COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I
O DESPERTAMENTO RENOVA O ALTAR
Subsídio Especial: 3º Trimestre de 2020
OBJETIVOS GERAL DA
LIÇÃO
Identificar o que
caracteriza o verdadeiro despertamento espiritual.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
A lição desta semana
tem como assunto O Despertamento Renova o Altar. No segundo
tópico dela, o missionário Eurico Bergstén aborda um tema muito importante na
cristologia (doutrina da Cristo) pentecostal: a relação entre Jesus e o
Espírito Santo. Essa relação é muito importante na vida de nossas igrejas. Cada
crente pentecostal precisar ter em mente que o Espírito Santo atua na sua vida
para glorificar a Cristo, o nosso centro.
Para aprofundar essa
reflexão e ajudá-lo na preparação de sua aula, considere seguinte texto:
JESUS E O ESPÍRITO
SANTO
Jesus está em
profundo relacionamento com a terceira Pessoa da Trindade. Já de início, o
Espírito Santo leva a efeito a concepção de Jesus no ventre de Maria (Lc
1.34,35).
O Espírito Santo
veio sobre Jesus no seu batismo (Lc 3.21,22). Nessa ocasião, o relacionamento
entre ambos assume um novo aspecto, que somente pela encarnação seria possível.
Lucas 4.1 deixa claro que esse revestimento do Espírito Santo preparou Jesus
para enfrentar Satanás no deserto e para a inauguração de seu ministério
terrestre.
[...] Finalmente,
Jesus é a figura chave no derramamento do Espírito Santo. Depois de levar a
efeito a redenção mediante a cruz e a ressurreição, Jesus subiu ao Céu. De lá,
juntamente com o Pai, Ele derramou e continua derramando o Espírito Santo em
cumprimento à promessa profética de Joel 2.28,29 (At 2.23). Essa é uma das
maneiras mais importantes de hoje conhecermos Jesus: na qualidade de Doador do
Espírito.
A força cumulativa
do Novo Testamento é bastante relevante. A cristologia não é apenas uma
doutrina para o passado. E a obra sumo-sacerdotal de Jesus não é único aspecto
da sua realidade presente. O ministério de Jesus, e de ninguém mais, é
propagado pelo Espírito Santo no tempo presente. A chave para o avanço do
Evangelho no tempo presente é o reconhecimento de que Jesus pode ser conhecido,
à medida que o Espírito Santo capacita os crentes a revelá-lo. 1
O texto acima abre
muitas possibilidades em aula para desenvolver mais profundamente a urgência de
viver neste mundo tendo Cristo como o centro de nossa comunhão com Deus,
sobretudo, na força do Espírito Santo. Veja que fragmento importante: “E a obra
sumo-sacerdotal de Jesus não é único aspecto da sua realidade presente. O
ministério de Jesus, e de ninguém mais, é propagado pelo Espírito Santo no
tempo presente”. E isso se concretiza quando “o Espírito Santo capacita os
crentes a revelá-lo”.
Portanto, com base
no fragmento textual acima, você pode trabalhar na aula os seguintes pontos:
• A concepção de Jesus por intermédio do Espírito Santo (Lc
1.34,35);
• A descida do Espírito Santo em forma corpórea de uma pomba sobre
Jesus no seu batismo (Lc 3.21,22);
• O Espírito Santo conduziu Jesus para enfrentar Satanás no deserto
e inaugurar seu ministério terrestre (Lc 4.1ss);
• Jesus como o doador do Espírito Santo (Jl 2.28,29; cf. At 1.8; At
2.32,33).
Esses pontos
ressaltam o quanto que a cristologia pentecostal (doutrina de Cristo) é
pneumatologia e vice-versa. Isso pode ser reconhecimento na prática da pregação
das Assembleias de Deus no Brasil:
1. Jesus salva;
2. Jesus cura;
3. Jesus batiza no Espírito Santo;
4. Jesus em breve voltará.
É cristologia na
pneumatologia. É pneumatologia na cristologia. Tudo isso na prática. Ora, só é
possível viver uma vida cristocêntrica sob o domínio do Espírito Santo.
Que o Espírito
glorifique a Jesus em sua classe!
Boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator da Revista Lições Bíblicas Adultos
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Nesta lição iremos meditar sobre
um fato que caracteriza o verdadeiro o despertamento. Trata-se da necessidade
que os homens passam a sentir de se chegarem mais perto do altar de Deus, a fim
de estarem cada vez mais perto de Deus. [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] - No estudo desta lição veremos que o
altar tema a simbologia da comunhão e da adoração da criatura (o homem) ao seu
Criador. Vemos desde muito cedo na história humana, homens que edificaram um
altar para a adoração ao Senhor como fez Noé em gratidão a Deus por ter sido
salvo do Dilúvio com a sua família. A vida de Abraão também é intrinsicamente
ligada a adoração a Deus através do altar e assim a Bíblia discorre sobre homens
santos que tinham sempre um altar para ali adorar ao Senhor com os seus
sacrifício e quando o altar estava em ruínas era reparado como fez Elias, o rei
Ezequias e muitos outros. Que possamos estar sempre com o nosso altar da oração
pronto para sacrificarmos sempre o melhor e sermos aceitos pelo Senhor!
I. O
DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR
1. Os judeus sentiam a
necessidade do acesso a Deus que o altar lhes proporcionava. O propósito que traziam no
coração, ao retornarem do cativeiro, precisava ser muito firme, porque estavam
rodeados de inimigos cruéis. A Bíblia diz: “O terror estava sobre eles por
causa dos povos da terra” (Ed 3.3). Por isso mesmo, o povo sentia que precisava
do acesso a Deus, através do altar. “Este será o holocausto contínuo… perante o
Senhor, onde vos encontrarei, para falar contigo ali” (Êx 29.43). Os judeus
agora almejavam estas bênçãos através do altar. [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] - Para os judeus teria sido fácil limitar-se a ficar contente com o mero
fato da chegada e da repovoação da pátria. Havia, no entanto, o negócio do rei –
o Templo – a ser tratado; e antes mesmo daquilo, havia a vocação básica de
Israel. Aquela vocação, assim como a nossa, era ser “sacerdócio santo, a fim de
oferecerdes sacrifícios espirituais” (e no caso deles, literais), “agradáveis a
Deus. – Assim, pois, a primeira coisa a ser edificada era o altar (2), antes
mesmo de os materiais terem sido encomendados para o Templo (7). – Abraão tinha
marcado sua chegada naquela terra exatamente do mesmo modo, estabelecendo seu
altar como um Amém corajoso à promessa (Gn 12.7). Estes recolonizadores, no
entanto, eram movidos tanto pelo medo quanto pela fé: ainda que estavam sob o terror dos povos de outras
terras (3). É
possível entender com isso que não ousavam tentar qualquer coisa tão ambiciosa
quanto um Templo; mas, tendo em vista o v. 7, onde se vê que põem as mãos
àquela obra, é muito mais provável que a implicação é que a situação ameaçadora
lhes deu a consciência da sua necessidade de ajuda, e, portanto, daquele acesso
a Deus que foi prometido no altar. “Ali,” dissera Ele, “virei aos filhos de
Israel para que por minha glória sejam santificados” (Êx 29.43). [KIDNER, 1985, p. 48]
2. Todos os despertamentos
genuínos começam com a restauração do altar. Temos na Bíblia vários exemplos
disto. Vejamos:
a. No tempo do profeta Elias,
nos dias do rei Acabe. Ver o texto em 1 Rs 18.16-40. No confronto com os
profetas de Baal, a primeira coisa que Elias fez foi reparar o altar que estava
quebrado (1 Rs 18.30). Depois sacrificou sobre ele, e orou a Deus. O
fogo desceu e o povo exclamou: “Só o Senhor é Deus, só o Senhor é Deus!” O
despertamento decorreu do conserto do altar. – Com o altar quebrado seria
impossível a operação divina. O primeiro passo para a operação do Senhor
naquele lugar era consertar o altar, pois este simbolizava a comunhão e a
adoração entre o homem e Deus. Elias teria que usar 12 pedras e isto exigia
coragem. Pois provavelmente alguns ficariam enfurecidos porque trazia a
lembrança silenciosa da divisão das tribos. Embora as dez tribos do Reino do
Norte se autodenominassem Israel, este era um nome originalmente dado às 12,
juntas. Por esse motivo era necessário Elias restaurar o altar de Deus que
estava quebrado. Agora com o altar restaurado Elias clama ao Senhor e o milagre
acontece, o povo é despertado e vê que “Só o Senhor é Deus”.
