sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

LIÇÃO 6: A SEXUALIDADE HUMANA

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I

O RENASCIMENTO DE SODOMA E GOMORRA

Não são poucos os cristãos que se assustam com a “invasão” da Europa pelos muçulmanos. Alguns, chorosos e antevendo a destruição dos valores e conquistas ocidentais, indagam: “O que será da civilização cristã?”. Em primeiro lugar, nunca houve uma civilização europeia genuinamente cristã, porquanto o paganismo sempre esteve presente desde o Volga, passando pelo Danúbio e pelo Sena, desaguando ora no Atlântico, ora no Mediterrâneo. O que havia, desde Constantino, o Grande (272-337 d.C.), até o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, era a hegemonia de uma cultura pagã influenciada fortemente pelos valores judaico-cristãos. Mas que, desde aquela época, vem degradando-se de maneira vertiginosa. Tanto é que, hoje, já se fala, com diabólico ufanismo, na repaganização do continente europeu. E, como sempre acontece em tais ocasiões, esse retrocesso espiritual e moral acabou por redundar numa promiscuidade sexual assustadora e sem precedente algum. Noutras palavras, estamos a assistir o renascimento espiritual de Sodoma e Gomorra. 
1. A civilização do erotismo. O decantado mundo clássico greco-romano tolerava práticas que, até há bem pouco tempo, causavam-nos ascos e repulsas. Os deuses gregos, que os romanos vieram a tomar emprestados, não serviam de referência espiritual e moral a nenhum de seus adoradores, pois eram mais degradados e corruptos do que o mais corrupto e degradado dos homens. Haja vista o chefe de todos eles, fosse Zeus, na Grécia, ou Júpiter, em Roma. Esse “deus” libertino e sanguinário, que os indo-europeus chamavam de Dyàuṣpítaḥ, vivia a corromper donas de casa e donzelas por todas as cidades gregas e romanas. E, nas horas de ócio, que não eram poucas, jogavam seus adoradores uns contra os outros, promovendo desentendimentos e guerras.
Ao transitar pelos canais do televisor, para ver se ainda resta um programa respeitável, constatamos que as divindades do mundo clássico ressuscitaram e, agora, mais virulentas e lúbricas, tomam de assalto a todas as telas. Ostentando outros nomes e fantasias, fizeram-se mais exigentes que outrora; requerem o corpo, a alma e o espírito de todos os seus tolos e desavisados servos (ou escravos?). Este se apresenta como o deus da guerra: enaltece a violência e despreza a vida humana; e aquela, despudorada e espezinhando todos os valores cristãos, descobre-se como a deusa do sexo e, no sexo vil e sujo, enreda crianças, adolescentes e até gente idosa. 
Na verdade, tais divindades não foram criadas nem por Homero, nem por Hesíodo. Tais poetas limitaram-se a nomear os demônios que, a serviço de Satanás, vêm induzindo os seres humanos ao pecado, desde a Queda de Adão de Eva. Eles induziram Caim ao fratricídio; cegaram os olhos de Lameque para que, banalmente, matasse aqueles dois homens que, sem querer, nele esbarraram; e, insatisfeito, abriram os olhos desse mesmo Lameque, para que, desrespeitando a monogamia conjugal, tomasse duas mulheres como esposa. E, a partir desse evento, os “deuses” do sexo e da violência, vêm tomando o mundo de assalto. A situação só não está pior, porque a Igreja de Cristo, como o sal da terra e a luz do mundo, vem barrando, eficazmente, o avanço de Satanás e de seus demônios.
Vivemos numa civilização erótica e violenta. Nossos dias em nada diferem do período que antecedeu o Dilúvio, no qual as pessoas davam-se, sem quaisquer regras, às comidas, às bebidas e àquilo que chamavam de casamento. Viviam para pecar e pecavam para viver.
O sexo, hoje, é explorado sem pudor. Vai das modas e grifes mais degradantes que, indefinindo os sexos, lançam homens e mulheres à devassidão, aos quadrinhos e filmes que, ao apregoarem serem todas as coisas lícitas, mesmo as mais inconvenientes e nocivas, clamam por um novo julgamento universal. E, repetindo um slogan, que infelicitou a França, em 1968, os que a si mesmos intitulam-se formadores de opinião não cessam de matraquear: “É proibido proibir”. Ora, se tudo é permitido, a vida torna-se insustentável.
As marcas de nossa civilização em nada diferem da antediluviana: sexo e violência. Novelas, filmes e livros. Tudo se acha eivado pelas mesmas iniquidades e pecados que levaram o mundo antigo à destruição. 
2. A cultura do erotismo. Os deuses antigos demoravam, às vezes, de dois a três séculos para se tornarem nacional e internacionalmente conhecidos. Haja vista que o mundo do século IV, antes de Cristo, só veio a conhecer o panteão grego por meio das conquistas de Alexandre, o Grande (356-323 a.C.). A partir daí, os deuses da Grécia, com todas as suas tralhas ideológicas e comportamentais, espraiaram-se da Índia às fronteiras da Itália. 
No mundo pós-moderno, porém, os ídolos forjados nos estúdios de cinema e nos ateliês da moda tornam-se conhecidos, literalmente, de um dia para o outro. Basta um anúncio, na televisão, de apenas 30 segundo, para que surja um novo símbolo sexual — uma Afrodite renascida do inferno, ou um Apolo ressuscitado de alguma mente doentia. E, assim, o que era pecado outrora se torna, hoje, cultura.
A massificação do adultério, da fornicação, do homossexualismo e até da pedofilia levou a atual geração a tolerar o intolerável. No Sermão Profético, alertou-nos seriamente o Senhor Jesus: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12, ARA). Isso significa que até mesmo nós, os filhos de Deus, corremos o risco de nos conformarmos perigosamente com o presente século (Rm 12.1,2). De repente, estamos a rotular de cultura o que a Bíblia chama de iniquidade.Sejamos firmes e santos, tendo o exemplo do justo e íntegro Jó sempre diante de nós: 
Fiz aliança com meus olhos;como, pois, os fixaria eu numa donzela?Que porção, pois, teria eu do Deus lá de cima e que herança, do Todo-Poderoso desde as alturas? Acaso, não é a perdição para o iníquo, e o infortúnio, para os que praticam a maldade? Ou não vê Deus os meus caminhos e não conta todos os meus passos?  (Jó 31.1-4, ARA)
Nem tudo o que é apresentado como cultura, arte, folclore e tradição corresponde a esses rótulos inofensivos. O Diabo sabe como vender seus produtos. E, para colocá-los na feira da concupiscência, utiliza-se de órgãos públicos, de escolas e até de igrejas. Saibamos como diferençar uma coisa da outra, pois o nosso compromisso é salgar e iluminar, com o Evangelho de Cristo, a sociedade na qual vivemos.     
3. A religião do erotismo. Assim como no mundo antigo a prostituição estava intimamente ligada aos cultos pagãos, o mesmo acontece hoje. Pelo que me consta, ainda não foram reerguidos os templos de Baal, de Hathor e de Afrodite. Entretanto, o sexo já vem sendo praticado, em muitos lugares, como oferenda declara e explícita a Satanás. Como se toda essa miséria não bastasse, não faltam teólogos para justificar, “biblicamente”, a prostituição, o adultério e o homossexualismo. Os tais, seguindo o exemplo de Balaão, abusam da teologia e da Palavra de Deus, para corromper o povo do Senhor.
Não obstante o fervor erótico da presente era, constatamos que as sociedades mais liberais, como as nórdicas, apresentam um preocupante declínio populacional; tendem a desaparecer se não reverterem imediatamente essa tendência. Nelas, cumpre-se a profecia de Oseias: “Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão, porque ao Senhor deixaram de adorar” (Os 4.10, ARA). Em nada diferem elas de Sodoma e Gomorra; conquanto desenvolvidas, ricas e prósperas, moralmente são miseráveis e podres. Nesses países, cresce não apenas o número de ateus, como também a cifra dos que se declaram inimigos do Deus Único e Verdadeiro. Apoiam o aborto, a eutanásia, o casamento de pessoas do mesmo sexo e, em alguns lugares, já defendem abertamente a pedofilia.
Já começam a aparecer igrejas evangélicas que, apresentando-se como inclusivas, não só acolhem, mas também justificam os que se entregam aos pecados sexuais. Ao torcerem as Escrituras, defendem o homossexualismo como se esta prática fosse o plano de Deus à humanidade. Hoje, vemos com tristeza e pesar, várias denominações, que, apesar de seu passado comprometido com a Palavra de Deus, já começam a consagrar pessoas declaradamente homossexuais ao ministério cristão.
