sábado, 16 de setembro de 2017

LIÇÃO 12: O MUNDO VINDOURO

SUBSÍDIO I

MILÊNIO, JUÍZO FINAL, NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

1. Introdução

O livro do Apocalipse, no capítulo 20, mostra a condenação de Satanás e a sua prisão no abismo durante mil anos, onde Satanás não mais terá quaisquer atividades durante o tempo de mil anos. Assim, inicia-se o período do Milênio. Um período cuja melhor palavra da atualidade para descrevê-lo é Utopia, mas que a Palavra de Deus mostra que se trata de uma maravilhosa realidade.

2. Sobre o Milênio

Quem hoje não sonha em ver o mundo dominado pela paz? A violência zerada. A injustiça social liquidada. As doenças não mais presente com o seu poder mortífero. Quem não sonha com o mundo, onde quem morre aos 100 anos será considerado jovem? É sobre este tempo que as Escrituras dão conta e demonstram com riquezas de detalhes de que será literal e verdadeiro, conforme a tabela abaixo ― no Milênio, muitas profecias do Antigo Testamento serão cumpridas fielmente:

ALGUMAS PROFECIAS QUE AFIRMAM A LITERALIDADE DO MILÊNIO

 Salmo 2.8 
 As nações e o mundo inteiro sob o governo de um único Rei e Senhor.
 Isaías 35.1,2
 A descrição da glória do Senhor numa região totalmente desértica.
 Zacarias 8.1-9
 Descrição do cotidiano da capital do mundo no Milênio, isto é, Jerusalém.
 Mateus 19.28
Palavra de Jesus acerca do Milênio.
 Atos 15.16-18
Aplicação da profecia de Amós 9.11,12 pelo evangelista Lucas referendando o que o apóstolo Pedro havia ensinado.
Apocalipse 2.25-28

A declaração de Jesus, por intermédio do apóstolo João, sobre a realidade do reino milenar vindouro.


Obs: Há outras referências bíblicas acerca do Reino Milenar que o prezado professor poderá consultá-las para melhor fundamentar a sua aula: Salmos 24.7,8; Isaías 9.7; 11.6-10; 61.3; Jeremias 23.5,6; Ezequiel 40―48; Daniel 2.44; Oseias 1.10; 3.5; Amós 9.11-15; Miqueias 4.1-8; Apocalipse 11.15.
Ainda, à luz de Apocalipse 20, podemos vislumbrar quem estará no Milênio para reinar com Cristo. O texto bíblico diz que João viu “almas”, isto é, pessoas que foram martirizadas durante a Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 12.15) e os crentes que venceram ao longo da Era da Igreja. São esses dois grupos que reinarão com Cristo no Milênio. A partir deste reinado, onde Cristo é a cabeça, um período de paz e bênçãos será inaugurado na Terra. Onde a justiça prevalecerá (Zc 9.10), o Espírito Santo restaurará todas as coisas, o mundo refletirá a ordem e a beleza de Deus, originariamente planejada por Ele no Éden, e o mundo animal será completamente transformado (Is 11.6-8; Ez 34.25). De fato, é um Reino como nunca houve no mundo!

3. Juízo Final

Chegará o dia em que os homens da Terra comparecerão diante do Trono Branco. Cristo se assentará como o supremo juiz e, junto à igreja, julgará a humanidade. É importante realçar a figura do Trono Branco como o símbolo da justiça e da santidade do Altíssimo. Enquanto os salvos se deleitarão no Senhor e reinarão com Cristo, os que não foram achados seus nomes no Livro da Vida, atormentar-se-ão eternamente. 
Vivemos num tempo em que as pessoas não creem mais na prestação de contas que os seres humanos farão um dia a Deus. Talvez, devido ao predomínio das cosmovisões que colocam o ser humano como essencialmente bom em nossa cultura ocidental, é que a crença no Céu como um lugar preparado por Deus para os seus filhos, e no Inferno, como um lugar eterno de perdição, não sejam levados a sério. Por isso, prezado professor, nesta lição, apresente o céu como um estado (consciência) e lugar, e o inferno também em sua dimensão sensorial da eternidade. 
Algumas informações destacadas abaixo podem contribuir quando o segundo tópico da lição desta semana for exposto:
1. O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final. 
2. Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.
3. Na instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do Juízo. 
4. No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.
5. Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade. 
Outro ponto importante também é trabalhar a palavra inferno? No exercício de tradução da Bíblia, da língua original para a portuguesa, há limites de caráter semântico imposto pelo idioma original a ser traduzido. Nem sempre encontramos palavras da língua nativa que expresse a plenitude semântica do termo original. A palavra inferno é um exemplo dessa complexidade. É importante explicar aos alunos que as Escrituras, na língua original, apresentam quatro termos cuja versão da língua portuguesa os traduziu para “Inferno”: Sheol, Hades, Tártaro e Geena. Na verdade, o inferno que será lançado no Lago de Fogo é o Hades, isto é, a morada dos mortos.

