COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Hoje vivemos uma época em que
temos um número crescente de seguidores de Cristo que diriam “sim” para seu SALVADOR,
mas “não” para sua NOIVA. Eles querem fazer parte de Cristo mas querem nada com
a igreja. Muitos procuram ter a IGREJA local acomodar suas vidas e atividades
em vez de fazer suas vidas acomodarem a igreja local.
Vale aqui lembrar as palavras do
grande pensador C. Wright sobre a importância da igreja local “A missão de
Deus para a redenção incluí a igreja, a igreja foi criada para a missão de Deus”.
Para isso, precisamos distinguir os dois modelos de igrejas apresentados na
palavra:
Igreja Local - composta de denominações ou
grupos formados por pastores, obreiros e membros.
Igreja Universal - que é o corpo místico de
Cristo na Terra, formada por todos os salvos de todas as denominações que
pregam o Evangelho.
I. A MORDOMIA DOS
BENS ESPIRITUAIS
Desde o nascimento da Igreja, em
Atos 2, vemos a promessa de que Cristo construiria a sua igreja. A palavra
igreja vem da palavra grega ekklesia que se refere a um povo
chamado para fora do mundo e colocado na família de Deus. A palavra também pode
ser traduzida como congregação ou assembleia. A igreja universal é composta por
todas as pessoas que acreditaram e acreditam em Cristo e foram redimidas pelo
seu sangue, desde o nascimento da Igreja, em Atos 2. A igreja local é composta
por cada cristão de uma comunidade específica, onde eles começam a cumprir o
seu novo propósito, juntos. A primeira igreja começou a estruturar uma
assembleia localmente para realizar atos específicos em conjunto.
No início da igreja primitiva,
homens e mulheres que aceitaram o evangelho nasceram espiritualmente, mas,
nasceram em um mundo onde eles eram a minoria. Eles nasceram de novo em um
mundo que era hostil a suas novas crenças e a sua nova relação com o criador.
Estes novos crentes tinham uma necessidade imediata de crescer em conhecimento
a respeito deste novo relacionamento, bem como compreender qual seria sua
responsabilidade nisso. Atos 2.41 diz: “De sorte que foram batizados os que
de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil
almas”. Eles cresceram em números e assim se fez necessário cuidado e
amadurecimento daqueles que eram seguidores do Rei dos Reis.
Nisso entendemos que a igreja é um de lugar de:
- Proteção: (10.25-26), onde a comunhão na
igreja é necessária para que ninguém se afaste e desvie da fé, Exemplo: Se você
tira uma brasa da fogueira é isolar ela, ela irá se apagar, por isso que é
importante estarem juntas. Abandonar a comunhão é a pior atitude que o crente
pode tomar. Devemos cuidar uns dos outros à medida que a volta de Cristo se
aproxima, para nos mantermos em comunhão e para que ninguém se isole e seja
destruído por viver em pecado. Vale a pena investir no relacionamento com a
igreja, pois ela é um lugar de cuidado e de proteção.
- Encorajamento: (Fp 1.14). As lutas do apóstolo Paulo tiveram efeito
positivo na igreja de Filipos. Na comunhão da igreja local nos encorajamos
mutuamente a permanecer firmes na luta contra o pecado e o Diabo,
compartilhando experiências de vida, admoestando e desafiando. Na igreja estabelecemos
relacionamentos significativos de amizade e discipulado, em que um incentiva o
outro a não desistir e a avançar para o crescimento. Nos cultos recebemos
palavras vindas diretamente de Deus para nos guiar, corrigir. A igreja é uma
comunidade de amor, um presente de Deus para nos ajudar em nossa caminhada
diária. Faça um alto investimento em seu relacionamento com sua igreja, pois,
segundo a Bíblia e as experiências que vivenciamos, ela é um lugar de
encorajamento.
- Manifestação de Deus (Lc 6.19). A riqueza espiritual que existe no corpo de
Cristo é algo imensurável. Ela nos é transmitida pelo exercício da comunhão com
Deus. Somente na igreja, e não individualmente, alcançamos o propósito maior de
Deus para nós.
1. Valorizando a Palavra de Deus. A palavra de Deus é importante
para a vida geral da igreja local, porque toda religião, é fundada sob vários
ensinamentos/ filosofias e doutrinas. Estas doutrinas, cridas, recebidas e
praticadas determinam, em nós como igreja local:
* Nosso Caráter - O que somos.
* Nossa Ação - O que fazemos.
* Nosso Destino - Para onde
iremos.
Por isso é importante estarmos
firmados nas verdades acerca das doutrinas de Deus (Tt 2.10; Jó 11.4; 2ª Tm
3.14-17). Paulo exorta na sua carta a Tito assim: “Apegado à palavra fiel
que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder, assim para exortar pelo reto
ensino como para convencer os que contradizem” (Tt 1.9).
