quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

LIÇÃO 12: A REBELIÃO DE ABSALÃO


COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I
PROCLAMANDO-SE REI
A astúcia de Absalão é grandiosa. Lendo 2 Samuel 15.7-8, ele trabalhou quatro anos, não quarenta, como pontua o texto massorético, para implantar sua insurreição. Podemos crer que a expressão quarenta foi apenas um erro de escrita, visto que quatro no hebraico é arba, mas, no plural, arbaim, o que aconteceu foi apenas a inclusão do im. Todavia, é preferível a citação da Septuaginta e da Versão Siríaca, que mencionam também o número quatro.
Duas coisas podem caracterizar esse filho rebelde de Davi. Absalão, além de ter agudez de espírito, tinha paciência para esperar a execução de seu plano maléfico. Absalão trabalha de modo aparente, sem revelar o que está por trás dos seus projetos. É sob pretexto que diz ao pai que tem que voltar a Hebrom para cumprir um voto que havia feito com o Senhor. Observe que nesse particular ele revela uma piedade disfarçada para Davi, que é iludido, pois era perceptível algo errado. Como era possível, depois de quatro anos, agora é que ele queria ir agradecer a Deus por um voto feito? Por que não fez isso antes?
Na verdade, a ida a Hebrom fazia parte de uma estratégia de Absalão na execução do projeto de proclamar-se rei. Ele escolhe esse local por três razões: primeiro, havia nascido ali (2 Sm 3.2,3); segundo, foi nesse lugar que Davi iniciou seu reino; e, terceiro, tinha um tratado especial por parte da tribo de Judá, a qual o rebelde Absalão queria conquistar. O pai não percebeu nada do que o filho estava fazendo, mas façamos um correlato com o texto de 2 Samuel 13.23-27.
Absalão pede permissão a Davi para fazer um banquete e leva consigo uma parte da corte. Nesse segundo episódio, não convida o rei, o qual simplesmente diz: Vai-te em paz. Esse rebelde jovem parte para seu plano maléfico com aprovação do pai, sem saber que era uma trama para tirá-lo do poder e, daí, aproveita para aliciar as pessoas e buscar apoio, afirmando que o que fazia era segundo a aprovação do rei.
Um pastor ou líder chamado por Deus não pode ser dominado pelo ciúme, nem perseguir os obreiros auxiliares, porém, tem que saber realmente quais são as intenções daqueles que o servem, que o auxiliam na obra. Paulo indicou Timóteo e confiava missão especial a ele porque tinha consciência daquilo que realmente movia o seu coração (Fp 2.19-21). 
Existem aqueles que buscam apoio para determinadas atividades tão somente para complicar a liderança geral, colocando cada membro contra o seu pastor-presidente. Por isso, faz-se necessário todo cuidado nesse particular. Não foi à toa que Paulo disse a Timóteo para que tomasse cuidado com Himeneu e Alexandre (1 Tm 1.20; 2 Tm 4.14,15).
Estando em Hebrom, Absalão envia seus secretos emissários, mensageiros, do hebraico ragal, o qual ia à frente para levar uma mensagem; eles levariam a todo o Israel um sinal no qual se declararia, em um momento exato, a proclamação de Absalão como o novo rei, daí a expressão: “Absalão reina em Hebrom”.
Em Hebrom, Absalão não estava só. Havia com ele duzentos homens selecionados, convidados especialmente por ele, mas o texto diz que eles não sabiam por que estavam lá, ou seja, do que tudo aquilo se tratava. O texto diz que eles foram na sua simplicidade. Isso fala forte a todos os que servem à liderança. Sempre é bom comunicar as coisas ao pastor-presidente da igreja antes de participar de qualquer movimento, evento; perguntar a ele se isso é do seu consentimento ou não, para evitar desgaste e comprometer também a sua vida. 
Salomão disse que “O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos (Pv 14.15). Observe que a palavra simplicidade, que aparece em 2 Samuel 15.11, no hebraico é tom, que quer dizer inocência, integridade. Por vezes, crentes sinceros e bons entram em conflitos, contendas dos rebeldes, porque não sabem de nada, são enganados.
Para mostrar aparentemente ao povo que o que fazia era correto, além dessas duzentas pessoas ele leva consigo um dos conselheiros de confiança do rei Davi, Aitofel de Gilo, uma cidade que se localizava a oito quilômetros de Hebrom. É bom lembrar que Aitofel era avô de Bate-Seba (2Sm 11.3; 23.34). Esse detalhe é importante para dizer que sua aliança com Absalão tinha motivo; ele queria vingar tudo o que Davi havia causado à sua família, incluindo o assassinato de Urias. Nessas circunstâncias todas, Absalão declarou-se rei.
Texto extraído da obra “O Governo Divino em Mãos Humanas”, editada pela CPAD. 
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos informações gerais sobre Absalão; pontuaremos algumas características de sua personalidade maligna; estudaremos sobre a conspiração de Absalão contra o rei Davi; e por fim, notaremos as lições da sua rebelião.

I – INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE ABSALÃO

1.1 Nome. O nome Absalão não é tão comum no registro bíblico. Além do filho de Davi, apenas outro personagem é assim chamado, sendo este um familiar do rei Roboão (1Rs 15.1,2,10; 2Cr 11.20,21). O nome Absalão do hebraico: “avshalom” significa: “pai de paz”. Apesar do significado do seu nome, a paz não foi algo notável em sua biografia.
1.2 Família. Durante o tempo em que o rei Davi esteve em Hebrom teve seis filhos (2Sm 3.2-5). Absalão foi o terceiro filho de Davi com a sua terceira esposa Maaca, a filha de Talmai, rei de Gesur (2Sm 3.3). Absalão teve três filhos cujos nomes não são mencionados e uma filha por nome de Tamar (2Sm 14.27), esta filha possuía o mesmo nome da irmã de Absalão (2Sm 13.1).
1.3 Sua beleza. O terceiro filho de Davi era conhecido por sua beleza estética, de modo que todo Israel apreciava sua aparência: “Não havia em todo o Israel homem tão admirável pela sua beleza como Absalão; desde a planta do pé até o alto da cabeça não havia nele defeito algum” (2Sm 14.25). O texto bíblico ainda nos informa que, tão pesado era seu cabelo que, em cortes ocasionais, o peso do cabelo cortado chegava a cerca de dois quilos (2Sm 14.26). “Josefo informa que os judeus costumavam untar os cabelos com óleo e espargir nele ouro em pó, a fim de que flamejassem ao sol” (apud SHEED, 2003, p. 456). No entanto, Absalão não possuía um caráter digno, à altura de sua beleza física.

II – O CARÁTER MALIGNO DE ABSALÃO

2.1 Um homem iracundo. O iracundo é alguém possesso, irascível, colérico, agastado, torvo e raivoso. Absalão por natureza já era uma pessoa com estas características, e diante do pecado cometido por Amnom ao violar a sua meia irmã Tamar (2Sm 13.1,2,14-19), e a omissão de seu pai Davi em relação ao caso (2Sm 13.21), ele nutriu ainda mais em seu coração este ódio contra seu irmão Amnom (2Sm 13.22), e desde então, concebeu um plano contra ele (2Sm 13.32). Durante o período de dois anos Absalão manteve esse plano oculto (2Sm 13.23), de modo que nunca havia confrontado Amnom (2Sm 13.22-a; Lv 19.17), antes alimentou a raiz de amargura em seu coração (Hb 12.15), deixando a ira tomar conta de seu ser (Ef 4.26). O que antes estava oculto se tornou público (Pv 26.26), Absalão desenvolveu seu plano maligno (2Sm 13.24-27), e ordenou a execução de seu irmão (2Sm 3.2), colocando em prática a sua vingança (2Sm 13.28,29). O aborrecimento de Absalão por causa do pecado do seu irmão era justificável, mas, odiá-lo (1Jo 3.12,15) e assassiná-lo com o pretexto de supostamente reparar a honra de Tamar, violando o sexto mandamento: “não matarás” (Êx 20.13) não é aceitável.
2.2 Um homem ardiloso. Ardiloso quer dizer: “o que se utiliza de ardis, de esperteza para conseguir o que pretende; sagaz, astucioso, enganador”. Absalão demostrou a sua sagacidade em algumas ocasiões entre elas destacamos a sua fuga de Jerusalém. Após o assassinato de Amnom, Absalão foge imediatamente (2Sm 13.34,37), ele sabia que nenhuma parte da terra de Israel poderia protegê-lo e que ao permanecer ali seria devidamente punido por seu crime hediondo. As cidades de refúgio existentes em Israel não ofereceriam proteção a um assassino intencional (Nm 35.11,15). Absalão preferiu refugiar-se entre os parentes de sua mãe, e foi hospedado pelo seu avô Talmai, rei de Gesur por três anos (2Sm 13.37; 1Cr 3.2; 2Sm 13.38).
2.3 Um homem egocêntrico. Após o seu regresso para Jerusalém, pela intercessão de Joabe (2Sm 14.21-23,28), Absalão passou dois anos sem ser chamado à presença de seu pai (2Sm 14.24,28), algo que o incomodou muito (2Sm 14.32). Na intenção de provocar uma audiência com o rei, Absalão de maneira egocentrista e maquiavélica mandou atear fogo ao campo de Joabe para forçá-lo a ir na casa do rei e trabalhou incansavelmente durante quatro anos para pôr seu plano em prática – a revolta contra seu pai para conseguir o que queria (2Sm 14.29-33). Era egocêntrico, do tipo de pessoa que ultrapassava todos os limites para que a sua vontade fosse realizada, ainda que se necessário usando de astúcia (Js 9.4; Jó 5.13; Sl 119.118; Lc 20.23; 2Co 11.3).
2.4 Um homem traiçoeiro. Absalão esforçou-se em mostrar ao povo que existia um contraste entre ele e o rei (2Sm 15.5,6), dizendo que o rei já era avançado em idade e incompetente, pois não dava atenção necessária aos necessitados e não punia os corruptos, enquanto que ele era jovem, cheio de ideais e planos, e possuía já os conhecimentos necessários a um governante mais preparado, desprezando a autoridade do seu pai e ganhando a simpatia entre o povo (2Sm 15.10-12).
