COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Nesta última lição trataremos
sobre a restauração de Jó. Veremos que ela se dá quando ele se humilha diante
de Deus e intercede por seus amigos. Constataremos também que o testemunho de
Deus sobre Jó provou ser verdadeiro, e seus amigos tiveram de se retratar.
Durante toda provação, ele se manteve íntegro e não lhe foi atribuída impiedade
alguma. Pelo contrário, o Senhor o restaurou de forma grandiosa. – Depois de uma longa jornada sobre o itinerário espiritual de Jó,
chegamos ao seu final. Depois de idas e vindas, parece que tudo terminou como
havia começado: Jó, um homem rico e famoso! Todavia, se esse entendimento fosse
mantido, nada daquilo que o livro de Jó procurou ensinar teria sido absorvido.
A visão distorcida da religiosidade praticada nos seus dias, onde Deus sempre
recompensa os bons e pune os maus durante esta vida, continuaria sendo mantida.
Não é isso a que o livro de Jó propõe-se mostrar. Na verdade, a sua mensagem é
diametralmente oposta a esse tipo de entendimento. Jó terminou rico e próspero,
mas não mais do mesmo jeito que havia começado.
I. A HUMILHAÇÃO DE JÓ
1. O Jó humilhado. Os capítulos 38, 39 e 40 demonstram como Deus expôs a Jó sua onipotência
na Criação e sapiência em preservá-la. Ele mostrou que o patriarca era incapaz
de, não apenas compreender a dinâmica da Criação, mas, sobretudo, fazer algo
parecido com ela. Jó se convenceu de que seus próprios questionamentos eram
injustos. Se ele não era capaz de fazer o que Deus fez, então, com que
direito criticava os caminhos divinos? Se apenas uma das criaturas de Deus era
capaz de impor terror em Jó, como se comportaria ele diante do Criador dessas
criaturas?
2. Reverência e submissão. Diante da assombrosa visão da Criação de Deus, Jó agora exclama: “Bem
sei eu que tudo podes” (Jó 42.2). Esse versículo demonstra sua atitude de
reverência e submissão diante de Deus. Ele percebe que tudo o que aconteceu em
sua vida tinha um desígnio divino e, portanto, era tolice discutir ou
questionar com a sapiência divina: “Quem é aquele, dizes tu, que sem
conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia” (Jó 42.3;
cf. 38.2). Ao repetir a censura que Deus lhe fizera anteriormente, no capítulo
38, Jó demonstra não ver mais injustiça alguma nas ações de Deus. Ele admite
que agiu com presunção, pois desconhecia os sábios propósitos divinos.
3. Uma experiência viva com
Deus. A postura de Jó diante de Deus muda drasticamente.
Ele ainda continua a se dirigir a Ele, mas não da mesma forma que fazia. Agora
sua atitude é humilde, reflexo de uma experiência viva com Deus, conforme
descrita nas seguintes palavras: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora
te veem os meus olhos” (Jó 42.3). Para Jó, Deus era conhecido apenas de ouvido,
mas agora o patriarca viu o Criador. Essa experiência mudou-lhe a forma de ser.
Segundo o teólogo Roy Zuck, Jó possuía um conhecimento de Deus apenas por
tradição, de segunda ou terceira mão; mas agora ele o conhecia por meio de uma
experiência pessoal.
Não podemos nos contentar com um
conhecimento teórico acerca de Deus, mas devemos experimentá-lo. Quando temos
experiências vivas com o Altíssimo, renunciamos aos nossos “achismos” (42.3),
confessamos nossa miséria “no pó e na cinza” (42.6), rejeitamos o nosso orgulho
e rebeldia. Deus é glorificado em todas as áreas da vida.
