SUBSÍDIO I
A DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Introdução
A nação brasileira nunca esteve mergulhada num vale
de corrupção como se encontra hoje. As manchetes são vastas. A corrupção está
entranhada nas esferas pública e privada. E as notícias do aumento da
violência?! E o confronto entre as pessoas, o desejo de fazer “justiçamento”
com as próprias mãos?! De um lado, um poder público acuado, atordoado; do
outro, menores e adultos, agentes do crime galgando os “louros” para suas
próprias vantagens. A sensação é de total insegurança: a polícia prende, mas a
justiça solta.
Há a agenda do doutrinamento do Homossexualismo na
tentativa de promovê-lo à normalidade, como se a heterossexualidade fosse a
exceção. Igualmente, a agenda da Ideologia de Gênero empurrada à força para
dentro das escolas pelos intelectuais das secretarias estaduais e municipais de
Educação ― e claro, sob a tutela do Ministério da Educação, o MEC.
O mundo está perplexo com a crise dos refugiados na
Síria, os desentendimentos diplomáticos entre EUA, Rússia, Israel, o caso
Coreia do Norte e seu relacionamento com a China, Japão e Coreia do Sul, as
ditaduras na América Latina, como a Venezuela. Cada vez mais os acordos
diplomáticos são ignorados e o respeito aos pactos internacionais são
completamente ignorados. Este é o quadro nada positivo do mundo hoje.
A Bíblia relata que nos dias de Ló e de Noé os
acontecimentos estavam assim. Índices altíssimos de corrupção, a violência
praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos e o
predomínio da imoralidade naquelas sociedades. Como elemento surpresa, ambas as
sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus. O Altíssimo é
justo e o ato da sua justiça se mostra contra toda a injustiça. A primeira
vinda de Jesus Cristo foi um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos
homens (Jo 1.4,5). Desde muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas
e pecados (Rm 1.18-32). A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré
demonstra o quanto o ser humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades
― principalmente em nome de Deus. Assim, haverá um dia em que o nosso Senhor
julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt 25.31-46). O Filho retribuirá
cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus Cristo
demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora, ninguém saiba dia e hora.
2. O Arrebatamento da Igreja
Caro professor, prezada professora, a doutrina da
Segunda Vinda do Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o
secreto e o público. São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do
Senhor. A primeira é visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a
segunda etapa é visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”.
O termo “arrebatamento” se origina da palavra
grega harpagêsometha que significa “àquilo que é
frequentemente chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para
vê-lo como Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com
1 Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousia aparece
determinando os seguintes significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por
isso, há algumas linhas de pensamentos distintas, em que outros irmãos em
Cristo consideram que o Arrebatamento e a Vinda Gloriosa serão um só evento.
Múltiplas Correntes Escatológicas concernentes ao
Arrebatamento
Pré-Milenismo: O Pré-Milenismo está dividido em Histórico
e Dispensasionalista. O Dispensasionalismo está
dividido em:
• Pré-Tribulacionista
• Meso-Tribulacionista
• Pós-Tribulacionista
• Pré-Tribulacionista
• Meso-Tribulacionista
• Pós-Tribulacionista
Amilenismo: O Amilenismo tem um entendimento de que na Segunda Vinda de Jesus, o
Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só
acontecimento, seguindo assim o Juízo Final.
Pós-Milenismo: Igualmente, o Pós-Milenismo entende que na Segunda Vinda de Jesus, o
Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só evento,
seguindo assim o Juízo Final.
As Assembleias de Deus no Brasil adotam a corrente Pré-Milenista-Dispensacionalista-Pré-Tribulacionista,
onde o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes dos sete anos de Grande
Tribulação.
Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um
acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo.
Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo
Testamento a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). Textos como Colossensses 3.4; Judas
14 dão conta dos crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o
Arrebatamento da Igreja.
3. O Tribunal de Cristo e os Galardões
“Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão” (1 Co 3.14). A doutrina do
Tribunal de Cristo visa ensinar sobre como a Igreja prestará contas de tudo o
quanto fez enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelarão,
desde as mais complexas às consideradas mais simples. Será um momento de julgamento
divino acerca das ações e atitudes dos salvos em Cristo. Entretanto, é
importante não confundir o Tribunal de Cristo com o julgamento do Trono Branco.
Este será destinado aos ímpios que serão julgados no final do Milênio, e aquele
se destina aos crentes vivos e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no
advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e receberem cada
um, conforme a verdade de suas ações, o seu galardão.
É importante ressaltar que no Tribunal de Cristo
serão julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvação de Cristo seja pela
graça mediante a fé, o galardão entregue a cada crente será distribuído
mediante as obras. Neste aspecto, as obras do crente são essenciais para
justificá-los diante do Tribunal de Cristo. O texto de 1 Coríntios 3 mostra que
acerca dos líderes, mas pode ser aplicado também a toda comunidade de crentes,
a maneira pela qual eles continuarão a edificar a Igreja de Cristo será julgada
neste Tribunal. Aqui, se verificará que tipos de obras tais líderes fizeram: se
edificaram o edifício de ouro ou se de prata ou se de pedras preciosas ou se de
madeira ou feno ou palha. Então, o detalhe de cada obra será manifesto naquela
oportunidade.
Assim, o “fogo” provará a resistência de cada obra.
Se após a provação do “fogo”, a obra permanecer, o crente receberá o seu
galardão; senão, não o receberá. O texto diz que a obra padecerá sofrimento,
mas isso não interferirá na salvação do crente. Este será salvo como pelo fogo,
ou em linguagem mais contemporânea, “como por um triz” ou “por um fio” (1 Co
3.14).
Não há mandamento mais urgente para estarmos pronto
diante do Tribunal de Cristo, que este: “Ame os outros como você ama a você
mesmo” (Mc 12.31). Ora, toda boa obra na vida do crente deve se fundamentar no
princípio mandatório de nosso Senhor: a prática do amor.
