SUBSÍDIO I
AS CORTINAS DO TABERNÁCULO
“Deus tomou coisas
simples do Tabernáculo para compará-las com coisas celestiais a fim de que
aprendamos verdades espirituais em linguagem figurada.” (Êx 26.1-14)
Num capítulo
anterior, tratamos do cortinado do pátio do Tabernáculo, que cercava aquele
lugar sagrado do povo de Israel. Alguns estudiosos fazem distinção entre o
Santuário, que o veem como sendo o Lugar Santo, e o Tabernáculo como o hamiskhan de Yahweh, o Deus de Israel.
Entretanto, toda a estrutura do Tabernáculo é, sem dúvida, o Santuário do
Altíssimo.
As cortinas
internas e as externas do Tabernáculo foram feitas com especial primor e beleza
para, em primeiro lugar, enaltecer a presença divina no Tabernáculo e, em
segundo lugar, para dar um sentido de santidade aos serviços sacerdotais no seu
interior. As cortinas externas eram para cobrir o Tabernáculo. Portanto, toda a
sua estrutura teve o trabalho inspirado dos artesãos, os quais receberam de
Deus todo o desenho do projeto do Tabernáculo para ser o lugar da habitação de
Deus com o seu povo. Era o hamiskhan de
Deus, que, em hebraico, significa “habitação, morada” de Deus no meio do seu
povo.
Para que as
cortinas pudessem ser armadas, toda a construção requereu uma base especial que
incluía madeira e metais. A madeira era de cetim, serrada em tábuas lisas, as
quais eram ligadas uma a outra e, em seguida, revestidas com ouro, sendo toda a
base de sustentação de prata.
Todo aquele lugar
tornou-se santo, um lugar de habitação, uma morada especial para o Deus de
Israel, que veio habitar numa “morada santa” com o seu povo. Como era uma
habitação especial, todos os materiais utilizados no Tabernáculo tinham um
significado especial e celestial, começando com a cobertura de cortinas
internas e externas.
Essas cortinas e
cobertas feitas para o Tabernáculo eram figuras e tipos de Jesus Cristo, visto
que cada elemento material tinha um tipo celestial e mostrava, numa linguagem
figurada, algumas características da obra redentora de Jesus. Num sentido
especial, Cristo tornou-se a nossa cobertura perfeita porque Ele cobriu o nosso
pecado (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8).
I – AS COBERTAS E AS CORTINAS DO
TABERNÁCULO (ÊX 26.1-14)
A despeito dos
detalhes especificados dos materiais e cores utilizadas para compor a estética
do Tabernáculo, a construção tinha de ser de fácil montagem e desmontagem por
causa das mudanças de locais na vida desértica de Israel.
1. A Coberta Exterior
Qual a diferença
das cortinas internas para as externas? A coberta exterior era rústica,
contrastando com a beleza interior. Por isso, tanto as cortinas internas quanto
as externas revelam tipologicamente a figura de Jesus, que, sendo Deus,
“aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6-8). Os olhos
humanos não podiam vê-lo como Deus, e sim como “o filho do carpinteiro” (Mt
13.55). Ele, no entanto, era o Verbo (a Palavra viva) feito carne (Jo
1.14).
Esta coberta era
feita de peles de animais marinhos (texugos ou golfinhos) e não tinha beleza
exterior que chamasse a atenção (ver Is 53.2). Simbolicamente, a cobertura
exterior do Tabernáculo representava a humanidade de Jesus; por isso, sendo
Deus fez-se carne (ver Jo 1.14). Uma das finalidades da coberta exterior era
resistir às intempéries climáticas do deserto e, por isso, era rústica. Essa
coberta tinha uma estrutura de madeira de cetim cortada em tábuas que servia
para as partes internas e externas (Êx 26.15-30), a qual recebia uma lâmina de
ouro que sustentava as peles estendidas sobre o Tabernáculo. As peles que
ficavam por cima de tudo eram de um animal aquático identificado como texugo,
mas, de fato, eram de foca ou golfinho. Quem olhasse para a Tenda do lado de
fora nada veria de especial, porque essa coberta era parecida com a cor do
deserto, ou seja, não tinha beleza alguma. Essa tenda é um tipo de Jesus quando
se fez homem, cumprindo, assim, a profecia de Isaías 53.2: “Porque foi subindo
como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem
formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza havia, para que o
desejássemos”.