A visão teofânica experenciada
por Jó provocou profundo impacto na sua vida. Até esse momento sublime,
encontramos um Jó entrincheirado, cheio de razões para apresentar. Ele sempre
demonstrou estar ciente da sua inocência e não aceitava, sob hipótese alguma,
declinar dessa posição. Ele foi capaz de demonstrar isso quando enfrentou uma
série de calorosos debates teológicos com os seus amigos. Primeiramente, Elifaz
enfrentou-o com atese da justiça retributiva. Beldade, da mesma forma, acusou-o
de levantar-se contra o caráter justo de Deus e querer destruir a moralidade
tradicional. Por outro lado, Zofar usou palavras ácidas para dizer que o Senhor
demostrava ser extremamente sábio em puni-lo da forma como estava punindo. Por
último, Eliú alfineta-o quando mostra a sua autossuficiência.
Jó reconhece que os desígnios de
Deus ultrapassam infinitamente o entendimento humano. É essa a conclusão que
chegou por meio da reflexão teológica sobre os dados da razão, da experiencia e
do diálogo, e precisamente quando entrou nas zonas do mistério que somente Deus
pode esclarecer. Percebeu, por fim, que na sua busca estava em jogo, além da
inteligência, a abertura do coração, a liberdade de espírito, o rigor moral.
São atitudes religiosas que o ajudaram a compreender que a sabedoria do homem
vem de Deus, que não é algo que sobe de baixo para cima, mas que desde de cima
para baixo e que é uma luz de Deus que ilumina sua inteligência. Por isso, Jó
pode afirmar que seus olhos viram a Deus, isto é, o Deus da interioridade, não
da exterioridade. Deus já não é objeto de sua reflexão e de suas palavras, mas
pessoa viva com quem entrou em comunhão com humildade e arrependimento.
A teofania finalmente aconteceu!
Jó vê-se face a face diante da majestade divina e contempla as maravilhas de um
Universo criado por Deus. Mais do que isso, ele contempla o desígnio divino no
criar e preservar a criação. Jó vê-se extasiado diante de tudo isso. De
repente, a justiça e a sabedoria divina, que ele sempre questionara, estavam
diante dele. Ao contemplar a glória de Deus, deu-se conta do seu pecado. Deus
estava certo, e ele estava errado. Como ele poderia questionar um ser tão sábio
e justo? Era o momento de humilhar-se.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Esta lição fala a respeito da
restauração do justo. À medida que você desenvolver o assunto, deixe claro a
importância de o crente experimentar pessoalmente a Deus. Além de conhecermos a
Palavra, precisamos também conhecer o Deus da Palavra. É muito importante que
os nossos alunos sejam estimulados a irem além da teoria: experimentar
pessoalmente a Deus. Estimule-os para tal realidade. Se puder, busque
biografias do meio pentecostal que destacam lindas experiências que homens e
mulheres tiveram com o Senhor. Apresente-as à classe. Nesse sentido, a nossa
história é muito rica. Aqui, sugerimos a Coleção Clássicos do Movimento
Pentecostal, editada pela CPAD, para lhe auxiliar.
II. A INTERCESSÃO DE JÓ
1. A ira de Deus. Após
ter se dirigido a Jó, o Senhor volta-se para Elifaz, o temanita: “A minha ira
se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim
o que era reto, como o meu servo Jó.” (Jó 42.7). Estas palavras dizem muito
sobre o conteúdo teológico do livro de Jó. Demonstram que as exposições feitas
pelos seus amigos não eram todas verdadeiras, pois partiam de premissas falsas.
Eles não apenas acusaram o patriarca, mas associaram o seu sofrimento a algum
pecado cometido por ele. Jó havia se humilhado, mas não do que lhe acusavam.
Ele humilhou-se a respeito de suas falas precipitadas que revelavam orgulho e
falta de bom senso. Em outras palavras, ele errou durante o seu sofrimento, mas
não por conta de pecados cometidos antes do atual sofrimento.
