sexta-feira, 25 de setembro de 2020

LIÇÃO 13: A VIGILÂNCIA CONSERVA PURA A IGREJA

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I

   INTRODUÇÃO

Chegamos à última lição deste trimestre. Mais uma vez o Espírito Santo quer nos despertar dizendo que o tempo se abrevia (1 Co 7.29). Meditemos hoje na parábola de Jesus, escrita em Mateus 25.1-11, onde encontramos 10 virgens que ouviram o clamor da meia-noite (v. 6) mas apenas cinco delas estavam preparadas para ele. Deus nos abra os corações para compreendermos a sua Palavra, pois temos a necessidade de estar devidamente preparados! Amém – A parábola das dez virgens ressalta o fato que todos os crentes devem constantemente examinar sua vida espiritual, tendo em vista a vinda de Cristo num tempo desconhecido e inesperado. Devem perseverar na fé, para que uma vez chegados o dia e a hora, sejam levados pelo Senhor na sua volta (v. 10). Estar sem comunhão pessoal com o Senhor quando Ele voltar, significa ser lançado fora da sua presença e do seu reino.

   I. MEIA-NOITE: O DIA QUE JÁ PASSOU

À meia-noite (exatamente às 24 horas, o dia terminou definitivamente. Tudo o que nele aconteceu pertence ao passado, ao dia de ontem. Este é o sentido da expressão à "meia-noite". Ela nos fala de um dia, de um período de tempo que terminou. Do ponto de vista bíblico, o período de tempo ("o dia") que está para terminar é a dispensação da Igreja (Rm 11.25; Lc 21.24), e no momento em que Jesus arrebatar a sua Igreja fiel, este período haverá terminado definitivamente. Vivemos, portanto, os últimos momentos da Igreja aqui na terra.  Em Romanos 11.25 o apóstolo Paulo fala sobre a plenitude dos gentios que significa a conclusão do propósito de Deus ao chamar para si um povo dentre os gentios (At 15.14). É possível que se relacione, também, com um período em que a iniquidade dos gentios se complete, isto é, quando o pecado no mundo chegar ao nível pleno da rebelião contra Deus. Nessa ocasião, Cristo voltará para julgar o mundo.

A Bíblia diz que somos o sustentáculo da verdade (1 Tm 3.15). Que grande é a nossa responsabilidade! Por isso Jesus mandou que trabalhemos enquanto é dia (Jo 9.4), pois a NOITE há de vir, e então não será possível fazer mais nada! O termo “dia” refere-se à vida, ao passo que “noite” refere-se à morte. Passamos uma só vez por este mundo; se não fizermos aqui o que devemos e podemos fazer para Deus e para o próximo, não teremos outra oportunidade.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Esta lição deve reproduzir um apelo prático para a vida espiritual dos alunos. Por isso, ao introduzir esta lição, mencione o quanto que o Novo Testamento é mencionado ao lado da vigilância espiritual. A razão para isso é que a vigilância necessária não é uma questão meramente humana, mas espiritual. Necessitamos da graça de Deus, da orientação do Espírito Santo e de sua parceria para resistir a tudo o quanto pretende nos tirar do alvo, da meta do Reino de Deus. É preciso cultivar uma vida de oração e de vigilância.

  II. A MEIA-NOITE: INÍCIO DE UM NOVO DIA

Este fato diz respeito ao mundo inteiro. Aproxima-se o momento exato, à meia-noite, quando um novo dia vai raiar. Que dia será esse? O atalaia responde: - "Vem a manhã e vem também a noite" (Is 21.11,12).