2. As Cortinas Internas
Indiscutivelmente,
as cortinas internas do Tabernáculo feitas com linho retorcido branco, estofo
azul, púrpura e carmesim revelavam, tipologicamente, o caráter de Jesus. O
linho retorcido é um símbolo de justiça (ver Ap 19.8). Por baixo da primeira
cobertura de peles, eram colocadas peles de carneiro tingidas de vermelho (ver
Êx 26.14), que representam a Cristo em seu sacrifício na cruz do Calvário. A
cor vermelha representa o seu sangue, que remiu nossos pecados. Ainda por baixo
das peles de carneiro de cor vermelha, havia outras peles que eram de cabra, e
eram brancas, sem ser tingidas (26.7-13), e elas falam da pureza do Senhor
Jesus e da sua justiça perfeita para com os que confiam nEle e no seu sangue
(ver 2 Co 5.21; Fp 3.9). Por último, havia uma quarta cortina que podia ser
vista apenas do lado de dentro do Tabernáculo. Ela era feita de linho branco e
fino com bordados das figuras de querubins (ver Êx 26.1-6) e tinha as cores de
púrpura, escarlate e azul. A visão que se tinha dessa cortina interna lembrava
o céu de glória. As figuras de querubins, impressas e bordadas naquela cortina,
representavam tipos de seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus. As
cores eram branco, azul, carmesim e púrpura. As cortinas e cobertas do
Tabernáculo significavam a morada de Deus e tipificavam o próprio Senhor Jesus,
por cujas características a obra redentora de Cristo está expressa e que, em
seu conjunto, nos fala claramente daquEle que é nossa cobertura perfeita, pois
foi Ele quem cobriu o nosso pecado com seu sangue (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8). O
azul é a cor celestial, símbolo do céu; todavia, os fios entrelaçados de
púrpura falam da realeza de Cristo, pois Ele é o Rei dos reis e Senhor dos
senhores.
Texto extraído da
obra “O TABERNÁCULO”,
editada pela CPAD.
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Adentrando ao Tabernáculo, nos deparamos com um
cortinado, confeccionado com múltiplas cores. É justamente sobre essas cortinas
que estudaremos na aula de hoje. Inicialmente, destacaremos sua composição, em
seguida, nos voltaremos para seu significado, fazendo aplicações em relação às
cores. Ao final, lembraremos que a multiforme graça de Deus opera na igreja,
através do Espírito Santo, como lhe apraz, com dons espirituais e ministeriais.
I. AS
CORTINAS
O Tabernáculo era coberto com cortinas, sendo uma
cobertura interior e a outra exterior. Essa cobertura era feita de peles de
animais marinhos, sustentada por vigas de madeira de acácia, forrada com ouro.
As cortinas internas eram feitas de peles de carneiro, bem como de peles de
cabras brancas, havia ainda uma cortina que podia somente ser vista do lado de
dentro, feita de linho branco e fino, com bordados das figuras de querubins. As
cores desse cortinado era púrpura, escarlate e azul. Essas cortinas, além de
seu efeito estético, tinha também a função de separar, de controlar o acesso.
Nem todos podiam adentrar a determinadas partes daquele santuário, contemplá-lo
da parte de dentro era uma prerrogativa do ofício sacerdotal. Essa cortina
fazia separação entre o pecador e a santidade de Deus. Apenas o sumo-sacerdote,
uma vez por ano, poderia adentrar ao Santo dos Santos. As cortinas impediam o
acesso as partes mais singelas do Tabernáculo.
II. CORES E
SIGNIFICADOS
Existe uma ciência da linguagem que estuda as
cores, trata-se da semiótica ou semiologia. Os estudiosos dessas áreas
investigam os significados que determinadas cores têm nas culturas. A cor
vermelha, por exemplo, pode ser relacionada a uma ideologia, mas isso depende
do contexto sociocultural. Nas Escrituras também encontramos diferentes cores,
algumas delas têm significado especial, se considerarmos o contexto, e o
próprio sentido atribuído pelo texto bíblico. As cores das cortinas do
Tabernáculo carregam significados, que podem ser lembrados ao longo desse
estudo: o azul lembra a cor do céu, ressaltando a provisão divina, que vem de
cima. O próprio Cristo, que veio do céu, e habitou no meio de nós (Jo. 1;14). A
cor púrpura tem a ver com realeza, o Senhor Jesus Cristo deve ser lembrado como
o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.11-16). A cor escarlate projeta o
sangue, tanto o daqueles animais, quanto o do próprio Cristo, derramado pelos
pecadores (Ap. 19.13)
III. A
MULTIFORME GRAÇA DE DEUS
As diferentes cores do Tabernáculo lembram a
multiforme graça de Deus (I Pe. 4.10). A graça é o favor imerecido de Deus aos
pecadores, ninguém é salvo pelo que faz ou deixa de fazer (Ef. 2.8), pois todos
pecaram e foram destituídos da glória de Deus (Rm. 3.23), mas o dom gratuito de
Deus é a vida eterna, por intermédio de Cristo Jesus (Rm. 6.28). Há uma
tendência das pessoas quererem padronizar a forma de Deus agir na igreja, é bem
verdade que Jesus é o Único Caminho e Salvador (Jo. 16.4; At. 4.12; I Tm.
2.3-6), mas o Espírito Santo atua na igreja com muitos dons, de acordo com Sua
soberana vontade (I Co. 12.6). Existem muitas “cores” na igreja, e Deus usa as
pessoas de maneira diferente, respeitando suas individualidades, a fim de
cumprir Seus desígnios. É humano querer padronizar todos, e querer que as pessoas
sejam iguais na igreja. Precisamos aprender a lidar com a diferença, desde que
mantenhamos unidade no essencial.