2. O pecado dos amigos de
Jó. Representados por Elifaz (42.7,9), o mais velho, o
pecado dos amigos de Jó foi evidentemente exaltar a justiça de Deus, mas
limitar seu poder soberano. Para eles, todo sofrimento deveria ser uma
consequência de um juízo divino como resposta a um pecado praticado. Como o
livro de Jó demonstra, quando dentro dos propósitos de Deus, o sofrimento é uma
manifestação de seu amor e graça e não uma forma de punição (Jó 1.8-12). Paulo
corrobora esse princípio quando diz que nos foi concedida a graça de padecermos
por Cristo e não apenas de crermos nele (Fp 1.29). Nisto os amigos de Jó pecaram
e, por isso, precisavam da intercessão do homem de Uz.
3. A oração de Jó. Deus dirige-se aos amigos de Jó e aconselha-os irem ao patriarca para
que este interceda por eles (Jó 42.7,8). Esse episódio mostra que uma teologia
errada, evidentemente, conduz para uma crença igualmente equivocada. Os amigos
de Jó defenderam Deus de forma enérgica e sincera, mas errada. O sofrimento do
patriarca não veio como uma punição, mas como provação. A fidelidade de Jó foi
provada por Deus e ele foi aprovado pelo Criador, pois continuava íntegro e com
seu caráter reto, conforme sua humilhação demonstrou. Agora, esse homem,
outrora acusado de pecador pelos seus amigos, os socorrerá por meio da oração.
A intercessão de Jó em favor dos
seus amigos dá-se no contexto de um revisionismo teológico. Deus fala aos
amigos de Jó que estes não falaram a respeito dele o que era reto como Jó havia
falado. A necessidade da apresentação de sacrifícios para expiar a culpa
demonstra inquestionavelmente que os amigos de Jó haviam pecado ao fazerem
ousadas afirmações teológicos sobre Deus. Isso significa dizer que o registro
daquilo que eles disseram, que faz parte do livro de Jó, é, sem dúvida,
inspirado. Todavia, nem tudo aquilo que falaram refletia a verdade de Deus. Há
muitas coisas ditas por eles que, em parte, era verdade. Como foi demonstrado
aqui, sempre foi a intenção do autor de Jó mostrar que a defesa da justiça
retributiva como a única opção teológica possível era um equívoco. Ela acusava
inocentes ao afirmar que eles estavam sendo punidos em virtude de um pecado
pessoal cometido, quando, de fato, isso não era verdade, e Jó era o exemplo
disso; por outro lado, retirava o direito do Senhor ser soberano. Ela também privilegiava
uma relação de troca, e não um relacionamento interpessoal. Quando levada às
últimas consequências, transformava Deus em um objeto, e o homem em mercadoria.
O Teólogo Schonberger acredita que é exatamente isso que o Senhor está
condenando aqui, visto que Jó também sofre reprimenda por parte de Deus quando
demonstra orgulho e autossuficiência. Jó, ao contrário dos seus amigos, estava
à procura da espiritualidade que vem de dentro, fruto de uma relação íntima com
Deus, e não simplesmente nos dogmas externos da religião.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Mesmo em frangalhos, e mesmo não
passando de ruínas, deveria Jó, naquele momento, atuar como sacerdote daqueles
que muito o feriram com suas palavras. Que incrível semelhança com o Senhor
Jesus Cristo! Nosso Salvador, embora tenha sido retratado pelo profeta como
alguém desprovido de parecer e formosura, intercedeu por nós pecadores (Is
53.2,3,12). Se este retrato que o profeta revela do Senhor parece forte, o que
diremos da pintura que do mesmo Salvador faz Davi: ‘Mas eu sou verme, e não
homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo’ (Sl 22.6)? No auge da
angústia, Jó era mui semelhante ao Senhor Jesus. Mas quão distante achava-se
ele da glória exterior do sacerdócio araônico! No entanto, caber-lhe-ia orar
por seus amigos, e por seus amigos oferecer os sacrifícios prescritos pelo
Senhor” (ANDRADE, Claudionor de. Jó:
O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD,
2002, p. 191).
III. A RESTAURAÇÃO DE JÓ
1. Restauração moral e
espiritual. A restauração de Jó acontece
primeiramente nas dimensões moral e espiritual. Convém destacar que as bênçãos
recebidas por ele devem ser vistas como uma restauração e não retribuição. Não
há uma teologia da retribuição no Livro de Jó, onde o ímpio é sempre punido e o
justo sempre recompensado. A mensagem de Jó é diametralmente oposta a esse
princípio. A lição moral e espiritual do livro é que Deus abençoa os homens
porque os ama e não porque estão envolvidos numa troca de favores em que
prevalece uma barganha espiritual.
2. Restauração social e
material. A restauração de Jó também
aconteceu nas dimensões social e material (Jó 42.11). As calamidades que
sobrevieram sobre ele, especialmente, suas feridas físicas e emocionais, o
expulsaram do convívio social. Ele suportou sozinho o que pensavam ser um
julgamento de Deus. Mas agora todos veem a graça divina derramada de forma
abundante sobre ele. Era, portanto, a hora de voltar ao convívio social e
desfrutar de tudo o que o Senhor lhe deu, pois “o SENHOR acrescentou a Jó outro
tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía” (Jó 42.10).
A restauração que o Senhor Jesus
faz na vida do ser humano leva em conta todas as dimensões da vida. Ele
restaura a vida espiritual, moral, social, material, trazendo dignidade ao
homem que teve, por meio da graça divina, a imagem de Deus restaurada.
Depois que Jó intercedeu pelos seus
amigos, o seu cativeiro chegou ao fim. A bênção de Deus foi derramada abundantemente
sobre ele. A bênção vai da prosperidade à longevidade, e ele, então, passa a
ter tudo em dobro. O seu drama terminou, e as suas lições ficaram para as
gerações futuras. – Nas
palavras de Charles Spurgeon: "A porta do arrependimento abre-se para o salão
da alegria", e foi exatamente o que aconteceu com Jó. No auge do livro, Jó,
o pecador, torna-se Jó, o servo de Deus (Jó 42:7-9). Em quatro ocasiões nesses versículos,
Deus usa um título especial do Antigo Testamento: "Meu servo" (1:8;
2:3). De que maneira Jó serviu ao Senhor? Suportando o sofrimento sem amaldiçoar
a Deus e, portanto, calando o diabo! O sofrimento que ocorre dentro da vontade
de Deus é um ministério que Deus concede a uns poucos escolhidos. – Porém, o
servo Jó torna-se também o intercessor. Deus estava irado com os três amigos,
pois eles não haviam dito a Jó a verdade sobre Deus (42:7) e precisavam se
reconciliar com Jó para que ele pudesse orar pelos três. Jó se transformou no
mediador entre Deus e seus três amigos! Ao perdoar os amigos e orar por eles, Jó
trouxe de volta as bençãos para a própria vida (v. 10). Quando nos recusamos a
perdoar a outros, provocamos nosso próprio sofrimento. – No final, Jó ficou com
o dobro do que antes possuíra. Teve vinte filhos: dez que estavam com Deus e
dez em sua casa. (Jó e sua esposa se reconciliaram.) Os amigos e parentes
trouxeram dinheiro para um "fundo de restauração" que Jó deve ter
usado para comprar animais reprodutores, e logo seus rebanhos estavam duas
vezes maiores que os primeiros. Voltou a ser um homem rico. Se essa mesma fórmula
também se aplicou a idade de Jó, no começo da história ele deveria ter 70 anos
de idade (Sl 90:10), e Deus permitiu que Jó vivesse mais duas vezes esse tanto
(Jó 42:16). - No Oriente, os pais orgulhavam-se de maneira especial das filhas
bonitas, e Jó teve três filhas assim: Jemima ("pomba"), Quezia ("canela")
e Queren-Hapuque ("recipiente de tinta para os olhos"). Jemima
possuia tranquilidade, Quezia possuía perfume e Queren-Hapuque tinha os cosméticos!
– Falecer "velho e farto de dias" era o objetivo de toda pessoa.