b. Quando o piedoso rei Ezequias
assumiu o trono de Judá, já no primeiro ano do seu reinado ele abriu as portas
da casa do Senhor e as reparou (2 Cr 29.3). Mandou purificar o templo, tirar
fora toda a imundícia, purificar o altar do holocausto que havia sido
substituído no reinado de seu antecessor, Acaz, por um altar construído
com modelo copiado de Damasco (2 Rs 16.10-12). Quando então os sacerdotes
sacrificaram sobre o altar santificado, começou um novo cântico na
casa de Deus (2 Cr 29.27-28). O despertamento levou à reparação do altar. – O rei Ezequias fez a purificação o
templo começando
pelo Santo dos Santos e o santuário. Levaram para fora todo o lixo acumulado e
os restos dos cultos idolatras, carregaram tudo até o vale do Cedrom e, lá,
queimaram toda essa imundícia. Depois de santificarem o edifício, purificaram o
pórtico. Isso incluiu a remoção do altar pagão construído por Acaz e a
colocação do altar do Senhor em seu devido lugar (2 Rs 16.10 ss). Os levitas
também purificaram os recipientes e utensílios usados nos cultos do templo e os
colocaram em seus respectivos lugares. Foram necessários dezesseis dias para
completar esse trabalho, o que significa que não comemoraram a Pascoa,
observada no décimo quarto dia do primeiro mês. Porém, Ezequias realizou uma
grande celebração de Páscoa no segundo mês (cap. 30). – Se desejamos ter um
reavivamento na obra do Senhor, devemos começar com a purificação. Ao longo dos
anos, indivíduos e igrejas podem acumular um bocado de "lixo
religioso", ao mesmo tempo que ignoram os elementos mais essenciais da
adoração espiritual. Não experimentamos novas bençãos do Senhor fazendo algo
singular ou inédito, mas sim voltando para as "coisas antigas" e
fazendo-as com dedicação. Se confessarmos nossos pecados (2 Cr 7:14),
acendermos as lâmpadas, queimarmos o incenso (uma figura da oração Sl 141.1,2)
e nos oferecermos como sacrifícios vivos (v. 7; Rm 12.1,2), o Senhor verá,
ouvirá e enviará sai bênção. [WIERSBE,
2010, p. 556]
c. Quando os judeus voltaram do
cativeiro, construíram o altar sobre as suas antigas bases, do modo como manda
a lei (Ed 3.3) e sacrificaram holocaustos ao Senhor. A alegria foi grande entre
os judeus, pois podiam de novo sacrificar a Deus, e celebrar a festa dos tabernáculos.
O culto a Deus havia recomeçado (Ed 3.4,5). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – O sétimo mês era tisri,
equivalente a setembro-outubro, um mês bastante sagrado para o povo (Lv
23:33-44). Começava com a festa das trombetas; o dia da expiação era comemorado
no décimo dia e, do décimo quinto ao vigésimo primeiro dia, comemorava-se a
festa dos tabernáculos. Porém, a primeira coisa que o sumo sacerdote Jesua fez
foi restaurar o altar, para que pudesse oferecer os sacrifícios para o povo. Os
judeus estavam com medo das nações poderosas a seu redor que não se mostraram
satisfeitas com a volta dos judeus. Assim, o povo desejava ter certeza de que
estava agradando ao Senhor. Mais uma vez, vemos um paralelo com Abraão, que
edificou um altar assim que chegou à terra de Canaã (Gn 12:7). Esse e o retrato
que o Antigo Testamento apresenta para aquilo que encontramos em Mateus 6:33. –
Jesua também restabeleceu os diversos sacrifícios prescritos pela lei, que
incluíam um holocausto a cada manhã e no final da tarde bem como ofertas
adicionais para dias especiais. Não era necessário esperar que o templo
estivesse pronto para oferecer sacrifícios a Deus. Desde que houvesse um altar
santificado, era possível realizar os sacrifícios. Afinal, o maior interesse de
Deus não e nos aparatos externos, mas sim no coração (1 Sm 15:22; Sl 51:16, 17;
Os 6:6; Mc 12:28-34). [WIERSBE, 2010, p. 589]
SUBSÍDIO CULTURAL
O que é o altar? Do hebraico
‘mizbeach’: ‘sulhan’: e do grego ‘thysiasterion’ (de ‘thysia’, sacrificio): e
aindo do latim ‘altare, altaria’ (semelhante a ‘adoleo’ queimar). Quase todas
as pessoas dessa geração têm um conceito berrado do verdadeiro altar no sentido
genérico e prático que motivou sua existência. Todos julgam, geralmente, que um
altar genuíno é a parte de um templo, de uma catedral, de uma mesquita ou de
uma sinagoga. Muitos, sem dúvida, vão surpreender-se quando lhe mostrarmos como
a Bíblia define o significa do altar verdadeiro e sua função.
