sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

LIÇÃO 8: NOSSA LUTA NÃO É CONTRA A CARNE E SANGUE


SUBSÍDIO I

UMA LINGUAGEM MILITAR CARREGADA DE METAFORISMO

Os seis capítulos de Efésios são seis partes iguais. Os três capítulos iniciais são teológicos, e os outros três são práticos, em uma perfeita combinação de doutrina cristã e dever cristão, de fé cristã e vida cristã. Os três primeiros capítulos se referem à riqueza do cristão em Cristo, e os outros três falam sobre o andar em Cristo. Ao se aproximar da conclusão, o apóstolo introduz um “no demais” (Ef 6.10), para se referir a uma realidade espiritual muito importante. Paulo não apresenta a origem nem a biografia do príncipe das trevas; no entanto, ensina ser importante conhecer as astutas ciladas do nosso inimigo. A epístola termina com uma exortação para a luta contra as astutas ciladas do diabo.
O apóstolo Paulo empregou a expressão grega tou loipou ou to loipon, traduzida por “no demais” (Ef 6.10)? Ambas aparecem nos manuscritos e nos textos impressos do Novo Testamento grego. Mas, as edições de Westcott & Hort, Aland Nestle e das Sociedades Bíblicas Unidas escolheram tou loipou; o Textus Receptus e o texto de Scriviner ptaram por to loipon, o uso adverbial do adjetivo loipós, “resto, restante, outro, demais”. O que parece ser apenas um detalhe, à primeira vista pela grafia, faz, contudo, diferença no significado. Tou loipou, significa, “do restante, daqui para frente” (Gl 6.17); e to loipon, “ademais, quanto ao mais, resta, no demais, finalmente” (2 Co 13.11; Fp 3.1; 4.8; 2 Ts 3.1). O “no demais, finalmente” ou qualquer expressão similar significa que o apóstolo está introduzindo uma seção para finalizar a epístola.
O “daqui para frente” ou “desde agora” indica que Paulo está dizendo que daqui para frente o conflito contra o reino das trevas será contínuo até o retorno de Cristo, desde a sua ascensão até a sua volta. As nossas versões seguiram Efésios 6.10 conforme o Textus Receptus: “No demais” (ARC), “Quanto ao mais” (ARA), “Finalmente” (TB) e “uma palavra final” (NVT). Não há problema em nenhuma dessas interpretações, pois nenhuma delas está fora do contexto. O importante é notar que o tema dessa passagem é atual, e a peleja da Igreja continua contra as hostes infernais.
A exortação apostólica: “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10) diz que os crentes devem buscar essa força não neles mesmos, mas no Senhor Jesus; por essa razão, o apóstolo Paulo emprega o verbo grego na voz passiva, endynamousthe, “sede dotados de força em, sede fortalecidos”, do verbo endynamoo, “fortalecer em”. Esse poder não vem de nós mesmos, mas de uma força externa, do próprio Deus. Jesus disse: “sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5). A combinação pleonástica, “força do seu poder”, dá mais relevo ao pensamento, uma expressão que Paulo já havia usado antes na epístola (1.19). Ele está falando sobre força e poder no campo espiritual, não sobre força física (2 Co 10.4). O Senhor Jesus capacitou os cristãos, pelo Espírito Santo, para vencer todo o mal e toda a tentação interna, os desejos da carne, e toda a tentação externa, tudo aquilo que vem diretamente do poder das trevas. Essa capacitação envolve o discernimento para compreender as astúcias malignas (2 Co 2.11) e também o poder sobre os demônios (Lc 10.17, 19).
O apóstolo Paulo vê os cristãos empenhados numa fileira de batalha espiritual contra grande número de inimigos poderosos e cheios de sutilezas: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). O termo grego que ele usa para “armadura” é panoplía,que significa “armadura completa, panóplia”. Panóplia é o nome que se dá à armadura completa do cavaleiro europeu na Idade Média e também se refere hoje a coleções de armas exibidas para decoração. A “armadura de Deus” é uma metáfora que o apóstolo usa para ensinar uma verdade espiritual utilizando uma linguagem militar bem conhecida dos seus leitores originais. Mas adiante, ele descreve algumas armas dessa panóplia com aplicação espiritual (Ef 6.13-17). São armas pesadas usadas pelos gregos e romanos em batalhas ferrenhas. O propósito dessa armadura espiritual é fortalecer os crentes para uma batalha terrível, contra o diabo e suas astúcias. Por isso precisamos estar revestidos dela. “Revestir” significa “vestir novamente” a fim de nos tornarmos firmes e resistentes para desmantelar todos os diversos meios, planos, esquemas e toda a sorte de maquinações do diabo que Paulo chama de methodeia, “maquinação, cilada, astúcia”.

Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD 

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

A luta contra os poderes das trevas é real, e não pode ser subestimada, para tanto, precisamos usar as armas apropriadas, e essas não são humanas, antes espirituais. Na aula de hoje, estudaremos a respeito da natureza da nossa luta contra as forças do mal, com base em Ef. 6.10-12, texto que antecipa a descrição paulina da Armadura de Deus, que será estudada mais adiante. Faremos a análise textual, a partir do grego do Novo Testamento, em seguida, interpretaremos o texto, com base no contexto. E ao final, as aplicações apropriadas, fundamentadas na Palavra de Deus.

I. ANÁLISE TEXTUAL
                                                                 
Paulo escreveu a Epístola aos Éfesios, que talvez tenha sido uma epístola circular entre as igrejas da região da Ásia Menor, por volta do ano 60 d. C., a fim de fortalecer a fé daqueles crentes, ressaltando a natureza do corpo de Cristo. No texto em foco, o Apóstolo sequencia um argumento, em caráter conclusivo, ao usar a expressão “No demais” – tou loipou – em seguida, dá uma ordem: fortalecei-vos – endunamousthe – sejam empoderados, o radical da palavra é o mesmo de At. 1.8, no qual é dito que os discípulos receberiam poder do alto. Esse fortalecimento, ou mais precisamente, empoderamento, deve ser no Senhor – em kuriô  e na força en tô kratei, que dá ideia de poder soberano que provém de Deus, de onde vem o próprio poder – ischuos (v. 1). Paulo reforça, por meio de uma ordem, revesti-vos – endusasthe – uma orientação para a batalha, vestir uma indumentária para ir a peleja. Esse revestimento deve ser com toda armadura – panoplian – uma palavra em grego, de natureza composta, nenhum elemento da armadura pode ser desconsiderado. E isso tem um propósito, para que possais - dunasthai, trata de uma capacitação, dada pelo próprio Deus, para permanecer firmes – stenai – não sair do lugar, território determinado, contra as astutas ciladas – methodeias, de onde vem nossa palavra método, isso quer dizer que o inimigo tem seus métodos a fim de lutar contra aqueles que creem. Depois explica que, nossa luta – pale - peleja, guerra – não é contra o sangue – aima, muito menos contra a carne – sarka - mas contra – prós – preposição repetida várias vezes nesse texto, principados – archas, palavras que pode se referir tanto à esfera de autoridade terrena quanto celestial, bem como contra potestades – axousias, que também pode significar uma jurisdição, controle ou poder, e contra os príncipes das trevas – kosmokratopras tou skotous, poderes cósmicos que regem as trevas, contra as hostes espirituais – pneumática – força espirituais, da maldade – ponerias. Paulo especifica o território, nos lugares celestiais – em tois epouraniois.

II. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Nesse trecho da Epístola de Paulo aos Efésios, no capítulo 6, que segue dos versículos 10 a 20, somos alertados a sermos fortalecidos em toda Armadura de Deus. O Apóstolo conclui a Carta com algumas exortações aos cristãos, apelando para uma metáfora militar, certamente baseada no contexto no qual se encontrava, em uma prisão romana. A palavra-chave nessa seção da Epístola é “força”, sendo que essa deve vir de Deus, pois somos fortalecidos “na força do seu poder” (v. 10). A força para enfrentar as adversidades da vida não vem de nós mesmos, mas dAquele que está conosco, principalmente se considerarmos que nossa luta não é uma batalha contra as forças humanas. A palavra grega para armadura é panoplia e se refere a toda indumentária utilizada pelos soldados romanos, que incluía tanto as armas de defesa quanto as de ataque (14-16). Essa armadura é necessária a fim de permanecer firme contra todas as astutas ciladas de Satanás, que se tratam do métodos e estratégias do inimigo, a fim de destruir aqueles que seguem a Cristo. Uma das armas de Satanás para enganar os crentes são os falsos ensinamentos, difundindo doutrinas errados no seio da igreja cristã (I Jo. 2.18-22; 4.3; II Jo. 7). Satanás semeia heresias no contexto da igreja, algumas delas são absorvidas com naturalidade, como se fossem ensinamentos bíblicos (v. 11). Para fazê-lo, ele se utiliza de governantes e autoridades, tanto de natureza cósmica quanto terrenal, que se orquestram como forças do mal, para enganar se possível os eleitos. Existe uma hierarquia nas hostes celestiais, essas também atuam no mundo diabólico, e se instauram na esfera humana, disseminando mentiras e enganos. Mas devemos lembrar que Jesus já desarmou esses principados e potestades, colocando-os em condição de vergonha, triunfando sobre eles (Cl. 2.15). Mas é preciso também saber que essa vitória ainda não se materializou em sua plenitude, por isso ainda testemunhando o império das trevas nos governos terrenais, até o dia em que Ele retornará e será reconhecido plenamente como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16).

