sexta-feira, 6 de abril de 2018

LIÇÃO 2: ÉTICA CRISTÃ E IDEOLOGIA DE GÊNERO



SUBSÍDIO I

Ética Cristã e Ideologia de Gênero

O que é?

Em primeiro lugar, a ideia de “gênero” como construção histórica e social, segundo a consultora cultural, Marguerite A. Peeters, remonta uma fabricação intelectual, sem fundamento na realidade. O gênero proposto pelos ideólogos não é uma realidade identificável. É uma abstração da realidade, mera teoria sem lastro no dia a dia da vida. Aqui está o perigo, na verdade a sordidez de um plano “diabólico”: Forçar a “crença” numa teoria social a fim de usar, principalmente, crianças e adolescentes como cobaias humanas é de uma perversidade sem limites.

Um falso fundamento

O jornal Gazeta do Povo, do Estado do Paraná, publicou um estudo (o mais importante sobre o tema) — Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians — em que a teoria de que o gênero é uma construção social não tem base científca e que a sua aplicação na educação de crianças e de adolescentes traz danos muitas vezes irreversíveis à saúde. Ter esta consciência é importantíssimo para os que se sentem atacados por essa teoria social. Assim, a ideologia de gênero não tem base científica e, por isso, como afirmamos, este é um de muitos aspectos que confirmam sua distorção da realidade.

A trincheira da ideologia de gênero

Como toda teoria que visa alterar o comportamento social, a trincheira da ideologia de gênero é a educação de crianças e de adolescentes. Na escola é que os pais se depararão com a agressividade dessa teoria. Trata-se, sim, de uma guerra cultural e ideológica. Querem tomar a mente das crianças e dos adolescentes a fim de pôr em prática uma agenda hegemônica cultural. E a trincheira para esse plano é a Escola. Não por acaso que toda iniciativa do avanço da ideologia de gênero visou aprovar leis que obriguem a inserção do tema no Plano Nacional de Educação e nos currículos locais de educação (municípios).

O papel da igreja e da família

Na igreja e na família é onde se encontra a resistência de imposições hegemônicas. Por isso que estas duas instituições, ao longo dos séculos, sempre foram, e continuarão a ser, atacadas. A igreja e a família são instituições que devem resistir em Deus ao avanço dessa agenda. O ministério de ensino da igreja, por meio do discipulado cristão, e a vivência da família segundo os preceitos das Sagradas Escrituras são o antídoto para proteger a nossa geração.

Revista Ensinador Cristão, ano 19 – nº 74, p.37. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Nesses últimos anos, o embate se acirrou entre evangélicos e ativistas homossexuais, tal confronto tem resultado em excessos de ambos os lados. A fim de tentar moderar esse conflito, discutiremos a respeito do assunto, evitando os extremos comuns nessa disputa ideológica. Inicialmente, discorreremos sobre o gênero, e suas ideologias; em seguida, refletiremos sobre o drama daqueles que lutam contra a homossexualidade, especialmente seus familiares; e ao final, destacaremos a importância de demonstrar amor, ao invés de ódio pelos homossexuais.
                                                                                                       
1. O GÊNERO E AS IDEOLOGIAS  

O conceito de gênero é bastante complexo, e é percebido de maneira diferente no contexto das ciências sociais. Para tratar sobre a categoria de gênero, faz-se necessário contextualizar, para melhor orientar a discussão. O gênero pode ser gramatical, biológico e/ou sociológico. O gênero gramatical diz respeito à flexão dos substantivos, se esses são masculino, feminino, em algumas línguas, neutro. Biologicamente, o gênero pode ser masculino ou feminino, determinado pelo órgão sexual, sendo macho ou fêmea. O gênero sociológico está relacionado à identificação, ou seja, a como as pessoas se veem e são percebidas pelos outros. A religiosidade judaico-cristã assume que o gênero é biológico-sociológico, e não concorda com aqueles que defendem um contínuo diversificado do gênero sociológico. É preciso considerar que ambas as posições têm algum fundamento, pois inicialmente Deus criou homem e mulher, o plano original no Gênesis é o da heterossexualidade. No entanto, por causa da queda, relatada em Gn. 3, a sexualidade humana, independentemente do sexo biológico, foi afetada resultando em pecado, tanto entre os homossexuais quanto heterossexuais. Os cristãos se contrapõem à defesa sociológica pela diversidade sexual denominando-a de “ideologia de gênero”. Essa opção semântica tem suas limitações, tendo em vista que ideologia é qualquer posicionamento a respeito de um assunto. Por conseguinte, a defesa dos cristãos também pode ser classificada, na perspectiva dos homossexuais, como uma “ideologia judaico-cristã”.

