadas.

Amor
Cantares é um encontro com o amor. Trata-se de um verdadeiro minivocabulário de palavras repetidas dezenas de vezes, porque o enamorado nunca se cansa de dizer à sua mulher: Tu és fascinante (na’wah); és encantadora (iafah); minha amada (‘ahabah); minha irmã (‘ahotî); minha esposa (kallah); meu tesouro (ra ‘iatî); amor de minha alma (‘ahabah nafsî), minha única (6.9). Cantares convida o homem moderno a expressar sem medo ou receio o seu mais profundo amor à mulher amada. Desperta o amásio a expressar as mais significativas e belas frases de amor. A palavra é geradora de sentimentos e fertilizante para o coração.
E para a mulher, o esposo é sempre dodî, “o meu amado”. É assim que o coração é arrebatado (4.9), a paixão é fremente (7.11; 8.7), a delícia (5.17) cancela a vergonha (8.1,7), o anelo inconsciente (6.12) gera contemplação (7.1) e predileção (6.9). Há quase um desmaio de amor (2.5), numa espécie de doença incurável (2.5; 5.8), num sono estático (2.7; 3.5; 5.2; 7.10; 8.4,5), numa embriaguez (5.14), num desfalecimento incitante (5.6). Mas também há o medo que perturba (6.5), há a ausência insuportável (5.6), os pesadelos noturnos (3.8). Mas tudo se esvaece e apenas ouve-se aquela voz doce e suave (2.14). Então tudo volta a ser triunfo dos sentidos numa espécie de paraíso do olfato e do paladar: os frutos do amor são saborosos (2.3; 4.16; 7.9,14), são mel, néctar, leite (4.11; 5.1,12), doçura para o paladar (5.17) [1].
O amor é comparado a cheiros e sabores. Na carreira diária, às vezes, nos esquecemos do estro que nos torna humanos. Colocamos os nossos sentidos reféns do vil metal, enquanto eles são indispensáveis ao conhecimento do outro. Não se ama sem odores e cheiros. O amásio conhece o doce cheiro de sua amada e o paladar de seus lábios. O amor demonstrado na obra eleva o amor a um estado de completo arrebatamento. O poema recomenda aos amásios a sentirem o cheiro e o sabor um do outro. É um convite ao verdadeiro encontro! Nesse amor sublime, nada espiritual e muito menos mundano, os amásios são convidados a viverem com toda intensidade a sua plena humanidade e conjunção carnal nos laços do matrimônio.

Corpo
Não existe, de fato, um livro bíblico que siga tão intensamente a realidade do corpo em todos os seus meandros e segredos e em toda a sua aparência. Vemos o rosto (2.14; 5.2,11; 7.6; 8.3) com a boca aberta ao beijo (1,2; 4.3; 8.1); e à voz (2.8,14; 5.2; 8.12), com os lábios frementes (4.3,11; 5.13; 7.10), com a língua (4.11), com os dentes cândidos (4.2; 5.12; 6.6), com o paladar que deseja saborear (5.16; 7.10); e o nariz atraído pelos perfumes (7.9), com as faces 1.10; 4.3; 5.13; 6.7), com os olhos (1.15; 4.11; 5.2,11; 6.5; 7.5; 8.10) que muito se movem e piscam (2.9) ou ternos (4.9), com os cabelos e as tranças (4.1,6; 5.10), com o pescoço harmonioso (1.10; 4.4; 7.5).
Nada mais óbvio do que afirmar que cada detalhe da amada ou do amado não passa despercebido ao verdadeiro amor. Em uma cultura que aprendeu a ditar suas regras estéticas e seus gostos artesanais à moda Michelangelo, o ser (Dasein) desaprende a ver as qualidades intrínsecas da própria fisionomia humana, irretocável. Não importa o formato do nariz, o importante é usá-lo para cheirar os mais preciosos odores do cônjuge. Pouca importância tem a densidade dos lábios, o essencial é saborear aquilo que o amor reservou para os amantes. A cor dos olhos não cativa tanto quanto o seu brilho. Quem ama encontra suas próprias razões para amar, apesar de tudo.
Depois, eis o corpo ereto (2.9; 7.8) que se ergue solene (2.10,13; 3.2; 5.5), que aperta com força o ser amado (3.4), que abraça (2.6; 8.3,6), que dança de júbilo (2.8), mas que também é plantado sobre as pernas e sobre os pés (5.3; 7.2). [2] O corpo é visto em Cantares como um cântaro cheio de surpresas e venturas.

