SUBSÍDIO I
DEMÔNIOS NA VISÃO BÍBLICA
Os demônios
aparecem com frequência no Novo Testamento como “espírito imundo” (Mt 12.43; Mc
1.23, 26; 3.30; 5.2, 8; 7.25; 9.25; Lc 8.29; 9.42; Lc 11.24); “espírito mudo”
(Mc 9.17); “espírito” (Mc 9.20); “um espírito” (Lc 9.39); “espírito de demônio”
(Lc4.33); “espírito de adivinhação” (At 16.16) e “espírito maligno” (At19.15,
16). Já nos Evangelhos e em Atos, os demônios aparecem em oposição Jesus, com
ênfase na superioridade de Cristo sobre eles. Nos escritos paulinos, são
principados, dominações e potestades (1 Co 15.24, 27; Cl 1.15-20; Ef 1.20-2.2).
No Apocalipse, os demônios com o diabo estão presentes na luta final contra
Jesus e a igreja.
Apesar da sua
presença nos relatos dos evangelhos sinóticos e em Atos dos Apóstolos, a origem
deles é considerada obscura por alguns. A melhor compreensão de como esses
espíritos surgiram depende também da origem de Satanás, pois ele é chamado de
Belzebu, “o príncipe dos demônios” (Mt 12.24; Mc 3.22; Lc 11.25). Jesus faz
menção do “diabo e seus anjos” (Mt 25.41). Quem são esses anjos e qual a origem
deles e do seu chefe? O Novo Testamento faz menção de anjos rebeldes que foram
expulsos do céu (2 Pe 2.4; Jd 6). Muitos consideram Isaías 14.12-15 e Ezequiel
28.12-15 como referências à origem e à queda de Satanás.
Gustav Davidson,
em A Dictionary of
angels including the fallen angels (Dicionário dos anjos incluindo os
anjos caídos), afirma que essas palavras em Isaías se referem a
Nabucodonosor, rei de Babilônia, e que são interpretadas erroneamente como se
referindo à queda de Satanás. Mas Orígenes disse: “O que caiu do céu não pode
ser Nabucodonosor nem nenhum outro ser humano”. E, em outras palavras, ele
reitera essa ideia no Tratado
sobre os princípios, livro 1.5.5; livro 4.3.9. Agostinho de
Hipona segue também nessa mesma linha de pensamento em Sobre a doutrina cristã
e A cidade de Deus.
A passagem de
Ezequiel 28.12-15 sobre o rei de Tiro é também vista pelos pais da Igreja como
referência à queda de Satanás, tal como Isaías 14.12-15, com discordância da
maioria dos reformadores do século 16. O texto sagrado descreve esse rei como o
aferidor da medida: “Tu eras o selo da simetria e a perfeição da sabedoria e da
formosura” (v. 12, TB); que estava no Éden, jardim de Deus, mas um jardim de
pedras preciosas (vv. 13, 14); era o querubim ungido e perfeito em todos os
seus caminhos (vv. 14, 15). Essas características ultrapassam a de qualquer ser
humano.
Uma passagem no
Novo Testamento está em Lucas 10.18, quando Jesus disse: “Eu via Satanás, como
raio, cair do céu” ou “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago”. A questão
é: quando aconteceu ou vai acontecer essa queda de Satanás? O ponto-chave é o
tempo verbal, “eu via”, imperfeito, segundo a Chave linguística do Novo Testamento grego, “indica
aquilo que era constantemente repetido”, ou seja, uma ação contínua; em
seguida, vem um comentário de Lucas: “Cada expulsão de demônios importava numa
queda de Satanás” (p. 126). Jesus via a derrocada do reino das trevas enquanto
os setenta discípulos pregavam. A segunda interpretação considera as palavras
de Jesus como referência à queda de Satanás como apresentada em Isaías 14.12-15
e Ezequiel 28.12-15, ideia aceita por pais da Igreja como Cipriano, Ambrósio e
Jerônimo, entre outros. O comentário
bíblico NVI, de F. F. Bruce, afirma:
Visto que esse dito lembra
Isaías 14.12 – “Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da
alvorada!” – tem sido interpretado ao longo da história cristã como uma
referência a uma queda cósmica de Satanás no passado remoto, Gregório, o
Grande, já interpretava no longínquo século VI. Mas Plummer (p. 278) diz: ‘O
aoristo indica a coincidência entre o sucesso dos Setenta e a visão de Cristo
da derrota de Satanás” (p. 1668).
O Comentário bíblico pentecostal do Novo
Testamento apresenta três opiniões:
1) Baseado em Isaías 14.12, o
Cristo preexistente testemunhou a queda de Satanás.
2) Jesus testemunhou a queda de Satanás na tentação do deserto (Lc 4.1-12), quando Jesus estabeleceu sua autoridade sobre todas as forças das trevas.
2) Jesus testemunhou a queda de Satanás na tentação do deserto (Lc 4.1-12), quando Jesus estabeleceu sua autoridade sobre todas as forças das trevas.