2.5 Um homem conspirador. Absalão trabalhou incansavelmente durante quatro anos para pôr seu plano em prática (2Sm 15.1-12). Ele dissimuladamente procurava impressionar o povo se exibindo com carros, cavalos e homens que corriam adiante dele com lisonjas. Agia demonstrando espírito de grandeza e sentava-se à porta da cidade como juiz, mas não o era. Apresentava supostas falhas administrativas do rei, dizendo que não havia pessoas capazes indicadas pelo rei para atender ao povo. Dominado pela vaidade desejou alcançar a popularidade através da mentira.

III – A CONSPIRAÇÃO DE ABSALÃO CONTRA O REI DAVI

Do latim: “conspiratio onis”, conspiração significa: “ação de construir um plano que prejudica alguém, geralmente um governante ou uma pessoa poderosa; maquinação. Ato de quem busca prejudicar alguém, com a ajuda de outrem; conluio. Combinação secreta com alguém, contra uma terceira pessoa; trama”. Foi exatamente isto que Absalão fez para com o seu pai Davi (2Sm 15.12). Vejamos os passos da sua conjuração maligna:
3.1 Furtou o coração do povo. Uma das estratégias de Absalão era apresentar-se como amigo de todos, recusando até que as pessoas se inclinassem diante dele em sinal de respeito, em detrimento disso, vivia criticando vigorosamente a administração de Davi (2Sm 15.2-6). Prometeu que, se fosse juiz na terra (naqueles dias equivalente a tomar-se rei), garantiria justiça para todos. O príncipe egoísta mostrou-se pérfido e sem escrúpulo ao usar de todos os artifícios a sua disposição para furtar o coração do povo e granjear seu apoio (2Sm 15.6). Davi havia conquistado o coração do povo pelo sacrifício e serviço, mas Absalão o fez do modo mais fácil, com o se faz hoje em dia: criando uma imagem irresistível de si mesmo às pessoas, conquistando alguns seguidores (2Sm 15.12). Absalão é o retrato de satanás que induziu outros anjos a se aliarem a ele em sua rebelião contra Deus (Ez 28.16; Ap 12.14; Jd v.6).
3.2 Foi oportunista. Absalão não era apenas um mentiroso e caluniador de primeira linha, mas também um homem maliciador e capaz de discernir o momento certo de agir traiçoeiramente contra seu líder. Esperou durante dois anos até mandar matar Amnom (2Sm 13.23-29) e, posteriormente, esperou quatro anos antes de rebelar-se abertamente contra o pai e tomar o trono (2Sm 15.7 - ARA). Ao ler os "salmos do exílio" de Davi, temos a impressão de que, nessa época, o rei se encontrava enfermo e não estava cuidando diretamente dos assuntos do reino, dando a Absalão a oportunidade de tomar seu lugar e de assumir o controle. Tal atitude é característica da ação de satanás, que espera momentos oportunos para investir contra a vida dos servos de Deus (Gn 3.1; 39.7-11; Lc 4.1-13; Ef 6.11).
3.3 Foi demagogo. O demagogo: “É aquele que promove os próprios interesses ao fingir profunda dedicação aos interesses do povo” (WISERBE, 2010, p. 342). Demagogia é uma forma de atuação política na qual existe um claro interesse em manipular ou agradar a massa popular, incluindo promessas que muito provavelmente não serão realizadas, visando apenas à conquista do poder político e ou outras vantagens correlacionadas. Na antiguidade, a porta da cidade equivalia à prefeitura e ao fórum (Rt 4.1; Gn 23.10; Dt 22.15; 25.7), e Absalão sabia que encontraria ali muita gente malcontente se perguntando por que o sistema judicial não funcionava com eficiência (2Sm 19.1-8). Absalão cumprimentava esses visitantes com o se fossem amigos de longa data e descobria de onde haviam vindo e quais eram seus problemas (2Sm 15.2). Concordava com todos que suas queixas eram válidas e que deveriam ser decididas em favor deles no tribunal do rei (2Sm 15.4). Suas palavras não passavam de bajulação do tipo mais desprezível, mas algumas pessoas por sua ingenuidade se deixavam enganar (2Sm 15.11). Absalão afirmava que poderia cuidar melhor dos assuntos do reino se, ao menos, fosse juiz, uma forma sutil de criticar o pai querendo demostrar uma suposta humildade (2Sm 15.5).