Trata-se de um conceito que vai além de uma vida longa. Significa uma vida rica
e plena que termina bem. Foi assim que Abraão e Isaque morreram (Gn 25:8;
35:29), e também o rei Davi (1 Cr 29:28).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Afirmou um crítico literário, certa vez, que dois são os defeitos do
Livro de Jó. O primeiro é que o antagonista da história – Satanás – sai de cena
ainda no prólogo. E o segundo é que, diferentemente dos dramas gregos, romanos
e ingleses, a história de Jó tem um final feliz. Não obstante, acrescenta o
crítico literário, o Livro de Jó é o mais belo poema de todos os tempos. O que os críticos literários
seculares classificam como defeito, nós chamamos de perfeição. Pois, de uma
forma magistral, o autor sagrado pôde conduzir o drama de Jó sem a presença do
adversário. E se o Livro de Jó é concluído com final feliz, é porque se manteve
com absoluta fidelidade aos fatos. Se os gregos, romanos e ingleses não se
afeitam aos finais felizes, os que servimos a Deus sabemos que, apesar das
intempéries, sempre haverá um final surpreendente venturoso àqueles que confiam
nas promessas de Deus. Conforte-se na história de Jó! Se as suas angústias são
grandes, maiores ser-lhe-ão as consolações. De toda essa provação, sairá alguém
bem melhor. Em sua história, também haverá um final feliz” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema
do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 196-97).
CONCLUSÃO
Chegamos ao final de mais um
trimestre. Aprendemos que nem sempre os ímpios são punidos e nem sempre os
justos são recompensados. Mas Deus julga os perversos e abençoa os justos, pois
todos fazem parte de um universo governado por leis e princípios morais.
Todavia, isso não é tudo. Deus é soberano e pode atuar fora das linhas que
habitualmente acreditamos que Ele opere. Assim, podemos aprender que Deus
não nos prova porque deseja nos punir, mas porque nos ama. Ele deseja
demonstrar ao seu adversário, o Diabo, que os homens podem servi-lo
sinceramente, sem uma relação de troca. Jó provou que o Diabo estava errado e
que Deus esteve sempre certo. – Não devemos interpretar equivocadamente o último capítulo
do livro de Jó e concluir que toda provação terminará com todos os problemas
solucionados, todas as mágoas perdoadas e todos "vivendo felizes para
sempre". Não é assim que acontece! Esse texto garante que, não importa o
que venha a acontecer conosco, Deus sempre escreve o último capítulo. Portanto,
não precisamos ter medo. Podemos crer que Deus fará aquilo que é certo, por
mais dolorosa que seja nossa situação. Porém, a maior benção de Jó não foi
reaver sua riqueza nem reconstruir sua família e seu círculo de amigos. Sua
maior benção foi conhecer melhor a Deus e compreender seu modo de agir de
maneira mais profunda. Como Tiago escreve: "Eis que temos por felizes os
que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor
lhe deu; porque o Senhor e cheio de terna misericórdia e compassivo" (Tg
5:11). E Hebreus 12:11 lembra que: "Toda disciplina, com efeito, no
momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto,
produz fruto pacífico aos que tem sido por ela exercitados, fruto de justiça".
– G. Campbell Morgan escreveu: "Em toda a história de Jó, vemos a paciência
de Deus e a persistência do ser humano. Quando essas duas coisas agem de
maneira solidária, o resultado é inequívoco. O ouro sai do fogo e a coroa da
vida e entregue". – Não importa o que Deus permita que aconteça em nossa
vida, sempre existe seu "depois". Ele escreve o último capítulo, e isso
faz com que todo o resto valha a pena. – Portanto, seja paciente!
REFERÊNCIAS
BRUCE, F. F. Comentário
Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento - Jó. p. 750, São Paulo: Vida, 2009.
GONÇALVES, José. A
fragilidade humana e a soberania divina: o sofrimento e a restauração de
Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico Antigo Testamento: Jó p. 43.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
LIÇÕES BÍBLICAS.
4º Trimestre 2020 - Lição 13. Rio de Janeiro: CPAD, 27, dez. 2020.
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