3) Jesus teve uma visão enquanto
os setenta e dois estavam ministrando sob sua autoridade. Esta terceira opção é
provavelmente a explicação correta. Enquanto eles estavam desempenhando a
missão, Jesus viu Satanás cair do céu como a subtaneidade de um raio. Esta
visão se relaciona com as vitórias dos discípulos sobre os poderes do mal.
A descrição Apocalipse 12.7-10
parece ter acontecido com a chegada de Jesus no céu: “E deu à luz um filho, um
varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi
arrebatado para Deus e para o seu trono” (v. 5). Na sequência, apartir do v. 7
vem a batalha do arcanjo Miguel contra o Dragão em Apocalipse. Se realmente é
isso, logo não se deve aplicar essa batalha à queda original de Satanás
descrita em Isaías 14.12, mas nem por isso deixa de ser a uma guerra cósmica
espirituale invisível aos olhos humanos.
Satanás tinha
acesso ao céu depois de sua queda conforme Isaías 14.12? Muitos expositores
bíblicos admitem essa ideia, mas que se tratava de um acesso com certa
restrição. Essas evidências aparecem em algumas passagens do Antigo Testamento
(1 Rs 22.23; Jó 1.6-9; 2.1-6; Zc 3.1, 2). É com base nessas passagens que
Satanás é chamado de “o acusador de nossos irmãos” (Ap 12.10). A Bíblia de Estudo Pentecostaldeixa
transparecer essa interpretação: “Satanás é derrotado, precipitado, na terra” (cf.
Lc 10.18) e não lhe é mais permitido acesso ao céu”. Stanley M. Horton segue
também nessa mesma linha de pensamento em seu comentário sobre o livro de
Apocalipse.
Mas, com a chegada
vitoriosa de Jesus ao céu, não se achou lugar para o acusador dos irmãos, e
assim não foi mais possível o acesso de Satanás e seus correligionários ao céu,
pois eles “não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus” (Ap 12.8).
Jesus morreu por todos os pecadores e intercede por sua Igreja, e nisso temos o
grito de vitória:
E foi precipitado o grande
dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo;
ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi
uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o
reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos
irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite
(Ap 12.9, 10).
O Senhor Jesus já tinha visto
essa derrota de Satanás. Ele disse: “Eu via Satanás, como raio, cair do céu”
(Lc 10.18).
Texto extraído da
obra “Batalha
Espiritual”, editada pela CPAD
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A batalha espiritual continua, desta feita nos
voltaremos para a natureza dos demônios, ressaltando o agenciamento desses
seres no mundo na maldade. Para tanto, partiremos do texto de Ap. 12.7-10, a
fim de mostrar a atuação demoníaca no contexto escatológico. Ao final,
enfocaremos o poder dos demônios, evitando supervaloriza-lo, a fim de mostrar
que Jesus é o Grande Vencedor, e Aquele a quem devemos proclamar, como o
Valente de Deus.
I. ANÁLISE
TEXTUAL
O livro do Apocalipse foi escrito por João na Ilha
de Patmos, quando ali esteve como prisioneiro, por causa do Evangelho do Senhor
Jesus. Esse texto trata a respeito dos eventos que acontecerão por ocasião da
Grande Tribulação, que antecede a volta de Cristo em glória, para estabelecer o
reino no Milênio. João diz que houve uma batalha – polemos – e que Moisés e os
seus anjos, e batalhavam – polemesai – o dragão e os seus anjos. Esse verbo
polemesai, em consonância com o substantivo polemos, dão ideia não apenas de
uma luta, mas também da manifestação de hostilidade (v. 7, 8). Há uma disputa e
uma desconsideração dos poderes das trevas pelos mensageiros de Deus. Mas o
grande dragão, a antiga serprente, chamado o diabo em grego e Satanás em
hebraico, foi precipitado – eblethe – foi derrotado, tendo sido lançado na
terra, esse mesmo que engana – plana – dando ideia de alguém que conduz as
pessoas a se desviarem, e que as leva pelo caminho do engano (v.9). Satanás é
finalmente derrotado, pois o próprio João escuta uma grande voz do céu, dizendo
que a salvação era chegada, e a força e o reino do nosso Deus, e o poder –
dunamis, um poder para realizar milagres - do Seu Cristo. Isso
porque o acusador – kategor – de nossos irmãos foi derrotado. A principal
característica de Satanás é a de acusar- kategoron – e isso ele faz dia e noite
(v. 10).
