SUBSÍDIO I
Ética Cristã, Vícios e Jogos
A Bíblia Sagrada enaltece a vida
moderada, o trabalho honesto e a boa administração da família (1 Co 10.23; Ec
3.10; 1 Tm 5.8). Desse modo, as Escrituras eliminam qualquer possibilidade de o
cristão envolver-se na prática dos vícios ou jogos de azar. No entanto, as
estatísticas indicam dados alarmantes dos prejuízos que são provocados por esse
mal em nossa sociedade.
VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA
HUMANA
Tudo aquilo que escraviza o
homem e o faz perder seus valores é qualificado como vícios que resultam na degradação
da essência humana. Uma definição genérica para vício é “um hábito, ou prática,
imoral ou mau; conduta imoral; comportamento depravado e degradante” (HENRY,
2007, p. 596). Portanto, vício é o contrário da virtude, assim como o errado
diverge do certo e as trevas fazem oposição à luz. Durante a Idade Média, os
teólogos relacionaram os “vícios” aos denominados sete “pecados capitais”. Os
vícios eram identificados em um ou mais dos seguintes pecados mortais: orgulho,
avareza, lascívia, inveja, glutonaria, ira e preguiça. Quanto a esses e aos
demais pecados, somos exortados a rejeitar as obras das trevas e nos vestir das
armas da luz (Rm 13.12). O apóstolo dos gentios enfatiza o comportamento ético
do cristão como aquele que age na luz: “não em glutonarias, nem em bebedeiras,
nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja” (Rm
13.13). As vidas viciadas no álcool, cigarros e demais drogas evidenciam
ausência de paz de espírito, andam nas trevas e necessitam de urgente
libertação (Gl 5.16; 1 Jo 2.8).
O Pecado do Alcoolismo
O consumo do álcool é tanto um
vício como um pecado (Lc 21.34; Ef 5.18; 1 Co 6.10). A embriaguez altera o
raciocínio e o bom senso (Pv 31.4,5). O álcool retira a inibição e a pessoa
perde “a motivação para fazer o que é certo” (Os 4.11). O alcoolismo leva à
pobreza e a graves problemas de saúde (Pv 23.21,31,32). Dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS) apontam o alcoolismo como a terceira causa de morte no
mundo. A igreja deve posicionar-se e trabalhar na prevenção ao vício. O
problema é de ordem espiritual, médica e psicológica. Muitas pessoas fazem uso
da bebida alcoólica como um meio de fuga para seus problemas. Por conseguinte,
precisamos sair da clausura dos templos e anunciar que Cristo produz vida (Jo
10.10) e concede paz para a alma (Jo 14.27).
A maldição na família de Noé
A embriaguez do patriarca Noé
resultou em graves consequências para si e para sua família. Após o período do
dilúvio, Noé tornou-se lavrador da terra e plantou uma vinha (Gn 9.20). Na primeira
colheita da uva, ao fermentar um vinho, o patriarca embriagado ficou desnudo
dentro de sua tenda. Desinibido pelo efeito do álcool, tornou-se incapaz de
perceber a insensatez de sua atitude (Gn 9.21). O mesmo efeito de destempero
acontece com aqueles que agem sob o efeito do álcool. Por isso, as Escrituras
advertem: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo
aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1). Por essa razão, também
Paulo recomendou a abstinência de bebidas alcoólicas (1 Tm 3.3). A nudez de Noé
foi flagrada pelo seu filho Cam, que em lugar de resguardar seu pai decidiu
depreciar sua honra contando aos irmãos (Gn 9.22).
Os outros filhos
de Noé, Sem e Jafé, de maneira respeitosa, com o rosto virado em direção
contrária, cobriram a nudez do pai (Gn 9.23). Passado o entorpecimento, ao
despertar de sua bebedeira e se conscientizar dos fatos, o patriarca lançou
sobre o filho de Cam um severo juízo: “Maldito seja Canaã; servo dos servos
seja aos seus irmãos” (Gn 9.25). Por conseguinte, por causa da postura
difamatória de Cam, toda a descendência de Canaã ficou sob maldição.
Apreende-se com tal episódio que o uso do álcool resulta em situações danosas e
constrangedoras para a família. Assim, para o cristão, prevalece a admoestação
bíblica: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos
do Espírito” (Ef 5.18).
A Escravidão das Drogas
As drogas são substâncias
químicas que provocam alterações no organismo. As drogas causam dependência e o
consumo excessivo provoca morte por overdose. As drogas afetam também o
funcionamento do coração, fígado, pulmões e até mesmo o cérebro. As drogas
ilícitas mais comuns são a maconha, a cocaína, o crack e o ecstasy. As chamadas
drogas lícitas, como o álcool e o cigarro, são igualmente prejudiciais à saúde.
As pessoas usam drogas principalmente para alterar o estado de espírito em
busca de paz. Entretanto, as drogas agridem o corpo que é templo do Espírito
Santo (1 Co 6.19,20) e invalidam o sacrifício de Cristo na cruz (1 Co 1.18). O
cristão não deve usar e nem participar de movimentos que visam legalizar as
drogas.
Descriminalização do uso e venda
de drogas
A legislação brasileira verbera
contra o uso e contra a venda de entorpecentes (Lei nº 11.343/2006). Embora a
referida norma abrandasse as penalidades para os usuários, em comparação com as
legislações anteriores, a norma em vigor ainda considera crime “adquirir,
guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo [entorpecentes]”
(Art. 28). Todavia, tramitam no Congresso Nacional Projetos de Leis (PL) que
visam à descriminalização das drogas, isto é, que o uso de drogas e sua venda
não seja mais considerado crime.
O PL n° 7270/2014
autoriza a produção e o comércio da maconha em todo o território nacional.
Outro projeto de lei é o de n° 7187/2014, que dispõe sobre o controle, a
plantação, o cultivo e a comercialização da maconha. Por fim, há ainda um
Recurso Extraordinário (RE) n° 635659 que tramita no Supremo Tribunal Federal
que tem o intuito de descriminar o uso da maconha. Contudo, é importante frisar
que mesmo com essas tentativas de descriminalização, o uso e a venda de drogas
até então é crime.
Assim como
relatado neste capítulo, o uso de entorpecentes é imoral, antiético, bem como
prejudicial à saúde do usuário e das pessoas do seu convívio social. Porém,
alguns grupos nocivos à sociedade anseiam a descriminalização das drogas. O
condão de defesa apresentado por esses apoiadores é que a criminalização das
drogas cria cartéis do narcotráfico, e que, “liberando” as drogas, essas
quadrilhas seriam desmobilizadas. Outra arguição é que o uso de drogas não pode
ser considerado crime, e, sim, problema de saúde pública. Com esses pretextos,
como explicar que mesmo regulamentado os medicamentos de “tarja preta” ou de
antibióticos são vendidos clandestinamente? Se o uso de entorpecentes é
considerado crime e mesmo assim milhares de pessoas utilizam, será que
“liberando” o uso de drogas diminuirá os usuários, e, assim, desafogará o
sistema de saúde?