O altar, de acordo com
as Escrituras, era um lugar construído para nele se oferecerem sacrifícios e
holocaustos de animais. Era um testemunho perpétuo, um favor; sentia-se nele a
manifestação divina, significava a presença de Deus, santificava as ofertas, e
era o lugar onde se realizava a comunhão dos fiéis com o Senhor. Por tais
razões o altar era respeitado” (CONDE,
Emilio. Tesouro de Conhecimento Bíblicos. 2° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983,
pp. 45-46).
II. CRISTO,
O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS
No tempo do Antigo Testamento o
altar era o ponto central do culto a Deus. No tempo do Novo Testamento o
sacrifício de Jesus no Gólgota é o grande acontecimento, para o qual o altar
apontava profeticamente. Paulo escreveu à igreja em Corinto: “Primeiramente vós
entreguei o que também recebi, que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as
Escrituras” (1 Co 15.3). Escreveu ainda: “Porque nada me propus saber entre
vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2). “Todas as coisas
subsistem por ele” (Cl 1.17). “Para que em tudo (Jesus) tenha a preeminência”
(Cl 1.18). “Para vós os que credes, é preciosa [...] a pedra principal da
esquina” (1 Pe 2.7). Tudo isto porque Jesus, pela sua morte expiatória, ganhou
a redenção para todo o mundo (Ef 1.7; 2.13-16; Rm 3.23-25; 5.9,10; 1 Pe
1.18,19). [Lições Bíblicas,
19 Julho, 2020] – O Antigo Testamento fala a respeito
do sofrimento e da ressurreição de Cristo (Lc 24.25-27; At 2.25-31; 26.22-23).
Jesus, Pedro e Paulo citaram ou mencionaram tais passagens do Antigo Testamento
em relação à obra de Cristo, como Sl 110.8-11; 22; Is 53. O propósito de toda a
pregação paulina sempre foi a ‘Cruz ensanguentada’! Embora Paulo tivesse
exposto todos os desígnios de Deus à igreja (At 20.27) e ensinado aos coríntios
a Palavra de Deus (At 18.11), o foco de sua pregação e de seu ensino aos
incrédulos era Jesus Cristo, o qual pagou na cruz do Calvário a penalidade pelo
pecado (At 20.20; 2Co 4.2; 2Tm 4.1-2). Até que as pessoas compreendam e creiam
no evangelho, não há nada mais a ser dito a elas. A pregação da cruz era tão
dominante na Igreja primitiva que os cristãos eram acusados de adorar um homem
morto! Necessitamos retomar essa pregação: Cristo somente, e crucificado! A
igreja teve sua origem no Senhor Jesus (Ef 1.4), e ele, por sua morte
sacrificial e substitutiva, concedeu vida a igreja e ressurreição, a fim de
tornar-se o seu soberano. É importante caracterizar que, o ser humano
reconcilia-se com Deus quando este o restaura a um relacionamento justo com ele
por meio de Jesus Cristo. Por que isso é importante? A maneira como está
exposta no comentário (pela sua morte expiatória, ganhou a redenção para todo o
mundo), pode induzir ao entendimento equivocado de que, como resultado da morte
expiatória de Cristo, todos crerão. Mas, como citado em 1Pe 2.7, isso é somente
para aqueles que creem!
1. Toda a Trindade atuou
ativamente na morte expiatória de Jesus:
a. O PAI CELESTIAL. Antes da
fundação do mundo o Pai planejou a obra redentora, com o sacrifício de seu
Filho (Ef 3.6-9). “Na consumação dos séculos enviou o seu Filho” (Gl 4.4; Jo
3.16). O Pai participou diretamente do drama do Gólgota (2 Co 5.19). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] - O Calvário foi planejado antes mesmo que todas as coisas
viessem à existência. Deus por sua própria vontade e propósito usou seu Filho,
o único sacrifício aceitável e perfeito, como meio de reconciliar os pecadores
consigo (At 2.23; Cl 1.19-20; Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.5-6). É muito importante
frisar que o valor da morte de Cristo é eficaz para aqueles que creem, se
ensinarmos outra coisa, incorreremos no erro universalista. O mérito intrínseco
da morte reconciliadora de Cristo é infinito e a oferta é ilimitada.