III. APLICAÇÃO TEXTUAL

O mundo se encontra debaixo do poder do Maligno (I Jo. 5.19), essa é uma doutrina que precisa ser explicada constantemente, para não incorrermos no risco de abraçar as forças terrenas, como se celestiais fossem. Na verdade, Satanás é o deus deste século (II Co. 4.4), ou seja, ele controla os poderes terrenos, a fim de que esses estejam a serviço dos seus interesses. Os poderes terrenos apenas pendulam, de um lado para o outro, seguem para mais à direita ou mais à esquerda, mas nunca conseguem atingir o alvo, pois se encontram distantes da fonte de toda autoridade, que vem de cima e de Deus. A igreja precisa ter discernimento espiritual para não se deixar enganar pelas forças do mal, o inimigo das nossas almas vem travestido de anjo de luz (II Co. 11.14). É um perigo quando a igreja abraça os poderes seculares, e se envolve em uma empreitada terrena, e mais arriscado ainda quando se utiliza de armas terrenais. Precisamos ser lembrados que nossa luta não é contra os poderes terrenos, mas contra as forças espirituais que habitam as regiões celestiais (Ef. 6.12). Portanto, devemos recorrer à Armadura de Deus, que se trata de uma indumentária espiritual, contra as quais devemos vencer essas hostes da maldade (II Co. 10.3-5). Essas armas espirituais não devem servir para semear o ódio e a violência, pois fazemos parte de um reino de amor e graça, cujo maior expoente é o Senhor Jesus Cristo, que nos ensinou a viver a partir da ética desse reino, consoante ao que se encontra exposto nos capítulo 5, 6 e 7 de Mateus, quando proferiu o famoso Sermão do Monte. Cristãos não podem incitar quem quer que seja à violência, pois não estamos em uma cruzada medieval, na qual os soldados lutavam para destruir seus inimigos, a fim de conquistar os territórios sagrados. Devemos semear o amor de Cristo nos corações, e viver a partir dos princípios que Ele ensinou na Sua palavra.

CONCLUSÃO

Identificar o inimigo é fundamental enquanto estratégia de guerra, muitos cristãos estão se voltando para alvos errados, há ocorrências também de “fogo amigo” dentro das igrejas. Precisamos manter o foco na trincheira, sabendo que nossa luta não é contra a carne e o sangue. Não podemos odiar as pessoas, antes devemos demonstrar o amor de Deus para elas. E a melhor maneira de fazê-lo é através da acolhida e do perdão, derramado em nossos corações, somente assim seremos capazes de sabotar o império de Satanás.


José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog subsidioebd.blogspot.com

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

O tema da presente lição trata dos poderes ocultos das trevas e de como se proteger deles pela força do poder de Deus. Embora o apóstolo Paulo não apresente a origem nem a biografia do príncipe das trevas, ele nos ensina a importância de conhecer as astutas ciladas do nosso Inimigo. O Diabo já perdeu a peleja, mas continua fazendo estrago nesse período entre o início e o final da jornada da Igreja.
Neste texto de Efésios (6.10-18), Paulo claramente nos ensina que há um conflito espiritual um conflito com as trevas. Depois de afirmar a realidade desse conflito, ele passa a ensinar sobre a conduta do salvo diante desse conflito. Como sabemos, em situações normais, nenhum exército entra numa batalha sem ter todas as informações necessárias sobre suas próprias forças, sem ter o máximo de informações sobre o inimigo, bem como sobre o terreno onde se desenvolverá a batalha. No campo espiritual não é diferente e o próprio Senhor Jesus nos chama à atenção para esse tipo de planejamento (Lc 14.31). Para sermos vitoriosos nessa batalha, temos que nos conhecer, saber quem somos, conhecer as nossas próprias forças, conhecer o potencial do inimigo, e o campo de batalha, que é a nossa vida, o nosso dia-a-dia. 