O exercício do domínio próprio
Aquele que vive na carne é
escravizado pelo pecado (Jo 8.34). A maior característica de quem vive no
Espírito é a manifestação do fruto do Espírito Santo. Segundo o teólogo David
Lim, “o fruto tem a ver com o crescimento e o caráter; o modo da vida é o teste
fundamental da autenticidade” (HORTON, 1996, p. 488). O fruto do Espírito
consiste em nove graças listadas em Gálatas 5.22,23, as quais são amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e
temperança. O fruto no singular refere-se à unidade que o Espírito Santo cria
na vida daqueles que se sujeitam a Ele (GOMES, 2016, p. 14). A virtude que
parece ser o somatório de todas as outras é tradução da palavra grega egkrateia, que significa
“temperança” ou “domínio próprio”. É autocontrole, autodisciplina e moderação.
É a qualidade que Cristo nos dá para andarmos no mundo conservando a nossa
santidade. Trata-se de um ato de repelir ou reprimir os desejos da carne por
meio do controle do Espírito Santo:
Ironicamente os
nossos desejos pecaminosos, que prometem autorrealização e poder,
inevitavelmente nos levam à escravidão. Quando nos rendemos ao Espírito Santo,
inicialmente sentimos como se tivéssemos perdido o controle, mas Ele nos leva a
exercer o autocontrole que seria impossível somente com as nossas próprias
forças. (RIBAS, 2009, p. 298)
Desse modo, o
cristão controlado pelo Espírito Santo não pode ceder às paixões carnais e nem
tão pouco ser escravizado pelo uso de quaisquer drogas ou entorpecentes. O
vício — quer ele seja lícito, quer seja ilícito — não tem lugar na vida de uma
pessoa que procura ser controlada pelo Espírito de Deus. Embora nem a idade nem
a experiência sirvam de garantia para o exercício do autocontrole, o fruto do
Espírito o produz na vida do crente. O texto paulino exorta o cristão a não ser
dominado por nada: “[...] todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma” (1 Co 6.12b).
JOGOS DE AZAR: A ARMADILHA PARA
A FAMÍLIA
Tudo aquilo que abarca
investimento sem retorno garantido, descomprometido com a ética e a moral
resulta em sérios prejuízos na família. A expressão “jogos de azar”, para os
efeitos penais, é definida como sendo o jogo em que o ganho e a perda dependem
exclusiva ou principalmente da sorte. Consideram-se jogos de azar: a) o jogo
dependente de sorte; b) apostas em qualquer outra competição. O décimo
mandamento do Decálogo condena a cobiça, que é a raiz de todos os jogos de azar
(Êx 20.17).
A Ilusão do Ganho Fácil
A sedução dos jogos de azar
ocorre pela esperança de se obter lucro instantâneo. As pessoas são atraídas
pela ilusão de ganhar dinheiro rápido e fácil sem o esforço do trabalho. Jogam
na expectativa de tirar a sorte grande e assim resolver problemas financeiros.
Ciente dessa realidade, o Estado brasileiro é extremamente ambicioso na
exploração da jogatina. Somente de loterias legalizadas são nove modalidades:
mega-sena, loto mania, dupla sena, loto fácil, quina, instantânea, loteria
federal, loteca e lotogol. E ainda existem as casas de bingo, os jogos
eletrônicos e também os jogos ilegais como os caça-níqueis e o jogo do bicho,
entre outros. O governo e os contraventores lucram e lucram muito. Mas os
jogadores tornam-se compulsivos, endividam-se, arruínam a família e a própria
vida. Depositar a esperança na sorte é pecado e implica não confiar na
providência divina (Jr 17.5-7).
O erro de confiar nas riquezas
No capítulo 6 do Evangelho de
Mateus, no Sermão do Monte, Cristo tratou, entre outros assuntos, acerca da
oração e da ansiedade. Discorreu sobre a tendência humana de acumular tesouros
na terra (Mt 6.19,20). Cristo alertou que as riquezas não são permanentes e
podem rapidamente desaparecer. As possessões terrenas podem ser destruídas por
três maneiras: a traça, a ferrugem e os ladrões. Portanto, aqueles que
depositam sua fé e esperança nos bens materiais estão sujeitos a sofrer
decepções e dores profundas, pois “o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie
de males” (1 Tm 6.10). Para livrar o cristão do sofrimento de tais males, o
Senhor nos orienta a ajuntar tesouros nos céus, com a seguinte observação:
“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt
6.21).
O Senhor não
condenou o acúmulo de dinheiro quando usado para fins de sobrevivência e
conforto necessários ao homem e sua família. A reprimenda de Jesus se refere à
confiança irrestrita nas riquezas que arrebata os pensamentos, os esforços e as
energias na busca dos bens terrenos. Sob esse aspecto, o cristão deve depositar
sua esperança na providência divina, e não na busca desenfreada e irresponsável
de dinheiro fácil por meio dos jogos de azar. Atitude diferente dessa implica
não confiar na provisão divina, que nos alerta a não andar inquietos quanto ao
que comeremos, beberemos ou com que nos vestiremos porque “decerto, vosso Pai
celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas” (Mt 6.31,32).
Os Males dos Jogos na Família
Os jogos de azar causam
destruições irreparáveis no ambiente familiar. O jogo vicia e escraviza a ponto
de migrar todos os recursos de uma família para o pagamento de dívidas
contraídas pelo jogador. Nos jogos de azar, o benefício de um depende completamente
do prejuízo do outro e normalmente são as pessoas de baixa renda que sustentam
a jogatina. Esses jogos fomentam a preguiça, a corrupção, a marginalidade, a
agiotagem, a violência e a criminalidade. Os jogadores compulsivos descem ao
nível mais baixo para continuar alimentando o vício da jogatina. Em muitos
casos tais jogadores perdem seus empregos, o respeito de seus amigos e até o
amor de suas famílias. As Escrituras nos advertem a zelar pela família (1 Tm
3.4,5) e não cair em armadilhas, pois “um abismo chama outro abismo” (Sl
42.7).
Jogos de Azar: uma contravenção
penal
O ordenamento jurídico
brasileiro classifica os delitos em duas naturezas: crimes ou contravenções
penais. A primeira é tida como um delito de maior potencial (delitos contra a
vida, a liberdade, etc.); já as contravenções penais são aquelas tidas como de
menor potencial (delitos contra a paz pública, a incolumidade pública e
outros). Os jogos de azar são classificados como contravenções penais (Art. 50,
Decreto-Lei n° 3.688/1941), ou seja, quem joga, presencialmente ou online, ou
ainda administra tal serviço está sujeito às penalidades legais.
