sexta-feira, 10 de maio de 2019

LIÇÃO 6: AS CORTINAS DO TABERNÁCULO


SUBSÍDIO I

AS CORTINAS DO TABERNÁCULO

“Deus tomou coisas simples do Tabernáculo para compará-las com coisas celestiais a fim de que aprendamos verdades espirituais em linguagem figurada.” (Êx 26.1-14)
Num capítulo anterior, tratamos do cortinado do pátio do Tabernáculo, que cercava aquele lugar sagrado do povo de Israel. Alguns estudiosos fazem distinção entre o Santuário, que o veem como sendo o Lugar Santo, e o Tabernáculo como o hamiskhan de Yahweh, o Deus de Israel. Entretanto, toda a estrutura do Tabernáculo é, sem dúvida, o Santuário do Altíssimo. 
As cortinas internas e as externas do Tabernáculo foram feitas com especial primor e beleza para, em primeiro lugar, enaltecer a presença divina no Tabernáculo e, em segundo lugar, para dar um sentido de santidade aos serviços sacerdotais no seu interior. As cortinas externas eram para cobrir o Tabernáculo. Portanto, toda a sua estrutura teve o trabalho inspirado dos artesãos, os quais receberam de Deus todo o desenho do projeto do Tabernáculo para ser o lugar da habitação de Deus com o seu povo. Era o hamiskhan de Deus, que, em hebraico, significa “habitação, morada” de Deus no meio do seu povo.
Para que as cortinas pudessem ser armadas, toda a construção requereu uma base especial que incluía madeira e metais. A madeira era de cetim, serrada em tábuas lisas, as quais eram ligadas uma a outra e, em seguida, revestidas com ouro, sendo toda a base de sustentação de prata. 
Todo aquele lugar tornou-se santo, um lugar de habitação, uma morada especial para o Deus de Israel, que veio habitar numa “morada santa” com o seu povo. Como era uma habitação especial, todos os materiais utilizados no Tabernáculo tinham um significado especial e celestial, começando com a cobertura de cortinas internas e externas. 
Essas cortinas e cobertas feitas para o Tabernáculo eram figuras e tipos de Jesus Cristo, visto que cada elemento material tinha um tipo celestial e mostrava, numa linguagem figurada, algumas características da obra redentora de Jesus. Num sentido especial, Cristo tornou-se a nossa cobertura perfeita porque Ele cobriu o nosso pecado (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8).

I – AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO (ÊX 26.1-14)
A despeito dos detalhes especificados dos materiais e cores utilizadas para compor a estética do Tabernáculo, a construção tinha de ser de fácil montagem e desmontagem por causa das mudanças de locais na vida desértica de Israel. 

1. A Coberta Exterior
Qual a diferença das cortinas internas para as externas? A coberta exterior era rústica, contrastando com a beleza interior. Por isso, tanto as cortinas internas quanto as externas revelam tipologicamente a figura de Jesus, que, sendo Deus, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6-8). Os olhos humanos não podiam vê-lo como Deus, e sim como “o filho do carpinteiro” (Mt 13.55). Ele, no entanto, era o Verbo (a Palavra viva) feito carne (Jo 1.14). 
Esta coberta era feita de peles de animais marinhos (texugos ou golfinhos) e não tinha beleza exterior que chamasse a atenção (ver Is 53.2). Simbolicamente, a cobertura exterior do Tabernáculo representava a humanidade de Jesus; por isso, sendo Deus fez-se carne (ver Jo 1.14). Uma das finalidades da coberta exterior era resistir às intempéries climáticas do deserto e, por isso, era rústica. Essa coberta tinha uma estrutura de madeira de cetim cortada em tábuas que servia para as partes internas e externas (Êx 26.15-30), a qual recebia uma lâmina de ouro que sustentava as peles estendidas sobre o Tabernáculo. As peles que ficavam por cima de tudo eram de um animal aquático identificado como texugo, mas, de fato, eram de foca ou golfinho. Quem olhasse para a Tenda do lado de fora nada veria de especial, porque essa coberta era parecida com a cor do deserto, ou seja, não tinha beleza alguma. Essa tenda é um tipo de Jesus quando se fez homem, cumprindo, assim, a profecia de Isaías 53.2: “Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza havia, para que o desejássemos”.

