SUBSÍDIO I
ÉTICA CRISTÃ E SEXUALIDADE
A sexualidade tem sido
fortemente desvirtuada na sociedade pós-moderna. De outro lado, alguns cristãos
insistem em tratar o assunto como tabu. Embora o tema possa trazer desconforto
para alguns, a sexualidade humana não pode ser subestimada. De acordo com
Sigmund Freud (1856-1939), reconhecido como o pai da psicanálise, “o homem tem
necessidades sexuais e, para explicá-las, a biologia lança mão do chamado
instinto sexual da mesma maneira que, para explicar a fome, utiliza-se do instinto
da nutrição. A esta necessidade sexual dá-se o nome de libido” (FREUD, 1970,
vol. XVI p. 336, 482). Freud atribuiu à libido uma natureza exclusivamente
sexual e considerou a fase oral como a primeira na organização da libido da
criança. As teorias de Freud contrastaram com o extremo moralismo da
interpretação católica e produziram o extremo da licenciosidade, antinomianismo
— desprezo à Lei de Deus — e a irresponsabilidade sexual (HENRY, 2007, p. 551).
Atualmente, a sexualidade da criança vem sendo estimulada e incentivada de modo
precoce, e isso em detrimento do desenvolvimento natural e saudável, gerando
transtornos comportamentais.
Ressalta-se que em
virtude do avanço da tecnologia da informação e consequente globalização,
nossas crianças têm acesso indiscriminado a todo tipo de conhecimento. E, por
estarem em fase de desenvolvimento, tornaram-se alvo de quem as quer perverter.
Por meio da inversão dos valores, ideologia de gênero e a erotização da
infância, pretendem desconstruir a família tradicional e promover a luxúria,
promiscuidade e a imoralidade. Portanto, pela sua abrangência e importância,
faz-se necessário refletir sobre a sexualidade, seus conceitos, propósitos e
limites éticos estabelecidos nas Escrituras Sagradas.
A sexualidade é
uma das dimensões do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. A questão
sexual estava presente no ato da criação quando Deus nos fez “macho e fêmea”
(Gn 1.27). Doravante, após a queda, tornou-se um intrigante tema de pesquisa
das ciências naturais (biologia, anatomia, etc.) e das ciências humanas
(literatura, psicologia, etc.). O campo de abrangência perpassa pela
identificação sexual, orientação/preferência sexual, erotismo, satisfação e
prazer, imoralidade, prostituição e pornografia, dentre outros. Por meio da
revolução sexual das últimas décadas, que relativizou e desvirtuou a liberdade
sexual, surgiram novas questões nas áreas da ética, da moral e da
religiosidade. Por conseguinte, os conceitos na perspectiva bíblica precisam
ser restaurados.
Conceito de sexo e sexualidade
A biologia define
“sexo” como um conjunto de características orgânicas que diferenciam o macho da
fêmea. O sexo de um organismo é definido pelos gametas que produzem. Gametas
são células sexuais que permitem a reprodução dos seres vivos. O sexo masculino
produz gametas conhecidos como espermatozoides e o sexo feminino produz gametas
chamados de óvulos. A expressão “sexo” ainda pode ser usada como referência aos
órgãos sexuais ou à prática de atividades sexuais. Já o termo “sexualidade”
representa o conjunto de comportamentos, ações e práticas dos seres humanos que
estão relacionados com a busca da satisfação do apetite sexual, seja pela
necessidade do prazer, seja da procriação da espécie.
A deturpação da sexualidade
Dentro dos
conceitos modernos da sexualidade, o filósofo francês Michel Foucault
(1926-1984) discorreu na obra História
da Sexualidade que a postura cristã é repressiva e envolve
“proibições, recusas, censuras e negações discursivas” que são impostas à
sociedade (FOUCAULT, 1988, p. 16). Confabula o filósofo que, ao mesmo
tempo em que o radicalismo cristão levava as pessoas a detestar o corpo, também
tornou o sexo cobiçado e mais desejável; por conseguinte, a austeridade cristã
deve ser combatida em busca de “liberação” sexual (FOUCAULT, 1988, p. 149).
Foucault afirma
que essa liberação surgiu quando Freud dissociou a sexualidade do sexo que era
baseado na anatomia e suas funções de reprodução restringida aos aspectos
biológicos (FOUCAULT, 1988, p. 141). Assim, Foucault considera a sexualidade
como uma produção discursiva, e, portanto, um construto sócio-histórico de uma
sociedade. Por isso, o apelo e o discurso ofensivo na construção da ideologia
de gênero, identidade sexual, iniciação sexual precoce, homoafetividade e a
nova moda de se falar em sexualidade no plural, como existindo “sexualidades”.
A partir daí, o conceito foi deturpado e, em busca de “liberação”, ensina-se
que a sexualidade depende da cultura inserida em determinado grupo social.
Desse modo, toda e qualquer escolha ou opção sexual passa a ser válida, tais
como, homossexualismo, zoofilia, pedofilia, necrofilia e incesto.