4. Bodas do Cordeiro
Após o episódio do julgamento das obras no Tribunal
de Cristo, virá o tempo das Bodas do Cordeiro. Antes de prosseguirmos com a
explicação, dê uma relembrada no caminho que já fizemos até aqui. Por
intermédio do gráfico, abaixo, veja a dimensão linear dos acontecimentos,
lembrando que essa imagem é apenas para fins didáticos:
ARREBATAMENTO DA IGREJA → GRANDE TRIBULAÇÃO
Tribunal de Cristo
BODAS DO CORDEIRO
Tribunal de Cristo
BODAS DO CORDEIRO
Apesar de ainda não termos visto o assunto do
derramamento da Ira de Deus, estudamos um evento que ocorrerá paralelamente à
Grande Tribulação, o Tribunal de Cristo. Agora, neste pouco espaço, nos
deteremos ao outro evento que também ocorrerá simultaneamente à Grande
Tribulação: As Bodas do Cordeiro.
A palavra “bodas” quer dizer: enlace matrimonial,
casamento, festa ou banquete em que se celebram as núpcias. É um momento de
festa e de alegria onde o noivo e a noiva farão um voto de casamento até que a
morte os separe. Na Escatologia Bíblica, esse termo refere-se ao
período que lembra o momento íntimo entre o Noivo e sua Noiva, isto é, Jesus
Cristo e sua Igreja.
Em uma passagem dos Evangelhos, quando próximo da
sua crucificação, na verdade em sua última Páscoa com os discípulos, nosso
Senhor disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste
vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus” (Mc
14.25). É bem significativo que o apóstolo João escreva no livro do Apocalipse
esta mensagem: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro” (19.9). O cumprimento dessa bem-aventurança se dá exatamente no advento
das Bodas do Cordeiro.
Nesse evento glorioso, os crentes foram plenamente
vestidos e adornados de atos de justiça, pois já estiveram diante do Tribunal
de Cristo, foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Assim como
temos um momento de intimidade com Cristo por intermédio da comunhão da Ceia do
Senhor, as Bodas do Cordeiro é o momento mais íntimo de Cristo com a sua
Igreja. É o tempo de refrigério, de glória, de graça e de alegria. É um tempo
que marcará a consumação da redenção dos santos.
De fato, é bem-aventurado quem passa pelas Bodas do
Cordeiro! O momento do nosso encontro e estada com Jesus Cristo, o Rei dos
reis, é o momento além da história em que todo crente, lavado e remido no
sangue do Cordeiro, anela em viver para sempre. Então, estaremos eternamente
com o Rei dos Reis!
5. Grande Tribulação
Enquanto no céu estará ocorrendo o Tribunal
de Cristo e as Bodas do Cordeiro, na Terra, após o
Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um
período histórico de sete anos entre o “Arrebatamento da Igreja de Cristo” e a
“Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao mundo”. O período da Grande
Tribulação remonta a profecia das 70 semanas das quais falou o profeta Daniel.
Veja o gráfico abaixo:
70ª Semanas de Daniel = 7 anos de Tribulação
3 anos e 1/2 – primeira metade:
→ Grande
acordo de paz;
→ Ascensão de um grande líder;
→ Políticas que ludibriam as nações, principalmente, Israel e povo judeu.
→ Ascensão de um grande líder;
→ Políticas que ludibriam as nações, principalmente, Israel e povo judeu.
3 anos e 1/2 – segunda metade
→ Quebra do acordo.
→ Revelação da verdadeira motivação do grande líder
mundial, o Anticristo.
→ Perseguição implacável aos que dizem não! ao
sistema.
→ Quando as nações do mundo cercar a Israel, na
cidade de Jerusalém, então, o Senhor Jesus, juntamente com a sua igreja,
intervirá na injustiça tramada contra o povo, e na terra, que o Senhor escolheu
(Jd 14,15) ― A Bíblia diz que a terra da Palestina não pertence a ONU ou as
quaisquer nações que ouse repartir aquela terra: “Então ajuntarei os
povos de todos os países e os levarei para o vale de Josafá e ali os julgarei.
Eu farei isso por causa das maldades que praticaram contra o povo de Israel, o
meu povo escolhido: espalharam os israelitas por vários países e dividiram
entre si o meu país” (Jl 3.2).
As Escrituras mostram que o tempo da Grande
Tribulação será marcado como o tempo da “ira de Deus”, da “indignação do
Senhor”, da “tentação”, da “angústia”, de “destruição”, de “trevas”, de
“desolação”, de “transtorno” e de “punição” (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10;
Dn 12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o
Altíssimo intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram contra o criador. Nesse sentido, podemos dizer
que os propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, (2) preservar um
pequeno grupo de pessoas fiéis que sobreviveram aos ataques do
Anticristo.
Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo ― Ap 8 – 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30).
Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo ― Ap 8 – 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30).
6. A vinda de Jesus em Glória
Após analisarmos os elementos finais da doutrina
das Últimas Coisas, tais como, o Arrebatamento, o Tribunal de Cristo, As Bodas
do Cordeiro e a Grande Tribulação; a agora veremos finalmente a Vinda de Jesus
em Glória.
A vinda gloriosa do Senhor é um fato pronunciado
pelas Escrituras, pois há mais de 300 menções sobre isso em o Novo Testamento ―
por exemplo, os capítulos 24 e 25 de Mateus e o 13 de Marcos são inteiramente
dedicados ao assunto. Antes de prosseguirmos no assunto é importante você
rememorar o que significa a vinda de Jesus para os principais agentes da
história da Igreja de Cristo no mundo.
7. Conclusão
No dia em que o nosso Rei julgar os povos, todos
saberão quem Ele é e contemplarão a promessa da sua vinda em pleno cumprimento.
Não haverá, pois, quaisquer sentenças injustas, pois o nosso Deus é a própria
justiça. Outro ponto importante que se deve deixar bem claro nesta aula é sobre
alguns aspectos fundamentais a respeito da Vinda Gloriosa de Jesus:
1. Ela será de maneira pessoal
(Jo 14.3).
2. Ela será literal (At 1.10).
3. Ela será visível (Hb 9.28).
4. Ela será gloriosa (Cl 3.4).
2. Ela será literal (At 1.10).
3. Ela será visível (Hb 9.28).
4. Ela será gloriosa (Cl 3.4).
As Escrituras apresentam com clareza que o nosso
Senhor virá em pessoa para julgar todo o mundo. Portanto, renovemos a nossa
esperança nesta promessa!