2. As Cortinas Internas
Indiscutivelmente, as cortinas internas do Tabernáculo feitas com linho retorcido branco, estofo azul, púrpura e carmesim revelavam, tipologicamente, o caráter de Jesus. O linho retorcido é um símbolo de justiça (ver Ap 19.8). Por baixo da primeira cobertura de peles, eram colocadas peles de carneiro tingidas de vermelho (ver Êx 26.14), que representam a Cristo em seu sacrifício na cruz do Calvário. A cor vermelha representa o seu sangue, que remiu nossos pecados. Ainda por baixo das peles de carneiro de cor vermelha, havia outras peles que eram de cabra, e eram brancas, sem ser tingidas (26.7-13), e elas falam da pureza do Senhor Jesus e da sua justiça perfeita para com os que confiam nEle e no seu sangue (ver 2 Co 5.21; Fp 3.9). Por último, havia uma quarta cortina que podia ser vista apenas do lado de dentro do Tabernáculo. Ela era feita de linho branco e fino com bordados das figuras de querubins (ver Êx 26.1-6) e tinha as cores de púrpura, escarlate e azul. A visão que se tinha dessa cortina interna lembrava o céu de glória. As figuras de querubins, impressas e bordadas naquela cortina, representavam tipos de seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus. As cores eram branco, azul, carmesim e púrpura. As cortinas e cobertas do Tabernáculo significavam a morada de Deus e tipificavam o próprio Senhor Jesus, por cujas características a obra redentora de Cristo está expressa e que, em seu conjunto, nos fala claramente daquEle que é nossa cobertura perfeita, pois foi Ele quem cobriu o nosso pecado com seu sangue (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8). O azul é a cor celestial, símbolo do céu; todavia, os fios entrelaçados de púrpura falam da realeza de Cristo, pois Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD. 

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Adentrando ao Tabernáculo, nos deparamos com um cortinado, confeccionado com múltiplas cores. É justamente sobre essas cortinas que estudaremos na aula de hoje. Inicialmente, destacaremos sua composição, em seguida, nos voltaremos para seu significado, fazendo aplicações em relação às cores. Ao final, lembraremos que a multiforme graça de Deus opera na igreja, através do Espírito Santo, como lhe apraz, com dons espirituais e ministeriais.

I. AS CORTINAS

O Tabernáculo era coberto com cortinas, sendo uma cobertura interior e a outra exterior. Essa cobertura era feita de peles de animais marinhos, sustentada por vigas de madeira de acácia, forrada com ouro. As cortinas internas eram feitas de peles de carneiro, bem como de peles de cabras brancas, havia ainda uma cortina que podia somente ser vista do lado de dentro, feita de linho branco e fino, com bordados das figuras de querubins. As cores desse cortinado era púrpura, escarlate e azul. Essas cortinas, além de seu efeito estético, tinha também a função de separar, de controlar o acesso. Nem todos podiam adentrar a determinadas partes daquele santuário, contemplá-lo da parte de dentro era uma prerrogativa do ofício sacerdotal. Essa cortina fazia separação entre o pecador e a santidade de Deus. Apenas o sumo-sacerdote, uma vez por ano, poderia adentrar ao Santo dos Santos. As cortinas impediam o acesso as partes mais singelas do Tabernáculo.

II. CORES E SIGNIFICADOS

Existe uma ciência da linguagem que estuda as cores, trata-se da semiótica ou semiologia. Os estudiosos dessas áreas investigam os significados que determinadas cores têm nas culturas. A cor vermelha, por exemplo, pode ser relacionada a uma ideologia, mas isso depende do contexto sociocultural. Nas Escrituras também encontramos diferentes cores, algumas delas têm significado especial, se considerarmos o contexto, e o próprio sentido atribuído pelo texto bíblico. As cores das cortinas do Tabernáculo carregam significados, que podem ser lembrados ao longo desse estudo: o azul lembra a cor do céu, ressaltando a provisão divina, que vem de cima. O próprio Cristo, que veio do céu, e habitou no meio de nós (Jo. 1;14). A cor púrpura tem a ver com realeza, o Senhor Jesus Cristo deve ser lembrado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.11-16). A cor escarlate projeta o sangue, tanto o daqueles animais, quanto o do próprio Cristo, derramado pelos pecadores (Ap. 19.13)

III. A MULTIFORME GRAÇA DE DEUS

As diferentes cores do Tabernáculo lembram a multiforme graça de Deus (I Pe. 4.10). A graça é o favor imerecido de Deus aos pecadores, ninguém é salvo pelo que faz ou deixa de fazer (Ef. 2.8), pois todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus (Rm. 3.23), mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por intermédio de Cristo Jesus (Rm. 6.28). Há uma tendência das pessoas quererem padronizar a forma de Deus agir na igreja, é bem verdade que Jesus é o Único Caminho e Salvador (Jo. 16.4; At. 4.12; I Tm. 2.3-6), mas o Espírito Santo atua na igreja com muitos dons, de acordo com Sua soberana vontade (I Co. 12.6). Existem muitas “cores” na igreja, e Deus usa as pessoas de maneira diferente, respeitando suas individualidades, a fim de cumprir Seus desígnios. É humano querer padronizar todos, e querer que as pessoas sejam iguais na igreja. Precisamos aprender a lidar com a diferença, desde que mantenhamos unidade no essencial.

