SUBSÍDIO I
A PIA DE BRONZE – A IMPORTÂNCIA
DA SANTIDADE (Êx 30.17-21)
Independentemente do “Dia da
Expiação”, quando era imolado apenas um cordeiro pelo pecado do povo, e o sumo
sacerdote ministrava com o sangue da expiação na presença de Deus no Lugar
Santo e no Lugar Santíssimo, as pessoas podiam, uma por uma, entrar no grande
pátio do Tabernáculo pela manhã e à tarde acompanhando o sacerdote,
primeiramente no altar de sacrifícios. Depois, o sacerdote lavava-se na Pia de
Bronze, que tinha uma água limpíssima, e lavava as mãos e os pés antes de
adentrar no Santuário.
A Pia de Bronze Ficava no Pátio
entre o Altar de Sacrifícios e o Tabernáculo
Para que os sacerdotes pudessem
ministrar tanto no Pátio quanto no Lugar Santo, independentemente do serviço do
sumo sacerdote que ministrava no Lugar Santíssimo, eles precisavam fazer as
abluções necessárias. O recipiente para conter água, identificado como uma
bacia ou pia lavatório, servia como lavabo e recebia água limpíssima, e alguns
comentadores bíblicos dizem que eram águas trazidas da rocha de Horebe, ainda
que não há nada no texto bíblico que se possa comprovar isso. O importante é
que as águas eram limpíssimas, e os sacerdotes, depois de ministrarem no Altar
de Sacrifícios e sujarem as mãos e os pés com as vísceras e outros órgãos
rejeitados para os sacrifícios, deviam lavar-se com aquelas águas (ver Êx
30.17-21). Os sacerdotes não podiam banhar-se dentro da bacia, mas deviam tirar
as águas do interior da bacia para lavarem-se. Depois de lavados, os sacerdotes
mudavam suas roupas e, devidamente limpos, podiam entrar no Tabernáculo para
ministrarem perante o Senhor no Lugar Santo. A parte interna da pia (ou bacia)
tinha que brilhar e refletir como “o espelho das mulheres” para revelar, na
exposição ao sol, toda a sujeira da lavagem. A Bíblia diz que a “palavra de
Deus” é como “espelho”. Paulo escreveu: “Mas todos nós, com cara descoberta,
refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória
em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (ver 2 Co 3.18).
Nosso pecado foi
expiado por Cristo no altar de sacrifícios, a cruz do Calvário. Porém, a
limpeza das sujeiras do pós-sacrifício implica, tipologicamente, na limpeza da
imolação, do sangue e das vísceras, a qual tinha de ser feita pelos sacerdotes
antes de entrarem no Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (ver Sl 24.3,4; Is 52.11;
Jo 13.8; 1 Co 6.11). Ora, todos sabemos que, no dia a dia, às vezes ficamos
manchados e sujos com as sujeiras de ações carnais (ver 1 Jo 1.8,10), mas temos
o recurso purificador e santificador da Palavra de Deus, prefigurada pela água
da Pia de Bronze. O sangue de Jesus, mediante nossa aceitação dEle como
Expiador, quita a culpa (ver Rm 3.24,25; Ef 1.7), mas todos sabemos que a nossa
natureza pecaminosa (“o velho homem”, Ef 4.22) ainda produz o pecado e
expõe-nos constantemente às tentações que nos rodeia e assedia (ver Hb 12.1). A
Palavra de Deus, porém, é o espelho que mostra quem somos e as obras que
praticamos para que nos purifiquemos com a ajuda do Espírito Santo. A Palavra
de Deus, portanto, revela nossas impurezas e, por isso, precisamos ver com cara
descoberta quem somos.
A Bacia Era de Bronze Polido
(Cobre), e o seu Interior Era como o Espelho das Mulheres (Êx 38.8)
Com a água limpíssima e exposta
à luz do sol, toda e qualquer sujeira era revelada no interior daquela bacia. A
obra regeneradora do Espírito Santo torna-nos limpos e lavados. Ninguém entrará
na presença de Deus no seu santuário com as marcas das sujeiras do pecado (ver
2 Co 5.16,17). Paulo falou aos efésios da obra santificadora e purificadora por
meio da “lavagem da água, pela palavra” (Ef 5.26). O interior da bacia como “o
espelho das mulheres” sugere uma tipologia especial. Ora, quando os sacerdotes
lavavam-se com aquela água, as sujeiras revelavam o estado daquelas pessoas.
Assim, também, é o poder extraordinário da Palavra de Deus em revelar a verdade
de cada um de nós. Todas as sujeiras morais e espirituais são reveladas nesta
“bacia”. Por isso, ninguém deve tentar chegar com as sujeiras da sua vida, mas
deve lavar-se pela “lavagem com água” da Palavra de Deus. Aquele receptáculo
construído com metal polido podia refletir o rosto das pessoas e, por isso, no
exercício do ministério sacerdotal, cada sacerdote precisava conhecer e
perceber o estado de sua limpeza para poder ministrar na presença de Deus.