2. Valorizando as prioridades
(Evangelismo / Discipulado). O evangelismo é muito importante porque traz salvação para
muitas pessoas. A fé vem por ouvir o evangelho (Rm 10.17). Normalmente uma
pessoa só vem para Jesus porque um dia alguém lhe falou sobre Jesus. Todos
precisam ouvir sobre Jesus. Deus quer dar a todos a oportunidade de ir para o
Céu (Ez 18.32). Quando pode, o crente deve falar sobre Jesus para as pessoas à
sua volta, para que tenham essa oportunidade. Quem ama seus amigos não quer que
eles pereçam.
Mas devemos nos lembrar de que
para que o evangelismo produza bons resultados, algumas outras tarefas devem
existir e funcionar bem dentro da igreja como condição ao sucesso dessa missão,
como o ensino, comunhão adoração, oração e serviço. A nós, igreja local, também
é dada a tarefa do discipulado como prioridade. Nossa missão não
é só para mudar a condição de uma pessoa diante de Deus, mas também mudar o seu
propósito em Deus. No exercício do discipulado, a igreja local deve levar o
novo crente a um processo de crescimento ajudando-o a se tornar um seguidor
totalmente dedicado a Jesus Cristo. Este processo celebra a transformação do
novo crente e lhe dá também um novo propósito.
O processo de discipulado existe
para ajudar o novo seguidor de Cristo a entender, através da Palavra de Deus,
seu propósito aqui nesta terra. A igreja local carrega sobre seus ombros a responsabilidade
de conduzir cada crente através de uma visão clara e motivadora para as suas
vidas, como parte do corpo de Cristo, podendo impactar a sua comunidade e o
mundo.
3. Valorizado as Ferramentas. Os dons do Espírito concedidos
por Deus à igreja de Corinto tinham por finalidade prepará-la e santificá-la
para o serviço do evangelho: a proclamação da Palavra de Deus naquela cidade.
Todavia, além de aquela igreja não usar corretamente os dons que recebera do
Pai, tinha em seu meio divisões, inveja, imoralidade sexual, etc. As
manifestações espirituais na igreja local não são propriamente indicadoras de
seriedade, espiritualidade e santidade. Uma igreja onde predominam a inveja,
contenda e dissensões, nem de longe pode ser chamada de espiritual, e sim de
carnal (1ªCo 3.1-3).
Os dons também não são sinais de
superioridade espiritual. Muitos creem erroneamente que os irmãos agraciados
com dons da parte de Deus são, por isso, mais espirituais que os outros.
Todavia, os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus. Por ser
resultado da graça divina, não recebemos tais dons por méritos próprios, mas
pela bondade e misericórdia de Deus (Mt 7.22,23). Para que servem então essas
ferramentas, chamadas na bíblia de dons:
- Edificar a si mesmo: Paulo diz que quem “... fala
língua estranha edifica-se a si mesmo” (1ªCo 14.4).
- Edificar os outros: Os dons só têm razão de existir
quando o portador preocupa-se com a edificação da vida do outro irmão em Cristo
(1ªCo 14.12).
- Edificar até o não crente: Todos quantos vierem a
frequentar nossas reuniões devem ser edificados, sejam crentes ou não. Por
isso, não podemos escandalizar aqueles que não comungam a mesma fé que nós
(1ªCo 14.23).
- Edificar todo o corpo de Cristo: Os membros do corpo, cada qual
com sua própria função concedida pelo Espírito, cooperam para o bem de todas. O
amor é essencial para os dons espirituais alcançarem seu propósito. Se não
houver amor, certamente não haverá edificação (1ªCo 13). Sem o amor de Deus nos
tornamos egoístas e acabamos por colocar nossos interesses em primeiro lugar. O
propósito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, só pode ser cumprido se
tivermos o amor de Deus em nossa vida.
II. A MORDOMIA DOS
CRENTES NA IGREJA LOCAL
Em primeiro lugar é preciso
congregar. A importância de
congregar reside em:
- Termos relacionamentos valorizados, onde os membros: amam
uns aos outros (Jo 13.34-35; 1ªPe 4.8); sujeitam-se uns
aos outros (Ef 5.21); suportam uns aos outros (Cl 3.13) e confessam
mutuamente seus pecados uns aos outros (Tg 5.16).
- Contribuirmos para o desenvolvimento um do outro em amor
onde: edificam uns aos outros (Rm 14.19); instruem uns
aos outros (Cl 3.16); aconselham uns aos outros (Cl 3.16); compartilham
salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 5.19).
- Ajudar uns aos outros, continuamente: servindo uns
aos outros (1ªPe 4.10); levando os fardos uns dos outros (Gl
6.2); sendo mutuamente hospitaleiros (1ªPe 4.9); sendo bondosos
uns para com os outros (Cl 3.12) e orando uns pelos outros (Tg
5.16).