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
Ensinador Cristão, Ano 18, nº
71, jul./set. 2017.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A doutrina bíblica aponta para a realização de um
arrebatamento pré-tribulacional, isto é, que antes do período de sete anos,
comumente conhecido como Tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (vivos
e mortos) serão tomados para se encontrarem com Cristo, nos ares, sendo,
posteriormente, levados para o céu. A passagem mais específica sobre esse
evento se encontra em I Ts. 4.13-18, os textos evangélicos, em especial o
sermão profético de Jesus, em Mt. 24 e Lc. 21, fazem alusão à vinda de Cristo
em glória, para estabelecer Seu reino milenial.
1. DEFININDO ARREBATAMENTO
Na passagem de I Ts. 4.13-18, Paulo informa seus
leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do arrebatamento
serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. A palavra arrebatados,
no versículo 17, é harpazo em grego e significa, literalmente, “dominar por
meio da força” ou “capturar”. Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento
grego, tendo, em contextos diferenciados, com significados distintos (Mt.
12.29; Jo. 10.12; Jo. 6.15; 10.28-29; At. 23.10; Jd. 23; At. 8.39; II Co. 12.2,4;
Ap. 12.5). Além do termo harpazo, o NT usa outros termos para se referir ao
arrebatamento: episynagoge (reunião – II Ts. 2.1); allatto (mudar – I Co.
15.51-52); paralambado (levar – Jo. 14.3); epifanéia (manifestação – Tt. 2.13);
rhuomai (atrair para si – I Ts. 1.10); apocalypsis (revelação – I Pe. 1.13) e
parousia (presença – Tg. 5.7-8). Em suma, com base nas referências citadas, o
arrebatamento será um acontecimento iniciado por Cristo, que virá até às
nuvens, onde reunirá os crentes para Ele mesmo, tanto aqueles que estiverem
vivos, os quais serão transformados, quanto os que morreram em Cristo, os quais
serão ressuscitados.
2. A DISTINÇÃO
ENTRE O ARREBATAMENTO E A VINDA DE CRISTO
O arrebatamento é apresentado no Novo Testamento
como um “translado” (I Co. 15.51-52; I Ts. 4.15-17), no qual Cristo virá para a
sua Igreja. A vinda de Cristo, propriamente dita, com seus santos, descendo do
céu, acontecerá por ocasião do estabelecimento do reino milenial (Zc. 14.4-5;
Mt. 24.27-31). Paulo trata do arrebatamento como um “mistério” (I Co.
15.51-54), isto é, uma verdade não revelada até seu desvendamento pelos
apóstolos (Cl. 1.26), sendo, assim, um evento em separado, já a segunda Vinda
de Cristo, foi predita no Antigo Testamento (Dn. 12.1-3), justamente por ter
uma relação maior com Israel. Depois do arrebatamento, haverá um período de
aflição, denominado de Grande Tribulação, será um tempo de angústias incomuns
para Israel, cuja duração específica será de três anos e meio (Dn. 9.27).
Costuma-se fazer a distinção entre a Tribulação da Grande Tribulação, cada uma
durará três anos e meios, perfazendo os sete anos totais. No livro do
Apocalipse, a Grande Tribulação vai dos capítulos 6 ao 19. A respeito da
Tribulação (ou Grande Tribulação) veja as seguintes passagens: Mt. 24.21; Ap.
7.14; Dn. 7.25; Ap. 13.5-8; Mt. 21.21,23; Dt. 4.30; Jr. 25.29-39.
3. A IMANÊNCIA DO ARREBATAMENTO
No Novo Testamento, o ensino é o de que Cristo pode
voltar a qualquer momento e arrebatar a sua igreja, sem sinais ou advertências
prévias. É isso que significa imanência, um acontecimento que pode acontecer
sem aviso prévio (I Co. 1.7; 16.22; Fp. 3.20; 4.5; I Ts. 1.10; 4.15-18; I Ts.
5.6; I Tm. 6.14; Tt. 2.13; Hb. 9.28; Tg. 5.7-9; I Pe. 1.13; Jd. 21; Ap. 3.11;
22.7,12,20; 22.17,20). Todas essas passagens mostram que não haverá sinais
específicos antes do arrebatamento da igreja. Os sinais de Mt. 24 não são para
a igreja, mas para os santos da Tribulação, e, como bem sabemos, nenhuma
passagem da Tribulação se refere à igreja, mas à Israel (Dt. 4.29,30; Jr.
30.4-11; Dn. 8.24-27; 12.1,2). Se existe algum sinal para a igreja, que precede
ao arrebatamento, esses se encontram em I Tm. 4.1 e II Tm. 3.1.
4. A VINDA DE CRISTO EM GLÓRIA
A manifestação (gr. epiphaneia) de Jesus para
reinar durante o Milênio é um dos mais importantes eventos escatológicos,
previsto em várias passagens das Escrituras, especialmente no Antigo estamento.
Vários Salmos e muitos textos proféticos aludem a manifestação gloriosa de
Cristo, quando virá para vencer as hostes de Satanás. O capítulo 19 de
Apocalipse descreve detalhadamente o que acontecerá por ocasião da vinda de
Jesus em glória. Antes da Vinda de Jesus em glória, alguns sinais evidenciarão
a proximidade desse evento. O principal sinal para a volta de Cristo para
estabelecer Seu reino será o arrebatamento da igreja (I Ts. 4.13-18). Contudo,
no contexto da religiosidade judaica, Jesus elencou uma série de sinais em Mt.
24 e Lc. 21, em Seu sermão profético, quanto àqueles dias. Esse será um tempo
de guerras e conflitos, nações se levantarão umas contra as outras, e reinos
contra reinos (Lc. 21.10); haverá catástrofes naturais, muito mais intensas que
o Tsunami asiático. No mundo religioso, se levantarão falsos cristos, pessoas
que serão apresentadas como o Salvador, e que enganarão a muitos, inclusive os
judeus (Mt. 24.5). O anticristo, juntamente com o falso profeta, farão
conchavos, para perseguir aqueles que professarem o nome de Cristo (Ap. 13.1-10).
Além de terremotos, fomes e pestilências em vários lugares (Lc. 21.11). A
diminuição do amor, em razão da multiplicação do pecado (Mt. 24.12), tornando
as pessoas cada vez mais insensíveis. O evangelho do Reino, não o da salvação
em Cristo, será pregado no mundo inteiro (Mt. 24.14), isso quer dizer que
pessoas serão convertidas durante a Tribulação. Durante esse período a Igreja
não estará mais na terra, pois terá sido transladada, para se encontrar com o
Senhor Jesus nos ares (I Ts. 4.13-18). Na terra predominará o caos, em todas as
esferas humanas, tanto na política, quanto na econômica. A natureza será
diretamente afetada, isso pode ser identificado ao longo do relato joanino, no
livro do Apocalipse. Jesus se referiu a esse período como “o princípio de
dores” (Mt. 24.7,8), destacando, assim, que não será ainda o final de todas as
coisas.
CONCLUSÃO
A Igreja é instruída a amar a volta de Cristo, como
uma noiva que aguarda o seu amado para o casamento (I Pe. 1.8). Não para sermos
salvos, mas porque somos salvos, devemos aguarda esse acontecimento buscando
uma vida pura a fim de agradar aquele que nos salvou (I Jo. 3.2-3; II Pe.
3.11-15). Enquanto esse momento não chega, não precisamos ficar ansiosos, mas trabalharmos
na seara no Senhor, sem desperdiçar oportunidades para levar outros a confiarem
em Cristo (II Pe. 3.8,9,14,15).
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog
subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
A Bíblia mostra a segunda vinda
de Cristo em duas fases: a primeira é o arrebatamento da Igreja, e a segunda é
a sua vinda em glória. Entre esses dois eventos, haverá na terra a Grande
Tribulação, o julgamento divino sobre todos os moradores do mundo e no céu o
Tribunal de Cristo seguido das bodas do Cordeiro. O nosso enfoque aqui é a
fundamentação bíblica desses eventos. Mas o tema escatológico não se esgota com
o que trataremos e a sua continuação se dará na próxima lição. [Comentário: A Segunda vinda de Jesus
Cristo é a esperança dos crentes de que Deus está em controle sobre todas as
coisas e é fiel às promessas e profecias em Sua Palavra. É tão certa como foi a
sua primeira vinda. As profecias bíblicas sobre o nascimento, morte, ressurreição
e ascensão de Jesus se cumpriram literalmente no tempo determinado por Deus.
Existem mais de 300 referências proféticas só no Novo Testamento sobre a
segunda vinda. É a Palavra inerrante, infalível do Deus que não pode mentir que
certifica a realidade da segunda vinda de Cristo. O Arrebatamento e a Segunda
Vinda de Cristo são frequentemente confundidos. É difícil determinar quando a
Bíblia está se referindo ao Arrebatamento ou à Segunda Vinda. No entanto, ao
estudar as profecias bíblicas do fim dos tempos, é muito importante poder
diferenciar entre os dois. O Arrebatamento é quando Jesus Cristo retorna para
remover a igreja (todos os seguidores de Cristo; Há quem creia que somente os
batizados com o Espírito Santo subirão, não há amparo bíblico para isso.) da
terra. O Arrebatamento é descrito em 1 Tessalonicenses 4.13-18 e 1 Coríntios
15.50-54. Os crentes que já morreram serão ressuscitados e, juntamente com os
crentes que ainda vivem, vão se encontrar com o Senhor no ar. Isso acontecerá
em um momento, em um piscar do olho. A Segunda Vinda é quando Jesus retorna
para derrotar o anticristo, destruir o mal e estabelecer o seu Reino Milenar. A
Segunda Vinda é descrita em Apocalipse 19.11-16. É importante salientar que
existem três escolas distintas de interpretação a respeito do arrebatamento da
Igreja. Elas abrem espaço para entendermos como e quando ocorrerá esse
grandioso evento.
1. Pós-tribulacionista.
Essa escola interpreta que a Igreja remida por Cristo passará pela
Grande Tribulação.
2. Midi-tríbulacionista.
Ensina que a Igreja entrará no período da Grande Tribulação até a sua
metade. Seus intérpretes se baseiam numa interpretação isolada de Dn 9.27, cujo
texto fala que depois do opressor firmar um concerto com Israel por uma semana,
“na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”.
3. Pré-tribulacionista. Podemos começar entendendo essa escola de
interpretação com as palavras de Paulo aos tessalonicenses, quando escreveu:
“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por
nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Ts 5.9. Ensina que o arrebatamento da Igreja
ocorrerá antes que se inicie o período da Grande Tribulação. É uma
interpretação que honra as Sagradas Escrituras e ajusta-se devidamente à
esperança cristã da volta do Senhor nos ares.] Dito isto, vamos pensar
maduramente a fé cristã?
I. OS
EVENTOS DO PORVIR
1. Fonte de predição. Não há outra fonte de predições verdadeiras a não ser.
Bíblia Sagrada, por meio da qual Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre
os eventos do porvir. Ela é a única fonte confiável. Esses eventos são uma
série de acontecimentos do epílogo da história humana que envolve o
arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16,17), a vinda de Jesus em glória (Mt 24.30;
Ap 1.7), o juízo de Deus sobre a terra no fim dos tempos (Mt 24.21), o futuro
glorioso de Israel (Is 2.2,3) e o reino milenar de Cristo (Is 9.7; 11.10). São
acontecimentos anunciados desde o princípio do mundo, desde Enoque (Jd 14) até
o apóstolo João, o último dos apóstolos, no livro de Apocalipse. [Comentário: Os
Profetas do Antigo Testamento não fizeram distinção entre as duas vindas.