3.4 Foi maledicente. Todo rebelde é um maledicente: “característica do que ou de quem vive falando mal de outras pessoas. Pessoa que propaga difamações; malfalante, maldizente”. O maledicente gosta de se projetar falando mal dos outros. Absalão para ganhar popularidade, fez acusações falsas e infundadas contra Davi, insinuando que o rei não dava a atenção devida às causas a ele levadas (2Sm 15.3), como também, acusavam de que o monarca agia com injustiça (2Sm 15.4), cometendo assim um pecado abominável aos olhos de Deus: espalhar intriga entre os irmãos (Pv 6.16-19). O maledicente sempre constroe sua imagem desconstruindo a reputação dos outros. É muito comum aos que são fieis a Deus, serem alvos desse tipo de pessoa (Mt 5.11). Foi assim com os profetas do AT (Mt 5.12), com o próprio Senhor Jesus, durante seu ministério terreno (Mc 14.56-59; 15.3), e com os crentes de um modo geral (At 6.11-14; 3Jo v. 9,10).

IV – LIÇÕES DA REBELIÃO DE ABSALÃO

4.1 Revelou quem de fato era fiel a Davi. No plano maligno de Absalão para usurpar o trono de seu pai, foi integrado ao conluio Aitofel que pertencia ao conselho real de Davi (2Sm 15.12). Apesar da sua posição ao lado do rei, na primeira oportunidade revelou sua deslealdade, levantando-se contra o ungido do Senhor (2Sm 15.31). Em contra partida, outros são mencionados como sendo leais a Davi: (a) Itai, o giteu (2Sm 15.19-22); (b) Zadoque e Abiatar, os sacerdotes (2Sm 15.24,27,35); (c) os levitas (2Sm 15.24); (d) Husai, amigo de Davi (2Sm 15.37); (e) servos anônimos, que iam ao seu lado (2Sm 15.18); e, (f) seiscentos homens, que iam à frente do rei (2Sm 15.18). A amizade genuína é a leal (Pv 18.24; Jo 6.6; 1Co 13.7) e está disponível para ajudar nos momentos de angústia e dificuldade (Pv 17.17).
4.2 Revelou o fim dos que são rebeldes. Absalão não teve sucesso na sua almejada pretensão. O seu final não foi tão belo quanto pensava, pois tomou um caminho perverso, onde não teve a aprovação de Deus. Sua dignidade foi corrompida, porque deixou o diabo dominar o seu enganoso coração. Uma batalha foi travada em Efraim onde Davi repartiu o seu exército em três companhias sob a direção de Joabe, Abisai e Itaí (2Sm 18.2). Os homens fiéis a Davi mataram quase vinte mil homens de Absalão. A batalha resultou em completa derrota do exército de Absalão. Absalão perdeu-se nas florestas e enquanto galopava em sua mula, seus cabelos se embaraçaram nos ramos de um grande carvalho. Assim suspenso, ele foi morto por Joabe e seus escudeiros (2Sm 18.14,15). Absalão perdeu a vida por entrar no caminho da desobediência, arrogância e rebelião.
CONCLUSÃO
Com este episódio, aprendemos que a rebelião aborrece a Deus. Evitemos, pois, o pecado da rebeldia; busquemos a sabedoria e a prudência divinas, para que não experimentemos a ira do Deus justo e verdadeiro.
Professor Paulo Avelino. Disponível em: https://www.portalebd.org.br

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO
Nesta lição, discorreremos sobre a rebelião de Absalão; não se tratava apenas de uma oposição ou resistência à autoridade, mas da síndrome do poder. O assassinato de seu irmão, Amnom, não foi apenas um feito vingativo, mas a oportunidade de excluir um rival que estava na linha de sucessão ao trono (2Sm 13.20-39). Absalão era oportunista, perspicaz. Valendo-se de sua beleza física e carisma incomum, procurou derrubar o próprio pai, na esteira das falhas governamentais, buscando apoio nos descontentes, para reinar, prometendo que julgaria a todos com equidade e rapidez[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
A história de Absalão é uma das mais tristes e comoventes do Antigo Testamento. Ele era um jovem bonito, cheio de vida e de sonhos. Criado no palácio real, conheceu e experimentou tudo o que há de bom e de ruim no mundo restrito dos poderosos. Mas os atos pecaminosos da família real foram decisivos para que o jovem Absalão se transformasse, aos poucos, num homem astucioso, vingativo e traidor.Neste artigo, veremos como é danoso o pecado numa família. Quando não é enfrentado e combatido com severidade, suas conseqüências são imensamente terríveis. Na casa de Davi, por um período, o pecado esteve presente de forma tão intensa que a vida do jovem Absalão foi tragada prematuramente. Que a história desse jovem nos ajude a lidar corretamente com os perigos que a vida nos impõe (abiografiadoshomessdabiblia). Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
I. O HOMEM ABSALÃO
1. Descrição. Absalão era o terceiro filho de Davi com Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur, que nascera em Hebrom (2Sm 3.2,3) — Davi teve seu primeiro filho com Ainoã, Amnon, o primogênito; o segundo com Abigail, Quileabe. Do hebraico, o nome Absalão significa “o pai é da paz” (2Sm 3.3). Duas coisas o distinguem: seus longos cabelos e sua aparência física, que era sem defeito (2Sm 14.25). Absalão era o filho predileto de Davi. Tinha uma vida de luxo, pois estavam a seu dispor um carro e 50 homens que corriam adiante dele. Tinha uma personalidade forte e capacidade para furtar o coração do povo (2Sm 15.1.6). Biograficamente, há muitos detalhes sobre o homem Absalão, em especial quanto à beleza física, mas nenhum destaque para sua vida espiritual. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
Como no caso de Saul (ISm 9.1-2), Absalão tinha o porte de um rei. Sua extraordinária popularidade aumentou por causa da sua aparência. No seu corte de cabelo anual, foi determinado que a cabeça de Absalão produzira cerca de 2 quilos de cabelo que teria de ser cortado. Depois que Absalão reconciliou-se com a família, tomou posse de carros e cavalos e cinqüenta homens, símbolos da realeza (1Sm 8.11). O registro de que ‘furtava o coração dos homens’, aponta para a resolução de pequenas circunstâncias, tratadas com cuidado, pessoalmente, caso a caso. As audiências públicas a aconteciam sempre pela manhã num tribunal presidido do lado de fora, à porta da cidade. Absalão ali se colocava para obter favorecimento. Como o rei estava ocupado com outras questões ou com as guerras, além de estar envelhecendo, muitas questões ali ficavam sem solução, o que acabava criando um profundo sentimento de ressentimento entre o povo. Absalão se aproveitava dessa situação para minar seu pai, concedendo a todos que podia acordos favoráveis e demonstrando a todos a sua cordialidade. Desse modo, ele obtinha a afeição das pessoas sem que elas percebessem sua ambição maligna.