Líderes cristãos como mordomos. Esses são os sábios arquitetos
do Corpo de Cristo, pois Deus levanta homens para edificarem espiritual, moral
e doutrinariamente a igreja local. A Igreja é o “edifício de Deus” (1ªCo
3.9). Os ministros, sábios arquitetos (1ªCo 3.10). O fundamento já está posto
pelos apóstolos: Jesus Cristo (1ªCo 3.11). Mas os ministros têm de tomar o
cuidado com as pedras assentadas sobre este alicerce, pois eles também tomam
parte na edificação espiritual da Igreja de Cristo segundo a mesma graça
concedida aos apóstolos. Por isso, Paulo faz uma solene advertência para a
liderança hoje: “... mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém
pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”
(1ªCo 3.10,11). São também chamados na palavra como despenseiros dos
dons. O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos dons de
Deus (1Pe 4.10,11). Ele usou a figura do despenseiro que, antigamente, era o
homem que administrava a despensa e tinha total confiança do patrão. O
despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não estragassem e os
distribuíam para a alimentação da família.
A mordomia dos membros e
congregados. Biblicamente, membresia
significa vida partilhada em conjunto. Outra palavra para descrever a igreja é koinonia,
que indica natureza coletiva ou comunitária absolutamente essencial ao seu
verdadeiro ser. A igreja não existe, não pode desenvolver-se sem vida de
comunidade. A expressão natural da vida de Cristo no salvo leva-o a se reunir
(At 2.44,46) e a resistir à tentação de deixar de se congregar (Hb 10.25).
Qualquer crente, pois, que deixa de experimentar a vida íntima da comunhão com
os irmãos, deixa de experimentar a igreja como corpo de Cristo.
Devemos, como membros, ser também, despenseiros
da obra do Senhor devem alimentar a “família de Deus” (1ª Co 4.1; Ef
2.19). Eles precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para
prover a alimentação espiritual, objetivando a edificação do Corpo de Cristo: “Cada
um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se
alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo
Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para
todo o sempre” (1ªPe 4.10,11).
Pr. Samuel
Cardoso [EBD IEADTC]
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A igreja local é formada por pessoas que se reúnem para
adorar, congregar e servir a Deus. Nesta lição, refletiremos sobre as nossas
responsabilidades quanto ao lugar no qual desenvolvemos nossa comunhão com o
Pai Celeste e com os irmãos em Cristo. Que o Espírito Santo nos guie neste
estudo!
A igreja local é a expressão da
comunidade cristã, que constitui a “[...] universal assembleia e igreja dos
primogênitos, que estão inscritos nos céus [...]” (Hb 12.23a). Nesse aspecto,
o místico,
ela é chamada de a “Igreja Universal”, o “Corpo de Cristo”, ou a “Noiva do
Cordeiro”. É formada por todos os crentes, salvos, vivos (ou mortos), santos e
fiéis. Ela só pode ser vista ao mesmo tempo por Deus, que, do seu Trono, vê
todas as pessoas e todas as coisas num “eterno agora”, como diria um grande
teólogo. Como tal, a Igreja é um organismo
espiritual, tendo Cristo como a Cabeça, como diz Paulo aos
Colossenses: “E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o
primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Cl 1.18),
e os crentes são como seu Corpo. Nesse aspecto, a Igreja tem a administração
espiritual, sobrenatural, estando sob a direção do Espírito Santo (Jo 14.26).
Só precisamos colocar-nos sob sua dependência para tudo funcionar bem.
É a essa Igreja que se refere o autor do livro “Aos
Hebreus”, que se expressa de modo eloquente nas seguintes palavras: “Mas
chegastes ao monte Sião, e a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e aos
muitos milhares de anjos, à
universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e
aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22,23 - grifo nosso). Nessa
Igreja (com “i” maiusculo), só os salvos de verdade estão incluídos, tanto os
vivos como os que já morreram, desde a fundação do mundo. [RENOVATO, Elinaldo. Tempos,
bens e talentos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2019]
I. A MORDOMIA
DOS BENS ESPIRITUAIS
1. A mordomia e a valorização da Palavra de Deus. Ao longo dos séculos, Deus confiou a proclamação de sua
Palavra aos seus seguidores. Há mais de 1490 anos antes de Cristo, Deus falou
com e por meio de Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois, falou por
intermédio de outros profetas a partir de Samuel até Malaquias. E, nos últimos
dias, revelou-se através de seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).
Hoje, pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical
são os mordomos que cuidam da evangelização e do discipulado nas igrejas
locais. Por isso, todos devem zelar pela Palavra de Deus, lendo-a, estudando-a
em profundidade e realçando o seu inestimável e infinito valor.
Espera-se que, na liturgia do culto cristão, a Palavra de Deus tenha a
primazia (Sl 119.11). Num culto, a pregação e o ensino da Bíblia Sagrada deve
ter toda a prioridade. Se a mordomia da Palavra for negligenciada, os prejuízos
espirituais da congregação serão grandes e, às vezes, irremediáveis.