CONCLUSÃO

O Tabernáculo de Deus é a Igreja do Deus Vivo, e Ele atua pelo Seu Espírito, a fim de conduzir a Noiva para o encontro triunfal com o Noivo. Quando Cristo morreu na cruz do calvário, o véu se rompeu de alto a baixo (Mt. 27.51-53). Quando Ele subiu, entregou dons aos homens e as mulheres, esses não devem ser confundidos com cargos, mas com a multiforme graça de Deus, para a edificação do Seu corpo (I Co. 12; Ef. 4.11).


José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog subsidioebd.blogspot.com

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

As cortinas do Tabernáculo têm muito a dizer-nos acerca da maravilhosa obra redentora de Cristo. Pelas suas estruturas, simbologia e cores, veremos como esse utensílio importante do Tabernáculo se fez figura e estímulo para adentrarmos à presença de Deus de maneira confiante e ousada.
Quando Adão e Eva viviam no jardim, estavam na presença absoluta de Deus. Depois de sua transgressão foram expulsos, separados da presença de Deus. Querubins com uma espada flamejante estavam posicionados a leste do jardim para impedir seu retorno e para impor a separação da presença de Deus. Homens poderiam oferecer sacrifícios a Deus, poderiam orar a ele, mas o caminho para a sua presença permaneceria fechado. Os querubins, embora não estivessem mais visíveis, permaneciam em guarda. E esta separação permaneceu por gerações. Quando Moisés recebeu a lei no Monte Sinai, essa lei incluía instruções para a construção do tabernáculo, entre essas instruções estava a confecção de uma cortina ou véu (Êx 26.30-35). O propósito desta cortina era estabelecer uma divisão entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos. No Santo Lugar estavam o candelabro, a mesa para o pão da proposição e o altar do incenso. No Lugar Santíssimo estava a arca da aliança, coberta pelo propiciatório, sobre a qual dois querubins guardavam a presença de Deus. Este era o lugar onde Deus tornava visível sua presença e de onde falava a Moisés. O véu que dividia o Santo Lugar do Lugar Santíssimo era bordado com querubins, representando os querubins a leste do Éden, mantendo a humanidade longe da presença de Deus. Mas uma mudança aconteceu. A proibição absoluta de entrar na presença de Deus agora já não era tão absoluta. A porta para a presença de Deus que tinha sido tão firmemente fechada no Éden agora apresentava uma fenda. Era, na verdade, ainda uma fenda muito pequena, mas era uma fenda verdadeira. Agora o sumo sacerdote, uma vez por ano, acompanhado pela fumaça que se levantava do incenso, e pelo sangue dos sacrifícios, podia entrar no Lugar Santíssimo (Lv 16). Ele poderia entrar no lugar da presença de Deus.” (VOLTEMOSAOEVANGELHO) – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I. AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO
                                                                 
Embora fosse complexa em detalhes e específica nos materiais e cores, a estética do Tabernáculo tinha de apresentar uma leitura fácil, pois a montagem e desmontagem do santuário tinham de ser de acordo com a simplicidade do cotidiano da vida no deserto. As cobertas e as cortinas do Tabernáculo estavam assim classificadas:
1. A coberta exterior. A coberta era feita de peles de animais marinhos (texugos ou golfinhos). O desenho não expressa beleza exterior ou algo que chamasse a atenção. Tratava-se de um material para resistir as intempéries do deserto; era rústico. A estrutura na qual repousava a coberta era feita de madeira de acácia e revestida com ouro para sustentá-la (Êx 26.18-30). Ora, imagine uma estrutura de madeira de acácia forrada com ouro por dentro e coberta de peles de animais diversos por fora. Assim era o Tabernáculo. É inevitável não correlacionar a estética exterior do Tabernáculo com a humanidade do nosso Salvador, Jesus Cristo, que se fez carne entre nós (Jo 1.14). A profecia de Isaías acerca da humanidade de Jesus é vívida: “Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” (53.2).
A coberta com peles finas eram feitas com couro de um animal conhecido como Texugo (Espécie de animal marinho (Ez 16.10)) - O texugo não é nativo do norte da África, a tradução do hebraico takhashpor "texugo" é uma conjectura muito improvável, é aplicado com alguma imprecisão a vários animais marinhos, como focas, dugongos, golfinhos, tubarões e lobos marinhos. Eles formaram a cobertura externa do Tabernáculo. A coberta de peles de texugos foi a coberta mais visível pelo lado de fora. Não era bonita, nem formosa, mas foi muito útil. Sem dúvida alguma, essas peles de Texugo apontam para Isaías 53.2 – “terra seca... nenhuma beleza havia que nos agradasse”. O servo surgiria em condições humilhantes e não se vestiria com nenhuma das vestes características da realeza, permitindo que sua identidade fosse perceptível apenas aos que o olhassem com os olhos da fé.