O sexo foi criado por Deus
O homem e a mulher
possuem imagem e semelhança divina. Porém, no ato da criação, Deus os fez
sexualmente diferentes: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto, o sexo
faz parte da constituição anatômica e fisiológica dos seres humanos. Homens e
mulheres, por exemplo, possuem órgãos sexuais distintos que os diferenciam
sexualmente. Sendo criação divina, o sexo não pode ser tratado como algo imoral
ou indecente. As Escrituras ensinam que, ao término da criação, “viu Deus tudo
quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). Desse modo, o sexo não
deve ser visto como sendo algo pecaminoso, sujo ou proibido. Tudo que Deus fez
é bom. O pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito.
Ao criar o ser
humano, Deus os dotou de órgãos específicos e especialmente destinados à
reprodução da espécie, chamados órgãos sexuais ou genitais. A esse processo de
perpetuação da espécie humana dá-se o nome de “reprodução sexuada”. A
reprodução sexuada dos seres humanos é classificada, quanto ao sexo, de “dioica”,
ou seja, requer a participação de dois seres da mesma espécie, sendo
obrigatório que um deles seja “macho” e outro seja “fêmea”. E isso pelo fato
inequívoco de que homem e mulher foram criados com órgãos sexuais apropriados à
reprodução. Trata-se de um processo em que há a troca de gametas (masculinos e
femininos) para a geração de um ou mais indivíduos da mesma espécie.
Percebe-se, então, que Deus não criou meio termo; definitivamente, o ser humano
é formado de macho e fêmea. Deus não formou o homem com possibilidades sexuais
de desempenhar o papel da mulher no ato sexual, e nem vice-versa. O nosso Jesus
Cristo, ao discorrer sobre esse tema, associou a anatomia dos sexos com o
propósito divino da sexualidade e da reprodução. O Mestre fundiu o texto da
criação e da procriação (Gn 1.27,28) ao texto do relacionamento conjugal (Gn
2.24) indicando que os textos bíblicos se complementam, isto é, a reprodução
humana é sexuada e dioica:
Porém, desde o
princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o homem a
seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne e,
assim, já não serão dois, mas uma só carne. (Mc 10.6-8)
A sexualidade é criação divina
Ao criar o homem e
a mulher, Deus também criou a sexualidade: “E Deus os abençoou e Deus lhes
disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra [...]” (Gn 1.28). O
relacionamento sexual foi uma dádiva divina concedida ao primeiro casal e
também às gerações futuras (Gn 2.24). Sempre fez parte da criação original de
Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua mulher. O livro
poético de Cantares exalta a sexualidade e o amor entre o marido e sua esposa
(Ct 4.10-12). Portanto, não é correto “demonizar” o desejo e a satisfação
sexual. Assim como o sexo, a sexualidade também não é má e nem pecaminosa. O
pecado está na depravação sexual que contraria os princípios estabelecidos nas
Escrituras Sagradas.
O sexo como
criação divina possui finalidades específicas. Holmes afirma que a “história da
ética cristã é bastante clara nesse particular. A psicologia do sexo indica o
seu potencial de união, e sua biologia indica um potencial reprodutivo”
(HOLMES, 2013, p. 130). Portanto, o relacionamento sexual conforme idealizado
pelo Criador prevê uma realização completa entre macho e fêmea na busca do
prazer conjugal e na procriação da espécie.
Pr. Douglas Baptista
SUBSÍDIO II
Ética Cristã e sexualidade
Nesta lição, o objetivo é estudarmos o conceito da
sexualidade, o propósito do sexo de acordo com as Sagradas Escrituras e o
casamento como o parâmetro legítimo para o sexo. Aqui, é importante dar o
devido respeito e decoro ao tema.
O conceito
Caro professor, prezada professora, em primeiro
lugar é importante diferençar e explicar o sexo de sexualidade. Esses dois
conceitos são importantes, pois é aqui que os formadores de opinião secular
tentam deformar a mente, principalmente dos adolescentes e dos jovens, a partir
da desconstrução do gênero. Ora, se o sexo é a conformação física, orgânica e
celular que permite distinguir o sistema reprodutor masculino do feminino, a
sexualidade já parte de uma perspectiva psicológica em que destaca o
comportamento humano com relação às manifestações da libido. Aqui, a ideologia
de gênero distorce a realidade. Como acontece com a sexualidade, para essa
ideologia, o gênero é construído superficialmente por meio do contexto
sócio-cultural, por isso, ele é relativizado. Entretanto, é notório que, na
maioria dos casos, os gêneros acompanham naturalmente os determinantes
biológicos constatados por meio dos sexos (que distingue o aparelho reprodutor
masculino do feminino), assim como a sexualidade. Ou alguém (em “sã
consciência”) ousaria discordar que o aparelho reprodutor, a anatomia, a
psicologia, e muitas outras características humanas são diametralmente opostas
entre si e que se distinguem claramente o masculino do feminino?! Portanto,
pesquise sobre o assunto a fim de honrar às Escrituras e trazer um ensinamento
saudável aos seus alunos.
O propósito do sexo
Pense agora na anatomia do corpo do homem e na da
mulher. É uma obviedade esta constatação: o corpo do homem só se encaixa
sexualmente com perfeição no corpo da mulher; o corpo da mulher só se encaixa
perfeita e sexualmente no corpo do homem; o corpo do homem encaixado sexualmente
ao corpo de outro homem é uma relação desajustada e imperfeita; o corpo de uma
mulher encaixado sexualmente no corpo de outra mulher é uma relação imperfeita
e desajustada. A teologia da criação presente no livro do Gênesis é uma
“obviedade escandalosa” que a mentalidade moderna não suporta. É nesse encaixe
óbvio que o homem e a mulher ser realizam completamente. Expandem a família, se
satisfazem prazerosamente e realizam-se como homem e mulher. Eis o propósito
óbvio e bíblico do sexo.