O amor, sentimento difícil de ser descrito em palavras, tem através das imagens corpóreas do Cântico a sua mais elevada expressão e propósito. Se ama verdadeiramente quando se entrega. Tentaram em vão, Orígenes e São Bernardo, explicar as imagens corporais como símbolos da virtude cristã, ou sabedoria e ciência. Pobres teólogos mortais...que se negam a amar e a reconhecer que o amor entre cônjuges é uma dádiva da criação divina!
Observa-se também o esplendor dos seios (1.13; 4.5; 7.4,8,9; 8.8,10), a perfeição dos quadris (7.2), da bacia (7.3), do ventre (5.14; 7.3). Os seios com todo o seu esplendor é o repouso do abraço apaixonado! Um dado muito interessante relata em 7.4: os seios como crias gêmeas da gazela. Nada mais risonho, infantil e dócil. Nego-me a aceitar a interpretação de que os dois seios são as colinas de Ebal e Gerizin. Trata-se da mais eficaz sedução da parte da amada, que desejam os intérpretes reduzir a duas colinas vetustas e de valor espiritualmente simbólico. Ao movimentar freneticamente os quadris, os seios movem-se rapidamente, lembrando ao amado os gamos gêmeos saltitando pelos bosques.
Eis ainda, acima de tudo o coração que, na linguagem bíblica é sinônimo de consciência, inteligência e amor (5.4; 8.6). Nessa luz, o conhecimento recíproco dos enamorados não acontece só através da mente, mas também da paixão, dos sentidos, da ação e da alegria que se completa na plena realização sexual do casal: Meu bem amado põe a mão pela fenda e minhas entranhas estremecem. Não precisamos "abrir o verbo" para não corar os mais tímidos! Os símbolos "mão" e "fenda", desde a Antiguidade representavam os órgãos sexuais masculino e feminino, e no mínimo, aqui, as carícias entre os cônjuges. A destreza do amado é comparada em 5.14 à "mãos de ouro torneadas, cobertas de pedras preciosas". Cântares convida o casal a viver a vida sexual em sua completude, sem receios ou moralismo hipócrita que impede a felicidade dos cônjuges. Viva plenamente!

Perfumes
Cantares é permeado por perfumes (1.3,12ss; 2.13; 3.6; 4.10-11; 5.13; 7.9,14): Nardo (1.12; 4.13), cipreste (1.14; 4.13); bálsamo (2.17; 5.1,13; 6.2; 8.14), essência exótica (6.6; 4.14), incenso (3.6), açafrão, canela e cinamomo (4.14). Existe até mesmo um “monte da mirra”, uma “colina do incenso” (4.6) e os “montes do bálsamo” (8.14). A suavidade do vinho é a comparação mais espontânea para exprimir a embriaguez e doçura do amor (2.4; 4.10; 5.1; 7.3,10; 8.2). Nada melhor do que comparar o amor ao cheiro exótico da canela, que se supõe poderes afrodisíacos! As plantas odoríficas estão plantadas no "jardim fechado", figura que destaca o mistério, o espanto e assombro que é o amor de uma mulher com o seu marido. Ela é um jardim fechado em cujo canteiro estão plantados diversas ervas aromáticas que jamais poderiam crescer juntas. Esse jardim fechado também é um belo e delicioso pomar, cujas frutas saborosas são para a degustação dos amados. É um paraíso de romãs (4.13), um pomar das delícias que só o encontro assombroso entre um homem e uma mulher poderia desfrutar. O jardim das delícias é carregado com o cheiro do amor e dos sentimentos que se perpetuam e se fixam com os odores das plantas. Trata-se, na verdade, de um convite ao amor, comparado a pomares e ervas aromáticas. Um mistério que somente os que amaram intensamente são capazes de revelar.

Objetos preciosos

A vista e o tato são envolvidos, seja por causa do contato físico entre os dois corpos, seja porque o esplendor do amor é pintado segundo as impressões produzidas por deslumbrantes objetos preciosos: Ouro e prata (1.11; 3.10; 5.11,13,15; 8.9,11,12), pérolas e brincos (1.10,11; 4.9), coroas (3.11), selos (8.6), taças (7.3), madeira nobre do Líbano (3.9); bordados (3.10), púrpura (3.10; 4.3; 7.6), safiras (5.14), marfim cinzelado (5.14; 7.5).