II. INTERPRETAÇÃO
TEXTUAL
Ao estudarmos o assunto da batalha espiritual,
precisamos ter cuidado para não dar ideia que existem poderes iguais, como se
fossem forças antagônicas em condições semelhantes, disputando território e
poder. Qualquer perspectiva dessa natureza se assemelha a um dualismo grego,
que não encontra respaldo nas Escrituras. As hostes satânicas não podem deter o
poder de Deus, muito menos do Seu reino. No texto em foco, João viu sinais nos
céus, uma mulher que dá à luz e um dragão que pretende destruir sua
descendência. Há várias interpretações desse texto, a mais apropriada é a de
que Jesus é o filho da mulher – Israel – que é perseguido pelo dragão, justamente
no período da Grande Tribulação. Deus envia Miguel e suas hostes celestiais, a
fim de pelejar contra Satanás. Miguel é um arcanjo e guardião do povo de Deus
(Dn. 10.13; 12.1; Jd. 9). A vitória de Miguel e das suas hostes sobre o dragão
é resultante do poder triunfante de Jesus na cruz do calvário (Cl. 2.15). A
batalha de Satanás contra os anjos de Deus remete aos tempos antigos, e talvez,
anterior a criação dos homens. Satanás é o príncipe dos demônios (Mt. 12.24;
25.41). Ele era um querubim ungido, perfeito em sabedoria e formosura, mas que
se rebelou (Ez. 28.12-15; Is. 14.12-15), sendo destituído da sua condição,
alguns anjos que o apoiaram nessa rebelião já estão presos (II Pe. 2.4; Jd. 6).
III. APLICAÇÃO
TEXTUAL
Estamos diante de uma luta contra os poderes das
trevas, e essa teve início na esfera humana no jardim do Eden (Gn. 3.1-15).
Depois de ter sido expulso do céu, Satanás busca desviar o ser humano do
objetivo para o qual foi criado: viver para a glória de Deus. Mas seus dias
estão contados, e eles sabe muito bem disso, ademais, mesmo sendo um Acusador,
não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo (Rm. 5.1; 8.33), por
causa da justificação. Jesus se fez pecado por nós, Seu sacrifício na cruz do
calvário foi suficiente para que tenhamos a garantia da vida eterna. Por causa
de Jesus, esses espíritos imundos (Lc. 4.33; 8.29; Ap. 18.2) e os espíritos
malignos (Lc. 8.2) estão limitados, até o dia em que finalmente serão vencidos,
por Aquele que é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. A vitória de Jesus
contra Satanás está na esfera da implantação do reino de Deus, ao mesmo tempo
que existe um “já”, há um “ainda não” que terá sua plenitude quando o reino de
Deus for finalmente estabelecido. Por isso, devemos ter cuidado, e não devemos
ignorar as astúcias do Inimigo, sendo capaz de colocar espinhos na carne (II
Co. 12.7), e até mesmo impedir o avanço da obra de Deus, sobretudo da obra
missionária (I Ts. 2.18). Não devemos desconsiderar seus ardís, muito menos sua
astúcia (II Co. 2.11), sabendo que chegará o dia em que ele será esmagado (Rm.
16.20).
CONCLUSÃO
Satanás é o adversários daqueles que creem em Deus,
devemos estar cientes de que uma batalha existe, e que essa é real no mundo
espiritual. Mas devemos saber também que Jesus, o mais Valente que o inimigo,
está do nosso lado, Ele é o Capitão da nossa salvação, e por causa dele, temos
a certeza de que o Reino de Deus virá, e certamente teremos um governo de plena
paz, e de justiça para todas as pessoas. Essa é nossa expectativa, e deve continuar
sendo, a grande esperança da igreja.
José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog
subsidioebd.blogspot.com
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
A Demonologia é uma
parte da Angelologia, a doutrina dos anjos, porque tanto demônios quanto anjos
são criaturas espirituais e invisíveis. A presente lição pretende mostrar a
origem, a natureza e os objetivos dos demônios e do seu maioral.
De início é
fundamental distinguir duas formas de estudo do assunto: demonologia e
demonologia cristã. Temos que distinguir dois pontos de vista sobre o assunto:
o ponto de vista das religiões em geral, e o ponto de vista da religião cristã.
Nas religiões em geral, o termo descreve o estudo de seres espirituais,
enquanto que no ensino cristão, “o ensino de poderes pessoais, criaturas
malditas por Deus por causa de sua maldade”. (WISSEN: Dämonologie). A
demonologia cristã é o estudo do que a Bíblia ensina sobre os demônios. O que a
Bíblia diz sobre os demônios? A Bíblia indica que os demônios são anjos caídos
- anjos que juntamente com Satanás se rebelaram contra Deus. Satanás e seus
demônios agora desejam enganar e destruir todos aqueles que seguem e adoram a
Deus. Uma passagem importante relacionada à demonologia cristã é 2 Coríntios
11.14-15: "E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça
em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em
ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras." –
Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!
I. ORIGEM
DOS DEMÔNIOS
1. Os
anjos caídos e os demônios. Eles são os restantes dos anjos que seguiram Satanás após a sua
rebelião contra Deus (v.9). A tradição judaica antiga descreve essa queda de
maneira mais ampla na literatura apocalíptica do período interbíblico como os
Oráculos Sibilinos e os livros de Enoque.