1. A manhã começará. Um novo dia, o dia da eternidade, cujo início se dará quando Jesus chamar para si aqueles que lavaram suas vestiduras em seu precioso sangue. Esse é o dia de Jesus Cristo (1 Co 1.8; 2 Co 1.14; Fp 1.6,10; 2.16). Naquele momento, melhor do que nunca, Jesus verá o fruto do seu trabalho e de seu sofrimento (Is 53.11). Os que são do Senhor ressuscitarão e serão transformados, os vivos (1 Co 15.23), e Jesus levará a sua Noiva para a sala das bodas, onde a Igreja e o Cordeiro se unirão para todo o sempre (2 Co 11.2; Ap 19.9; 21.9). Desde já oremos e digamos: "Amem. Ora vem, Senhor Jesus" (Ap 22.20). –  Será um momento indescritível para a Igreja! A Bíblia termina com a promessa de que Jesus breve voltará, à qual João respondeu: “Vem Senhor Jesus”. Este anseio é também o de todos os cristãos verdadeiros. (1) Esta súplica é também uma confissão de que, enquanto Ele não vier, nossa redenção está incompleta, o mal e o pecado não estão exterminados, e este mundo não está renovado. (2) Temos toda a razão para crer que rapidamente aproxima-se o dia em que aquele que é chamado “a Palavra de Deus” e “a resplandecente Estrela da Manhã” descerá do céu para levar da terra os seus fiéis para a casa do Pai. Depois Ele voltará em glória e triunfo para reinar para sempre como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. Essa é a nossa imutável esperança e jubilosa expectativa.

2. A noite vem. Quando Jesus levar a Noiva, começará também o "dia da ira do Cordeiro", para o mundo que rejeitou a Jesus (Ap 6.16,17). O grande lagar da ira de Deus será pisado sem misericórdia (Ap 14.9; 15.7; 16.19; 19.15). As trevas dominarão a terra (Is 8.21,22). Para os homens que não houverem dado crédito às palavras de Deus começará o dia da vingança, e a ira de Deus será executada repentinamente, assim como foi nos dias de Noé (Gn 7.11,12; Mt 24.39). – A ira do Cordeiro deve alertar todos os leitores quanto à medida do ódio de Deus contra o pecado, a imoralidade e a iniquidade impenitente. É o mesmo que a ira de Deus. Os fiéis da Igreja de Cristo não estão destinados à ira de Deus, pois Jesus prometeu que virá para livrá-los da ira vindoura.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O cumprimento dessa profecia [Mt 24.15, 'abominação da desolação de que falou o profeta Daniel'] ocorreu em dezembro 167 a.C., quando Antíoco Epifânio colocou um símbolo cultual pagão no altar dos holocaustos, e dedicou o templo de Jerusalém ao deus grego, Zeus. Mas tanto Daniel quanto Jesus viram um cumprimento mais importante. Daniel 12.1 dá um pulo para a frente, para o tempo da Grande Tribulação, e a identifica como 'um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo’. Jesus também identificou aquele tempo como a 'grande aflição’ (Mt 24.21). No mundo presente, muitos crentes já estão sofrendo aflição, mas a Grande Tribulação será marcada pela ira de Deus mais do que qualquer coisa que o mundo já tem conhecido, conforme indica Apocalipse 6 – 18. Naquele período, também surgirá um ditador mundial, o Anticristo" (NORTON, Stanley (Ed.) Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 633,34).

  III. MEIA-NOITE, A HORA DE TREVAS

Para o povo de Deus, familiariza do com as Escrituras, nada parece estranho nem admirável, quando vemos trevas, angústias e dificuldades, pois sabemos, pela Bíblia, que estas coisas anunciam a vinda iminente de Jesus. O "lugar escuro" em que vivemos (2 Pe 1.18), parece iluminado pelas promessas gloriosas da Palavra de Deus. As nossas almas se consolam com as profecias, pois quanto mais escura a noite, mais perto estamos da vinda de Jesus.

1. A natureza sente as trevas. Quando Jesus morreu, o Sol deixou de brilhar e houve trevas na terra (Mt 27.45). Hoje, toda a natureza geme, pelas coisas que hão de sobrevir a terra (Rm 8.22,23). Por isso há terremotos, peste, fome, catástrofes de toda a ordem: A Bíblia já previu tudo isto (Lc 21.11,25). – As terríveis tribulações c sinais que marcam os últimos dias são causa de grande expectativa, alegria e triunfo para o crente verdadeiro, para aqueles que aguardam a redenção, isto é, a plenitude final da redenção, quando os redimidos serão reunidos com Cristo para sempre. – “O mundo está doente, o pecado o enfermou. Ele está sofrendo dores, está gemendo e sua esperança não encontra sequer um alívio até que Jesus volte. O pecado entrou no mundo e atingiu não apenas o homem, mas, também, a natureza. Em vez de cuidar da natureza, o homem passou a depredá-la. Em vez de ser mordomo da criação, o homem tornou-se seu algoz. A doença que assola o mundo é aguda e crônica. Ela aflige sempre, sem pausa nem trégua. O mundo está sucumbindo e se contorcendo, gemendo e gritando, fazendo soar sua voz de lamento. As catástrofes naturais não são caprichos da natureza; são sinais de alerta. O apóstolo Paulo é enfático em nos informar que "toda criação geme e suporta angústias até agora" (Rm 8.22). Essa grandiosa sinfonia de gemidos não é vista como o estertor da morte da criação, mas como as dores de parto que levam à sua restauração.” (Os gemidos do mundo, Rev Hernandes Dias Lopes, Disponível em: http://hernandesdiaslopes.com.br/os-gemidos-do-mundo/. Acesso em: 23 SET 20).