A
Palavra de Deus e um bem espiritual por excelência. Foi por sua Palavra, fruto
de sua mente divina, que todas as coisas vieram a existir a partir do nada. Ao
longo dos séculos, Deus sempre se comunicou com o ser humano por meio de sua
Palavra. Primeiro, na transmissão verbal. Depois, por intermédio da comunicação
escrita e por meio dos homens escolhidos para serem arautos da vontade divina.
Eles foram mordomos da Palavra de Deus ouvindo, registrando e proclamando as mensagens
de Deus para o povo de Israel e para o mundo.
A preservação da Palavra de Deus. Após a definição do “cânon sagrado”, que
e o conjunto de livros bíblicos considerados “inspirados” e “revelados” por
Deus ao mundo, a Bíblia sagrada reuniu escritos sagrados durante 1600 anos
(incluindo o período interbíblico), por meio de cerca de 40 autores ou
escritores usados por Deus para a proclamação de sua vontade, revelada ao ser
humano de forma especial. Esse acervo literário, que e uma verdadeira “Biblioteca
Divina”, e um patrimônio espiritual de valor inestimável para a Igreja e para a
humanidade. Cabe a Igreja, por intermédio dos cristãos nas igrejas locais,
exercer a mordomia da Palavra de Deus, preservando esse verdadeiro “Tesouro de
Conhecimentos Bíblicos” para toda a humanidade. [RENOVATO, Elinaldo. Tempos, bens e talentos. Rio de Janeiro: CPAD, 2019]
2. A mordomia na evangelização e no discipulado. Uma das melhores formas de se exercer a mordomia da Palavra
de Deus é evangelizar todos os tipos de pessoas (Mc 16.15,16). De acordo com
essa demanda, a Palavra de Deus deve ser proclamada “a tempo e fora de tempo” (2
Tm 4.2). Somente ela pode transformar o interior das pessoas.
Vivemos momentos tristes da igreja. A maioria dos líderes vê a igreja como uma empresa onde a arrecadação de dízimos e ofertas são para seus próprios investimentos financeiros e empreendimentos. Deus não criou a igreja para enricar alguns em detrimento de outros e nem para ser uma grande empresa de capital fácil e sem impostos.
A igreja deve ser um hospital de almas e uma agência missionária. A igreja não pode ser um fim em si mesma, pois tem um dono e Senhor que lhe ordenou: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15 - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19).
O QUE É A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL Evangelização integral envolve milagres, pregação, conversão, batismo nas águas, batismo no ESPÍRITO SANTO, manifestação de dons do ESPÍRITO SANTO, ajuda social de alimentação e vestuário e até moradia.
Evangelização integral é o mesmo que dizer: Evangelização que atinge todo o mundo ao mesmo tempo, ou seja, Evangelização que não existe ainda.
A ordem de JESUS era que o evangelho fosse pregado ao mesmo tempo em Jerusalém (cidade toda), Judeia (estado ou país na época - território de Judá), Samaria (Israel do Norte todo, com capital em Samaria), e até os confins do mundo (mundo todo).
A preocupação de Paulo era exatamente essa, atingir todo o mundo.
Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações. Marcos 13:10 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15 - Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro. Colossenses 1:23
Os discípulos em Jerusalém sofreram uma perseguição permitida por DEUS para que saíssem pregando em todas as partes.
E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. Atos 8:1
Paulo procurava pregar o evangelho onde JESUS ainda não havia sido pregado. E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde CRISTO foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio; Romanos 15:20. É no livro de Atos onde a igreja deve aprender sobre evangelização. [http://eronildoserafim.blogspot.com/2019/07/licao-5-mordomia-da-igreja-local.html?]
Todavia, paralelo à evangelização, deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt 28.19),
que é a mordomia da Palavra exercida de maneira pessoal no curto, médio e longo
prazos. Sem discipulado não há aprofundamento da fé, perseverança, fidelidade e
maturidade cristã. Isso é o que as estatísticas missionárias revelam. Onde há
real discipulado, a maior parte das pessoas permanece em Cristo. Mas, quando o
discipulado é ignorado, esse dado cai vertiginosamente.
DISCIPULADO INTEGRAL - O amor é demonstrado através de ações
espirituais, materiais e sociais.
3. A mordomia no uso dos dons espirituais. Os dons espirituais são concedidos por Deus para dar poder
e unção à Igreja. Eles confirmam a pregação da Palavra, a fim de glorificar a
Cristo. A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à
Igreja, ou seja, aos salvos: “Cada um administre aos outros o dom como o
recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10
– grifo meu).
Na Bíblia há orientação para o uso correto dos dons espirituais (1 Co
14.40). Por esse motivo, certas práticas estranhas ao Movimento Pentecostal não
devem ser estimuladas nem toleradas no culto público, tais como marchar, pular,
rodopiar ao som de batidas, correr de um lado para outro, sapatear, fazer
“aviõezinhos” etc. Segundo a Bíblia, isso é meninice, imaturidade e, muitas
vezes, revela apenas carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1).