Não há uma
informação concreta nas Escrituras quanto ao tempo em que Deus criou os anjos,
mas a declaração de Gênesis é que Deus criou tudo bom porque Deus, em Sua santidade,
não pode criar nada mal e pecaminoso. Pelo relato de Ezequiel 28 sabemos que
houve uma espécie de rebelião no mundo angelical, sem especificar o momento,
quando Lúcifer rebelou-se contra Deus e foi expulso do céu juntamente com um
terço do grupo angelical (Is 14; Ez 28; Ap 12.3-4;9). Estes seres caídos são
agora conhecidos como demônios. Alguns tentam dar nomes a muitos destes seres
caídos, mas o único anjo caído com nome na Bíblia é Satanás, que aliás, não é
um nome próprio, mas um adjetivo originado no hebraico “שטן satan” e do grego
“σατανας satanas”, significando “adversário”. Os nomes do diabo na Bíblia nos
ajudam a entender melhor quem ele é:
● Satanás – significa acusador – Jó 1.6; 2Co 11;14; Zc
3.1; 1Ts 2.18
● Destruidor – que em hebraico é Abadom e em grego é Apoliom
– Apocalipse 9.11
● Belial – significa imprestável – 2 Coríntios 6.15
Outros nomes e suas referências:
● Diabo -- caluniador (Mt 4.1)
● Serpente -- enganador (Ap 12.9)
● Lúcifer -- portador de luz (Is 14.12)
● Maligno (1Jo 5.19)
● Dragão (Ap 12.17)
● Príncipe deste mundo (Jo 12.31)
● O deus deste século (2Co 4.4)
● Acusador dos irmãos (Ap 12.10)
● Belzebu -- príncipe dos demônios (Mt 12.24).
● Belial (2Co 6.15).
Certamente este ente espiritual desvirtuado é citado
como o grande inimigo de Deus e dos homens. Interessante notar que Paulo lhe
atribui um título: “príncipe deste mundo” (Ef 2.2). Mas seu fim está decretado
por Deus.
2. A
expulsão do querubim ungido. A Bíblia diz que Satanás é o maioral dos demônios (Mt 12.24; 25.41). No
princípio, Deus criou o querubim ungido, perfeito em sabedoria e formosura, o
qual era o selo da simetria (Ez 28.12-15). Ele se rebelou contra Deus e foi
expulso do céu (Is 14.12-15). Com sua queda, saíram com ele os anjos que
aderiram à rebelião, e uma parte deles continua em prisão (2 Pe 2.4; Jd 6).
Apesar de a Bíblia não fornecer detalhes sobre os demônios, essas passagens
bíblicas podem apontar a sua origem.
Este é um
resumo simplório para um assunto complexo e de poucas informações claras nas
Escrituras. Lúcifer é chamado também de “querubim da guarda ungido”, uma
categoria angelical elevada. Pode-se deduzir dos vários textos bíblicos que
Lúcifer governava e liderava anjos, guiando-os em louvor e júbilo a Deus.
Estudiosos da gramática hebraica afirmam que a palavra “da guarda”, em Ezequiel
28.14-16, significa literalmente “quem conduz”, visto que, antes da queda de
Lúcifer não havia inimigos e nem nada para ser guardado.
“A maior catástrofe da história da criação
universal foi sem dúvida, a desobediência a Deus por parte de Lúcifer, e a consequente
queda de talvez um terço dos anjos que se juntaram a ele em sua maldade. Sua
queda ocorreu quando o orgulho tomou conta do seu ser. Isso foi procedido de
cinco “eis”, que demonstravam o seu espírito insubmisso e exaltado, e foram:
● “Eu subirei ao céu”.
● “Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”.
● “No monte da congregação me assentarei”.
● “Subirei acima das mais altas nuvens”.
● “Serei semelhante ao altíssimo”.
O orgulho tomará conta da mente e do
coração dessa criatura, a qual foi criada para ser uma benção, mas que escolheu
ser contrário ao Seu Criador. São fatos como esses que nos mostram a grandeza
do nosso Deus. Na queda dos anjos vemos o quanto o Senhor é perfeito e
maravilhoso. Ele nunca criou uma criatura robótica, que simplesmente recebe
ordens, mas sim a todos concedeu o livre arbítrio (o fato de podermos escolher
o nosso destino). Saber que Lúcifer caiu, que o homem seguiu o mesmo destino,
nos leva a contemplar quão grandioso é o Senhor. Hoje de livre e espontânea
vontade podemos escolher servir ao Senhor. Aleluia!!!” (Anjos do Mal, CACAP. Disponível em: http://www.cacp.org.br/anjos-do-mal/.
Acesso em: 12 Jan, 2019)
Quando exatamente ele pecou não está registrado nas
Escrituras. Pode ter ocorrido fora do tempo como nós o conhecemos, isto é,
antes da criação do tempo e do espaço.
3. Os
demônios na cultura pagã. Os termos gregos traduzidos por "demônio" no Novo Testamento
são daimonion, "demônio, um deus, uma divindade", para designar os
deuses pagãos (Dt 32.17); e daimon, "um espírito mal, demônio". Os
demônios foram posteriormente concebidos como seres espirituais intermediários
bons ou maus, ou seja, os anjos e os espíritos malignos. A natureza
inconsequente desses espíritos os associa com o mal, com toda a maldade do
mundo.