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Se por um lado a sexualidade tem
sido desvirtuada na sociedade pós-moderna, por outro Lado alguns cristãos
insistem em tratar o assunto como tabu. Embora o tema possa trazer desconforto
para alguns, a sexualidade humana não pode ser subestimada. Por isso, estudaremos
o conceito da sexualidade, o propósito do sexo segundo as Escrituras e o
casamento como o parâmetro para o sexo.
O tabu deste assunto no meio cristão tem causado
problemas, por isso é necessário, mesmo que muitos se sintam desconfortáveis,
tratarmos sobre a fé e sexo segundo a visão bíblica. Uma lição apenas é pouco
para dirimir todas as dúvidas, mas o momento deve ser útil para incentivar a
busca por conteúdo que discuta como o cristão deve lidar com sua própria
sexualidade, o significado do sexo, como deve encará-lo e as muitas
dificuldades da castidade em uma sociedade onde os relacionamentos são
banalizados e consumíveis e a sexualidade tem sido tratada como mero elemento
hormonal e como promotor de satisfação pessoal. Infelizmente, o sexo, no
aspecto negativo e pecaminoso, tem dominado nossa cultura de forma destrutiva
para o homem. As sociedades (moderna e antiga) transformaram a beleza da
sexualidade em uma deusa, que é adorada, e a quem pessoas servem
cotidianamente. O crente precisa entender, em primeiro lugar, que foi Deus quem
criou a sexualidade (partes “sexuais” no homem e na mulher), criando-os com um
sistema nervoso para que possam desfrutar de prazeres delicados e saudáveis. Em
segundo lugar, a sexualidade faz parte do indivíduo, mas ela não é o maior alvo
de vida para o homem, e sim a Salvação em Cristo. Em terceiro lugar, o prazer
sexual foi projetado por Deus para ser desfrutado somente no casamento. O
relaxamento dos valores familiares e, principalmente, da espiritualidade, nos
desperta para estudar esse tema à luz das Escrituras.
I. SEXUALIDADE:
CONCEITOS E PERSPECTIVAS BÍBLICAS
Sexo e sexualidade possuem conceitos próprios,
pois ambos constituem-se atos da criação divina.
1. Conceito de Sexo e
Sexualidade. A biologia define
"sexo" como um conjunto de características orgânicas que diferenciam
o macho da fêmea. O sexo de um organismo é definido pelos gametas que produzem.
Gametas são células sexuais que permitem a reprodução dos seres vivos. O sexo
masculino produz gametas conhecidos como "espermatozoides" e o sexo
feminino produz gametas chamados "óvulos". A expressão "sexo"
ainda pode ser usada como referência aos órgãos sexuais ou a prática de
atividades sexuais. Já o termo "sexualidade" representa o conjunto de
comportamentos, ações e práticas dos seres humanos que estão relacionados com a
busca da satisfação do apetite sexual, seja pela necessidade do prazer ou da
procriação da espécie.
Segundo o dicionário Priberam da Língua
Portuguesa, sexo (latim sexus, -us), tem os seguintes
significados:
1. Diferença física ou conformação especial que distingue o
macho da fêmea (ex.: sexo feminino, sexo masculino).
2. Conjunto dos indivíduos que têm o mesmo sexo (ex.:
vestiário para o sexo feminino).
3. Relação sexual. = COITO, CÓPULA
4. Conjunto dos órgãos sexuais externos. ("sexo",
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/sexo [consultado
em 13-05-2018]
Já o termos sexualidade, encerra o sentido de:
1. Qualidade do que é sexual.
2. Modo de ser próprio do que tem sexo.("sexualidade",
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/sexualidade [consultado em
13-05-2018].).
O sexo do indivíduo é definido através da interação
de genes que estão situados em pares homólogos, ou seja, cromossomos sexuais
(heterossomos ou alossomos). Existem quatro tipos de determinação sexual: XY,
XO, ZW e ZO. Tipo XY: Nos seres humanos, o sexo é determinado pelo sistema XY.
O homem tem 44 autossomos + XY, sendo heterogamética: 22 A + 22 A + Y. E as
mulheres têm 44 autossomos + XX, sendo homogamética: 22 A + X. Mesmo sendo
diferentes os cromossomos masculinos dos femininos, esses cromossomos sexuais são
homólogos e pareia-se na meiose, porém no cromossomo masculino não há
cromátides, e por esse motivo o pareamento deles é parcial. Nas regiões
homólogas, há pareamento entre os cromossomos X e Y, e nas regiões não
homólogas, não há pareamento entre os cromossomos X e Y. O homem produz dois
tipos de espermatozoides, sendo que são compostos de quantidades iguais de
cromossomo X e cromossomo Y, por isso é chamado de heterogamético. Já a mulher
é considerada homogamética, pois no óvulo que ela produz há apenas um
cromossomo X. Se o óvulo for fertilizado por um espermatozoide que possui
cromossomo X, consequentemente o zigoto terá um cromossomo X e um Y, isso quer
dizer que o sexo do filho será masculino. Caso contrário, se o óvulo for
fertilizado por um espermatozoide X, o zigoto terá dois cromossomos X, e o sexo
dele será feminino. Todo este processo de definição do sexo ocorre na
fecundação. (Determinação do sexo por cromossomos sexuais). Disponível
em: https://www.colegioweb.com.br/determinacao-e-heranca-relacionada-ao-sexo/determinacao-do-sexo-por-cromossomos-sexuais.html.