Os
dons espirituais são considerados bens de grande significado para a vida da
igreja crista. No Novo Testamento, que foi escrito em grego, a palavra “dom”
assume significados diversos. O termo “doma” indica a oferta de
um “presente”, “boa coisa” (Mt 7.11); “dons”, concedidos por Deus aos homens
(Ef 4.8), com base no Salmo 68.19. A palavra cháris indica “dom
gratuito” ou “graça” (2 Co 8.4). O termo chansma e muito
utilizado em estudos bíblicos, pois tem o significado de “dons do Espírito”,
concedidos pela graça de Deus, com propósitos muito elevados; e relacionado ao
termo ta charismata, utilizado em 1 Coríntios 12.4,9,28,30 e 31,
que tem o sentido de “dons da graça” . Ha o termo grego ta pneumática, usado
por Paulo em 1 Corintios 12.1; 14.1, que se refere a “dons espirituais”. “No
Novo Testamento, os dons de Deus estão a disposição de todos os que creem, com
a finalidade de promover graça, poder e unção a Igreja no exercício de sua missão,
de forma que Cristo seja glorificado”.2 A mordomia dos dons espirituais e de
grande valor para a Igreja do Senhor Jesus.
A Igreja tem exclusividade no uso dos
dons espirituais. Nenhuma
instituição no mundo tem a capacidade e o dever de administrar o uso dos dons
espirituais de acordo com a Palavra de Deus. Somente a Igreja foi confiada essa
grande mordomia de caráter espiritual, dada não só aos líderes, como também aos
crentes de modo geral. Diz Pedro: “Cada um administre aos outros o dom como o
recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1
Pe 4.10 — grifo acrescentado). Como já foi visto no primeiro capítulo, a
palavra despenseiro equivale a mordomo ou administrador (gr. oikonomos). Os dons espirituais são
elencados no capítulo 12 da primeira carta de Paulo aos Coríntios. São
instrumentos poderosos, bem como disponíveis a todos os membros da Igreja, que
os capacitam a exercer sua missão no mundo. [RENOVATO, Elinaldo. Tempos, bens e talentos. Rio de Janeiro: CPAD, 2019]
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Quantos
minutos você gasta por dia para ler a Bíblia e orar? Quantas vezes na semana
você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo convertido na sua igreja
local? Você se preocupa com o exercício dos dons espirituais na sua igreja?
Você tem algum dom espiritual?
Essas
são algumas perguntas que sugerimos para o início da exposição deste primeiro
tópico. A ideia é que a classe pense com seriedade acerca dessa disciplina
indispensável ao crente. O que permeia essas perguntas é encontrado na vida de
muitos cristãos santos que gastaram suas vidas para ler a Bíblia, orar,
evangelizar, discipular, exercer os dons espirituais: mordomia espiritual. Assim,
estimule seus alunos a seguir os exemplos desses servos abnegados.
II. A
MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA
1. A assistência social no Antigo Testamento. No Antigo Testamento, encontramos o fundamento para a obra de
assistência social:
1.1. Nos salmos. Davi, homem de Deus,
analisando a situação do próximo, afirmou: “Fui moço, e agora sou velho, mas
nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl
37.25). Certamente, já com idade avançada, o salmista podia concluir que o
“Jeová Jiré” não desampara jamais aqueles que o servem (Sl 82.3,4).
1.2. Nos provérbios. O sábio escreveu: “Informa-se o justo da causa do pobre, mas o ímpio não
compreende isso” (Pv 29.7). O texto mostra que não podemos nos omitir quanto à
necessidade de nossos irmãos.
1.3. Nos profetas. Isaías, o profeta messiânico, clamou pelos necessitados (Is 1.17).
Jeremias, o “profeta das lágrimas”, falou em defesa dos oprimidos (Jr 22.3). O
profeta Ezequiel não deixou de contribuir, protestando contra Jerusalém, pela
sua omissão em atender aos pobres (Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de igual
modo para exortar sobre o cuidado com os necessitados, incluindo órfãos, viúvas
e estrangeiros (Zc 7.9,10).
2. Assistência social no Novo Testamento. Aqui também encontramos fundamentos para a obra de
assistência social:
2.1. Nos Evangelhos. Jesus, em seu ministério, multiplicou pães e peixes duas vezes para
alimentar as multidões (Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica que Jesus deu
muita importância à necessidade de socorrer os famintos. Assim, na igreja
local, os cristãos têm o privilégio de prover o alimento necessário para
aqueles que necessitam do pão cotidiano.
2.2. Nos Atos dos Apóstolos. Os diáconos foram escolhidos para cuidar da assistência
social da igreja. Tal trabalho foi considerado pelos apóstolos um “importante
negócio” (At 6.1-6). Dentre as características da Igreja Primitiva, vemos que
os crentes “tinham tudo em comum” (At 2.44,45).