I. A INCLUSÃO DO TEMA NO FINAL DA EPÍSTOLA
                                                                 
Os três capítulos iniciais de Efésios são teológicos, e os outros três são práticos. Uma perfeita combinação de doutrina cristã e dever cristão, de fé cristã e vida cristã. Mas, de repente, o apóstolo Paulo nos surpreende com um "No demais", encerrando a epístola com um assunto de vital importância: a luta contra o reino das trevas.
Efésios está no mesmo grupo cronológico das epístolas de Paulo aos Colossenses, Filemom e Filipenses, chamadas coletivamente de "As Epístolas da Prisão" porque foram escritas durante o primeiro aprisionamento romano de Paulo. Esta epístola, junto com a de Colossenses, enfatiza a verdade de que a Igreja é o corpo do qual Cristo é a Cabeça. Na realidade a epístola pode ser dividida em duas partes principais, cada uma contendo três capítulos:
● Em Ef. 1-3 o apóstolo conta aos crentes o que eles são em Cristo;
● Em Ef. 4-6 ele lhes diz o que devem fazer por estarem em Cristo.

1. "No demais... (v.10a)". O apóstolo Paulo parece usar essa expressão para introduzir a conclusão. Isso não é nenhuma anomalia, visto que Paulo emprega essa estrutura em outro lugar (2 Co 13.11; 1 Ts 4.1; 2 Ts 3.1). Essa expressão aparece traduzida como: "Quanto ao mais", na Nova Almeida Atualizada; e "Finalmente", na TB (Tradução Brasileira). Mas não devemos perder de vista que o termo paulino significa, literalmente, "desde agora" (Gl 6.17). Que diferença isso faz? Muita. No caso do verso 10, a ideia é de que daqui para frente o conflito contra o reino das trevas será contínuo até o retorno de Cristo. Desse modo, o tema é atual, e a luta da Igreja continua contra as hostes infernais.
De fato, o termo “No demais...” implica em responsabilidade diante de tudo que foi colocado como doutrinas e preceitos do Evangelho, é necessário que ele, Paulo nos mostre os inimigos que irão opor-se ao cristão, e a força que é necessária para que possamos repeli-los. Seja forte no Senhor - Você deve ter força e força de um tipo espiritual, e tal força também como o próprio Senhor pode suprir; e você deve ter essa força por meio de um Deus que habita em nós, o poder de seu poder trabalhando em você. “O apóstolo tendo entregue os preceitos precedentes respeitando deveres relativos, agora acrescenta uma exortação geral aos Efésios crentes, para ser sincero e zeloso no desempenho de todos os seus deveres, os quais ele reforça pela descoberta de outro profundo artigo do mistério de Deus; ou seja, que os anjos maus estão unidos contra os homens e estão continuamente ocupados em tentá-los a pecar. Finalmente – τολοιπον, quanto ao que resta; meus irmãos – Este é o único lugar nesta epístola onde ele usa essa compilação. Soldados frequentemente usam um para o outro no campo. Seja forte no Senhor – Já que toda relação na vida traz consigo os deveres correspondentes, e requer vigor e resolução no cumprimento deles, qualquer que seja a circunstância ou situação em que você se encontra, veja que você não confia em sua própria força, mas aplica-se a ela. o Senhor, por sua força, e arme-se com o poder de seu poder” (Joseph Benson Efésios 6: 10-11).

2. "Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder" (v.10b). Jesus disse certa vez: "sem mim nada podereis fazer" (Jo 15.5). Paulo empregou a voz passiva para "fortalecei-vos". Isso mostra que não se trata meramente de esforço humano, mas da completa dependência do Senhor Jesus. A expressão "força do seu poder" é um enérgico pleonasmo (figura de sintaxe pela qual se repete uma ideia com outras palavras para proporcionar elegância ou reforço à expressão), usado aqui para reforçar a magnitude do poder de Jesus. Esse poder provém do Espírito Santo (Ef 3.16); é a atuação da Trindade na vida da Igreja.
Fortalecei-vos também poderia ser traduzido por sede feitos fortes. A voz passiva do verbo no original grego sugere que nós mesmos não podemos fazer isso; só podemos ser fortalecidos pela graça do Senhor em nós, por meio de nossa fé que coopera com Ele. Em português temos aqui um imperativo afirmativo (expressa uma ordem, pedido, desejo, súplica, conselho, convite, sugestão, recomendação, solicitação, orientação, alerta ou aviso): Paulo ordena que aqueles crente (e nós, por extensão) sejam(os) fortes. Isto porque sempre há muito a nos enfraquecer e estamos mal preparados para resistir. \nessa nossa fraqueza, só há uma maneira de vencermos: no Senhor - Como se ele tivesse dito, “Você não tem o direito de responder, que você não tem a capacidade; pois tudo que eu exijo de você é, seja forte no Senhor”. Para explicar seu significado mais plenamente, ele acrescenta: “na força do seu poder”, que tende grandemente a aumentar nossa confiança, particularmente ao mostrar a notável assistência que Deus geralmente concede aos crentes. Se o Senhor nos ajuda pelo seu grande poder, não temos razão para nos afastarmos do combate.