2. As cortinas internas. Por baixo da coberta exterior havia uma coberta de peles de carneiro tingidas de vermelho (v.14). Por debaixo das peles de carneiro, havia outras cortinas feitas de peles de cabras brancas, sem ser tingidas (26.7-13). Por último, havia uma quarta cortina que podia ser vista somente do lado de dentro do Tabernáculo. Era uma cortina feita de linho branco e fino com bordados das figuras de querubins (26.1-6). Suas cores eram púrpura, escarlate e azul. A visão dessa cortina lembrava o céu de glória (Jo 14.1-3).
Toda essa imagem nos aponta alguns símbolos importantíssimos:
As cores: Azul, Púrpura, Carmesim e a Branca do linho fino apontam para Cristo, e para àquele que está em Cristo.
Elas simbolizam o caráter de Jesus. Deus mandou fazer as cortinas de linho retorcido, estofo azul, púrpura e carmesim.
O linho retorcido é símbolo de justiça, o termo aqui é no sentido de ‘ser justo’ (Ap 19.8). O linho retorcido apontava para alguém que haveria de ter a natureza perfeita. Esse alguém seria sem sombra de dúvida Jesus Cristo. N’Ele seria encontrada a retidão desejada por Deus.
O linho retorcido das cortinas do Tabernáculo também representa a humanidade perfeita de Jesus. Entrar no Tabernáculo a ver as cortinas de linho retorcido, com fios de azul, púrpura e carmesim, era ver, pela fé, toda a beleza que estaria presente no Segundo Homem.
O azul é cor celestial, é símbolo do Céu. E os fios de púrpura entrelaçados na cortina, tornou-se símbolo de Realeza. A púrpura era um tecido caríssimo, usado somente pelos ricos, pelos nobres, tecido próprio dos reis.
Jesus Cristo é Rei, conforme simbolizado pela púrpura.
Os fios carmesim (escarlate) tornaram-se o símbolo do sofrimento. O carmesim era obtido mediante o esmagamento de um molusco.
O azul, a púrpura e o carmesim apresentam Jesus como o Filho de Deus, e como Rei sobre todas as coisas, mas que deveria seguir o caminho da cruz para realizar a redenção da humanidade.” (ESCOLADABIBLIA)
1) a coberta tingida de vermelho aponta para Cristo e seu sacrifício na cruz, pois o vermelho é o símbolo do sangue de Cristo para a remissão do pecado;
A cor vermelha ou carmesim aponta para o sacrifício (Ap 5.9-10; Nm 19.6; Lv 14.4; Hb 9.11-14, 19, 23, 28). A cor carmesim, pelas escrituras, e especialmente quando se refere a Cristo, manifesta o Cristo Sacrificatório e a Sua humildade. A cor carmesim, para os usos no tabernáculo foi conseguida do corpo da fêmea do “coccus ilicis” - um verme (Sl 22.6), a palavra hebraica para escarlata e carmesim). É interessante notar que o nome ‘Adão’, é uma palavra babilônica, cujo significado é ‘vermelho’, por ser feito da terra (#0121, Strong’s).
2) as cortinas feitas de peles de cabras brancas, sem serem tingidas, revela uma ideia de pureza e justiça do nosso Salvador (2 Co 5.21; Fp 3.9); 3) a última cortina revela a natureza dos seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus. Assim, o Tabernáculo tipificava a morada de Deus e as características redentoras e salvíficas expressas na obra expiatória de Jesus Cristo (Sl 32.1,2; Rm 4.6-8).
A cor branca do linho fino é emblemática da perfeição, pureza, e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Crist (Ap 7.9-17; Sl 132.9). A cor branca refere-se ao efeito da obra de Cristo no lugar do Seu povo. Ele os faz perfeitos, santos e justos, propícios para serem na presença de Deus. Ap 7. 9-17: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas … (Ap 19. 7-9). Deus veste Seus sacerdotes de justiça, como são vestidos os sacerdotes do tabernáculo (Ex 28.39; Sl 132.9; Zc 3.3,4). Não podemos pensar que tenhamos a justiça de Deus se estamos fora de Cristo. Temos que ser lavados pelo Seu sangue se esperamos ser redimidos da nossa vã maneira de viver (I Pd 1.18,19). Entramos em Cristo pelo arrependimento dos pecados e fé no sacrifício de Cristo em nosso lugar. Nessa maneira o pecador é feito limpo, perfeito, puro e justo diante de Deus. Está nEle? Se arrependa e creia nEle já! De outra maneira as suas vestes sujas continuam e no fim, será lançado “nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” Mt 2.13. (NUCLEODEAPOIOCRISTAO)

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao introduzir o assunto acerca da coberta e das cortinas, reproduza a imagem desta página. Enfatize aos alunos o cortinado do pátio, a coberta exterior sobre o santuário e as cortinas internas. Essa imagem reforçará a ideia sobre a estética do santuário divino.
Todo o cortinado do Tabernáculo era colorido. As cores sempre tiveram uma significação especial na cultura do povo judeu. A diversidade dessas cores, bem como a matéria-prima material, apontava para uma completude salvívica.
Refletir sobre a completa obra da salvação é o nosso objetivo. Por isso a a imagem abaixo está disponível para guiar os alunos neste entendimento.
É uma maravilhosa oportunidade para refletir sobre a salvação.
II. O CORTINADO DO PÁTIO DO TABERNÁCULO