Acesso em: 14 Maio, 2018). http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/sexualidade-e-espiritualidade/
2. O sexo foi criado por
Deus. No ato da criação Deus fez o
homem e a mulher sexualmente diferentes: "macho e fêmea os criou" (Gn
1.27). Portanto, o sexo faz parte da constituição anatómica e fisiológica dos
seres humanos. Homens e mulheres, por exemplo, possuem órgãos sexuais distintos
que os diferenciam sexualmente. Sendo criação divina, o sexo não pode ser
tratado como algo imoral ou indecente. As Escrituras ensinam que ao término da
criação "viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom"
(Gn 1.31). Desse modo, o sexo não deve ser visto como algo pecaminoso, sujo ou
proibido. Tudo o que Deus fez é bom. O pecado não está no sexo, mas na perversão
de seu propósito.
Em Genesis encontramos a descrição do ato divino de
criação e distinção entre os gêneros - o relacionamento mais íntimo de todos
havia sido estabelecido por Deus, relacionamento este que é a união permanente
do “homem e sua mulher” no casamento (Gn 2.21-25). Deus declarou Adão e Eva
como marido e mulher e eles se tornaram uma só carne (Gn 2.24). Tal envolvimento
sexual é sempre para marido e mulher, casados, que pertencem um ao outro. O
sexo fora do casamento é, portanto, condenado na Bíblia.
“Como visto, Deus faz tudo com propósito. Isso
inclui a nossa sexualidade. O fato do ser humano nascer do sexo masculino ou
feminino não é por acaso. Toda vez que isso acontece, os propósitos eternos de
Deus para as suas criaturas racionais são manifestos, a saber: a glória de Deus
na formação da família. “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja
só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gn 2:18). Observe que
tanto aqui, quanto em Gn 1: 27-28 citado acima, Deus basicamente conduziu Eva
pela mão ao altar até Adão, oficializando o primeiro casamento entre o primeiro
homem e a primeira mulher. Deste modo, se estabeleceu o precedente de que,
embora diferentes, homens e mulheres, como repositórios da imagem de Deus, são
iguais e de que o casamento é um dom a ser desfrutado por um homem e uma
mulher. Portanto, Deus criou o corpo masculino e feminino para que o prazer
sexual fosse desfrutado dentro do casamento sem que eles tivessem que se
envergonhar, o que se apreende dos famosos versos, “[…] Por essa
razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão
uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.””
(Gn 2: 24-25). (O PROPÓSITO DE DEUS PARA NOSSA SEXUALIDADE.
Disponível em: http://www.iparacaju.org/2014/05/30/o-proposito-de-deus-para-nossa-sexualidade/.
Acesso em: 14 Maio, 2018)
3. A sexualidade é criação
divina. Ao criar o homem e
a mulher, Deus também criou a sexualidade: "E Deus os abençoou e Deus lhes
disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra..." (Gn 1.28). O
relacionamento sexual foi uma dádiva divina concedida ao primeiro casal, bem
como às gerações futuras: "deixará o varão o seu pai e a sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). Sempre fez
parte da criação original de Deus a união sexual entre o homem e a sua mulher,
formando assim, ambos uma só carne. O livro poético de Cantares exalta a
sexualidade e o amor entre o marido e a sua esposa (Ct 4.10-12). Portanto, não
é correto "demonizar" o desejo e a satisfação sexual. Assim como o
sexo, a sexualidade também não é má e nem pecaminosa. O pecado está na
depravação sexual que contraria os princípios estabelecidos nas Escrituras
Sagradas.
A banalização do sexo nesta geração tem por meta
final coisificar, degradar e aviltar o que Deus criou. Temos o dever de
anunciar que o sexo não é pecado, é dádiva, aliás, homem e mulher foram criados
com a capacidade de dar e sentir prazer. O homem pós queda e tudo nele tende a
contrariar o divino, e o que foi criado belo, como a suma intimidade, foi
desvirtuado (1Ts 4.3-9; Pv 6.32; Rm 1.24-28). É por esta razão que aqueles que
vivem de acordo com os preceitos de Deus são mais felizes nesta área do que aqueles
que se entregam à devassidão (1Co 7.5; Hb 13.4).
“O sexo foi criado por Deus para dar prazer
dentro do casamento. Quando “Abraão e Sara já eram velhos, de idade bem
avançada, e Sara já tinha passado da idade de ter filhos” (Gn 18.11), Deus
disse-lhes que eles teriam um filho. “Por isso [Sara] riu consigo mesma, quando
pensou: ‘Depois de já estar velha e meu senhor já idoso, ainda terei esse
prazer?’” (v. 12). Existe um “prazer” genuíno entre marido e mulher na
intimidade do casamento. Abimeleque, rei dos filisteus, pensou que Rebeca fosse
irmã de Isaque: “Certo dia, Abimeleque... estava olhando do alto de uma janela
quando viu Isaque acariciando Rebeca, sua mulher” (26.8). Isaque provavelmente
estava beijando Rebeca e talvez iniciando as preliminares do relacionamento
sexual com sua mulher. Deus deu ao homem uma atração natural pela mulher, e deu
à mulher uma atração pelo homem. Alguém pode não entender o relato bíblico que
declara que o ato de fazer a corte possui uma rica história (cf. Ct 2.8-17). A tragédia
é que homens e mulheres pecaminosos desobedecem ao projeto de Deus e entram na
intimidade sagrada da satisfação sexual sem os laços do casamento. Por este
motivo, Deus ordenou: “Não adulterarás” (Êx 20.14). Deus também ordenou: “Entre
vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual como também de
nenhuma espécie de impureza... pois essas coisas não são próprias para os
santos” (Ef 5.3).”. (Ron J. Bigalke. ‘A Bíblia, o Casamento e a
Sexualidade’. Disponível em: https://www.chamada.com.br/mensagens/biblia_casamento_sexualidade.html.
Acesso em: 14 Maio, 2018)
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] O Cristianismo não está só
quando coloca implicações religiosas no sexo. No mundo antigo a prostituição
religiosa celebrava a fertilidade da natureza. No outro extremo, o celibato
ainda é adotado como vocação religiosa. Mais pertinente ao sexo é o rito da
circuncisão no Antigo Testamento, adotado como sinal de que a aliança de Deus
estava sobre os filhos de Abraão, de geração em geração. Os próprios órgãos
genitais deviam ser uma lembrança permanente de que a sexualidade é concedida
pelo Senhor e que somos responsáveis perante Ele pelo uso do sexo.
A união sexual e a reprodução fazem
parte da criação e foi ordenada por Deus desde o princípio, pela instituição do
casamento. O sexo não pode ser retirado desse contexto e tratado de forma
meramente biológica ou psicológica, como ocorre na sociedade contemporânea. Seu
principal significado não deve ser encontrado em si mesmo, no ato, na
experiência ou mesmo em suas consequências sociais. Como em qualquer coisa
vista teisticamente, seu significado principal deve ser encontrado em relação a
Deus e seus propósitos” (HOLMES, Arthur F. Ética:
As decisões morais à luz da Bíblia. 1. ed. RJ: CPAD, 2000, p.129).
II. O
PROPÓSITO DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS
1. Multiplicação da espécie
humana. A finalidade
primordial do ato sexual refere-se à procriação. Deus abençoou o primeiro
casale disse-lhes: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra"
(Gn 1.28). Tal como o Criador ordenara a procriação dos animais (Gn 1.22),
também ordenou a reprodução do género humano. Neste ato. Deus concedeu ao ser
humano os meios para se multiplicar, assegurando-Lhe a dádiva da fertilidade.
Depois da queda no Éden (Gn 3.11,23), e a consequente corrupção geral (Gn
6.12,13), o Altíssimo enviou o dilúvio como juízo para eliminar o género humano
(Gn 6.17), exceto Noé e sua família (Gn 7.1). Passado o dilúvio, Noé recebeu a
mesma ordem recebida por Adão: "E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e
disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 9.1). A
terra, que outrora fora despovoada, agora deveria ser repovoada por Noé a fim
de dar continuidade aos desígnios divinos (Gn 3.15, cf. Rm 16.20).
Noé, como pai da humanidade resgatada do dilúvio,
recebe uma bênção semelhante a do Gn 1.28, embora não inclui os mandatos
"subjuguem" e "senhoreiem". A função do sexo dentro do
casamento é tríplice: unir, recrear e procriar. Todos estes papéis demonstram a
necessidade da fidelidade conjugal. Sempre que o relacionamento sem igual do
casamento é quebrado pelas relações sexuais extraconjugais, a pessoa não
somente destruiu a união sem igual do casamento como também diminuiu a
possibilidade do prazer verdadeiro, sem falar do enfraquecimento da base da
estabilidade para quaisquer filhos desta união.
2. Satisfação e prazer
conjugal. Por muito tempo
ensinou-se que a procriação era o único propósito da relação sexual. O Concílio
de Trento (1545-1563) disciplinou a pratica sexual com fins exclusivos de
reprodução e proibiu o sexo aos domingos, nos dias santos e no jejum quaresmal.
Não obstante, a Bíblia também se refere ao sexo como algo prazeroso e
satisfatório entre o marido e a sua esposa: "Seja bendito o teu manancial,
e alegra-te com a mulher da tua mocidade..." (Pv 5.18,19); e ainda:
"Goza a vida com a mulher que amas" (Ec 9.9}. Assim, na união
conjugal, como também ensina o Novo Testamento, o homem e a sua mulher devem
buscar a satisfação sexual (1Co 7.5).
É interessante notar que muitos costumes adquiridos
na época medieval só foram sofrer liberação com a Reforma Protestante, como o
divórcio, por exemplo, proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja
Anglicana. Mas as igrejas protestantes que surgiram na Alemanha, Inglaterra e
Holanda continuaram bem rigorosas no que se refere às práticas sexuais.