CONCLUSÃO
O Tabernáculo de Deus é a Igreja do Deus Vivo, e
Ele atua pelo Seu Espírito, a fim de conduzir a Noiva para o encontro triunfal
com o Noivo. Quando Cristo morreu na cruz do calvário, o véu se rompeu de alto
a baixo (Mt. 27.51-53). Quando Ele subiu, entregou dons aos homens e as
mulheres, esses não devem ser confundidos com cargos, mas com a multiforme
graça de Deus, para a edificação do Seu corpo (I Co. 12; Ef. 4.11).
José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog
subsidioebd.blogspot.com
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
As cortinas do Tabernáculo têm
muito a dizer-nos acerca da maravilhosa obra redentora de Cristo. Pelas suas
estruturas, simbologia e cores, veremos como esse utensílio importante do
Tabernáculo se fez figura e estímulo para adentrarmos à presença de Deus de
maneira confiante e ousada.
“Quando Adão e Eva viviam no jardim, estavam na
presença absoluta de Deus. Depois de sua transgressão foram expulsos, separados
da presença de Deus. Querubins com uma espada flamejante estavam posicionados a
leste do jardim para impedir seu retorno e para impor a separação da presença
de Deus. Homens poderiam oferecer sacrifícios a Deus, poderiam orar a ele, mas
o caminho para a sua presença permaneceria fechado. Os querubins, embora não
estivessem mais visíveis, permaneciam em guarda. E esta separação permaneceu
por gerações. Quando Moisés recebeu a lei no Monte Sinai, essa lei incluía
instruções para a construção do tabernáculo, entre essas instruções estava a
confecção de uma cortina ou véu (Êx 26.30-35). O propósito desta cortina era
estabelecer uma divisão entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos. No Santo
Lugar estavam o candelabro, a mesa para o pão da proposição e o altar do
incenso. No Lugar Santíssimo estava a arca da aliança, coberta pelo
propiciatório, sobre a qual dois querubins guardavam a presença de Deus. Este
era o lugar onde Deus tornava visível sua presença e de onde falava a Moisés. O
véu que dividia o Santo Lugar do Lugar Santíssimo era bordado com querubins,
representando os querubins a leste do Éden, mantendo a humanidade longe da
presença de Deus. Mas uma mudança aconteceu. A proibição absoluta de entrar na
presença de Deus agora já não era tão absoluta. A porta para a presença de Deus
que tinha sido tão firmemente fechada no Éden agora apresentava uma fenda. Era,
na verdade, ainda uma fenda muito pequena, mas era uma fenda verdadeira. Agora
o sumo sacerdote, uma vez por ano, acompanhado pela fumaça que se levantava do
incenso, e pelo sangue dos sacrifícios, podia entrar no Lugar Santíssimo (Lv
16). Ele poderia entrar no lugar da presença de Deus.” (VOLTEMOSAOEVANGELHO) –
Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!
I. AS
COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO
Embora fosse
complexa em detalhes e específica nos materiais e cores, a estética do
Tabernáculo tinha de apresentar uma leitura fácil, pois a montagem e
desmontagem do santuário tinham de ser de acordo com a simplicidade do
cotidiano da vida no deserto. As cobertas e as cortinas do Tabernáculo estavam
assim classificadas:
1. A
coberta exterior. A coberta era feita de peles de animais marinhos (texugos ou
golfinhos). O desenho não expressa beleza exterior ou algo que chamasse a
atenção. Tratava-se de um material para resistir as intempéries do deserto; era
rústico. A estrutura na qual repousava a coberta era feita de madeira de acácia
e revestida com ouro para sustentá-la (Êx 26.18-30). Ora, imagine uma estrutura
de madeira de acácia forrada com ouro por dentro e coberta de peles de animais
diversos por fora. Assim era o Tabernáculo. É inevitável não correlacionar a
estética exterior do Tabernáculo com a humanidade do nosso Salvador, Jesus
Cristo, que se fez carne entre nós (Jo 1.14). A profecia de Isaías acerca da
humanidade de Jesus é vívida: “Porque foi subindo como renovo perante ele e
como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós
para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” (53.2).
A coberta com peles finas eram feitas com couro de
um animal conhecido como Texugo (Espécie de animal marinho (Ez 16.10)) - O
texugo não é nativo do norte da África, a tradução do hebraico takhashpor
"texugo" é uma conjectura muito improvável, é aplicado com alguma
imprecisão a vários animais marinhos, como focas, dugongos, golfinhos, tubarões
e lobos marinhos. Eles formaram a cobertura externa do Tabernáculo. A coberta
de peles de texugos foi a coberta mais visível pelo lado de fora. Não era
bonita, nem formosa, mas foi muito útil. Sem dúvida alguma, essas peles de
Texugo apontam para Isaías 53.2 – “terra seca... nenhuma beleza havia que
nos agradasse”. O servo surgiria em condições humilhantes e não se vestiria
com nenhuma das vestes características da realeza, permitindo que sua identidade
fosse perceptível apenas aos que o olhassem com os olhos da fé.