Existem dois
projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional que visam à legalização
desses jogos: o projeto de lei n° 442/1991 (Câmara dos Deputados), que reúne 14
propostas sobre legalização de cassinos, bingos, caça-níqueis, jogo do bicho e
jogos online; e o projeto de lei n° 186/2016 (Senado Federal), que deseja
legalizar o funcionamento de cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos em vídeo.
O perigo dessa prática desmedida é diverso, como apresentado nos tópicos
anteriores, assim como seria impossível o Estado fiscalizar esses
estabelecimentos e, sem dúvida alguma, seria o local “adequado” para o crime
organizado lavar seu dinheiro.
Doença comportamental
Todo e qualquer
tipo de vício escraviza o ser humano, e com o viciado em jogos não é diferente.
Um incontável número de jogadores perdeu tudo o que tinha em apostas variadas;
eles não perderam apenas dinheiro, perderam a dignidade, a confiança, o
respeito e até a moral. O viciado imagina que pode recuperar o dinheiro perdido
e nesse afã aposta valores cada vez mais altos até ficar completamente falido.
O viciado é capaz de inventar todo tipo de histórias para conseguir dinheiro e
continuar alimentando o seu vício — inclusive cometer crimes. Embora o vício em
jogos seja considerado uma doença patológica, a compulsão para jogar não é
ocasionada por alguma dependência química; trata-se de uma doença
comportamental. A família não pode ficar omissa diante de um quadro de vício
patológico. Admitir o problema e procurar a orientação de profissionais
especializados é indispensável para o tratamento do vício. Ignorar ou dirimir
os fatos só trará constrangimentos, vergonha e muito sofrimento.
VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA
E FIEL A DEUS
A vitória do cristão contra os
vícios e os jogos de azar engloba a sobriedade, honestidade e fidelidade ao
Autor da vida. A ética cristã requer dos súditos do Rei um comportamento digno
e uma vida de moderação. Não é condizente com os salvos em Cristo a
extravagância, o destempero, o desequilíbrio ou qualquer outra atitude que
possa manchar o evangelho ou denegrir o bom nome de Cristo.
A Bênção da Sobriedade
A expressão grega nephálios refere-se à
sobriedade em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. O dicionário indica
aquele que ao contrário de embriagado, está desperto, consciente e com
capacidade de discernir. O termo também é utilizado para identificar vida
equilibrada. Trata-se da virtude daquele que controla as paixões da carne (Gl
5.24). Desse modo, a sobriedade abrange o comportamento moderado, a mente sã, o
bom juízo e a prudência (Rm 12.3; 1 Tm 1.5; 2 Tm 1.7). A orientação bíblica é
de abstinência de toda a imundícia, inclusive a dos vícios e dos jogos de azar (Tt
2.12).
Abstinência é a melhor solução
No que diz respeito à
abstinência total de álcool, vez ou outra se levanta uma discussão acerca do
uso do vinho no Novo Testamento. O vinho servido nas bodas em Caná da Galileia
(Jo 2.9), o vinho usado por Cristo na instituição da Ceia do Senhor (Lc 22.20)
e o vinho recomendado por Paulo a Timóteo (1 Tm 5.23). O debate refere-se às
seguintes questões: Trata-se apenas do suco natural da vide ou de suco
fermentado? Não vou entrar no mérito da discussão etimológica dos termos gregos
e nem nas probabilidades de interpretação por considerar essa demanda estúrdia
e secundária (Tt 3.9). Somente, transcrevo abaixo a posição do Comentário Bíblico Pentecostal:
A completa
abstinência é recomendável. Uma pessoa que abstém completamente do álcool não
se embriaga nem se tornará alcoólatra. Também não faria com que um
ex-alcoólatra recaísse no pecado. É melhor prevenir do que remediar!
(ARRINGTON, 2003, p. 1478)
Aquele que se
abstém não comete excessos. Esse procedimento mantém o cristão afastado das
críticas, das ruins suspeitas e da escravidão do vício. Não é possível conceber
um cristão embriagado, expondo-se ao escárnio e zombaria dominado pelo efeito
do álcool; ou seja, a abstinência total e absoluta é o ideal para o exercício da
fé genuinamente cristã.
Honestidade e Fidelidade
Uma pessoa honesta não explora o
seu próximo, mas conduz seus negócios com transparência (Sl 112.1-5). Não
retira seu sustento da jogatina à custa de quem perde dinheiro nos jogos de
azar (1 Ts 4.6). O verdadeiro cristão não busca amparo na sorte, mas provê a si
e sua família por meio do trabalho honesto (Gn 3.19). A fidelidade do cristão é
com a palavra de Deus. Mesmo que alguns vícios e jogos de azar sejam lícitos
pelas leis do Estado, o salvo em Jesus não se permite contaminar. Os ensinos e
os princípios bíblicos devem pautar a vida daqueles que são fiéis ao Senhor (Sl
119.105).
O viver moderado do cristão
A vida sóbria é sinônimo de
moderação. A honestidade denota sinceridade. A fidelidade é o compromisso do
crente salvo com Deus e sua Palavra. Os vícios e os jogos de azar, legais ou
ilegais, são práticas reprováveis e prejudiciais à sociedade. Os vícios
escravizam e destroem as vidas e as famílias. De igual modo o fazem os jogos de
azar. Portanto, o cristão deve abster-se da prática de todo e qualquer vício e
dedicar-se ao trabalho honesto para o sustento de sua casa. Cabe ao salvo
resistir ao pecado e não se deixar dominar por coisa alguma (1 Co 6.12). O
viver moderado denota equilíbrio e vida santificada. Vida santa significa
cuidar e honrar, e não macular o próprio corpo conforme nos asseveram as
Escrituras: “que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e
honra” (1 Ts 4.4).
BAPTISTA, Douglas. “Valores Cristãos: enfrentando as
questões morais do nosso tempo”, editada pela CPAD.
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A Bíblia Sagrada enaltece a vida
moderada, o trabalho honesto e a boa administração da família (1Co 10.23; 1 Tm
5.8). Desse modo, as Escrituras eliminam a possibilidade de o cristão
envolver-se na prática dos vícios ou jogos de azar. No entanto, as estatísticas
indicam dados alarmantes acerca dos prejuízos provocados pela prática desse mal
em nossa sociedade.