“O 19º Concílio Ecumênico da Igreja, mais
conhecido como o Concílio de Trento, por ter se reunido em sua grande parte na
cidade de Trento, ao norte da Itália, realizou 25 sessões plenárias em três
períodos distintos, de 1545 a 1563. O primeiro período foi de 1545 a 1547. O
segundo começou 4 anos depois, em 1551, e terminou no ano seguinte. O último
período começou 10 anos mais tarde, em 1562, e terminou no ano seguinte. A essa
altura, a Reforma Protestante já tinha se espalhado por todos os países da
Europa Ocidental e da Europa Setentrional. A abertura do Concílio de Trento
deu-se 28 anos depois do rompimento de Martin Lutero com Roma (outubro de 1517)
e 9 anos depois da primeira edição das Institutas da religião cristã, de João
Calvino, em 1536 (um livro de formato pequeno, com 516 páginas). Outras edições
em latim e francês já tinham sido publicadas. Por ocasião da abertura do
Concílio (13 de dezembro de 1545), todos os reformadores, exceto Úlrico
Zuínglio, ainda estavam vivos: Martin Lutero com 62 anos, Guilherme Farel com
56, Filipe Melanchton com 48, João Calvino com 36 e João Knox com 31. Lutero
morreria no ano seguinte (1546). O propósito do Concílio de Trento era fazer
frente à Reforma Protestante, reafirmando as doutrinas tradicionais e arrumando
a própria casa. Houve portanto duas reações distintas, uma na área teológica e
outra na área vivencial. Um dos papas teria confessado que Deus permitiu a
revolta protestante por causa dos pecados dos homens, “especialmente dos
sacerdotes e prelados”.” (O Concílio de Trento. Disponível
em: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/255/o-concilio-de-trento.
Acesso 14 Maio, 2018)
3. O correto uso do corpo. No ato sexual ocorre a fusão de corpos: "Assim não são
mais dois, mas uma só carne"(Mt 19.6). O sexo estabelece um vínculo tão
forte entre os corpos que os torna uma só pessoa. Como os nossos corpos são
membros de Cristo (1Co 6.15), e templo do Espírito Santo (1Co 3.16), as
Escrituras proíbem o uso do corpo para práticas sexuais ilícitas (1Co 6.16).
São condenadas, dentre outras, as relações incestuosas (Lv 18.6-18), o coito
com animal (Lv 18.23), o adultério (Êx 20.14) e a homossexualidade (Rm
1.26-27). O corpo não pode servir a promiscuidade (1Co 6.13), mas deve
glorificar a Deus, o nosso Pai (1Co 6.20).
Já no início da Igreja encontramos a questão sexual
sendo abordada com firmeza sendo os crentes exortados a se absterem, entre
outras coisas, das tais relações sexuais ilícitas (At 15.20, 29; 21.25). A
Bíblia de Estudo Genebra comentando este texto afirma que o termo ‘relações
sexuais ilícitas’ “é bastante ampla e inclui, além do adultério, vários
pecados de natureza sexual”. Há aqueles que entendem esta passagem como
inclusiva àquelas uniões irregulares enumeradas em Lv 18.6-18.
“Os cristãos não estão livres para exercer sua
sexualidade de qualquer jeito. Eles estão debaixo de normas, que vêm desde o
“princípio da criação” (Mc 10.6), portanto, bem antes da lei de Moisés. Embora
tenha mostrado misericórdia com os infratores, Jesus não aboliu nem abandonou
essas normas. Ao contrário, enquanto a lei enfatizava a concretização do
adultério, Jesus pôs-se contra o adultério na sua fase embrionária, quando é
praticado apenas na mente (Mt 5.27). Jesus foi a primeira pessoa da história
bíblica a usar a expressão “relações sexuais ilícitas” (Mt 5.32; 19.9). Os
apóstolos foram fiéis à teologia sexual do “princípio da criação”, de Moisés,
dos profetas e de Jesus”. (Relações sexuais fora da lei.
Disponível em: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/284/relacoes-sexuais-fora-da-lei.
Acesso em: 14 Maio, 2018)
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Por que Deus criou o
sexo?
A Bíblia nos dá três razões específicas para o sexo:
1. Procriação
Provavelmente você já
conhece a primeira razão por que Deus criou o sexo. Chama-se procriação. Em
Gênesis 1.28, Deus revelou a Adão e Eva seu propósito para o sexo quando disse:
‘Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a’. Deus nos deu uma
capacidade de criar vida semelhante a dEle por meio do ato sexual. O início
desse versículo nos conta que Deus pretendia que os resultados do sexo fossem
uma bênção.
2. Unidade
Como seres humanos,
somos dotados de um profundo desejo por intimidade. Ansiamos por nos unir a
outros seres humanos e a Deus. O Senhor nos criou com esse desejo. Parte do seu
projeto para o sexo inclui satisfazer essa necessidade de relacionar-se de modo
pessoal. Está provado cientificamente que o sexo cria um laço entre duas pessoas,
mas os níveis mais profundos de união e intimidade só podem ser atingidos com a
busca pelo plano de Deus para o sexo. Gênesis 2.24 diz: ‘Portanto, deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne’. Essa passagem fala sobre o vínculo entre marido e mulher
fortalecendo-se a ponto de eles se tornarem uma só carne. O escritor de Gênesis
sabia intuitivamente o que a ciência confirmou há pouco tempo. Pesquisadores
descobriram um hormônio chamado ‘ocitocina’, ou ‘hormônio do amor’. A ocitocina
é uma substância química que nosso cérebro libera durante o sexo e a atividade
que precede o ato. Quando essa substancia é liberada, produz sentimentos de
empatia, confiança e profunda afeição. Cada vez que você faz sexo, seu corpo
sofre uma reação química que lhe diz para ‘apegar-se’. Deus criou os meios para
satisfazer nosso desejo por intimidade em um nível biológico.