A Pia de Bronze Tinha um Caráter
de Juízo sobre a Vida do Crente
No Altar de
sacrifícios, o juízo era aplicado sobre o pecador com a oferta do sacrifício,
com a qual ele tinha remissão dos pecados. A redenção do pecador aponta para
Cristo, que ocuparia nosso lugar como substituto. Ele assumiu sobre si o juízo
que merecíamos e assim o fez pela sua morte vicária (ver 2 Co 5.21; Gl 1.4).
Porém, as águas da pia tinham como finalidade lavar aquele que já passou pelo
Altar de Sacrifícios, e agora, “as águas” que simbolizam a Palavra de Deus tem
o poder de limpar e disciplinar nossas obras para uma vida cristã santa e
purificada (ver 1 Co 3.13-15; 5.3-5; 11.31,32; 2 Co 5.10). Mesmo que nossos
pecados tenham sido expiados (ver Hb 10.17), tudo quanto fazemos no nosso dia a
dia precisa passar pela limpeza para que, quando chegar o juízo para
recompensa, sejamos julgados pelas nossas obras.
Texto extraído da
obra “O TABERNÁCULO”,
editada pela CPAD.
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A Pia de Bronze, um dos instrumentos do
Tabernáculo, tem a ver com a purificação. Nesta lição, estudaremos a respeito
desse utensílio, destacando seu uso, em seguida, mostraremos que o sangue de
Jesus tem o poder de nos purificar de todo pecado. Ao final, refletiremos a
respeito da importância da santificação, a fim de que possamos agradar a Deus,
e adentrar ao Lugar Santíssimo.
I. A PIA DE
BRONZE
A Pia de Bronze, conforme ordenado a Moisés,
deveria servir ao ato da purificação (Ex. 30.18,19). Os sacerdotes, após
oferecerem sacrifício, deveria se lavar. O termo hebraico é kyyor, que significa
“lugar para se lavar”. Tratava-se de uma bacia redonda, de bronze polido,
continha água limpa, na qual o sacerdote lavava as mãos e os pés (Ex. 30.19).
Essa pia foi feita dos espelhos de bronze das mulhers (Ex. 38.8), é o único
utensílio cujo tamanho ou dimensões não foram especificados. Mais tarde, quando
o Templo foi construído, algumas medidas foram dadas (I Rs. 7.23). Em relação
ao seu uso, está escrito, em Ex. 30.21, a relevância do ritual de purificação
sacerdotal, pois esses não poderiam adentrar a presença do Senhor, sem antes se
lavaram: “E Arão e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés. Quando
entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram”
(Ex. 30.19,20).
II. JESUS,
EM QUEM SOMOS PURIFICADOS
Jesus é nosso Advogado – parakletos – a propiciação
pelos nossos pecados (I Jo. 2.1). Isso porque Deus é gracioso e não deseja
estar distanciado de nós por causa do pecado. Essa propiciação não deve servir
de motivo para uma vida de pecado (Rm. 6.1). Muito pelo contrário, por causa do
amor de Deus, devemos viver em santidade (I Jo. 2.1). O habito pecaminoso não
mais pode fazer parte da prática cristã. Ainda que se reconheça a possibilidade
do crente cometer algum pecado eventual. Quando isso vier a acontecer, devemos
confessar o pecado. A contrição por causa do pecado cometido nos dirige a
Cristo, o Justo que cobre, neutraliza, expia, aplaca e anula a culpa do pecado.
Ele é o remédio que cura a contaminação e o mal que o pecado nos causa. Esse
ensinamento bíblico expressa o sistema sacrifical do Antigo Testamento (Lv.
16.30; Hb. 9.22). Neste tempo, por meio dEle, somos purificados, lavados pela
Palavra que nos tem falado (Jo. 15.3).
III. VIDA EM
SANTIFICAÇÃO
É preciso destacar que jamais atingiremos nesta condição
terrena um estágio que não nos permita pecar, mesmo assim, podemos receber
capacidade para evitar o pecado. Para tanto, não somente precisamos da contínua
purificação pelo sangue (I Jo. 1.7), dependemos desse para sermos santificados,
aguardando o dia da glorificação. Por isso, precisamos ser realistas, e atentar
para o que está escrito em I Jo. 1.10: “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo
mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que
não podemos viver na prática contínua do pecado (I Jo. 3.8-10). Isso porque a
rejeição persistente à voz do Espírito Santo poderá levar à rebelião e à perda
definitiva da salvação, melhor dizendo, à apostasia (Gl. 5.21; Hb. 6 e 10).
Devemos levar em conta a recomendação de Paulo: “Que diremos pois?
Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que
estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”. Diante dos fracassos
ao longo do caminho, não devemos nos sentir derrotados, pois temos um Advogado
junto ao Pai, um Amigo, Jesus Cristo (I Jo. 1.7).
CONCLUSÃO
As Escrituras põem a santificação como condição
para se ver a Deus (Hb. 12.14). Mas essa, conforme exigida em I Pe. 1.15,16,
somente poderá ser efetivada pelo Espírito Santo, que produz em nós e conosco,
o Seu fruto (Rm. 6.1-11,13; 8.1,2,13; Gl. 2.20; Fp. 2.12,13; I Pe. 1.5). Assim,
é por meio da Palavra de Deus, a confiança no sacrifício de Jesus, e o poder do
Espírito Santo, que somos purificados.