3. O emprego da figura de linguagem. As figuras são recursos linguísticos que merecem atenção especial pela sua beleza e pelo seu papel na Hermenêutica. A anáfora é uma figura de linguagem que consiste na repetição de uma mesma palavra no começo de frases sucessivas com o propósito de enfatizar a afirmação. Aqui encontramos: "porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (v.12). Nessa anáfora, a preposição grega, pros, "contra", é usada cinco vezes para reforçar a ideia de que a esfera principal de atuação do príncipe das trevas não é apenas como muitos pensam: a prostituição e o crime, mas principalmente no reino das religiões; trata-se, pois, de uma batalha espiritual.
Esclarecendo alguns teros difíceis aqui:
Hermenêutica é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode se referir tanto à arte da interpretação quanto à prática e treino de interpretação.
Anáfora Em retórica, anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. A repetição tem o objetivo de dar ênfase e tornar mais expressiva a mensagem. Assim, no versículo 12, a ênfase recai na verdade de que nossa verdadeira batalha não e contra seres humanos, mas contra os seres espirituais, demoníacos, que estão operando no mundo espiritual e por intermédio de pessoas que não se submetem a Cristo, embora elas talvez nem tenham consciência disto. Precisamos conhecer a verdadeira natureza do conflito, da batalha que estamos travando. É acerca disso que nos fala o versículo lido: a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Aqui nós aprendemos sobre o inimigo contra o qual lutamos.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Para introduzir a aula desta semana, faça um resumo panorâmico da Carta aos Efésios com o auxílio do esquema abaixo:
II. A DEPENDÊNCIA DE DEUS

O apóstolo emprega uma metáfora militar para explicar o que subjaz no mundo espiritual que não é possível perceber na superfície. A presença de todas as mazelas na humanidade é real e indiscutível, mas a fonte de toda essa maldade Paulo esclarece nessa seção. Não pode haver vitória sem ajuda divina, e é esse o apelo apostólico.
A Caminhada Cristã como uma Guerra. 6:10-20. Em toda esta divisão da epístola muito se disse sobre a vida cristã prática. Neste parágrafo o andar do cristão foi descrito como uma batalha, um conflito mortal no qual ele está alistado contra o poder de Satanás e suas hostes. (Efésios - Comentário Bíblico Moody. Pág 38).

1. Somente pelo poder de Deus. Nenhum ser humano tem condições de, sozinho, enfrentar os demônios e sair vitorioso. Os demônios existem de fato, mas não passam de um inconveniente diante do poder de Jesus; são entidades destituídas de poder na presença do Senhor Jesus (Mc 1.23-26; 3.11). No entanto, os humanos não podem desafiá-los com suas próprias forças.
O Senhor Jesus disse, "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15.5; Fp 4.13). E na força do seu poder. Três palavras foram usadas no versículo para o termo força. Primeiro, foi usado o verbo no imperativo, sede fortalecidos ou capacitai-vos; depois a palavra para força e, finalmente, a palavra para poder – na força do seu poder. John Wesley comentando esse versículo escreve: “Pois nossa luta não é apenas, nem principalmente, contra carne e sangue - Homens fracos ou apetites carnais. Mas contra os principados, contra os poderes - Os poderosos príncipes de todas as legiões infernais. E grande é o poder deles, e também daquelas legiões que eles comandam. Contra os governantes do mundo - Talvez estes principados e poderes permaneçam na maior parte da cidadela do seu reino das trevas. Mas há outros espíritos malignos que estão no exterior, a quem as províncias do mundo estão comprometidas. Das trevas - Esta é principalmente a escuridão espiritual. Desta idade - que prevalece durante o estado atual das coisas. Contra espíritos malignos - Que continuamente se opõem à fé, amor, santidade, seja pela força ou pela fraude; e trabalho para infundir incredulidade, orgulho, malícia de idolatria, inveja, raiva, ódio. Nos lugares celestiais - que já foram sua morada, e que eles ainda aspiram, na medida em que são permitidos”.