2.3. Nas Epístolas. O apóstolo Paulo, ensinando sobre os dons, dá ênfase ao ministério de
socorro aos pobres e carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago, de início, em sua
carta, já afirma que a verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas e
guardar-se da corrupção (Tg 1.27), pois “a fé sem as obras é morta em si mesma”
(Tg 2.17).
3. Agindo para glória de Deus e o alívio do próximo. Não precisamos, portanto, do Socialismo, ou do Marxismo, ou
da Teologia da Libertação (braço auxiliar do marxismo que dessacraliza o
evangelho e politiza o Reino de Deus) para acolher e cuidar dos necessitados. Os
representantes dessas ideologias usam um ideal supostamente nobre para escravizar
pessoas e perpetuarem-se no poder. Infelizmente, o nosso país, bem como toda a
América Latina, é vítima dessa ideologia nefasta.
O fundamento da igreja local para a prática social está nos salmistas, nos
profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, em toda a Bíblia. A Igreja de
Cristo deve socorrer os menos favorecidos porque o amor de Deus está em nós, e,
portanto, devemos amar o nosso semelhante (Mc 12.30,31; cf. Gl 2.10).
Que estrutura as igrejas locais têm para atender os novos convertidos que se
acham entre certos grupos: prostitutas, moradores de rua, drogados, famintos, deficientes
e deprimidos? É preciso, à luz do exemplo do nosso Salvador, e dentro das
nossas possibilidades (Ec 9.10), estruturar o mínimo de condições para resgatar
tais segmentos. Sejamos zelosos na mordomia da ação social!
No âmbito da igreja local, a igreja é
formada por pessoas que se unem e que se reúnem para adorar e servir a Deus em
um determinado lugar (bairro, região, país, etc.), sendo formada pelos crentes,
salvos (ou não), sendo vista por Deus e também pelas pessoas em geral. No meio
dessa igreja (local), estão “o trigo” e “o joio”, ou seja, os crentes fiéis e,
ao mesmo tempo, aqueles que não são fiéis, ou santos. Como organização, a
igreja local precisa de direção, de atividades, de normas, de estatutos e,
principalmente, de ações humanas. Neste aspecto organizacional, a igreja
precisa de Administração Eclesiástica.
Desse modo, ao analisarmos a mordomia
da igreja local, devemos ter em mente que todos os que a integram são
responsáveis perante Deus por sua mordomia. Os líderes são incumbidos de maior
responsabilidade perante o “Cabeça” ou Senhor da Igreja. Os membros e
congregados não são isentos de considerar a importância e a relevância da
igreja local para suas vidas e, de igual modo, prestarão contas dessa mordomia
no tempo próprio, na Eternidade. Meditemos neste importante assunto de
interesse de todos os que fazem parte da Igreja do Nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo.
A
mordomia da igreja local inclui o cuidado com os necessitados, os carentes ou
menos favorecidos na vida. Com relação a isso, as igrejas locais tem a enorme
tarefa de cuidar dos que precisam alimentar o corpo e não o podem fazer,
convenientemente, por falta de recursos e de meios para adquirir alimentação,
roupas, sapatos, etc. Quantos cristãos não conseguem ir a igreja local por
falta de roupa e/ou por não terem o mínimo para alimentar-se. E o que a igreja
tem a ver com isso? Tudo! A Bíblia demonstra que Deus não quer apenas o
atendimento as necessidades espirituais, mas também a assistência social como
expressão do amor ao próximo.
Asafe,
músico e salmista, exortava: “Defendei o pobre e o órfão; fazei justiça ao
aflito e necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-o das mãos dos ímpios”
(SI 82.3,4). A igreja tem condições de cuidar dos necessitados a ela agregados.
Basta que o coração dos crentes seja aberto para isso sob a orientação segura
da liderança constituída por Deus.
Jesus
foi o nosso maior exemplo na assistência aos necessitados. No ato da
multiplicação dos pães e peixes percebemos que os discípulos simplesmente
queriam que Jesus não se esforçasse muito e tão somente mandasse a multidão
procurar comida nas aldeias circunvizinhas. O Mestre, porém, ordenou-lhes
incisivamente: “Dai-lhes vós de comer”. Assim sendo, na igreja local, os cristãos
têm o dever de prover o alimento necessário para aqueles irmãos que se encontram
em situação de necessidade. Não adianta apenas dar a “Paz do Senhor” para eles
ou dizer “Graça e Paz” e, em seguida, despedi-los vazios e famintos. Assim como
no Antigo Testamento, o mesmo Deus de Davi faz-nos saber que nunca deveremos
ver “desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”. A ética
cristã não pode compactuar com a miséria entre os irmãos. [RENOVATO, Elinaldo. Tempos,
bens e talentos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2019]
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Diakonia
(‘Serviço’, ‘ministério’). São os esforços no serviço a Cristo que continuam
o ministério encarnacional que realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter
desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que
este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de
uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a Cristo por meio
de servir à criação que está debaixo do seu senhorio.