Se não estivermos vigilantes e cuidadosos, a doutrina de Balaão entrar-nos-á de maneira sorrateira e disfarçada pelas igrejas, pervertendo os santos, exatamente como aconteceu durante a peregrinação de Israel pelo Sinai. Atentemos a esta advertência de Jesus à igreja de Pérgamo: “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição” (Ap 2.14).
Não transformemos os nossos santuários em templos pagãos e dedicados aos pecados sexuais. Hoje, muitas igrejas são mobiliadas para terem aparências de casas noturnas: luzes apagadas, canhões luminosos, efeitos especiais, dança e sensualidade. Os gritos são ensurdecedores; a música, alucinante. Enfim, um desastre à espiritualidade de quem busca agradar a Deus. O que é isso senão a doutrina de Balaão? Esse profeta estrangeiro sabia que não podia amaldiçoar Israel, porque Israel, como povo do Senhor, já era abençoado. Sua maldição, por conseguinte, jamais atingiria os hebreus. Mas, como bom teólogo que era, Balaão usou a teologia para, teologicamente, amaldiçoar o povo do Senhor. Seu trabalho de feitiçaria não pega, o pecado certamente pegará.
E, assim, manipulando a revelação e a teologia que Deus lhe confiara, Balaão engendrou um meio para levar a maldição, a derrota e a morte ao arraial hebreu. Põe-se, então, a ensinar o amedrontado Balaque a espalhar, pelo acampamento hebreu, mulheres levianas e despudoradas, para que, brandindo seus encantos, induzisse os varões israelitas a comerem alimentados consagrados aos ídolos e a se prostituírem. E, como resultado dessa orgia e desenfreio, o Santíssimo Deus eliminou, dentre os filhos de Israel, num só dia, a 24 mil homens. 
À semelhança de Balaão, há “obreiros” que, em suas conferências e sermões, esboçados no inferno, e totalmente descomprometidos com a santificação do povo de Deus, buscam alternativas para inflar seus redis e inchar seus apriscos. Eles enchem suas igrejas de crentes desnutridos, enfermos e mortos. Ao invés de ensinarem a doutrina da santificação, tangem suas ovelhas com teologias ruins e putrefatas.
Quanto a nós, ensinemos ao povo de Deus que, sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Por que transformar nossos templos em boates e casas noturnas? Em minha Bíblia, está escrito: “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, Senhor, para todo o sempre.” (Sl 93.5, ARA). Se não proclamarmos a doutrina da santificação às ovelhas e aos cordeirinhos de Jesus Cristo, não tomaremos parte no arrebatamento da Igreja. E, quando do Juízo Final, seremos lançados no lago de fogo. Que Deus tenha misericórdia de nós. Nós próximos tópicos, mostraremos qual o plano de Deus concernente à sexualidade humana.

Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD.  
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO

Já foi dito que a ordenação ética de Deus para a humanidade se encontra nos dois primeiros capítulos do livro do Gênesis, onde encontramos os sete princípios éticos, que nos fazem “imagem e semelhança de Deus”: a dignidade da vida humana, o ponto mais proeminente da criação (Gn.1:26), a sexualidade (Gn.1:27), a procriação (Gn.1:28), o trabalho (Gn.2:15), a submissão a Deus (Gn.2:16,17), o casamento (Gn.2:24), a monogamia (Gn.2:24). Dentre estes sete princípios, encontramos a sexualidade.
Deus criou o homem como um ser sexuado, “macho e fêmea os criou” (Gn.1:27). Deste modo, a atração sexual, a atividade sexual não é algo pecaminoso nem estranho ao ser humano, mas, muito pelo contrário, é algo que decorre da própria natureza humana.
O sexo, portanto, ao contrário do que ensinam alguns, a começar dos seguidores do Reverendo Moon, não foi o pecado cometido pelo primeiro casal, pois foi ordem de Deus a frutificação e multiplicação da espécie (Gn.1:28), o que se dá somente pela atividade sexual. Sexo não é pecado, mas os princípios divinos da sexualidade encontram-se deturpados.
OBS: "... A ordem de procriação concedida ao homem era ponto definido; jamais o Senhor ousaria ordenar-lhe uma coisa e depois castigá-lo por obedecer a essa ordem. Nunca devemos confundir o fruto do conhecimento do bem e do mal com o ato conjugal, permitido e ordenado pelo Senhor. Aqueles que dizem que o relacionamento sexual foi o pecado de Adão e Eva desconhecem totalmente as Escrituras Sagradas..."(SILVA, Osmar José da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.2, p.138-9).

I - A VISÃO BÍBLICA DO SEXO

Como dissemos, a Bíblia Sagrada afirma que o sexo foi obra da criação de Deus que, ao criar o homem, fê-lo sexuado. Diz a Palavra que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, mas os criou “macho e fêmea” (Gn.1:27). Este ponto distingue o homem dos anjos, por exemplo, que foram criados assexuados (Mc.12:25).
Sendo assim, não podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ou seja, contrário à natureza do homem ou seja algo ruim, imoral ou danoso para o ser humano, como alguns têm defendido, inclusive (e principalmente) na igreja de Deus. Tomar uma atitude destas, desde já o falamos, é contrário à Palavra de Deus, que, inclusive, condena os tais (vide I Tm.4:1-3).
Tendo sido criação de Deus, nada mais justo e lógico que o próprio Deus tenha determinado os limites desta atividade humana. A primeira observação que temos com relação ao sexo é que ele deve ser realizado entre homem e mulher. Com efeito, ao criar o homem, Deus os fez macho e fêmea. Assim, a atividade sexual deve ser, sempre, feita entre pessoas de sexos diferentes. O homossexualismo é uma aberração e, salvo os poucos casos em que há distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia contra Deus (Rm.1:21-28; Lv.18:22).
A segunda limitação da atividade sexual estabelecida por Deus diz respeito ao momento do sexo. Ele deve se dar apenas entre casados. É o que verificamos ao princípio, quando se estabelece que para que haja a união sexual, é preciso que tenha existido, antes, o casamento (Gn.2:24). A Bíblia condena veementemente seja a fornicação (Ef.5:5; Ap.21:8), que é a relação sexual entre pessoas solteiras; seja o adultério(Ex.20:14; Pv.7; Mt.5:27-30), que é a relação sexual entre uma pessoa casada com quem não é seu cônjuge; seja a prostituição(I Co.6:18; Hb.13:4), que é não somente o comércio do corpo mas toda e qualquer atividade sexual que vise tão somente o prazer egoístico e a satisfação carnal fora dos limites do casamento.
A terceira limitação da atividade sexual estabelecida por Deus diz respeito ao propósito do sexo. O sexo deve ter, como propósito, tanto a procriação (Gn.1:27,28) quanto a satisfação do casal (I Tm.4:3,4; Ct.1:2,3,15-17), mas de forma altruística, ou seja, o marido deve procurar trazer prazer à mulher e a mulher, ao marido. Não é verdade que o sexo tenha apenas uma finalidade de procriação, porquanto a Bíblia não reduz a isto a atividade sexual, como alguns têm, erroneamente, defendido, mas, a busca do prazer e da satisfação não devem ser egoístas, transformando-se o parceiro sexual (que será, necessariamente, o cônjuge), em um mero objeto, mas, bem ao contrário, a Palavra de Deus estabelece que se busque sempre a satisfação do outro (I Co.7:3-5). É neste equilíbrio e altruísmo que o sexo de acordo com a Palavra de Deus se distingue das aberrações e das práticas mundanas que têm substituído, entre os ímpios, o princípio divino da sexualidade. A bestialidade sexual está sempre relacionada com o egoísmo e o total aviltamento do parceiro sexual (Gn.19:4-11; Jz.19:22-30; II Sm.13:11-17).
OBS: "...Estas são as três funções básicas da união do homem com a mulher: unificação, recreação e procriação. Na unificação, os dois se tornam uma só carne, o que as Escrituras Sagradas repetem por diversas vezes. Um viverá em torno do outro, para o outro e com o outro. Na recreação, o ato conjugal deve ser um prazer, e nunca um tormento ou sofrimento. Os dois, marido e mulher, devem sentir-se satisfeitos e alegres de se completarem neste ato. E também na recreação o casal sempre renova a união, recriando o vínculo matrimonial. Caso esta recreação não seja constante, a tendência é que o casamento se acabe. Nisto percebemos que os casais precisam sempre se recrear, dando continuidade à união que um dia foi iniciada. Na procriação, o casal vê o fruto da sua união e recreação, e as possibilidades de se procriarem, cumprindo assim o mandamento do Senhor. Não há necessidade de haver prole para manter a união do casal, todavia os filhos sempre criarão um vínculo ainda mais profundo entre os dois, que por certo experimentarão o prazer de sentir-se capazes e úteis para a procriação...(silva, Osmar José da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.2, p.139).