José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog subsidioebd.blogspot.com
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
O nosso presente estudo
é sobre a Pia de Bronze. Continuamos a avançar no Tabernáculo. Assim, veremos o
simbolismo da limpeza e da pureza que a Pia de Bronze apresenta; estudaremos os
dois aspectos do rito de lavagem presentes na função dos sacerdotes; e,
finalmente, seremos chamados à responsabilidade acerca da necessidade e
urgência de vivermos uma vida santa e irrepreensível diante de Deus e dos
homens.
Os
utensílios do Tabernáculo estão sendo expostos de maneira que o leitor possa
sentir-se adentrando o santuário e contemplando detalhadamente cada peça. Nesta
lição será explorada a única peça do Tabernáculo que não possui detalhes das
suas dimensões. Feita “dos espelhos das mulheres que se reuniram para servir
à porta da tenda da congregação” (Ex 38.8), estava posicionada “entre a
tenda da congregação e o altar” (Ex 30.18). O uso da Pia de Cobre era para
Aarão e seus filhos lavar suas mãos e seus pés em água limpa quando
entrassem na tenda da congregação, ou quando chegassem ao altar para
ministrar (Ex 30.19-21). A água posta na nesta Pia, como a água do batismo,
representa a obra de Cristo e sua suficiência para lavar-nos da condenação dos
nossos pecados. A água do batismo manifesta como Cristo foi sepultado por
nossos pecados e a Sua saída da água como Ele foi ressuscitado dentre os
mortos, pela glória do Pai (Rm 6.3-6). Assim “andemos nós também em novidade
de vida”!
I. A PIA DE
BRONZE: A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE
1. A
pia de bronze e a água (Êx 30.18,19). Deus ordenou a Moisés que fizesse uma pia de bronze. O objetivo
era que antes de entrar ou sair do Tabernáculo, Arão e seus filhos lavassem as
mãos e os pés. O ofício de apresentar holocaustos ao Senhor era Santo. Não é
possível apresentar-se diante de Deus de maneira a não reconhecer sua santidade
e justiça. Oferecer um sacrifício a Deus é prestar-lhe um culto santo e
reverente. Não podemos perder o senso de piedade e reverência diante de Deus.
Por isso, nossos cultos, bem como nossas vidas, devem refletir a santidade de
Deus (1Pe 1.15,16).
Lavar as mãos e os pés era obrigatório antes do
envolver-se nos deveres sacerdotais. Novamente, a necessidade de estar
cerimonialmente purificado é vista na advertência de morte caso essa lavagem fosse
negligenciada. Nada era feito casualmente no santuário ou no átrio. A
santidade, em essência, define a nova natureza e conduta do cristão em
contraste com o seu estilo de vida anterior à salvação. A razão para praticarem
um estilo santo de vida é que os cristãos estão associados com o Deus santo e
devem tratar a ele e sua Palavra com respeito e reverência. Portanto, nós o
glorificamos da melhor maneira quando somos semelhantes a ele (1Pd 16-17; Mt
5.48; Ef 5.1; Lv 11.44-45; 18.30; 19.2; 20.7; 21.6-8)
2. Os
sacerdotes e a santidade (Êx 30.20). Ao entrarem no Tabernáculo, os sacerdotes deveriam se lavar “para
não morrer”. Fosse para ministrar, fosse para acender a oferta no altar, eles
deveriam lavar-se antes. Há que se destacar a expressão “para não morrer”. O
ato colocava em risco a vida dos sacerdotes. Apresentar-se diante de Deus sem
atentar para a exigência da purificação poderia custar-lhes a vida. Hoje, nós,
os obreiros de Cristo, devemos pautar nossas vidas na obra, exercitando-nos na
piedade e na santidade. Somos santos porque fomos chamados por um Deus Santo.
Somos chamados para ser um modelo de santidade. Não nos esqueçamos: “Segui a
paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
“A lavagem
das mãos e dos pés dos sacerdotes era muito importante ao Senhor; a atenção ou
desatenção ao deste único detalhe fazia a diferença entre a vida ou a morte dos
sacerdotes. Tal atenção de Deus Pai sobre os atributos daqueles que ministravam
as coisas sagradas nos ensina várias verdades. Primeiramente a santidade de
Deus Pai Quem exige tal lavagem constate é manifesta (I Pe 1.16, “Porquanto
está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”). Em segundo lugar, entendemos
a pureza de Cristo Quem o nosso Mediador entre o homem e Deus (I Pe 2.22) e,
finalmente, como o povo de Deus em geral, e o ministrante da Palavra de Deus em
particular, devem ser constantemente adentro da Palavra de Deus para
manterem-se capazes de entrar e sair da presença de Deus. O salmista nos
relembra da necessidade de ser limpos quando diz: “Quem subirá ao monte do
SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de
coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este
receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação”, Sl 24.3-5).
Note também como Davi ensina essa verdade pela sua pratica: Sl 26.6, “Lavo as
minhas mãos na inocência; e assim andarei, SENHOR, ao redor do teu altar”.