1. A simbologia descritiva das cortinas do Tabernáculo. Descrever a importância das cortinas do Tabernáculo e não considerar seu valor espiritual e tipológico significa ignorar o propósito integral do texto narrativo acerca do santuário. Ora, a precisão dos detalhes de cada peça e material usados para construir o Tabernáculo servia de ensino das verdades acerca das coisas espirituais. Por isso, a madeira, metais, tecidos e tintas especiais usadas no Pátio do Santuário remontam a uma tipologia singular com relação a pessoa e obra de Jesus, o Senhor e Redentor nosso.
A tipologia é um tipo especial de simbolismo. (Um símbolo é algo que representa outra coisa.) Podemos definir um tipo como um "símbolo profético" porque todos os tipos são representações de algo ainda futuro. Mais especificamente, um tipo nas Escrituras é uma pessoa ou coisa no Antigo Testamento que prenuncia uma pessoa ou coisa no Novo Testamento. Por exemplo, o dilúvio dos dias de Noé (Gênesis 6-7) é usado como um tipo de batismo em 1 Pedro 3:20-21. A palavra para tipo que Pedro usa é figura” (GOTQUESTIONS). É importante que se diga que o Tabernáculo seria algo que homem algum jamais teria imaginado. Foi construído para que as verdades fundamentais no Novo Testamento fossem compreendidas. Cada detalhe e objeto falava da obra redentora de Jesus Cristo. Glória a Deus! Jesus, como sumo sacerdote de uma nova dispensação, abriu caminho para Santo dos Santos a todos os crentes, porque o véu de separação foi rasgado de cima abaixo, na ocasião da sua morte na cruz (Hb 9.6-14).

2. O significado de separação. O ambiente entre a cerca e o Tabernáculo era o pátio. Havia um cortinado branco de linho fino torcido que tinha por objetivo fazer a separação dos pecadores. Para adentrar ao Pátio, o pecador deveria levar a sua oferta pelo pecado. Assim, as cortinas faziam a separação entre o santo e o profano (Êx 38.9-13). Nesse sentido, a imagem do cortinado de linho torcido simboliza a pureza de Deus num mundo de impurezas. É o símbolo da santidade e pureza de Jesus, pois, como homem, nosso Senhor não teve mácula, conforme Ele mesmo indagou de seus opositores: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46). Aqui, há uma distinção importante que deve ser feita em relação à Antiga Aliança: na Nova Aliança, a Igreja de Cristo não se fecha dentro de uma “cerca”, mas está pronta para receber qualquer tipo de pecador, uma vez arrependido, que confessa o senhorio de Jesus Cristo em sua vida.
A tenda e seus objetos apontam para Cristo. Olhando de longe, vê-se um cercado em forma de retângulo demarcado por uma cortina (50m x 25m) de linho branco (pureza e santidade), com 2,5m de altura, sustentado por 60 firmes colunas, apoiadas em base de cobre (Ex 27:9 e 12). Por cima da cerca ainda se pode ver o teto da tenda, que está do lado de dentro deste cercado. Não havia exteriormente beleza alguma (Is 53.2-3). Dentro desse cercado de linho branco, chamado de Átrio ou Pátio, podia-se ver em sua primeira metade o Altar de Holocausto; mais à frente a Pia de Bronze cheia de água. Na segunda metade desse Pátio ficava uma espécie de casa que seria exatamente a tenda.