Como justificar o envolvimento do cristão sincero
com a prática dos vícios ou jogos de azar? O cristão entende que seu corpo é o
santuário, ou templo do Espírito Santo, e como poderemos entulhar essa ‘casa
espiritual’ com aquilo que não condiz com a vida pautada pelo Espírito de
Cristo (1Co 3.16-17)? No Antigo Testamento, o santuário era um lugar sagrado,
que Deus abençoava com Sua presença. O corpo do cristão é sagrado porque Deus
está presente com ele. Quem atenta contra o corpo do crente (contra sua vida),
atenta contra Deus. Se levarmos em conta que um abismo chama outro abismo,
podemos perfeitamente supor que, ao envolver-se em um tipo de vício, o homem
estará perigosamente abrindo uma brecha para que toda espécie de pecados ocupe
espaço em sua vida e o domine completamente contaminando assim o templo de
Deus. A Bíblia diz: “Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha
alma não terá prazer nele” (Hb 10.38). A fé que move o cristão deve estar
depositada unicamente nas promessas divinas, nunca nas práticas perigosas,
mundanas e carnais que levam à ruína espiritual.
“A palavra vício tem dois significados básicos. O
primeiro é "a condição de ser fisiologicamente ou psicologicamente
dependente de uma substância viciosa." Aqueles que são viciados,
"dados a muito vinho" (Tito 1:7, 2:3, 1 Timóteo 3: 3) ou
"inclinados a muito vinho" (1 Timóteo 3:8) são desqualificados de
ensinar ou manter uma posição de autoridade na igreja. É claro que a liderança
da igreja precisa ser sóbria e auto-controlada de modo que, pelo seu exemplo,
eles podem ensinar os outros a serem o mesmo, pois sabemos que
"bêbados..... não herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6:10). Os
crentes não deve ser dependentes do álcool, e é lógico que isso também se
aplica à dependência de qualquer outra substância, ou seja, drogas,
pornografia, apostas, gula, tabaco, etc.
A segunda definição de vício é
"o estado de se ocupar com ou se envolver em algo de forma habitual ou
compulsiva." Isto fala de uma obsessão nada natural (para o cristão, pelo
menos) com outra coisa senão Deus: esportes, trabalho, compras e/ou adquirir
"coisas", ou até mesmo a família ou filhos. Devemos amar, "pois,
o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua
força" (Deuteronômio 6:5). Isso é, de acordo com Jesus, o primeiro e maior
mandamento (Mateus 22:37-38). Podemos concluir, então, que um vício a outra
coisa senão o próprio Deus é errado. Deus deve ser a nossa única busca
habitual. Ocupar-nos com qualquer outra coisa nos afasta dEle e lhe desagrada.
Só Ele é digno de nossa total atenção, amor e serviço. Oferecer essas coisas a
qualquer outra coisa ou pessoa é idolatria”. (Como deve um cristão enxergar o vício? Disponível em:https://www.gotquestions.org/Portugues/vicio-cristao.html.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
I. VÍCIOS: A
DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA
Tudo o que escraviza o homem e o faz perder seus
valores é denominado de vícios que resultam na degradação da essência humana.
1. O pecado do alcoolismo. O consumo do álcool é tanto um vício como um pecado (Lc 21.34; Ef 5.18;
1Co 6.10). Como consequência, a embriaguez altera o raciocínio e o bom senso
(Pv 31.4,5). Além de retirar a inibição da pessoa, o álcool faz com que ela
perca "a motivação para fazer o que é certo" (Os 4.11), levando-a a
pobreza e a graves problemas de saúde (Pv 23.21,31,32). Dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS) apontam o alcoolismo como a terceira causa de morte no
mundo. Pesquisas de 2015 indicam que no Brasil a cada 36 horas um jovem morre
vítima do consumo abusivo do álcool. Cerca de 60% dos índices de cirrose
hepática entre os brasileiros têm relação com o álcool. Diante desses fatos a
igreja deve posicionar-se contra o alcoolismo e trabalhar na prevenção ao
vício. O problema é de ordem espiritual, médica e psicológica. Infelizmente,
muitas pessoas fazem uso da bebida alcoólica como um meio de fugir de seus
problemas. Por isso, precisamos sair da clausura dos templos e anunciar que
Cristo produz vida (Jo 10.10) e concede paz à alma (Jo 14.27).
Em Genesis 9.21 temos o relato da primeira
embriaguez (E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua
tenda). Esta primeira menção de vinho nas Escrituras está ligada à embriaguez,
ao pecado, à vergonha e à maldição (vv. 21-25). Por causa dos males que
acompanham as bebidas embriagantes, Deus fez da abstinência total o reto padrão
para o seu povo (Lv 10.9; Jz 13.4-7; Pv 31.4; veja ainda Nm 6.3; Pv 23.31; 1 Ts
5.6; Tt 2.2).
“Vários versículos encorajam as pessoas a que se
mantenham longe do álcool (Levítico 10:9; Números 6:3; Deuteronômio 14:26;
29:6; Juízes 13:4,7,14; I Samuel 1:15; Provérbios 20:1; 31:4,6; Isaías 5:11,22;
24:9; 28:7; 29:9; 56:12; Miquéias 2:11; Lucas 1:15). Entretanto, as Escrituras
não necessariamente proíbem que um cristão beba cerveja, vinho ou qualquer
outra bebida alcoólica. Aos cristãos se ordena que evitem a embriaguez (Efésios
5:18). A Bíblia condena a embriaguez e seus efeitos (Provérbios 23:29-35). Aos
cristãos também se ordena que não permitam que seus corpos sejam “controlados”
por coisa alguma (I Coríntios 6:12, II Pedro 2:19). As Escrituras também
proíbem que os cristãos façam qualquer coisa que possa ofender outros cristãos
ou que possa encorajá-los a pecar contra sua consciência (I Coríntios 8:9-13).
À luz desses princípios, seria extremamente difícil para um cristão dizer que
esteja consumindo bebidas alcoólicas para a glória de Deus (I Coríntios 10:31).
Jesus transformou a água em vinho. E em
algumas ocasiões, muito provavelmente bebeu vinho (João 2:1-11; Mateus 26:29).
No tempo do Novo Testamento, a água não era muito limpa. Sem as modernas
conquistas no campo sanitário, a água era cheia de bactérias, vírus e todos os
tipos de impurezas (o que ainda acontece na maioria dos países de terceiro
mundo). Como resultado, frequentemente as pessoas bebiam vinho (ou suco de
uva), pois era muito mais improvável que estas bebidas estivessem contaminadas.
Em I Timóteo 5:23, Paulo instruiu Timóteo a parar de beber somente água (que
provavelmente estaria causando seus problemas estomacais) e ao invés, beber um
pouco de vinho. Na Bíblia, a palavra grega para vinho é a mais corriqueira.