Entretanto, a expiação real foi feita somente para aqueles que creem (Jo
10.11,15; 17.9; At 13.48; 20.28; Rm 8.3 2-33; Ef 5.25). Aqueles que não
responderem ao chamado do Evangelho, não receberão o perdão da Cruz
ensanguentada e pagará pessoalmente o preço dos seus pecados no inferno eterno-
eis a essência do Evangelho que a igreja deixou de pregar!
b. CRISTO, O FILHO DE DEUS. Entregou-se
a si mesmo em oferta e sacrifício (Ef 5.2; Hb 9.14). Ele levou os nossos
pecados sobre o madeiro (1 Pe 2.24) e padeceu para levar-nos a Deus (1 Pe
3.18). – O sangue de Jesus
Cristo é o ponto principal do conceito de redenção no Novo Testamento. Cristo,
ao morrer na cruz, deu seu sangue inocente a fim de remover nossos pecados e
nos reconciliar com Deus. Pelo seu sangue, Cristo efetuou as seguintes coisas
[1] O perdão dos pecados de todos aqueles que se arrependem e creem (Mt 26.28).
[2] O resgate dos crentes do poder de Satanás e dos poderes malignos (At
20.28). [3] A justificação de todos os que nEle creem (Rm 3.24,25) [4] A
purificação da consciência do crente a fim de que este possa servir a Deus sem
culpa e com toda certeza (Hb 9.14). [5] A santificação do povo de Deus (Hb
13.12). [6] A abertura do caminho para o crente chegar diretamente diante de
Deus por meio de Cristo para obter graça, misericórdia, ajuda e salvação (Hb
10.19). [7] A garantia de todas as promessas do novo concerto (Hb 10.29). [8] A
contínua aplicação do poder reconciliador e purificador do sangue de Cristo no
crente à medida que este se aproxima de Deus por meio de Cristo (Hb 7.25). [8]
A contínua aplicação do poder reconciliador e purificador do sangue de Cristo
no crente à medida que este se aproxima de Deus por meio de Cristo (Hb 7.25)
c. O ESPÍRITO SANTO. Ajudou o
Filho a vencer todos os obstáculos que se levantaram contra Ele, até chegar à
cruz. Foi pelo Espírito Eterno que Jesus se ofereceu a si mesmo imaculado a
Deus (Hb 9.14). [Lições Bíblicas,
19 Julho, 2020] – O Espírito Santo está
diretamente envolvido na obra salvífica, à eterna redenção e à eterna herança
que Cristo alcançou por meio de sua morte sacrifical. O Senhor Jesus foi humanamente
concebido por obra do Espirito Santo (Lc 1.35). O Espírito desceu sobre Cristo
na ocasião do seu batismo (Mt 3.16). Então, “cheio do Espirito Santo”, Jesus
“foi levado pelo Espirito ao deserto” (Lc 4.1). O Espirito deu poder e as
qualidades ao Messias para o desempenho de sua tarefa oficial de destruir o
reino de Satanás e de estabelecer o Reino de Deus [...] Pelo Espirito Ele
expulsou demônios (Mt 12.28). Assim, quando os fariseus atribuíram a Belzebu
esse trabalho de libertação realizado pelo Espírito, Jesus os advertiu a não
pecarem contra o Espirito para que não se tornassem como Satanás, de modo que
seu pecado não pudesse ser perdoado (Mt 12.31,32). [...] Sustentado pelo
Espirito, o Senhor Jesus decidiu firmemente ir a Jerusalém. Tanto no início
quanto no final, Jesus resistiu a constante tentação de Satanás de salvar seu
povo e estabelecer seu reino por outros meios exceto por aquele de morrer por
eles, pelos pecados deles. Sendo Deus, Ele mesmo havia concedido a palavra profética:
“Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades;
o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos
sarados” (Is 53.5),Ele sabia que “nesse dia” as Escrituras deveriam ser
cumpridas por meio dele. Assim, o nosso Salvador esteve sustentado pelo
Espírito durante toda a sua obra redentora (Hb 9.14) Por meio do Espírito Ele
pode dizer “está consumado”, e pode entregar seu espírito ao Pai.