3. O significado de santidade. Santidade é a separação absoluta do pecado e dedicação exclusiva a Deus. Por isso, as cortinas da cerca do Pátio e do Tabernáculo, bem como tudo dentro dele, revelam santidade. Não podemos jamais desconsiderar a seriedade do chamado para vivermos uma vida santa. Os tempos atuais nos desafiam a viver um estilo de vida na presença de Deus, manifestando a santidade e a pureza de Cristo Jesus. Ter a consciência da santidade bíblica significa ter a disposição para viver na contramão do mundo (1 Jo 2.15).
 Dependendo do contexto onde o vocábulo está inserido, ele adquire significados distintos. Em relação ao atributo divino, Santidade é a pureza perfeita de Deus, que não tem mancha alguma de pecado. A Bíblia diz que Deus é santo. Esse é Seu caráter. Deus é perfeito, Ele não tem falha nem erro algum. O pecado nem sequer pode entrar em Sua presença! Somente o que é santo pode se aproximar de Deus (Hb 12:14). Na Bíblia, santidade também pode significar a dedicação a Deus, se afastando da impureza do pecado, e nesse sentido, todo crente é chamado para ser santo. Uma ausência de amor ao mundo deve ser a característica habitual da vida de amor daqueles que são considerados genuinamente nascidos de novo. "Amor" aqui significa afeto e devoção. É Deus, e não o mundo, que deve ter o primeiro lugar na vida do cristão (Mt 10.37-39; Fp 3.20). É importante lembrar que quando se faz referência à ‘mundo’, não se trata do mundo físico e material, mas do sistema espiritual invisível do mal dominado por Satanás (2Co 10.3-5) e tudo o que ele oferece em oposição a Deus, à sua Palavra e ao seu povo (1Jo 5.19; Jo 12.31; 1Co 1.21; 2Co 4.4; Tg 4.4; 2Pe 1.4). Ou somos cristãos genuínos cuja marca é o amor e a obediência a Deus ou seremos cristãos em rebelião contra Deus, ou seja, apaixonados e escravizados pelo sistema mundano controlado por Satanás (Ef 2.1-3; Cl 1.13; Tg 4.4). Não há meio-termo entre essas duas alternativas para alguém que se diz nascido de novo. Os falsos mestres não tinham esse tipo de amor singular, mas se dedicavam à filosofia e à sabedoria do mundo, revelando, com isso, o seu amor pelo mundo e a sua condição de não salvos (Mt 6.24; Lc 16.13; ITm 6.20; 2Pe 2.12-22)

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“Santificados pela Cruz
Jesus ainda faz a mesma oração hoje em dia, para que todo crente seja santificado. A santificação nos torna um com o Senhor Jesus (Hb 2.11) e nos faz santos como Jesus.
Paulo escreve em 1 Tessalonicenses 4.3: ‘Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação’. Assim, é da vontade de Deus que todas as almas sejam salvas de todos os pecados – os atuais e o original. Os pecados atuais são os que cometemos voluntariamente, ao passo que o pecado original é o que herdamos do primeiro Adão. Todo pecado é limpo pelo sangue de Jesus Cristo. Temos de morrer para o velho homem. ‘Sabendo isto: que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado’ (Rm 6.6). Deus está chamando o seu povo à verdadeira santidade nestes dias. Agradecemos a Ele pela bendita luz que está nos dando. ‘De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra’ (2 Tm 2.21). Ele quer dizer que temos de ser purgados da impureza e de todos os tipos de pecado. A santificação nos torna santos e destrói a linhagem do pecado, o amor ao pecado e a carnalidade. Ela nos purifica e tornamos mais brancos que a neve” (SEYMOUR. Devocional: O Avivamento da Rua Azusa. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.123-22).

III. AS CORES DAS CORTINAS DO TABERNÁCULO

1. O significado especial das cores. As cores usadas na estrutura do Tabernáculo tinham um significado especial. Por meio delas, o povo de Israel perceberia o símbolo da manifestação da glória de Deus nos sacrifícios que fossem apresentados.
Havia uma ordem em que as cores eram mencionadas:
(1) azul; - Aponta para o Céu, de onde veio e para onde retornou o Senhor Jesus Cristo. Tipifica sua "divindade" e está presente no livro de João. A genealogia não é apresentada, pois Deus não tem ascendência. Ele existe para sempre.
(2) púrpura; - Cor da realeza. O evangelho de Mateus cita Jesus como o "Filho de Davi", enfatizando que Jesus é o nosso Rei. Todo soberano deve provar sua descendência real, e isto é feito em sua genealogia.
(3) carmesim; - Cor de sangue e aponta para Jesus como "servo sofredor". Marcos destaca esta condição em seu evangelho. Aqui não há genealogia, o destaque é para o "servo".
(4) branco. - Lembra a pureza e a santidade de Cristo, salientado por Lucas. Este é o evangelho do Filho do Homem. Jesus é mostrado como o "homem perfeito", e seu caráter justo. Apresenta a genealogia do homem ilustre e nobre.
Essas cores estavam na porta de entrada que dava acesso ao lugar sagrado, onde, por meio do ministério do sacerdote, o pecador encontrava-se com Deus. Assim, toda vez que alguém entrava por essa porta, deparava-se com a simbologia das cores. Para nós, os discípulos de Cristo, essas cores apontavam para a obra de Cristo que envolve a remissão do passado, do presente e do futuro. É a obra completa da salvação.
 Nos dois reposteiros (cortinas) do átrio e da tenda, aparecem as mesmas cores: púrpura, carmesim, branco e azul. Todas essas cores apontam para Jesus e são descritas nos quatro evangelhos.