Naqueles dias, o vinho era fermentado, mas não tanto quanto hoje. É incorreto
dizer que era suco de uva, mas também é incorreto dizer que era o mesmo vinho
que usamos hoje em dia. Repetindo, as Escrituras não necessariamente proíbem
que os cristãos bebam cerveja, vinho ou qualquer outra bebida alcoólica. O
álcool em si não é pecaminoso. Mas é da bebedeira e do vício do álcool que o
cristão deve se afastar (Efésios 5:18; I Coríntios 6:12). Entretanto, na Bíblia
há princípios que fazem difícil que se aceite que o consumo de bebidas
alcoólicas pelo cristão, em qualquer quantidade, agrade a Deus." (O que diz a Bíblia sobre o consumo de
bebidas alcoólicas/vinho?. Disponível em:https://www.gotquestions.org/Portugues/alcool-cristao.html.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
2. A escravidão das drogas. As drogas são substâncias químicas que provocam alterações no organismo.
Essas substâncias causam dependência e o consumo excessivo provoca morte por
overdose. As drogas afetam também o funcionamento do coração, do fígado, dos
pulmões e até mesmo do cérebro. As drogas ilícitas mais comuns são a maconha, a
cocaína, o crack e o ecstasy. As chamadas drogas lícitas ramo o álcool e o
cigarro são igualmente prejudiciais à saúde.
Em 2016, 3 Escritório das Nações Unidas sobre
Drogas e Crime divulgou que quase 200 pessoas morrem anualmente em todo o mundo
devido ao consumo de drogas. O Brasil apresenta uma média de 30 mil mortes por
ano devido ao tráfico de drogas. As pessoas usam drogas principalmente para
alterar o estado de espírito em busca de paz. Entretanto, as drogas agridem o
corpo, que é templo do Espírito Santo (1Co 5.19,20). O cristão não deve usar
nem participar de movimentos que visam legalizar as drogas. Seria uma tragédia
generalizada!
Não encontramos na Bíblia textos que façam
referência direta ao uso de drogas, tais como conhecemos hoje, no entanto,
exorta quanto à substâncias que alteram o raciocínio e o comportamento. A Bíblia avisa que perder o controlo do seu comportamento só traz
problemas e tristezas (Pv 23.29-35). Devemos ser sóbrios e ter controle sobre
aquilo que dizemos e fazemos. O usuário sob efeito de substancias tóxicas tem
sua mente afetada e comportamentos destrutivos, maus para a saúde e para os
relacionamentos. Entendemos que, além do fato de que o homem é propenso ao
pecado, outros fatores podem desencadear o uso de drogas: a curiosidade,
imitação do grupo, aventura, o desajuste familiar. Segundo o Pastor David
Wilkerson, fundador do Centro Desafio jovem de Nova Iorque, EUA, há muitas
razões pelas quais os jovens usam drogas: Como símbolo de independência; Para
fugir da infelicidade do lar; Por curiosidade; Para ser aceito num grupo de
jovens mais “avançados”; Por causa da influência do grupo; Fuga de problemas
emocionais; Por medo de ser tachado de covarde por seus “amigos”. As drogas se
apresentam como uma ilusória “válvula de escape”, mas as suas consequências são
fatais (Pv 23.29-35; 1 Co 3.17).O melhor preventivo: o andar com Deus, o amor
cristão entre pais e filhos, o diálogo, o bom relacionamento, o Culto Doméstico
desde cedo como está escrito, “Instrui o menino no caminho em que deve andar e,
até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Note, ainda, que
determinados cultos têm feito uso de drogas para induzir estados de ligação com
o mundo espiritual. Muitas drogas afetam a mente e deixam a pessoa mais
suscetível à influência de espíritos. Além de tudo isso, sustentam o mundo do
crime. As drogas movimentam um gigantesco esquema de atividades ilícitas que
envolvem desde o contrabando até formas cruéis de assassinatos, corrupção e
abuso de poder. E quem sustenta tudo isso é o usuário de drogas (Is 55.2). A
Bíblia diz para resistir ao diabo, não para facilitar o seu trabalho (Tiago
4.7). Somente através de graça redentora de Cristo é que se pode viver sem
droga ou qualquer tipo de vício que ofenda aos homens e a Deus (At
24.16). Caso você tenha problemas com drogas ou conviva com algum
viciado em sua família, o Todo-Poderoso pode libertá-lo agora
mesmo! (Jo 8.32; 16.24; Sl 37.5)
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A droga ilícita é aquela que, consumida recreativamente
ou criminosamente, prejudica não apenas o usuário, entorpecendo-lhe os sentidos
e arrancando-o à realidade, mas também os que se acham ao seu alcance. Se
considerarmos rigorosamente essa definição, incluiremos, nessa classe, as
bebidas alcoólicas e os cigarros. Apesar de vendidos livremente, prejudicam a
saúde reduzem drasticamente a expectativa de vida do
viciado. Os produtos etílicos, aliás, vêm sofrendo pesadas
restrições "o Brasil, devido aos muitos acidentes que provocam no
trânsito.
Nenhuma droga, até mesmo as terapêuticas, pode ser
consumida recreativa ou criminosamente. Num primeiro momento, recreação; no
instante seguinte, crime. Por isso, as substâncias extraídas das plantas e
utilizadas pela medicina têm de ser controladas de forma rigorosa. O remédio
que cura, tomado sem a devida prescrição, matar. Se as bebidas alcoólicas e os
cigarros precisam ser controlados, o que não diremos da maconha, da cocaína e
de outros psicotrópicos?
O uso de drogas, hoje, transformou-se numa religião
informal que, pouco a pouco, vai se formalizando aqui e ali, inclusive com o
apoio oficial. O que certos governos ainda não sabem é que o lucro que se obtém
com os entorpecentes nada é se comparado aos prejuízos que estes acarretam.
Vivemos dias semelhantes aos do Faraó do Êxodo. Até mesmo mandatários acham-se
enfeitiçados pelas drogas (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1. ed. Rio de Janeiro; CPAD,
2015, pp. 178-180).
II. JOGOS DE
AZAR: UMA ARMADILHA PARA A FAMÍLIA
Tudo o que abarca investimento sem retorno
garantido, descomprometido com a ética e a moral, resulta em sérios prejuízos
para a família.
1. A ilusão do ganho fácil. A sedução dos jogos de azar ocorre pela esperança de se obter lucro
instantâneo. As pessoas são atraídas pela ilusão de ganhar dinheiro rápido e
fácil sem o esforço do trabalho. Jogam na expectativa de tirar a sorte grande
e, assim, resolver problemas financeiros. Ciente dessa realidade, o Estado não
consegue ser eficaz no combate à jogatina. E ainda existem os jogos
eletrônicos, bem como os ilegais como caça-níqueis e o jogo do bicho, entre
outros. É um sistema que lucra e lucra muito. Mas os jogadores tornam-se
compulsivos, endividam-se, arruínam a família e a própria vida. Depositar a
esperança na sorte é pecado e implica não confiar na providência divina (Jr
17.5-7).