2. As
cortinas internas. Por baixo da coberta exterior havia uma coberta de peles de carneiro
tingidas de vermelho (v.14). Por debaixo das peles de carneiro, havia outras
cortinas feitas de peles de cabras brancas, sem ser tingidas (26.7-13). Por
último, havia uma quarta cortina que podia ser vista somente do lado de dentro
do Tabernáculo. Era uma cortina feita de linho branco e fino com bordados das
figuras de querubins (26.1-6). Suas cores eram púrpura, escarlate e azul. A
visão dessa cortina lembrava o céu de glória (Jo 14.1-3).
Toda essa imagem nos
aponta alguns símbolos importantíssimos:
As cores: Azul, Púrpura, Carmesim e a Branca do
linho fino apontam para Cristo, e para àquele que está em Cristo.
“Elas simbolizam o caráter de Jesus. Deus mandou
fazer as cortinas de linho retorcido, estofo azul, púrpura e carmesim.
O linho retorcido é símbolo de
justiça, o termo aqui é no sentido de ‘ser justo’ (Ap 19.8). O linho retorcido
apontava para alguém que haveria de ter a natureza perfeita. Esse alguém seria
sem sombra de dúvida Jesus Cristo. N’Ele seria encontrada a retidão desejada
por Deus.
O linho retorcido das cortinas do
Tabernáculo também representa a humanidade perfeita de Jesus. Entrar no
Tabernáculo a ver as cortinas de linho retorcido, com fios de azul, púrpura e
carmesim, era ver, pela fé, toda a beleza que estaria presente no Segundo
Homem.
O azul é cor celestial, é símbolo do
Céu. E os fios de púrpura entrelaçados na cortina, tornou-se símbolo de
Realeza. A púrpura era um tecido caríssimo, usado somente pelos ricos, pelos
nobres, tecido próprio dos reis.
Jesus Cristo é Rei, conforme
simbolizado pela púrpura.
Os fios carmesim (escarlate)
tornaram-se o símbolo do sofrimento. O carmesim era obtido mediante o
esmagamento de um molusco.
O azul, a púrpura e o carmesim
apresentam Jesus como o Filho de Deus, e como Rei sobre todas as coisas, mas
que deveria seguir o caminho da cruz para realizar a redenção da humanidade.” (ESCOLADABIBLIA)
1) a coberta tingida
de vermelho aponta para Cristo e seu sacrifício na cruz, pois o vermelho é o
símbolo do sangue de Cristo para a remissão do pecado;
A cor vermelha ou carmesim aponta para o sacrifício
(Ap 5.9-10; Nm 19.6; Lv 14.4; Hb 9.11-14, 19, 23, 28). A cor carmesim, pelas
escrituras, e especialmente quando se refere a Cristo, manifesta o Cristo
Sacrificatório e a Sua humildade. A cor carmesim, para os usos no tabernáculo
foi conseguida do corpo da fêmea do “coccus ilicis” - um verme (Sl 22.6), a
palavra hebraica para escarlata e carmesim). É interessante notar que o nome
‘Adão’, é uma palavra babilônica, cujo significado é ‘vermelho’, por ser feito
da terra (#0121, Strong’s).
2) as cortinas
feitas de peles de cabras brancas, sem serem tingidas, revela uma ideia de
pureza e justiça do nosso Salvador (2 Co 5.21; Fp 3.9); 3) a última cortina
revela a natureza dos seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus.
Assim, o Tabernáculo tipificava a morada de Deus e as características
redentoras e salvíficas expressas na obra expiatória de Jesus Cristo (Sl
32.1,2; Rm 4.6-8).
A cor branca do linho fino é emblemática da
perfeição, pureza, e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no
sangue de Crist (Ap 7.9-17; Sl 132.9). A cor branca refere-se ao efeito da obra
de Cristo no lugar do Seu povo. Ele os faz perfeitos, santos e justos,
propícios para serem na presença de Deus. Ap 7. 9-17: “Depois destas coisas
olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as
nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o
Cordeiro, trajando vestes brancas … (Ap 19. 7-9). Deus veste Seus sacerdotes de
justiça, como são vestidos os sacerdotes do tabernáculo (Ex 28.39; Sl 132.9; Zc
3.3,4). Não podemos pensar que tenhamos a justiça de Deus se estamos fora de
Cristo. Temos que ser lavados pelo Seu sangue se esperamos ser redimidos da
nossa vã maneira de viver (I Pd 1.18,19). Entramos em Cristo pelo
arrependimento dos pecados e fé no sacrifício de Cristo em nosso lugar. Nessa
maneira o pecador é feito limpo, perfeito, puro e justo diante de Deus. Está
nEle? Se arrependa e creia nEle já! De outra maneira as suas vestes sujas
continuam e no fim, será lançado “nas trevas exteriores; ali haverá pranto e
ranger de dentes” Mt 2.13. (NUCLEODEAPOIOCRISTAO)
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Ao introduzir o assunto acerca da coberta e das
cortinas, reproduza a imagem desta página. Enfatize aos alunos o cortinado do
pátio, a coberta exterior sobre o santuário e as cortinas internas. Essa imagem
reforçará a ideia sobre a estética do santuário divino.
Todo o cortinado do Tabernáculo era colorido. As
cores sempre tiveram uma significação especial na cultura do povo judeu. A
diversidade dessas cores, bem como a matéria-prima material, apontava para uma
completude salvívica.