Essas três verdades são enfatizadas pela qualificação: “será por estatuto
perpétuo” (Ex 30.21)” (PALAVRAPRUDENTE). Em Hebreus, “Segui a paz com todos e a santificação, sem
a qual ninguém verá o Senhor” é explicado como:
1) voltar-se para Deus com plena fé e consciência limpa
(10.14,22) e
2) aceitar de maneira genuína Cristo como o Salvador e
sacrifício pelo pecado, que levou o pecador à comunhão com Deus. Os incrédulos
não estarão motivados a aceitar Cristo se a vida dos cristãos não demonstrar as
qualidades que Deus deseja, incluindo paz e santidade (Jo 13.35; 1Tm 4.3; 1Pd
1.16).
3. A
santidade para a vida (Êx 30.21). O versículo 21 traz-nos a ideia de um pacto perpétuo a respeito
do rito de lavagem da purificação. Esse rito seria um estatuto perpétuo para os
sacerdotes. Disso dependeria a vida deles. Viver a vida de maneira santa,
separada, única e exclusivamente para Deus é a vocação de todo obreiro chamado
para a sua obra. Santidade ao Senhor gera espiritualidade profunda. Santidade ao
Senhor gera uma vida de compromisso com Deus. Santidade gera vida no altar de
Deus!
“As mãos e
os pés dos sacerdotes tinham que ser lavados constantemente para não morrerem
os Sacerdotes quando entraram na tenda para ministrar nas coisas sagradas, ou
para não morrerem quando chegarem ao altar para ministrar, nisso aprendemos da
natureza de Jesus Cristo (Ex 30.20, 21). Por Jesus ser divino e, ao mesmo
tempo, ser homem sem pecado, Ele é completamente e constantemente limpo - I Pe
2.22, “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”. A palavra
‘engano’ “dolos” significa no grego engano, traição, deslealdade, cilada
astuta, perfídia, (# 1388, Strong’s). Não há como Nosso Mediador ser pego na iniquidade
e assim ser condenado e morto algo que resultaria em nós ser deixados sem
nenhuma salvação.” (PALAVRAPRUDENTE). “Devemos entender que todo homem precisa
passar pela purificação, antes de aproximar-se do Senhor para adorá-Lo e
servi-Lo. Esta limpeza acontece, quando a Palavra de Deus penetra em nosso
íntimo. É no interior do homem que a Palavra de Deus promove a necessária
purificação e limpeza, qualificando-o a estar na presença do Senhor. Jesus quer
para si um povo limpo através da Palavra, Ef 5.25-26, "... como também
Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 a fim de a
santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra".
Observe ainda como este conceito de purificação é claro nas palavras de Jesus
aos seus discípulos em João 15.3, "Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado". Somente podemos nos tornar limpos através da ação da
Palavra de Deus em nós, tirando-nos toda sujeira e imundícia características do
pecado!” (IBVIR)
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para
introduzir a lição de hoje, e enfatizar a Pia de Bronze, apresente a imagem
reproduzida nesta página. Entretanto, atente para o tópico II. Nele, há uma
explicação conceitual a respeito da pia. A ideia é que, neste primeiro tópico, você
apresente a figura com o objetivo de fazer um panorama geral do objeto. E no
segundo tópico, você retome essa imagem para explicar o conceito dela conforme
a exposição do segundo tópico.
II. A PIA DE
BRONZE: LUGAR DE LIMPEZA E PUREZA
1. A Pia
de Bronze (cobre) entre o Altar do Holocausto e o Tabernáculo. O termo hebraico para
“pia” é kyyor, que significa “lugar de se lavar”. Era uma bacia redonda. É
assim que a imagem da Pia de Bronze é geralmente apresentada nas ilustrações.
Para entrar no santuário do Tabernáculo, após ministrar no Altar dos
Holocaustos, o sacerdote lavava-se na Pia de Bronze com água limpíssima. Ora, o
nosso pecado foi expiado por Cristo no Calvário, o que significa que toda a
nossa sujeira foi limpa para a glória de Deus. Fomos “lavados” pelo “sangue
remidor” de Jesus (1Co 6.11). No dia a dia, encontramo-nos vulneráveis às
imundícias das obras da carne. Entretanto, temos um recurso divino, que nos
purifica e santifica, prefigurado pela Palavra de Deus (cf. 1Jo 1.7,8,10). O
sangue de Jesus quitou a nossa culpa, cuja natureza humana estava condenada a
se curvar sempre diante das tentações e do pecado (Rm 3.24,25; Ef 1.7). Assim,
a Palavra de Deus é o espelho que reflete a nossa nova natureza e as obras que
devemos praticar com a ajuda do Espírito Santo.
“A Pia de
Bronze (tvxn rwyk - kiyowr nechosheth) ficava no Átrio do Tabernáculo entre o
Altar e a Tenda da Congregação. Era o local onde os filhos de Arão deveriam
lavar as mãos e os pés para adentrarem a Tenda. Embora possa haver uma
discussão entre os estudiosos em relação ao material utilizado na Pia, se cobre
ou bronze, e isto em razão do termo hebraico tvxn, significar tanto cobre, como
bronze, parece ser coerente pensar que o mais correto seria traduzir o termo
hebraico "tvxn" por "cobre". Citando Cole: "Para
sermos coerentes, deveríamos traduzir ‘cobre’. Era provavelmente bronze (uma
liga de cobre e estanho), mas o hebraico não dispunha de um termo especial para
este material".” (IBVIR)
Em 1Co 6.11, o termo lavastes refere-se à nova vida, mediante a limpeza e
regeneração espiritual (cf. |o .1.3-8; 2 C o 5.17; Ef 2.10; T t 3.5).