2. O Espírito Santo quer, pelo
despertamento, mostrar aos homens a grande vitória de Jesus no Gólgota. O Espírito Santo
quer iluminar o entendimento dos homens para esta grande realidade: “Depois de
serdes iluminados suportastes grande combate de aflições” (Hb 10.32). – Todo crente deve pensar com cuidado
e reconstruir algo na mente, e não simplesmente lembrar-se das experiências
espirituais. Os crentes hebreus haviam recebido instrução na verdade bíblica
que foi acompanhada por percepção intelectual. E isso é importante por que
entender o evangelho não equivale a ser regenerado. Em Jo 1.9. está claro que a
iluminação não equivale à salvação. Não basta entender, é preciso experimentar
a transformação, provar o dom celestial. É o espírito Santo o autor da perfeita
iluminação do entendimento, Ele é o agente da regeneração, e essa só pode vir
pela pregação do Evangelho!
a. O Espírito REVELA (Ef
1.17), iluminando os olhos do nosso entendimento para que saibamos a grandeza
de seu poder sobre nós que manifestou em Cristo ressuscitando-o dos mortos (Ef
1.19,20). O Espírito Santo revelou a Pedro que Jesus era o Cristo, o Filho do
Deus vivo (Mt 16.16,17). – Nos textos citados,
Ef 1.17, 19 e 20, Paulo não ora para que o poder de Deus seja dado aos
cristãos, mas para que eles se conscientizem do poder que já possuem em Cristo
e façam uso dele. Paulo estava orando e pedindo que Deus conceda aos crentes
‘espírito de sabedoria... coração’; o desejo do apóstolo era que os cristãos
tivessem a disposição do conhecimento piedoso e a percepção do que uma mente
santificada é capaz, e assim, entender a grandeza da esperança e da herança que
eles têm em Cristo. Uma mente iluminada espiritualmente é o único meio do
verdadeiro entendimento e apreciação da esperança e da herança em Cristo e de
viver de maneira obediente a ele. É Deus Pai, através do Espírito Santo, quem
abre os nossos olhos para o pleno significado das Escrituras e nos revela quem
Jesus é de fato, tal qual ocorreu com Pedro em Mt 16.16,17; O Espírito Santo
abriu o coração de Pedro para esse conhecimento mais profundo de Cristo pela
fé.
b. O Espírito ENSINA as
profundidades do vitupério da cruz. Quando Jesus, na estrada de Emaús,
explicava aos seus discípulos o que as Escrituras escreveram sobre a sua morte,
os corações deles ardiam (Lc 24.32,45). – Apenas conhecimento empírico, não é suficiente, é necessário mergulhar
mais fundo, até um nível de compreensão que não está disponível ao intelecto
humano. Como assim? É necessário que o Espírito Santo nos ensine todas as
coisas! Isso fica claro ao lermos o que ocorreu naquele episódio em que os
discípulos estavam reunidos a portas fechadas e trancadas (Jo 20.19; Lc 24.45):
“Então, lhes abriu o entendimento”. Nessa aparição aos discípulos, Cristo sem
dúvida lhes ensinou sobre o Antigo Testamento, como fizera no caminho de Emaús,
mas a essência da expressão “Então, lhes abriu o entendimento” demonstra uma
abertura sobrenatural da mente deles para receber as verdades que ele revelou.
Então, eles que até então tinham a mente embotada (Lc 9.45), finalmente
entenderam com clareza (Sl 119.18; Is 29.18-19: 2Co 3.14-16). Necessitamos do
Espírito Santo limpando nossa mente embotada e nos esclarecendo palavra por
palavra. A sabedoria que salva, a qual a sabedoria do homem não pode conhecer,
é revelada a nós por Deus. Ele a torna conhecida por meio da revelação, inspiração
e iluminação. Em cada caso, o Espírito Santo é o agente divino que realiza a
obra (2Pe 1.21).
c. O Espírito EXPLICA o
verdadeiro significado da morte de Jesus na cruz, sobre o infinito alcance do
brado: “Está consumado!” (Jo 19.30). Deus confirmou esta palavra de seu Filho,
fazendo rasgar o véu de alto a baixo (Mt 27.51) mostrando à humanidade um novo
e vivo caminho, que havia sido possível pelo véu, isto é, pela carne de Jesus
(Hb 10.19,20). Por meio desta vitória os principados e potestades satânicos
foram despojados, e Jesus triunfou sobre eles na cruz (CI 2.15). Por isto temos
nEle a vitória (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; Rm 8.37). Pela fé em Jesus Cristo,
podemos vencer o mundo (1 Jo 5.4,5).