A
dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com
denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é alcançar de modo prático
os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a
sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas
à imagem de Deus. A Igreja, revestida pelo poder do Espírito, terá de passar
das palavras para ações se quer ver realizados os propósitos de Deus. Não
poderá haver maneira de fugir deste fato: se vamos realmente servir no
ministério continuado de Jesus Cristo, esse serviço deverá seguir o exemplo do
seu ministério” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.604).
III. MORDOMIA DOS CRENTES NA
IGREJA LOCAL
1. Em primeiro lugar é preciso congregar. É notório o crescimento dos “desigrejados”. Não temos
espaço aqui para entrar em detalhes sobre o fenômeno. Entretanto, um dos
maiores perigos deste movimento é esta falsa ideia: já que a “igreja sou eu”,
não preciso frequentar os cultos regulares, nem ser membro de uma igreja local.
Ora, não é isso o que a Bíblia ensina, mas exatamente o contrário: “não deixando
a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10.25). Quer sua igreja
local seja grande, quer seja pequena, ou um ponto de pregação, alegre-se em
orar com os irmãos, participar da ceia do Senhor, ouvir a Palavra de Deus,
compartilhar os dons espirituais e assistir aos mais necessitados. Tenha a
alegria de congregar! Ame a Cristo, o cabeça; mas ame também a Igreja, o seu
corpo.
Na
Igreja, como Corpo de Cristo, “A Noiva do Cordeiro”, integrada por todos os
salvos em todos os tempos e em todos os lugares, não se conhece todos os
crentes. Só Deus tem a dimensão dos milhões e milhões dos remidos por Cristo.
Todavia, na igreja local, numa cidade, num bairro ou num distrito, numa igreja
sede ou em suas congregações, a liderança e os membros normalmente se conhecem
uns aos outros por meio das redes de relacionamento, nos cultos, nas reuniões,
nos departamentos e em outras estruturas da organização local, onde e
desenvolvida e efetivada a mordomia da Igreja do Senhor Jesus Cristo. E na
igreja local que as pessoas aceitam a Cristo como Salvador e nela que
permanecem servindo a Cristo, ou se afastam, ou se desviam dela. Diante dessa
realidade, vê-se a grande importância de cada igreja crista, no âmbito local,
ser um lugar de pregação, de discipulado, de louvor e também um lugar de
acolhimento cristão em termos espirituais, emocionais e, se necessário, de
assistência social. [RENOVATO, Elinaldo. Tempos,
bens e talentos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2019]
2. Líderes cristãos como mordomos. Os pastores das igrejas locais, como mordomos cristãos, têm
grande responsabilidade diante de Deus pelas almas que lhe são confiadas. Essa responsabilidade
está amparada no próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor ensina-nos como cuidar
das almas que o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos discípulos, e ensinou:
“Entendeis o que vos tenho feito? [...] Porque eu vos dei o exemplo,
para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.12,15 – grifo meu). Aqui,
está claro que nenhum líder deve comportar-se como “maior que os outros”,
inacessíveis aos humildes servos do Senhor, mas todos devem fazer parte da
“irmandade da bacia e da toalha”. Essa perspectiva consciente da liderança
evangélica é o mais eficaz antídoto contra o orgulho.
Dois tipos de mordomos. Em seus sermões, Jesus usou a figura de
dois servos ou dois mordomos. Um foi chamado de “servo fiel”. O outro foi chamado
de “mau servo”. Cristo refere-se a um “Senhor” que constituiu dois servos sobre
a sua casa para cuidar dela, dando o sustento aos outros servos “a seu tempo”.
A esse, Ele assim o chama de “servo fiel e prudente”, considerando-o
“bem-aventurado” por desincumbir bem seu trabalho ou sua mordomia, e, “quando
vier, achar servindo assim”, recompensa-o pondo-o “sobre todos os seus bens”.
Ele passa a ser um “mordomo-mor” (Mt 24.46,47). Observe que esse servo “fiel e
prudente” não e um servo comum, mas, sim, um mordomo, pois “o Senhor constituiu
sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo” (Mt 24.45). O pastor da
igreja local deve saber cuidar bem dos servos de Deus sob sua responsabilidade,
dando “o alimento espiritual” sadio, tirado da despensa de Deus. Ele também
deve cuidar da orientação do rebanho de Deus em seus diversos segmentos, desde
as crianças, os adolescentes, os jovens e os adultos e idosos. Essa missão só
pode ser confiada a quem e chamado, capacitado e comissionado para tanto.