Santificados, resulta num novo comportamento, o qual uma vida transformada
sempre produz. A dominação total do pecado é quebrada e substituída por um novo
padrão de obediência e santidade. Embora não seja perfeita, essa é uma nova
direção (Rm 6.17-18,22). O cristão genuíno tem por hábito andar na luz (verdade
e santidade) e não em trevas (falsidade e pecado). Seu modo de andar também
resulta na purificação do pecado enquanto o Senhor continuamente perdoa seus
filhos. Uma vez que aqueles que andam na luz compartilham o caráter de Deus,
eles habitualmente são caracterizados pela santidade de Deus, indicando sua
verdadeira comunhão com ele (Tg 1.27). O cristão genuíno não anda em trevas,
mas somente na luz (2Co 6.14; Ef 3 : CI1.12-13), e a purificação do pecado
ocorre continuamente.
2. A
lavagem na Bacia de Bronze. A Pia era de bronze polido, fabricado com o espelho das mulheres (Êx
38.8). Assim, exposta à luz do sol, a partir da água limpíssima, toda impureza
era revelada no interior da bacia. À semelhança dessa figura, a obra
regeneradora do Espírito Santo nos torna completamente limpos das sujeiras do
pecado (2Co 5.17; Ef 5.26). Outro ponto que devemos destacar é a consciência de
pureza que os sacerdotes deveriam ter para estar na presença de Deus, pois
quando se lavavam, as sujeiras desapareciam de seus corpos. Sabiam que, doutra forma,
não poderiam celebrar no interior do Tabernáculo. Só a Palavra de Deus é eficaz
para revelar o pecado do nosso coração, expô-lo e removê-lo. A imagem dessa
bacia nos rememora à santidade de Deus e a necessidade de se buscar uma vida de
retidão, tanto na área espiritual quanto na moral. Somos de Deus, ovelhas de
seu rebanho.
É importante salientar que os espelhos usados nos
tempos antigos não eram de vidro, não se pareciam como os de hoje, mas de metal
polido. Bronze era o metal normalmente empregado para este propósito, e era de
uso comum no Egito, onde os espelhos eram placas de bronze, redondas ou ovais,
com uma alça. As mulheres ofereceram voluntariamente para o serviço de Deus
seus espelhos, peças que estavam entre as mais apreciadas entre seus bens.
Moisés, para marcar a aprovação de sua devoção, com esta oferta confeccionou o
mais honrado de todos os vasos de bronze e registrou o fato para o crédito
feminino. As mulheres que se reuniram à entrada da tenda de reunião eram
provavelmente mulheres devotas que amavam o serviço público da religião. A
desistência de seus espelhos para o uso do santuário era um sacrifício adequado
para tais mulheres fazerem (Êx 35.22). Em nota ao texto de Êxodo 38.8, Joseph
Benson comenta: “Ele fez a pia de
latão — A fonte de latão para os sacerdotes lavarem antes do culto, Êxodo 30:18
. Essa pia significou a provisão que é feita no evangelho para purificar nossas
almas da poluição do pecado pelo sangue expiatório de Cristo e do Espírito
regenerador de Deus, para que possamos estar aptos a servir a Deus em santos
deveres. É dito aqui que são feitos os óculos, (ou melhor, os espelhos, porque
não eram óculos) das mulheres que se reuniram à porta do tabernáculo —
Espelhos, antes da invenção do vidro, eram feitos de latão polido. Plínio diz
que os de latão e lata misturados eram considerados os melhores, antes que os
de prata viessem a ser usados. Estes aqui mencionados, sem dúvida, eram do
melhor tipo de latão, e as mulheres que os deram parecem ter sido eminentes por
devoção, frequentando mais constantemente do que outros no local de culto
público, que, aqui, é levado em conta para a sua honra. Na pia, esses espelhos
eram artisticamente unidos ou então fundidos e lançados de novo; mas é provável
que a pia estivesse tão brilhantemente polida que os lados dela ainda serviam
de espelhos, que os sacerdotes, quando viessem lavar-se, pudessem ver seus
rostos e assim descobrir as manchas para lavá-lo”.
Por estarmos agora em Cristo, somos novas criaturas,
segundo Paulo em 2 Co 5.17. Essas palavras compreendem uma breve, mas a mais
profunda afirmação do sentido inexaurível da redenção do cristão, a qual inclui
o seguinte:
1) a segurança do cristão em Cristo, que suportou no seu
corpo o castigo de Deus contra o pecado;
2) a aceitação do crente em Cristo, apenas em quem Deus se
compraz;
3) a futura segurança do crente em Cristo, que é a
ressurreição para a vida eterna ao único fiador pela herança do cristão no céu;
e
4) a participação do crente na natureza divina de Cristo, a
Palavra eterna (2Pd 1.4).
Nova criatura descreve
algo criado num nível qualitativamente novo de excelência. Diz respeito à
regeneração ou novo nascimento (Jo 3.3; Ef 2.1-3; Tt 3.5; 1Pe 1.23; 1Jo 2.29).