2. IDEOLOGIAS: conflitos e equívocos

A pauta ideológica em defesa das questões de gênero tornou-se um ponto central nos movimentos sociais mais à esquerda no Brasil. É bem verdade que essa proposta tem forte influência marxista, por outro lado, não deve servir a generalizações. Nem todos aqueles que se alinham mais à esquerda são defensores da denominada “ideologia de gênero”. Nem todos aqueles que defendem a justiça social, e se alinham ao socialismo, são “esquerdopatas”. Existem cristãos sinceros, que inclusive leem Karl Marx, e conseguem extrair pontos positivos da sua teoria. Não podemos negar, a esse respeito, que o capitalismo selvagem também é outro extremo, e não cumpre o que promete, pois nem sempre os que mais lucram dividem suas riquezas com os que nada têm. O capitalismo teórico foi projetado no contexto do iluminismo de Adam Smith, e concebia um ser humano “iluminado”, capaz de lucrar e dividir com o próximo. O plano, porém, se frustrou, por desconsiderar a realidade do pecado, e a ganância do homem caído. Por isso, como cristãos, não podemos nos identificar nem como de Direita, e muito menos de Esquerda, antes de CIMA, pois somos cidadãos dos céus (Fp. 3.20). Podemos e devemos participar das decisões políticas, mas com bom senso, visando o bem-comum da polis, sem agressões e desrespeitos. Nosso posicionamento está fundamentado na Palavra de Deus, no ápice da revelação que nos chegou através de Cristo (Jo. 1.1; Hb.1.1). Todas as ideologias humanas devem ser avaliadas pelo crivo da Palavra, e essa deve ser interpretada apropriadamente, respeitando os princípios hermenêuticos, apelando sempre ao contexto. Ao mesmo tempo, é preciso ter cuidado para não ser agressivo, principalmente no tratamento apologético, e lembrar que também devemos pastorear, sobretudo os familiares daqueles que lidam com o drama de entes que se identificam com a homossexualidade. Os pais devem ser pacientes, e amarem seus filhos, mesmo que esses deixem de professar a fé cristã, se quiserem ter alguma chance de ganhá-los para Cristo.

3. UM CAMINHO EXCELENTE

Os homossexuais, que não professam a fé cristã, podem buscar seus direitos civis, desde que respeitem e sejam tolerantes também com a visão bíblica. Há um conflito de posicionamentos tanto de um lado quanto do outro. Os cristãos querem privar os homossexuais dos seus direitos civis, e os homossexuais querem que os cristãos deixem de professar sua fé. O respeito é fundamental para o convívio, se possível, pacífico entre cristãos e homossexuais. Aqueles têm o direito de se posicionarem dentro da esfera da fé, e com base em várias passagens bíblicas, que a prática homossexual é pecaminosa. Os homossexuais, por sua vez, precisam ponderar a respeito da compreensão cristã da família. Ao Estado, por meio da sua difusão cultural, inclusive educacional, compete orientar ao respeito, e a liberdade de pensamento, sem fazer apologia a qualquer um dos lados, pautado no princípio da laicidade. Os evangélicos precisam ponderar mais no que tange à interpretação de algumas passagens bíblicas, que são abordadas de maneira descontextualizada, incitando ao ódio, e em alguns casos, à homofobia. O texto de Rm. 1.25-32, por exemplo, é uma constatação paulina de que Deus entregou o homem caído à dissolução, não um mandato para os cristãos se envolverem em uma disputa cultural. Jesus não fez alusão direta à homossexualidade, e quando o fez indiretamente, ressaltou que alguns nasceram eunucos, outros assim se fizeram por causa do reino de Deus (Mt. 19.12). Portanto, nem todos aqueles que têm traços homossexuais o são, alguns foram influenciados pelo contexto no qual foram criados. Outros têm a tendência, mas não a praticam, preferem se dedicar à fé. A igreja precisa buscar sabedoria do alto para tratar cada caso, demonstrando amor tanto pelos de dentro quanto pelos de fora.