Refletir sobre a completa obra da salvação é o nosso
objetivo. Por isso a a imagem abaixo está disponível para guiar os alunos neste
entendimento.
É uma maravilhosa oportunidade para refletir sobre a salvação.
II. O
CORTINADO DO PÁTIO DO TABERNÁCULO
1. A
simbologia descritiva das cortinas do Tabernáculo. Descrever a importância das
cortinas do Tabernáculo e não considerar seu valor espiritual e tipológico
significa ignorar o propósito integral do texto narrativo acerca do santuário.
Ora, a precisão dos detalhes de cada peça e material usados para construir o
Tabernáculo servia de ensino das verdades acerca das coisas espirituais. Por
isso, a madeira, metais, tecidos e tintas especiais usadas no Pátio do
Santuário remontam a uma tipologia singular com relação a pessoa e obra de
Jesus, o Senhor e Redentor nosso.
A tipologia é um tipo especial de
simbolismo. (Um símbolo é algo que representa outra coisa.) Podemos definir um
tipo como um "símbolo profético" porque todos os tipos são
representações de algo ainda futuro. Mais especificamente, um tipo nas Escrituras
é uma pessoa ou coisa no Antigo Testamento que prenuncia uma pessoa ou coisa no
Novo Testamento. Por exemplo, o dilúvio dos dias de Noé (Gênesis 6-7) é usado
como um tipo de batismo em 1 Pedro 3:20-21. A palavra para tipo que Pedro usa é
figura” (GOTQUESTIONS).
É importante que se diga que o Tabernáculo seria algo que homem algum jamais
teria imaginado. Foi construído para que as verdades fundamentais no Novo
Testamento fossem compreendidas. Cada detalhe e objeto falava da obra redentora
de Jesus Cristo. Glória a Deus! Jesus, como sumo sacerdote de uma nova
dispensação, abriu caminho para Santo dos Santos a todos os crentes, porque o
véu de separação foi rasgado de cima abaixo, na ocasião da sua morte na cruz
(Hb 9.6-14).
2. O
significado de separação. O ambiente entre a cerca e o Tabernáculo era o pátio. Havia um
cortinado branco de linho fino torcido que tinha por objetivo fazer a separação
dos pecadores. Para adentrar ao Pátio, o pecador deveria levar a sua oferta
pelo pecado. Assim, as cortinas faziam a separação entre o santo e o profano
(Êx 38.9-13). Nesse sentido, a imagem do cortinado de linho torcido simboliza a
pureza de Deus num mundo de impurezas. É o símbolo da santidade e pureza de
Jesus, pois, como homem, nosso Senhor não teve mácula, conforme Ele mesmo
indagou de seus opositores: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46).
Aqui, há uma distinção importante que deve ser feita em relação à Antiga
Aliança: na Nova Aliança, a Igreja de Cristo não se fecha dentro de uma
“cerca”, mas está pronta para receber qualquer tipo de pecador, uma vez
arrependido, que confessa o senhorio de Jesus Cristo em sua vida.
A tenda e seus objetos apontam para Cristo. Olhando
de longe, vê-se um cercado em forma de retângulo demarcado por uma cortina (50m
x 25m) de linho branco (pureza e santidade), com 2,5m de altura, sustentado por
60 firmes colunas, apoiadas em base de cobre (Ex 27:9 e 12). Por cima da cerca
ainda se pode ver o teto da tenda, que está do lado de dentro deste cercado.
Não havia exteriormente beleza alguma (Is 53.2-3). Dentro desse cercado de
linho branco, chamado de Átrio ou Pátio, podia-se ver em sua primeira metade o
Altar de Holocausto; mais à frente a Pia de Bronze cheia de água. Na segunda
metade desse Pátio ficava uma espécie de casa que seria exatamente a tenda.
3. O
significado de santidade. Santidade é a separação absoluta do pecado e dedicação exclusiva a
Deus. Por isso, as cortinas da cerca do Pátio e do Tabernáculo, bem como tudo
dentro dele, revelam santidade. Não podemos jamais desconsiderar a seriedade do
chamado para vivermos uma vida santa. Os tempos atuais nos desafiam a viver um
estilo de vida na presença de Deus, manifestando a santidade e a pureza de
Cristo Jesus. Ter a consciência da santidade bíblica significa ter a disposição
para viver na contramão do mundo (1 Jo 2.15).
Dependendo do
contexto onde o vocábulo está inserido, ele adquire significados distintos. Em
relação ao atributo divino, Santidade é a pureza perfeita de Deus, que não tem
mancha alguma de pecado. A Bíblia diz que Deus é santo. Esse é Seu caráter.
Deus é perfeito, Ele não tem falha nem erro algum. O pecado nem sequer pode
entrar em Sua presença! Somente o que é santo pode se aproximar de Deus (Hb
12:14). Na Bíblia, santidade também pode significar a dedicação a Deus, se
afastando da impureza do pecado, e nesse sentido, todo crente é chamado para
ser santo. Uma ausência de amor ao mundo deve ser a característica habitual da
vida de amor daqueles que são considerados genuinamente nascidos de novo.