Essa expressão abrange o perdão dos pecados do cristão pagos pela morte
substitutiva de Cristo (Gl 6.15; Ef 4.24). Depois que uma pessoa é regenerada,
os sistemas de valores, as prioridades, as crenças, as paixões e os planos
antigos passam a pertencer ao passado. O mal e o pecado ainda estão presentes,
mas o cristão os vê a partir de uma nova perspectiva, eles não mais o
controlam. A gramática grega indica que essa renovação é uma condição de fato
contínua. A nova percepção espiritual do cristão de todas as coisas é uma
realidade constante para ele, e agora ele vive para a eternidade, não para as
coisas passageiras. Tiago descreve essa transformação como a fé que produz
obras (Tg 2.14-25). A graça salvadora torna os cristãos santos por meio da ação
da Palavra de Deus (Tt 2.1-9; 3.5); desse modo, eles podem ser a noiva pura.
3. A
Pia de Bronze e o caráter de juízo. No Altar dos Holocaustos, o juízo sobre o pecador era aplicado na
oferta do sacrifício, cobrindo o seu pecado. Nesse sentido, as águas da pia
cumpriam uma função de limpeza dos sacerdotes que passaram por aquele processo.
De igual modo, nosso Senhor tomou sobre si o juízo que merecíamos, morrendo
vicariamente por nós (2Co 5.21; Gl 1.4). Nesse aspecto, à semelhança das águas
purificadoras, a Palavra de Deus tem o poder de limpar e disciplinar nossa vida
(Hb 4.12,13). Embora nossos pecados tenham sido expiados (Hb 10.17), ainda
temos de nos chegar a Deus, continuamente, para sermos limpos de tudo o que
desagrada-o: pensamentos, palavras e obras. Infelizmente, acidentes ocorrem no
caminho da jornada cristã, e precisamos nos quebrantar na presença de Deus.
Busquemos a santidade em Jesus Cristo.
A pia é de grande significação espiritual em nossa
experiência Cristã. No altar de bronze nós vemos nossa justificação. Na pia
vemos nossa santificação. Em 2 Co 5.21, Paulo resume o cerne do evangelho,
solucionando o mistério e o paradoxo dos versículos 18-20, e explicando como os
pecadores podem se reconciliar com Deus por meio de Jesus Cristo. Essas 15
palavras gregas expressam as doutrinas da imputação e substituição como nenhum
outro versículo, aquele que não conheceu pecado. Jesus Cristo, o Filho de Deus
sem pecado (Cl 4.4-5; Lc 23.4,14,22,47; Jo 8.46; Hb 4.15; 7.26; 1Pd 1.19; Ap
5.2-10). Deus, o Pai, usando o princípio da imputação, tratou Cristo como se
ele fosse um pecador, embora não o fosse, e o fez morrer com o um substituto, a
fim de pagar o castigo pelos pecados daqueles que creem nele (Is 53.4-6; Gl
.3.10-13; 1Pd 2.24). Na cruz, ele não se tornou um pecador (como alguns
sugerem), mas permaneceu tão santo como sempre. Foi tratado como se fosse
culpado de todos os pecados já cometidos por todos aqueles que creriam, um dia,
embora ele nunca tivesse cometido nenhum. A ira de Deus foi exaurida nele e a
condição justa da lei de Deus atendida para aqueles pelos quais morrera, justiça
de Deus. A justiça creditada na conta do cristão é a justiça de Jesus Cristo, o
Filho de Deus (Rm 1.17; 3.21-24; Fp 3.9), Como Cristo não era pecador, embora
tenha sido tratado como tal, do mesmo modo os cristãos que ainda não foram
justificados (até a glorificação) são tratados como se fossem justos. Ele
suportou os pecados deles, por isso eles puderam experimentar a sua justiça.
Deus tratou-o com o se ele tivesse cometido os pecados dos cristãos, e trata os
cristãos como se tivessem realizado apenas as obras justas do Filho de Deus sem
pecado. Ninguém pode evitar o pecado por meio de esforços humanos ou pelo
cumprimento da lei (Rm 3.20); portanto, ele deve ser perdoado, o que Cristo
realizou por meio de sua morte expiatória na cruz (2Co 5.19-21; 1Pd 2.24).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A
regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual
Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia)
traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas no Novo Testamento. Mateus
19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere
à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista
a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever
o que acontece. O Senhor ‘tirará da sua carne o coração de pedra e lhes dará um
coração de carne (Ez 11.9). Deus diz: ‘Espalharei água pura sobre vós, e
ficareis purificados... E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um
espírito novo... E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos
meus estatutos’ (Ez 36.25-27). Deus colocará a sua lei ‘no seu interior e a
escreverá no seu coração’ (Jr 31.33). Ele ‘circuncidará o teu coração... para
amares ao Senhor’ (Dt 30.6)” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática:
Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.371).
III. DOIS
ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS SACERDOTES
1. A lavagem
completa. Essa
lavagem era mais do que simplesmente lavar mãos e pés. Significava uma “obra
regeneradora”, que implicava o primeiro passo para a consagração sacerdotal.