CONCLUSÃO

Se não ganharmos os homossexuais por amor, dificilmente o faremos por meio da agressão. Há líderes televisivos, alguns deles por interesse político, que estão incitando a guerra entre homossexuais e cristãos. Devemos ponderar a respeito, e evitar excessos nessas discussões, respondendo sempre "com mansidão" a razão da nossa fé (I Pe. 3.15) . O desvio dos padrões bíblicos é o cumprimento dos últimos dias da igreja (II Tm. 3.1-5), mas não compete a esta legislar sobre os padrões do mundo, considerando que esse jaz no maligno (I Jo. 5.19). Devemos pregar a boa nova de Jesus Cristo, e dar o exemplo em amor, principalmente no casamento, como foi no princípio: heterossexual, monogâmico e indissolúvel (Gn. 1.27; Mt. 19.3-9).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Teorias sociais, que nascem em laboratórios de ciências sociais das principais universidades do mundo, ensinam que as diferenças entre os sexos são resultados da relação histórica de opressão e preconceito entre homem e mulher. A este entendimento dá-se o nome de “ideologia de gênero”. Os defensores deste conceito promovem a inversão dos valores e afrontam os princípios cristãos. Apesar de cada época apresentar desafios diferentes à fé cristã, as Escrituras advertem aos cristãos o viver em santidade em todas as épocas e culturas (1Pe 1.15,23-25).
Depois de surgir com destaque em 2014 nos debates envolvendo a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE), o termo “gênero” voltou aos holofotes no Brasil. Já estamos habituados com a grande discussão acerca da ideologia de gênero, mas não existe uma discussão acerca de sua origem. O termo GÊNERO, com conotação política e manipulação linguística, apareceu pela primeira vez na Conferência sobre as Mulheres (1995), em Pequim.
Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas”. (O que é “ideologia de gênero”? Disponível em: Gazeta do Povo; http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-e-ideologia-de-genero-0zo80gzpwbxg0qrmwp03wppl1. Acesso em:30 mar, 2018)
Shulamith Firestone, em seu livro The Dialectic of Sex (A dialética do sexo), de 1970, diz: “O objetivo definitivo da revolução feminista deve ser (…) não apenas acabar com o privilégio masculino, mas também com a distinção entre os sexos. (…) assim como o objetivo da revolução socialista era não apenas acabar com os privilégios da classe econômica, mas também com a própria distinção que existia entre as diferentes classes econômicas”.
A ideologia de gênero está sustentada e embasada nas ideias marxistas. Karl Marx, no século XIX, deixou inúmeros artigos e anotações sobre a origem da Família e da propriedade privada. Dessas anotações derivou um livro chamado A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, o qual foi organizado e complementado por Friedrich Engels – o burguês que sustentou Karl Marx até os seus últimos dias de vida. Marx dizia que não adiantava expropriar os meios de produção dos capitalistas se a instituição opressora que nutria o capitalismo ainda estava intacta, isto é, a Família Natural (homem, mulher e filhos). De acordo com Engels (1884, p. 70-71): “O primeiro antagonismo de classes que apareceu na história coincide com o antagonismo entre o homem e a mulher na monogamia; e a primeira opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino”. O tal livro foi publicado em Zurique, no ano de 1884. Décadas se passaram até que as feministas marxistas, na década de 1960, resolveram realizar estudos acadêmicos e não acadêmicos embasados nas ideias de Marx (a luta de classes passou a ser luta dos sexos).” (João Barbosa Soares Júnior – (Licenciatura em Geografia UNIFAP); A origem da ideologia de gênero. Disponível em: http://vozdametropole.com.br/a-origem-da-ideologia-de-genero/. Acesso em: 30 mar, 2018)
Tentaram programar uma política de destruição da família tradicional na extinta União Soviética, porém, sem sucesso. Os defensores desta ideia se inclinaram para as ideias de Leon Trótsky, que afirmou: “é impossível destruir a família, mas é possível substituí-la por alguma outra coisa”. Este programa de ‘transformação’ da família tradicional apareceu aos poucos e evidenciou-se com os estudos da teoria crítica dos membros da famosa Escola de Frankfurt (a autoridade da família deveria ser desconstruída, desfeita, desmontada).
O que estamos presenciando hoje, é a implementação desse programa nefasto, de origem esquerdista; seus defensores agem silenciosamente e em todos os meios disponíveis para disseminar este ‘ideal’ Trótskyssista, custe o que custar, numa descarada afronta aos valores judaico-cristãos, sob a falsa égide de ajudar a diminuir o preconceito e promover uma futura sociedade com igualdade entre as pessoas. Em todas as épocas o cristão encontrou forte oposição em ideias contrárias aos seus valores, mas nunca houve um inimigo tão perspicaz, afrontador e perigoso como esta política da ideologia de gênero. 

I. A IDEOLOGIA DE GÊNERO
                                
1. Definição de Ideologia. O termo foi desenvolvido pelo francês Destutt de Tracy (1758-1836). O conceito foi amplamente usado pelos alemães Karl Marx e Fredrich Engels, autores do Manifesto Comunista (1848). A palavra é composta pelos vocábulos gregos eidos, que indica “ideia”, e logos com o sentido de “raciocínio”. Assim, ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual, ou seja socialmente. Em sentido amplo, a ideologia se apresenta como o que seria ideal para um determinado grupo.
Como esclarecido, o termo ideologia (e não gênero) foi usado de forma marcante pelo filósofo francês Antoine-Louis-Claude Destutt, o conde de Tracy (Paris, 20 de julho de 1754 — Paris, 10 de março de 1836), filósofo, político, soldado francês e líder da escola filosófica dos Ideólogos. Criou o termo idéologie (1801) no tempo da Revolução Francesa, com o significado de ciência das ideias, tomando-se ideias no sentido bem amplo de estados de consciência.
Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais. O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy.”. (Ideologia - o que é, conceito de ideologia, exemplos, tipos. Disponível em:https://www.suapesquisa.com/o_que_e/ideologia.htm. Acesso: em: 30 mar, 2018)
O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.

2. Ideologia de Gênero. A palavra “gênero” tem origem no grego genos e significa “raça”. Na concepção da Lógica, o termo indica “espécie”. Usualmente deveria indicar o “masculino” e o “feminino”, como ocorre na Gramática. Nesse sentido, a expressão é inofensiva; porém, na sociedade pós-moderna tal significado é relativizado e distorcido em “ideologia de gênero”. Essa ideologia também é conhecida como “ausência de sexo”. Esse conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. Os ideólogos afirmam que os gêneros – masculino e feminino – são construções histórico-culturais impostas pela sociedade.
Como temos visto a defesa da "ideologia de gênero", o termo é usado por aqueles que acreditam que a ideia de que os gêneros são, na realidade, construções sociais. Para estes críticos, os gêneros "masculino" e "feminino" são construções impostas, mas que, no entanto, não são únicas, e o indivíduo deve ter o direito de escolher entre um e outro, independente do sexo com o qual tenha nascido.
A chamada "ideologia de gênero" representaria o conceito que sustenta a identidade de gênero. Consiste na ideia de que os seres humanos nascem "iguais", sendo a definição do "masculino" e do "feminino" um produto histórico-cultural desenvolvido tacitamente pela sociedade.” (Significado de Ideologia de gênero. Disponível em: https://www.significados.com.br/ideologia-de-genero/. Acesso em: 30 mar, 2018)
“Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas.” (O que é “ideologia de gênero”? Disponível em: Gazeta do Povo; http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-e-ideologia-de-genero-0zo80gzpwbxg0qrmwp03wppl1. Acesso em:30 mar, 2018)
Pierre Bourdieu em seu livro ‘A dominação masculina’ (1998), explica que temos que tratar do gênero como “costumes sexuadas”. Para ele, as três instituições permitiram esta dominação: A Família, a Escola e a Igreja – não nos deixa surpresos então, quais sejam os alvos escolhidos pelos defensores desta ideologia. A "ideologia de gênero" coloca o "gênero" como algo que pode ser mutável e não limitado, como define as ciências biológicas.