3. Recreação
Uma das razões por que
Deus criou o sexo foi para o nosso prazer. Vemos isso claramente em Provérbios
5.18,19: ‘Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade, como a cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em
todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente’. Essa passagem fala de
um marido sendo satisfeito pelo corpo de sua esposa. O texto original pode ser
lido como: ‘Que você fique inebriado pelo sexo com ela’. Deus planejou o sexo
para ser divertido e prazeroso. Está claro que Deus criou o sexo para o nosso
benefício e para sua glória. Quando se desfruta o sexo de acordo com o plano
divino, o resultado é maravilhoso. Quando saímos dos limites estabelecidos por
Deus para nossa vida sexual, o prazer diminui, a intimidade é rebaixada, e as
bênçãos que Deus planejou como resultados de nossos encontros sexuais podem se
deteriorar” (MCDOWELL, Josh; DAVIS, Erin.
Verdade Nua & Crua: Amor, sexo e relacionamento. 1. ed. RJ: CPAD, 2011,
pp.20-23).
III. O CASAMENTO
COMO LIMITE ÉTICO PARA O SEXO
O casamento é o legítimo limite ético dos
impulsos sexuais que podem ser satisfeitos sem que se incorra em atos
pecaminosos.
1. Prevenção contra a
fornicação. A fornicação está
relacionada ao contato sexual entre pessoas solteiras, ou seja, não casadas.
Para prevenir este pecado, o apóstolo Paulo orienta os cristãos a se casarem:
"por causa da prostituição [ou fornicação], cada um tenha a sua própria
mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido." (1Co 7.2). Os ensinos de
Paulo ratificam o propósito divino do casamento, ou seja, "um homem para
cada mulher" (Gn 2.24). Este princípio também foi defendido por Jesus:
"deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher" (Mt 19.5). Deste
modo, a legitimidade cristã para a satisfação dos apetites sexuais entre um
homem e uma mulher restringe-se ao casamento monogâmico heterossexual (1Co
7.9). Toda prática sexual realizada fora destes moldes constitui-se em sexo
ilícito.
A reforma Protestante inseriu novamente a
sexualidade como dom concedido por Deus ao ser humano, e resgatou o casamento,
não apenas como metáfora teórica da relação entre Cristo e a Igreja, mas como
experiência abençoada por Deus e destinada a todos os que a desejassem. A sexualidade
vivida dentro do casamento é complementar à Espiritualidade – isso porque, para
o cristão, não existe o sagrado e o profano, mas tudo deve ser feito para a
máxima glória de Deus. “Donald Goergen afirma que sexualidade e espiritualidade
não são inimigas, mas amigas” (DSP, p.99). De fato não podemos separar os dois
temas, a beleza da sexualidade só poderá ser percebida de verdade se houver
também espiritualidade.
Em 1º Coríntios 7 Paulo responde às perguntas feitas
pelos crentes daquela Igreja a respeito da vida conjugal. O compromisso do
casamento importa em cada cônjuge abrir mão do direito exclusivo ao seu próprio
corpo e conceder esse direito ao outro cônjuge. Isso significa que nenhum dos
cônjuges deve deixar de atender os desejos sexuais normais do outro. Tais
desejos, dentro do casamento são naturais e providos por Deus, e evadir-se da
responsabilidade de satisfazer as necessidades maritais do outro cônjuge é
expor o casamento às tentações de Satanás no campo do adultério (v. 5). O
casamento é uma barreira para a onda de fornicação (relações sexuais fora do
casamento).
“Menos de 5 anos depois, por volta do ano 55,
Paulo afirma categoricamente “à igreja de Deus que está em Corinto” que “nem
imorais [ou libertinos, ou impudicos, ou devassos] nem idólatras, nem
adúlteros, nem homossexuais passivos [ou efeminados, como está na EP, CNBB e
TEB, ou depravados, como está na BJ] ou “ativos” [ou sodomitas, como está na
ERA, CNBB e EP, ou pederastas, como está na TEB ou “pessoas de costumes
infames”, como está na BJ], nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem
caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.9,10, NVI).
Pouco mais adiante, no mesmo capítulo, aconselha-os: “Fujam da imoralidade
sexual” (6.18, NVI). A ordem é fugir do “pecado sexual”, ou da “devassidão”, ou
da “prostituição”, ou da “fornicação”, como querem outras versões, e não se
aproximar dela ou deixar que ela se aproxime deles, porque “o nosso corpo não
existe para praticar a imoralidade, mas para servir ao Senhor” (6.13, NTLH).
Além do mais, Paulo quer que os coríntios saibam que o corpo deles “é o
santuário do Espírito Santo” (6.19). Porque a cultura de Corinto era
acentuadamente libidinosa, é nesta epístola que Paulo mais fala sobre as
distorções sexuais. Noutra exortação, por exemplo, ele tenta criar neles o
temor do Senhor nessa área: “Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles
fizeram — e num só dia morreram vinte e três mil” (10.8). O apóstolo se reporta
à imoralidade sexual cometida ostensivamente pelos israelitas na travessia do
deserto, quando as moabitas se ofereceram a eles (Nm 25)”. (Relações
sexuais fora da lei. Disponível em:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/284/relacoes-sexuais-fora-da-lei.
Acesso em: 14 Maio, 2018)
2. O casamento e o leito sem
mácula. As Escrituras
ensinam que o casamento é digno de honra (Hb 13.4) e que a união conjugal deve
ser respeitada por todos (Mt 19.6). O leito conjugal não pode ser maculado por
ninguém. Quem o desonrar não escapará do juízo divino (Hb 13.4b). Aqui a
desonra refere-se ao uso do corpo para práticas sexuais ilícitas com ênfase nos
casos de relações extraconjugais (1Co 6.10). Inclui também as relações
conjugais resultante de divórcios e de segundo casamentos antibíblicos (Mt
19.9). Embora, muitas vezes, os imorais escapem da reprovação humana, não
poderão fugir da ira divina (Na 1.3). A práxis da sociedade e a condescendência
de muitas igrejas não invalidam a Palavra de Deus.
Paulo honrou com excelência o matrimônio quando o
comparou ao relacionamento entre Cristo e a igreja (Ef 5.22-33). Ele não só
cita o texto de Gênesis 2.24, mas adiciona: “Grande é este mistério, mas eu me
refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.32). Fica claro que há uma ligação muito
íntima e espiritual entre o relacionamento do homem e da mulher com o
relacionamento da igreja com Cristo. Não poderia deixar de citar o fato de
Paulo ter indicado o celibato (1Co 7.1,8), porém, no mesmo capítulo 7 de
Coríntios, ele se preocupou em reafirmar o valor do casamento nos padrões
bíblicos. (ULTIMATO).
Leito sem mácula é leito sem mancha, sem
contaminação, sem infâmia. As relações sexuais fora do casamento nunca foram
aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de
leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que
fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas.
Em Hb 13.14, o autor fala basicamente, sobre sexo. Temos uma clara ordem para
honrarmos dois ambientes sexuais intercambiáveis: o matrimônio e o leito sem
mácula. Deus julgará os que vivem uma sexualidade oposta ao que deveria ser
honrado, ou seja, os que vivem em prostituição e os que vivem em adultério.
Podemos perceber, sem muito esforço, que matrimônio é contrastado com prostituição
e leito sem mácula, com adultério.
“Deus criou o homem (macho) e, posteriormente, a
mulher com a finalidade de uni-los, tornando-os “uma só carne”. Gênesis 2.24
“enfatiza a completa identificação das duas personalidades no casamento. A
passagem nos diz que Deus instituiu o casamento e que este deve ser monogâmico
e heterossexual, a união completa entre duas pessoas (homem e mulher)” (Charles
C. Ryrie, A Bíblia Anotada e Expandida, Editora Mundo Cristão, p.10). Deus
reafirma esse padrão em Marcos 10.7-9 e Efésios 5.31. Notem também em 1Coríntios
7.2 a ênfase que Paulo apresenta: “Cada um tenha a sua própria esposa, e cada
uma, o seu próprio marido”. Deus efetivamente excluía a poligamia de qualquer
tipo que fosse. A afirmação de Paulo também implica que, uma vez consumado o
casamento, a união é permanente até que a morte os separe (1Co 7.39-40; Mc
10.7-9).” (Sexualidade e Espiritualidade. Disponível em:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/sexualidade-e-espiritualidade/.
Acesso em: 14 Maio, 2018).
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A intimidade sexual é limitada ao
matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por Deus. Mediante
o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de Deus.
Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento
conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o
homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves
aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor e profanação do
relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras
e colocam o culpado fora do reino de Deus.
Imoralidade e a impureza sexual não
somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual contra
outra pessoa que não seja seu cônjuge” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1. ed.
RJ: CPAD, 1995, p.1921).
CONCLUSÃO
O sexo e a sexualidade são atos da criação divina e
não podem ser tratados como algo pecaminoso e nem como mero elemento de
procriação ou fonte de prazer. Cabe ao cristão cumprir o propósito estabelecido
por Deus para a sexualidade (Gn 2.24). O desvirtuamento desse padrão implicará
punição aos que praticam a imoralidade (Hb 13.4). Portanto, vivamos para a
glória de Deus!
Sexualidade faz parte do projeto de Deus, e o sexo
é bênção de Deus no casamento, expressão de amor e forma de comunicação –
ambos se tornaram uma só carne (Mc 10.8). O que Deus projetou para o homem (Gn
2.24) cumpre-lhe obedecer. O padrão de Deus determina caráter santo e piedoso.
O rompimento desse padrão implica punição (Rm 1.26-27). Seja com relação ao ato
sexual, ou outra área da vida, melhor é obedecer a Deus que seguir as práticas
do mundo (1Jo 2.15-17). Toda atitude sexual que ocorre fora do casamento é
considerado como um ato de prostituição. As Escrituras ordenam: “Fugi
da prostituição”, e completa: “Todo o pecado que o homem comete é
fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1
Co 6:18). Fuja de toda atitude prostituta, fuja de todo ato sexual que acontece
fora do matrimônio.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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