Hoje, é inaceitável que um ministro queira servir na Casa de Deus sem ter
passado pela obra da regeneração (Jo 13.10). É preciso que os obreiros do
Senhor tenham experimentado uma “limpeza completa” da alma e da mente. É
preciso nascer da Palavra e do Espírito (Jo 3.5,7; Jo 15.3; Tt 3.5; 1Pe 1.23).
No Antigo Testamento, quando a água é usada de
maneira figurada, isso geralmente se refere à renovação ou purificação
espiritual, especialmente quando usada em conjunção com "espírito"
(Nm 19.17-19; SI 51.9-10; Is .32.15; 44.3-5; Jr 2.13; Jl 2.28-29). A bacia fala
de Jesus, que na última ceia lavou os pés de cada discípulo. Jesus é a Palavra.
Não precisamos mais de um espelho humano para ver o que há de errado conosco,
mas a Palavra é que nos vai revelar o que precisa ser mudado, melhorado. “A
própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.” (João
12.48) Ver também Tiago 1.23-24. A purificação realizada por Cristo na salvação
não precisa nunca ser repetida — uma vez que ela tenha acontecido, a expiação
está completa. Mas todos os que foram purificados pela graciosa justificação de
Deus necessitam de lavagem constante no sentido experimental, na medida em que
lutam contra o pecado na carne. Os crentes são justificados e justiça lhes é
imputada (Fp 3.8-9), mas ainda precisam de santificação e justiça pessoal (Fp
3.12-14). É necessário experimentara lavagem espiritual ou purificação da alma
realizada pelo Espírito Santo por meio da palavra de Deus, e isso no momento da
salvação (Ef 5.26; Tt 3.5), requerida para poder pertencer ao reino, então, é
inconcebível haver obreiros/ministros que não sejam nascidos de novo.
2. A lavagem progressiva
e constante. No
dia a dia sacerdotal, a limpeza exigida para ministrar no Lugar Santo era
apenas das mãos e dos pés (Êx 30.19). Mas, de acordo com a doutrina do Novo
Testamento, o “lavar-se”, aqui, destaca o ato do Espírito que opera em nós a
santificação (Ef 5.26; 2Co 7.1). Nesse sentido, a consagração dos sacerdotes
dava-se nos termos do compromisso de uma vida santificada. Esse mesmo
compromisso é que deve permear a vida do obreiro, que se acha vocacionado para
realizar a obra do Senhor.
Água serve para lavar, limpar, purificar. Uma
equipe médica, antes de uma cirurgia, passa um bom tempo lavando as mãos e
escovando as unhas. Jesus disse a Pedro, em João 13.8 “se eu não te lavar,
não tens parte comigo”. Com frequência, a Escritura encoraja os cristãos a
agir com base nas promessas de Deus (Rm 12.1; 2Pe 1.3). Cada cristão deve fazer
em sua própria vida uma ‘limpeza/purificação’ de toda impureza. Essa palavra
grega, que aparece somente em 2Co 7.1 no Novo Testamento, foi usada três ve zes
no Antigo Testamento grego para se referir à corrupção religiosa, ou às alianças
profanas com ídolos, às festividades idólatras, às prostitutas do templo, aos
sacrifícios e aos festivais de adoração, da carne como no espírito. A falsa
religião estimula os desejos humanos representados tanto pela "carne"
com o pelo "espírito". Enquanto alguns cristãos, por algum tempo,
evitam sucumbir aos pecados carnais associados à falsa religião, os cristãos
que expõe sua mente ao falso ensino não pode evitar a contaminação das
ideologias e blasfêmias diabólicas que atacam a pureza da verdade divina e
blasfemam o nome de Deus. É bom ratificar que o termo "Santidade "
diz respeito à separação de tudo o que corrompe tanto o corpo quanto a mente. A
santidade completa ou perfeita foi concretizada somente em Cristo; portanto, os
cristãos devem buscá-lo (Lv 20.26; M t 5.48; Rm 8.29; Fp 3.12-14; 1 Jo 3.2-3).
A graça salvadora torna os cristãos santos por meio da ação da Palavra de Deus
(Tt 2.1-9; 3.5); desse modo, eles podem ser a noiva pura.
3. Recapitulando verdades importantes. À luz de tudo quanto temos estudado até aqui, devemos assimilar
algumas lições apreendias até o presente momento:
1. Sobre o sangue de Jesus. O sangue de Jesus Cristo nos livrou da pena
do pecado (Mt 20.28; 26.28; 1Pe 4.17); - É interessante notar que em Mt 20.28, a palavra traduzida
como “por" significa "em lugar de", enfatizando a
natureza substitutiva do sacrifício de Cristo. Um "resgate" é um
preço pago para redimir um escravo ou prisioneiro. A redenção não envolve um
preço pago a Satanás. Pelo contrário, o resgate é oferecido a Deus — para
satisfazer a sua justiça e a sua ira contra o pecado. O preço pago foi a
própria vida de Cristo, como expiação com sangue ( Lv 17.11; Hb 9.22). Esse,
portanto, é o significado da cruz: Cristo submeteu-se à punição divina contra o
pecado em nosso favor (Is 53.4-5; 2Co 5.21). Suportar o impacto da ira divina
no lugar dos pecadores era o "cálice" que ele disse que
teria de beber!