3. Marxismo e Feminismo como fonte dessa ideologia. Nos escritos marxistas a ideologia deixa de ser apenas “o conhecimento das ideias” e passa a ser um “instrumento” que assegura o domínio de uma classe sobre outra. O marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro “A Origem da família, a propriedade privada e o Estado” (1884), onde a família patriarcal é tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse modo a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), onde é afirmado que “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Assim, do contexto social marxista, que deu origem à “luta de classes”, surgiu a ideologia culturalista como sendo “luta de gêneros”, ou seja, uma fantasiosa “luta de classes entre homens e mulheres”. Nesse aspecto, a Ideologia de Gênero pretende desconstruir os papéis masculinos e femininos na sociedade atual.
A ideologia de gênero agrega o marxismo, o feminismo, o pós-modernismo e tem sido aplicada pelo feminismo. O movimento feminista apesar de ser recente, bebe das ideias marxistas, principalmente no que diz respeito à desnaturalização da subordinação da mulher, colocando o que se acredita ser a ordem natural das coisas – os papéis definidos para homem e mulher na cultura judaico-cristã, como a primeira luta de classes.
No seu livro “A origem da família”, Engels defende que a aparição da propriedade privada converte ao homem em proprietário da mulher, e esta por sua vez, vê-se explorada e oprimida pelo homem. Simone de Beauvoir, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa, dá-nos uma visão disto: “É fácil imaginar um mundo em que homens e mulheres sejam iguais, pois é exatamente o que prometeu a revolução Soviética Comunista: as mulheres, educadas e formadas exatamente como os homens, trabalhariam nas mesmas condições e com os mesmos salários; a liberdade erótica seria admitida pelos costumes, mas o ato sexual já não seria considerado como um “serviço” que se remunera; a mulher teria de assegurar outro modo de ganhar a vida; o casamento fundaria-se num livre compromisso ao qual os esposos poderiam pôr termo quando quisessem; a maternidade seria livre, isto é, autorizaria-se o controle da natalidade e o aborto, que por sua parte daria a todas as mães e aos seus filhos exatamente os mesmos direitos, estejam elas casadas ou não; as baixas por maternidade seriam pagas pela coletividade, que tomaria a seu cargo as crianças, o que não significa que elas seriam retiradas aos seus pais, mas que não seriam abandonadas”. (”Le deuxième sexe II. L’expérience vécue”, NRF, Ed. Gallimard 1949, pág.569)
Exemplos diversos mostram como esta ideologia tem sido propagada e implementada na sociedade por diversos meios, como leis e no sistema pedagógico. Também são mostrados exemplos referentes a reforma cultural e moral promovidas pelos movimentos homossexuais, feministas e socialistas na sociedade. Nesta ‘nova cultura’, os papeis ou funções do homem e da mulher seriam perfeitamente intercambiáveis e a partir de então, a família heterossexual e monogâmica, consequência natural do comportamento heterossexual do homem e a mulher, aparece como um caso de prática sexual como muitos outros que se situariam em plano de igualdade com este: a homossexualidade, o lesbianismo, a bissexualidade, o travestismo, as “famílias” recompostas, as “famílias” monoparentais masculinas o femininas, e só faltariam as uniões pedófilas ou até incestuosas.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
                               
Trabalhar corretamente o conceito de Ideologia de Gênero é muito importante para esta aula. Por exemplo, deve-se ressaltar que a Ideologia de Gênero não se alimenta apenas de um sistema ideológico, mas de vários. Não é correto dizer, por exemplo, que a Ideologia de Gênero é somente uma proposta do Marxismo, apesar deste sistema de ideias a alimentar, entretanto, não é só ele o responsável pelo advento dessa ideologia. A especialista em ideologia de Gênero, Marguerite A. Peeters, usa a expressão “resíduos ideológicos” para se referir à fonte de alimentação da ideologia de Gênero. Logo, além do marxismo, a Ideologia de Gênero alimenta-se do caldo de revoluções culturais impostas sobre as culturas do Ocidente ao longo de séculos: maniqueísmo, naturalismo, deísmo, laicismo, niilismo, freudismo, feminismo, existencialismo ateu, dentre outros. Caso deseje aprofundar esses sistemas, no sentido de procurar saber o que propõe cada um deles, consulte um bom dicionário de filosofia.

II. CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO

1. Troca de papéis entre homens e mulheres. A ideologia de gênero propaga que os papéis dos homens e das mulheres foram socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante para a definição dos papéis sociais do homem e da mulher. Entretanto, as Escrituras Sagradas ensinam com clareza a distinção natural dos sexos (Gn 2.15-25; Pv 31.10-31). Outra consequência lógica dessa ideologia é que a determinação do sexo de uma pessoa agora é definida pelo fator psicológico, bastando ao homem, ou à mulher, aceitarem-se noutro papel. Além disso, faz-se apologia à prática do homossexualismo e do lesbianismo. Tanto as Escrituras quanto a tradição eclesiástica sempre confrontaram essa tendência humana de inverter os papéis naturais (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33).
Pelo o que já exposto até aqui, segundo o que propõe a ideologia de gênero, não existiria uma identificação entre sexo genético e o ser homem ou mulher, mas é o próprio ser humano que vai determinando o seu “gênero” de acordo com os desejos e inclinações de sua vontade. Entendem que as diferenças entre masculino e feminino são apenas construções meramente culturais e convencionais, feitas segundo os papeis e estereótipos que cada sociedade atribui aos sexos.
Toda a antropologia cristã tem sua base e ponto de partida nos três primeiros capítulos do Gênesis. Neles aparece claramente uma verdade revelada: o homem foi criado por Deus com uma natureza determinada e concreta; natureza feita à imagem e semelhança de Deus. A humanidade se articula, pois, desde sua origem, sobre o feminino e o masculino, que são assim revelados como pertencentes ontologicamente à criação e ao ser do homem.” (A ideologia de gênero e a destruição do homem (I). Disponível em: https://ipco.org.br/a-ideologia-de-genero-e-a-destruicao-do-homem-i/. Acesso em: 30 mar, 2018.)
A Ideologia do gênero afirma, pois, que “gênero” seria uma construção cultural. A palavra “gênero” substitui assim a palavra “sexo”, com o objetivo de se eliminar a ideia de que os indivíduos humanos sejam diversos e divididos em dois sexos. [...]A “Ideologia do gênero” insiste na afirmação de que “sexo” não existe. É o papel desempenhado pelo indivíduo na sociedade que determinaria uma das cinco modalidades de sexo: “mulher heterossexual, mulher homossexual, homem heterossexual, homem homossexual e bissexual”. “O gênero é uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal do sexo, nem tão aparentemente fixo como o sexo. […] em consequência, homem e masculino poderiam significar tanto um corpo feminino como um masculino; mulher e feminino tanto um corpo masculino como um feminino”” (Ideologia de Gênero e os Planos Municipais de Educação. Disponível em: http://www.presbiteros.org.br/ideologia-de-genero-e-os-planos-municipais-de-educacao/. Acesso em: 30 mar, 2018).

2. Confusão de identidade para o ser humano. Os adeptos desta ideologia afirmam que a sexualidade (desejo sexual) e o gênero (homem e mulher) não estão relacionados com o sexo (órgãos genitais). Desse modo, a identidade de gênero e a orientação sexual passam a ser moldadas ao longo da vida. Por exemplo, a criança passa a decidir depois de crescida se quer ser menino ou menina. É o aprofundamento dramático da distorção da natureza humana relatada pelo apóstolo Paulo (Rm 1.26,27). Essa indefinição acerca da própria identidade produz no ser humano um efeito destruidor e provoca nele uma confusão de personalidade, gerando graves problemas de ordem espiritual e psicossocial. Tal ideologia induz ainda ao pior dos pecados: a insolência da criatura de se rebelar contra o seu Criador (Rm 9.20).
De fato, esta ideologia é a última rebelião da criatura contra a sua condição de criatura. É uma teoria absurda, cheia de incoerências e contradições e que apesar disso, tem-se tentado impor seu ensino nas escolas como uma teoria científica. Apesar de suas incongruências, tem encontrado muitos adeptos e defensores.
Não existe “homem” e “mulher”. “Sexo” seria biológico e “gênero” seria construído socialmente. Sendo assim, não poderia nem mesmo existir o conceito de “homossexual” ou “heterossexual”, que supõe um sexo básico pelo qual a pessoa é atraída. Logo, a “ideologia do gênero” destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos direitos deles.”. (Ideologia de Gênero e os Planos Municipais de Educação. Disponível em: http://www.presbiteros.org.br/ideologia-de-genero-e-os-planos-municipais-de-educacao/. Acesso em: 30 mar, 2018).
O Comentário da Bíblia Diario Vivir do texto de Romanos 1.26 e 27, traz o seguinte: “O plano divino quanto às relações sexuais normais é o ideal de Deus para sua criação. É lamentável, mas o pecado distorce o uso natural dos dons de Deus. Frequentemente, o pecado não só implica negar a Deus, mas também negar a forma em que nos fez. Quando uma pessoa diz que qualquer ato sexual é aceitável sempre que não fira ninguém, está-se enganando. A mudança ou abandono das relações sexuais naturais propagou-se nos dias de Paulo como nos nossos. Muitas práticas pagãs o respiravam. No mundo de hoje, muitos consideram aceitável esta prática, inclusive algumas Igrejas. Mas não é a sociedade que estabelece o padrão para as leis de Deus”.
Ainda sobre Romanos 1.26 e 27, Paulo registra as tríplices rejeições: “Deus os entregou”, “Deus os entregou”, ”foram entregues pelo próprio Deus” (Rm 1.24,26,28, A21). A conjunção do verbo “entregar” no pretérito perfeito exibe o sentido do abandono pleno do Criador, como uma resposta iminente de Deus deixando os seres humanos a mercê de suas perversidades explicitas nos versículos 22 e 23.
Para os defensores da “nova perspectiva”, não se devem fazer distinções porque qualquer diferença é suspeita, má, ofensiva. Por isso procuram estabelecer a plena igualdade entre homens e mulheres, independentemente das diferenças naturais entre os dois. É interessante notar que a mesma Dale O’Leary evidencia que a finalidade do “feminismo do gênero” não é melhorar a situação da mulher, mas separar totalmente a mulher do homem e destruir a identificação de seus interesses com os interesses de suas famílias. Além disso, acrescentava que o interesse primordial do feminismo radical nunca foi diretamente melhorar a situação das mulheres nem aumentar a sua liberdade, mas sim impulsionar a agenda homossexual/lesbiana/bissexual/transexual. O “feminismo do gênero” não se interessa pelas mulheres comuns e correntes. As “feministas de gênero” pretendem assim, “desconstruir” os “papéis socialmente construídos”, principalmente os seguintes:
a) A distinção entre masculinidade e feminilidade. Consideram que o ser humano nasce sexualmente neutro e, em seguida, é socializado em homem ou mulher. Essa socialização afeta negativamente e de forma injusta as mulheres;
b) As relações de família: pai, mãe, marido e mulher;
c) As ocupações ou profissões próprias de cada “sexo”;
d) A reprodução humana. Diz uma autora da dita perspectiva: “em sociedades mais imaginativas a reprodução biológica poderia ser assegurada com outras técnicas” (Ideologia de Gênero e os Planos Municipais de Educação. Disponível em:http://www.presbiteros.org.br/ideologia-de-genero-e-os-planos-municipais-de-educacao/. Acesso em: 30 mar, 2018).