II - O SEXO E A VIVÊNCIA CRISTÃ

O sexo, como vimos, portanto, é uma atividade ínsita à natureza humana, estabelecida pelo próprio Deus e, portanto, todo cristão deve ver com naturalidade e sem qualquer preconceito, guiando-se unicamente pela Palavra de Deus como parâmetro de sua conduta relativa ao assunto.
Assim, a atração sexual é algo natural e que revela a própria natureza sexuada do ser humano, devendo, porém, o instinto sexual ser dirigido com equilíbrio para que se faça a vontade de Deus que é a de que o sexo seja efetuado no casamento, com o cônjuge, com finalidades bem delimitadas (Cl.3:5,6), a saber:
a) procriação – O sexo é a forma natural pela qual os homens se reproduzem, cumprindo com o princípio ético da procriação (Gn.1:28). Assim, um dos objetivos do sexo é a procriação, mas não é o único, como têm defendido alguns setores religiosos, em especial a Igreja Romana. Fosse a procriação a única finalidade do sexo, não haveria manutenção de relações sexuais entre cônjuges quando um fosse estéril, o que, à evidência, não ocorre, como se vê, claramente, em diversas passagens bíblicas.
b) ajustamento do casal – O sexo é uma maneira pela qual se dá o ajustamento do casal, pois é uma das principais expressões do amor conjugal. Com efeito, é através do sexo que um cônjuge se entrega ao outro, que um cônjuge procura agradar ao outro. É uma das expressões pelas quais se traduz a união do casal (“e serão ambos uma carne” – Gn.2:24, parte final). O amor conjugal não se confunde com o sexo, como propala erroneamente o mundo imerso no pecado, mas tem uma de suas expressões no sexo. O sexo praticado no modelo bíblico revela o verdadeiro amor, pois não é egoísta, tanto que diz a Palavra que o corpo do cônjuge está sob o domínio do outro (I Co.7:4). A fase de ajustamento do casal é tão importante
c) a satisfação amorosa do casal – Como já afirmamos, o sexo não é visto apenas com fim de procriação, como alguns defendem erroneamente, sem respaldo bíblico. Em Pv.5:18-19, a Bíblia nos mostra que o prazer é algo próprio do sexo e que não é pecado a busca de satisfação entre homem e mulher. O sexo dá prazer de forma natural, de modo que não devemos ter buscar e sentir satisfação na atividade sexual, pois é algo que lhe é próprio. O que se condena é o abuso, o domínio do homem pelo instinto sexual, de forma egoística e descontrolada, o que não se permite nem mesmo entre casados, pois isto revelará um desequilíbrio, sendo certo que a temperança, o domínio próprio, é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo (Gl.5:22), enquanto que a lascívia e a impureza são obras da carne (Gl.5:19).
Diante deste equilíbrio que deve haver na atividade sexual, medidas como a prática de relações sexuais antinaturais (como o sexo anal, modalidades de sexo oral, o sexo grupal, o sexo com animais, por exemplo), mesmo feitas entre casados e com mútuo consentimento do casal, são abomináveis perante Deus, pois revelam carnalidade e descontrole do instinto sexual. Também se insere neste contexto a inconveniência de um casal cristão frequentar locais destinados à prática da prostituição e da licenciosidade como motéis, hotéis de alta rotatividade, praias de nudismo, “resorts” de “hedonismo” ou coisas similares a estas, bem como de buscar excitação mediante acesso a produtos eróticos ou pornográficos. Embora o sexo entre casados não seja proibido, mas até um dever dos cônjuges, naturalmente os ambientes mencionados são repletos de pecado e destinados ao pecado, não podendo, pois, uma atividade sexual santa se desenvolver em meio a tais cenários – Fp. 4:8; I Co.6:9-11.

III - O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO

Como já se disse, o sexo foi estabelecido por Deus mas tem momento certo para ser exercido: o casamento. Ao contrário do que tem defendido o mundo imerso no pecado, onde a erotização tem sido uma constante e tem atacado não mais os adolescentes, apenas, mas as próprias crianças (como estão a mostrar, cada vez mais, os desenhos animados ou a programação dos meios de comunicação voltada para o público infantil), a atividade sexual não é algo que deva ser desenvolvido sem qualquer critério ou a qualquer momento. Esta tem sido uma das maiores armas de Satanás nos nossos dias e as consequências têm sido nefastas, a ponto de a idade da primeira gravidez estar, no Brasil, por volta dos 13(treze) anos. Somente no casamento se pode praticar o sexo, sendo totalmente contrária à Palavra de Deus qualquer outra conduta que não esta. É com tristeza, aliás, que vemos, cada vez mais, uma tolerância de muitos na igreja com relação a este princípio bíblico, permitindo-se o sexo antes do casamento entre “pessoas já comprometidas”, como se isto fosse possível. Cuidado, Jesus nos disse que nosso falar deve ser sim, sim, não, não e o que sai disto é de procedência maligna! (Mt.5: 37).
OBS: Para não se dizer que o tema da erotização infantil é uma implicância dos evangélicos contra a mídia, vejamos um texto publicado num jornal secular da cidade paulista de Salto: "...Atualmente, os programas de televisão, inclusive os infantis, estão se excedendo, sempre na procura de maior audiência e mais lucros, dentro do 'Panorama' capitalista norte-americanizado e 'demoniocrático' em que vivemos, pois transmitem uma excessiva valorização da vaidade e do corpo, exibindo crianças que imitam comportamentos adultos e que, através da dança, assumem gestos posturas extremamente sensuais, num preocupante 'Panorama' em cada lar. Além disso, transmitem uma imagem caricatural da mulher...O Resultado são as imagens estereotipadas, nas quais a mulher ressurge como um objeto de consumo ou de apelo sexual. Resultado disso é que a criança começa a incorporar uma atitude abertamente sedutora, atraindo ataques sexuais de mentes menos esclarecidas, tornando meninas grávidas antes do tempo, dando às crianças um comportamento de adulto. Ela perde muito de sua espontaneidade, naturalidade e, principalmente, de sua ingenuidade...Crianças não têm a malícia nem o desencanto dos adultos, assim como não têm uma sexualidade amadurecida ou já conflitiva. Portanto, não precisam imitar o comportamento típico dos adultos...Cabe aos pais a tarefa de preservar os valores humanos, procurando sempre valorizar o amadurecimento emocional de seus filhos, colaborando para que desenvolvam uma atitude crítica em relação ao aprendizado e ao entretenimento que os meios de comunicação oferecem. A erotização precoce quebra o brilho e o encanto juvenil...Fora a participação direta de erotização, ou seja, tomando parte nas realizações, existe a parte indireta, ou seja, como simples telespectadora em casa e a péssima programação da nossa televisão é uma exemplar péssima professora, de filme às novelas e programas populares de auditório, pois leva a criança a encarar com naturalidade em pouco tempo a violência, o sexo indiscriminado, a vida marginalizada, que passam a fazer parte de toda a sua pureza e inocência, livres em nossas casas via televisão...Por falar nisso tudo, há quanto tempo o caro leitor ou leitora não olha numa rua qualquer, meninas brincando de roda e meninos de mãe da rua ? Ciranda, cirandinha...Vamos todos 'cirandar' se o 'Panorama' seguir tal como está." ( CIACCIO, Otto Mazzei. Os riscos da erotização infantil. Taperá, Salto/SP, Panorama, Geral, 08.06.2002, p.4)
A fornicação é a manutenção de relações sexuais entre pessoas não casadas. Ao contrário do que determina a Bíblia Sagrada, o mundo tem defendido e até incentivado que as pessoas, numa idade cada vez menor, venham a manter relações sexuais, deixando a virgindade, algo considerado ultrapassado e até ridicularizado pela mídia e, por extensão, na sociedade por ela influenciada. Entretanto, a Bíblia condena a fornicação do início ao final. A Palavra é bem clara ao afirmar que os fornicários não herdarão o reino de Deus (At.15:29; Ef.5:5; I Tm.1:10; Hb.12:16; Ap.21:8). Portanto, orientemos os jovens, os adolescentes e as crianças para que se mantenham puras e virgens até o casamento. Isto exige, naturalmente, que o tema seja tratado pelos pais com os filhos e pela igreja com seus membros. O que ocorre, lamentavelmente, é que há um verdadeiro tabu nas igrejas e nos lares, não se comentando o assunto com nossos jovens, crianças e adolescentes, que acabam recebendo tão somente as informações e ensinamentos deturpados da mídia e dos valores éticos mundanos, tendo como resultado a sua erotização precoce e a inexorável queda no pecado de grande parte de nossa juventude e adolescência. É preciso que haja ensino para que não haja perdição na casa do Senhor (Os.3:6; I Tm.4:11; II Tm.3:14-17).
