sábado, 18 de julho de 2020

LIÇÃO 3: O DESPERTAMENTO RENOVA O ALTAR

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I

O DESPERTAMENTO RENOVA O ALTAR 

Subsídio Especial: 3º Trimestre de 2020 

ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR
II – CRISTO, O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS
III – CUIDADO COM AS IMITAÇÕES

OBJETIVOS GERAL DA LIÇÃO

Identificar o que caracteriza o verdadeiro despertamento espiritual.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

I. Elucidar aos alunos o significado do altar para o Antigo Pacto;
II. Entender que Cristo é o centro da nossa comunhão com Deus;
III. Comprovar que nem todos os despertamentos de hoje têm as características mencionadas de um verdadeiro despertamento.

A lição desta semana tem como assunto O Despertamento Renova o Altar. No segundo tópico dela, o missionário Eurico Bergstén aborda um tema muito importante na cristologia (doutrina da Cristo) pentecostal: a relação entre Jesus e o Espírito Santo. Essa relação é muito importante na vida de nossas igrejas. Cada crente pentecostal precisar ter em mente que o Espírito Santo atua na sua vida para glorificar a Cristo, o nosso centro.

Para aprofundar essa reflexão e ajudá-lo na preparação de sua aula, considere seguinte texto:

JESUS E O ESPÍRITO SANTO

Jesus está em profundo relacionamento com a terceira Pessoa da Trindade. Já de início, o Espírito Santo leva a efeito a concepção de Jesus no ventre de Maria (Lc 1.34,35). 

O Espírito Santo veio sobre Jesus no seu batismo (Lc 3.21,22). Nessa ocasião, o relacionamento entre ambos assume um novo aspecto, que somente pela encarnação seria possível. Lucas 4.1 deixa claro que esse revestimento do Espírito Santo preparou Jesus para enfrentar Satanás no deserto e para a inauguração de seu ministério terrestre.

[...] Finalmente, Jesus é a figura chave no derramamento do Espírito Santo. Depois de levar a efeito a redenção mediante a cruz e a ressurreição, Jesus subiu ao Céu. De lá, juntamente com o Pai, Ele derramou e continua derramando o Espírito Santo em cumprimento à promessa profética de Joel 2.28,29 (At 2.23). Essa é uma das maneiras mais importantes de hoje conhecermos Jesus: na qualidade de Doador do Espírito.

A força cumulativa do Novo Testamento é bastante relevante. A cristologia não é apenas uma doutrina para o passado. E a obra sumo-sacerdotal de Jesus não é único aspecto da sua realidade presente. O ministério de Jesus, e de ninguém mais, é propagado pelo Espírito Santo no tempo presente. A chave para o avanço do Evangelho no tempo presente é o reconhecimento de que Jesus pode ser conhecido, à medida que o Espírito Santo capacita os crentes a revelá-lo. 1

O texto acima abre muitas possibilidades em aula para desenvolver mais profundamente a urgência de viver neste mundo tendo Cristo como o centro de nossa comunhão com Deus, sobretudo, na força do Espírito Santo. Veja que fragmento importante: “E a obra sumo-sacerdotal de Jesus não é único aspecto da sua realidade presente. O ministério de Jesus, e de ninguém mais, é propagado pelo Espírito Santo no tempo presente”. E isso se concretiza quando “o Espírito Santo capacita os crentes a revelá-lo”. 

Portanto, com base no fragmento textual acima, você pode trabalhar na aula os seguintes pontos:

• A concepção de Jesus por intermédio do Espírito Santo (Lc 1.34,35);

• A descida do Espírito Santo em forma corpórea de uma pomba sobre Jesus no seu batismo (Lc 3.21,22);

• O Espírito Santo conduziu Jesus para enfrentar Satanás no deserto e inaugurar seu ministério terrestre (Lc 4.1ss);

• Jesus como o doador do Espírito Santo (Jl 2.28,29; cf. At 1.8; At 2.32,33).

Esses pontos ressaltam o quanto que a cristologia pentecostal (doutrina de Cristo) é pneumatologia e vice-versa. Isso pode ser reconhecimento na prática da pregação das Assembleias de Deus no Brasil:

1. Jesus salva;

2. Jesus cura;

3. Jesus batiza no Espírito Santo;

4. Jesus em breve voltará.

É cristologia na pneumatologia. É pneumatologia na cristologia. Tudo isso na prática. Ora, só é possível viver uma vida cristocêntrica sob o domínio do Espírito Santo. 