3. Desvalorização do casamento e da família. A ideia é de que o desaparecimento dos papéis ligado ao sexo provoque um impacto deletério sobre a família. A Ideologia de Gênero considera a atração pelo sexo oposto, o casamento e a família estereótipos sociais previamente estabelecidos pela sociedade. Nesse contexto, a primeira instituição amada pelo Criador (Gn 2.24) passa a ser constantemente desvalorizada, criticada e massacrada. Estes e outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta do Senhor Jesus (2Tm 3.1-5).
Falar de família para o cristão é algo fácil porque temos um modelo que cremos estabelecido por Deus (Família é projeto de Deus - Gn 2.18-24) e por isso, de caráter irrevogável. Contudo, para aqueles que não têm a Bíblia como padrão, não é algo fácil, tanto pela rediscussão atual dos papéis familiares, pelos novos modelos centrados no padrão ‘mono-parental’ ou ‘homo-parental’, e, sobretudo, pela desagregação dos membros da família, que não se reúne mais em torno da mesa, não conversam, não interagem.
A família é a fonte da vida, berço da fé, é o lugar onde a personalidade e o caráter do ser humano é construído. Hoje, mais do que em outros tempos, a família precisa ser repensada e valorizada. A crise passa pela mudança de época e pelos novos desafios culturais e religiosos. Aparecem grupos que pretendem impor para a sociedade novos conceitos e modelos de família totalmente contrários aos preceitos ensinados nas escrituras.” (Pr. Havenilton Reis, REPENSANDO A FAMILIA. Disponível em: https://www.assobatistabrasileira.com.br/repensando-a-familia. Acesso em: 31 mar, 2018)
A família tem um inimigo (1Pd 5.8), o diabo trabalha contra o casamento de varias formas a fim de desvalorizar o casamento. Está muito claro hoje esta afronta ao projeto divino através da mídia, da ciência, da política, da banalização o sexo, das diversas novas formas de núcleo familiar. Infelizmente a nossa sociedade é uma sociedade pornográfica com filmes, novelas, revistas, propagandas, internet. Já podemos ver o resultado disso agora: Pessoas com problemas de desenvolvimento de caráter; Famílias desestruturadas gerando pessoas desestruturadas.
Em Romanos 1.18 a 23, a visão que Paulo tem nessa denúncia da maldade humana é atestada pelo fato de que essa ira “se revela do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens”. Ou seja, as práticas dos seres humanos caídos não agradam a Deus, pois pervertem a verdade pela injustiça. O resultado dessa ação, propositalmente feita por homens dessa natureza, é posicionar-se contra qualquer obra que tenha como propósito glorificar a Deus. Esses homens impiedosos e injustos usam todos os seus recursos para um fim desesperador. Distorcem o que é verdade e injustamente transferem para a mentira a verdade de Deus. Mentem, difamam o povo de Deus, deformam a justiça, com o intuito de suas inverdades parecerem ser verdade. Sem dúvida alguma, Paulo conhecia bem a mente do povo helênico, a cultura na qual o Novo Testamento foi escrito, e, por isso, os dois termos gregos empregados pelo apóstolo no versículo 18 apontam para um nível muito alto da ingenuidade do homem; ασεβειαν και αδικιαν (asabeian kai adikain; “impiedade e injustiça”). Portanto, a negação do homem “não piedoso” e do “não justo”, em uma tradução literal, denota a pessoa tanto impiedosa quanto injusta; um duplo grau de depravação do homem que vive sem se importar com o que faz, muito menos com fato de que prestará contas a Deus no juízo final” (Uma exposição bíblica sobre a depravação dos seres humanos (Rm 1.18-32). Disponível em:http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=416. Acesso em: 30 mar, 2018)