O adultério é a relação sexual entre uma pessoa casada e quem não é seu cônjuge. É grave pecado, que era duramente apenado na lei de Moisés (Lv.20:10; Dt.22:22). Aliás, “não adulterarás” era um dos dez mandamentos (Ex.20:14; Dt.5:18). Atualmente, o mundo vê o adultério como algo normal, natural e até esperado no casamento (recente pesquisa feita no Brasil demonstrou que dois terços das pessoas esperam ser traídas por seu cônjuge e entendem ser isto natural e compreensível). Entretanto, o adultério é abominável aos olhos de Deus, tanto que seu alcance foi ampliado por Jesus no sermão do monte (Mt.5:27-30). Sua prática é considerada loucura pela Palavra de Deus (Pv.6:32-7:27). Com certeza, não há prática que cause tantos males e denigra tanto o caráter de alguém senão o adultério, que, além de destruir a família, célulamáter da sociedade, dá péssimo exemplo aos filhos que, sem o exemplo dos pais, perdem o referencial do certo e do errado, sendo, a partir de então, alvos fáceis do inimigo de nossas almas. O adultério é a figura da infidelidade, da própria perdição na Bíblia, tamanho o mal que representa. A Palavra afirma que é o próprio Deus quem julgará os adúlteros (Hb.13:4).
Tecnicamente, o adultério é a manutenção de relações sexuais, da conjunção carnal entre uma pessoa casada e quem não é seu cônjuge. Por isso, exigia a lei de Moisés, como exigem as legislações de todo o mundo, que se demonstrasse ter havido a cópula entre o cônjuge e o estranho. Sem esta comprovação, não podia haver condenação por adultério. Jesus, entretanto, demonstrou que, para a lei divina, há adultério no simples cobiçar de alguém que não é o cônjuge. Deste modo, tem-se que o conceito neotestamentário do adultério é bem mais amplo, não tendo sentido intermináveis discussões que se verificam, muitas vezes, em igrejas locais, a respeito de se houve, ou não, relacionamento sexual (discussões como as que cercaram o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que negou ter adulterado sob compromisso na justiça e se discutiu se havia mentido, ou não, tendo alcançado a absolvição exatamente porque não se provou ter havido a cópula, mas tão somente sexo oral entre ele e sua ex-estagiária Mônica Lewinsky). Estas sutilezas, características de um mundo no pecado e sem a ética cristã, não têm lugar na casa de Deus. Há adultério, diz Jesus, desde que haja cobiça de quem não é o seu cônjuge (Mt.5:28). É por isso que devemos evitar toda a sensualidade e o erotismo que têm sido empurrados pelo maligno aos homens e mulheres de nosso tempo, a partir da vestimenta indecente até atitudes mais repugnantes como o assédio sexual. Tudo isto está relacionado com o adultério, no que respeita aos casados. Fujamos da aparência do mal!
OBS: É sob este prisma que entendemos deva ser tratada a questão da vestimenta do cristão. Ao invés de nos agarrarmos a costumes e práticas que nem sempre encontram ressonância no cotidiano da sociedade dos nossos dias, devemos, a exemplo de Jesus, procurar os princípios éticos que nortearam os costumes e as práticas estabelecidas nos primórdios da Igreja ou de nossa denominação. Muito mais importante que discutir que tipo de vestimenta deve ser utilizado, é preciso impedir que se utilizem roupas que tenham por objetivo despertar a sensualidade e a cobiça do próximo. Aí é que está o pecado: como pode um crente servir de instrumento para a lascívia alheia?
Apesar da condenação do adultério pela Palavra de Deus, não devemos nos comportar como alguns que entendem ser este um pecado imperdoável ou de perdão restrito, como têm alguns defendido no meio da Igreja. Embora seja grave falta moral, o pecado do adultério é alcançado pela redenção, tanto que Davi foi perdoado do adultério que praticou (II Sm.12:7-15), assim como Jesus perdoou uma mulher apanhada em flagrante de adultério (Jo.8:1-11). Não resta dúvida de que este pecado macula a vida de alguém que servia a Deus quando o praticou, de forma indelével (I Rs.15:5), mas daí a entender que nunca mais poderá ser plenamente restabelecido na Igreja do Senhor, inclusive no ministério, há uma grande distância. É evidente que uma recondução ao ministério deverá ser cercada de uma mui cuidadosa análise da conduta do exadúltero, de verificação de que, realmente, não está mais a pecar e de forma mui prudente, pois a marca sempre ficará, mas o alijamento total e perpétuo nos parece, com a devida “vênia” às normas existentes em sentido contrário, sem respaldo bíblico.
Outra prática diretamente relacionada com a ética sexual é a prostituição. Quando a Bíblia fala em prostituição, não está apenas se referindo ao comércio do corpo, chamada pelo mundo de “a profissão mais antiga do mundo” e a cujo aparecimento a tradição judaica remonta à descendência de Caim, identificando em uma das filhas de Lameque, Naamá (que quer dizer “formosa”, “bela”), a primeira prostituta (Gn.4:22). Quando se fala em prostituição, fala-se em “impureza sexual”, qualquer que seja ela, tanto que a palavra grega utilizada para prostituição é “porneia”, de onde vêm as palavras “pornografia” e “pornofonia”, práticas que estão disseminadas no mundo de hoje e que se constituem no terceiro maior negócio do mundo nos dias de hoje, perdendo apenas para os tráficos de armas e de drogas. Assim, ao condenar a prostituição, a Bíblia não só condena o comércio do próprio corpo para a satisfação da lascívia alheia, mas toda e qualquer prática sexual ilícita (Os.4:1,2; Ap.22:15).
O comércio do próprio corpo é condenado pela Palavra de Deus (Lv.19:29; Dt.23:17,18; Pv.6:26-28; I Co.6:15-20). Nos dias de hoje, esta prática é tolerada e até incentivada na sociedade, o que deve ser repugnado pela Igreja, pois se trata da negação da dignidade da pessoa humana. A prostituição infantil, o chamado “turismo sexual” e outras anomalias ganham destaque e adeptos em todo o mundo, gerando as aberrações que têm escandalizado até os ímpios como os escândalos de pedofilia, em verdadeiras redes internacionais, muitas delas alimentando a rede mundial de computadores (a “internet”), cujo conteúdo é de mais de 80% de pornografia. Os meios de comunicação alimentam esta triste situação, vendendo a imagem de que, para se conseguir sucesso e prosperidade na vida, é necessário envolver-se com a prostituição. As mensagens subliminares do acompanhamento do “mundo dos artistas e dos esportistas” levam a estas conclusões. Vivemos um tempo em que há a transformação do ser humano em simples objeto e mercadoria e, nesta situação, o sexo e a prostituição encontram guarida natural. A Igreja tem de combater este estado de coisas, mas fazê-lo de modo profundo, de modo realístico, para que não seja acusada de estar aquém de seu tempo, acusação que não tem qualquer validade, pois a Palavra de Deus é atemporal (Mt.24:35; I Pe.1:25), mas cuja desatualização e despreparo de nossos mestres podem fazer com que seja a imagem recebida por parte do mundo e de muitos dos nossos irmãos ao enfrentar problemas relativos a estes assuntos. É preciso nos santificarmos cada vez mais (Ap.22:11), mas temos de mostrar a razão de ser da santidade e porque a prostituição não a possibilita, e não, simplesmente, nos comportarmos de modo dogmático, mecânico e automático, pois é imperioso que possamos responder ao mundo a razão da esperança que há em nós (I Pe.3:15) e não simplesmente repetirmos conceitos e dogmas recebidos de nossos pais na fé de forma acrítica, tal qual faziam os escribas e fariseus, pois isto não irá trazer qualquer resultado (Mt.7:28,29).