2. Os homens sentem as trevas. A Bíblia fala de tempos difíceis, quando o homem, em particular, será a atormentado por tentações de todas espécies (1 Tm 4.18; 2 Tm 3.1-4). As perseguições a Igreja, o ódio aos crentes e a corrupção moral, provam que já anoiteceu há muito tempo (Lc 17.28; 21.12,16,17). – O fato é que, a presente era, iniciada com a primeira vinda de Cristo (1Tm 4.1), e se encerrará com a sua volta. Esta era tem sido caracterizada por tempos difíceis. A palavra "difíceis" é usada para descrever a natureza selvagem de dois homens possuídos por demônios (M t 8.28). A palavra traduzida por "tempos" tem a ver com épocas, e não com o tempo cronológico ou o calendário. Essas eras ou épocas selvagens e perigosas serão cada vez mais frequentes e severas à medida que se aproximar a volta de Cristo. A era da igreja está repleta desses movimentos perigosos que, pelo fato de o fim estar se aproximando, estão ganhando força. – Nos dias de Ló, o castigo veio repentinamente, destruindo as pessoas no meio de suas atividades cotidianas (Gn 19.24-25). Aqui vale ressaltar que nenhuma das coisas que Jesus citou com respeito aos dias de Noé ou de Ló era inerentemente pecaminosa. Mas as pessoas estavam tão envolvidas com as coisas desta vida que estavam totalmente despreparadas quando o castigo chegou. Não é interessante que hoje estejamos nós também tão empenhados em conquistar nosso espaço que nem nos apercebemos que a perseguição à nossa fé tem se intensificado? “Mais de 260 milhões de cristãos enfrentam perseguição ao redor do mundo por causa de sua fé. Vítimas de intolerância religiosa e terrorismo, eles têm seus direitos civis, identidade, casas e liberdade de expressão e de religião violados”. Leia mais em: pleno.news.

3. As nações estão em trevas. Há guerras e rumores de guerras (Lc 21.9; Mt 24.6). O perigo de guerras nucleares, biológicas e químicas constituem uma sombra ameaçadora, que paira sobre todo o mundo (Lc 21.25,26). O mundo já se preparou para a maior catástrofe todos os tempos, a Grande Tribulação (Mt 24.21), e não há lugar para recuo. As trevas da meia-noite já chegaram. – Falsos profetas, assim como guerras e rumores de guerras, caracterizam a era atual como um todo, mas ainda aumentarão à medida que se aproximar o fim (2Tm 3.13). Fomes, terremotos e conflitos sempre caracterizaram a vida num mundo caído; mas ao chamar essas coisas de "princípio" das dores do parto, Jesus indicou que as coisas ficarão ainda piores no final dos tempos, à medida que essas tribulações singulares sinalizam a iminente chegada do Messias para castigar a humanidade pecaminosa e estabelecer o seu reino milenar (1 Ts 5.3; Ap 6.1-17; 8.1 – 9.21; 16.1-21). Apesar de todas as tribulações que virão — engano dos falsos mestres, guerras, perseguições, desastres naturais, apostasia e todo tipo de obstáculos à pregação do evangelho - a mensagem por fim alcançará todas as partes do globo, não ficará nenhuma tribo ou nação onde o evangelho não tenha sido anunciado. Deus nunca fica sem uma testemunha, e ele próprio proclamará o evangelho a partir do próprio céu, se for necessário (Ap 14.6). Depois que todo ouvido ouvir a pregação do evangelho, então, virá o fim. "O fim" é uma referência às derradeiras e excruciantes dores de parto.