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

CONSCIÊNCIA. Esse termo, que é inexistente no Antigo Testamento, mas que ocorre trinta vezes no Novo Testamento, vem de suneidesis que quer dizer um conhecimento acompanhador ou co-percepção. Não é uma faculdade separada, mas um modo pelo qual as faculdades gerais (intelecto, sensibilidade e vontade) agem. A consciência é definida como a voz da alma ou a voz de Deus, porque age aprovando ou reprovando nossos atos; é uma espécie de juiz dos nossos atos e dos alheios. ‘Por natureza moral do homem se entende aqueles poderes que o tornam apto para as boas ou más ações. Esses poderes são o intelecto, a sensibilidade e a vontade, juntamente com aquele poder peculiar de discriminação e de impulsão que denominamos de consciência [...] E. H. Bancroft.
[...] Ainda que a Bíblia não pretenda fornecer uma definição categórica sobre o que seja a consciência, lemos em Romanos 2.13-15 algo sobre o fato de que todos os homens têm uma lei gravada em seus corações, que é a lei moral, uma norma do dever. Se essa norma é a Palavra de Deus, dizemos que se trata de uma consciência iluminada; em caso contrário, trata-se de uma consciência obscurecida (FILHO, Tácito da Gama Leite. O Homem em três tempos. 2. ed. RJ: CPAD, 1982, p. 60).

III. O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS

1. Criação de dois sexos. A Bíblia revela que Deus criou dois sexos anatomicamente distintos: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto, biologicamente o sexo está relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem, designado por Deus como macho, a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero. A cultura humana permanece sob o julgamento de Deus (1Pe 4.17-19).
O SENHOR criou todas as coisas com sabedoria e propósitos definidos, para que glorificassem o Seu santo nome. Assim, criou o homem e a mulher com papéis distintos; os fez distintamente perfeitos em todo o seu ser: físico, mental, emocional e espiritual. As diferenças são marcantes e próprias para cada um desempenhar o propósito para que foram criados. No texto citado temos a oração זָכָ֥ר וּנְקֵבָ֖ה בָּרָ֥א אֹתָֽם׃ que enfatiza o fato de que essa humanidade é composta por homem e mulher, ou seja, ambos formam o substantivo coletivo definido הָֽאָדָם (criou).
Homem e mulher possuem genitália apropriada à reprodução. Notem que Deus não criou meio termo, não criou um ser humano que em determinado momento pudesse assumir funções incompatíveis com a natureza do seu ser. Deus não criou um homem com possibilidades sexuais de desempenhar o papel da mulher no ato sexual, e vice-versa. Ocorre que a natureza pecaminosa em função da queda no Éden coloca o homem em rebeldia contra Deus. Pela influência do diabo, o homem continua se rebelando contra o Criador e Sua palavra. Daí as perversões na área sexual.”. (Pr Airton Evangelista da Costa. “DEUS CRIOU MACHO E FÊMEA”; Disponível em: http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/VidaAmorosa/DeusCriouMachoEFemea-AECosta.htm. Acesso em: 31 mar, 2018)
O homem para ser a “cabeça”, marido, provedor, protetor, sacerdote fiel e temente á DEUS, líder espiritual do lar, amante leal e fiel á sua esposa, satisfazer legitimamente sua esposa, pai e educador de seus filhos. A mulher para ser: sua auxiliadora idônea, administradora do lar, dar á luz filhos, mãe, instruir seus filhos, satisfazer legitimamente seu marido, amante leal e fiel ao seu marido, co-herdeira da graça juntamente com seu marido do reino eterno, fonte de carinho e ternura, graciosa e bela aos olhos de seu marido, fonte de sabedoria e verdade da Palavra de Deus, fazedora do bem ao seu marido e filhos. Macho e Fêmea assim os fez o SENHOR. Esta é a beleza da criação Divina, dois seres que se completam e vêm a tornar-se uma só carne, podem e devem tornarem–se uma só carne pois são criaturas singulares e distintas, macho e fêmea, o que jamais, nunca, absurdamente impossível de acontecer, fora dos propósitos de DEUS, uma aberração contrária á natureza, entre pessoas do mesmo sexo. Como duas partes incompletas podem querer se unir e viver de modo contrário á sua natureza e propósitos para o que foram criadas por DEUS? Desprezando a sabedoria e a verdade de DEUS, e negando as bênçãos matrimoniais devidas ao casal “macho e fêmea”, ao qual DEUS uniu em uma só carne?” (Macho e Fêmea: “Assim os fez o SENHOR no princípio”. Disponível em: http://igrejabatistafundamentalista.blogspot.com.br/2012/06/macho-e-femea-assim-os-fez-o-senhor-no.html. Acesso em: 31 mar, 2018)

2. Casamento monogâmico e heterossexual. Ao instituir o casamento Deus ordenou: “deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Isto significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A diferença dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11). Assim, mudam-se as culturas e os costumes, mas a Palavra de Deus permanece inalterável (Mt 24.35).
Pelo texto de Gênesis 2.24 temos que Deus criou o casamento para ser uma união monogâmica, sem a possibilidade de terceiros ligados ao marido ou à mulher. A poligamia, o adultério e o divórcio são pecados surgidos pós queda e não faziam parte dos planos divinos para a família; Ao afirmar que ambos se tornam uma só carne, Deus quer afirmar que homem e mulher entram em um relacionamento regado pela intimidade – social, emocional e espiritualmente; uma união indissolúvel – uma só carne – pela qual marido e mulher devem lutar e realizar o querer do Criador a fim de ver os resultados que Ele deseja para o relacionamento.
A família é constituída por homem e mulher: quando institui a família, ele o faz unindo o gênero feminino e o gênero masculino. Não existe a possibilidade de uma família ser iniciada e se perpetuar de outra forma. Com isso não estou afirmando que não existam outros modelos bíblicos de família (viúvos, solteiros, entre outros) mas que não há possibilidade de existir uma família unindo o mesmo gênero(união homossexual), pois não é esse o projeto de Deus”. (Estudo 13. Família: criação de Deus-Texto Base: Gênesis 2.24. Disponível em:http://www.ipmetropolitana.com.br/grupos/estudos%202017/Pequenos%20Grupos%20Estudo%2013.pdf. Acesso em: 31 mar, 2018)