Absalão foi o terceiro filho do rei Davi. A mãe de Absalão era Maaca, a filha de Talmai, rei de Gesur. A história de Absalão está registrada na Bíblia no livro de 2 Samuel no Antigo Testamento (2 Samuel 13-19). A Bíblia diz que Absalão era um homem muito bonito. Ele teve três filhos e uma filha, que herdou sua beleza (2 Samuel 14:25-27). O nome Absalão significa “pai é de paz”, mas a paz não foi algo notável em sua biografia. Absalão ficou conhecido na narrativa bíblica de uma forma muito negativa. Dois eventos principais marcaram sua vida: o assassinato de seu meio-irmão Amnom por vingança; e a conspiração e rebelião contra seu próprio pai, o rei Davi. Esses conhecidos eventos da vida de Absalão também estavam relacionados ao castigo do Senhor a Davi por causa de seu adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias. Através do profeta Natã, Deus anunciou três punições ao monarca: 1) seu filho com Bate-Seba iria morrer (2 Samuel 11:27; 12:14); 2) a espada não se apartaria de sua casa (2 Samuel 12:10); e 3) alguém de sua própria família iria possuir suas concubinas e esse escândalo se tornaria público em Israel (2 Samuel 12:11,12). Os dois últimos castigos tiveram participação direta de Absalão.” (estiloadoracao)
2. Em que consistia a causa da revolta de Absalão? Podemos asseverar que Davi é o grande responsável pelo desastre que aconteceu no seio de sua família, devido às suas faltas. Sua queda enfraqueceu espiritual e moralmente sua família. Assim, primeiramente vem o estupro de Tamar por Amnom, depois a morte deste por Absalão, que teve de fugir e ficar distante do pai por três anos. O retorno de Absalão, por parte da estratégia de Joabe, não foi muito bom, pois, ao retornar, Davi fica sem falar com Absalão por aproximadamente dois anos. Isso resultou em grande ódio e amargura no seu coração para com o pai. Nada justifica o procedimento errado dos filhos, mas, por vezes, os pais contribuem para que eles tomem o caminho da rebeldia deliberada (cf. Ef 6.4). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
As Escrituras registram que o ocorrido foi uma conseqüência do adultério de Davi e do assassinato de Urias (2Sm 11-12).
Absalão saiu do palácio do pai, disposto a armar uma conspiração contra ele. Durante quatro anos, furtou o coração do povo e preparou uma revolta armada contra seu pai. Ao todo, foram nove anos de pendências entre pai e filho. Foram nove anos em que se fez vistas grossas a uma situação insustentável de mágoas e ressentimentos. Chegou a um ponto em que Absalão não queria mais diálogo com o pai, mas decidiu conspirar contra o pai. Absalão não queria mais o perdão do pai, mas queria matar o pai. Absalão não queria mais reconciliação com o pai, mas decidiu tomar o trono do pai. Nessa inglória empreitada, Absalão é assassinado por Joabe, comandante do exército Davi. O rei se desmancha em lágrimas num choro amargo, dizendo: "Absalão meu filho, meu filho Absalão". Davi declara seu acendrado amor pelo seu filho tarde demais, quando ele não podia mais ver suas lágrimas, ouvir sua voz nem sentir o calor do seu abraço. O pai da paz perdeu sua vida numa decisão infeliz de conspiração contra seu próprio pai. Absalão negou seu nome e fechou as cortinas da vida de maneira triste e dolorosa. Sua história é um alerta para todos nós. Não podemos adiar a solução dos problemas de relacionamento dentro da nossa casa. O perdão, o diálogo e a lealdade devem reger nossos relacionamentos!(hernandesdiaslopes)
Esse período de quatro anos teve início ou no retorno dc Absalão de Gesur (2Sm 14.23) ou com a sua reconciliação com Davi (2Sm14.33). A cidade natal de Absalão, Hebrom, lugar onde Davi foi ungido pela primeira vez como rei de Judá e sobre todo o Israel. Absalão disse que quando estivera em Gesur havia feito o voto de que, se fosse restaurado a Jerusalém, ofereceria um sacrifício de ações de graças em Hebrom, onde os sacrifícios eram costumeiramente feitos antes da construção do templo. Davi, que sempre incentivava a devoção religiosa, deu o seu consentimento. Absalão tramou uma conspiração, que incluía levar alguns dos líderes para dar a impressão de que o rei apoiava a ação, e que, por causa da sua idade avançada, estava compartilhando o reinado. Tudo isso era um disfarce sutil para Absalão ter a liberdade para planejar a sua revolta. Absalão conseguiu fazer tudo isso não pela sua esperteza, mas pela negligência de seu pai (1Rs 1.6).