Por
outro lado, o outro servo e considerado um “mau servo”, negligente, que imagina
o retorno do seu Senhor tardiamente, passando a comportar-se
irresponsavelmente, não cuidando de sua mordomia, mas so pensando em
aproveitar-se de sua posição. Primeiro, o texto diz que o “mau servo” passa a
“espancar os seus conservos”; logo, ele era líder sobre os outros na casa do
seu senhor. Depois, ele resolve aproveitar-se, buscando seus interesses e
satisfações, passando “a comer, e a beber com os bêbedos”, ou seja, utilizando
os bens do seu senhor de maneira irresponsável, desperdiçando o fruto de seu
trabalho com outros de sua qualidade. Na volta inesperada do seu senhor, o “mau
s em)” e desqualificado, demitido e lançado para ser contado “com os
hipócritas”, num lugar de punição e de tormento, onde “haverá pranto e ranger
de dentes” (Mt 24.47-51). [RENOVATO, Elinaldo. Tempos,
bens e talentos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2019]
3. A mordomia dos membros e congregados. Numa igreja local, além dos líderes terem uma
responsabilidade específica, o membro do Corpo de Cristo deve ser útil à Obra
do Senhor, exercendo a mordomia do Reino de Deus conforme a sua capacidade.
Orando, louvando, testemunhando, evangelizando, visitando enfermos e afastados,
liderando departamentos e realizando outras atividades. É preciso trabalhar “enquanto
é dia” (Jo 9.4).
Os
que integram uma igreja local são normalmente categorizados como “membros” ou
“congregados”. São considerados membros da Igreja de Jesus aqueles que
professam a fé cristã e submetem-se a ordenança do batismo em águas (cf. Mc 16.16),
crendo “de todo o coração” (At 8.36,37). Os congregados são aqueles que aceitam
a Cristo como Salvador e permanecem caminhando e servindo ao Senhor ate
confirmarem a sua Fe e batizarem-se em águas. Os membros e congregados na
igreja local também tem sua parcela de responsabilidade na mordomia e na
contribuição para o cumprimento da missão da igreja. Eles devem viver a
condição de nascidos de novo, dando testemunho como “sal da terra” e “luz do
mundo” (Mt 5.13). [RENOVATO, Elinaldo. Tempos,
bens e talentos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2019]
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Há
várias passagens no Novo Testamento nas quais podemos ver uma descri ção clara
do que significa ser membro da igreja. Uma das seções mais volumosas está em 1
Coríntios 12 a 14. Em 1 Coríntios 12, Paulo explica a metáfora da igreja como
um corpo com muitos membros. Em 1 Coríntios 13, ele estabelece o amor como a
atitude e a ação centrais que todos os membros devem ter. E em 1 Coríntios 14,
ele se volta à igreja em Corinto, cuja visão a respeito do conceito de
membresia está equivocada.
Alguns
líderes e membros da i g r e j a e n t e n d em o c o n c e i t o d e membresia
como um conceito organizacional ou ligado à administração. Por isso, eles
refutam a ideia de que sua visão seja antibíblica. Contudo, o conceito de
membresia é extremamente bíblico. A Bíblia explica ‘membros’ de um modo diferente
da cultura secular. Por exemplo, observe o termo em 1 Coríntios 12.27,28: ‘Ora,
vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na
igreja...’.
Você
percebe a diferença? Os membros de uma igreja compõem o todo e são partes essenciais
do todo [...]” (RAINER, Thom S. Eu Sou Membro de Igreja: Descobrindo
a atitude que faz a diferença. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.25).
CONCLUSÃO
A mordomia na igreja local abrange muitas tarefas. Precisamos saber a
nossa vocação e perseverar nela para servir melhor ao Senhor e à sua Igreja. É
um grande privilégio servir a Deus com os dons que Ele nos deu. Portanto, seja
um mordomo fiel na igreja em que você congrega. Ame a Deus, ame ao próximo, ame
à igreja e congregue com alegria.
Valorize a igreja local.
Algumas
questões podem ser levantadas. Que estrutura tem as igrejas locais em geral
para dar assistência social a pessoas que estão aceitando a Cristo, tais como:
prostitutas, mendigos, inválidos, famintos, menores abandonados, cegos, aleijados
e outros infelicitados na vida? Se uma prostituta aceita a Jesus, ha casos em
que sua família não mais a recebe de volta; ela precisa sair dos prostíbulos e,
assim sendo, para onde vai? Se não tiver quem a acolha, poderá voltar ao antigo
poço de perdição. Quando um cego, um aleijado ou um aidético aceita a Cristo,
para aonde ira de imediato se não tiver para onde ficar? Para a casa dos
membros da igreja? Isso nem sempre e possível. Conhecemos o caso de um cego que
tocava na praça, pedindo esmolas. Ele, inclusive, morava na praça. Uma noite,
ele aceitou a Cristo com seu acordeom. Depois de ter sido recebido com alegria,
ficou sentado depois do culto, pensando que seria acolhido, só que o zelador
pediu para ele ir embora. Ele saiu triste, voltou para a praça e não retornou a
igreja. Precisamos refletir sobre isso. [RENOVATO, Elinaldo. Tempos, bens e talentos. Rio de Janeiro: CPAD, 2019]
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