Podemos ver isto em Escrituras como Isaías 7.14; 9.6-7 e Zacarias 14.4. Como
resultado das profecias aparentemente falarem em dois indivíduos, muitos estudiosos
judeus acreditaram que haveria tanto um Messias sofredor quanto um Messias
conquistador. O que falharam em compreender é que o mesmo Messias cumpriria os
dois papéis. Jesus cumpriu o papel do servo sofredor (Isaías capítulo 53) em
Sua Primeira Vinda. Jesus cumprirá o papel do Libertador e Rei de Israel em Sua
Segunda Vinda. Zacarias 12.10 e Apocalipse 1.7, descrevendo a Segunda Vinda,
recordam Jesus sendo transpassado. Israel e o mundo inteiro se lamentarão por
não terem aceitado o Messias em Sua Primeira Vinda. Após a ascensão de Jesus
aos Céus, os anjos declararam aos apóstolos: “Homens galileus, por que
estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no
céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Zacarias 14.4
identifica a localização da Segunda Vinda como o Monte das Oliveiras. Mateus
24.30 declara: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as
tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens
do céu, com poder e grande glória.” Tito 2.13 descreve a Segunda Vinda como
“o aparecimento da glória”. A Segunda Vinda é descrita em seus mínimos
detalhes em Apocalipse 19.11-16: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco;
e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja
com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça
havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele
mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se
chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos,
e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada,
para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é
o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto
e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS, E SENHOR DOS SENHORES.” (1)] (1) https://www.gotquestions.org/Portugues/segunda-vinda.html
2. O destino dos impérios da
antiguidade. As profecias sobre
os impérios antigos, como a queda da Babilônia para nunca mais se erguer no
cenário mundial (Is 13.19,20) e ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego
e romano nos capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e
a própria História confirma esses fatos. As profecias messiânicas se cumpriram
com abundâncias de detalhes, como o nascimento do Messias de uma virgem, na cidade
de Belém, seu julgamento diante de Pôncio Pilatos, sua morte, sua ressurreição
e a ascensão ao céu, entre outros. [Comentário: O
cumprimento das profecias bíblicas na Antiguidade e ao longo da história é
igualmente a garantia do cumprimento das coisas futuras. Os profetas anunciaram
também de antemão o destino de Israel e dos grandes impérios da Antiguidade,
como Assíria, Babilônia, Grécia, Roma; tais oráculos se cumpriram no passado e
outros se cumprem na atualidade (2). O Antigo Testamento com certeza
profetiza sobre a vinda de Jesus como o Messias. Quanto ao nascimento de Jesus
- Isaías 7.14; 9.6; Miqueias 5.2. Quanto ao ministério e morte de Jesus -
Zacarias 9.9; Salmo 22.16-18. A profecia das “setenta semanas” em Daniel
capítulo 9 predisse a data exata em que Jesus, o Messias, seria “morto”. Isaías
50.6 descreve corretamente a surra que Jesus teria que aguentar. Zacarias 12.10
prediz que o Messias seria “traspassado”, o que ocorreu depois de Jesus ter
morrido na cruz.]
(2) A razão da nossa fé: Assim cremos, assim vivemos, Por
Esequias Soares
3. Sobre as Diásporas
judaicas. As profecias
apontam, de antemão, as duas dispersões do povo judeu e as suas respectivas
restaurações. A primeira Diáspora (Jr 16.13) e seu retorno (Ed 1.1-3); a
segunda Diáspora, anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: "E cairão a
fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será
pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem" (Lc
21.24), com o seu respectivo retorno depois de mais de 18 séculos à terra de
seus antepassados, tal como fora anunciado pelos profetas do Antigo Testamento,
como Jeremias (Jr 31.17), Ezequiel (Ez 11.17; 36.24; 37.21), Amos (Am 9.14,15)
e Zacarias (Zc 8.7,8). [Comentário: A Bíblia anunciou de antemão a dispersão dos judeus,
mas profetizou seu retorno à terra de seus antepassados. Depois de cerca de
1.800 anos na diáspora, os filhos de Istarel retornaram para sua terra, e em um
só dia nasceu uma nação (Is 66.8). Essa Palavra diz respeito à fundação do
Estado de Israel logo após a derrota do nazismo (3). Esta última
Diáspora começou depois da destruição de Jerusalém pelos romanos, no ano 70
d.C. Houve outra revolta contra Roma, liderada por Simon bar Kokhba, que foi
tido como o Messias judeu, de 132-136 d.C. O imperador romano Adriano
desbaratou essa revolta, devastou Jerusalém totalmente e depois espalhou os
judeus, no ano 135 d.C. Como resultado disso, todas as comunidades judaicas,
com exceção de algumas poucas, viveram fora da terra de Israel até o início do
moderno retorno à terra, que se deu nos anos 1880. Durante o tempo da Diáspora
os judeus têm cumprido determinadas profecias relacionadas ao seu destino
completo(4).]
(3) A razão da nossa fé: Assim cremos, assim vivemos, Por
Esequias Soares / (4) http://www.chamada.com.br/mensagens/dispersao.html
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Uma
das características mais inigualáveis dos verdadeiros profetas do AT era a
habilidade que tinham de prever os eventos futuros com perfeita exatidão. O
próprio Deus previu o cativeiro de Israel no Egito e o seu subsequente
livramento (Gn 15.13-18). Moisés previu a conquista bem-sucedida da Terra
Prometida pelos israelitas sob o com ando de Josué (Dt 31.23). Samuel previu o
fracasso da dinastia de Saul (l Sm 15.28). Natã previu as consequências do
pecado de Davi e seus efeitos sobre a sua própria família (2 Sm 12.7-12). Elias
previu as mortes de Acabe e Jezabel (1 Rs 21.19-23). Isaías previu o livramento
de Jerusalém da invasão assíria de Senaqueribe (2 Rs 19.34-37). Jeremias previu
o cativeiro dos judeus por setenta anos na Babilônia" (LAHAYE, Tim; HINDSON,
Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.120-21).
II. TERMOS
BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Vinda. A palavra parousia (que se pronuncia "parussía")
significa "vinda, chegada, presença, volta, visita real, advento, chegada
de um rei". No aspecto escatológico, este substantivo se refere tanto ao
arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) como à vinda de Cristo em glória com sua
Igreja (2 Ts 2.8). O outro termo é érchomai, "ir" e também
"vir". Duas coisas opostas? Sim, desde que se considere o movimento
entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Para quem está no ponto de
partida é "ida", mas, para quem estiver no ponto de chegada, é
"vinda". Esse verbo aparece em referência à vinda de Jesus (Jo 14.3)
e também à sua vinda em glória (At 1.11; Jd 14; Ap 1.7). [Comentário: Parousia é uma palavra grega formada de pará (ao
lado de) eousia (o ser ou o estar; um “ser”; derivada de ei·mí, que
significa “ser” ou “estar”). Significa literalmente “o estar ao lado de”, isto
é, uma “presença”. Ela é empregada 24 vezes nas Escrituras (Mt 24.3, 27, 37,
39; 1Co 15.23; 16.17; 2Co 7.6, 7; 10.10; Fp 1.26; 2.12; 1Ts 2.19; 3.13; 4.15;
5.23; 2Ts 2.1, 8, 9; Tg 5.7, 8; 2Pd 1.16; 3.4, 12; 1Jo 2.28). Na literatura
grega secular, parousia tornou-se o termo oficial para a visita de uma pessoa
de grande destaque – um rei ou um imperador. Érchomai – eu vou,
do verbo érchesthai – de vai, presente histórico. Nas
narrativas do Novo Testamento é utilizado com sentido pretérito.]
2. Manifestação, aparição. O substantivo grego aqui é epipháneia, que só aparece seis
vezes no Novo Testamento, com uso exclusivamente paulino, e todas as
ocorrências dizem respeito à vinda de Jesus, desde a encarnação do Verbo (2 Tm
1.10). O apóstolo Paulo exorta os crentes para uma vida irrepreensível até "à
aparição de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Tm 6.14); "e o aparecimento
da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (Tt 2.13). O termo é
também traduzido por "vinda" em referência ao arrebatamento da Igreja
(2 Tm 4.8). O apóstolo o emprega ainda para se referir à segunda vinda de
Cristo em glória: "Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus
Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
Reino" (2 Tm 4.1), ou conforme encontra-se na Almeida Revista e
Atualizada, "pela sua manifestação e pelo seu reino". [Comentário: Epifania significa aparição ou manifestação de algo,
normalmente relacionado com o contexto espiritual e divino (5).
Literalmente significa “manifestação”, “vir à luz”, “resplandecer” ou
“brilhar”. O sentido é mais específico, porque se refere especialmente à vinda
sobre as nuvens. É a volta pessoal de Cristo à Terra que acontecerá com uma
manifestação visível e gloriosa (2Ts 2.8; 1Tm 6.14; 2Tm 4.6-8). Parousia é
abrangente e pode referir-se tanto à vinda de Cristo para a Igreja como para o
mundo. Entretanto, epiphanéia é um termo que especifica a
volta de Cristo à terra de modo mais direto, porque diz respeito à Sua
manifestação pessoal ao mundo (6).]
(5) https://www.significados.com.br/epifania/ (6) http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2016/01/o-arrebatamento-da-igreja.html
3. Revelação. O termo é apokalypsis. O apóstolo Pedro emprega essa
palavra para se referir ao arrebatamento da Igreja (l Pe 1.7). Esse termo é
traduzido ainda como "manifestação", também em referência ao
arrebatamento da Igreja: "De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a
manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo" (l Co 1.7) ou de acordo com a
versão Almeida Revista e Atualizada, "aguardando vós a revelação de nosso
Senhor Jesus Cristo". [Comentário:As palavras apokalypsis e epiphaneia são
utilizadas para descrever tanto o arrebatamento (1Co 1.7; 1Tm 6.14) quanto o
retorno ou segunda fase da Vinda de Cristo (2Ts 1.7-8, 2.8).]
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Além
dos termos bíblicos serem importantes para o estudo da se g u n da vinda de
Cristo, outros termos, de cunho teológicos, são também de suma importância ao
professor dominá-los. Veja abaixo:
III. OS
EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. O arrebatamento da
igreja. É o rapto dos
santos da terra, um acontecimento global e simultâneo em todo planeta. A
profecia contempla até fusos horários, pois uns estarão 'dormindo à noite e
outros trabalhando nesse exato momento (Lc 17.34-36). Esse evento será
inesperado, algo rápido, em fração de segundo, e invisível os olhos humanos:
num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta
soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados" (l Co 15.52, ARA). Os mortos salvos, os que "dormiram
em Cristo", ressuscitarão primeiro (l Ts 4.16b); em seguida, nós, os
crentes em Jesus que estivermos vivos nessa ocasião, com o corpo corruptível já
revestido da incorruptibilidade, quando aquilo que é mortal estiver revestido
da imortalidade (l Co 15.53), seremos arrebatados da terra para o encontro com
o Senhor Jesus nas nuvens (l Ts 4.16,17). Essa é a primeira fase da segunda
vinda de Cristo, a esperança da Igreja (Fp 3.21). [Comentário: Existem
alguns elementos especiais e misteriosos indicam a natureza e procedimento do
arrebatamento da Igreja na vinda do Senhor. Surpresa: Esse elemento é rejeitado
por alguns grupos que entendem que não haverá dois eventos distintos: o
arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo. Ora, o que a Bíblia nos
ensina é que, a Igreja, constituída pelos mortos e vivos em Cristo, se
encontrará nas nuvens com o Senhor. Se por alguns a ideia da surpresa é
rejeitada, uma grande maioria cristã prefere o que declara as Escrituras que
destacam o elemento surpresa (Tt 2.13; Mt 24.35,36,42-44; 25.13). Esse elemento
é fundamental porque a Igreja vive na esperança da vinda do Senhor. 2. Invisibilidade
(1Ts 4.17). Por que será um evento invisível e para quem? Será invisível para o
mundo material porque os arrebatados serão constituídos somente dos
transformados. A transformação será tão rápida, que nenhum instrumento
cronológico terá condição de perceber ou marcar o tempo. Quando o crente
conquistar esse corpo imaterial, a matéria perderá totalmente sua força (1Co
15.43,44,49,51,53). 3. Imaterialidade (1Co 15.42, 52,53). Na verdade, a
transformação que ocorrerá na vinda do Senhor será extraordinária e gloriosa,
pois o que é material se revestirá do imaterial, o corruptível do
incorruptível. Todas as limitações da matéria em nossos corpos serão anuladas
completamente, pois, literalmente, nossos corpos serão revestidos de
espiritualidade. 4. Velocidade (1Co 15.52). Para tentar explicar a velocidade
do evento, Paulo usou o termo grego átomos, que aparece no texto sagrado pela
expressão “num momento”, cujo sentido literal é indivisível (quanto ao tempo,
aqui). A palavra átomos era usada para denotar “algo impossível de ser cortado
ou dividido”. Também encontramos outras expressões bíblicas para denotar
velocidade, tais como “abrir e fechar de olhos”, ou “o piscar de olhos”. Mesmo
em época avançada e de velocidade da cibernética e da tecnologia, nada poderá contar
e detectar o momento do milagre do arrebatamento da Igreja (7). arrebatados, harpadzo;
Strong 726: capturar, agarrar, apanhar, pegar à força. A palavra descreve a
ação do Espírito Santo ao transferir Filipe de um lugar para outro (At 8.39) e
de Paulo sendo arrebatado para o Paraíso (2Co 12.2,4). Sugere o exercício de
uma força repentina. O escritor do livro de Hebreus nos diz em Hebreus 9.28:
“assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” A primeira
vinda de Cristo foi humilde, em um estábulo, e foi crucificado pelos homens,
mas em sua segunda vinda, virá à terra para destruir seus inimigos, para julgar
aos homens e estabelecer seu reino eterno. "Porquanto o Senhor mesmo...
descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o arrebatamento será o
momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao
encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo
vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo
Seu sangue e os conduzirá para Sua glória. O Senhor não enviará um anjo ou
qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se
cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos
preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu
estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu
na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará
pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em
inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de
Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37) (8).]