Jardim
Sobre o jardim brilha o sol (1.6; 6.10) e se reflete a lua (6.10). Sucedem-se as auroras e as noites (6.10; 7.12,13), descem as sombras (4.6), sopram o aquilão e o austro (4.16), sopra a brisa (2.17; 4.6), levantam-se colunas de fumaça (3.6), gotejam as chuvas e o orvalho (2.11; 5.2). O jardim “fechado” (4.12) é a figura do “eu feminino”, a “inviolabilidade da pessoa”, um “mistério inatingível contido no corpo da mulher e do seu parceiro”. Salomão salienta que a amada é exclusivamente dele, como um jardim que pertence unicamente ao seu dono, sendo inacessível a todos. Também os poços e fontes eram, às vezes, selados para preservar água, coisa mais do que preciosa no oriente, evitando que outros a tomassem.
Finalmente, só poderíamos terminar com o verso mais célebre dos Cânticos dos Cânticos:
“... azzah kammawet ‘ ahabah..”
“forte como a morte é o amor”.
Notas
[1,2]
RAVASI, Gianfranco. Cântico dos Cânticos: pequeno comentário bíblico. São Paulo: Paulinas, 1988.

Confissão de Fé das Assembleias de Deus

C R E M O S (Atualizado)


    É com imensa satisfação que apresentamos à Assembleia de Deus no Brasil a nossa DECLARAÇÃO DE FÉ.
    A análise feita pela liderança da Assembleia de Deus no Brasil, em consonância com a COMISSÃO de TEÓLOGOS indicados para a apreciação do nosso CREMOS, entendeu pela imperiosa necessidade de complementar e aperfeiçoar o CREMOS.
    Durante todo um ano, a COMISSÃO apreciou, rebuscou em outros credos análogos, no afã de presentear-nos um trabalho com a grandeza que este é apresentado; sem oferecer nenhuma oportunidade para vicissitudes.
    O grande valor desta DECLARAÇÃO DE FÉ está em sua íntima e inseparável comunhão com as doutrinas bíblicas.
   O conjunto harmônico e bíblico desta DECLARAÇÃO DE FÉ caracteriza-se por sua similitude no rigor da observação doutrinaria estabelecida pela vivacidade da PALAVRA DE DEUS.
    A sua publicação é o instrumento maior para conscientizar toda a Igreja Assembleia de Deus no Brasil.
    Mesmo em forma sintética, abrange todas as principais doutrinas bíblicas, facilitando o conhecimento e conservando nossa mente contra as muitas heresias.
    “A Bíblia revela a verdade em forma popular de vida e fato; o Credo declara uma forma lógica de doutrina”.
    Após um intensivo trabalho de oração, e apreciações lampejantes, e muitas pesquisas, nossa competente Comissão coloca em nossas mãos este sumário de doutrinas bíblicas.
    Nossa DECLARAÇÃO DE FÉ facilita aos nossos irmãos um melhor conhecimento bíblico e ajuda-nos na preparação da fé de novos membros da Igreja.
    Temos em mãos um trabalho onde é somada a GRAÇA com atavios do aticismo, mesmo usando linguagem correta, fluente e compreensível.
    Nossa mais expressiva gratidão aos ilustres irmãos teólogos componentes desta douta COMISSÃO, pelo trabalho concluído.

    A ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL TEM UMA COMPLETA DECLARAÇÃO DE FÉ.

José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente da CGADB



Cremos


1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17);

2. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);

3. No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.1618; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9);

4. No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13);

5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3.23; At 3.19);

6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9);
7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);

8. Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);

9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);

10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1 Pe 1.15);

11. No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);

12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12);

13. Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14);

14. No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2 Co 5.10);

15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4);

16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

SILVA, Esequias Soares da. (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.






C R E M O S - (Antigo)

I – em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19 e Mc 12.29);
II – na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17);
III – na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9);
IV – na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurar a Deus (Rm 3.23 e At 3.19);
V – na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8);
VI – no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9);
VII – no batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e CI 2.12);
VIII – na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1 Pe 1.15);
IX – no batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);
X – na atualidade dos dons espirituais atribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade (1 Co 12.1-12);
XI – na Segunda Vinda premilenal de Cristo, em duas fases distintas. Primeira – invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda – visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14);
XII – que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2 Co 5.10);
XIII – no juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15);
XIV – na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).