4. Novos Céus e Nova Terra

Tudo novo! A Criação e o Ser Humano que precisam ser restaurados por Deus, aguardam ansiosamente a renovação de todas as coisas. Muitos não acreditam ser possível, um dia, o ser humano achar o verdadeiro significado da vida. Quando ele vir o seu Senhor chegando, em Glória, seja para ser justificado ou condenado, o homem saberá que um novo tempo se instalará na humanidade. E o estado de graça, de amor, de justiça e de verdade será instaurado para todo sempre, de eternidade em eternidade. 
A cada ano que passa, o meio ambiente é atingindo pela poluição da sociedade. As florestas são devastadas, o ar que respiramos tornar-se ainda mais poluído. A violência cresce nas cidades. Na região geográfica onde você mora pelo menos alguém que você conheça já foi assaltado ou agredido ou até mesmo assassinado. O mundo em que vivemos não é seguro. Corremos riscos se andarmos sozinhos em lugares desertos. 
O advento do Pecado fez a Terra ficar doente e devastada pela ambição humana. Um descontrole total do clima, das cidades, da vida social das pessoas. Angústias, solidão, medo, ansiedade e tristeza são companheiras inseparáveis dos seres humanos. Além de lutar para sobreviver diariamente, as pessoas têm de enfrentar a própria natureza dilacerada pelas muitas decepções. O ser humano e o meio ambiente estão em crises.
O texto bíblico de Romanos 8.19-23 afirma que a Criação sofre e está gemendo como quem tem dores de parto, debaixo de uma ganância insana do ser humano: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (v.22). Mas não só o meio ambiente; nós também sofremos a todo o momento o resultado das nossas escolhas equivocadas: “mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo ” (v.23). Em meio a este sofrimento, descontrole e escravidão do pecado, a Bíblia faz brotar uma promessa de Novo Céus e Nova Terra.

5. Conclusão

A Sagrada Escritura diz que somos peregrinos neste mundo, pois a nossa casa é celestial. Mas um dia o que é celestial tornará uma realidade aqui na Terra. Novos Céus e nova Terra aparecerão. No dia em que os filhos de Deus se manifestar com Cristo, a Terra será sarada, o ser humano, plenamente regenerado. Então, viveremos para sempre, de eternidade em eternidade, com o Senhor, o Criador dos Céus e da Terra.


Marcelo Oliveira de Oliveira*

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Estamos nos encaminhando para o final deste trimestre, e nesta penúltima aula, estudaremos a respeito dos novos céus e nova terra. A princípio destacaremos a beleza e singularidade do céu. Em seguida, nos voltaremos propriamente para os novos céus e a nova terra. Ao final, reconhecendo as limitações humanas, e as poucas informações bíblicas a respeito do céu, tentaremos descrevê-lo, destacando, sobretudo, que esse será um lugar no que Deus estará presente. Mas antes desse novo céu e nova terra, haverá um julgamento, não o das obras dos crentes, mas o das obras do descrentes, para a condenação, trata-se do Juízo Final.
                                                                                                       
1. DEPOIS DA MORTE, SEGUE-SE A JUÍZO

Em Hb. 9.27 está escrito que depois da morte segue-se a juízo. O julgamento final é uma doutrina bíblica, exarada em várias passagens das Escrituras, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. O texto de Ap. 20.11-15 descreve como acontecerá o Juízo Final, que acontecerá ao final do reino Milenial de Cristo. Esse julgamento não deve ser confundido com o Tribunal de Cristo (II Co. 5.10), que acontecerá logo após o arrebatamento, e será exclusivo para Igreja, para recompensa das obras realizadas pelos crentes. De acordo com Ap. 20.11-15 acontecerá após o Milênio um julgamento severo sobre aqueles que desprezaram a mensagem do Senhor Jesus. Nessa passagem é descrito um “grande” trono “branco”. Grande porque Aquele que está assentado sobre ele é Grandioso (Ap. 20.4), bem como da importância que esse irá ocupar no cenário escatológico. Ele será branco porque Aquele que está assentado sobre ele é puro, trata-se um Juiz perfeito, que evoca a equidade. O texto não menciona o nome dAquele que estará sentado sobre o Trono, mas podemos inferir que se trata de Cristo com base em Jo. 5.22, considerando que “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”. Paulo reforça essa doutrina ao se referir ao “dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens por Jesus Cristo” (Rm. 2.16).

2. VÁRIOS LIVROS SE ABRIRÃO

Durante o julgamento vários livros se abrirão, a fim de explicitar os pensamentos e atos daqueles que agiram impiamente. Salomão antecipa esse momento em Eclesiastes, afirmando que “Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec. 12.14). Em relação ao Juízo Final, o autor da Epístola aos Hebreus destaca que “toda transgressão e desobediência deve receber a justa retribuição” (Hb. 2.2). Isso nos faz acreditar que haverá níveis diferenciados de tormento no inferno, essa concepção pode ser reforçada em Mt. 11.21-24. Jesus explicou que aquele que escuta Sua mensagem e a rejeita está sujeito a maior condenação. Os condenados no Juízo Final serão lançados no Lago de Fogo, que é um castigo preparado para Satanás e seus anjos, bem como para todos aqueles que recusaram o Senhor Jesus (Mt. 25.41,46). O Juiz, por sua vez, estará assentado sobre o Trono e dará o veredito final com base nos livros, nos quais estarão registrados os atos de todos os réus. Eles serão condenados pelas suas próprias obras, pois essas são abomináveis aos olhos de Deus (Rm. 8.8). Eles desprezaram o Mediador, o Único entre Deus e os homens (I Tm. 2.5), sendo condenados por seus atos (Mt. 16.27). Há um livro que se encontra no singular, trata-se do Livro da Vida, que traz o nome daqueles que salvos por Deus, a esses nenhuma condenação há (Rm. 8.1).