2. O revestimento da completa armadura de Deus (v.11a). O verbo "revestir" é o mesmo que a Septuaginta usa para descrever o revestimento de Gideão pelo Espírito Santo (Jz 6.34). A metáfora "toda a armadura de Deus" significa que devemos usar todos os recursos espirituais que Deus nos dá. A armadura completa indica armas de defesa e armas de ataque, uma figura bem conhecida na época, visto que os soldados romanos estavam por toda parte.
A palavra grega πανοπλίαν panoplian significa uma armadura completa. Toda a armadura de Deus é a proteção do cristão contra o mal e o maligno. Paulo usou a armadura usada pelo soldado romano em combate como uma alegoria da proteção espiritual que o cristão desfruta, tendo a salvação, a justiça, o evangelho e a Palavra, a fé, a paz como poderosas armas a sua disposição para combater o bom combate e vencer. Note que "a armadura de Deus" não é aquilo que Deus usa, mas aquilo que ele proveu para o soldado cristão. O significado aqui é:
(1) que não devemos prover em nossa guerra armas como as pessoas empregam em suas disputas, mas tais como Deus provê; que devemos renunciar às armas que são carnais e colocar como Deus direcionou para a conquista da vitória.
(2) devemos colocar a armadura inteira. Não devemos nos armar parcialmente com o que Deus designou, e em parte com as armas que as pessoas usam; nem devemos colocar uma parte da armadura apenas. Precisamos de toda essa armadura se estamos prestes a lutar nas batalhas do Senhor; e se ele não tiver qualquer parte das armas que Deus designou, a derrota pode ser a consequência.
O Senhor nos oferece armas para repelir todo tipo de ataque. Resta-nos aplicá-los para usar e não deixá-los pendurados na parede. Para acelerar nossa vigilância, ele nos lembra que não devemos apenas nos engajar em guerra aberta, mas que temos um inimigo astuto e insidioso a enfrentar, que frequentemente fica em emboscada.

3. Os métodos do Diabo (v.11b). Paulo começa aqui a explicar a razão de o crente se fortalecer em Jesus e no seu poder e revestir-se de toda a armadura espiritual de Deus. A expressão "astutas ciladas" é methodeia em grego, que só aparece uma vez no Novo Testamento (Ef 4.14) e cuja ideia é de "esperteza, artimanha, armadilha". O Senhor Jesus dá, pelo seu Espírito Santo, todos os recursos para o crente entender todas essas astúcias do Inimigo (2 Co 2.11). O conhecimento da força do Maligno é uma poderosa arma tanto para o ataque como para a defesa.
μεθοδεία methodeia, significa apropriadamente aquilo que é rastreado com o método, aquilo que é metodizado, e então aquilo que é bem colocado - arte, habilidade, astúcia. Os métodos do diabo; os diferentes meios, planos, esquemas e maquinações que ele usa para enganar, aprisionar, escravizar e arruinar as almas dos homens. O método de pecar de um homem é o método de Satanás de arruinar sua alma. Esta cilada do diabo são truques sutis de Satanás para enganar e enredar os cristãos na guerra espiritual (2Co 11.3). Albert Barns comentando esse versículo, escreve: “As artimanhas do diabo; são as várias artes e estratagemas que ele emprega para arrastar as almas para a perdição. Podemos encontrar mais facilmente a força aberta do que podemos astúcia; e precisamos das armas da armadura cristã para enfrentar as tentativas de nos atrair para uma armadilha, tanto quanto para encontrarmos a força aberta. A ideia aqui é que Satanás não conduz uma guerra aberta. Ele não encontra o soldado cristão cara a cara. Ele avança secretamente; faz suas aproximações na escuridão; emprega astúcia ao invés de poder, e procura, mais do que iludir e trair, do que vencer por mera força. Daí a necessidade de estar constantemente armado para encontrá-lo sempre que o ataque é feito. Um homem que tem que lutar com um inimigo visível, pode se sentir seguro se ele só se prepara para encontrá-lo em campo aberto. Mas muito diferente é o caso se o inimigo é invisível; se ele nos roubar maliciosamente e furtivamente; se ele pratica a guerra apenas por emboscadas e por surpresas. Tal é o inimigo que temos de enfrentar - e quase toda a luta cristã é uma guerra contra estratagemas e artimanhas. Satanás não aparece abertamente. Ele se aproxima de nós não em formas repulsivas, mas vem recomendar alguma doutrina plausível, para colocar diante de nós alguma tentação que não nos repelirá imediatamente. Ele apresenta o mundo em um aspecto sedutor; nos convida a prazeres que parecem inofensivos, e nos conduz em indulgência até que chegamos tão longe que não podemos recuar.