II. A REVOLTA DE ABSALÃO
1. A fraqueza do reinado de Davi. O que se desenrola nesse capítulo ainda é resquício do pecado cometido por Davi; como falou Natã, sua vida seria marcada por inúmeros problemas (2Sm 12.10,12). Davi, ao ocultar seu duplo pecado, pôs-se a levar uma vida relaxada tanto espiritual quanto publicamente; ele não estava mais julgando as causas como deveria; os problemas do reino acumulavam-se, aumentando grandemente a insatisfação do povo. O servo de Deus deve fazer de tudo para proceder corretamente perante Deus e o povo, pois a fragmentação de sua vida moral e espiritual pode abrir portas a uma tempestade incontrolável, levando-o a significativas perdas, daí a exigência de Paulo: “sejamos irrepreensíveis” (1Tm 3.2).||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
No contexto da revolta de Absalão mais uma parte da profecia de Natã se cumpriu. Aconselhado por Aitofel, Absalão possuiu as concubinas de Davi numa tenda no terraço perante os olhos de todo o Israel (2Sm 16.22). Esse ato abominável perante Deus também deixou clara a reivindicação de Absalão pelo trono de Israel. Nossos pecados não ficarão para sempre escondidos; Colheremos o resultado de nossa maldade, ainda que mais tarde nos arrependamos. Por estas razões, vamos viver uma vida digna do Deus a quem servimos! Vamos praticar o verdadeiro arrependimento, que implica numa mudança completa de vida. Como dizia Lewis W. Dillwyn: "Arrependimento sem mudança de vida é como ficar bombeando sem consertar o vazamento". Cada um de nós tem a sua fraqueza e não estamos isentos de pecar; A Bíblia nos manda “vigiar e orar” para não entrar em tentação. Os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou em grande arrependimento na convicção de haver pecado.
2. O Absalão político. Há o registro do plano da insurreição de Absalão em 2 Samuel 15.1-12. Ele trabalhou incansavelmente durante quatro anos para pôr seu plano em prática — a revolta contra seu pai. De duas maneiras Absalão procura impressionar o povo: primeira, se exibindo com carros, cavalos e homens que corriam adiante dele; segunda, a lisonja. O Absalão político agia da seguinte maneira: demonstrava o espírito de grandeza. Era comum aos reis do Oriente terem servos que iam adiante de seus carros, que, por vezes, variavam de três a quatro homens. Mas Absalão apresentava-se com cinquenta (2Sm 15.1). Ainda, exercia uma função que não era sua. Ele sentava-se à porta da cidade como juiz, mas não o era. Apresentava as falhas no setor administrativo do rei, dizendo que não havia pessoas capazes indicadas pelo rei para atender ao povo. Depois, fazia falsa bajulação. Ele dispensava algo que era digno a todo filho de rei: reverência, antes demonstrava falsa humildade; tudo não passava de dissimulação. Ainda, falsa devoção a Deus. Dizia que havia feito um voto a Deus, mas tudo era apenas uma ação mentirosa para enganar o rei. Finalmente, habilidade em ser sagaz. As pessoas se deixaram levar por toda essa ação sagaz sem que percebesse seu real significado[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
O conflito não resolvido entre pai e filho afligia o rei, e a despeito da séria ameaça que Absalão representava ao seu governo, Davi se relutava em reconhecer que sua autoridade estava seriamente ameaçada.
Aqueles que governam de maneira carnal e destituída dos valores cristãos, utiliza todo tipo de artifícios e dissimulações. Absalão levou 4 anos, desde a concepção até a realização de seu intento. Partiu para Hebrom, cidade real que ficava no coração das terras de Judá. Nessa tribo, ele se achava influente. Note, ainda, a astúcia de Absalão: nessa empreitada de ir até Hebram, se fez acompanhar de 200 homens, leais a Davi, os quais inocentemente aceitaram o convite, e foram usados como propaganda – quem visse aquele cortejo naturalmente entenderiam que eles estavam do lado dele e que Davi havia sido desertado por alguns dos seus melhores amigos. Não algo novo vermos boas pessoas sendo usadas por outros para encobrir suas práticas perversas. É útil aqui a recomendação bíblica: não vamos nos apressar em crer em cada espírito; mas em provar os espíritos.