Que o Espírito glorifique a Jesus em sua classe!

Boa aula!

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator da Revista Lições Bíblicas Adultos

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

   INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos meditar sobre um fato que caracteriza o verdadeiro o despertamento. Trata-se da necessidade que os homens passam a sentir de se chegarem mais perto do altar de Deus, a fim de estarem cada vez mais perto de Deus. [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] - No estudo desta lição veremos que o altar tema a simbologia da comunhão e da adoração da criatura (o homem) ao seu Criador. Vemos desde muito cedo na história humana, homens que edificaram um altar para a adoração ao Senhor como fez Noé em gratidão a Deus por ter sido salvo do Dilúvio com a sua família. A vida de Abraão também é intrinsicamente ligada a adoração a Deus através do altar e assim a Bíblia discorre sobre homens santos que tinham sempre um altar para ali adorar ao Senhor com os seus sacrifício e quando o altar estava em ruínas era reparado como fez Elias, o rei Ezequias e muitos outros. Que possamos estar sempre com o nosso altar da oração pronto para sacrificarmos sempre o melhor e sermos aceitos pelo Senhor!

   I. O DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR

1. Os judeus sentiam a necessidade do acesso a Deus que o altar lhes proporcionava. O propósito que traziam no coração, ao retornarem do cativeiro, precisava ser muito firme, porque estavam rodeados de inimigos cruéis. A Bíblia diz: “O terror estava sobre eles por causa dos povos da terra” (Ed 3.3). Por isso mesmo, o povo sentia que precisava do acesso a Deus, através do altar. “Este será o holocausto contínuo… perante o Senhor, onde vos encontrarei, para falar contigo ali” (Êx 29.43). Os judeus agora almejavam estas bênçãos através do altar. [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] - Para os judeus teria sido fácil limitar-se a ficar contente com o mero fato da chegada e da repovoação da pátria. Havia, no entanto, o negócio do rei – o Templo – a ser tratado; e antes mesmo daquilo, havia a vocação básica de Israel. Aquela vocação, assim como a nossa, era ser “sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais” (e no caso deles, literais), “agradáveis a Deus. – Assim, pois, a primeira coisa a ser edificada era o altar (2), antes mesmo de os materiais terem sido encomendados para o Templo (7). – Abraão tinha marcado sua chegada naquela terra exatamente do mesmo modo, estabelecendo seu altar como um Amém corajoso à promessa (Gn 12.7). Estes recolonizadores, no entanto, eram movidos tanto pelo medo quanto pela fé: ainda que estavam sob o terror dos povos de outras terras (3). É possível entender com isso que não ousavam tentar qualquer coisa tão ambiciosa quanto um Templo; mas, tendo em vista o v. 7, onde se vê que põem as mãos àquela obra, é muito mais provável que a implicação é que a situação ameaçadora lhes deu a consciência da sua necessidade de ajuda, e, portanto, daquele acesso a Deus que foi prometido no altar. “Ali,” dissera Ele, “virei aos filhos de Israel para que por minha glória sejam santificados” (Êx 29.43). [KIDNER, 1985, p. 48]

2. Todos os despertamentos genuínos começam com a restauração do altar. Temos na Bíblia vários exemplos disto. Vejamos:

a. No tempo do profeta Elias, nos dias do rei Acabe. Ver o texto em 1 Rs 18.16-40. No confronto com os profetas de Baal, a primeira coisa que Elias fez foi reparar o altar que estava quebrado (1 Rs 18.30). Depois sacrificou sobre ele, e orou a Deus. O fogo desceu e o povo exclamou: “Só o Senhor é Deus, só o Senhor é Deus!” O despertamento decorreu do conserto do altar. – Com o altar quebrado seria impossível a operação divina. O primeiro passo para a operação do Senhor naquele lugar era consertar o altar, pois este simbolizava a comunhão e a adoração entre o homem e Deus. Elias teria que usar 12 pedras e isto exigia coragem. Pois provavelmente alguns ficariam enfurecidos porque trazia a lembrança silenciosa da divisão das tribos. Embora as dez tribos do Reino do Norte se autodenominassem Israel, este era um nome originalmente dado às 12, juntas. Por esse motivo era necessário Elias restaurar o altar de Deus que estava quebrado. Agora com o altar restaurado Elias clama ao Senhor e o milagre acontece, o povo é despertado e vê que “Só o Senhor é Deus”.

b. Quando o piedoso rei Ezequias assumiu o trono de Judá, já no primeiro ano do seu reinado ele abriu as portas da casa do Senhor e as reparou (2 Cr 29.3). Mandou purificar o templo, tirar fora toda a imundícia, purificar o altar do holocausto que havia sido substituído no reinado de seu antecessor, Acaz, por um altar construído com modelo copiado de Damasco (2 Rs 16.10-12). Quando então os sacerdotes sacrificaram sobre o altar santificado, começou um novo cântico na casa de Deus (2 Cr 29.27-28). O despertamento levou à reparação do altar. – O rei Ezequias fez a purificação o templo começando pelo Santo dos Santos e o santuário. Levaram para fora todo o lixo acumulado e os restos dos cultos idolatras, carregaram tudo até o vale do Cedrom e, lá, queimaram toda essa imundícia. Depois de santificarem o edifício, purificaram o pórtico. Isso incluiu a remoção do altar pagão construído por Acaz e a colocação do altar do Senhor em seu devido lugar (2 Rs 16.10 ss). Os levitas também purificaram os recipientes e utensílios usados nos cultos do templo e os colocaram em seus respectivos lugares. Foram necessários dezesseis dias para completar esse trabalho, o que significa que não comemoraram a Pascoa, observada no décimo quarto dia do primeiro mês. Porém, Ezequias realizou uma grande celebração de Páscoa no segundo mês (cap. 30). – Se desejamos ter um reavivamento na obra do Senhor, devemos começar com a purificação. Ao longo dos anos, indivíduos e igrejas podem acumular um bocado de "lixo religioso", ao mesmo tempo que ignoram os elementos mais essenciais da adoração espiritual. Não experimentamos novas bençãos do Senhor fazendo algo singular ou inédito, mas sim voltando para as "coisas antigas" e fazendo-as com dedicação. Se confessarmos nossos pecados (2 Cr 7:14), acendermos as lâmpadas, queimarmos o incenso (uma figura da oração Sl 141.1,2) e nos oferecermos como sacrifícios vivos (v. 7; Rm 12.1,2), o Senhor verá, ouvirá e enviará sai bênção. [WIERSBE, 2010, p. 556]

c. Quando os judeus voltaram do cativeiro, construíram o altar sobre as suas antigas bases, do modo como manda a lei (Ed 3.3) e sacrificaram holocaustos ao Senhor. A alegria foi grande entre os judeus, pois podiam de novo sacrificar a Deus, e celebrar a festa dos tabernáculos. O culto a Deus havia recomeçado (Ed 3.4,5). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – O sétimo mês era tisri, equivalente a setembro-outubro, um mês bastante sagrado para o povo (Lv 23:33-44). Começava com a festa das trombetas; o dia da expiação era comemorado no décimo dia e, do décimo quinto ao vigésimo primeiro dia, comemorava-se a festa dos tabernáculos. Porém, a primeira coisa que o sumo sacerdote Jesua fez foi restaurar o altar, para que pudesse oferecer os sacrifícios para o povo. Os judeus estavam com medo das nações poderosas a seu redor que não se mostraram satisfeitas com a volta dos judeus. Assim, o povo desejava ter certeza de que estava agradando ao Senhor. Mais uma vez, vemos um paralelo com Abraão, que edificou um altar assim que chegou à terra de Canaã (Gn 12:7). Esse e o retrato que o Antigo Testamento apresenta para aquilo que encontramos em Mateus 6:33. – Jesua também restabeleceu os diversos sacrifícios prescritos pela lei, que incluíam um holocausto a cada manhã e no final da tarde bem como ofertas adicionais para dias especiais. Não era necessário esperar que o templo estivesse pronto para oferecer sacrifícios a Deus. Desde que houvesse um altar santificado, era possível realizar os sacrifícios. Afinal, o maior interesse de Deus não e nos aparatos externos, mas sim no coração (1 Sm 15:22; Sl 51:16, 17; Os 6:6; Mc 12:28-34). [WIERSBE, 2010, p. 589]

SUBSÍDIO CULTURAL

O que é o altar? Do hebraico ‘mizbeach’: ‘sulhan’: e do grego ‘thysiasterion’ (de ‘thysia’, sacrificio): e aindo do latim ‘altare, altaria’ (semelhante a ‘adoleo’ queimar). Quase todas as pessoas dessa geração têm um conceito berrado do verdadeiro altar no sentido genérico e prático que motivou sua existência. Todos julgam, geralmente, que um altar genuíno é a parte de um templo, de uma catedral, de uma mesquita ou de uma sinagoga. Muitos, sem dúvida, vão surpreender-se quando lhe mostrarmos como a Bíblia define o significa do altar verdadeiro e sua função.

    O altar, de acordo com as Escrituras, era um lugar construído para nele se oferecerem sacrifícios e holocaustos de animais. Era um testemunho perpétuo, um favor; sentia-se nele a manifestação divina, significava a presença de Deus, santificava as ofertas, e era o lugar onde se realizava a comunhão dos fiéis com o Senhor. Por tais razões o altar era respeitado” (CONDE, Emilio. Tesouro de Conhecimento Bíblicos. 2° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, pp. 45-46).

  II. CRISTO, O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS

No tempo do Antigo Testamento o altar era o ponto central do culto a Deus. No tempo do Novo Testamento o sacrifício de Jesus no Gólgota é o grande acontecimento, para o qual o altar apontava profeticamente. Paulo escreveu à igreja em Corinto: “Primeiramente vós entreguei o que também recebi, que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15.3). Escreveu ainda: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2). “Todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17). “Para que em tudo (Jesus) tenha a preeminência” (Cl 1.18). “Para vós os que credes, é preciosa [...] a pedra principal da esquina” (1 Pe 2.7). Tudo isto porque Jesus, pela sua morte expiatória, ganhou a redenção para todo o mundo (Ef 1.7; 2.13-16; Rm 3.23-25; 5.9,10; 1 Pe 1.18,19). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – O Antigo Testamento fala a respeito do sofrimento e da ressurreição de Cristo (Lc 24.25-27; At 2.25-31; 26.22-23). Jesus, Pedro e Paulo citaram ou mencionaram tais passagens do Antigo Testamento em relação à obra de Cristo, como Sl 110.8-11; 22; Is 53. O propósito de toda a pregação paulina sempre foi a ‘Cruz ensanguentada’! Embora Paulo tivesse exposto todos os desígnios de Deus à igreja (At 20.27) e ensinado aos coríntios a Palavra de Deus (At 18.11), o foco de sua pregação e de seu ensino aos incrédulos era Jesus Cristo, o qual pagou na cruz do Calvário a penalidade pelo pecado (At 20.20; 2Co 4.2; 2Tm 4.1-2). Até que as pessoas compreendam e creiam no evangelho, não há nada mais a ser dito a elas. A pregação da cruz era tão dominante na Igreja primitiva que os cristãos eram acusados de adorar um homem morto! Necessitamos retomar essa pregação: Cristo somente, e crucificado! A igreja teve sua origem no Senhor Jesus (Ef 1.4), e ele, por sua morte sacrificial e substitutiva, concedeu vida a igreja e ressurreição, a fim de tornar-se o seu soberano. É importante caracterizar que, o ser humano reconcilia-se com Deus quando este o restaura a um relacionamento justo com ele por meio de Jesus Cristo. Por que isso é importante? A maneira como está exposta no comentário (pela sua morte expiatória, ganhou a redenção para todo o mundo), pode induzir ao entendimento equivocado de que, como resultado da morte expiatória de Cristo, todos crerão. Mas, como citado em 1Pe 2.7, isso é somente para aqueles que creem!

1. Toda a Trindade atuou ativamente na morte expiatória de Jesus:

a. O PAI CELESTIAL. Antes da fundação do mundo o Pai planejou a obra redentora, com o sacrifício de seu Filho (Ef 3.6-9). “Na consumação dos séculos enviou o seu Filho” (Gl 4.4; Jo 3.16). O Pai participou diretamente do drama do Gólgota (2 Co 5.19). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] - O Calvário foi planejado antes mesmo que todas as coisas viessem à existência. Deus por sua própria vontade e propósito usou seu Filho, o único sacrifício aceitável e perfeito, como meio de reconciliar os pecadores consigo (At 2.23; Cl 1.19-20; Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.5-6). É muito importante frisar que o valor da morte de Cristo é eficaz para aqueles que creem, se ensinarmos outra coisa, incorreremos no erro universalista. O mérito intrínseco da morte reconciliadora de Cristo é infinito e a oferta é ilimitada. Entretanto, a expiação real foi feita somente para aqueles que creem (Jo 10.11,15; 17.9; At 13.48; 20.28; Rm 8.3 2-33; Ef 5.25). Aqueles que não responderem ao chamado do Evangelho, não receberão o perdão da Cruz ensanguentada e pagará pessoalmente o preço dos seus pecados no inferno eterno- eis a essência do Evangelho que a igreja deixou de pregar!

b. CRISTO, O FILHO DE DEUS. Entregou-se a si mesmo em oferta e sacrifício (Ef 5.2; Hb 9.14). Ele levou os nossos pecados sobre o madeiro (1 Pe 2.24) e padeceu para levar-nos a Deus (1 Pe 3.18). – O sangue de Jesus Cristo é o ponto principal do conceito de redenção no Novo Testamento. Cristo, ao morrer na cruz, deu seu sangue inocente a fim de remover nossos pecados e nos reconciliar com Deus. Pelo seu sangue, Cristo efetuou as seguintes coisas [1] O perdão dos pecados de todos aqueles que se arrependem e creem (Mt 26.28). [2] O resgate dos crentes do poder de Satanás e dos poderes malignos (At 20.28). [3] A justificação de todos os que nEle creem (Rm 3.24,25) [4] A purificação da consciência do crente a fim de que este possa servir a Deus sem culpa e com toda certeza (Hb 9.14). [5] A santificação do povo de Deus (Hb 13.12). [6] A abertura do caminho para o crente chegar diretamente diante de Deus por meio de Cristo para obter graça, misericórdia, ajuda e salvação (Hb 10.19). [7] A garantia de todas as promessas do novo concerto (Hb 10.29). [8] A contínua aplicação do poder reconciliador e purificador do sangue de Cristo no crente à medida que este se aproxima de Deus por meio de Cristo (Hb 7.25). [8] A contínua aplicação do poder reconciliador e purificador do sangue de Cristo no crente à medida que este se aproxima de Deus por meio de Cristo (Hb 7.25)     

c. O ESPÍRITO SANTO. Ajudou o Filho a vencer todos os obstáculos que se levantaram contra Ele, até chegar à cruz. Foi pelo Espírito Eterno que Jesus se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus (Hb 9.14). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – O Espírito Santo está diretamente envolvido na obra salvífica, à eterna redenção e à eterna herança que Cristo alcançou por meio de sua morte sacrifical. O Senhor Jesus foi humanamente concebido por obra do Espirito Santo (Lc 1.35). O Espírito desceu sobre Cristo na ocasião do seu batismo (Mt 3.16). Então, “cheio do Espirito Santo”, Jesus “foi levado pelo Espirito ao deserto” (Lc 4.1). O Espirito deu poder e as qualidades ao Messias para o desempenho de sua tarefa oficial de destruir o reino de Satanás e de estabelecer o Reino de Deus [...] Pelo Espirito Ele expulsou demônios (Mt 12.28). Assim, quando os fariseus atribuíram a Belzebu esse trabalho de libertação realizado pelo Espírito, Jesus os advertiu a não pecarem contra o Espirito para que não se tornassem como Satanás, de modo que seu pecado não pudesse ser perdoado (Mt 12.31,32). [...] Sustentado pelo Espirito, o Senhor Jesus decidiu firmemente ir a Jerusalém. Tanto no início quanto no final, Jesus resistiu a constante tentação de Satanás de salvar seu povo e estabelecer seu reino por outros meios exceto por aquele de morrer por eles, pelos pecados deles. Sendo Deus, Ele mesmo havia concedido a palavra profética: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5),Ele sabia que “nesse dia” as Escrituras deveriam ser cumpridas por meio dele. Assim, o nosso Salvador esteve sustentado pelo Espírito durante toda a sua obra redentora (Hb 9.14) Por meio do Espírito Ele pode dizer “está consumado”, e pode entregar seu espírito ao Pai.

2. O Espírito Santo quer, pelo despertamento, mostrar aos homens a grande vitória de Jesus no Gólgota.  O Espírito Santo quer iluminar o entendimento dos homens para esta grande realidade: “Depois de serdes iluminados suportastes grande combate de aflições” (Hb 10.32). – Todo crente deve pensar com cuidado e reconstruir algo na mente, e não simplesmente lembrar-se das experiências espirituais. Os crentes hebreus haviam recebido instrução na verdade bíblica que foi acompanhada por percepção intelectual. E isso é importante por que entender o evangelho não equivale a ser regenerado. Em Jo 1.9. está claro que a iluminação não equivale à salvação. Não basta entender, é preciso experimentar a transformação, provar o dom celestial. É o espírito Santo o autor da perfeita iluminação do entendimento, Ele é o agente da regeneração, e essa só pode vir pela pregação do Evangelho!

a. O Espírito REVELA (Ef 1.17), iluminando os olhos do nosso entendimento para que saibamos a grandeza de seu poder sobre nós que manifestou em Cristo ressuscitando-o dos mortos (Ef 1.19,20). O Espírito Santo revelou a Pedro que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16,17). – Nos textos citados, Ef 1.17, 19 e 20, Paulo não ora para que o poder de Deus seja dado aos cristãos, mas para que eles se conscientizem do poder que já possuem em Cristo e façam uso dele. Paulo estava orando e pedindo que Deus conceda aos crentes ‘espírito de sabedoria... coração’; o desejo do apóstolo era que os cristãos tivessem a disposição do conhecimento piedoso e a percepção do que uma mente santificada é capaz, e assim, entender a grandeza da esperança e da herança que eles têm em Cristo. Uma mente iluminada espiritualmente é o único meio do verdadeiro entendimento e apreciação da esperança e da herança em Cristo e de viver de maneira obediente a ele. É Deus Pai, através do Espírito Santo, quem abre os nossos olhos para o pleno significado das Escrituras e nos revela quem Jesus é de fato, tal qual ocorreu com Pedro em Mt 16.16,17; O Espírito Santo abriu o coração de Pedro para esse conhecimento mais profundo de Cristo pela fé.

b. O Espírito ENSINA as profundidades do vitupério da cruz. Quando Jesus, na estrada de Emaús, explicava aos seus discípulos o que as Escrituras escreveram sobre a sua morte, os corações deles ardiam (Lc 24.32,45). – Apenas conhecimento empírico, não é suficiente, é necessário mergulhar mais fundo, até um nível de compreensão que não está disponível ao intelecto humano. Como assim? É necessário que o Espírito Santo nos ensine todas as coisas! Isso fica claro ao lermos o que ocorreu naquele episódio em que os discípulos estavam reunidos a portas fechadas e trancadas (Jo 20.19; Lc 24.45): “Então, lhes abriu o entendimento”. Nessa aparição aos discípulos, Cristo sem dúvida lhes ensinou sobre o Antigo Testamento, como fizera no caminho de Emaús, mas a essência da expressão “Então, lhes abriu o entendimento” demonstra uma abertura sobrenatural da mente deles para receber as verdades que ele revelou. Então, eles que até então tinham a mente embotada (Lc 9.45), finalmente entenderam com clareza (Sl 119.18; Is 29.18-19: 2Co 3.14-16). Necessitamos do Espírito Santo limpando nossa mente embotada e nos esclarecendo palavra por palavra. A sabedoria que salva, a qual a sabedoria do homem não pode conhecer, é revelada a nós por Deus. Ele a torna conhecida por meio da revelação, inspiração e iluminação. Em cada caso, o Espírito Santo é o agente divino que realiza a obra (2Pe 1.21).

c. O Espírito EXPLICA o verdadeiro significado da morte de Jesus na cruz, sobre o infinito alcance do brado: “Está consumado!” (Jo 19.30). Deus confirmou esta palavra de seu Filho, fazendo rasgar o véu de alto a baixo (Mt 27.51) mostrando à humanidade um novo e vivo caminho, que havia sido possível pelo véu, isto é, pela carne de Jesus (Hb 10.19,20). Por meio desta vitória os principados e potestades satânicos foram despojados, e Jesus triunfou sobre eles na cruz (CI 2.15). Por isto temos nEle a vitória (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; Rm 8.37). Pela fé em Jesus Cristo, podemos vencer o mundo (1 Jo 5.4,5).

Por causa do brado “Está consumado!”, a justiça de Cristo agora é oferecida gratuitamente àqueles que crerem em Jesus (2 Co 5.21; Is 53.11; Gl 2.16; At 13.39; Rm 4.22-25). [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – Neste ponto atingimos o ápice do Evangelho! Quando compreendemos, pela iluminação do Espírito Santo, a necessidade da Cruz na história humana, entendemos o sentido de ser cristão. O brado ‘tetelestai’ – ‘Está consumado’ carrega a ideia de cumprir a tarefa e, em contextos religiosos, expressa a ideia de cumprir obrigações religiosas. Toda a obra da redenção fora completada. A palavra grega aqui foi encontrada em papiros, sendo colocada em recibos de impostos, significando "totalmente pago" (veja Cl 3.13-14).  Ao render o seu espírito, a cortina que separava o lugar santo do Santo dos Santos (Êx 26.33; Hb 9.3) rasgou do alto até embaixo. O rasgar do véu significou que o caminho para a presença de Deus estava agora aberto a todos por meio de um "novo e vivo caminho" (Hb 10.19-22). O fato de ele ter-se rasgado "de alto a baixo" mostra que não foi um homem que o cortou, mas sim o próprio Deus!

d. O Espírito PENETRA todas as coisas (1 Co 2.10). A luz da glória de Cristo, revelada na cruz, é uma luz que tudo manifesta (Ef 5.13). Quando esta luz ilumina o painel da nossa consciência, como aconteceu com o profeta Isaías (Is 6.5-7), sentimos o grande peso dos nossos pecados, e, pelo Espírito Santo, somos despertados e levados ao arrependimento. [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – Por meio do Espírito Santo, Deus revelou a sua verdade que salva (Mt 11.25; 13.10-13). Somente o Espírito era qualificado porque ele sabe tudo o que Deus sabe. A pura e reluzente luz da Palavra de Deus revela todos os segredos do pecado. Assim mesmo como experimentou Isaías, e lamentou “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de-lábios impuros” (Is 6.5). Se os lábios de Isaías estavam impuros, também o coração o estava! A visão da santidade de Deus fez o profeta lembrar-se de maneira muito intensa da sua própria indignidade, que é merecedora de condenação. Essa mesma experiência teve Jó (Jó 42.6) e Pedro (Lc 5.8), suas mentes lhes foram reveladas e tiveram o mesmo sentimento a respeito de si mesmos, quando foram confrontados com a presença do Senhor (Ez 1.28 2.27; Ap 1.17). Precisamos urgentemente experimentar algo tão intenso assim, que nos deixe dolorosamente conscientes do nosso próprio pecado e nos quebrante (Is 66.2,50). O arrependimento é doloroso, mas é necessário

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Sob a lei mosaica a expiação pelo pecado era conseguida através da morte de uma vítima sacrificial. O derramamento de seu sangue era a evidência de sua morte. “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida [da vítima]’ (Lv 17.11). A expiação bíblica tem uma forma clara, e esta reconciliação específica é efetuada pela morte de Jesus Cristo em sua encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão. Portanto, esta expiação em particular deve ser entendida em termos de sua base e realidade específicas, ao invés ser compreendida em termos do conceito geral.

O conceito bíblico. Tanto no AT como no NT, a necessidade de reconciliação é colocada pela decisão misericordiosa, sábia e onipotente de Deus, de satisfazer sua santidade e sua justiça, além de cumprir seu propósito a favor do homem pecador, culpado, alienado e impotente. O homem, em seu pecado, está obviamente em uma condição inapropriada para a comunhão com Deus, e um destino eterno junto dele. No entanto, o homem não é capaz de absolver a si mesmo da culpa, nem de se libertar da transgressão. Os sacrifícios do AT certamente não foram criados como um meio de auto expiação humana. Eles apontavam para a expiação oferecida pelo Senhor Jesus Cristo. Para o cumprimento do propósito divino no homem, existe a necessidade de um sacrifício substitutivo como a base do perdão, da liberação e da restituição” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 749).

  III. CUIDADO COM AS IMITAÇÕES

Alguns dizem que nem todos os despertamentos de hoje têm as características que são mencionadas nesta lição. Concordamos plenamente. Já no tempo dos apóstolos havia “movimentos” que realmente tinham “alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildemente e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne” (CL 2.23).

Também em nossos dias aparecem “movimentos” que são imitações baratas do verdadeiro despertamento. Muitos destes movimentos empregam técnicas avançadas de dominações psicológicas. Estes “avivalistas” ou “especialistas” sabem com suas técnicas dominar o auditório, e podem fazer o público rir, chorar, jubilar, pular, bater palmas, etc. Sabem até imitar o batismo no Espírito Santo, “ensinando” o povo a falar em línguas! São, porém, experiências sem nenhum poder e sem a menor reverência.

Uma de nossas igrejas sentiu-se obrigada a orientar os irmãos acerca de um movimento que faz de suas reuniões “Shows” com apresentações de cantores “evangélicos.”. Nesses “Shows” dominam aplausos, vaias, gritos, assobios, bebidas alcoólicas, jovens dançando e se requebrando de modo até mesmo sensual, enquanto os “hinos” estão sendo entoados. Cuidado! Este tipo de imitação pode fazer com que a glória de Deus se afaste.

Todo movimento feito, sem que o Espírito Santo esteja na direção, não pode prosperar. E como uma tartaruga deitada de costas; movimenta os pés, mas fica no mesmo lugar.

Mantenhamos o Espírito Santo na direção. Então veremos cumprir-se a palavra que diz: “Vão indo de força em força” (SI 84.7). Glória a Jesus. [Lições Bíblicas, 19 Julho, 2020] – O Senhor tem a sua própria marca. Não podemos trazer para o culto o que vimos lá fora e achamos bonito e que pode atrair o povo para tal. O sacerdote Jesua reconstruiu o altar baseado no que estava escrito na Lei, ou seja, fizeram como o Senhor tinha determinado, o altar foi construído sobre as antigas bases (Ed 3.3). É provável que, se eles tivessem feito como Acaz, que retirou o altar original e colocou no lugar dele um modelo pagão que viu em Damasco, Deus não iria se agradar. Portanto, devemos evitar as imitações e sim buscar a renovação espiritual que é concedida mediada a Palavra de Deus pelo seu Espírito Santo. Deus não precisa de imitações mundanas Ele quer que sejamos obedientes à sua Palavra e que estejamos sempre e constantes à sua disposição para permanecermos cheios do seu Espírito.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 “O arrependimento expressa uma grande transformação no interior do homem, gerando nele remorso e tristeza pelo mal que praticou, levando-o a pedir perdão a Deus e implorando força para viver uma nova vida. Arrependimento e conversão constituem uma só experiência, porém exprimem dois lados dela (cf. At 3.19).

[…] O Espírito Santo opera o arrependimento, aplicando-o à obra de Cristo na vida do homem, convencendo-o do pecado, da justiça de Cristo e do juízo vindouro (Jo 16.8,9). O arrependimento também resulta da pregação da Palavra de Deus (Mt 12.41). Quando Deus manifesta-se aos homens, estes sentem-se humilhados, quebrantados e prontos a se arrependerem (Jó 42.5,6)” (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 168).

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Francisco. Especial Lição 3: O despertamento renova o altar. Disponível em: https://auxilioebd.blogspot.com. Acesso em 18.07.2020

Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 700.

KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1985, Série Cultura Bíblica.

LIÇÕES BÍBLICAS. Edição Especial Jovens e Adultos, 3º Trimestre 2020 - Lição 3. Rio de Janeiro: CPAD, 05 Julho, 2020.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Antigo Testamento v. II, Históricos. Santo André: Geográfica, 2010.



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