O homossexualismo é outras das aberrações que o mundo tem propagandeado e lutado para estabelecer como norma de conduta nos nossos dias. A Bíblia nos informa que, quando Deus criou o homem, fê-lo macho e fêmea (Gn.1:27). Assim, o relacionamento sexual é para ser exercido entre homem e mulher. A indistinção dos sexos e a prática homossexual resultam de um desvio do plano divino, sendo, pois, obra do pecado. Tanto o homossexualismo não é tolerado por Deus que foi uma das principais causas para a destruição de Sodoma e das demais cidades da planície (Gn.13:13;18:20; 19:4-11). Em toda a Bíblia Sagrada a prática homossexual é condenada (Lv.19:22; 20:13; I Rs.14:24; 15:11,12; II Rs.23:7; Rm.1:26,27; I Co.6:10; I Tm.1:9,10).
Deve-se aqui observar que não há qualquer discriminação entre o heterossexual e o homossexual nas Escrituras Sagradas. Ambos são chamados à pureza sexual. Assim, se alguém, por qualquer motivo, não se sentir atraído pelo sexo oposto, deve optar pela abstinência sexual, já que não se casará, assim como o heterossexual, que, igualmente, deve se submeter à abstinência sexual até o casamento. Há, sim, pessoas que não são chamadas ao casamento, como deixa claro o texto de Mt.19:11,12.
Por sua biblicidade, deve-se aqui reproduzir o que diz a respeito o Catecismo da Igreja Romana: “A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados. Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.” (§§ 2357 a 2359 CIC).
Como afirma o texto romanista, não há uma segurança a respeito das razões da homossexualidade, e sabemos todos que não se reduzem a causas meramente naturais a sua ocorrência. No entanto, é inegável que, nos dias hodiernos, há uma apologia ao homossexualismo, uma intensa atividade de engenharia social que tem levado notadamente jovens e adolescentes a uma erotização precoce, evidentemente problemática e que levam assim, multidões a uma prática homossexual por indução e que está totalmente desatrelada de quaisquer distúrbios biológicos ou psicológicos.
A masturbação é outra prática sexual que tem se disseminado no mundo de hoje, sendo incentivada já em tenra idade. Trata-se de uma atitude que demonstra a busca da satisfação sexual pelo puro instinto, de forma egoística e desequilibrada. As pessoas são levadas à masturbação como forma de dar vazão a seu apetite sexual desmedido, sem se importar senão com a própria satisfação. É a partir da masturbação que a pessoa passa a não ter controle sobre seu instinto sexual e, como consequência disto, acabará sendo levada à prática da prostituição, à promiscuidade e à própria banalização do sexo, que verá sempre como uma atividade destinada à sua satisfação, ao egoísmo, algo totalmente contrário ao plano divino para o sexo, como vimos. É, por isso, com tristeza que temos assistido a certos ensinamentos e orientações de pessoas que se dizem cristãs no sentido da irrelevância desta prática e da necessidade de sua tolerância, principalmente entre jovens e adolescentes. Ao invés de ser uma “válvula de escape” para o instinto sexual, extremamente incentivado e provocado nos nossos dias, a masturbação é o início de uma vida de banalização do sexo e de carnalidade. Não nos esqueçamos: um abismo chama outro abismo! (Sl.42:7). O instinto sexual se controla com uma vida de comunhão com Deus ( I Co.7:5).
Uma vez mais, socorremo-nos do Catecismo da Igreja Romana que, também, de forma muito feliz e perfeitamente consonante com as Escrituras Sagradas, tratou do tema, “in verbis”: “Por masturbação se deve entender a excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir um prazer venéreo. "Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado." Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da "relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana". …” (§ 2352 CIC).
A pornografia e a pornofonia são outras manifestações da sexolatria vigente nos dias de hoje, uma verdadeira distorção do propósito divino do sexo. As pessoas são transformadas em mero objeto da satisfação egoística do instinto sexual do semelhante, em instrumento da perdição dos demais. A transformação do ser humano (principalmente a mulher) em simples mercadoria é uma característica típica da manifestação do espírito do Anticristo (Ap.18:10-16). O verdadeiro servo de Deus deve fugir destas situações embaraçosas e pecaminosas, lutando para a santificação de suas mentes e olhos, pois é através delas que o inimigo tem conseguido levar muitos para a promiscuidade e prostituição – Jó 31:1; Mt.5:29,30; Hb.12:1,2.
Aliás, a pornografia e pornofonia têm atingido níveis assustadores em nossos dias, sendo, mesmo, considerada já uma epidemia e geradora de dependência similar ao que ocorre com as drogas. A propósito, estudos têm revelado que o poder viciante da pornografia é superior ao de muitas drogas. “…O novo narcótico. Morgan Bennett acabou de publicar um artigo com esse título. A tese: Uma pesquisa neurológica revelou que o efeito da pornografia na internet sobre o cérebro humano é tão potente — se não mais — do que substâncias químicas que viciam, tais como cocaína e heroína. Para piorar as coisas, existem 1,9 milhões de usuários de cocaína, e 2 milhões de usuários de heroína, nos Estados Unidos, comparado a 40 milhões de usuários regulares de pornografia online. Aqui está o porquê do poder viciante da pornografia poder ser pior: Cocaína é considerada um estimulante que aumenta os níveis de dopamina no cérebro. Dopamina é o principal neurotransmissor que as substâncias mais viciantes liberam, enquanto causa uma “alta” e um subsequente desejo por uma repetição da alta, ao invés de uma sensação posterior de satisfação por meio de endorfinas. Heroína, por outro lado, é preparada com ópio, que tem um efeito relaxante. Ambas as drogas provocam tolerância química, que requer quantidades cada vez mais altas da droga para atingir a mesma intensidade de efeito. Pornografia, ao fazer ambos o despertar (o efeito de “alta” via dopamina) e causar um orgasmo (o efeito “relaxante” via ópio), é um tipo de “polidroga” que provoca ambos os tipos de substâncias químicas viciantes no cérebro de uma vez, aumentando sua tendência viciante. Mas, Bennett diz, “pornografia na internet faz mais do que apenas aumentar significativamente o nível de dopamina no cérebro por uma sensação de prazer. Ela literalmente altera a matéria física dentro do cérebro para que novos caminhos neurológicos necessitem de material pornográfico, a fim de provocar a sensação de recompensa desejada.” …” (NASCIMENTO, J. Pornografia: o novo narcotráfico. 29 jul. 2015. Disponível em: http://jnascimento3.blogspot.com.br/2015/07/pornografiao-novo-narcotrafico.html Acesso em 02 fev. 2018).
Como bem afirmou o escritor norte-americano Josh McDowell: “…’Mesmo deixando de fora a vergonha e a solidão’, explica Josh, ‘a pornografia produz um questionamento sobre a autoridade das Escrituras, de Cristo, da Ressurreição, da Igreja e dos pais. A pornografia começa a entenebrecer a porta do cérebro para considerar as verdades da fé cristã. Logo que você se envolve na pornografia, ela assume o controle dos seus pensamentos, de seus padrões morais e de sua vida. Você precisa entender: a pornografia simplesmente assume o controle da sua vida. A pornografia assume o controle dos seus relacionamentos — o modo como você vê as pessoas, as mulheres e as crianças. E como consequência, a pornografia não deixa espaço para sua caminhada com Cristo. Não dá para você se envolver com a pornografia e ter uma caminhada saudável com Cristo’.…” (MORRIS, Shane. Trad. de Júlio Severo. Pornografia é uma das maiores ameaças ao Cristianismo. 22 nov. 2012. Disponível em: http://juliosevero.blogspot.com.br/2012/11/pornografia-e-umadas-maiores-ameacas.html Acesso em 02 fev. 2018).
A pornografia, aliás, é somente a ponta do “iceberg” que tem sido a indústria do sexo, um dos negócios mais lucrativos do mundo, que só deve perder em faturamento para a indústria das armas e que tem sido a principal responsável pela deturpação moral intensa por que estão a passar as sociedades, pelo nefando e famigerado “tráfico de pessoas”, que alcança, hoje, níveis muito mais intensos que o comércio de escravos negros que vigorou durante os séculos XVI e XIX, sem falar na disseminação cada vez mais intensa de doenças sexualmente transmissíveis (a sífilis, por exemplo, voltou a atingir milhões e milhões de pessoas nos últimos anos), isto sem falar na total deturpação das relações interpessoais, como têm demonstrado os escândalos de assédio sexual que têm atingido o mundo artístico em todo o mundo e que, hipocritamente, têm levado muitas empresas a editar “códigos de conduta” que pretendem criminalizar a saudável e natural atração que há entre homem e mulher, enquanto são promovidas condutas abomináveis, como, aliás, já se disse quando se estudou a ideologia de gênero.