2. Sobre a Palavra. A Palavra de Deus revela quem somos (Tg
1.22-24); - O fato de Tiago chamar os cristãos professos a ser
"praticantes", e não somente a praticar, enfatiza que todos os
aspectos da personalidade do cristão deveriam ser caracterizados dessa maneira.
Os cristãos professos que se contentam apenas em ouvir a Palavra estão
cometendo um sério erro de cálculo em sua vida espiritual. Tiago faz uso de uma
palavra forte no grego (contempla) que significa olhar com cuidado e
cautela, em oposição a olhar de modo casual. Nos dias de Jesus e de seus
discípulos (século 1), os espelhos não eram de vidro, mas metálicos, feitos de
bronze, prata ou — para os ricos — ouro. Os metais eram achatados e polidos até
adquirirem um alto brilho, e a imagem que refletiam era adequada, mas não
perfeita (1Co 13.12). A menos que ajam de imediato de acordo com o que ouvem da
Palavra, os cristãos professos irão esquecer-se das mudanças e melhorias que o
seu reflexo lhes mostrou que precisavam fazer (“se esquece de como era a sua
aparência”).
3. Sobre a limpeza espiritual. Uma vida irrepreensível é prioritária e
absolutamente necessária (Jo 15.3). - Por meio
da metáfora extensa da videira e dos ramos (Jo 15.1-7), Jesus estabeleceu a
base da vida cristã, Jesus usou uma imagem da vida agrícola desse tempo, ou
seja, videiras e produção de uvas (Mt 20.1-16: 21.23-41; Mc 12.1-9; I c 13.6-9;
20.9-16). No Antigo Testamento, a videira é comumente usada como símbolo de
Israel (SI 80.9-16; Is 5.1-7; 27.2-6; Jr 2.21; 12.10; Ez 15.1-8; 17.1-21;
19.10-14; Os 10.1-2). Jesus se identifica especificamente como "a videira
verdadeira" e o Pai como "o agricultor" ou aquele que cuida da
videira. A videira possui dois tipos de ramos: 1) ramos que produzem fruto (vs.
2,8) e 2) ramos que não produzem (vs. 2,6). Os ramos que produzem fruto são os
crentes genuínos. Embora no contexto imediato o foco esteja sobre os 11
discípulos fiéis, a imagem também engloba todos os crentes de todos os tempos.
Os ramos que não produzem fruto são os que se professam crentes, mas a falta de
fruto indica que salvação genuína jamais aconteceu e que não recebem vida da
videira. Especialmente no contexto imediato, Judas estava sendo visado, mas a
imagem se estende além dele para todos os que professam fé em Cristo, mas que,
na verdade, não possuem salvação. A imagem dos ramos improdutivos sendo
queimados retrata o castigo escatológico e a rejeição eterna (Ez 15.6-8).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Cristo Está Preparando
a Sua Noiva
O
Rei da Glória se casará com a sua Noiva. Será que vocês não sabem que todas as
boas coisas que o mundo desfruta, Deus nos fará desfrutar dez mil vezes mais? O
grande banquete acontecerá, o evento mais maravilhoso de todos os tempos, em
que comeremos pão e beberemos vinho no Reino de Deus. A Noiva está em preparação.
O
Espírito Santo é a pomba. O cântico é o arrulhar da pomba antes da tormenta.
Você viu como as pombas alertam os seus companheiros para que procurem abrigo
antes das tempestades? Pois, da mesma forma, o Espírito Santo está arrulhando e
chilrando, chamando-nos para que procuremos abrigo contra as tempestades da
tribulação que virá sobre a terra. O Senhor está nos treinando, fazendo os
nossos corpos ficarem leves e flexíveis para que possamos subir” (ETTER, Maria Woodworth.
Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2003, pp.165-66).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos que a
limpeza espiritual é prioridade absoluta como consequência da obra expiatória
de Cristo. Uma vez que Cristo nos salvou, fomos chamados para ser santos.
Atentemos para esse precioso chamado de Cristo Jesus!
Conforme exposto até aqui, devemos entender que a “limpeza espiritual” se refere à busca
por santidade, caracterizada por uma vida dedicada à causa do Reino. Notemos
que os Sacerdotes deveriam lavar as mãos e os pés - as mãos falam do que eles
faziam, o seu ministério, o seu trabalho, tudo eles puseram as mãos era
importante, e assim as suas mãos precisavam ser limpas sempre, diariamente. Os
pés representavam aonde eles iam, suas vidas e caminhos. O seu andar tinha que
ser um andar santo, assim os seus pés eram sempre lavados, todos os dias.
- A bacia de bronze fala de Jesus como Juiz, que
julga nossas atitudes do dia-a-dia e requer de nós uma santificação também
dia-a-dia. Esta santificação diária vem pela Palavra, que é também o nosso
espelho. Temos que nos espelhar no Senhor Jesus! A bacia fala do cuidado e da
responsabilidade de quem exerce qualquer serviço na Casa de Deus, e fala de
morte para quem não observar a orientação de Deus. A Bacia nos lembra que somos
chamados a prosseguir em nossa caminhada, porque somos Sacerdócio real.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a
tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome
sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
Muito bom
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