A palavra grega Daemon significa “espirito”
e “divindade”, e é utilizada nos escritos gregos para se referir tanto a
seres espirituais bons quanto maus. A outra palavra citada pelo comentarista é
um plural. Com a palavra daimónion, as crenças populares gregas descrevia
espíritos de falecidos que dispunham de poderes sobrenaturais e que intervinham
na natureza e sobre os homens de forma sobrenatural. Contra estes ataques o homem
precisava se defender através da magia. Mais tarde a filosofia grega os elevou
a semi-deuses, ou seja, intermediários entre os deuses e os homens. (v. d.
Born: 1987: Demônios). Daemones designa um ser mitológico
grego muito semelhante a um gênio, comum na mitologia árabe. Se analisar a
origem da palavra Daemon em latim ela significa nada menos que demônio.
Não faz parte deste tópico, mas, a primeira
ocorrência se encontra em Levitico 17.7: “Nunca mais oferecerão os seus
sacrifícios aos demônios, com os quais eles se prostituem; isso lhes será por
estatuto perpétuo nas suas gerações”
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Quem são os demônios? O que eles fazem? Essas
perguntas podem ser elaboradas na lousa ou em um slide, ou ainda, em um
retroprojetor. Iniciar a aula fazendo essas perguntas ajuda os alunos a
reflexão acerca da identidade das dos espíritos malignos que a Bíblia descreve.
O professor, ou a professora, pode usar esta citação para uma resposta mais
elaborada sobre os anjos caídos: “São os que se rebelaram contra Deus. Eles
foram criados por Deus e eram originalmente bons e, assim como o ser humano,
dotados de livre-arbítrio; porém, sob a direção de Satanás, eles pecaram e
rebelaram-se contra Deus, tornando-se maus. São identificados como ‘espíritos
imundos’, ‘espíritos malignos’, ‘demônios’” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD,
2017, p.89).
II. A
BATALHA NO CÉU
1. O
arcanjo Miguel e o dragão (v.7). Miguel é anjo, o príncipe dos filhos de Israel, na qualidade de
arcanjo, e lidera uma guarnição angelical (Dn 10.13, 21; 12.1; Jd 9). O dragão
é identificado com o próprio Diabo e Satanás, a antiga serpente (v.9), em uma
referência à serpente do Éden (Gn 3.1-4,13-15). Miguel é mais poderoso do que o
dragão, pois peleja pelo poder de Deus e, juntamente com os seus liderados,
expulsa Satanás e seus anjos do céu (Ap 12.8).
O versículo 7 lança luz sobre a identidade da
serpente em Gênesis – ela na verdade é Satanás. Esta é a primeira de doze vezes
que a palavra dragão aparece no Apocalipse. Não há dúvida sobre a identidade do
dragão (12.9).
Miguel é um arcanjo e aparece 5 vezes na Bíblia:
● em Daniel 10.13 – um anjo apareceu ao profeta Daniel
em uma visão e lhe explicou que só não tinha chegado mais cedo porque o
príncipe da Pérsia (um agente de satanás) o impediu. Mas quando o arcanjo
Miguel chegou e o ajudou, ele conseguiu chegar a Daniel.
● em Daniel 10,20-21; 11:1 - Miguel ajudou a lutar contra o
príncipe da Pérsia e da Grécia e tinha recebido ajuda do anjo da visão de
Daniel
● em Daniel 12.1 – diz que o arcanjo Miguel virá no fim dos
tempos e terá um papel importante que não é explicado
● em Judas 1.9 – está escrito que o arcanjo Miguel entrou em
uma disputa com o diabo pelo corpo de Moisés quando ele morreu. Nessa disputa
Miguel mostrou sabedoria ao não entrar em difamações, mas deixou a repreensão
para Deus
● em Apocalipse 12.7-9 – João tem uma visão sobre uma grande
batalha nos céus entre o exército dos anjos de Deus, liderado por Miguel, e o
exército de Satanás.
Por essas 5 referências sabemos que Miguel é um
arcanjo – um príncipe entre os anjos, ou anjo principal. Ele tem mais poder que
alguns anjos e ajuda a lutar contra os elementos mais poderosos do exército de
satanás. Miguel é um grande guerreiro e defende o povo de Deus.
“A literatura judaica ensinava que em toda a
esfera celestial havia “sete arcanjos”: (Gabriel, Miguel, Remuel, Raquel,
Rafael e Saracael e Uriel). Os autores do livro de Enoque falam disso, mas as
Escrituras só designam apenas um: Miguel como Arcanjo (1Ts 4.16; Jd v.9).
Podemos depreender que antes de sua queda Lúcifer era também um arcanjo, igual
a Miguel (cf. Ez 28.1 e ss).” (Apocalipse 12:7 Explicado.
Disponível em https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2014/12/apocalipse-127-explicado.html.
Acesso em: 12 Jan, 2019).