SUBSÍDIO BÍBLICO

“No Verso 6.13, Paulo repete a exortação previamente enunciada em 6.11 (‘Portanto, tomai toda a armadura de Deus’) – desta vez, em vista de 6.12, isto é, das hostes de Satanás que estão envolvidas na guerra espiritual. Uma palavra diferente para ‘vestir’ (analabete) foi usada aqui, embora em 6.11 tenha sido utilizado o termo endysasthe (significando ‘estar vestido com’). Analabete significa ‘tomar’ de modo resoluto para que, mesmo debaixo do ataque mais rigoroso, o crente posso resistir ao inimigo e ‘estar firme’ em sua posição.
Paulo, por três vezes, exorta os crentes a ‘estarem firmes’ (6.11,13,14). Com isso, quer dizer que os crentes e a Igreja devem permanecer constantes e inabaláveis, ‘estando firmes’ quando a batalha espiritual for intensa, sustentando sua posição quando o conflito estiver se aproximando de seu final, sem serem ‘deslocados ou abatidos, porém mantendo-se firmes e vitoriosos em seus postos’ (Salmond, 3.385). Observe que diferentes aspectos de ‘estar firmes’ são enfatizados durante a passagem (6.10-20). Devemos ‘estar firmes’ (6.14a), na força do poder de Cristo (6.10), contra as ciladas do Diabo (6.11), com nossa armadura firmemente colocada (6.11a, 13a) e em oração (6.18-20)” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.1266).

III. CONTRA OS PODERES DAS TREVAS

1. Carne e sangue. O apóstolo começa apresentando a luta interna do cristão: "porque não temos que lutar contra carne e sangue" (v.12a). O termo "carne" tem vários significados na Bíblia, mas a combinação "carne e sangue", que só aparece três vezes no Novo Testamento (v.12; Mt 16.17; 1 Co 15.50), parece indicar um significado físico. Nesse caso, essa combinação diz respeito à pessoa, ser humano, que pode ser o outro ou nós mesmos em conflito interno, no sentido de: "a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis" (Gl 5.17).
Nossa luta não é; contra carne e sangue – Não meramente contra os adversários humanos, por mais poderosos, sutis e cruéis, nem contra os apetites carnais; mas contra principados, contra os poderes — Os poderosos príncipes de todas as legiões infernais: e grande é o poder deles, e também as legiões que eles comandam. Contra os governantes das trevas deste mundo. Desse texto, John Wesley escreve: “Pois nossa luta não é apenas, nem principalmente, contra carne e sangue - Homens fracos ou apetites carnais. Mas contra os principados, contra os poderes - Os poderosos príncipes de todas as legiões infernais. E grande é o poder deles, e também daquelas legiões que eles comandam. Contra os governantes do mundo - Talvez estes principados e poderes permaneçam na maior parte da cidadela do seu reino das trevas. Mas há outros espíritos malignos que estão no exterior, a quem as províncias do mundo estão comprometidas. Das trevas - Esta é principalmente a escuridão espiritual. Desta idade - que prevalece durante o estado atual das coisas. Contra espíritos malignos - Que continuamente se opõem à fé, amor, santidade, seja pela força ou pela fraude; e trabalho para infundir incredulidade, orgulho, malícia de idolatria, inveja, raiva, ódio. Nos lugares celestiais - que já foram sua morada, e que eles ainda aspiram, na medida em que são permitidos”.

2. Os principados e potestades. Os dois termos aqui, "contra os principados, contra as potestades" (v,12b), aparecem juntos pelo menos dez vezes no Novo Testamento. Os "principados", archai, em grego, cuja ideia é primazia no poder; as "potestades", exousíai, denotam liberdade para agir. O apóstolo Paulo emprega o termo tanto para os anjos (Rm 8.38; Cl 1.16) como para os demônios (1 Co 15.24; Cl 2.15) investidos de poder. Desse modo, a expressão refere-se a governos ou autoridades tanto na esfera terrestre como na espiritual.
Os principados e potestades de quem Paulo fala também são identificadas como o deus deste século, aquele que cegou os entendimentos dos incrédulos (2Co 4.4). Louvado seja Deus porque, pela revelação que lhe foi dada, Paulo também ensina aos Efésios que, em Cristo, são iluminados os olhos do vosso coração para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, e qual a riqueza da glória da sua herança nos santos (Ef 1.18). Ou seja, a cegueira espiritual causada pelas potestades demoníacas pode, e só pode ser iluminada pela luz de Cristo. Aquele que tem Cristo, tem a luz; o que não tem Cristo jaz nas mais densas trevas..

3. "Os dominadores deste mundo tenebroso" (v.12b, ARA). A ARC emprega "os príncipes das trevas deste século"; a TB cita "governadores do mundo destas trevas"; e a Nova Almeida Atualizada mantém as mesmas palavras da ARA. O termo grego mais usado para "príncipe" é archon, que aparece 37 vezes no Novo Testamento, traduzido também como "governador". É usado para se referir a Belzebu, "príncipe dos demônios" (Mt 12.24). O apóstolo começa apresentando a luta interna do cristão: "porque não temos que lutar contra carne e sangue" (v.12a). para Satanás, como "príncipe deste mundo" (Jo 12.31; 14.30; 16.11); e, ainda, ao "príncipe das potestades do ar" (Ef 2.2). Mas, aqui, o apóstolo Paulo emprega um termo diferente, kosmokrátor, "senhor do mundo", de kosmos, "mundo", e krateo, "dominar". O uso plural mostra que Paulo não está se referindo ao próprio Satanás, mas às hostes dominantes do mundo das trevas.
Por último, o apóstolo diz que a nossa luta é contra os dominadores deste mundo tenebroso. O que é mundo tenebroso? É o mundo que vive em trevas porque jaz no maligno como o apóstolo João diz em (1Jo 5.19). Satanás e seus demônios são os dominadores desse mundo tenebroso, aqueles que fazem os homens amarem mais as trevas do que a luz, e por isso já estão julgados. Em Jo 3.19 está escrito: O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz. Mas nós, os salvos, não temos que temer as trevas, porque o Senhor Jesus também diz: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida (Jo 8.12).

4. Os lugares celestiais. O apóstolo acrescenta ainda "contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais". Parece que aqui Paulo coloca todos esses anjos decaídos num mesmo bojo. A expressão "lugares celestiais" indicada aqui é intrigante. Essas palavras, ou "regiões celestiais", aparecem em Efésios para designar o céu, onde Cristo está sentado à destra de Deus, onde os salvos estão com Cristo (1.3,20) e onde habitam os anjos eleitos (3.10). Como podem essas hostes infernais estar nas regiões celestiais? Uma explicação convincente é que se trata da esfera espiritual invisível em oposição ao mundo material (Ef 1.3).
Esta é a última das cinco vezes em que en tois epouraniois, "nas regiões celestiais", ocorre na epístola. Nossa verdadeira batalha não e contra seres humanos, mas contra os seres espirituais, demoníacos, que estão operando no mundo espiritual e por intermédio de pessoas que não se submetem a Cristo, embora elas talvez nem tenham consciência disto. Mesmo quando não percebemos a guerra ao nosso redor, isso não quer dizer que ela não exista. Em termos bem fortes, Paulo escreve que o mundo é um campo de batalha espiritual (v 12). Nós precisamos nos despertar para ver que a batalha é real!

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“Jesus disse que era odiado sem motivo. Os verdadeiros filhos de Deus são revestidos de luz, de poder e do Espírito Santo, enviado lá do trono eterno de Deus. O mundo não nos conhece porque não conheceu a Ele, de modo que o Diabo reúne todas as suas forças para batalhar contra Jesus e os seus santos. Porém é maior aquEle que está em nós que tudo o que está contra nós. O Senhor batalhará por nós, ainda que para isso Ele precise enviar todos os exércitos do céu. Quando o profeta Eliseu estava cercado pelos inimigos do Senhor, o servo dele foi tomado de pavor, porque tinha certeza de que eles seriam aniquilados. Ele levantou os olhos a Deus e disse: ‘Peço-te que lhe abras os olhos, para que veja’. Os olhos dele foram abertos, e ele olhou em volta e viu os exércitos do Senhor com cavalos e carros de fogo. Deus enviara toda a artilharia do céu para proteger apenas um profeta e o servo deste. Deus fará o mesmo por nós, se clamarmos a Ele” (ETTER, Maria Woodworth. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.142-43).

CONCLUSÃO

Com base nas palavras do apóstolo Paulo, ficamos sabendo de que existem diferentes classes de espíritos maus que são enumerados aqui como "principados, potestades, príncipes das trevas, hostes espirituais da maldade". O universo é um campo de batalha e nisso não precisamos enfrentar apenas o ataque de outras pessoas, mas também as forças espirituais que se opõem a Deus e ao seu Povo.
Essa batalha não é guerra material, e sim espiritual. Então, como alguém pode sobreviver? Precisamos ser "fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (6:10) e devemos vestir "toda a armadura de Deus" (6:11,13). Utilizando, com oração, todos esses recursos  ouvimos da luta determinada de um bom soldado, somos motivados a continuar batalhando mesmo quando sentimos fracos. Mesmo no meio à batalha ardente, na confiança do Senhor encontramos paz, amor e graça. Portanto, estejamos atentos, firmes na fé, que é o conhecimento de Deus, e obediência à sua Palavra. Aqueles que estão em Cristo têm uma nova vida, são novas criaturas, e são fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10).

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16). 

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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