“A propaganda das loterias, dos bingos e outros
meios da jogatina, ilude os incautos, prometendo-lhes riqueza fácil. Contudo,
nenhum desses jogos é de sorte, mas de azar. Milhares de pessoas jogam, mas só
uma ou poucas ganham “a bolada”. E o restante? Fica no azar. Perde dinheiro e
energias, esperando o ganho fantástico! Quanto mais pessoas jogam, menos
chances cada uma tem de ser sorteada.” (3º Trimestre de 2002.
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais. Comentarista: Elinaldo
Renovato de Lima. Lição 12: O cristão, os vícios e os jogos. Data: 22 de
setembro de 2002).
Como no tópico anterior, não iremos encontrar na
Bíblia nenhuma menção à jogos (apostas) de maneira explícita. Não confunda o
costume antigo de ‘lançar sortes’ como se fosse um tipo de jogo. Em nenhum
lugar da Bíblia, jogar ou o “jogo de azar” é usado para diversão ou apresentado
como prática aceitável para os seguidores de Deus.
“Jogar pode ser definido como “arriscar dinheiro
na tentativa de multiplicá-lo em algo que é contra as probabilidades”. A Bíblia
não condena o jogo especificamente, ou apostar, ou a loteria. A Bíblia,
entretanto, nos alerta para que fiquemos longe do amor ao dinheiro (I Timóteo
6:10; Hebreus 13:5). As Escrituras também nos encorajam a que fiquemos longe
das tentativas de “enriquecimento fácil” (Provérbios 13:11; 23:5; Eclesiastes
5:10). Certamente o jogo gira em torno do amor ao dinheiro e inegavelmente
tenta as pessoas com a promessa de riqueza fácil e rápida”. (O
que diz a Bíblia a respeito do jogo? Jogar é pecado?. Disponível em:https://www.gotquestions.org/Portugues/Biblia-jogo-pecado.html.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
Talvez alguns encontrem desculpas outras para se
envolverem com jogos de azar, tais como poder ofertar à igreja, ajudar outros
irmãos, etc... Não sei se estes irmãos têm conhecimento de que Deus é o dono do
ouro e da prata e não precisa de nosso dinheiro para subsidiar Sua missão na
terra. Para estes, a sugestão é seguir o conselho do Sábio: “A riqueza de
procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará”
(Pv 13.11). Paulo orientando o jovem pastor Timóteo, escreve: “Porque o amor
ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (1Tm
6.10); e o escritor de Hebreus, declara: “Sejam vossos costumes
sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele (Deus) disse: Não te
deixarei, nem te desampararei.” (Hb 13.5); ainda, da boca do Senhor: “Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há
de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.”
(Mt 6.24).
2. Os males dos jogos na família. Os jogos de azar causam destruições irreparáveis no ambiente familiar. O
jogo vicia e escraviza a ponto de migrar todos os recursos de uma família para
o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. Nele, o benefício de um depende
diretamente do prejuízo do outro e, normalmente, são as pessoas de baixa renda
que sustentam a jogatina. Esses jogos fomentam a preguiça, a corrupção, a
marginalidade, a agiotagem, a violência e a criminalidade. Os jogadores
compulsivos descem ao nível mais baixo para continuar alimentando o vício da
jogatina. Em muitos casos tais jogadores perdem seus empregos, o respeito de
seus amigos e até o amor de suas famílias. As Escrituras nos advertem a zelar
pela família (1Tm 3.4,5) e não cair em armadilhas, pois "um abismo chama
outro abismo" (SI 42.7).
O vício do jogo leva a pessoa a uma compulsão, que a
obriga a jogar cada vez mais, na esperança de superar as perdas. O indivíduo
torna-se um escravo do jogo. Começa com dinheiro, depois entrega a roupa, os
sapatos, o relógio, os bens, e por fim, a honra, a dignidade. O cristão quando
pensar em se envolver com qualquer tipo de jogo, deve levantar a seguinte
questão: Você quer ficar rico para que? Cobiça e inveja são pecado (Ex 20.18;
1Tm 6.9; Hb 13.5), e são a motivação para os jogos de azar na grande maioria
das vezes. A atração de ganhar dinheiro fácil tem fascinado a muitos
evangélicos.
“(Os jogos de azar são aqueles nos
quais os que têm sorte são os que ganham com o azar dos outros jogadores,
devido à diferença de probabilidades entre a sorte e o azar. Como as
probabilidades da sorte são escassas são muitos mais os que têm azar, daí que
tais jogos são sustentáveis através das perdas dos jogadores que financiam os
que vão ter a sorte. A sorte de ganhar ou perder não depende da habilidade do
jogador, mas exclusivamente de uma contingência natural baseada numa realidade
produzida chamada de probabilidades matemáticas. A essência do jogo de azar é a
tomada de decisão sob condições de risco, conhecendo-se o regulamento. Assim, a
maioria desses são jogos de apostas cujos prêmios estão determinados pela
probabilidade estatística de acerto e a combinação escolhida. Quanto menor é a
probabilidade de se obter a combinação correta, maior é o prêmio porque aumenta
a quantidade ou probabilidade do azar em relação à sorte.)” (É pecado jogar na loteria ou jogos de azar?
Disponível em: https://artigos.gospelprime.com.br/e-pecado-jogar-na-loteria-ou-jogos-de-azar/.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
“Jogo de azar: - 1) A expressão, para os efeitos
penais, é definida como sendo o jogo em que o ganho e a perda dependem
exclusivamente ou principalmente da sorte. É contravenção penal determinada
pelo Decreto-lei 3.698/41, Lei das Contravenções Penais, no artigo 50,
parágrafo 3º. Consideram-se jogos de azar: a) o jogo dependente de sorte; b)
apostas em qualquer outra competição. 2) Constitui justa causa para rescisão do
contrato de trabalho pelo empregador a prática de jogo de azar”. (Jogo
de Azar. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/289967/jogo-de-azar.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
Entre os jogos de azar estão aqueles jogos
permitidos por lei: loteria, bingos, sorteios. Quem explora este tipo de jogo
tem licença de órgão público competente. Mas nem por isso quer dizer que sejam
jogos que convêm ao crente.
3. As consequências para a saúde. Os jogos de azar, assim como o álcool, o cigarro e as demais drogas
causam dependência psíquica e química respectivamente. Em 1992, a OMS concluiu
que jogar os jogos de azar faz mal a saúde, incluindo o jogo compulsivo no
Código Internacional de Doenças (CID). Quando em crise de abstinência, o
jogador sofre com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos.