2. A
expulsão de Satanás (v.8). Essa passagem é muito disputada pelos expositores bíblicos e há
diversas interpretações. Nessa guerra escatológica, há os que acreditam que se
trata da queda original de Satanás, e outros afirmam que não há ligações com
essa queda. Outra interpretação é que Satanás teria acesso ao céu antes da
ascensão de Jesus. O argumento usado se baseia em algumas passagens do Antigo
Testamento (1 Rs 22.23; Jó 1.6-9; 2.1-6; Zc 3.1,2). De uma forma ou de outra, a
derrota do Inimigo já está decretada, conforme revelou o próprio Senhor:
"Eu via Satanás, como raio, cair do céu" (Lc 10.18). A expressão
"eu via" diz respeito a uma ação contínua, e isso mostra que Jesus
contemplava, em visão, a queda de Satanás, enquanto os setenta pregavam o evangelho.
O capítulo 12 de Apocalipse mostra o poder dos
servos de Deus sobre o diabo. Ele tenta de várias maneiras derrotar os fiéis,
mas não consegue. Nesta batalha no mundo espiritual, mais uma vez não
prevaleceram, perderam a batalha contra Miguel. O resultado desta batalha é
importante, o diabo perdeu e saiu enfraquecido. O poder dele depois da vitória
de Jesus na cruz é menor do que o poder que tinha anteriormente. Qualquer
aspiração de Satanás de dominar os servos de Deus, ou até de vencer o próprio
Cristo, foi negada pela vitória de Jesus e a vitória resultante de Miguel. Os
versículos seguintes frisarão alguns aspectos importantes desta derrota do
diabo.
.
3. A
vitória final sobre Satanás. A derrota final de Satanás, na verdade, teve início com a morte,
ressurreição e ascensão de Jesus. A partir daí, as acusações do Diabo contra
nós caíram por terra, porque quem nos justifica diante de Deus é o próprio
Cristo (Rm 5.1; 8.33). No Apocalipse, vemos que Miguel e seus anjos vencem o
dragão e seus demônios (Ap 12.7-9). O mérito da vitória, porém, não cabe ao
arcanjo, pois este sempre atuou em nome do Senhor (Jd 9). Mais adiante, o Diabo
é amarrado por mil anos, para, finalmente, ser lançado no lago de fogo (Ap
20.3,10). Diante das arremetidas do adversário, sejamos valentes e confiantes
na pronta intervenção divina, pois temos, nesta luta, uma gloriosa promessa (Rm
16.20).
- A derrota dele já está decretada desde sua queda.
Em João Jesus afirma que “o príncipe deste mundo já está julgado”
(Jo 16.11). O autor de Hebreus diz de Jesus: “para que, por sua morte,
destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos
que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”
(Hb 2.14-15). Jesus triunfou dos principados e potestades na cruz (Cl 2.15). “Para
isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1Jo
3.8). Quando foi derrotado por Miguel, como resultado da vitória de Jesus,
restou somente a possibilidade de afligir as pessoas na terra. Como um exército
que perde e se retira do campo da batalha, atacando com raiva as pessoas
desprotegidas que encontram no caminho para casa, o diabo e seus anjos são
expulsos do céu e conseguem apenas afligir os que habitam na terra (versículo
12). O fato de o diabo ainda agir na terra não nega a vitória total de Jesus.
Satanás foi derrotado, e jamais terá a vitória.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Nesta ocasião [Grande Tribulação], de acordo com
Apocalipse 12.7, ‘houve batalha no céu’. Os adversários são Miguel e seus anjos
que lutam contra o dragão (Satanás) e seus anjos (demônios). A batalha é curta
e o resultado, indiscutível – Satanás e seus anjos ‘não prevaleceram; nem mais
o seu lugar se achou nos céus’ (Ap 12.8). Embora este evento ainda seja futuro,
o seu acontecimento e resultado são tão certos que são descritos no tempo
passado do verbo. Com resultado desta batalha, Satanás e seus anjos serão
lançados à terra, e virão com uma vingança contra a nação de Israel, em um
inútil esforço de destruí-la e frustrar a promessa que Deus fez a Abraão, de
fazer de Israel uma grande nação (Dn 12.1; Ap 12.9-17)” (LAHAYE, Tim; HINDSON,
Ed. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.102).
III. O
MAIORAL DOS DEMÔNIOS
“1. A Serpente. O termo
"dragão" é drakon em grego e é usado na Septuaginta para traduzir
algumas palavras hebraicas, como tanim e leviatan, cujo sentido é diversificado
como "monstros, animais do deserto, serpentes". No Novo Testamento,
só aparece em Apocalipse, e aqui é chamado de "o grande dragão, a antiga
serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo" (v.9). A
serpente que enganou Eva é o próprio Satanás (Gn 3.1-4; 14,15). Ele é perito em
enganar como fez com Eva e ainda hoje esta é uma de suas especialidades (2 Co
2.11; 11.3).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre
2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
Desde a primeira vez que Satanás aparece na Bíblia,
ele é descrito como uma serpente, destacando a sua sagacidade (Gn 3.1). É o
mesmo que tentou Eva e continua lutando contra e seduzindo os homens desde o
princípio. Ele cresceu em astúcia e maldade e poder sobre os homens ao longo da
história.