"Amor" aqui significa afeto e devoção. É Deus, e não o mundo, que
deve ter o primeiro lugar na vida do cristão (Mt 10.37-39; Fp 3.20). É
importante lembrar que quando se faz referência à ‘mundo’, não se
trata do mundo físico e material, mas do sistema espiritual invisível do mal
dominado por Satanás (2Co 10.3-5) e tudo o que ele oferece em oposição a Deus,
à sua Palavra e ao seu povo (1Jo 5.19; Jo 12.31; 1Co 1.21; 2Co 4.4; Tg 4.4; 2Pe
1.4). Ou somos cristãos genuínos cuja marca é o amor e a obediência a Deus ou
seremos cristãos em rebelião contra Deus, ou seja, apaixonados e escravizados
pelo sistema mundano controlado por Satanás (Ef 2.1-3; Cl 1.13; Tg 4.4). Não há
meio-termo entre essas duas alternativas para alguém que se diz nascido de
novo. Os falsos mestres não tinham esse tipo de amor singular, mas se dedicavam
à filosofia e à sabedoria do mundo, revelando, com isso, o seu amor pelo mundo
e a sua condição de não salvos (Mt 6.24; Lc 16.13; ITm 6.20; 2Pe 2.12-22)
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Santificados pela Cruz
Jesus
ainda faz a mesma oração hoje em dia, para que todo crente seja santificado. A
santificação nos torna um com o Senhor Jesus (Hb 2.11) e nos faz santos como
Jesus.
Paulo
escreve em 1 Tessalonicenses 4.3: ‘Esta é a vontade de Deus, a vossa
santificação’. Assim, é da vontade de Deus que todas as almas sejam salvas de
todos os pecados – os atuais e o original. Os pecados atuais são os que
cometemos voluntariamente, ao passo que o pecado original é o que herdamos do
primeiro Adão. Todo pecado é limpo pelo sangue de Jesus Cristo. Temos de morrer
para o velho homem. ‘Sabendo isto: que o corpo do pecado seja desfeito, a fim
de que não sirvamos mais ao pecado’ (Rm 6.6). Deus está chamando o seu povo à
verdadeira santidade nestes dias. Agradecemos a Ele pela bendita luz que está
nos dando. ‘De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra,
santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra’ (2 Tm
2.21). Ele quer dizer que temos de ser purgados da impureza e de todos os tipos
de pecado. A santificação nos torna santos e destrói a linhagem do pecado, o
amor ao pecado e a carnalidade. Ela nos purifica e tornamos mais brancos que a
neve” (SEYMOUR. Devocional: O Avivamento da Rua Azusa. Série:
Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.123-22).
III. AS
CORES DAS CORTINAS DO TABERNÁCULO
“1. O significado especial das cores. As cores usadas na estrutura do Tabernáculo tinham um significado
especial. Por meio delas, o povo de Israel perceberia o símbolo da manifestação
da glória de Deus nos sacrifícios que fossem apresentados.
Havia uma ordem em que as cores eram mencionadas:
(1) azul; - Aponta para o Céu, de onde veio
e para onde retornou o Senhor Jesus Cristo. Tipifica sua "divindade"
e está presente no livro de João. A genealogia não é apresentada, pois Deus não
tem ascendência. Ele existe para sempre.
(2) púrpura; - Cor da realeza. O evangelho de Mateus cita Jesus como o "Filho de
Davi", enfatizando que Jesus é o nosso Rei. Todo soberano deve provar sua
descendência real, e isto é feito em sua genealogia.
(3) carmesim; - Cor de sangue e aponta para
Jesus como "servo sofredor". Marcos destaca esta condição em seu evangelho.
Aqui não há genealogia, o destaque é para o "servo".
(4) branco. - Lembra a pureza e a santidade
de Cristo, salientado por Lucas. Este é o evangelho do Filho do Homem. Jesus é
mostrado como o "homem perfeito", e seu caráter justo. Apresenta a genealogia
do homem ilustre e nobre.
Essas cores estavam na
porta de entrada que dava acesso ao lugar sagrado, onde, por meio do ministério
do sacerdote, o pecador encontrava-se com Deus. Assim, toda vez que alguém
entrava por essa porta, deparava-se com a simbologia das cores. Para nós, os
discípulos de Cristo, essas cores apontavam para a obra de Cristo que envolve a
remissão do passado, do presente e do futuro. É a obra completa da salvação.
Nos dois
reposteiros (cortinas) do átrio e da tenda, aparecem as mesmas cores: púrpura,
carmesim, branco e azul. Todas essas cores apontam para Jesus e são descritas
nos quatro evangelhos.
2. A cor azul celeste
(Êx 27.16). É uma
cor que remete ao céu e indica a origem celestial de Cristo e sua divindade.
Nosso Senhor era verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele veio do céu,
mas fez-se homem na Terra (Jo 1.14). Depois da sua ressurreição e vitória
contra a morte, Ele foi recebido no céu, reavendo aquela mesma glória de antes
que o mundo existisse (Jo 17.5 cf. Fp 2.5-11; Ef 1.20-23). Por intermédio do
Espírito Santo, nosso Senhor edifica e zela pela sua Igreja, a Noiva em que um
dia brevemente buscará (Hb 12.24; Jo 17.9,20; Rm 8.34; 1 Ts 4.16,17).