Mas um político não se faz sozinho, Absalão corteja um assessor eficaz e encontrou em Aitofel as qualidades necessárias para levar a diante seu intento. Um político sábio e alguém que tinha a mente clara, conselheiro de Davi e seu guia e amigo íntimo (Sl 5.13; 41.9), que por causa de alguma aversão da parte de Davi em relação a ele, ou dele em  relação a Davi, ele foi banido da vida pública. A política bem-sucedida de Absalão se vê quando o povo ia se unindo a ele continuamente, o que tornou a conspiração forte e temível; todos aqueles que foram beneficiados nos julgamentos por Absalão, não somente vinham eles próprios, mas buscavam influenciar outros, de maneira tal que Absalão não precisava de pessoas para apoiá-lo.
3. Proclamando-se rei. Absalão foi para Hebrom com permissão de seu pai, mas ele o fez com falso pretexto, para comandar, de lá, seus emissários. Ele preparou esses homens e, ao seu sinal, ao som de trombetas, deveria ser proclamado a todo o Israel: “Absalão reina em Hebrom!”. Por que Hebrom? Esse jovem sabia que, no seu histórico, Hebrom estava ligada com a monarquia de Israel; foi nela que seu pai fora coroado rei (2Sm 2.4; 5.3) e que seu reinado durou ali sete anos e meio. Absalão tinha consciência de que havia da parte de Judá um sentimento muito especial por esse lugar; estrategicamente, buscava apoio naquela região. Ele fez um convite especial para duzentas pessoas escolhidas a dedo, que eram de influência, mas não sabiam de nada, e levou também um dos conselheiros do rei Davi, Aitofel. Desse modo, estava montado todo o projeto para a conspiração de Absalão[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
Hebrom foi a cidade escolhida para o encontro de sua facção. Ali ele havia nascido e também foi lá que Davi começou a reinar, era portanto uma cidade real e sua posição estratégica no centro de Judá e Absalão teria ali muitos velhos amigos para lhe dar apoio ao rebelar-se contra o pai.  
4. A lealdade dos servos de Davi. Ao tomar conhecimento da ação de seu filho Absalão, Davi apronta para fugir. Sem dúvida isso era a consequência da espada que viria sobre sua casa, como fora profetizado. Ao sair Davi de Jerusalém com seus amigos, a primeira parada que faz é em frente ao Monte das Oliveiras, que tem ligação com a Via Dolorosa (Lc 22.39). Junto com Davi, vai muita gente, mas o texto faz um destaque à lealdade de um estrangeiro de Gate, cujo nome era Itai. Davi insistentemente solicita que ele volte a ter com o rei, Absalão, o que não o faz, mas se coloca à sua inteira disposição com toda fidelidade, afirmando que ficaria ao seu lado, quer fosse para vida quer para a morte (2Sm 15.21). Isso tocou profundamente o coração de Davi, pois tal posicionamento deveria partir, isto sim, do seu filho[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
Ao ouvir que o povo preferia Absalão, Davi decidiu fugir levando consigo os homens que lhe eram fiéis em Jerusalém. Notadamente Davi não reuniu um conselho para decidir que atitude tomar, mas, consultando a Deus em seu coração, decidiu deixar Jerusalém imediatamente (v. 14). Esta decisão tão contrária ao seu caráter mostra o quão corajoso era – colocou-se como penitente submetendo-se ao castigo e debaixo da mão corretora do Senhor. Talvez lembrou-se do seu encontro com Natã, do seu pecado, e da palavra dita pelo profeta e acatou os desígnios divinos.
O principal motivo de sua fuga deve ter sido o seu reconhecimento, que aquela tribulação estava vindo sobre ele por permissão do Senhor, em razão do cumprimento da profecia que lhe fora transmitida por Natã, e assim, não estava se submetendo às forças que se encontravam com Absalão, mas ao potente braço do Senhor, que não era com ele naquela hora difícil, quanto a impedir tudo aquilo que estava ocorrendo. E na fuga, deixou dez de suas concubinas em Jerusalém, para cuidarem da casa (v. 16) e foram estas mulheres que viriam a ser abusadas por Absalão, seguindo o conselho que lhe fora dado por Aitofel (v. 20 a 23), não por motivações lascivas, senão políticas, de maneira que manifestasse a todo Israel até que ponto estava decidido em tomar o lugar do seu pai, e que não recuaria na decisão de matá-lo.” (livrosbiblia)

III. A MORTE DE ABSALÃO
1. Coração de pai. Davi teve de montar seu exército para lutar contra o próprio filho, dividindo-o em três companhias, uma sob a liderança de Joabe, outra, de Abisai, e a última de Itai. Ele se propõe a ir para o combate, mas o povo não permite. Duas coisas importantes devem ser entendidas aqui: a primeira é o valor que o povo via em Davi; sendo ele um grande guerreiro, uma pessoa capaz, ainda que estivesse pagando um alto preço, as pessoas sabiam do seu valor (2Sm 18.3; 1Sm 18.7; 29.5), e que por causa disso ele era o alvo principal. A segunda é que o povo queria evitar que o próprio pai tivesse que confrontar o filho. Todos viam a dor que Davi sentia ao formar aquele exército, para lutar contra seu filho; por isso, pediu que se tratasse o jovem com brandura[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
O experiente general de guerra resolve fazer um ataque em três frentes, uma estratégia militar comum naquele tempo (veja Jz 7.16; 1Sm 11.11; 13.17). Como caberia aos reis de então, Davi queria liderar os seus homens na batalha; entretanto, o povo reconheceu que a morte de Davi seria a derrota certa e Absalão teria a garantia do trono. As palavras do povo ecoavam o que Aitofel havia dito antes a Absalão (17.2-3). Então Davi foi persuadido a permanecer em Maanaim. Davi ordenou que seus três comandantes não ferissem a Absalão, que o tratassem com brandura. As quatro vezes em que foi usada a expressão "o jovem Absalão" (vs. 5, 12, 29, 32) sugerem que Davi via Absalão de modo sentimental, como um jovem rebelde que podia ser perdoado.