3. AQUELES QUE SERÃO JULGADOS

O juízo Final não será para a salvação, aqueles que se apresentarem perante o Trono receberão o veredito de condenados, e serão lançados no Lago do Fogo. O texto de Ap. 20 diz que se apresentarão “os mortos, grandes e pequenos”, todas as pessoas que viveram ao longo de todos os tempos, e das diferentes condições socioeconômicas. Essa doutrina precisa ser divulgada em meio a essa sociedade corrupta. As pessoas devem ser alertadas quanto ao Dia em que comparecerão, perante o Supremo Juiz, para se apresentarem perante Ele. Os príncipes deste mundo, que agem apenas para destruir as pessoas, receberão a justa paga no Juízo Final. Todos aqueles que morreram, e que desconheceram a Cristo, ou agiram contrários a vontade dEle, ressuscitarão para a vergonha eterna (Dn. 12.2). Por enquanto a alma dos ímpios se encontra no Hades, para onde seguem aqueles que morreram sem Cristo, e que ressuscitarão para o Juízo Final. Esses não poderão corromper o Justo Juiz, que com sabedoria e equidade, declarará sua sentença sobre todas as camadas sociais, e pessoas das mais diferentes posições políticas. Na presença de Jesus fugirão a terra e a atmosfera, Pedro descreve que “os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (II Pe. 3.10). Por esse tempo toda corrupção será dissipada, pois na presença de um Deus Santo não há lugar para o engano.

4. O CÉU É UM LINDO LUGAR

As Escrituras dizem muito pouco a respeito do céu, mas o suficiente para anelar esse lugar, para o qual o Senhor nos levará (Jo. 14.1). Antes de tratar a respeito dos céus – shamaim em hebraico – e ouranos – em grego, os diferenciamos dos outros tipos de céus. Existe o céu atmosférico, que faz alusão à imensidão do espaço (Dt. 11.11,17; 28.12,24; Js. 10.11; Sl. 18.13; 147.8; Pv. 23.5; Zc. 6.5; Is. 55.9-11). Há também o céu que é o firmamento dos céus (Gn. 1.14; 15.5; Ex. 20.4). Ainda o céu que é a morada de Deus (Mt. 10.32,33; Sl. 33.13,14; Is. 63.15; Mt. 5.16,45; 6.1,9). A morada de Deus é reconhecida pelos estudiosos como o terceiro céu, mencionado por Paulo em II Co. 12.2. Essa é a pátria superior, de acordo com a descrição do autor da Epístola aos Hebreus (Hb. 11.13-16). Existem especulações em relação à quantidade de céus existentes, para alguns são sete céus. Essa é uma especulação teológica, fundamentada em crenças judaicas, sem qualquer fundamento bíblico. Há ainda uma discussão entre os estudiosos se as descrições de João no Apocalipse são literais ou figuradas. Acreditamos que a beleza da Cidade Celestial vai além daquilo que o texto expressa, considerando que o olho não viu e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam (I Co. 2.9). O que sabemos a respeito do céu, mesmo com a revelação poética do Apocalipse, é como um espelho, que não condiz totalmente à realidade (I Co. 13.12).

5. NOVOS CÉUS, NOVA TERRA

Depois do Juízo Final, após o Milênio, acontecerá uma destruição da Jerusalém terrenal (Mt. 24.34; II Pe. 3.10), que dará lugar a uma nova cidade, descrita nos capítulos 21 e 22 de Apocalipse. Essa Nova Jerusalém será Cidade Eterna, essa foi a cidade que Jesus prometeu preparar (Jo. 13.2,3). Pedro explicou que depois da destruição da cidade terrena (II Pe. 3.10), descerá  dos céus um novo céu e nova terra (Ap. 21.1-3). Esse será um ambiente favorável à adoração, sendo essa a principal atividade no céu (Ap. 19.1-8). A adoração no céu acontecerá porque esse será um lugar de comunhão e relacionamento com Deus (Ap. 21.3). Ali haverá um muro com doze portas, sendo cada porta uma pérola, e a praça de outro puro, como vidro transparente (Ap.21.21). O muro será de jaspe, por se tratar de uma cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro (Ap. 21.18,21). O mais importante, nela não haverá templo, pois o templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro (Ap. 21.22). É confortador saber que nessa Cidade também não haverá mais tristeza, pois Deus limpará dos olhos lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap. 21.16,17). Os crentes estarão em corpos glorificados, semelhantes ao corpo ressuscitado de Cristo (I Jo. 3.2). A esse respeito Paulo esclarece que nosso corpo de humilhação será transformado, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas (Fp. 3.21).

6. O CÉU É UM LINDO LUGAR

O Céu é a habitação de Deus (Sl. 103.19), dos anjos (Dn. 7.10; Is. 6.1-6), e dos crentes (Fp. 3.20). É maravilhoso saber que encontraremos lá alguém que muito nos amou, e se entregou pelos nossos pecados (At. 1.9-11). Uma análise honesta das Escrituras nos mostrará que pouco sabemos a respeito dos Céus, mas, em linhas gerais,  afirmamos, com base em Mc.13.27, ali Cristo reunirá os eleitos. Em Fp.2.10 está escrito que Cristo receberá honra no céu, e em Jo.17.24 nos é dado a saber que Sua glória será manifestada. A manifestação do Reino de Deus, o lugar em que Deus estará no trono (Ap.4.1-3), por isso o céu será um lugar de recompensa para aqueles que venceram em Cristo (Ap.2.7;3.21); que também estará cheio da presença e da glória de Deus (Ap.4.11;21.1-10). Por fim, esse será um lugar de louvor e adoração a Deus (Ap.19.1-7). O que nos é dito nessas passagens é suficiente para que desenvolvamos um relacionamento amoroso com o Deus do céu. É importante fazer esse destaque porque, infelizmente, muitos adoram apenas o céu de Deus, mas esquecem do Deus do céu. Falam do céu, cantam o céu, almejam o céu, mas não vivem para Cristo, não buscam a Cristo, não amam a Cristo. Sem Cristo, o céu não passa de um lugar sem luz. A beleza do texto bíblico nos motiva a aguardar com expectativa por esse lugar. Isso porque, conforme afirma o autor do Apocalipse: “a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap. 21.23).

CONCLUSÃO

A Nova Jerusalém é a Cidade Perfeita (Hb. 12.22), que vem de cima (Gl. 4.26), que desce de Deus (Ap. 21.2,10). Vivemos na cidade dos homens, que pode se tornar um lugar aprazível, na medida em que contribuímos para sua melhoria. Mas estamos certo que somente desfrutaremos de bem-estar quando descer dos Céus a Cidade de Deus, enfim estará construído o tabernáculo de Deus com os homens (Ap. 21.3), que será um Templo tanto físico (Ap. 21.12-21), quando espiritual (Ap. 21.22).


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

O mundo vindouro abordado na presente lição pretende mostrar o que virá depois do Juízo Final, o novo céu e a nova terra, a nova Jerusalém, o lar dos santos na eternidade e por toda a eternidade. Trata-se definitivamente do epílogo da história humana. Mas haverá alguns eventos que precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo de mil anos, o Juízo Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o seu destino final. [Comentário: A primeira coisa a entender sobre o juízo final é que não pode ser evitado. Independentemente de como interpretemos a profecia sobre o fim dos tempos, a Bíblia nos diz que "como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo" (Hebreus 9.27). Todos nós temos um compromisso divino com o nosso Criador. O apóstolo João registrou alguns detalhes do julgamento final: "E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo" (Apocalipse 20.11-15)1. Essa passagem notável nos apresenta o julgamento final – o fim da história humana e o início do estado eterno. Mas, o que precede e o que vem depois? Este pequeno estudo não pretende cobrir tudo que é tratado na Palavra de Deus sobre o milênio, o Juízo Final, a Nova Criação e a Eternidade. Tão-somente teremos instrução clara e objetiva de alguns pormenores destes temas maravilhosos. Infelizmente, nossos irmãos, em nossas Igrejas, sabem pouco sobre o Reino Milenar de Cristo nesta terra e os demais assuntos desenvolvidos aqui. Uma era futura, onde se cumprirá as promessas de Deus referente as alianças firmadas por Ele no decorrer da história bíblica.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã? 1. https://www.gotquestions.org/Portugues/julgamento-final.html

I. SOBRE O MILÊNIO
                                
1. Descrição. O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período. Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de Satanás na terra será neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a tão almejada paz universal, pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e justiça entre os seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A longevidade das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a resposta imediata às orações são algumas das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de seu governo será Jerusalém: "[...] porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR" (Is 2.3). O Senhor Jesus se assentará sobre o trono de Davi, e de Jerusalém reinará sobre toda humanidade. Esse reino, que trará salvação aos judeus, é a conclusão do programa divino sobre o povo de Israel (Is 59-20; Rm 11.26). [Comentário: Podemos encontrar três escolas principais de interpretação: O Pré-Milenismo: entende a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos. O Pós-Milenismo: acredita que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória final do Evangelho no período do milênio; e o Amilenismo: entende que a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica. Há ainda o Pré-milenismo Histórico e o Pré-milenismo Dispensacionalista. Este estudo segue a escola pré-milenista dispensacionalista (veja a diferença aqui). Esta escola é a mais comum das interpretações dadas ao texto de Apocalipse 20. O Pré-milenismo Dispensacionalista foi formulado no século XIX (por volta de 1830), mas popularizada no princípio do século XX, por meio de vários escritos, nos quais se inclui a Bíblia de Referência Scofield, em 1912. O Pré-milenismo Dispensacionalista é professado principalmente por aqueles que defendem um arrebatamento pré-tribulacional (sete anos antes da Segunda Vinda de Cristo), e alguns pós-tribulacionistas. Esta escola acredita que depois de seu regresso à terra, Jesus Cristo estabelecerá o reino prometido à nação de Israel, onde Jesus será então Rei de Israel, conforme a promessa feita a David seu pai. No começo deste reinado, os santos do Antigo Testamento ressuscitarão e viverão neste reino de mil anos, sobre a face da terra, com seu centro localizado em Jerusalém2. A Pedra lançada sem auxilio de mãos vista por Daniel torna-se um imenso monte que enche toda a terra. Podemos dizer que o monte Everest perto desse Monte não passa de um grão de areia: "Mas a pedra que feriu a estatua se fez um Grande Monte e encheu Toda a Terra" (Dn 2.35c). Qual o significado dessa pedra que se torna Um Grande Monte e enche toda a face da terra?- É evidente que esta simbologia está falando do estabelecimento do reino de Cristo sobre a terra após ele destruir os reinos gentílicos sob o comando do Anticristo no vale de Armagedom. Diz o profeta: "mas nos dias desses reis (os dez reis escatológicos = os dez dedos da estatua), o Deus do céu levantará um reino que será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre" (2.44).
Como nós temos visto acima o reino milenial de Cristo será estabelecido sobre a terra após a batalha no vale de Armagedom. Mas o que significa o reino milenial de Cristo? Permita-se responder a esta indagação com seis considerações:
1)- O milênio será o glorioso reinado de Cristo na terra por mil anos.
2)- O milênio ocorrerá literalmente aqui na terra, (1Co 6.2; Sl 2.8,9 Zc 9.10; Ap 5.10,11.15; Is 65.21; Dn 2.35).
3- Será um período de paz sobre aterra (1Co 15.24-28).
4- Será a última dispensação (Ef 1.10).
5- Israel ocupará a terra que lhe pertence e torna-se á o centro de todo o mundo (Is 11.10; Gn 15.18; 1Cr 16.15,18).
6- todas as profecias acerca do reino do Messias se cumprirão (Dn 9.24; At 3.20,21)3.]