A deturpação da sexualidade é um dos fatores que demonstram o “fundo do poço” na prática do pecado entre os seres humanos, como o estão a demonstrar os episódios envolvendo a geração antediluviana (Gn.6:1-5) e as cidades das planícies (Gn.18:20,21; 19:5), circunstâncias que se repetem nos dias imediatamente anteriores ao arrebatamento da Igreja, consoante predisse o próprio Senhor Jesus (Mt.24:37-39; Lc.17:26-30).
Cabe-nos, pois, diante de tanta perversidade e de tanta imoralidade sexual, mantermo-nos como Noé e como Ló, fiéis ao Senhor e seguindo a moral sexual estabelecida pelo Senhor para que sejamos vencedores e poupados da ira divina. Que Deus nos guarde!

Evangelista Caramuru Afonso Francisco. Disponível em: https://www.portalebd.org.br
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, veremos o que a Bíblia ensina e prescreve acerca da sexualidade humana. Apesar de ser um assunto exaustivamente debatido, está sempre a gerar novas controvérsias. Por essa razão, recorreremos à Palavra de Deus, a fim de buscar o verdadeiro modelo quanto ao uso santo e decoroso do sexo. Em primeiro lugar, constataremos que o sexo não é uma construção social, mas algo criado por Deus; um dom, cujos reais objetivos não podem ser ignorados. Em seguida, mostraremos as distorções e os pecados sexuais. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
A sexualidade humana é complexa. Isso nos afeta fisicamente, mentalmente e emocionalmente. No Éden, depois da queda, Deus nos deu leis espirituais para garantir que a sexualidade pudesse continuar sendo a bênção que Ele pretendia que fosse. No entanto, os instintos sexuais foram contaminados (Gn 3.7,10-11). Desejos impuros assolam todas as gerações e leva, inclusive, pessoas regeneradas a pensar em sua sexualidade como algo impuro, algo que não glorifica à Deus, quando na verdade, a sexualidade humana foi criada e dada como dádiva, para a máxima glória de Deus! Nosso desejo sexual não é pecado. Mas os desejos sexuais fora do casamento entre um homem e uma mulher são o que a Bíblia chama de “cobiça”, e ceder a eles é pecado, inclusive sexo antes do casamento, sexo extraconjugal, ceder a pensamentos sexuais impuros, pornografia, homossexualidade. O homem irregenerado está sujeito a estas coisas, mas aquele que nasceu de novo, pode experimentar uma sexualidade sadia, segundo os padrões bíblicos, para a glória de Deus!
I. DEUS CRIOU APENAS DOIS SEXOS
Deus criou apenas dois sexos: o masculino e o feminino. Além dessa fronteira, só há pecado e abominação diante do Criador e Senhor de todas as coisas.
1. Definição de sexo. O sexo pode ser definido, de acordo com o Dicionário Houaiss, como a “conformação física, orgânica, celular, particular que permite distinguir o homem e a mulher, atribuindo-lhes um papel específico na reprodução”.
O ser humano é identificado por seu sexo logo ao nascer (Gn 4.1; 30.21). Hoje, aliás, já se sabe o sexo da criança ainda em seu período de gestação. Logo, o sexo não é o resultado de uma engenharia social e política, como o querem os ideólogos do gênero. Ou se nasce homem, ou se nasce mulher. É o que mostra a Bíblia Sagrada. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
Sexo - substantivo masculino: 1. conformação física, orgânica, celular, particular que permite distinguir o homem e a mullher, atribuindo-lhes um papel específico na reprodução. 2. nos animais, conjunto das características corporais que diferenciam, numa espécie, os machos e as fêmeas e que lhes permitem reproduzir-se”.  (Dicionário online).
Atualmente, a sociedade procura distinguir sexo, gênero e orientação sexual. O sexo é a natureza biológica da pessoa, definida pelos seus cromossomos, hormônios e órgãos reprodutores. Entre os seres humanos, existem dois sexos: macho e fêmea. Uma pequena minoria tem algumas características físicas dos dois sexos mas a vasta maioria tem um sexo bem definido. Ou seu corpo foi projetado para receber um bebê dentro de si, ou não foi.
A palavra “gênero” tem origem no grego genos e significa “raça”. Na concepção da Lógica, o termo indica “espécie”. Usualmente deveria indicar o “masculino” e o “feminino”, como ocorre na Gramática. Nesse sentido, a expressão é inofensiva; porém, na sociedade pós-moderna tal significado é relativizado e distorcido em “ideologia de gênero”. Essa ideologia também é conhecida como “ausência de sexo”. Esse conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. Os ideólogos afirmam que os gêneros — masculino e feminino-são construções histórico-culturais impostas pela sociedade.” (LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS 2º Trimestre de 2018 Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo Comentarista: Douglas Baptista Lição 28 de Abril de 2018 - Ética Cristã e Ideologia de Gênero).
2. Deus criou o sexo. Os anjos, desde que foram criados, continuam com o número de seu contingente inalterável; eles não se reproduzem sexualmente; foram chamados à existência duma só vez (Sl 33.6; Lc 20.34-36). No entanto, o ser humano propaga-se através da junção sexual (Gn 4.1). Logo, através de um só casal — Adão e Eva — vieram a existir todas as nações, línguas e povos que, hoje, conhecemos (At 17.26).
O sexo foi criado por Deus; não é invencionice humana. Quando desfrutado de acordo com as ordenanças divinas torna-se fonte de bênção ao esposo e à esposa. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
Logo, através de um só casal — Adão e Eva — vieram a existir todas as nações” - Há alguns anos, com base na genética, os cientistas concluíram que todos os seres humanos descendem de uma única mulher – a chamada Eva mitocondrial. Com base no DNA mitocondrial que, pelo que consta, apenas é transmitido pela mãe, conseguiram afunilar todos os seres humanos até uma só mulher.
O sexo é um bom presente de um Deus bom que se deleita em nossa alegria. Em Provérbios 5.18-19, Salomão diz a seus filhos: “Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela”. O Senhor instrui aqui, que o ideal de Deus é apenas uma esposa desde a juventude!
3. Os dois sexos. Ao criar o ser humano, o Senhor os fez macho e fêmea (Gn 1.26,27). Por conseguinte, há somente dois sexos: o masculino e o feminino. Ainda que alguém exteriormente transmude-se, jamais perderá a essência do sexo com que nasceu. O homossexualismo e outras práticas igualmente antibíblicas jamais conseguirão mudar o que Deus criou. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
De fato, esta ideologia é a última rebelião da criatura contra a sua condição de criatura. É uma teoria absurda, cheia de incoerências e contradições e que apesar disso, tem-se tentado impor seu ensino nas escolas como uma teoria científica. Apesar de suas incongruências, tem encontrado muitos adeptos e defensores.
Não existe “homem” e “mulher”. “Sexo” seria biológico e “gênero” seria construído socialmente. Sendo assim, não poderia nem mesmo existir o conceito de “homossexual” ou “heterossexual”, que supõe um sexo básico pelo qual a pessoa é atraída. Logo, a “ideologia do gênero” destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos direitos deles.”  (Ideologia de Gênero e os Planos Municipais de Educação. Disponível em:http://www.presbiteros.org.br/ideologia-de-genero-e-os-planos-municipais-de-educacao/. Acesso em: 30 mar, 2018).
A Bíblia revela que Deus criou dois sexos anatomicamente distintos: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto, biologicamente o sexo está relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem, designado por Deus como macho, a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero. A cultura humana permanece sob o julgamento de Deus (1Pe 4.17-19).” (LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS 2º Trimestre de 2018 Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo Comentarista: Douglas Baptista Lição 28 de Abril de 2018 - Ética Cristã e Ideologia de Gênero).
Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas”. (O que é “ideologia de gênero”? Disponível em: Gazeta do Povo; http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-e-ideologia-de-genero-0zo80gzpwbxg0qrmwp03wppl1. Acesso em:30 mar, 2018).
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Este primeiro tópico tem três subtópicos: (1) Definição de sexo; (2) Deus criou o sexo; (3) Os dois sexos. Para introduzi-lo sugerimos uma pergunta: O que é o sexo? Ouça as respostas com atenção. Em seguida, responda a questão de acordo com definição dada pelo comentarista. Enfatize, porém, que a expressão “relação sexual” é o contato íntimo que envolve as pessoas dentro do matrimônio. A vontade de Deus é que o homem e a mulher sejam felizes no casamento e o sexo é uma bênção divina nesse sentido.
II. OBJETIVOS DA SEXUALIDADE HUMANA
O sexo foi criado por Deus, tendo em vista três objetivos: a procriação da espécie humana, a união conjugal e a glória divina.