- A cor Azul aponta para Cristo, o celestial, de
natureza divina; Em João 1.14, a palavra "tornou-se" enfatiza Cristo
assumindo a humanidade (Hb 1.1-3; 2.14-18). Esse fato é certamente o mais
profundo de todos porque indica que o infinito tornou-se finito; o Eterno foi
conformado ao tempo; o Invisível tornou-se visível; o Ser sobrenatural
reduziu-se ao natural. Na encarnação, entretanto, o Verbo não deixou de ser
Deus, mas tornou-se Deus em carne humana, ou seja, plena divindade em forma
humana como um homem (1Tm 3.1b), e não somente isso, mas veio e
tabernaculou/habitou - significa "fincar o tabernáculo" ou
"morar numa tenda". O termo lembra o tabernáculo do Antigo
Testamento, onde Deus se encontrava com Israel antes do templo ser construído
(Êx 25.8), onde "falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer
fala a seu amigo'' (Êx 33.11). Na nova dispensação, Deus escolheu habitar
entre o seu povo de uma maneira muito mais pessoal, tornando-se homem. Quando o
tabernáculo foi concluído, a gloriosa presença de Deus encheu toda a estrutura
(Êx 40.34; cf. I Rs 8.10); Quando o Verbo se tornou carne, a gloriosa presença
da divindade estava incorporada nele (Cl 2.9). Havendo completado a sua obra,
Jesus olhou para além da cruz e pediu para ser retornado à glória da qual
participava com o Pai antes da criação do mundo. O ponto final de suportar a
ira pelos pecados foi declarado por Cristo no brado: "Está consumado"
(Jo 19.30).
3. A cor púrpura (Êx
27.16). A
púrpura era um tecido roxo obtido de moluscos que estão no fundo dos mares. É
uma cor que remete à ideia de realeza e que aponta para o futuro. Em relação a
Cristo, a cor é uma figura da realeza e divindade de Jesus (Ef 1.20,21), bem
como a sua manifestação triunfal para implantar o Reino Milenial (Sl 110; Is
9.6; Lc 1.32). O nosso Deus jamais perdeu o controle da história!
A cortina de cor púrpura aponta para Cristo o Rei.
Em Efésios 1.20,21, esse mesmo poder que ressuscitou Jesus da morte e o elevou
de volta pela ascensão para a glória a fim de fazê-lo sentar-se à direita de
Deus, é dado a todo cristão no momento da salvação e está sempre disponível (At
1.8; Cl 1.29). Paulo, portanto, não ora para que o poder de Deus seja dado aos
cristãos, mas para que eles se conscientizem do poder que já possuem em Cristo
e façam uso dele. Paulo queria que os crentes entendessem a grandeza de Deus
comparada a outros seres celestiais. "Principado, potestade, poder e
domínio" eram os termos tradicionais judaicos para designar seres
angelicais que tinham unia alta posição no exército de Deus. Deus está acima
deles todos (cf. Ap 20.10-15).
4. A cor escarlate
(carmesim) (Êx 27.16). O
carmezim é uma cor de sangue, vermelho vivo. Se, por um lado, a cor projeta o
vitupério do Calvário e o triunfo da obra salvífica de Cristo, por outro, ela
aponta para a glória vindoura do reinado do “Rei dos reis e Senhor dos
senhores” (Zc 14.9; 1 Tm 6.14,15; Ap 19.11-16). Nosso Senhor sofreu, foi ferido
e derramou seu sangue remidor como nos revela Apocalipse 19.13: “E estava
vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a
Palavra de Deus”.
-.A cortina carmesim/escarlata aponta para Cristo o
Sofredor. Sua morte. Esta cor foi obtida de um bichinho de cor escarlata. Foi
esmagado para fornecer o corante. Quando Jesus descer dos céus outra vez para
reinar (Ap 11.1), haverá apenas uma religião no mundo inteiro durante se
reinado milenar. O Senhor governará com cetro de ferro (Ap 19.15) e eliminará
as religiões criadas por Satanás. Será o cumprimento final:
(1) da aliança abraâmica segundo a.qual ele daria origem ao povo judeu,
a nação de Israel, e da terra que daria a Abraão;
(2) da aliança davídica com sua promessa de um rei da tribo de Judá e da
continuidade da linhagem de Davi e
(3) da nova aliança que oferece a esperança de redenção espiritual para
judeus e gentios. Tudo isso se cumprirá no Senhor Jesus Cristo e por meio dele.
O manto tinto de sangue de Cristo simboliza as
grandes lutas que ele já enfrentou contra o pecado, Satanás e a morte, e seu
manto foi manchado com o sangue dos seus inimigos.
5. A cor branca do linho torcido. Em ponto anterior, tratamos dessa cor para falar da santidade de Cristo.
Num sentido especial, o linho torcido é o tecido rústico e batido que lembra a
humanidade de Jesus e seu sofrimento em nosso lugar. Lembra também o fato de
que a morte de Cristo tornou-se o fundamento da justiça em nosso favor (1 Pe
1.18,19; Ap 1.5).