  IV. MEIA-NOITE A VINDA DO NOIVO

1. O ensino da Palavra gera temor a Deus: Durante milênios, os salvos cantaram e falaram da segunda vinda de Jesus, muitos crentes, que esperavam aquele dia, dormiram no Senhor, guardando a fé; e os que hoje vivem, esperam ansiosos a segunda vinda de Jesus! Mas, a partir da "meia-noite", ninguém mais dirá que "Jesus vira". Pelo contrário: A meia-noite ouvir-se-á o clamor de jubilo incontido que enchera terra e o céu: será a Noiva exclamando: "CHEGOU O NOIVO"!!! Em Mateus 25.10 está escrito: "Chegou o esposo". Naquele glorioso momento, o poder do Espirito Santo operara milagres (Rm 8.11; Fp 3.21), pois os que morreram em Cristo ressuscitarão com corpos gloriosos, e os que estiverem vivos serão transformados, e todos juntos serão arrebatados ao encontro com o Senhor nos ares (1 Ts 4.11-18; 1 Co 15.51-54). Seremos arrebatados ao céu, para não sofrermos a dor e a desgraça que atingira o mundo todo. Iremos entrar nas moradas que Jesus foi nos preparar, e para as quais fomos comprados com o seu precioso sangue (Ap 7.14). – Todo cristão genuíno aguarda confiante o grande dia em que terá seu corpo de humilhação transformado. A palavra grega para "transformar" nos dá a palavra "esquemático", o plano interior de algo. Aqueles que já morreram em Cristo, mas vivem com ele em espírito no céu, receberão novos corpos durante a ressurreição e o arrebatamento da igreja, quando os vivos na terra terão seus corpos transformados para ser igual ao corpo da sua glória. O novo corpo do cristão será como o de Cristo após a ressurreição, e ele será replanejado de modo a se adaptar ao céu (1Co 15.42-43; 1Jo 3.2). – Como Jesus morreu e ressuscitou, assim também aqueles que morreram crendo nele viverão novamente e, então, poderão ser levados para o céu com o Senhor (Jo 14.1-3; 1Co 15.51-58). Essas passagens descrevem o arrebatamento da igreja, o qual ocorrerá quando Jesus vier buscar os redimidos e levá-los para o céu. Aqueles que tiverem morrido antes desse momento serão reunidos e levados ao céu com o Senhor.