Cerca de 80% dos viciados em jogos de azar relatam algum tipo de ideação
suicida como uma forma de fugir da vergonha moral e de suas dívidas. Tal como
outros viciados, os jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças
psiquiátricas. Maltratar o próprio corpo é insensatez e afronta contra o dom da
vida outorgado por Deus (1 Sm 2.6; Ef 5.29,30).
“A tentação para jogar começa desde cedo a estimular uma compulsão entre
crianças e jovens que começam a adquirir o hábito de “tentar a sorte”. Há
milhares de jovens que já são viciados no jogo, especialmente com a vinda da
internet e a possibilidade de jogos online com apostas. Não são poucas as
histórias de pessoas que se arruinaram financeiramente jogando na bolsa de
valores – conheço pelo menos uma pessoa nesta condição – ou apostando em outros
tipos de jogo. As chances de se ganhar na loteria são piores do que se pensa.
Para efeito de comparação, a probabilidade de uma pessoa morrer em um atentado
terrorista durante uma viagem ao exterior é de 1 em 650 mil e atingida por um
raio é de 1 em 30 mil. Se uma pessoa compra 50 bilhetes a cada semana, ela irá
ganhar o prêmio principal uma vez a cada 5 mil anos. Outra pergunta frequente é
se as igrejas deveriam receber ofertas e dízimos de dinheiro ganho em loteria.
Minha tendência é dizer que não deveriam. Guardadas as devidas proporções,
lembro que no Antigo Testamento o sacerdote era proibido de receber oferta de
dinheiro ganho na prostituição (Dt 23:18) e que no Novo, Pedro recusou o
dinheiro de Ananias e Safira (At 5) e de Simão Mago (At 8:18-20)”. (Estudo Bíblico Jogos de Azar
- Pode ou Não? Disponível em: http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-polemico-dificil/jogos-de-azar-pode-ou-nao.html.
acesso em: 7 Jun, 2018)
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
De acordo com o pastor Tony Evans, em seu livro
Loteria e Jogos de Azar, há alguns problemas a se considerar:
O primeiro problema é o da cobiça, ou ambição (1Tm
6.1). Em Provérbios 28.22, lemos: 'Aquele que tem um olho mau corre atrás das
riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a pobreza'.
O segundo problema é o da confiança. Se a pessoa
recorre a jogos, ou à 'sorte', é porque não confia na providência divina.
O terceiro problema é o da 'produtividade', ou
seja, do trabalho eficaz. Se o crente resolve jogar, pensando em deixar de
trabalhar, isso não é correto. Em Efésios 4.28, lemos: 'Aquele que furtava não
furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o
que repartir com o que tiver necessidade'.
O quarto problema é o da sabedoria. Sabemos que a
jogatina baseia-se no fato de quanto mais pessoas jogam, menos delas têm
condições de ganhar, os barões da loteria é que lucram. A maioria perde. O
crente deve edificar sua casa com sabedoria, e não com o jogo de azar.
O quinto problema é o do vicio. O vício do jogo
leva a pessoa a uma compulsão, que a obriga a jogar mais e mais, na esperança
de superar as perdas. O indivíduo torna-se escravo do jogo. Começa com
dinheiro, depois entrega a roupa, os sapatos, o relógio, os bens, e por fim, a
honra, a dignidade (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 9.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 188,189).
III. VIVAMOS
UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS
A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de
azar engloba a sobriedade, a honestidade e a fidelidade ao autor da vida.
1. A bênção da sobriedade. A ''expressão grega nephálios refere-se à sobriedade em
relação ao consumo de bebidas alcoólicas. O dicionário indica que, ao contrário
de embriagado, a palavra se aplica a pessoa que está esperta, consciente e
capacitada a discernir. O termo também é usado para identificar a vida
equilibrada. Trata-se da virtude do que controla as paixões da carne (Gl 5.24).
Desse a sobriedade abrange o comportamento moderado, a mente sã, o bom juízo e
a prudência (Rm 12.3; 1Tm 1.5; 2 Tm 1.7). A orientação bíblica é de abstinência
de toda a imundícia, inclusive a dos vícios e a dos jogos de azar (Tt 2.12).
Observemos a exortação do apóstolo quanto ao vinho (Ef 5.18).
O grego nephálios dá origem ao
adjetivo português nefálio: “Que se relaciona com as sociedades de
temperança”. Não está ligada ao estado de sobriedade quanto à abstinência
alcoólica. Em textos do Novo Testamento onde aparece esse termo, está ligado a
um comportamento moderado e sóbrio. Quanto ao texto de Efésios 5.18, precisamos
fazer uma exegese sincera; a proibição de Paulo parece estar contra a
embriaguez. Ele está tentando mostrar aos Cristãos em Éfeso quem deve estar em
controle das suas vidas desde que entraram em Cristo. Não parece à primeira
vista que Paulo esteja proibindo os irmãos de beberem vinho em si, embora a
abstinência seja uma boa disciplina contra a possibilidade da embriaguez.
Parece que a condenação é mais em relação à própria embriaguez. Logicamente, outros
fatores devem ser levados em consideração quando o assunto é permitir ou não o
consumo de bebidas alcoólicas, como a cultura e o contexto social.
“D.A. Carson, em seu excelente livro sobre
falácias da exegese “Os Perigos da Interpretação Bíblica”, define a falha de
interpretação de enxergar num texto um elemento limitador injustificado como
“especificação injustificada”. Carson mostra que este é o hábito de “enxergar
(num texto) um elemento restrito e limitador que não pode ser demonstrado no
texto em si.” Concordamos com Carson de que, a não ser que
este elemento possa ser demonstrado no texto em si, não há base para argumentar
que o texto de Efésios 5:18-20 tenha como propósito limitar o louvor ou
adoração da Igreja de Jesus. O uso desta passagem neste sentido, na verdade,
acaba desrespeitando o conteúdo e o propósito do texto inspirado.” (Dennis
Downing. Efésios 5:18. "Não vos embriagueis com vinho”. Disponível em:http://www.hermeneutica.com/estudos/efesios5_18.html.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
2. Honestidade e fidelidade. Uma pessoa honesta não explora o seu próximo, mas conduz seus negócios
temendo no Senhor (SI 112.1-5). Não retira seu sustento da jogatina à custa de
quem perde dinheiro nos jogos de azar, enganando-o e defraudando-o (1Ts 4.6). O
verdadeiro cristão não busca amparo na sorte, mas provê a si e sua família por
meio do trabalho honesto, com o "suor do rosto" (Gn 3.19). A
fidelidade do cristão é com a Palavra de Deus. Mesmo que alguns vícios e jogos
de azar sejam lícitos pelas leis do Estado, o salvo em Jesus não se permite
contaminar. Os ensinos e os princípios bíblicos devem pautar a vida dos que são
fiéis ao Senhor (SI 119.105).