Por causa do brado “Está
consumado!”, a justiça de Cristo agora é oferecida gratuitamente àqueles que
crerem em Jesus (2 Co 5.21; Is 53.11; Gl 2.16; At 13.39; Rm 4.22-25). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – Neste ponto atingimos o ápice do Evangelho! Quando
compreendemos, pela iluminação do Espírito Santo, a necessidade da Cruz na
história humana, entendemos o sentido de ser cristão. O brado ‘tetelestai’ –
‘Está consumado’ carrega a ideia de cumprir a tarefa e, em contextos
religiosos, expressa a ideia de cumprir obrigações religiosas. Toda a obra da
redenção fora completada. A palavra grega aqui foi encontrada em papiros, sendo
colocada em recibos de impostos, significando "totalmente pago" (veja
Cl 3.13-14). Ao render o seu espírito, a cortina que separava o
lugar santo do Santo dos Santos (Êx 26.33; Hb 9.3) rasgou do alto até embaixo.
O rasgar do véu significou que o caminho para a presença de Deus estava agora
aberto a todos por meio de um "novo e vivo caminho" (Hb 10.19-22). O
fato de ele ter-se rasgado "de alto a baixo" mostra que não foi um
homem que o cortou, mas sim o próprio Deus!
d. O Espírito PENETRA todas
as coisas (1 Co 2.10). A luz da glória de Cristo, revelada na cruz, é uma luz
que tudo manifesta (Ef 5.13). Quando esta luz ilumina o painel da nossa
consciência, como aconteceu com o profeta Isaías (Is 6.5-7), sentimos o grande
peso dos nossos pecados, e, pelo Espírito Santo, somos despertados e levados ao
arrependimento. [Lições Bíblicas,
19 Julho, 2020] – Por meio do Espírito Santo, Deus
revelou a sua verdade que salva (Mt 11.25; 13.10-13). Somente o Espírito era
qualificado porque ele sabe tudo o que Deus sabe. A pura e reluzente luz da
Palavra de Deus revela todos os segredos do pecado. Assim mesmo como
experimentou Isaías, e lamentou “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido!
Porque sou homem de-lábios impuros” (Is 6.5). Se os lábios de Isaías estavam
impuros, também o coração o estava! A visão da santidade de Deus fez o profeta
lembrar-se de maneira muito intensa da sua própria indignidade, que é
merecedora de condenação. Essa mesma experiência teve Jó (Jó 42.6) e Pedro (Lc
5.8), suas mentes lhes foram reveladas e tiveram o mesmo sentimento a respeito
de si mesmos, quando foram confrontados com a presença do Senhor (Ez 1.28 2.27;
Ap 1.17). Precisamos urgentemente experimentar algo tão intenso assim, que nos
deixe dolorosamente conscientes do nosso próprio pecado e nos quebrante (Is
66.2,50). O arrependimento é doloroso, mas é necessário
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Sob a lei mosaica a expiação pelo
pecado era conseguida através da morte de uma vítima sacrificial. O
derramamento de seu sangue era a evidência de sua morte. “Porque a vida da
carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação
pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida [da
vítima]’ (Lv 17.11). A expiação bíblica tem uma forma clara, e esta
reconciliação específica é efetuada pela morte de Jesus Cristo em sua
encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão. Portanto, esta expiação em
particular deve ser entendida em termos de sua base e realidade específicas, ao
invés ser compreendida em termos do conceito geral.
O conceito bíblico. Tanto no AT como
no NT, a necessidade de reconciliação é colocada pela decisão misericordiosa,
sábia e onipotente de Deus, de satisfazer sua santidade e sua justiça, além de
cumprir seu propósito a favor do homem pecador, culpado, alienado e impotente.
O homem, em seu pecado, está obviamente em uma condição inapropriada para a
comunhão com Deus, e um destino eterno junto dele. No entanto, o homem não é
capaz de absolver a si mesmo da culpa, nem de se libertar da transgressão. Os
sacrifícios do AT certamente não foram criados como um meio de auto expiação
humana. Eles apontavam para a expiação oferecida pelo Senhor Jesus Cristo. Para
o cumprimento do propósito divino no homem, existe a necessidade de um
sacrifício substitutivo como a base do perdão, da liberação e da restituição” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006. p. 749).
III. CUIDADO
COM AS IMITAÇÕES
Alguns dizem que nem todos os
despertamentos de hoje têm as características que são mencionadas nesta lição.
Concordamos plenamente. Já no tempo dos apóstolos havia “movimentos” que
realmente tinham “alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildemente
e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação
da carne” (CL 2.23).
Também em nossos dias aparecem “movimentos”
que são imitações baratas do verdadeiro despertamento. Muitos destes movimentos
empregam técnicas avançadas de dominações psicológicas. Estes “avivalistas” ou
“especialistas” sabem com suas técnicas dominar o auditório, e podem fazer o
público rir, chorar, jubilar, pular, bater palmas, etc. Sabem até imitar o
batismo no Espírito Santo, “ensinando” o povo a falar em línguas! São, porém,
experiências sem nenhum poder e sem a menor reverência.
Uma de nossas igrejas sentiu-se
obrigada a orientar os irmãos acerca de um movimento que faz de suas reuniões
“Shows” com apresentações de cantores “evangélicos.”. Nesses “Shows” dominam
aplausos, vaias, gritos, assobios, bebidas alcoólicas, jovens dançando e se
requebrando de modo até mesmo sensual, enquanto os “hinos” estão sendo
entoados. Cuidado! Este tipo de imitação pode fazer com que a glória de Deus se
afaste.
Todo movimento feito, sem que o
Espírito Santo esteja na direção, não pode prosperar. E como uma tartaruga
deitada de costas; movimenta os pés, mas fica no mesmo lugar.
Mantenhamos o Espírito Santo na
direção. Então veremos cumprir-se a palavra que diz: “Vão indo de força em
força” (SI 84.7). Glória a Jesus. [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – O Senhor tem a sua própria marca.
Não podemos trazer para o culto o que vimos lá fora e achamos bonito e que pode
atrair o povo para tal. O sacerdote Jesua reconstruiu o altar baseado no que
estava escrito na Lei, ou seja, fizeram como o Senhor tinha determinado, o altar
foi construído sobre as antigas bases (Ed 3.3). É provável que, se eles
tivessem feito como Acaz, que retirou o altar original e colocou no lugar dele
um modelo pagão que viu em Damasco, Deus não iria se agradar. Portanto, devemos
evitar as imitações e sim buscar a renovação espiritual que é concedida mediada
a Palavra de Deus pelo seu Espírito Santo. Deus não precisa de imitações
mundanas Ele quer que sejamos obedientes à sua Palavra e que estejamos sempre e
constantes à sua disposição para permanecermos cheios do seu Espírito.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O arrependimento expressa uma
grande transformação no interior do homem, gerando nele remorso e tristeza pelo
mal que praticou, levando-o a pedir perdão a Deus e implorando força para viver
uma nova vida. Arrependimento e conversão constituem uma só experiência, porém
exprimem dois lados dela (cf. At 3.19).
[…] O Espírito Santo opera o
arrependimento, aplicando-o à obra de Cristo na vida do homem, convencendo-o do
pecado, da justiça de Cristo e do juízo vindouro (Jo 16.8,9). O arrependimento
também resulta da pregação da Palavra de Deus (Mt 12.41). Quando Deus
manifesta-se aos homens, estes sentem-se humilhados, quebrantados e prontos a
se arrependerem (Jó 42.5,6)” (BERGSTÉN,
Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 168).
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Francisco. Especial Lição 3: O despertamento renova o altar. Disponível em: https://auxilioebd.blogspot.com. Acesso em 18.07.2020
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.
700.
KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1985, Série Cultura Bíblica.
LIÇÕES BÍBLICAS. Edição Especial Jovens e Adultos, 3º Trimestre 2020 - Lição 3. Rio de Janeiro: CPAD, 05 Julho, 2020.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Antigo Testamento v. II, Históricos. Santo André: Geográfica, 2010.
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