2. Satanás. Não é possível descrever todos os nomes do
inimigo de Deus e do seu povo. O nome mais conhecido vem do hebraico satan,
"Satanás, adversário". É no prólogo do livro de Jó que Satanás
aparece pela primeira vez como ser espiritual que acusa os justos diante de
Deus. As Escrituras o revelam primeiramente com nome pessoal quando induz o rei
Davi a fazer o recenseamento: "Então, Satanás se levantou contra Israel e
incitou Davi a numerar a Israel" (1 Cr 21.1).
O dragão é o
inimigo que procura derrotar e destruir os homens e se opõe a Deus e a todas as
coisas boas e santas. “Satanás (adversário); Diabo (difamador); Lúcifer (O
filho da Alva). A)Ele é uma criatura (Ez.28:14); B) Ele é um ser
espiritual (Ef.6:11-12); C) Ele pertence a ordem dos Querubins (Ez.28:14); D)
Ele é homicida e mentiroso (Jo.8:44); E) Ele é um pecador obstinado (IJo.3:8);
F) Ele é um adversário (IPe.5:8)”. (Bíblia Anotada). Deve ficar
claro que a figura de Satanás não é uma questão de dualismo entre o bem e o
mal. A despeito da clareza que a Palavra de Deus quanto à onipotência de Deus
muitos evangélicos estão agindo dentro do pensamento dualista, entendendo que
Deus e Satanás são forças iguais, porém opostas, e a todo o momento o Reino de
Deus está ameaçado pela derrota, estando os cristão chamados a uma guerra para
defender a soberania de Deus e seus territórios neste mundo.
3. O Diabo. O termo grego diábolos, “caluniador", é
usado com frequência na Septuaginta para traduzir a palavra hebraica satan,
"adversário". O termo vem do verbo diabállo, "acusar, difamar,
enganar, provocar um desacordo". A especialidade dele é enganar e acusar
(v.10). Jesus disse que a essência da natureza dele é a mentira: "Vós
tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi
homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade
nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso
e pai da mentira" (Jo 8.44). Sua habitação ainda não é o inferno; ele
ainda será lançado nesse lugar, "o fogo eterno preparado para o diabo e
seus anjos" (Mt 25.41).
Do grego
diabolos, significa acusador, difamador, caluniador. A palavra bem descreve o
caráter e o procedimento do dragão. é o título mais comum atribuído à Lúcifer.
É o inimigo, ou seja o inimigo de Deus e dos cristãos, e de todas as pessoas.
Uma distinção muito importante é que, apesar de ter certo poder, não é
onipotente. Não é correto falarmos de “diabos”, pois só existe um, ou seja,
Satanás. (BOL dicionário Almeida: DIABO, e v. d. Born 1987: Demônios)
IV. O PODER
DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS
1. O
contexto bíblico. Há relativamente pouco registro sobre os demônios no Antigo Testamento.
A Septuaginta traduz quatro termos hebraicos por daimonion,
"demônio", e um por daimon (Is 65.11). A tradição judaica considera
os demônios como anjos caídos que se uniram a Satanás na sua rebelião contra
Deus. Os demônios são identificados no Novo Testamento como os espíritos
imundos (Lc 4.33; 8.29; Ap 18.2) e os espíritos malignos (Lc 8.2). Eles são
malévolos, podem entrar nas pessoas (Lc 11.24-26) e causam todo o tipo de
doença (Lc 9.39-42), embora nem todas enfermidades sejam de origem demoníaca
(Lc 13.32).
No NT recebe vários
nomes, Satanás, Satã, Diabo, Belial, Belzebu. Recebe também títulos como O
príncipe deste mundo, acusador, maligno, inimigo. O conceito que o NT transmite
é o seguintes aspectos: anjo caído (2Pe 2.4; Jd 6), o grande adversário de Deus
e senhor deste mundo. O armado forte (Mt 12.29 par) O seu escopo é tentar os
homens (Mt 4.3; 1 Ts 3.5; 1 Co 7.5) e perdê-los (Jo 8.44). pela sua própria
culpa tornam-se seus escravos (Hb 2.14; 1 Jo 3.8,10). O pecado é a própria
esfera em que ele vive (1 Jo 3.8) ele é sua origem (2 Co 11.3; Jo 8.44),
instigador (1 Ts 3.5; Mt 4.1 ) e perpetuador (Ef 2.2). Os maus espíritos lhe
são submissos (Mt 25.41; 2 Co 12.7 Ef 2.2; 6.12 Ap 10.9). Ele está atrás do
paganismo com sua idolatria e magia (At 13.10), é o príncipe (Jo 12.31; 14.30;
16.11; 1 Jo 5.19) e até o deus deste mundo (2 Co 4.4). S. É chamado também
serpente, como em Sab 2.24 (2 Co 11.3; Ap 12.9). (De Fraine 1987: Satanás).