2. Sobre a ressurreição dos mortos. A Bíblia ensina que os justos e os injustos serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25). Mas em Apocalipse ficamos sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas ressurreições. A primeira ressurreição é a dos justos, e a outra é a última ressurreição: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição" (Ap 20.5). São partes da primeira ressurreição os santos provenientes da Era da Igreja e os do Antigo Testamento, juntamente com os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Convém salientar que a ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do arrebatamento da Igreja (l Co 15-52; l Ts 4.16; Ap 20.6), serão ressuscitados os súditos dos reis. Quanto à ressurreição dos injustos, também conhecida com Ressurreição Universal ou ainda na última Ressurreição, envolverá todos os descrentes desde o princípio do mundo até aquele dia. [Comentário: Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento4. Ressurreição, a palavra significa: ação de ressurgir; vida nova; renovação; surgir novamente; voltar à vida; tornar a manifestar-se; viver de novo. No Novo Testamento, as palavras gregas para ressurreição: Anastasis, ressurreição; Anazao, voltar à vida, viver de novo; Egeiro, acordar, despertar, levantar. A primeira coisa que virá a acontecer quando da Volta de Nosso Senhor Jesus Cristo, será a ressurreição dos mortos em Cristo, isso deverá acontecer num momento antes do arrebatamento da Igreja (1Ts 4.15,16). “Quando Cristo retornar, nosso corpo original será levantado e transformado; nossa forma humana será mantida e também glorificada”. Vamos notar uma coisa importante aqui: a Volta de Jesus Cristo, não é um acontecimento, mas sim um processo. Como assim? Um acontecimento ocorre todo de uma vez, mesmo em se tratando de um acontecimento longo. Um processo leva várias etapas para ser concluído. Por que considero a volta de Cristo como um processo? Porque primeiramente Jesus Cristo virá nas nuvens para os Seus, a Igreja. Os mortos em Cristo são ressuscitados primeiro, acontece o arrebatamento da Igreja, tudo isso simultaneamente, num abrir e piscar de olhos, a Igreja no céu é julgada no chamado Tribunal de Cristo, o Bema, e após acontece o casamento da noiva, a Igreja, com Seu Noivo, Jesus Cristo. Enquanto isso, aqueles que ficarem na terra estarão passando pelo período chamado de Tribulação, sete anos nos quais o domínio do Anticristo se fará manifesto por intermédio de Satanás. Terminado este período, Jesus Cristo retorna para este mundo, agora sim “todo olho O verá” e a Igreja o acompanha nessa volta.  O Anticristo, o Falso Profeta são mandados para o inferno, Satanás é preso por mil anos, e começa o milênio. Por causa disso, chamo a Segunda Vinda de Cristo, como um processo. Muito embora encontremos no Velho Testamento e nos Evangelhos Sinóticos um vasto ensino sobre a Segunda Vinda de Cristo, apenas uma única vez foi esclarecido de forma explícita que este retorno seria para levar a Sua Igreja deste mundo (incluindo aqui tanto os mortos em Cristo como os crentes vivos nesta ocasião). Essa ocasião solene foi na noite antes de Sua crucificação (Jo 14.1-3). Muito embora, não tivesse acontecido qualquer tipo de explicação para este ensino, enquanto nosso Senhor Jesus Cristo esteve aqui nesta terra5Leia mais sobre este assunto aqui.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
                               
"MILÊNIO
A palavra 'milênio' vem dos termos latinos Mille e annum ('ano'). A palavra grega chilias, que também significa ‘mil', aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra, que virá imediatamente antes da eternidade (Ryrie, pp.145-146). Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço.
[...] PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES DO MILÊNIO
O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5). 'Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos cavalos: Santidade Ao Senhor [...] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao Senhor dos Exércitos' (Zc 14.20-21).
Tudo, do trabalho à adoração, será santificado ao Senhor. O pecado será punido (Sl 72.1-4; Zc 14.16-21) de maneira pública e justa. A era messiânica também será caracterizada por um reinado de paz (Is 2.4; 11.5-9; 65.25; Mq 4.3). As profecias de Isaías revelam outras características, incluindo:
• Alegria (Is 9.3-4);
• Glória (Is 24.23)
• Justiça (Is 9.7);
• Conhecimento pleno (Is 11.1-2);
• Instruções e orientações (Is 2.2-3);
• Fim da maldição sobre a terra e a eliminação de toda enfermidade (11.6-9; 33.24);
• Maior expectativa de vida (Is 65.20);
• Prosperidade no trabalho (Is 4.1; 35.1-2; 62.8-9)
• Harmonia no reino animal (Is 11.6-9; 62.25).
Sofonias 3 9 e Isaías 45.13 afirmam que, no Milênio, a linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração será possível por causa da maravilhosa presença de Deus (Ez 37.27-28). A presença física do Messias garantirá estas bênçãos. Walvoord diz: ’A gloriosa presença de Cristo no cenário do Milênio é, logicamente, o foco de toda a espiritualidade e adoração (Walvoord, p. 307)" (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.318).

II. SOBRE O JUÍZO FINAL

1. Descrição. É conhecido como o Juízo do Grande Trono Branco: "E vi um grande trono branco" (Ap 20.11). Aqui serão julgados "os outros mortos", aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição (Ap 20.5). Isso mostra que ficam de fora os crentes da primeira ressurreição, pois eles já fazem parte do reino de Cristo e estão com o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá depois dos mil anos do reinado de Cristo (Ap 20.7). Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo: "o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo" (Jo 5.22). [Comentário: A última rebelião é [imediatamente] seguida pelo Julgamento do Grande Trono Branco, sobre os não salvos. Esta é a segunda ressurreição e a segunda morte. A primeira ressurreição [mesmo em etapas] foi aquela dos salvos, enquanto que a segunda é a dos que não foram salvos. A primeira morte é a separação entre o espírito e o corpo, enquanto que a segunda é a separação eterna de Deus, no Lago de Fogo.
1. SUA COMPOSIÇÃO [do trono] É um trono, que descreve a majestade e grande autoridade de Deus. Este é o trono do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o trono onde cada sim é sim [absoluto e final] e cada não é não [absoluto e final], para além do qual não há mais possibilidade de recurso, de apelo [, muito menos de "segunda chance"].
2. SUA COR (Apocalipse 20:11 “E vi um grande trono branco, ...”) Branco significa santidade e retidão. Trata-se do trono do santo [e final] julgamento de Deus contra todos os pecados. Não há um arco íris como havia em Apocalipse 4. Não há nenhuma graça, nem misericórdia, não há nenhum pacto de esperança. Em contraste com os crentes, que veem livre e corajosamente a um "trono da graça", em razão do sangue de Cristo [sobre eles aplicado] (Heb. 4:16, 10:19 “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,”), o descrente é arrastado até um aterrorizador, flamejante trono branco para receber julgamento sem nenhuma diminuição . “Quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derrubadas.” (Na 1:6 ). “Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso.” (Dt 4:24 ) “2 Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono. 3 Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor.” (Sl 97:2-3 ) “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.” (Hb 12:29 )
3. SEU TAMANHO (Apocalipse 20:11: E vi um grande trono branco ...) É grande, o que significa a onipotência de Deus. O pecador, que invariavelmente pensa de si como importante e digno de graça, será plenamente consciente de sua insignificância e inutilidade de sua vaidade quando ele ficar diante deste grande trono.
4. SEU OCUPANTE (Apocalipse 20:11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles) O ocupante do trono este é Jesus Cristo, a quem o Pai deu todo o julgamento (João 5:22 “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo;”). O homem disse, “Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.” (Lc 19:14 ) mas agora eles comparecerão perante Ele, contra Quem se rebelaram, e darão conta a Ele.
5. SUA LOCALIZAÇÃO (Apocalipse 20:11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles)
A. O pecador ficará sozinho diante de Deus. Todas as outras coisas que ocuparam o seu coração terão desaparecido. O pecador que ignorou Deus e não procurou a vontade de Deus e que adorou e serviu a criatura mais do que o Criador (Rom. 1:25 “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”) agora ficará sozinho diante do Deus que ele desprezou.
B. A fuga da terra e do céu pode referir-se à destruição pelo fogo descrito em 2 Pedro 3:10-12. (“10 Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. 11 Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, 12 Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?”) "A mais natural interpretação do fato de a terra e o céu fugirem é que a presente terra e o presente céu serão destruídos e serão substituídos pelos novos céus e nova terra. Isto é também confirmado pela declaração adicional em Apo 21:1, onde João vê um novo céu e uma nova terra, que substituem o primeiro céu e a primeira terra, que já passaram "(Walvoord)6.]

2. O julgamento. Não há menção de vivos no Juízo Final: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap 20.12). Os "grandes e pequenos" não se referem à idade, adultos e crianças, mas a status, pessoas de todas as classes sociais. Todos eles serão julgados com base nas obras registradas nesses livros. O resultado desse julgamento é a condenação eterna: "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" (Ap 20.15). Não existe aqui lugar para o sono da alma, nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o aniquilamento. [Comentário: QUEM SERÁ JULGADO (Apocalipse 20:12-13: “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras”.)
A. Estes são os não salvos. Sabemos que estes são os não salvos, porque eles não fazem parte da primeira ressurreição (Apocalipse 20:6 “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.”) e eles são julgados por suas obras. Sabemos que estes são os não salvos, porque os seus nomes não estão escritas no livro da vida através da fé em Jesus Cristo. Compare Apocalipse 20:15 (“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”). Não há exceções mencionadas. Sabemos que estes são os não salvos, porque aqueles que creem em Cristo não serão condenados (João 3:18, 5:24 “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”). O julgamento dos salvos, aqueles que construíram as suas vidas sobre a fundação de Jesus Cristo, é descrito em 1 Coríntios 3:11-15. Trata-se de um julgamento de obra (singular), em vez de obraS (no plural). O julgamento do crente [no Bema de Cristo, logo após o Arrebatamento] tem o objetivo de analisar a sua obra ou serviço prestado a Cristo, para determinar recompensas ou perdas delas. O julgamento dos incrédulos tem a finalidade de analisar suas obras (plural), para demonstrar o seu pecado contra a lei de Deus e a sua rejeição da luz de Deus, e justificar a sua condenação eterna. O julgamento da obra do crente pode resultar em perda de recompensa, “... mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” (1 Cor. 3:15). O julgamento das obras dos descrentes, por outro lado, resulta nele ser lançado para dentro do Lago de Fogo. Nenhuma exceção é mencionada [todos os que não foram salvos durante esta vida, comparecerão ao Julgamento do Grande Trono Branco e serão justamente condenados ao sofrimento indescritível, inimaginável, consciente, eterno, no Lago de Fogo eterno].
B. Estes são os pequenos e os grandes, todos os não salvos. Independentemente da posição que alguém teve em terra, quer rei ou mendigo/paupérrimo, quer desprezado ou aclamado, quer um pecador público ou um em privado, todos os que morrem sem Cristo irão ficar diante de Deus no presente julgamento. Os homens dão tão supremo valor a posição e prestígio neste mundo, mas essas coisas nada significam diante de Deus. Haverá alguns que "ganharam o mundo inteiro", mas que perderam suas almas. Os grandes não são tratados de maneira diferente por Deus. Pecadores são pecadores, e Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34 “... Deus não faz acepção de pessoas;” ).
C. Vêm do mar, da morte, e do inferno (Apocalipse 20:13 “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.”). O mar é provavelmente mencionado para mostrar que todos os mortos não salvos serão levantados para serem julgados, mesmo aqueles que morreram no mar e que não têm local de sepultura. Poderia também referir-se à inundação dos dias de Noé e à destruição daquela geração. Morte e inferno trabalham juntos; a morte tomando a alma do homem para fora e longe de seu corpo, e o inferno sendo o lugar onde as almas dos homens descrentes estão encarcerados7.7. http://solascriptura-tt.org/Sermoes/E9C-JulgamentoGrandeTronoBranco-DCloud.htm

3. Destino dos ímpios. É o inferno, descrito aqui como "lago de fogo" ou "ardente lago de fogo e enxofre" (Ap 19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam calvos (l Tm 2.4). [Comentário: Apocalipse 20.14-15: “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E [todo] aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”) Nenhum pecador pode estar perante um santo Deus e ser julgados pelas suas obras, sem ser condenado, por isso a conclusão do presente julgamento já está previamente conhecida. Apesar de possivelmente existirem graus de punição no Lago de Fogo (compare Mateus 11:20-24 “... 21 Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. 22 Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. 23 E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. 24 Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.”) todos os julgados serão condenados e enviados para lá [para o Lago de Fogo].
B. Verso 15 (E [todo] aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.) tem outro dos "todo aquele" de Deus Contraste Apocalipse 22:17 e João 3:16. (“E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E QUEM ouve, diga: Vem. E QUEM tem sede, venha; e QUEM QUISER, tome de graça da água da vida.”    “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que TODO AQUELE QUE nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”)
C. O castigo é eterno sofrimento consciente. Compare Apocalipse 20:10 (“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde ESTÁ a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o SEMPRE.”)8.] 8. http://solascriptura-tt.org/Sermoes/E9C-JulgamentoGrandeTronoBranco-DCloud.htm
a) Hades. A Septuaginta emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo Testamento, que significa o "mundo invisível dos mortos" (51 89-48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por "inferno" na Almeida Revista e Corrigida (SI 9.17; Mt 16.18). O lugar serve como estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc 16.23,24). [Comentário: O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol 65 vezes para descrever a residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta palavra em grego como ‘hades’, e o Novo Testamento refere-se a isto diversas vezes (Lc 16.23). Nas traduções do Antigo Testamento para o inglês, a palavra aparece variadamente como ‘inferno’, ‘cova’ e ‘sepultura’. Seol pode ter diferentes significados, em diferentes contextos, trazendo alguma confusão e diferentes interpretações a respeito da natureza exata do seu significado. Seja a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol fala das mais das profundezas, a antítese dos mais altos céus (Jó 11.8; cf. Pv 9.18). Seol também se refere a um lugar de punição do qual somente Deus tem o poder de libertar”9.] 9. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.417.
b) Geena. O mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por "inferno", foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos: "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" (Mt 23.33), e indica o lago de fogo apocalíptico. [Comentário: A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’, onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30). É uma ‘fornalha de fogo’ (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguível. Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2Tm 1.9), e ‘a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre’ (Ap 14.11; cf. 20.10). Jesus usou a palavra Gehenna como termo aplicável a isso. Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será o único lugar onde a morte existirá. É então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do pecado, será final e plenamente consumada (1Co 15.26). Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)” 10.]
10. HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.642,43.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"Embora o trono de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: 'E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo’ (Jo 5.22). O único Mediador entre Deus e a humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte, Jesus assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a terra e o céu 'fugirão’, não havendo mais para eles 'lugar, no plano de Deus'. Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra. Eis os que comparecerão diante do grande trono branco: 'os mortos, grandes e pequenos' (Ap 20.12). Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já terão corpos imortais e incorruptíveis. Portanto, os mortos que estarão de pé, diante do grande trono branco, para serem julgados, serão 'os outros mortos' (Ap 20.5) que não tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento. Esses serão os 'mortos ímpios', incluindo os que foram consumidos após o Milênio, por haverem seguido a Satanás" (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.207,08).

III. SOBRE A NOVA CRIAÇÃO

1. Um novo céu e uma nova terra. O quadro descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo: "Eis que faço novas todas as coisas" (v.5); "Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão" (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo Testamento (2 Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2 Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: "E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante: "Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono. [Comentário: Deus dissolverá em fogo todo o universo, como que numa explosão nuclear de toda a matéria existente, enquanto guardará os redimidos com a sombra da Sua mão. A seguir, criará novo céu e nova terra (Is 65.17; 66.22; 2Pe 3.10-13; Ap 21.1-2). Serão  absolutamente perfeitos, livres do pecado e sua maldição (Is 51.16; 65.17; 66.22; 2Pe 3.10-13; Ap 21.1-2. O Dr. Sproul escreve: “O Deus vivo, soberano sobre cada átomo em seu universo e sobre cada nanossegundo da sua história, está dirigindo o cosmos para uma consumação que mostrará a majestade da sua sabedoria, poder, justiça e misericórdia, para cada criatura, em todos os lugares, contemplar. Os céus e a terra atuais, manchados pelo pecado humano e pela maldição em que incorreram, “perecerão” e “serão mudados” (Hebreus 1.11-12), abalados e removidos (12.26-27). Para o primeiro céu e terra, nenhum “lugar” será encontrado, mas em seu lugar um novo céu e uma nova terra aparecerão (Apocalipse 20.11; 21.1).”12.]