3. Educação dos filhos com distinção dos sexos. Educar não consiste apenas em suprir os meios de subsistência e proporcionar o bem-estar necessário à família. Cabe também aos pais educar os filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4), promover o diálogo e o amor mútuo no lar (Ef 6.1,2). A família cristã não pode perder a referência bíblica na educação de seus filhos. Por exemplo, explicar e orientá-los de que homens e mulheres possuem órgãos sexuais distintos, fisiologia diferente e personalidades díspares é responsabilidade dos pais. Sigamos, pois, com respeito às pessoas, não discriminando-as, mas se posicionando com toda firmeza na distinção de homem e mulher e na coibição da inoportuna ideia de “luta de gêneros” (Gn 1.27; 1Co 11.11,12; Ef 5.22-25).
A família cristã acredita que os filhos estão debaixo da autoridade dos pais e lhes devem obediência. A obediência dos filhos aos pais decorrem da ordenança divina e porque é justo. Ser pai, segundo Efésio 6 versos 2 e 3 significa ter o direito a ser honrado, portanto ser pai é um privilégio também. E mais, Deus também prometeu abençoar o filho que honrasse a seus pais.
Alguns pais deixam os filhos “soltos” para agirem como desejarem; isso é errado, segundo o ensinamento de Provérbios. Não sou contra o uso da vara porque ela é aprovada pela Palavra de Deus. Nesse estudo vamos nos concentrar principalmente no segundo ponto: a disciplina exagerada. Em primeiro lugar quero dizer que se a disciplina for exagerada ou sem controle ela automaticamente deixa de ser disciplina. Muitas atitudes dos pais nesse sentido não passam de explosões de ira e falta de autocontrole. Frequentemente ao disciplinar seus filhos, os pais se colocam numa posição merecedora de disciplina. A correção dos filhos só tem valor quando os pais fazem uso dentro das normas estabelecidas pela palavra de Deus. Veja o que Paulo escreveu sobre isso. “E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef 6:4). “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados” (Cl 3:21)”. (Pais e Filhos - A Disciplina dos Filhos. Disponível em: http://www.preciosasemente.com.br/mostra-artigos.php?artigo=16. Acesso em: 31 mar, 2018)
“Admoestar é trazer à memória da criança o que é certo para voltar a praticar o que é correto e abandonar o que é errado. A Admoestação pressupõe a aplicação de ensino prévio. Não se admoesta sem se ter a consciência de como deveria ter sido feito. As crianças devem aprender assentadas em casa, andando pelo caminho, quando se deitam e quando se levantam (Dt 6.7). Por isso, devemos ensinar e encorajar nossos filhos a lerem a Bíblia todos os dias. Devemos ensiná-los e encorajá-los a orar sempre. Devemos orar com eles e por eles cotidianamente. Devemos deixar que vejam o nosso exemplo, porque os filhos imitam primeiro os pais. Uma verdade que tem de estar estampada em nossos corações firmemente é: Nossos filhos precisam de Deus porque são pecadores como nós (Sl 51.5).” (Rev. Hélio de Oliveira Silva, ‘Educar na Disciplina do Senhor’. Disponível em:http://bereianos.blogspot.com.br/2015/12/educar-na-disciplina-do-senhor.html Acesso em: 31 mar, 2018)

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Caro professor, prezada professora, ao final da lição (ou no início também: tudo dependerá de seu planejamento didático), e de acordo com a sua possibilidade, procure exibir o seguinte vídeo: Entendendo a ideologia de gênero em 2 minutos. Youtube, 24 set. 2016. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=1xHVS1vdnpw>. Acesso em: 28 dez. 2017. O vídeo explica de forma objetiva o assunto em poucos minutos.

CONCLUSÃO

A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser considerado ideal. Acuada parcela da sociedade não esboça reação e o mal vem sendo propagado. No entanto, a igreja não pode fechar os olhos para a inversão dos valores. Os cristãos precisam reagir e “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd v.3).
A sociedade atual está cada vez mais perdendo de vista o princípio que Deus definiu para a união sexual entre os seres humanos: um homem e uma mulher, unidos pelo compromisso eterno do matrimônio. Em virtude deste crescente desvio do padrão idealizado por Deus no princípio, é que têm surgido todas estas anomalias sexuais descritas até aqui. Hoje já se convive até mesmo com o “casamento” entre homossexuais e a adoção de filhos por estes “casais”. O propósito de Deus é que o homem junte-se com a mulher e os dois formem “uma só carne” (Gn 2.24), constituindo-se numa família heterossexual, na qual os filhos poderão ser educados em meio a um ambiente sadio e livre de preconceitos. Este ideal está totalmente corrompido na sociedade moderna, e as relações sexuais passaram a ser apenas um meio de obter prazer a qualquer custo, sem atentar para as orientações dadas por Deus no passado, e para os perigos de não seguir estas orientações. A atual sociedade já aprendeu a conviver pacificamente com o outrora chamado “pecado grego”, vendo os homossexuais como apenas “um pouco diferentes”..

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16).

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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