Sabemos que Satanás tem poder e está ativo no mundo. Citamos alguns exemplos
das suas artimanhas. Sua maldade invisível (cf “poder das trevas” em Cl 1.13)
está atrás da traição de Judas (Lc 22.3; Jo 6.70; 13.2, 27); ele impugna a obra
dos discípulos de Jesus (Lc 22.31, a jovem comunidade cristã (At 5.3) a
pregação dos apóstolos (1Ts 2.18); até certas doenças lhe são inculpadas (Lc
13.16; 1Co5.5;2Co12.7). Espreita as comunidades cristãs, mas na forço da fé
podem resistir-lhe (Rm 16.20; Ef 6.16; 1Pe 5.8 etc). (De Fraine 1987 (Demonologia e Batalha Espiritual. Disponível em:http://www.ibpan.com.br/images/stories/Downloads/Estudos_Biblicos/Demonologia%20e%20Batalha%20Espiritual.pdf.
Acesso em: 12 Jan, 2019)
2. O
triunfo de Cristo. A vitória preliminar de Jesus sobre Satanás começa na tentação do
deserto (Mt 4.11). O Diabo já está derrotado preliminarmente (Jo 12.31). Jesus
disse que o príncipe desde mundo já está julgado (Jo 16.11). Mesmo assim, ele
continua se opondo à obra de Deus. Satanás causou diversos infortúnios ao
apóstolo Paulo, com o espinho na carne (2 Co 12.7) e o impedimento nas jornadas
missionárias (1 Ts 2.18). Nós não devemos ignorar as suas astúcias (2 Co 2.11).
Em breve, Deus "esmagará Satanás debaixo de nossos pés" (Rm 16.20).
“Devido à vitória de Jesus na morte e
ressurreição, o diabo não tem o mesmo poder de antes. Quando chegou em
Jerusalém na semana da Páscoa para ser crucificado, Jesus disse: “Chegou o
momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (João
12:31) e “o príncipe deste mundo já está julgado” (João 16:11). Frustrados
pelas derrotas já sofridas, ele e seus anjos tentarão derrotar os habitantes da
terra. Este trecho esclarece o significado de outras passagens que falam sobre
a vitória de Jesus sobre o diabo. Na sua morte e ressurreição, Jesus venceu
Satanás. O autor de Hebreus diz de Jesus: “para que, por sua morte, destruísse
aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo
pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus
2:14-15). Jesus triunfou dos principados e potestades na cruz (Colossenses
2:15). “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do
diabo” (1 João 3:8). Jesus já venceu. O diabo já perdeu. Ele não tem mais o
mesmo poder de antes. Quando foi derrotado por Miguel, como resultado da
vitória de Jesus, restou somente a possibilidade de afligir as pessoas na
terra. Como um exército que perde e se retira do campo da batalha, atacando com
raiva as pessoas desprotegidas que encontram no caminho para casa, o diabo e
seus anjos são expulsos do céu e conseguem apenas afligir os que habitam na
terra (versículo 12). O fato de o diabo ainda agir na terra não nega a vitória
total de Jesus. Satanás foi derrotado, e jamais terá a vitória”. (A
Derrota do Dragão (Apocalipse 12:1-17). Disponível em:https://www.estudosdabiblia.net/b09_21.htm.
Acesso em: 12 Jan, 2019)
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“A vitória de nosso Senhor sobre os ataques de
Satanás qualificaram-no para ir à cruz. Ali Satanás parecia ter conseguido a
sua vitória, evitando o estabelecimento de um reino messiânico, mas,
ironicamente, esta vitória de curta duração na realidade destruiu o reino do
próprio Satanás. Na cruz, os pecados da humanidade foram completamente pagos, e
a derrota de Satanás foi garantida, embora não seja até o final do Milênio que
ele, por fim e permanentemente, seja confinado ao eterno lago de fogo” (LAHAYE,
Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular
de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.412).
CONCLUSÃO
Os demônios são reais, são
espíritos maus e imundos, o oposto dos anjos. Jesus é a única garantia de que
eles nada podem contra nós; antes, Jesus disse: "Eis que vos dou poder
para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará
dano algum" (Lc 10.19).
“A salvação vem pela graça mediante a fé (Efésios
2:8), mostrando a obra divina e a resposta humana. A vitória sobre o diabo e
seus anjos também depende da obra divina e da resposta dos servos. O sangue do
Cordeiro é absolutamente fundamental à vitória. Nenhuma doutrina que omite a
cruz nos leva ao galardão preparado por Deus. O único caminho é Jesus (João
14:6), o único evangelho é a mensagem de “Jesus Cristo e este crucificado” (1
Coríntios 2:2), e o único meio pelo qual obtemos a redenção é o sangue do Filho
Amado (Efésios 1:6-7). “E por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo
em face da morte, não amaram a própria vida” (v. 11). A resposta dos servos, os
irmãos (versículo 10), envolve uma dedicação total ao Senhor. Nesta descrição
da obediência dos fiéis, encontramos as exigências básicas do discipulado dadas
por Jesus em Marcos 8:34:
1. “A si mesmo se negue” – “não amaram a própria vida”.
2. “Tome a sua cruz” – “mesmo em face da morte”.
3. “E siga-me” – “por causa da palavra do testemunho que
deram”.” (ESTUDOS DA BIBLIA)
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a
tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome
sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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