  V. O CLAMOR DA MEIA-NOITE, UM BRADO DE ALERTA

"Mas a meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo"! (Mt 25.6). E este o clamor que ouvimos em nossos dias. Meu irmão, você está ouvindo já este clamor? Está escutando como o Espirito Santo diz ao mundo e aos salvos que Jesus vem breve? Está atento aos sinais dos tempos? Está atento ao cumprimento das profecias? (Lc 21.28,29; 1 Pe 1.19). Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espirito diz a Igreja (Ap 2.7). Mas aqueles que já ouviram a voz do Espirito Santo devem divulgar as Palavras eternas do evangelho, enquanto houver tempo! Fomos chamados por Deus para sermos atalaias, e nossa função e despertar o povo! (Ez 3.17-21; Hc 2.1-3). Temos que anunciar aos homens que Jesus vem breve. Obreiros e crentes em geral: não nos cansemos de anunciar a volta de Jesus! Não e bastante que uma vez tenhamos sido feitos filhos da luz, e vestidos de vestes nupciais. Precisamos vigiar e permanecer prontos para a vinda do Senhor. Por isso diz a Bíblia: "Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Ap 3.11). Os membros da igreja de Filadélfia eram agradáveis a Deus, mas precisavam "guardar" o que haviam recebido do Senhor, para não serem roubados. E isso que a Palavra de Deus nos ensina, com a ordem "Vigiai" (Mc 13.36,37). – Em Apocalipse 3.11 o Senhor promete: “Venho sem demora”. Esse é um acontecimento cheio de esperança. Cristo retornará para retirar a sua igreja da hora da tribulação! A meia noite é o momento profético falado pelo Senhor Jesus, referindo-se ao momento atual, fim dos tempos, quando o terror das trevas está em evidência (2Tm 3.1-5). Nesta última hora, devemos estar cheios do Espírito Santo, preparados para sermos identificados quando o Senhor Jesus voltar. Mas o interessante deste trecho é o grito: “Eis o noivo! Saí ao encontro!”; este grito é a anunciação do evangelho pela Igreja da última hora, é a obra missionária nestes dias tenebrosos que antecedem a volta do Noivo. O noivo chega, as virgens sensatas entram com ele para a festa, e a porta é fechada. De nada adianta as néscias clamarem diante da porta: "Senhor! Senhor! Abre para nós!" O noivo responde que não as conhece. Note que todas as cinco ocorrências da expressão "Senhor! Senhor!" na Bíblia são de pessoas que não creem em Jesus e nem o esperam (Mt 7.21,22; 25.11; Lc 6.46; 13.25). – Quando o noivo chegar será impossível procurar encher as lâmpadas de azeite. A hora de fazer isso é agora. Não deixe para se preparar na última hora. Não haverá tempo. Quem deixa para se preparar na última hora corre o risco de ficar de fora da festa. As lâmpadas devem estar sempre acesas. Se esperarmos para prepará-las no último momento, perderemos a oportunidade de entrar para a festa de casamento. Hoje é o tempo aceitável para o preparo. Hoje a porta está aberta e o azeite do Espírito está “à venda”: “vinde e comprai-o, sem dinheiro e sem preço” (Is 55.1). Essa é uma notícia que deve encher nosso coração de alegria: A porta da graça está aberta. Vai fechar, mas ainda não ocorreu; e o tempo de hoje é tempo de oportunidade e preparo. – Quando o noivo chegar será impossível procurar encher as lâmpadas de azeite. A hora de fazer isso é agora. Não deixe para se preparar na última hora. Não haverá tempo. Quem deixa para se preparar na última hora corre o risco de ficar de fora da festa. As lâmpadas devem estar sempre acesas. Se esperarmos para prepará-las no último momento, perderemos a oportunidade de entrar para a festa de casamento. Hoje é o tempo aceitável para o preparo. Hoje a porta está aberta e o azeite do Espírito está “à venda”: “vinde e comprai-o, sem dinheiro e sem preço” (Is 55.1). Essa é uma notícia que deve encher nosso coração de alegria: A porta da graça está aberta. Vai fechar, mas ainda não ocorreu; e o tempo de hoje é tempo de oportunidade e preparo. – Em Efésios 5.18 temos a recomendação para sempre estarmos cheios do Espírito Santo – “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” - A declaração de Paulo neste versículo demonstra que a plenitude do Espírito Santo depende do modo como o crente corresponde à graça que lhe é dada para viver em santificação. Isso quer dizer que a pessoa não pode estar "embriagada com vinho" e, ao mesmo tempo, "cheia do Espírito". Paulo adverte todos os crentes a respeito das obras da carne; que os que cometem tais coisas "não herdarão o reino de Deus" (Gl 5.19-21; cf. Ef 5.3-7). Além disso, "os que cometem tais coisas" (Gl 5.21) não terão a presença interior do Espírito Santo, nem a sua plenitude. Noutras palavras, não ter "o fruto do Espírito" (Gl 5.22,23) é perder a plenitude do Espírito (Ef 5.18; ver At 8.21). "Enchei-vos" (imperativo passivo presente) tem o significado, em grego, de "ser enchido repetidas vezes". A vida espiritual do filho de Deus deve experimentar a renovação constante (3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2), mediante enchimentos repetidos do Espírito Santo.