1. Procriação. Como já dissemos, só existe um meio de a espécie humana propagar-se: através da união sexual entre um homem e uma mulher (Gn 4.1). Assim, casamentos serão consumados e seres humanos continuarão a nascer até a consumação dos séculos (Is 65.20).
Todavia, chegará o momento em que a humanidade não mais necessitará procriar-se (Lc 20.34-36). Tanto os que forem para o Céu, como os que forem para o lago de fogo, não mais propagarão a espécie; estará findada a nossa atividade sexual, porque o ser humano, agora, não será mais carne e sangue (1Co 15.50). Os salvos teremos um corpo de glória; seremos semelhantes aos anjos. Aleluia!. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
só existe um meio de a espécie humana propagar-se: através da união sexual entre um homem e uma mulher” A ciência já deu passos definitivos nessa área, já não é mais verdadeira a afirmativa da lição; A inseminação artificial e a fertilização in vitro são as principais técnicas para ajudar pessoas com dificuldades para ter um filho. E esta área da ciência está indo além.
A intimidade física entre marido e mulher é bela e sagrada. Ela é ordenada por Deus para a criação de filhos e para a expressão do amor entre marido e mulher. Deus ordenou-nos que a intimidade sexual seja reservada para o casamento. A geração de filhos restrita ao casamento, objetiva, além da pureza sexual, poupar o homem do sofrimento.
Ao casal original, unidade de desiguais, transferiu-se a bênção da reprodução para a adequada e seletiva perpetuação da espécie. Os indivíduos coletivizados na sociedade conjugal, embora conjunto de dois, eram uma só carne, imagem do Criador, pela natureza, pela identidade de propósitos, pelo psiquismo integrado, pela afinidade agápica, pela interação social, pela fé comum, pelo gozo sensual compartilhado,pela geração de semelhantes. Do Criador o casal, homem e mulher, recebeu, equipado devidamente, a incumbência do governo, do domínio e da procriação( esta por meio do sexo prazeroso); tudo conforme a vontade do Pai celeste (Gn 1.26-28).” (O CRISTÃO E O SEXO. Rev Onézio Figueiredo)
Homem e mulher possuem genitália apropriada à reprodução. Notem que Deus não criou meio termo, não criou um ser humano que em determinado momento pudesse assumir funções incompatíveis com a natureza do seu ser. Deus não criou um homem com possibilidades sexuais de desempenhar o papel da mulher no ato sexual, e vice-versa. Ocorre que a natureza pecaminosa em função da queda no Éden coloca o homem em rebeldia contra Deus. Pela influência do diabo, o homem continua se rebelando contra o Criador e Sua palavra. Daí as perversões na área sexual.”. (Pr Airton Evangelista da Costa. “DEUS CRIOU MACHO E FÊMEA”; Disponível em: http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/VidaAmorosa/DeusCriouMachoEFemea-AECosta.htm. Acesso em: 31 mar, 2018)
2. União conjugal. O sexo foi criado por Deus para ser desfrutado no contexto da vida matrimonial (Gn 2.24). O sexo, quando praticado antes e fora do casamento, afigura-se como ofensa e pecado perante o Criador. No casamento, porém, une o casal e perpetua os laços entre o homem e a sua esposa. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36); “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31) O padrão bíblico é que o sexo expresso dentro do casamento entre um marido e mulher é santo, saudável e bom. O sexo expresso em outro lugar fica aquém da intenção de Deus e viola o seu mandamento. A união sexual é reservada exclusivamente para o casamento (Hb 13.4).
o intercurso sexual não é pecaminoso, nem uma concessão ao pecado, mas uma dádiva prazerosa de Deus. O autor de Hebreus (13.4) afirma: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito [intercurso sexual] sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”. O livro de Cantares é uma canção de amor tenra, às vezes erótica, entre um homem e uma mulher enquanto eles preparam para o casamento. Não há um traço de autoconsciência moral sobre o intercurso sexual matrimonial. É verdade que os pais da igreja frequentemente tinham uma visão que diminuía o sexo e o corpo humano, mas isso se devia à influência de ideias gnósticas e pagãs greco-romanos. Eles não tiraram essa convicção da Bíblia, que retrata o intercurso matrimonial como belo, prazeroso e santo.” (Sexualidade bíblica, uma explicação simples por P. Andrew Sandlin)
3. A glória de Deus. O sexo não é uma atividade meramente fisiológica ou recreativa. Na Bíblia, há um livro dedicado às belezas da vida conjugal (Ct 2.1-4). Aliás, a Igreja de Cristo é apresentada como a Noiva do Cordeiro (Ap 21.9; 22.17). Pode haver algo mais glorioso? [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
Cantares é uma canção de amor tenra, às vezes erótica – embora alguns repudiem essa idéia, espiritualizado o livro - entre um homem e uma mulher enquanto eles preparam para o casamento.
Sexo fora do casamento é pecado; todos os cristãos sabem isso, e os incrédulos também. Não ter sexo no casamento (sob as circunstâncias ordinárias) também é pecado; talvez nem todos estejam cientes disso. De acordo com 1 Coríntios 7:3-5, sexo no casamento é uma dívida. Negligenciar ou recusar fazer sexo com o seu cônjuge é roubo, uma quebra do oitavo mandamento: “Não furtarás”.” (O Dever do Sexo no Casamento Rev. Angus Stewart Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto). Interessante essa colocação, e pouco pensamos acerca disso, de que o sexo também é para a glória de Deus! Dizemos que Jesus Cristo é Senhor, e devemos ter a compreensão de que isso significa que Ele é Senhor do casamento e do lar do casal também. Assim, nosso objetivo é a glória de Deus em Jesus Cristo e a edificação dos santos. Dentro dessa estrutura e com esse espírito, consideremos o dever do sexo no casamento.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“PREPARE-SE PARA CELEBRAR
Acredito que minha opinião está clara. Não creio que Cantares de Salomão seja primeiramente uma alegoria ou tipologia. Não creio que seja uma representação. Não creio que seja um elaborado diário. Concordo com a perspectiva do comentarista bíblico Lloyd Carr: ‘O amado e a amada são apenas pessoas comuns’.
Tom Gledhill, em seu comentário, declara: ‘Os dois são ‘totalmente homem’ e ‘totalmente mulher’’. Isso é encorajador. Cantares é sobre o seu casamento e o meu. Esses oito capítulos das Escrituras podem falar conosco, e assim provocar uma grande diferença em nossas vidas, para a glória de Deus” (MAHANEY, C. J. Sexo, Romance e a Glória de Deus: O que todo marido cristão precisa saber. Rio de Janeiro: CPAD, p.13).
III. DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE
O sexo, quando praticado antes, ou fora do casamento, gera iniquidades e abominações: fornicação, adultério, homossexualismo e ideologias nocivas.
1. A fornicação. A fornicação é o relacionamento sexual antes do casamento (1Tm 1.10). Logo, quando um casal de namorados, ou de noivos, pratica o sexo, tanto o rapaz quanto a moça pecam contra o Senhor (Ef 5.5)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
- fornicação vem da palavra grega porneia, cujo significado inclui adultério e incesto. Porneia vem de outra palavra grega, cuja definição inclui também ceder a qualquer tipo de luxúria ilícita, inclusive a homossexualidade. Em 1Tm 1.10, os "impuros" e "sodomitas" (ou "homossexuais") violam o sétimo mandamento (Êx 20.14), que proíbe a atividade sexual fora do leito conjugal. Deus nunca tolera o pecado, o qual não tem lugar, de modo algum, em seu reino, e nem a pessoa cujo padrão de vida seja o de imoralidade, impureza e cobiça habituais estará em seu reino, pois tal pessoa não é salva (1Co 6.9-10; Gl 5.17-21; 1Jo 3.9-10).