2. A cor azul celeste (Êx 27.16). É uma cor que remete ao céu e indica a origem celestial de Cristo e sua divindade. Nosso Senhor era verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele veio do céu, mas fez-se homem na Terra (Jo 1.14). Depois da sua ressurreição e vitória contra a morte, Ele foi recebido no céu, reavendo aquela mesma glória de antes que o mundo existisse (Jo 17.5 cf. Fp 2.5-11; Ef 1.20-23). Por intermédio do Espírito Santo, nosso Senhor edifica e zela pela sua Igreja, a Noiva em que um dia brevemente buscará (Hb 12.24; Jo 17.9,20; Rm 8.34; 1 Ts 4.16,17).
- A cor Azul aponta para Cristo, o celestial, de natureza divina; Em João 1.14, a palavra "tornou-se" enfatiza Cristo assumindo a humanidade (Hb 1.1-3; 2.14-18). Esse fato é certamente o mais profundo de todos porque indica que o infinito tornou-se finito; o Eterno foi conformado ao tempo; o Invisível tornou-se visível; o Ser sobrenatural reduziu-se ao natural. Na encarnação, entretanto, o Verbo não deixou de ser Deus, mas tornou-se Deus em carne humana, ou seja, plena divindade em forma humana como um homem (1Tm 3.1b), e não somente isso, mas veio e tabernaculou/habitou - significa "fincar o tabernáculo" ou "morar numa tenda". O termo lembra o tabernáculo do Antigo Testamento, onde Deus se encontrava com Israel antes do templo ser construído (Êx 25.8), onde "falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo'' (Êx 33.11). Na nova dispensação, Deus escolheu habitar entre o seu povo de uma maneira muito mais pessoal, tornando-se homem. Quando o tabernáculo foi concluído, a gloriosa presença de Deus encheu toda a estrutura (Êx 40.34; cf. I Rs 8.10); Quando o Verbo se tornou carne, a gloriosa presença da divindade estava incorporada nele (Cl 2.9). Havendo completado a sua obra, Jesus olhou para além da cruz e pediu para ser retornado à glória da qual participava com o Pai antes da criação do mundo. O ponto final de suportar a ira pelos pecados foi declarado por Cristo no brado: "Está consumado" (Jo 19.30).

3. A cor púrpura (Êx 27.16). A púrpura era um tecido roxo obtido de moluscos que estão no fundo dos mares. É uma cor que remete à ideia de realeza e que aponta para o futuro. Em relação a Cristo, a cor é uma figura da realeza e divindade de Jesus (Ef 1.20,21), bem como a sua manifestação triunfal para implantar o Reino Milenial (Sl 110; Is 9.6; Lc 1.32). O nosso Deus jamais perdeu o controle da história! 
A cortina de cor púrpura aponta para Cristo o Rei. Em Efésios 1.20,21, esse mesmo poder que ressuscitou Jesus da morte e o elevou de volta pela ascensão para a glória a fim de fazê-lo sentar-se à direita de Deus, é dado a todo cristão no momento da salvação e está sempre disponível (At 1.8; Cl 1.29). Paulo, portanto, não ora para que o poder de Deus seja dado aos cristãos, mas para que eles se conscientizem do poder que já possuem em Cristo e façam uso dele. Paulo queria que os crentes entendessem a grandeza de Deus comparada a outros seres celestiais. "Principado, potestade, poder e domínio" eram os termos tradicionais judaicos para designar seres angelicais que tinham unia alta posição no exército de Deus. Deus está acima deles todos (cf. Ap 20.10-15).

4. A cor escarlate (carmesim) (Êx 27.16). O carmezim é uma cor de sangue, vermelho vivo. Se, por um lado, a cor projeta o vitupério do Calvário e o triunfo da obra salvífica de Cristo, por outro, ela aponta para a glória vindoura do reinado do “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Zc 14.9; 1 Tm 6.14,15; Ap 19.11-16). Nosso Senhor sofreu, foi ferido e derramou seu sangue remidor como nos revela Apocalipse 19.13: “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”. 
-.A cortina carmesim/escarlata aponta para Cristo o Sofredor. Sua morte. Esta cor foi obtida de um bichinho de cor escarlata. Foi esmagado para fornecer o corante. Quando Jesus descer dos céus outra vez para reinar (Ap 11.1), haverá apenas uma religião no mundo inteiro durante se reinado milenar. O Senhor governará com cetro de ferro (Ap 19.15) e eliminará as religiões criadas por Satanás. Será o cumprimento final:
(1) da aliança abraâmica segundo a.qual ele daria origem ao povo judeu, a nação de Israel, e da terra que daria a Abraão;
(2) da aliança davídica com sua promessa de um rei da tribo de Judá e da continuidade da linhagem de Davi e
(3) da nova aliança que oferece a esperança de redenção espiritual para judeus e gentios. Tudo isso se cumprirá no Senhor Jesus Cristo e por meio dele.
O manto tinto de sangue de Cristo simboliza as grandes lutas que ele já enfrentou contra o pecado, Satanás e a morte, e seu manto foi manchado com o sangue dos seus inimigos.