1. O sono espiritual é um sinal dos últimos tempos. O sono pode ser causado, primeiramente, pela desobediência como aconteceu a Jonas (Jn 1.6). Quando obedecemos a Deus, somos revestidos do poder do Espirito Santo (At 5.32), para não adormecermos. Também a preguiça causa sono (Pv 24.30-33). Quando Davi ficou em casa, desocupado, enquanto o seu exército combatia, caiu em tentação (2 Sm 11.1.2). Por isso e uma benção para o crente estar muito ocupado na igreja do Senhor, servindo-o ali! Esgotamento espiritual, por falta de renovação, também pode causar sono. Está escrito que Abraão teve que lutar contra o sono ao pé do altar (Gn 15 .12). Precisamos do poder de Deus, para ficarmos fortes e resistir a tudo, inclusive ao sono. – Certamente o crente recebe o Espírito Santo quando se converte, este é selado com o Espírito Santo. Mas ser cheio do Espírito Santo é algo diferente. Paulo explica em Efésios 5.18-20 que o enchimento com o Espírito Santo resulta em grande alegria, louvor e gratidão a Deus! O Rev. Hernandes Dias Lopes diz que “seria impossível exagerar a importância que o Espírito Santo exerce em nossa vida: Paulo já falou que somos selados pelo Espírito (Ef 1.13,14) e que não devemos entristecer o Espírito (Ef 4.30). Agora, ele ordena que sejamos cheios do Espírito Santo (Ef 5.18)”. “Todavia, continua ele, é possível ser nascido do Espírito, ser batizado com o Espírito, habitado pelo Espírito, selado pelo Espírito e, ainda assim, estar sem a plenitude do Espírito”. Isso significa que esta deve ser uma experiência permanente na vida de cada cristão. Tanto que o apóstolo Paulo escrevendo aos Gálatas 5.16,17 diz: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.

2. Seremos guardados vigilantes, se usarmos os meios que Deus põe à nossa disposição. Ele nos desperta pela sua Palavra. Jesus despertou seus discípulos, falando-lhes (Mt 26.45,46). Como é preciosa a Palavra de Deus! Quem a estuda com atenção, encontra sempre incentivo e despertamento. Aleluia! O Espirito Santo nos conserva vigilantes e acordados. Ele é como o óleo na lâmpada (Mt 25.1-8). Vive, pois, uma vida, onde há inteira liberdade para o Espirito de Deus operar (2 Co 3.17), e isto o conservara preparado para o encontro com o Senhor. A oração e outro fator de importância, para o qual Jesus chama a nossa atenção. Disse Ele: "Vigiai e orai para que não entreis em tentação" (Mt 26.41; Mc 13.33). E acrescentou: "O espírito está pronto, mas a carne e fraca", significando que, se os discípulos orassem, o Espírito prevaleceria sobre a carne. Por que a oração é um recurso tão importante para nos manter vigilantes? Sim, porque pela oração vivemos em comunhão com Deus. Então ficamos fortes e felizes! Sim, porque pela oração vivemos em comunhão com Deus. O rosto de Moisés resplandecia quando tinha estado com Deus, no monte (Ex 34.29) Semelhantemente, Também, Estevão (At 6.15). A oração e uma arma eficaz contra Satanás (Ef 6.18). Quando combatemos e prevalecemos contra o nosso inimigo, permanecemos vigilantes. A oração e, finalmente, o meio pelo qual recebemos as bençãos de Deus. A oração nos enche de sua graça, e nos faz prontos para o grande culto nas nuvens. Que Deus nos guarde, a todos, vigilantes, a fim de podermos ver, um dia, a gloria de Deus! Estejamos atentos a nossa conduta, sempre buscando a santificação e purificação, para que não apareça alguma mancha em nossos vestidos, porque "qualquer que nEle tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, como também ele e puro" (1 Jo 3.3). Assim estaremos sempre preparados, e um dia o veremos tal como Ele e (1 Jo 3.2). – Muitos serão surpreendidos pela vinda do Senhor. Embriagados pelas ânsias desta vida, teimam em viver como se a vinda de Jesus fosse a mais remota das hipóteses. À semelhança daqueles escarnecedores referidos pelo apóstolo Pedro, perguntam: "Onde está a promessa da sua vinda?" O que tais crentes não sabem é que já estamos em plena era escatológica; vivemos os últimos dias desta dispensação. Em 1 Tessalonissenses 5.6, diz: “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios”. "Vigiar" (gr. gregoreo) significa "manter-se acordado e alerta". O contexto (vv. 4-9) indica que Paulo não está exortando seus leitores a ficarem à espera do "Dia do Senhor" (v. 2), mas a estarem espiritualmente preparados para escapar da ira do Dia do Senhor (cf. 2.11,12; Lc 21.34-36). Devemos permanecer espiritualmente acordados e moralmente alertas, e devemos continuar na fé, no amor e na esperança da salvação (Lc 21.36; Ef 6.11). Visto que os fiéis serão protegidos da ira de Deus, por meio do arrebatamento, não devem temer o "Dia do Senhor", mas "esperar dos céus a seu Filho... Jesus, que nos livra da ira futura" (1.10), esperar o arrebatamento que virá antes do dia do Senhor. A palavra "sóbrio" (gr. nepho) tinha dois significados nos tempos do Novo Testamento. O significado primário e literal, conforme explicam vários léxicos do grego, é "um estado de abstinência de vinho", "não beber vinho", "abster-se de vinho", "estar totalmente livre dos efeitos do vinho" ou "estar sóbrio, abstinente de vinho". A palavra tem um segundo sentido, metafórico, de alerta, vigilância ou domínio próprio, isto é, estar espiritualmente alerta e controlado, exatamente como alguém que não toma bebida alcoólica. O contexto deste versículo deixa ver que Paulo tinha em mente o significado literal. As palavras "vigiemos e sejamos sóbrios" são contrastadas com as palavras do versículo seguinte: "os que se embebedam embebedam-se de noite" (v. 7). Sendo assim, o contraste que Paulo fez entre nepho e a embriaguez física indica que ele tinha em mente o sentido literal: "abstinência do vinho". Compare com a declaração de Jesus a respeito dos que comem e bebem com os ébrios, e assim são apanhados desprevenidos na sua volta (Mt 24.48-51). – “Jesus anunciou que antecipadamente que os dias que antecedem a sua vinda, serão de extrema corrupção moral, comparando com o período antediluviano e geração de Sodoma e Gomorra (Mt 24.37; Lc 17.28). Os apóstolos também fizeram a mesma afirmação (II Tm 3.1-5; II Pe 3.3). Sabedores disto, nós cristãos, devemos no meio desta geração pervertida, vigiar em santidade, a fim de não contaminarmos com o pecado (Fp 2.15). A santidade é tipificada na Bíblia como vestes (Ap 19.8,14). Por sua vez, a falta de santidade pode ser retratada como vestes sujas ou a nudez (Zc 3.3,4; Ap 3.18; 16.15). A exortação bíblica é que devemos estar vestidos e com vestes limpas em todo tempo (Ec 9.8; Ap 3.4). Já vimos que a palavra “vigiar” significa: “estar atento”. O contrário da palavra “vigiar” é justamente “dormir” (Mc 14.37; Ef 5.14; Rm 13.11). Do ponto de vista bíblico, o sono espiritual, tem conotação negativa, pois leva o homem a um estado de invigilância. Jesus falou disto quando disse: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Mc 13.35,36). Foi quando as dez virgens cochilaram que chegou o esposo “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram” (Mt 25.5). A “demora” da volta de Cristo se constitui num teste de resistência e fidelidade para aqueles que professam segui-lo. Por isso, somos exortados a perseverança (Mt 24.13; Lc 8.15; Rm 2.7; I Tm 4.16; Ap 3.10-11). Devemos também exorta-nos uns aos outros (Hb 10.25).” (Extraído de: lição 04 - Esteja alerta e vigilante, Jesus voltará - 1º Trimestre de 2016). – Mateus 26.41 “a carne é fraca” é tocante o doce apelo de Jesus. O próprio Cristo estava familiarizado com o sentimento das fraquezas humanas (Hb 4.15) — mas sem pecado. Nesse exato momento ele estava preso numa luta contra as paixões humanas que, embora não sejam pecaminosas em si, devem ser subjugadas à vontade divina para que o pecado seja evitado.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"A Bíblia indica dois aspectos da Segunda Vinda de Cristo. Por um lado, Ele vira como o Preservador, Libertador ou Protetor 'da ira vindoura' (1 Ts 1.10). 'Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira' (Rm 5.9). Devemos manter-nos espiritualmente vigilantes, viver a vida sóbria, equilibrada com domínio próprio, e usar a armadura do Evangelho: a fé, o amor e a esperança da salvação, ‘porque Deus não destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros" (HORTON, Stanley (Ed.) Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 632).

CONCLUSÃO

Quando o clamor da meia-noite for ouvido, diz a Bíblia que o seu sentido é o seguinte: SAÍ-LHE AO ENCONTRO! É precisamente isto que o Espírito Santo quer dizer atualmente: "Prepara-te para te encontrares com o teu Deus" (Am 4.12). E nós devemos estar prontos a responder: "Já a sua Noiva se aprontou" (Ap 19.7,8). Lemos em Mateus 25.7 que, ao ouvir o clamor da meia-noite, as virgens começaram a preparar as suas lâmpadas. Meu irmão, a tua lâmpada está preparada hoje? Que Deus permita que nas nossas lâmpadas, nas nossas vidas, se cumpram as palavras de Lucas 12.35,36: “Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias. 36 E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, LOGO possam abrir-lhe" (Grifo nosso). O Espírito Santo nos está despertando hoje para que estejamos nesta condição. Estejamos atentos e sensíveis a sua voz. Amém. – “O ensino sobre a vigilância é constante no ministério de Jesus (Mt 26.41). No intuito de demonstrar de que forma devemos nos manter vigilantes, o Senhor Jesus narrou a parábola dos dois servos, primeiramente contrastando o perfil de ambos ao mostrar que um era bom e o outro mau. A ambos os servos o “senhor” da narrativa confiou a tarefa de cuidar de seus conservos. O bom os alimentava em quantidade e hora corretas. O mau os espancava, desprezava-os, e como se ainda não fosse o bastante, comia e bebia com bêbados. O servo bom, além de fiel, era vigilante, administrando bem aquilo que recebeu do seu senhor. O destaque à vigilância, nesta parábola se manifesta como sendo o exercício correto da mordomia, ou seja, o homem vigilante pratica a administração responsável do que recebeu do seu senhor, sabendo que está lidando com o que não é seu e que brevemente terá de prestar contas. O mesmo princípio é rememorado pelo apóstolo Paulo quando em 1 Coríntios 4.1,2, diz: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel”. Jesus nos manda estar acordados, alertas, vigilantes, circunspectos (Mt 25.13; Mc 14.34,37,38), isto é, precisamos estar completamente alertas!”” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18). – Myer Pearlman comentando "A Vinda do Senhor" em 1Ts 5.1-10, escreve: “Paulo já explicava que não poderiam saber nem o dia nem a hora. Repete esse fato para reprimir aquela curiosidade que é natural dos homens e que já tinha sido a causa de muita perturbação e desordem na igreja. É uma verdade muito aplicável hoje. A palavra profética tem sido muito desprezada por pessoas que fixam datas, bem como todas as coisas absurdas que alegam "profecias". O "Dia do Senhor" é a expressão comum no Antigo Testamento que descreve a vinda do juízo divino. Em particular descreve o julgamento de Israel e das nações, que terá lugar na vinda do Messias. Paulo declara como esse acontecimento será súbito e inesperado. O ladrão vem de noite, quando todos dormem e ninguém está preparado; de modo semelhante, quando Cristo vier, achará o mundo despreparado, e não esperando a sua vinda (v.3). Certamente, haverá sinais, mas os ímpios não os verão na sua verdadeira luz. Correrão para a destruição, sem prestar atenção aos sinais de "pare" deixados por Deus. 2. Os preparos para a sua vinda. Há três tipos de sono mencionado nas Escrituras: o sono natural, o sono da morte e o sono do descuido espiritual mencionado no texto (v.6). O que se diz do que dorme o sono natural pode ser dito do que dorme espiritualmente; não reconhece que há perigo, esquece-se de qualquer dever, não se comove por apelos e, talvez, nem reconheça que está dormindo."” (PEARLMAN, Myer. Epístolas paulinas: semeando as doutrinas cristãs. RJ:CPAD, 1998, p.187-8.).

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Francisco. Especial Lição 13: A vigilância conserva pura a Igreja. Disponível em: https://auxilioebd.blogspot.com. Acesso em 26.09.2020

LIÇÕES BÍBLICAS. Edição Especial Jovens e Adultos, 3º Trimestre 2020 - Lição 11. Rio de Janeiro: CPAD, 13 setembro, 2020.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

 





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