2. O adultério. A fim de proteger a harmonia conjugal, o Senhor decretou: “Não adulterarás” (Êx 20.14). Jesus, no Sermão da Montanha, condena não somente o ato em si, como a própria cobiça (Mt 5.27,28). Os adúlteros não terão parte nem guarida no Reino de Deus. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
O adultério, por outro lado, refere-se ao pecado sexual de pessoas casadas com alguém que não seja seu cônjuge, e a palavra é usada no Antigo Testamento, literal e figurativamente. A palavra hebraica traduzida por "adultério" significa literalmente "quebrando o casamento." Curiosamente, Deus descreve a deserção do Seu povo a outros deuses como adultério. O povo judeu foi considerado como o cônjuge de Jeová, então quando eles se voltaram aos deuses de outras nações, foram comparados com uma esposa adúltera. O Antigo Testamento muitas vezes se refere à idolatria de Israel como uma mulher devassa que "prostituiu-se" com outros deuses (Êxodo 34:15-16, Levítico 17:7, Ezequiel 6:9). Além disso, todo o livro de Oseias compara a relação entre Deus e Israel com o casamento do profeta Oseias e sua esposa adúltera, Gomer. As ações de Gomer contra Oseias eram um retrato do pecado e da infidelidade de Israel, que, vez após vez, abandonou o seu verdadeiro marido (Jeová) para cometer adultério espiritual com outros deuses. No Novo Testamento, as duas palavras gregas traduzidas como "adultério" são quase sempre usadas para se referirem literalmente ao pecado sexual envolvendo parceiros casados. A única exceção é na carta à igreja de Tiatira, que foi condenada por tolerar "Jezabel, que a si mesma se declara profetisa" (Apocalipse 2:20). Esta mulher chamou a igreja à imoralidade e práticas idólatras e qualquer um seduzido por suas falsas doutrinas foi considerado como se tivesse cometido adultério com ela”. (gotquestions)
3. O homossexualismo. É o relacionamento sexual de pessoas do mesmo sexo. Na Bíblia Sagrada, é conhecido como o pecado de Sodoma e Gomorra (Dt 23.18; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.10). Essa abominação contraria o plano divino quanto ao casamento que, além de ser monogâmico e indissolúvel, é heterossexual (Gn 2.24). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
O mandamento de Deus a respeito da homossexualidade é claro: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é” (Lv 18.22). Isto é expandido em Levítico 20.13: “Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles”. Estas passagens estão inseridas no contexto do julgamento de Deus quanto a crimes sexuais e são uma expansão do sétimo mandamento. O que isto tudo significa é que o mandamento relativo à homossexualidade em Levítico 18.23 e 20.13 ainda são altamente relevantes porque eles foram reincorporados no código do Novo Testamento. Existe uma unidade moral entre o Antigo e o Novo Testamento. Sempre foi erado matar, estuprar, roubar, ter relações sexuais com animais e ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. Deus lidou com seu povo de diferentes formas em diferentes épocas, mas Seu padrão de retidão nunca mudou. Se a moralidade mudou, então a pessoa de Deus mudou, porque a base da moralidade está na pessoa de Deus, que é imutável (Ml 3.6)” (A Homossexualidade e o Antigo Testamento porP. Michael Ukleja).
4. A ideologia de gênero. A chamada ideologia de gênero é mais uma tralha inventada pelos inimigos da família cristã. Alegando que o sexo é uma mera construção social, tal ensino instiga os pais a educar os filhos de maneira neutra, deixando aos meninos e às meninas a escolha de seu “sexo social ou ideológico”. A Bíblia, porém, é taxativa quanto a tal pensamento (Dt 22.5). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
De fato, esta ideologia é a última rebelião da criatura contra a sua condição de criatura. É uma teoria absurda, cheia de incoerências e contradições e que apesar disso, tem-se tentado impor seu ensino nas escolas como uma teoria científica. Apesar de suas incongruências, tem encontrado muitos adeptos e defensores.
Não existe “homem” e “mulher”. “Sexo” seria biológico e “gênero” seria construído socialmente. Sendo assim, não poderia nem mesmo existir o conceito de “homossexual” ou “heterossexual”, que supõe um sexo básico pelo qual a pessoa é atraída. Logo, a “ideologia do gênero” destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos direitos deles.”. (Ideologia de Gênero e os Planos Municipais de Educação. Disponível em:http://www.presbiteros.org.br/ideologia-de-genero-e-os-planos-municipais-de-educacao/. Acesso em: 30 mar, 2018).
O Comentário da Bíblia Diario Vivir do texto de Romanos 1.26 e 27, traz o seguinte: “O plano divino quanto às relações sexuais normais é o ideal de Deus para sua criação. É lamentável, mas o pecado distorce o uso natural dos dons de Deus. Frequentemente, o pecado não só implica negar a Deus, mas também negar a forma em que nos fez. Quando uma pessoa diz que qualquer ato sexual é aceitável sempre que não fira ninguém, está-se enganando. A mudança ou abandono das relações sexuais naturais propagou-se nos dias de Paulo como nos nossos. Muitas práticas pagãs o respiravam. No mundo de hoje, muitos consideram aceitável esta prática, inclusive algumas Igrejas. Mas não é a sociedade que estabelece o padrão para as leis de Deus”.
Ainda sobre Romanos 1.26 e 27, Paulo registra as tríplices rejeições: “Deus os entregou”, “Deus os entregou”, ”foram entregues pelo próprio Deus” (Rm 1.24,26,28, A21). A conjunção do verbo “entregar” no pretérito perfeito exibe o sentido do abandono pleno do Criador, como uma resposta iminente de Deus deixando os seres humanos a mercê de suas perversidades explicitas nos versículos 22 e 23.
Para os defensores da “nova perspectiva”, não se devem fazer distinções porque qualquer diferença é suspeita, má, ofensiva. Por isso procuram estabelecer a plena igualdade entre homens e mulheres, independentemente das diferenças naturais entre os dois. É interessante notar que a mesma Dale O’Leary evidencia que a finalidade do “feminismo do gênero” não é melhorar a situação da mulher, mas separar totalmente a mulher do homem e destruir a identificação de seus interesses com os interesses de suas famílias. Além disso, acrescentava que o interesse primordial do feminismo radical nunca foi diretamente melhorar a situação das mulheres nem aumentar a sua liberdade, mas sim impulsionar a agenda homossexual/lesbiana/bissexual/transexual. O “feminismo do gênero” não se interessa pelas mulheres comuns e correntes. As “feministas de gênero” pretendem assim, “desconstruir” os “papéis socialmente construídos”, principalmente os seguintes:
a) A distinção entre masculinidade e feminilidade. Consideram que o ser humano nasce sexualmente neutro e, em seguida, é socializado em homem ou mulher. Essa socialização afeta negativamente e de forma injusta as mulheres;
b) As relações de família: pai, mãe, marido e mulher;
c) As ocupações ou profissões próprias de cada “sexo”;
d) A reprodução humana. Diz uma autora da dita perspectiva: “em sociedades mais imaginativas a reprodução biológica poderia ser assegurada com outras técnicas”(Ideologia de Gênero e os Planos Municipais de Educação. Disponível em:http://www.presbiteros.org.br/ideologia-de-genero-e-os-planos-municipais-de-educacao/. Acesso em: 30 mar, 2018).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Segundo Geisler: ‘No que diz respeito a Bíblia, não há papel algum para as relações sexuais antes do casamento... Na realidade, é um pecado que a Bíblia chama de fornicação (Gl 5.19; 1 Co 6.18)’ (Ética Cristã, p.170). Diz, ainda o referido autor: ‘Se a pessoa não está pronta para tomar sobre si as responsabilidades de uma pessoa e família, não deve mexer com o sexo’ (ibidem, p.171). Concordamos com esse entendimento. O sexo, atualmente, tem sido um instrumento do Diabo para a destruição de vidas, ao lado das drogas, do crime e de outros meios destrutivos. A infidelidade conjugal tem assumido proporções alarmantes. Certas pesquisas dão conta de que metade das mulheres, no país, já praticou o adultério. Percentagem maior é observada entre os homens que traem suas esposas. Tal comportamento, reprovado pela ética cristã, tem sido incentivado nas novelas e filmes, exibidos na TV” (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as questões morais do nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 84).
CONCLUSÃO
A pesar de o ser humano ser dotado de sexo, foi este criado para louvar e exaltar a Deus através de uma vida santa e pura. Que jamais esqueçamos de que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Não somos um mero fenômeno fisiológico; somos imagem e semelhança de Deus.  [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 6, 9 Fevereiro, 2020]
A sociedade atual está cada vez mais perdendo de vista o princípio que Deus definiu para a união sexual entre os seres humanos: um homem e uma mulher, unidos pelo compromisso eterno do matrimônio. Em virtude deste crescente desvio do padrão idealizado por Deus no princípio, têm surgido anomalias sexuais como as descritas na lição. O propósito de Deus é que o homem junte-se com a mulher e os dois formem “uma só carne” (Gn 2.24), constituindo-se numa família heterossexual, na qual os filhos poderão ser educados em meio a um ambiente sadio e livre de preconceitos. Este ideal está totalmente corrompido na sociedade moderna, e as relações sexuais passaram a ser apenas um meio de obter prazer a qualquer custo, sem atentar para as orientações dadas por Deus no passado, e para os perigos de não seguir estas orientações.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário