quinta-feira, 17 de outubro de 2019

LIÇÃO 3: A CHAMADA PROFÉTICA DE SAMUEL


 
SUBSÍDIO I
DEFININDO O PROFETISMO EM 1 E 2 SAMUEL

A Menção de Profeta no Livro
Fazendo alusão ao profetismo presente no livro de 1 e 2 Samuel, pode-se destacar que foi um movimento usado por Deus buscando incentivar, renovar uma nova comunhão com Ele e o povo. É a partir de Samuel que o movimento profético terá uma maior airosidade.
Samuel vai se destacar como um grande profeta. Isso porque nos seus dias havia quase um comprometimento de todos com o pecado, razão pela qual a Palavra do Senhor era rara e não havia visão manifestada (1 Sm 3.1). Não demorará para que todo o Israel, desde Dã até Berseba, tenha Samuel confirmado como profeta do Senhor (1 Sm 3.1,19,20).
Pelo exposto acima, entendemos que com Samuel o movimento profético terá um grande vulto, pois se caracterizará tanto como resistência como gerando nova esperança. Por meio do profetismo, aconteceria um despertamento da fé de Israel, um novo ânimo viria ao povo.
Os profetas eram usados por Deus. Viviam controlados pelo sobrenatural divino, tendo visões e revelações, e por isso às vezes eram chamados de “videntes”, que eram aqueles que mantinham contato com o mundo superior por meio de visões e posteriormente transmitiam o que viam. Citamos, por exemplo, o profeta Ezequiel. Ele é descrito como tendo grandes visões: “E aconteceu, no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês, que, estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu vi visões de Deus” (Ez 1.1).
O profeta era um homem que mantinha comunicação com Deus, recebendo dEle os oráculos divinos. Dirigia-se ao Senhor por meio de súplicas, dava ênfase à justiça e ao direito, realizava milagres, pronunciava julgamentos por meio de atos simbólicos — tudo isso estava ligado ao movimento profético.
A comunidade de Israel via nesses homens enviados por Deus a presença da palavra profeta e vidente. É isso que se pode notar em 1 Samuel 9.9: “(Antigamente em Israel, indo qualquer consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje antigamente se chamava vidente.)”.
A palavra vidente no hebraico é ro´eh e hozeh, que quer dizer “aquele que vê, que percebe, tem visão”. Já profeta estaria mais ligado à palavra, à oralidade; ele seria o porta-voz do Senhor.
No ato de profetizar, o profeta estava comunicando aquilo que Deus realmente desejava que todos ouvissem, tencionando que cada um passasse a entender o que estava na mente de Deus, o que Ele queria, que era o retornar de todos para uma vida de santidade e obediência, que resulta em verdadeira adoração e comprometimento.
Definição de Profeta
Nabi provém da raiz naba do hebraico e seu sentido primário é “alguém que declara ou anuncia algo”. No contexto bíblico, fala daquele que recebeu por revelação direta de Deus suas palavras para proclamar ao povo. O nabi aparece mais de trezentas vezes nas páginas velhotestamentárias, isso dentro de diversos contextos, o que pode ser visto em passagens como: Gênesis 20.7; Números 12.6; 1 Samuel 3.20; 1 Reis 1.8; Salmos 74.9; Jeremias 1.5. Roy B. Zuck define profeta seguindo a concepção judaica da seguinte maneira:
A palavra profeta é tradução do hebraico nabi. A etimologia é incerta. Certos estudiosos discutem a favor do significado de borbulhar, mais um reflexo da ideia de profeta do que uma etimologia. Outros argumentam que significa ser chamado. A palavra significa, mais certamente, portavoz de Deus, mas a etimologia exata não pode ser determinada. A passagem veterotestamentária clássica sobre profeta é Deuteronômio 18, quando Moisés estava preparando os israelitas para entrarem em Canaã, onde eles encontrariam todos os tipos de práticas ocultas.
Ainda que etimologicamente o termo profeta não possa ser definido por completo em sua essência, é primordial que se entenda que ele não era visto apenas como um declarador de algo, mas, sim, como homem de Deus. Essa definição era aplicada também a nabi, de modo que isso o caracterizava como um escolhido para uma missão especial ou profética da parte de Deus.
Na contextura hebraica, além de homem de Deus, o profeta era visto como um atalaia e pastor (Jr 6.16; Ez 3.17). Assim, conclusivamente dizemos que a visão que se tinha do profeta no Antigo Testamento é que ele era um escolhido de Deus para levar a mensagem divina ao povo. Não tinha nada de si mesmo, mas tudo partido do alto. Ele não poderia falar no seu nome, mas no nome daquEle que o tinha enviado.
O Novo Testamento tem sua definição também para o prophétes, palavra que aparece 159 vezes. O prefixo da palavra pro, antes, phemi, falar, já esclarece em si o significado: uma pessoa que fala em nome de outra. Portanto, o profeta seria inspirado por Deus para falar as suas palavras.
A vida do profeta era caracterizada pelo sobrenatural. Ele podia predizer coisas futuras, envolvendo acontecimentos tanto de ordem nacional como das particularidades da vida de pessoas. Vale dizer que o profeta neotestamentário caracterizava-se também pelo oficio profético e, nesse particular, podia exortar, ensinar, orientar, estar à frente de um rebanho.
Historicamente, podemos entender que havia os profetas que se tornaram conhecidos no meio da comunidade do povo de Deus e outros que eram procurados para dar orientações particulares, todavia, não eram reconhecidos publicamente. Pode-se dizer que o profeta verdadeiro não tinha como prioridade revelar algo para vidas isoladas, antes, sua maior missão era revelar a todos a mensagem de Deus, confrontar quem quer que fosse para ajustar suas vidas e retornar em quebrantamento ao Senhor.
Para a distinção entre aqueles que tinham o ministério profético e os que apenas eram chamados de profetas, pode-se tomar a pessoa de Abraão, o primeiro a ser chamado de profeta (Gn 20.7), mas não no sentido de exercer um ministério, posto que o protótipo maior para a função de profeta nacional será Moisés (Êx 18.15-19).
Samuel e os demais Profetas
Antes de falarmos sobre a escola de profetas nos dias de Samuel, mister se faz que analisemos com perícia o real preparo desses homens que estariam a serviço de Deus e de sua obra. À luz do contexto bíblico, o profeta aparecia no cenário humano de modo repentino, mas não sem preparo. Primeiramente, ele já vinha capacitado com aquilo que Deus havia posto em seu coração, ou seja, nele estava a Palavra divina (Êx 3.1.4,17; Jr 1.4-19; Ez 1.3; Jn 1.1).
As Escrituras nos falam que às vezes aparecia um profeta que ousadamente falava em nome do Senhor sem que Ele tivesse mandado, profetizando palavras do seu próprio coração, mas era punido pela ação divina (Jr 14.14; 23.21). A atividade profética era algo presente na vida do povo israelita, primeiramente porque se acreditava que Deus estava agindo na história. Ele intervinha nela de modo soberano e, nesse particular, entravam em ação os profetas, de modo que, no geral, inspirados por Deus, eles entregavam a mensagem divina. Por meio deles veio a Lei de Deus (Êx 2.11; Dt 24.19-22; Is 45.20-22).
Os profetas passam a ser uma figura central no meio do povo de Deus. Além de receberem inspiração para revelar a mensagem divina, muitos deles guiavam e orientavam os reis em suas decisões, os quais passaram a ser cognominados “profetas da corte” ou “estadistas”, mas pode-se dizer que, devido à sua sinceridade, tinham que pagar caro. Muitos deles foram perseguidos e mortos; isso pode ser comprovado nas palavras de Jesus Cristo (Mt 23.37).
Vale ressaltar que o próprio povo judeu esperava do sumo sacerdote a capacidade para profetizar também, o que declara que eles não seriam apenas oficiantes de algo, mas dotados de capacitação sobrenatural para se comunicarem com Deus. Analisando Êxodo 28.30 e Números 27.21, isso se daria através do Urim e Tumim; por esse meio buscava-se entrar em contato com Deus e profetizar ou falar algo ao povo.
Conforme descrevemos acima, ficará impresso na mente de cada judeu a importância do ofício profético, o que logo dará início à ordem profética, que resultará da imagem que o povo passa a ter tanto do profeta como do sacerdote, sendo homens inspirados por Deus para revelarem a sua vontade. Nesse parâmetro, afirmamos que a escola ou instituição profética não é algo que surge aleatoriamente, no querer de qualquer um, mas, sim, pela representação de homens escolhidos por Deus, que, como figura primordial, se destacam Moisés e Arão dentre outros.
Isso fala muito sério a nós, especialmente nos dias que estamos vivendo, em que cada pessoa busca ser profeta, pastor, bispo, sacerdote, sei lá mais o quê, sem uma base bíblica e tradicional, querendo cada um se fazer profeta e sacerdote ao seu bel-prazer, contrariando a normativa divina. Esse procedimento foi adotado pelo rei Jeroboão, que escolheu dentre o povo pessoas sem qualificação e sem serem da tribo de Levi para assumirem o sacerdócio, o que foi seriamente combatido por Deus (1 Rs 12.31).
O ideal profético estaria presente no povo devido ao modelo visto na pessoa de Moisés (Dt 18.9-15). Assim, todos viviam na expectativa de um profeta maior, Jesus Cristo, mas esse ideal será conspurcado por alguns líderes, que, chegando aos dias de Eli, estará no mais baixo nível, razão pela qual o profeta Samuel diz que a Palavra e as visões eram raras (1 Sm 3.1).
É com Samuel que o ofício profético terá um novo avivamento, sendo ele levita, claro, da família de Coate (1 Cr 6.28). Será a pessoa certa para promover um grande impulso no movimento profético e fará isso por meio de sua vida de comunhão com Deus, vida espiritual e moral equilibrada, como também através de ações sociais (1 Sm 9.22). Falando dessas escolas proféticas e de sua importância, especialmente por ser Samuel o seu fundador, o Novo Comentário da Bíblia diz:
Julgam muitos ser Samuel o fundador das escolas dos profetas, que durante séculos tão profunda influência exerceu na vida da nação. À volta destas escolas não só se espiravam o ambiente da vida espiritual de Israel, mas ainda o de sua vida cultural e educativa. Se Moisés promulgou a Lei, foi Samuel quem garantiu que ela fosse propagada juntamente com outras revelações de Deus.
Note-se que a escola de profetas tinha como alvo maior preservar a espiritualidade do povo de Deus, e a cultura visava à preservação da lei e das mensagens que eram recebidas; não se tratava apenas de uma escola qualquer, que visasse empurrar cuca adentro velhas tradições, mera intelectualidade, ensinos oriundos de mestres sem afinidade com o divino, mas, sim, o crescimento na comunhão com Deus por meio de sua mensagem revelada aos seus servos.
Com Samuel vai surgir a escola de profetas, porque nele todos passavam a ver o brilho do ideal visto em Moisés, e, desse modo, ele será a mola propulsora. Em seus dias, surgirão homens que desejarão ser profetas também, assim como ele. O movimento profético não somente ressurgirá, como se desenvolverá grandemente e manterá sua estrutura (1 Sm 19.18-20; 2 Rs 2.3-5; 6.1).
O que distinguia o profeta de fato enviado por Deus daquele que queria ser profeta por vontade própria era a inspiração. O profeta não inspirado por Deus inventava coisas de sua mente e coração; é isso o que fala Jeremias e Ezequiel (Jr 23.16; Ez 13.3). O profeta enviado por Deus era inspirado pelo Espírito Santo, recebia a mensagem por meio de visões e revelações (Nm 11.17-25; 1 Pe 1.21).
De diversas maneiras, Deus se apresentava ou inspirava esses profetas, usando a mente deles para lhes revelar os seus mistérios. O modo como Deus fazia por vezes parece estranho para nós, mas é bom lembrar que isso se tratava de algo sobrenatural, não se daria no campo das explicações humanas. Lendo algumas passagens do Antigo Testamento, podemos perceber as multiformes maneiras como Deus se revelava aos profetas (2 Rs 3.15; 1 Sm 10.5; Is 6.1; Ez 1.1). Por meio de sonhos, visões, palavra direta, “Assim diz o Senhor...”, era como Deus se revelava e tudo isso pode ser considerado inspiração divina.
Sendo homens inspirados por Deus, logo a comunidade de Israel passou a olhar para os profetas como aqueles que recebiam a Palavra do Senhor, com autoridade para ensinar, repreender, corrigir, alertar (Is 58.1; Mq 3.8), e convocar todos ao arrependimento sincero (Is 40.1,2). Os profetas assumiam diversas funções: poderiam ser embaixadores, estadistas, atalaias e, em casos extremos, até desempenhar funções sacerdotais, como foi o caso de Samuel (1 Sm 16.6-13). Mas, na verdade, seu alvo maior era inculcar na mente e no coração de cada judeu que todos pertenciam a Deus, por isso deveriam ter vida santa, íntegra, e corresponder ao querer divino, sem jamais perder a identidade como povo escolhido do Senhor, atentando sempre para os ditames divinos (Êx 2.11; Mq 5.4; Is 45.20-22)
Texto extraído da obra “O governo divino em mãos humanas”, editada pela CPAD 
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que o ministério profético do Antigo Testamento não se caracterizava pela adivinhação nem pela mera predição do futuro, mas tinha como principal objetivo levar a todos a ter um firme compromisso com Deus. Sua essência é anunciar a totalidade da mensagem divina. Por isso, Jeremias foi bem categórico: “O profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade [...] − diz o SENHOR” (Jr 23.28). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
Nesta aula faremos uma distinção do dom de profecia do Velho e do Novo Testamento, iniciando com o chamado de Samuel para o ministério profético e concluindo com a atualidade do Dom e do Ministério Profético. Matthew Henry comentando o texto de Jr 23.28, diz: “Os homens não podem se esconder dos olhos de Deus, que tudo vê. Nunca verão os juízos que preparam contra si mesmos? Que considerem a grande diferença que há entre estas profecias, e aquelas entregues pelos verdadeiros profetas do Senhor. Que não chamem os seus néscios sonhos de oráculos divinos. As promessas de paz que estes falsos profetas fazem não devem ser comparadas com as promessas de Deus, assim como a palha não deve ser comparada com o trigo.”. Por fim, veremos que o Dom de Profecia está disponível para todos e deve ser buscado, como Paulo exorta em 1Co 14.39 “Portanto, meus irmãos, busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas” mas lembremos que é nas Escrituras, em seu estudo e aplicação, onde encontramos a verdadeira profecia, sem perigo de erro. A Palavra de Deus não é uma mensagem suave, aduladora nem enganosa, e por sua fidelidade pode certamente ser distinguida das falsas doutrinas. Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
I. DEFININDO O “PROFETA” EM ISRAEL
1. A menção de “profeta” no livro. A primeira menção feita a um “profeta” no livro está registrada em 1 Samuel 2.27-36. Aqui, vemos que o profeta era caracterizado como homem de Deus, título que lhe trazia grande responsabilidade. O profeta não é um adivinhador, mas o porta-voz de Deus. Ali, Samuel se dirigiu à casa de Eli, dizendo que este seria substituído por um sacerdote fiel − Zadoque. Esse acontecimento antecipava como seria o ministério de Samuel, o profeta do Senhor por excelência. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
O cântico de Ana e a profecia do homem de Deus são os únicos exemplos registrados de profecia desde os dias de Débora no começo do período dos Juízes. 1 Samuel 2.27 inicia dizendo: “Veio um homem de Deus a Eli...”; “Homem de Deus” era normalmente usado como sinônimo de "profeta". A grande responsabilidade de qualquer profeta era lutar para viver uma vida digna do seu ofício, com o objetivo de transmitir a mensagem divina para que o povo de Israel pudesse viver um relacionamento correto com seu Deus.
Muitas vezes os profetas eram chamados “homem de Deus”, como em Deuteronômio 33.1 e 1Reis 13. O uso desse termo enfatiza a diferença de caráter entre o profeta e as demais pessoas. Isso se vê na maneira que a mulher sunamita falou do profeta Eliseu: “Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus” (2Rs 4.9).” (ULTIMATO)
2. Definição de profeta. De modo geral, a palavra do hebraico para profeta é nabî. Etimologicamente, a definição é incerta, porém, diversos significados lhe são atribuídos, entre os quais, “chamado por Deus” e “orador”. Entretanto, a maioria dos estudiosos trata a palavra “profeta” com o sentido de porta-voz divino. Nesse aspecto, o profeta seria mensageiro de Deus, cuja missão era levar o povo a obedecer à vontade do Todo-Poderoso. Quem ouvisse esse porta-voz teria sucesso; pois o profeta comunica o que Deus lhe diz, fala o que o Senhor lhe falou. Esse é o fundamento do movimento profético do Antigo Testamento (Dt 18.18; 2 Cr 20.20). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
A palavra hebraica para profeta é “nabi”, cuja raiz verbal é “naba”, significando ‘anunciador’, ‘aquele que anuncia as mensagens de Deus, frequentemente recebidas por revelação ou discernimento intuitivo’. Outras palavras hebraicas usadas são “roeh” e “hozeh”, significando ‘aquele que vê’, ‘vidente’. Curiosamente estas três palavras aparecem em 1Cr 29.29.
No início havia uma distinção entre vidente e profeta, mas mais tarde eram termos sinônimos, como o autor do livro histórico de Samuel enfatiza – “Antigamente, em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia: Vinde, vamos ter com o vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente, se chamava vidente” (1Sm 9.9).” (ULTIMATO)
3. Samuel e os demais profetas. Com Samuel deu-se o início à prática de os profetas ungirem reis. Segundo o texto bíblico, o próprio Samuel comunicou as palavras de Deus a Saul, de que este seria rei.
Segundo os estudiosos, foi com Samuel que teve início o movimento profético formal em Israel. E com Elias, ele se desenvolveria ainda mais. A partir do ministério de Samuel, surgiram os profetas da corte – os que atuavam junto aos reis. Alguns desses profetas não apenas aconselhavam os soberanos, mas também eram seus escrivães. Por exemplo, Samuel, Natã e Gade fizeram alguns registros reais. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
Samuel foi o último e o mais importante dos juízes e foi quem deu início a escola profética.
Ungir significa o ato de derramar óleo em alguém ou algo, destacando o objeto ou pessoa para uma finalidade específica. O ato de ungir com óleo simbolizava consagração, separação do ungido ao exterior. No Antigo Testamento, Deus ordenou a Moisés que ungisse alguns utensílios específicos do tabernáculo. Também no Velho Testamento, Deus estabeleceu que ungisse pessoas levantadas como reis, profetas e sacerdotes(RESPOSTAS)
Samuel deu início ao costume de ungir os reis em Israel, e o primeiro foi Saul (1Sm 9.16). Apesar da unção, Saul foi desobediente, acarretando o afastamento do Espírito de Deus - autoridade - do seu reinado. Rejeitando Saul, Deus ordenou que Samuel preparasse o óleo da unção para ungir Davi (1Sm 16.13). Também deu início à Escola de Profetas em Ramá (1Sm 10.5,10;19.20). Embora a origem da escola de profetas esteja relacionada ao Profeta Samuel (1 Sm 10.5, 10, 12; 19.20), o seu maior crescimento se deu na época de Elias e Eliseu (1 Sm 10.5; 1 Rs 20.35; 2 Rs 2.3, 5, 7).
Profetas na perspectiva essencial da Palavra, é um ministério simultâneo à monarquia. Profetas e reis são contemporâneos; Sob Saul a monarquia dá seus primeiros passos. Constituiu-se mais definitivamente sob o mando de Davi e Salomão. Leia mais aqui.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para traçar um perfil mais exato do ministério de Samuel, considere a leitura deste texto: “Samuel, sendo ainda rapazinho, foi favorecido  com uma revelação divina (1 Sm 3.1-21). Tal revelação dizia respeito à derrubada da casa de Eli, e foi com relutância que Samuel comunicou a mensagem a Eli. Samuel foi crescendo em estatura na presença do povo, e todos compreenderam que ele fora encarregado com um ofício profético da parte do Senhor (1 Sm 3.20). A trágica derrota de Israel e a perda da arca, usada como talismã contra os filisteus, quando os dois filhos de Eli figuraram entre os mortos, significou o fim da sucessão de Eli, e a rejeição do sacerdócio araônico. Embora não seja explicitamente afirmado, Samuel, a única pessoa então em vista, assumiu as rédeas até então nas mãos de Eli” (BENTHO, Esdras Costas; PLÁCIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Estudo do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.226). Assim, apresente o perfil do ministério profético de Samuel à classe.
II. O DESENVOLVIMENTO DO MINISTÉRIO DE SAMUEL
1. O crescimento profético de Samuel. Se os filhos do sacerdote Eli praticavam pecados abomináveis, o jovem Samuel crescia com integridade diante de Deus e do povo. Sempre houve em Ana, sua mãe, um cuidado especial para que seu filho estivesse envolvido com a obra de Deus. Ela orou por ele e o entregou aos cuidados de Eli. Este, observando a dedicação de Ana e seu comprometimento, orou por ela, rogando a Deus a bênção para a sua casa (1 Sm 2.20,21). É maravilhoso dedicarmos a Deus o que temos de mais precioso, pois suas recompensas são certas. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
De acordo com Josefo, Samuel tinha apenas completado doze anos quando o Senhor falou com ele. 1Samuel 3.1 se refere a Samuel como jovem, um termo de uso bastante flexível, algumas vezes faz referência a um recém nascido ou a um garoto. Mas aqui nos apresenta Samuel como um adolescente com talvez 12 anos de idade. Muitos anos se passaram desde o final do capítulo 2 ate o início do capítulo 3 onde encontramos Samuel em sua adolescência. O mesmo termo hebraico traduzido aqui como "jovem" foi usado para se referir a Davi quando este matou Golias (17.33).
Enquanto os pais de Samuel experimentaram o aumento da bênção divina por causa de sua devoção altruísta a Deus (2:18–21), os filhos de Eli foram alertados sobre a futura punição por causa de sua ganância e imoralidade (2:22–25). A corrupção dos filhos de Eli contrastou nitidamente com o desenvolvimento piedoso da vida do jovem Samuel. Deus estava preparando Samuel para ser o sucessor de Eli (2:26).” (BIBLIOTECABIBLICA)
2. A formação profética de Samuel. Samuel aprendeu com Eli. Ele foi formado pelo velho sacerdote, assim como Paulo aprendeu aos pés de Gamaliel (At 22.3) e Timóteo com Paulo (2 Tm 3.10). Deus chamou Samuel quando ele tinha cerca de 12 anos (1 Sm 3.1-4), ou seja, a mesma faixa-etária de Jesus quando foi levado a Jerusalém por seus pais (Lc 2.42). Assim, sob os cuidados de Eli, Samuel era forjado por Deus para o ministério profético.
Muitos hoje não querem mais aprender com os mais experientes, pois julgam-se importantes e desprezam o aprendizado aos “pés de alguém”. Paulo e Timóteo, por exemplo, orgulhavam-se de ter aprendido com seus mestres. Mas, além de disposição para aprender, precisamos de disposição para ouvir a voz de Deus. Isso só é possível por meio de uma vida de oração e busca fervorosa pelo Senhor (Is 55.6). Deus quer falar conosco! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
E o jovem Samuel servia ao SENHOR perante Eli; e a palavra do SENHOR era de muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta” (1Sm 3.1) - Todo o sucesso do ministério de Samuel está baseado nessa frase: “O jovens Samuel servia o Senhor perante Eli”. Não se engane entre você e Deus sempre haverá outra figura humana. Precisamos ser pastoreados, precisamos de um referencial.
Numa época em que as profecias e visões eram raras, Samuel escutou o que primeiro acreditou ser Eli chamando-o durante a noite. Embora o jovem Samuel estivesse ministrando no tabernáculo, ele ainda não conhecia o Senhor, e a palavra do Senhor ainda não lhe havia sido revelada (1 Samuel 3:7). Nas três primeiras vezes em que o Senhor chamou Samuel, o menino respondeu a Eli. Eli então entendeu o que estava acontecendo e instruiu Samuel a responder ao Senhor se ele chamasse novamente. Então, "veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel! Este respondeu: Fala, porque o teu servo ouve" (1 Samuel 3:10). Deus lhe deu uma mensagem de julgamento para transmitir a Eli. No dia seguinte, Samuel deu seu primeiro salto de fé, contando tudo a Eli, embora a mensagem fosse má notícia para Eli e sua família (1 Samuel 3:11-18). Eli respondeu com aceitação. A credibilidade de Samuel como profeta espalhou-se por Israel, e Deus continuou a revelar Sua Palavra ao Seu povo através de Samuel (1 Samuel 3:20-21).” (GOTQUESTIONS).
3. A disciplina de Samuel. Ainda jovem, Samuel já se mostrava disciplinado. Ao ouvir uma voz que o chamava pelo nome, pensando que fosse a de Eli, por três vezes dirigiu-se a ele com todo respeito e temor (1 Sm 3.4,5). Essa postura apontava que ele era o homem certo para ouvir a Palavra do Senhor. Por não ter uma experiência pessoal com Deus, ainda não sabia como responder ao chamado divino; por isso, Eli o orientou. Desde então Samuel passou a receber visões de Deus e orientações sobre sua Palavra.
Se os nossos filhos servirem a Deus com a disposição de Samuel, educados pela sua família na presença do Pai, eles influenciarão de maneira impactante a sua geração (cf. Mt 5.13-16). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
Em contraste com os filhos apóstatas de Eli, Samuel crescia tanto espiritualmente quanto socialmente (Lc 2.52). A Septuaginta traz: "seus filhos blasfemaram contra o Senhor". Blasfemar contra Deus era uma ofensa passível da pena de morte (Lv 24.11 -7 6,23). Eli estava implicado nos pecados de seus filhos porque não os havia castigado. Se seus filhos estavam blasfemando contra Deus, deveriam ter sido apedrejados (Lv 24.15-16). No entanto, o velho sacerdote educou de forma diferente o jovem Samuel, que ainda não tinha se encontrado com o Senhor de maneira pessoal, nem tinha recebido a Palavra de Deus mediante uma revelação divina (veja 2.12)
Agora Samuel está morando com o sacerdote Eli. Lá no templo ele ajudava o sacerdote Eli nos ofícios litúrgicos. Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho (1 Samuel 2.18). Literalmente um aprendiz de sacerdote. Vestido como ele, fazendo as coisas que ele fazia. Samuel foi ensinado a amar as coisas de Deus. Assim deve ser na nossa casa, ensinado os nossos filhos no caminho em que devem andar, para quando forem mais velhos não se desviarem dele (Provérbios 22.6). As crianças são a igreja do hoje e do amanhã, elas precisam ser acolhidas e ministradas em todas as áreas de sua vida. Pr. Rodolfo nos falou há poucas semanas sobre os trabalhos integrados dos cultos, das células e das famílias com as revistas de devocionais. Temos uma visão clara de que a responsabilidade primeira da educação cristã dos filhos é dos pais com o apoio da igreja, por meio das celebrações e das células. O texto relata que Samuel crescia em estatura e no favor do Senhor (1 Samuel 2.26). Que Deus nos ajude para que nossas crianças sejam assim também.” (IPILON)
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Samuel era um líder nacional que exercia os ofícios de sacerdote e profeta. Ele aparece diversas vezes nos relatos do primeiro livro de Samuel, oferecendo sacrifícios pelo povo na consagração dos reis Saul e Davi e pelo exército de Israel (1 Sm 7.9; 9.12,13; 10.8; 13.8,9; 16.3,13). É reconhecido naquela geração como homem honrado ‘e tudo quanto diz sucede assim infalivelmente’ (1 Sm 9.6); ‘e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra’ (1 Sm 3.19). É todo-importante que o homem de Deus tenha tal conceito diante do povo da cidade. É dever de todo cristão se comportar com decência e honestidade, pois o mundo observa a nossa vida, mas quem ocupa cargo de relevância precisa ter uma vida ilibada, deve ser um referencial para o povo, note que a boa fama de Samuel era conhecida por todos” (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.24).
III. O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA ATUALIDADE
1. O dom da profecia. O dom de profecia, disponível a todos os crentes, manifesta-se de forma sobrenatural e momentânea; encoraja, exorta e consola a Igreja; edifica de forma coletiva e individual o povo de Deus (1 Co 12.7-11; 1 Tm 4.14).
O dom de profecia é uma dádiva de Deus à sua Igreja. É maravilhoso saber que o Pai ainda fala diretamente com o seu povo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
O saudoso Pr. Antonio Gilberto escreveu o artigo “O ensino bíblico sobre a profecia (Parte 4)”, no site CPADNEWS, onde defende: “Quando estudamos a atividade profética na Bíblia Sagrada, encontramo-la manifestando-se em três aspectos distintos. Em primeiro lugar, vemos a profecia como ministério permanente recebido de Deus no Antigo Testamento, em Israel (Hb 1.1; 2Pe 1.19 e Jr 35.15). Em segundo lugar, identificamos no Novo Testamento a profecia como um dom ministerial na Igreja (Ef 4.11-13; 1Co 12.28-29 e Ef 2.20). Por fim, vemos ainda no Novo Testamento a profecia como dom espiritual na Igreja, na congregação (At 2.17-18; 1Co 12.10; 14.1-4, 29-40; Rm 12.6-8)”. (CPADNEWS). É interessante notar que há uma distinção entre Ministério Profético e Dom de Profecia no Novo Testamento. Paulo argumenta que o Ministério de Profeta não é para todos (1Co 12.29); também em Efésios ele afirma que Deus “deu uns para profetas” (Ef 4.11). Por “dom de profecia” entendemos uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo dado ao crente, para transmitir a mensagem de Deus. O dom de profecia tem âmbito local, congregacional; para edificar, consolar, exortar e predizer. Paulo apresenta razões pelas quais o dom de profecia é o principal dom espiritual (1Co 13.2 e 14.1,5,39).
2. O ministério de profeta no Novo Testamento. O emprego do termo “profeta”, no Novo Testamento, refere-se a determinados indivíduos chamados por Deus, a fim de entregar revelações específicas à Igreja; suas mensagens eram proclamadas com autoridade sobrenatural e reconhecidamente divina. Veja-se, por exemplo, o caso de Ágabo (At 11.28; 21.10).
Segundo Atos 13.1 e 15.32, os profetas eram impulsionados extraordinariamente pelo Espírito Santo, para o exercício desse ministério. Não podemos confundir o ministério profético com o dom de profecia. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
Dom de profecia (esporádico). “Profecia é uma mensagem de Deus dada a pessoa a quem o Espírito manifesta este dom. Tal pessoa deve transmiti-la exatamente como a recebeu (Jr 23.28). A atitude de quem profetiza deve ser “A palavra que Deus puser na minha boca essa falarei” (Nm 22.38-b). A mensagem recebida por inspiração do Espírito Santo não é transmitida mecanicamente, mas fiel e conscientemente (1Co 14.32). No momento em que a profecia é transmitida, não é Deus quem está falando, mas é o homem quem está transmitindo o que de Deus recebeu (1º Co 14.29). Se fosse o próprio Deus falando, não haveria necessidade de se julgar a mensagem como a Palavra nos orienta que faça” (1º Co 14.29; 1º Ts 5.21) (BERGSTÉN, 2007, p. 113).
No tocante ao dom de profecia, a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1757) define:
É preciso distinguir a profecia aqui mencionada como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:
(a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (1 Co 14.24,25,29-31). Aqui não se trata da entrega de sermão previamente preparado.
(b) Tanto no Antigo, como no Novo Testamento, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (1 Co 14.3).
(c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3,25,26,31).
(d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1 Jo 4.1). Daí, toda a profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29,32; 1 Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1 Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3).
(e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no Novo Testamento um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).
3. Onde estão os profetas? Hoje, o Senhor continua a falar à sua Igreja por meio do ministério profético. Ainda temos homens que, à semelhança de Àgabo, transmitem enunciados proféticos de maneira sobrenatural e extraordinária.
Todavia, eles não possuem autoridade canônica da Bíblia Sagrada – a única regra infalível de fé e prática reconhecida pela Igreja de Cristo. Toda locução profética é passível de julgamento à luz da Bíblia Sagrada (1 Co 14.29).
A profecia é uma necessidade premente nos dias de hoje (1 Co 14.5). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
Jamais uma mensagem profética poderá estar acima da Palavra escrita, nossa única regra de fé e prática. A Bíblia é a vara de medir, toda profecia deve ser submetida às Escrituras.
Os dois aspectos da profecia são a profecia das Escrituras, a qual é inerrante (2Pd 1.20 e Jo 10.35b), e a profecia da Igreja. Esta última pode ser julgada (1Co 14.29), isso porque o profeta pode vir a falar do seu próprio espírito (Ez 13.3 e 1Cr 17.2-5,11-12). Não é Deus mesmo quem fala no momento da profecia hoje. É o profeta quem fala, transmitindo a mensagem de Deus (1Co 14.29). Se fosse Deus mesmo quem falasse, a mensagem não precisaria ser julgada (1Ts 5.21; 2Pd 2.1-3; 1Jo4.1 e Pv 14.15). A manifestação do dom de profecia (bem como os demais dons) durante o culto deve ter limite: “Falem dois ou três profetas”, 1Co 14.29. Isso significa que a maior parte do tempo do culto deve ser para exposição da Palavra de Deus.” (CPADNEWS)
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Alguns profetas também eram usados para predizer o futuro, como Ágabo em duas ocasiões (Atos 11.28; 21.11). Ele saiu de sua casa na Judeia para levar as mensagens de Deus. Em consequência da primeira, foi levantada uma oferta para ajudar a igreja em Jerusalém durante uma fome prevista e acontecida. Na segunda, a igreja foi avisada a respeito da prisão do apóstolo Paulo. Em nenhuma delas estava envolvida alguma nova doutrina. Nem foram dadas instruções quanto ao que a igreja devia fazer. Isto era assunto dos membros, mediante o Espírito Santo. Nunca houve algo semelhante à adivinhação, no ministério desses profetas.
Os que são usados regularmente pelo Espírito no exercício do dom de profecia na congregação, também são chamados profetas (1 Coríntios 14.29,32,37). A Bíblia adverte contra os falsos profetas que alegam ser usados pelo Espírito Santo, mas devem ser submetidos à prova (1 João 4.1)” (HORTON, Stanley. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.290-91).
CONCLUSÃO
Onde estão os crentes usados por Deus para falar extraordinariamente ao seu povo? Nestes últimos dias, precisamos de obreiros fiéis que busquem os dons do Espírito. Entretanto, estejamos vigilantes. Como já dissemos, todo enunciado profético tem de passar, necessariamente, pelo crivo da Bíblia Sagrada. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Outubro, 2019]
Estamos vivendo dias de confusão espiritual e de manifestações espirituais difusas do autêntico movimento pentecostal. Se faz necessário o resgate do ensino correto dos dons e informar que as manifestações dos dons na igreja precisam estar em coerência com a ação do Espírito registrada no texto bíblico. Qualquer manifestação duvidosa que foge do padrão anunciado à igreja do Novo Testamento deve ser ignorada, porquanto não transmite a segurança e a edificação espiritual inerente à ação de Deus por intermédio deste dom.
Pb. Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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