A cortina na cor branca aponta para Cristo o Puro,
Imaculado. Fomos resgatados, ou seja, comprados mediante pagamento para
livrar-nos da escravidão; fomos postos em liberdade mediante o pagamento de um
resgate. "Resgate" ou "redenção" era um termo técnico que
se aplicava ao dinheiro pago para comprar a liberdade de um prisioneiro de
guerra. Em 1Pe 1.18,19 é usado como referência ao preço pago para comprar a
liberdade de alguém que é escravo do pecado e está sob a maldição da lei (ou
seja, a morte eterna, - Gl 3.13). O preço pago a um Deus santo foi o sangue
derramado de seu próprio Filho (cf. Cx 12.1-13; 15.13; Sl 78.35; At 20.28; Rm
3.24; Cl 4.4-5; Ef 1.7; Cl 1.14; Tt 2.14; Hb 9.11-17). Por isso mesmo Jesus é o
Primogênito; De todos os que foram ou serão ressuscitados dos mortos, ele é o
proeminente, o único herdeiro legal (cf. 3.14; SI 8 9.27; Cl 1.15).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Até à Morte
Chegamos
à última noite da vida do Senhor. Ele está com os discípulos no Cenáculo. Aqui
acontecerá o ato final entre eles, a consumação de toda a sua vida. Há um
detalhe nesse ato que o Senhor não deixou claro para muitos.
Eles
se sentaram em volta da mesa para cearem. Jesus tomou o pão, partiu-o e os
instruiu a tomar e comer. O que Ele quis dizer com isso? Considerando que Ele
estava presente na carne, qual foi o significado de partir o pão?
Através
deste ato, o Senhor Jesus Cristo declarou diante de Deus, diante dos anjos e
diante dos homens que Ele não hesitaria em morrer pelo mundo. Não havia
limites. Ele seria fiel até à morte.
Assim
como Ele tinha sido fiel em vida e vivido cada dia consciente de tudo o que
acontecia ao seu redor, agora Ele cravaria o seu inteiro na cruz. Seria fiel até
à morte.
O
real propósito de tornar-se cristão não é tão somente ser salvo do inferno e ir
para o céu. É tornar-se filho de Deus, assumir o caráter de Jesus Cristo para
permanecer diante dos homens, e, caso necessário, até ser sentenciado à pena
máxima, à morte, recusando-se a pecar, não aceitando curvar a cabeça diante de
Satanás, preferindo morrer a desonrar o Filho de Deus.
Se
o caráter de Jesus Cristo entrou em você e em mim, então, em termos de
propósito, isso nos tornou como Ele. Fez-nos de fato como Ele. Bendito seja
Deus! O seu Espírito nos é dado. Bendito seja Deus! O seu Espírito nos é dado.
Bendito seja Deus por essa mesma fidelidade inextinguível que caracterizou o
Filho de Deus” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do
Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.51-52).
CONCLUSÃO
O
autor da Epístola aos Hebreus exorta-nos a chegar com confiança ao trono da
graça, pois assim alcançaríamos misericórdia e acharíamos graça para, num tempo
oportuno, sermos auxiliados (4.16). Jesus, o Sumo Sacerdote perfeito, deu-nos
esse privilégio para desfrutarmos da presença santa de Deus mediante a fé. Não
tenhamos receio de adentrar a presença santa do Pai!
Os governantes antigos, em sua maioria, não eram
acessíveis para ninguém que não fizesse parte de seus principais conselheiros
(Et 4.11). Em contrapartida, o Espírito Santo pede a todos que se acheguem com
confiança ao trono de Deus para receber misericórdia e graça por meio de Jesus
Cristo (Hb 7.25; 10.22; Mt 27.51). A arca da Aliança era vista como o lugar na
terra onde Deus se assentava em seu trono entre os querubins (2Rs 19.15; Jr
3.16-17). Foi no trono de Deus que Cristo fez expiaçâo pelos pecados, e é ali
que a graça é dispensada aos cristãos para todas as questões da vida (2Co 4.15;
9.8; 12.9; Ef 1.7; 2.7). Quando os evangelistas registram que após a morte de
Jesus o véu do Templo se rasgou, estão indicando que, cumprida a missão de
Jesus naquele momento, Deus abriu o acesso, através de Jesus Cristo, à Sua
presença. O véu foi rasgado e o acesso a Deus foi aberto. Agora já não somos
mediados por Sumos Sacerdotes, mas cada crente em Jesus Cristo é um sacerdote e
tem livre acesso à presença de Deus (1Pd 2.9). Somos mediados apenas por Jesus
Cristo, ou seja, cada um de nós agora pode se dirigir diretamente a Deus,
buscando o perdão dos pecados, sem a necessidade de ninguém (humano) que nos
represente. Essa é uma das maiores bênção que foram dadas a nós! E por isso
ficou registrado nos evangelhos de forma preciosa essa grandiosa revelação.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a
tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome
sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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