5. A cor branca do linho torcido. Em ponto anterior, tratamos dessa cor para falar da santidade de Cristo. Num sentido especial, o linho torcido é o tecido rústico e batido que lembra a humanidade de Jesus e seu sofrimento em nosso lugar. Lembra também o fato de que a morte de Cristo tornou-se o fundamento da justiça em nosso favor (1 Pe 1.18,19; Ap 1.5).
A cortina na cor branca aponta para Cristo o Puro, Imaculado. Fomos resgatados, ou seja, comprados mediante pagamento para livrar-nos da escravidão; fomos postos em liberdade mediante o pagamento de um resgate. "Resgate" ou "redenção" era um termo técnico que se aplicava ao dinheiro pago para comprar a liberdade de um prisioneiro de guerra. Em 1Pe 1.18,19 é usado como referência ao preço pago para comprar a liberdade de alguém que é escravo do pecado e está sob a maldição da lei (ou seja, a morte eterna, - Gl 3.13). O preço pago a um Deus santo foi o sangue derramado de seu próprio Filho (cf. Cx 12.1-13; 15.13; Sl 78.35; At 20.28; Rm 3.24; Cl 4.4-5; Ef 1.7; Cl 1.14; Tt 2.14; Hb 9.11-17). Por isso mesmo Jesus é o Primogênito; De todos os que foram ou serão ressuscitados dos mortos, ele é o proeminente, o único herdeiro legal (cf. 3.14; SI 8 9.27; Cl 1.15).


SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“Até à Morte
Chegamos à última noite da vida do Senhor. Ele está com os discípulos no Cenáculo. Aqui acontecerá o ato final entre eles, a consumação de toda a sua vida. Há um detalhe nesse ato que o Senhor não deixou claro para muitos.
Eles se sentaram em volta da mesa para cearem. Jesus tomou o pão, partiu-o e os instruiu a tomar e comer. O que Ele quis dizer com isso? Considerando que Ele estava presente na carne, qual foi o significado de partir o pão?
Através deste ato, o Senhor Jesus Cristo declarou diante de Deus, diante dos anjos e diante dos homens que Ele não hesitaria em morrer pelo mundo. Não havia limites. Ele seria fiel até à morte.
Assim como Ele tinha sido fiel em vida e vivido cada dia consciente de tudo o que acontecia ao seu redor, agora Ele cravaria o seu inteiro na cruz. Seria fiel até à morte.
O real propósito de tornar-se cristão não é tão somente ser salvo do inferno e ir para o céu. É tornar-se filho de Deus, assumir o caráter de Jesus Cristo para permanecer diante dos homens, e, caso necessário, até ser sentenciado à pena máxima, à morte, recusando-se a pecar, não aceitando curvar a cabeça diante de Satanás, preferindo morrer a desonrar o Filho de Deus.
Se o caráter de Jesus Cristo entrou em você e em mim, então, em termos de propósito, isso nos tornou como Ele. Fez-nos de fato como Ele. Bendito seja Deus! O seu Espírito nos é dado. Bendito seja Deus! O seu Espírito nos é dado. Bendito seja Deus por essa mesma fidelidade inextinguível que caracterizou o Filho de Deus” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.51-52).

CONCLUSÃO

O autor da Epístola aos Hebreus exorta-nos a chegar com confiança ao trono da graça, pois assim alcançaríamos misericórdia e acharíamos graça para, num tempo oportuno, sermos auxiliados (4.16). Jesus, o Sumo Sacerdote perfeito, deu-nos esse privilégio para desfrutarmos da presença santa de Deus mediante a fé. Não tenhamos receio de adentrar a presença santa do Pai!
Os governantes antigos, em sua maioria, não eram acessíveis para ninguém que não fizesse parte de seus principais conselheiros (Et 4.11). Em contrapartida, o Espírito Santo pede a todos que se acheguem com confiança ao trono de Deus para receber misericórdia e graça por meio de Jesus Cristo (Hb 7.25; 10.22; Mt 27.51). A arca da Aliança era vista como o lugar na terra onde Deus se assentava em seu trono entre os querubins (2Rs 19.15; Jr 3.16-17). Foi no trono de Deus que Cristo fez expiaçâo pelos pecados, e é ali que a graça é dispensada aos cristãos para todas as questões da vida (2Co 4.15; 9.8; 12.9; Ef 1.7; 2.7). Quando os evangelistas registram que após a morte de Jesus o véu do Templo se rasgou, estão indicando que, cumprida a missão de Jesus naquele momento, Deus abriu o acesso, através de Jesus Cristo, à Sua presença. O véu foi rasgado e o acesso a Deus foi aberto. Agora já não somos mediados por Sumos Sacerdotes, mas cada crente em Jesus Cristo é um sacerdote e tem livre acesso à presença de Deus (1Pd 2.9). Somos mediados apenas por Jesus Cristo, ou seja, cada um de nós agora pode se dirigir diretamente a Deus, buscando o perdão dos pecados, sem a necessidade de ninguém (humano) que nos represente. Essa é uma das maiores bênção que foram dadas a nós! E por isso ficou registrado nos evangelhos de forma preciosa essa grandiosa revelação.

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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