Honestidade é o ato, a qualidade, ou a condição de
ser honesto. Isto pode incluir ser a pessoa ou instituição verdadeira em seus
atos e declarações, não propensa a enganar, mentir ou fraudar; sem malícia.
Tanto em seu falar como em seu agir, o servo de Deus deve buscar ser honesto e
sincero. Sua palavra precisa ser verdadeira e confiável. Seu viver diário
precisa ser regido pelo temor a Deus e pelo respeito às pessoas. Em seus
negócios e em seus deveres para com todos, deve sempre buscar agir com correção
e honestidade (Caráter) (Ec 5.5; 1Tm 2.2). Integridade é o estado ou
característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição;
plenitude, inteireza. É a característica ou estado daquilo que se apresenta
ileso, intato, que não foi atingido ou agredido. Daniel foi levado cativo a uma
terra distante (Babilônia) e mesmo em terra estranha não deixou-se corromper
pelos prazeres e ofertas da nova terra. Seu comportamento foi de fidelidade a
Deus e isto foi determinante para seu sucesso. Aqueles que são fiéis ao Senhor
com certeza serão honrados por Ele.
“Fidelidade é caracterizada pela firmeza e pela
certeza de propósitos, por uma atitude e conduta justas, pela devoção de alguém
a uma pessoa ou a uma causa, pela incorruptibilidade, pela sinceridade, pela
confiabilidade, pelo cumprimento das promessas e votos feitos e pela lealdade
sincera. Estas características devem fazer parte da vida cristã. Não estamos
falando de uma possibilidade, mas, sim de uma qualidade inerente a vida do
verdadeiro crente (Nm 12:7; 1 Sm 22:14). Infelizmente, muitos têm caído na
tentação de separar a vida cristã de sua vida cotidiana e a consequência é uma
vida sem influência e vazia e de aparência. É aqui que Daniel se destacou (Dn
6:4) foi um homem fiel. Sua fidelidade como servo de Deus trouxe bênçãos para
sua vida. Além disso, ao não se contaminar com idolatria da Babilônia e nem com
os seus manjares (Dn 1:8) o profeta deu-nos o exemplo de que é possível viver uma
vida de fidelidade neste mundo”. (Fidelidade cristã. Disponível
em:http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-evangelico-diversos/fidelidade-crista.html.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
“A vida do crente deve ser regida e permeada por
amor: ao Senhor Deus, ao próximo e a si mesmo. O amor a Deus se manifestará
pela obediência aos seus mandamentos (reverência) e em uma postura de entrega
total da vida ao Senhor. “Se me amais, guardai os meus mandamentos”. João
14:15. Você pode afirmar que ama a Deus? O amor ao próximo é demonstrado no
relacionamento de respeito e solidariedade com todos aqueles com os quais
convivemos. “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu
vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão
que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” João 13:34 e 35. Você
tem demonstrado amor ao seu próximo? Você tem se sentido amado pelas pessoas ao
seu redor? O amor a si mesmo, se revela no cuidado em todos os aspectos da
vida: Físico, psíquico, emocional, material, social e espiritual. Trata-se de
um reconhecimento da obra de Deus em nossa vida e de uma boa mordomia daquilo
que o Senhor nos tem dado. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o
Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o
destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.” I Coríntios 3:16 e
17. Você se ama?” (Princípios do viver cristão. Disponível em: http://www.ibfpatriarca.org.br/macrocelula/27_2010.pdf.
Acesso em: 7 Jun, 2018)
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O cristão, os Vícios e os Jogos
Não é comum vermos um crente em Jesus Cristo na jogatina,
viciado em bebida, drogas, ou em outro tipo de agente destruidor da moral, dos
bons costumes ou da saúde. Mas há muitas pessoas que são tentadas a buscar o
ganho fácil, atendendo as sugestões de pessoas incrédulas, que não se pautam
pela ética cristã, baseada na Bíblia Sagrada.
Um certo irmão, numa igreja, foi visto por diversas
vezes, num local de 'jogo do bicho', indagado a respeito, respondeu que não
havia nada demais, alegando que gastava apenas uma pequena importância,
tentando 'fazer uma fezinha', com o intento de aumentar sua renda de uma hora
para outra. Mas essa não é a vontade de Deus para seus filhos. Além dos jogos,
os vícios são inimigos corriqueiros que atacam lares em todo o mundo,
destruindo vidas e famílias, Eles também prejudicam lares cristãos. Na época em
que vivemos, há uma onda de liberalismo, que não vê pecado em quase nada, e
favorece práticas perigosas, que podem levar à destruição espiritual,
disfarçadas de 'coisas que não têm nada a ver. Meditemos neste tema, buscando
um entendimento com base na Palavra de Deus (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões
Morais do Nosso Tempo. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 177,178).
CONCLUSÃO
Os vícios e os jogos de azar, legais ou ilegais,
são práticas reprováveis e prejudiciais à sociedade. Os vícios escravizam e
destroem as vidas e as famílias. De igual modo o fazem os jogos de azar.
Portanto, o cristão deve abster-se da prática de qualquer vício, dedicando-se
ao trabalho honesto para o sustento de sua casa. Cabe ao salvo resistir ao
pecado e não se deixar dominar por coisa alguma (1 Co 6.12).
Este assunto não é simples, sobretudo, pelo fato de
que amamos aquilo que muitas vezes nos controlam, nos escravizam. Quando o
vício entra na vida de uma pessoa, ela fica dominada por uma força que parece
maior do que sua própria vontade. Torna-se escrava de um hábito que pode levar
à sua própria destruição. Estas coisas são agradáveis ao paladar, muito
atraentes aos olhos (Gn 3.6). Nossa natureza escravizada tortura e humilha; por
um lado o viciado quer desesperadamente mudar, por outro, não. Amar e odiar o
que nos escraviza ao mesmo tempo parece estranho e inconcebível, mas é o que
acontece. É assim que muitos vivem. Por isso o assunto não é simples e de fácil
trato. É preciso combater o vício, qualquer que ele seja (o vício - uma forma
de idolatria - não necessariamente é relativo a produtos químicos; cigarro,
bebida, jogo, pornografia, drogas pesadas, pensamentos, luxúria, pessoas, etc.
A lista pode ser infinita). Essa vitória só é possível com a ajuda de Deus.
Como diz o Salmista: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos
ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores, antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita
de dia e de noite” (Sl 1.1,2). É preciso buscar prazer em Deus; substituir
o prazer provocado pelo vício. Para tanto, é necessário procurar um ambiente de
alegria na presença do Senhor. Isso satisfaz a vida plenamente não deixando
carências. Nunca diga que deixou o vício por que sua religião proíbe e sim que
você está satisfeito com Jesus a Água da Vida que te sacia para sempre (Jo
4.11).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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