(7) http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2016/01/o-arrebatamento-da-igreja.html / (8) http://auxilioebd.blogspot.com.br/2016/01/licao-5-o-arrebatamento-da-igreja.html
2. A vinda de Cristo em
glória. Sete anos depois
do arrebatamento da Igreja, o Senhor virá em glória, visível aos olhos humanos
(Mt 24.30,31; Lc 21.25-28). Nesse retorno de Jesus à terra, Ele virá
acompanhado dos santos (l Ts 3.13; Jd 14). O propósito aqui é julgar as nações
(Jl 3.12-14; Mt 25.31,32), restaurar o trono de Davi (Zc 12.8-14) em
cumprimento à promessa de Deus feita por meio do anjo Gabriel:"[...] e o
Senhor Deus lhe dará O trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de
Jacó, e o seu Reino não terá fim" (Lc 1.32,33); destruir a besta e o falso
profeta (2 Ts 2.8; Ap 19.19,20) e estabelecer o seu reino de justiça e paz na
terra, o reino de Deus de mil anos (Is 2.4; Ap 20.2,3). [Comentário: Jesus usa uma linguagem clara, profética e simbólica
para descrever sua volta. A lamentação das nações é uma alusão a Zacarias
12.10-12, e a vinda sobre as nuvens refere-se à posse do domínio por Cristo,
profetizada em Daniel 7.13-14. Quando Cristo retornar à terra, ao fim do
período da Grande Tribulação, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém,
sentado no trono de Davi (Lc 1.32,33). Os pactos incondicionais exigem uma
volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão
prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção
espiritual (Gn 12.1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e
ocupação da terra (Dt 30.1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio
pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jr 31.31-34). A segunda vinda de
Cristo, ainda que pessoal e visível, será muito diferente de Sua primeira
vinda. Ele não voltará no corpo de Sua humilhação, mas num corpo glorificado e com
vestes reais, Hb. 9.28. As nuvens do céu serão a Sua carruagem, Mt. 24.30, os
anjos o seu corpo da guarda, 2 Ts. 1.7, os arcanjos os seus arautos, 1 Ts 4:16,
e os anjos de Deus serão o seu glorioso séquito, 1 Ts 3:13; 2 Ts 1:10. Ele virá
como Rei dos reis e Senhor dos senhores, triunfante sobre todas as forças do
mal, havendo posto todos os Seus inimigos debaixo dos Seus pés, 1 Co 15:25; Ap
19:11-16. (Teologia Sistemática: Louis Berkhof). Jesus virá para destruir o
Anticristo “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro
da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2Ts 2.8). Depois que
Satanás e "o homem do pecado" realizarem sua obra de engano e maldade
(vv. 9,10), serão aniquilados quando da vinda de Cristo à terra, no fim da
tribulação (ver Ap 19.20). “Vi o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O seu
cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça”. (Ap
19.11). Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como
Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o
Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl
96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30), trazendo conSigo os
exércitos celestiais - incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14).
Suas vestes brancas confirmam esse fato. É esse o evento que os fiéis de todas
as gerações aguardam (9).]
3. A Grande Tribulação. É o período de transição entre a Dispensação da Igreja e o
Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem precedentes na história (Dn
12.1; Jl 2.2; Mt 24.21; Mc 13.19), também conhecido como "o Dia do
Senhor" (Jl 1.15; 2 Pé 3.10). A Igreja não passará por esse período, que é
conhecido como a "Grande Tribulação" (l Ts 1.10). Será a era do
anticristo (2 Ts 2.7-9), identificado como a besta (Ap 13.2-8). O falso profeta
será o porta-voz do anticristo, que enganará o povo por meio dos falsos
milagres (Ap 16.13,14). O anticristo fará um concerto com a nação de Israel por
uma "semana de anos" (Dn 9.27), mas na metade deste período o
concerto será rompido, pois os judeus descobrirão que fizeram um acordo com o
próprio Diabo. Só a partir daí é que começa o período da angústia de Jacó (Jr
30.7). Todos esses horrores estão registrados a partir do capítulo 6 de
Apocalipse. Este período foi determinado por Deus para fazer justiça contra a rebelião
dos moradores da terra e para preparar a nação de Israel para o encontro com o
seu Messias (Am 4.12). [Comentário: Segundo o Dicionário de Profecia Bíblica, a Grande
Tribulação é um “período de aflição e angústias incomuns que terá início após o
arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando sobre o mundo o
seu juízo” (Is 13.11). Este período de aflição e angústias terá a duração de
sete anos (Dn 9.27 a — “semana de anos”). Ela ocorrerá, entre o arrebatamento
da Igreja e a vinda de Jesus em Glória (segunda fase, para reinar). Só os
santos escaparão desse período tenebroso. Os avisos dos juízos de Deus são
prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles que aceitam a Cristo e
obedecem à sua Palavra. Será uma aflição “como nunca houve” na Terra (Mt 24.21;
Ap 7.13,14). A duração da Tribulação é de sete anos. Isso é determinado por uma
compreensão das setenta semanas de Daniel (Daniel 9.24-27). A Grande
Tribulação, na verdade, acontece na segunda metade desse período, com uma duração
de três e meio. Distingue-se do período da Tribulação porque a Besta, ou o
Anticristo, será revelada e a ira de Deus vai intensificar enormemente durante
este tempo. Assim, é importante neste momento enfatizar que a Tribulação e a
Grande Tribulação não são termos sinônimos. Dentro da escatologia, a Tribulação
se refere ao período completo de sete anos, enquanto que a "Grande
Tribulação" refere-se à segunda metade da Tribulação. A terra entrará em
pânico total com a desaparição dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá
um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais, trazendo uma falsa
paz. Este período de Grande Tribulação é o cumprimento literal da última semana
de Daniel. (70ª Semana - Daniel 9.24 – 27) (10)] (10) http://auxilioebd.blogspot.com.br/2016/02/licao-8-grande-tribulacao-1-parte.html
4. O Tribunal de Cristo e as
Bodas do Cordeiro. Enquanto a Grande
Tribulação acontece na terra; no céu, os santos estarão recebendo a recompensa
por aquilo que cada um fez em vida pela causa do evangelho (l Co 3.12-15; Ap
22.12). É o chamado Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), a premiação dos salvos. Não
se trata de um julgamento para a salvação ou condenação. Todos os
presentes já são salvos em Jesus, visto que a salvação é pela graça; aqui se
trata de mais uma bênção aos salvos. Em seguida, virá a festa das bodas do
Cordeiro (Ap 10.9), o grande banquete que celebrará a união de Cristo com a sua
Igreja. [Comentário: Os crentes serão julgados? A Bíblia diz: “E, como aos
homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo...” (Hb
9.27). Até mesmo uma pessoa salva deverá passar por um julgamento, o julgamento
do tribunal de Cristo. O julgamento de 1 Coríntios 3, com ênfase nos versos 13
e 14, refere-se aos cristãos, de modo que se alguém é salvo – é um filho de
Deus – e é aí que ele se encaixa. O Tribunal de Cristo, desta forma, envolve
crentes dando contas de suas vidas a Cristo. O Tribunal de Cristo não determina
salvação; esta foi determinada pelo sacrifício de Cristo em nosso lugar (1Jo
2.2), e nossa fé Nele (Jo 3.16). Todos os nossos pecados são perdoados e nunca
seremos condenados por eles (Rm 8.1). Não devemos olhar para o Tribunal de
Cristo como Deus julgando nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por
nossas vidas. Sim, como dizem as Escrituras, teremos que dar conta de nossas
vidas. Parte disto é, certamente, dar conta pelos pecados que cometemos.
Entretanto, este não será o foco principal do Tribunal de Cristo. No Tribunal
de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base o quão fielmente
serviram a Cristo (2Co 9.4-27; 2Tm 2.5). As coisas pelas quais seremos julgados
serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande Comissão (Mt
28.18-20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Rm 6.1-4), o quão bem
controlamos nossa língua (Tg 3.1-9), etc. A Bíblia fala dos crentes recebendo
coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a Cristo (1Co
9.4-27; 2Tm 2.5). As várias coroas são descritas em textos como 2Tm 2.5; 2Tm
2.4-8; Tg 1.12; 1Pd 5.4 e Ap 2.10. Tiago 1.12 é um bom resumo de como devemos
pensar no Tribunal de Cristo: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação;
porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem
prometido aos que o amam.”(11).
As bodas ou casamento é do filho do Rei, o Senhor Jesus Cristo e sua noiva, a
Igreja, sendo o local do casamento o grande dia final do Tribunal de Cristo,
enquanto na terra, estará se findando a Grande Tribulação. O termo
"bodas" vem do latim "vota", isto é, "votos", em
alusão aos votos matrimoniais por ocasião do casamento. É uma festa de
casamento. O termo é também plural porque tal festa durava sete dias e até 14
dias (Jz 14.12). Na festa, a alegria, solidariedade, entrega de presentes, paz,
comunhão, comida farta, quebra copos e todos os costumes judaicos numa festa de
casamento aconteciam ao som de muita música e com danças típicas. Isto nos leva
a pensar na alegria e gozo imensuráveis que experimentaremos logo após o
Tribunal de Cristo, quando nos sentaremos à mesa com Cristo, o nosso
salvador (12).]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O
Senhor advertiu-nos quanto ao tempo de sua vinda: 'Mas, daquele Dia e hora,
ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai,
vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo' (Mc 13.32,33). Jesus
também disse aos discípulos, momentos antes de subir aos céus, que não lhe
pertencia ’saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu
próprio poder' (At 1.7). A data do retorno de Cristo não é prerrogativa nossa.
Contudo, há algumas linhas mestras que devemos observar para que não sejamos
surpreendidos.
Em
vista da necessidade de nos mantermos sempre alertas, podem os falar da bendita
esperança com o algo que fosse acontecer a qualquer momento. Não querem os
dizer com isso que o Senhor Jesus poderia ter retornado imediatamente após a
sua ascensão. Todavia, atentem os para a parábola na qual Jesus pintou um
'homem nobre' que 'partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um
reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e
disse-lhes: Negociai até que eu venha' (Lc 1911-27). Esta comparação dá a
entender que haveria uma ausência considerável. Haja vista o dinheiro confiado
aos servos. Era sinal de que estes deveriam cumprir suas tarefas com
fidelidade. Como eles não sabiam o tempo exato do retorno de seu senhor, não
podiam mostrar-se negligentes: teriam de cuidar com o máximo zelo dos negócios
do mestre" (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. l.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.184-85).
CONCLUSÃO
Essas amostras proféticas servem
como garantias de que tudo o que está escrito para o fim dos tempos irá de
igual modo se cumprir (Jr 1.12). A nossa esperança não se baseia numa utopia,
mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História. A
escatologia bíblica é a continuação do processo histórico. [Comentário: Estudar
e meditar sobre a vinda de Cristo promove nos remidos a fé e a esperança neste
evento prometido pelas Escrituras. Não nos preocupemos demasiadamente com as
várias teorias de interpretação, é importante conhecê-las e se posicionar com
aquela que julgamos mais coerente; de fato, o que nos é preciso é permaneçamos,
sim, atentos ao fato de que Jesus virá. Devemos estar preparados para encontrar
com o Senhor. Diante da revelação acerca do futuro glorioso da Igreja, vale a
pena buscar a santificação para poder participar dessa maravilhosa festa celestial.
Nas Bodas do Cordeiro, só haverá alegria, com a presença de bilhões de crentes
salvos, de todo o mundo, de todos os tempos, rodeados de anjos, do arcanjo, de
querubins, serafins, dos quatro seres viventes e dos vinte e quatro anciãos.] “...
corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando
firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2).
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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