2. A nova Jerusalém. Antes de tudo, convém ressaltar que a nova Jerusalém "que de Deus descia do céu" (v.2) não é a mesma Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova Jerusalém é chamada ainda de "a Jerusalém que é de cima" (Gl 4.26) e a "Jerusalém celestial" (Hb 12.22). [Comentário: A Nova Jerusalém, que agora está no céu (Gl 4.26), descerá à terra e será a sede do governo divino, onde Deus habitará eternamente com o seu povo (Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8). O Pr Claudionor de Andrade escreve: “O escritor italiano Tommaso Campanella (1568-1639) idealiza, em A Cidade do Sol, uma sociedade perfeita. Todavia, teve ele de admitir que a sua querida metrópole jamais seria possível nessa terra; era algo utópico e um tanto pecaminoso.
Quão diversa é a Jerusalém Celeste. Ela não existe apenas em nossos corações; é real.
1. Mais sublime que os céus. Sim, a Jerusalém Celeste é mais sublime do que os céus, porque estes são insuficientes para receber a Noiva do Cordeiro. Por isso, Deus formará um novo céu, quando consumar a atual criação (Is 65.17; 2 Pe 3.13; Ap 21.1).
Tão sublime é a Cidade Deus, que não temos palavras para descrevê-la. Referindo-se aos bens que nos aguardam na eternidade, Paulo é revelador: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9).
2. A casa de meu pai. Ao consolar os discípulos, o Senhor Jesus lhes promete: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.2).
Na Jerusalém Celeste, há uma linda morada para mim e outra para você. Portanto, não perca tempo. Aceite Jesus Cristo, agora mesmo, como o seu salvador pessoal.
3. A Nova Jerusalém. Desta maneira, Paulo descreve a cidade divina: “Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós” (Gl 4.26).
João, por seu turno, esforça-se por desenhar a Nova Jerusalém. Mas não encontra cores nem palavras. Tudo lá é singular. Seu vocabulário é insuficiente para representá-la. O Espírito Santo, todavia, inspira-o a descrever a verdadeira cidade eterna.” Não haverá somente um novo céu e uma nova. terra, mas haverá também uma nova cidade; haverá a Nova Jerusalém em vez da velha Jerusalém13. Como Deus levou a Moisés ao cume de Pisga para mostrar-lhe toda a terra da promissão (Dt 34), assim um dos sete anjos que tinham as sete taças levou a João a um grande e alto monte para contemplar a nossa terra da promissão, a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. Será uma cidade literal, "que tem fundamentos (Hb 11.10); não será o céu, mas descerá do céu. Os crentes verdadeiros não têm aqui cidade permanente, mas buscam a futura (Hb 13.14): "desejam uma melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16). Vide, também João 14.2,314Leia a  Lição 13: A Formosa Jerusalém, 2º Trim 2012 aqui13. http://www.cpadnews.com.br/blog/claudionorandrade/posts/59/a-formosa-jerusalem.html  14. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-sca-2tr12-aformosajerusalem.htm

3. A eternidade dos salvos. A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os humanos: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará" (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (l Co 15.26,54). O pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada da Igreja. [Comentário: A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto que as portas da cidade sempre estarão abertas (Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?”14.] 14. HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.645.

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Prezado professor, prezada professora, antes de iniciar este tópico, introduza-o fazendo algumas perguntas sugeridas abaixo:
• O que você entende por "novos céus" e “nova terra"?
• O que a expressão "nova Jerusalém" representa para você?
• Em que está baseada a sua esperança?
Note que cada pergunta está respectivamente de acordo com cada subtópico deste terceiro tópico. Após fazê-las à classe, dê um tempo para que os alunos respondam. Ouça com atenção e, em seguida, exponha o tópico dando ênfase às possíveis dúvidas identificadas nas respostas fornecidas por eles.

CONCLUSÃO

Nós cremos que, assim como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é fiel. [Comentário: A natureza está escravizada pelo pecado (Rm 8:20-21). Ela está gemendo aguardando a redenção do seu cativeiro. Quando Cristo voltar a natureza será também redimida e teremos um universo completamente restaurado. Assim como nosso corpo glorificado é a partir do nosso corpo, assim será o universo. O céu e a terra serão purificados pelo fogo (2 Pd 3:13). Não é aniquilamento, mas renovação. Não é novo de edição. Há continuidade entre o antigo e o novo. O céu e a terra serão a habitação de Deus e de sua igreja glorificada. Então, se cumprirão as profecias de que a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar. Esse tempo não vai durar apenas mil anos, mas toda a eternidade. De acordo com o verso 3, a totalidade da igreja glorificada, descerá do céu à terra. Ela vem como a noiva do Cordeiro para as bodas (Ap 19:7). Assim, aprendemos que a igreja glorificada não permanecerá apenas no céu, mas passará a eternidade também na nova terra. Do verso 3 aprendemos que a morada de Deus já não está longe da terra, mas na terra. Onde Deus está ali é céu. Assim, a igreja glorificada estará vivendo no novo céu e a nova terra.http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/as-bencaos-do-novo-ceu-e-da-nova-terra/. A Palavra de Deus revela o suficiente sobre os novos céus e a nova terra para nos fazer entender a urgência da pergunta: “Como posso ter acesso à pátria prometida de puro deleite na presença de Deus?”. Essa pergunta nos conduz ao evangelho. Os novos céus e a nova terra serão povoados pelos “servos” de Deus (Apocalipse 22.3-5), que se apegaram à Palavra de Deus e confessaram Jesus (1.2, 9; 20.4). Eles foram redimidos pelo sangue do Cordeiro, e seus nomes estão escritos em seu Livro da Vida (12.11; 20.12, 15; 21.27) http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/05/os-novos-ceus-e-nova-terra/.] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2).

Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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