2. O preço da rebelião de Absalão. A batalha de Absalão pelo trono, ou seja, sua rebeldia em troca do poder, custar-lhe-ia a vida. Os homens de Davi entraram em combate. A vitória facilitou a vitória de Davi, pelo fato de a floresta, na qual os homens de Absalão embrenharam-se, ser traiçoeira. Em alguns relatos bíblicos, forças naturais contribuíram para que o povo do Senhor fosse vitorioso, como lama, insetos, doenças, o que prova que Deus age como Ele quer. Vinte mil homens de Absalão foram abatidos (2Sm 18.7,8). Vendo que estava perdendo a batalha, fugiu sobre um mulo, mas acabou preso nos ramos de um grande carvalho, suspenso pelos cabelos entre o céu e a terra. Joabe tomou conhecimento da situação de Absalão, irando-se, porque o homem que lhe trouxe a notícia não o matara. O mensageiro lhe disse que não poderia ter feito isso, ainda que fosse para ganhar mil moedas de prata, pois tinha ouvido o pedido do rei. Joabe, então, foi até Absalão e traspassa-o com dardos. Depois disso, o combate termina. O fim de Absalão foi trágico, porque ele agira como usurpador, rebelde; pela lei, deveria morrer (Dt 21.18,21,23; 2Sm 17.2,4). Toda rebeldia tem seu preço; por isso o melhor é sempre evitá-la[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
A batalha se deus no bosque de Efraim, assim chamado por causa de algum feito dos efraimitas, embora ficasse em Gade. Surpreendentemente, em razão da densidade das árvores e da natureza acidentada do terreno, a perseguição dentro do bosque resultou em mais mortes do que o combate em si (veja v. 9), de fato, era o próprio Deus aplicando sua justiça, os perseguia e não permitia que vivessem. Isso esclarece como Absalão ficou preso pela cabeça, com o seu longo cabelo, que tinha sido o seu orgulho, enrascado num emaranhado de galhos mais grossos. Um dos soldados de Davi, que se recusou a desobedecer à ordem do rei registrada no versículo 5 de tratar Absalão "com brandura", não havia feito nada pelo príncipe suspenso, deixando-o vulnerável. A lança de Joabe matou Absalão enquanto os escudeiros de Joabe o golpearam para terem certeza de que estava mesmo morto. Nessa ação, Joabe desobedeceu a uma ordem direta de Davi.Foi desentranhado dos galhos e esquartejado, como ocorre com os traidores; mutilado impiedosamente, recebe sua morte em terror, sentindo toda a sua dor. Absalão foi sepultado numa cova profunda coberta por pedras, talvez num simbolismo de apedrejamento, que era o que a lei prescrevia para um filho rebelde. Muitas vezes, um montão de pedras demonstrava que o cadáver ali sepultado era de um criminoso ou inimigo (Js 7.26; 8.29). Absalão havia eternizado a si mesmo ao edificar um monumento em sua própria honra. Nos dias de hoje, existe ali um monumento, um túmulo, chamado de túmulo de Absalão (talvez no mesmo local) onde judeus ortodoxos cospem ao passarem.
CONCLUSÃO
Com este episódio, aprendemos que a rebelião aborrece a Deus. Evitemos, pois, o pecado da rebeldia; busquemos a sabedoria e a prudência divinas, para que não experimentemos a ira do Deus justo e verdadeiro. Sejamos fiéis e santos. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
Rebeldia é pecar contra Deus de propósito, com a intenção de desobedecer; é escolher o pecado, conhecendo o que é certo. 1Jo 1.0 diz “Se afirmarmos que não temos cometido pecado, nós o fazemos mentiroso, e sua Palavra não está em nós”, no entanto, o pecado de rebelião não é para aqueles que experimentaram a salvação, isso por que a rebeldia é uma afronta direta a Deus, rejeitando Sua autoridade (At 7.51). A maior forma de rebeldia é conhecer a verdade do Evangelho mas rejeitar Jesus como salvador.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário