COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a
definição exegética e etimológica das palavras “glória” e “shekhinah” de Deus;
pontuaremos a glória de Deus revelada plenamente na pessoa de Jesus Cristo; e
por fim, falaremos da glória do Senhor revelada na vida do crente fiel.
I –
DEFINIÇÃO O TERMO GLÓRIA
1.1 Definição exegética do
termo. O vocábulo
mais comum para glória é “kavôd” que significa: “glória, peso, esplendor,
copiosidade, majestade, riqueza” dando a ideia de alguma coisa muito importante
(Êx 33.18; Sl 72.19; Is 3.8; Ez 1.28). A glória de Deus é a revelação de Seu
próprio ser, da natureza e da Sua presença para a humanidade e leva o homem a
reconhecer a grandeza de Deus e a sua pequenez e indignidade (Is 42.8; 48.9-11;
60.2). A palavra “glória” é uma das mais ricas e diversas no contexto
linguístico do AT e são encontrados pelo menos oito termos para designá-la no
AT (Êx 40.35; 1Sm 4.22; 1Sm 6.5; 1Rs 3.13; 8.11; 1Cr 16.28; 29.12; Is 11.10;
24.23; 42.12; Dn 2.37; 1Cr 29.11,13). Na Bíblia, a glória de Deus está muitas vezes
associada a brilho, esplendor e a majestade do Todo-Poderoso (Ez 1.28; Lc 2.9;
Mt 17.5). Ela descreve a presença visível de Deus como uma nuvem escura,
trovões, relâmpagos (Êx 19.9,16,18; 20.18). A manifestação física de que a
presença de Deus estava chegando (a glória de Deus) poderia ser a aparência de
um fogo consumidor (Êx 24.17; Dt 4.24; Hb 12.29), no caso de Sua autoridade e
Seu poder serem vistos. Em outros casos, quando Seu propósito era outro e Ele
desejava mostrar outro aspecto do Seu caráter, ao invés de fogo (Êx 13.21; Nm
9.15-16) aparecia nuvem, fumaça, vento ou, então, o cicio suave (BÍBLIA DE
ESTUDO PALAVRAS CHAVES: HEBRAICO E GREGO, 2011, p.1700).
1.2 Definição etimológica do
termo. A nuvem que
aparecia durante o dia sobre o Tabernáculo era uma forma da “glória visível de
Deus” sobre o Santuário. Moisés viu parcialmente esta “glória” na coluna de
nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em Êxodo 29.43 ela é chamada “minha glória” (Is
60.2). A majestade da glória de Deus é tão grandiosa que nenhum ser humano pode
vê-la de maneira plena e continuar vivo (Êx 33.18-23). Quando muito, pode-se
ver apenas um “aparecimento parcial da glória do Senhor” (Ez 1.26-28). Neste
sentido, a glória de Deus designa Sua singularidade, Sua santidade e sua
transcendência (Is 6.1-3; Rm 11.36; Hb 13.21). Ela cobriu o Sinai quando Deus
outorgou a Lei (Êx 24.16,17), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no
deserto (Êx 40.36-38) e posteriormente encheu o templo de Salomão (2Cr 7.1; 1Rs
8.11-13). Mais precisamente, Deus habitava entre os querubins no Lugar
Santíssimo do templo (1Sm 4.4; 2 Sm 6.2; Sl 80.1). Ezequiel a sua glória
levantar-se e afastar-se do templo por causa da idolatria presente ali (Ez
10.4,18,19) (STAMPS, 1995, p. 1183).
II –
DEFINIÇÃO O TERMO SHEKHINAH
2.1 Definição exegética do
termo. O termo
“shekhinah” significa: “avizinhar, habitar, residir, morar, armar tenda” (Êx
24.16; 25.8; 29.45; 40.34,35; Dt 12.11; Sl 37.3; 85.9; Jr 33.16; Is 8.18; Zc
8.3). Para alguns teólogos a tradução que mais se aproxima da palavra
“shekhinah” é: “a presença de Deus vista entre o seu povo” (Dt 12.11; 14.23;
16.2,6,11; 26.2). De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do AT
(1998, p. 1743), os verbos hebraico “shakhan” e “shekhen” possuem a mesma raiz
da palavra “shekhinah”. Por isso, que quando a glória “kavôd” de Deus era
manifestada em forma visível entre o povo de Israel, os rabinos posteriormente
através de sua tradição literária (Talmude e Targuns) a chamaram de “shekhinah”
porque o Senhor estava “vizinho” dos homens (Êx 13.21; 16.10; 19,9.16; 24.16;
33.18-20; 40.34,35). Deus prometeu habitar entre (no meio) o povo de Israel (Êx
13.20-22; 19.17-19; 40.34-35; 1R 8.10-12). A glória de Deus também se refere a
Sua presença visível entre o seu povo, ou seja, “shekhinah”, na verdade, é a
habitação da glória “kavod” de Deus entre nós (Sl 85.9). Há muitas pessoas que
fazem confusão com o termo; umas usam-no sem a noção; outras pessoas têm uma
visão radical de que o termo não deveria ser usado porque “ele não existe na
Bíblia” […]. Há palavras na cultura judaica que, por causa de sua sacralidade,
ou perda dos fonemas hebraicos, foram reformulados […]. Portanto, não há nada
que proíba usar o termo “shekhinah” (CABRAL, 2019, pp. 85, 86 151 – grifo
nosso).
2.2 Definição etimológica do
termo. A palavra
“shekhinah” não apareça na Bíblia judaica (Tanakh – Lei, Profetas e Escritos)
nem no NT. O termo é uma expressão extrabíblica, mas não antibíblica, pois, seu
princípio é encontrado em toda Escritura Sagrada. Apesar de não aparecer na
Bíblia, podemos dizer que é bíblico por aquilo que significa: “a presença de
Deus visível”. Esta palavra normalmente está associada aos casos quando Deus se
apresentou de forma perceptível ao seu povo. O vocábulo ainda aponta para
“residir ao lado” (Êx 25.8; 1Rs 8.10-11; 2Cr 6.1,2; Sl 74.2), e, é empregado
para designar a presença de Deus (Êx 24.16,17; 29.43; 60.2). Quando o Senhor
mandou que Moisés construísse a Arca da Aliança, Ele disse que a Sua presença
iria com o povo. Então a Arca do Senhor representava a “presença do Senhor no
meio do povo” (STAMPS, 1995, p. 1183). De acordo com a compreensão dos exegetas
do judaísmo a “shekhinah” era uma forma de teofania (aparição ou revelação da
manifestação de Deus) muito frequente no relacionamento entre Deus e Israel.
Querer atribuir o termo “shekhinah” unicamente a Cabala (parte mística do
judaísmo) é esquecer que este termo já era usado pelos rabinos muito antes do
cabalismo surgir na história judaica.
III - A
GLÓRIA DE DEUS REVELADA EM JESUS CRISTO
3.1 A glória de Deus revelada na
pessoa de Jesus. Em linguagem
metafórica, a “shekhinah” no NT representa a presença majestosa de Deus e sua
decisão de “habitar” (shakhan) entre os homens (Jo 1.14). O verbo shakhan, que
deu origem ao termo shekhinah, ressalta a ideia de vizinhança e também
proximidade de Deus com os homens. O equivalente da glória de Deus, ou seja, a
presença Dele no NT é a pessoa de Jesus Cristo como a “glória de Deus em carne
humana” (Cl 1.15,19), que veio habitar entre nós (Mt 1.23). Ele é a maior
manifestação visível da presença de Deus entre nós (Mt 1.22-23). O apóstolo
Pedro emprega a expressão “a magnífica glória” como um nome de Deus (2Pd 1.17).
Os pastores de Belém viram a glória do Senhor no nascimento de Cristo (Lc 2.9),
os discípulos a viram na transfiguração de Cristo (Mt 17.2; 2Pd 1.16-18).
Cristo como o Logos e Filho de Deus, sempre existiu em glória antes de sua
encarnação (Jo 17.5,22,24). Ele é o mistério glorioso de Deus (Cl 1.27). O
resplendor de Cristo é a sua g1ória divina (Hb 1.3). Ele é glorioso por ser a
própria imagem de Deus (Jo 1.14). Jesus manifestou a sua glória no princípio de
seu ministério (Jo 2.11) (STAMPS, 1995, p. 1183 – grifo nosso).
3.2 A glória de Deus revelada no
ministério de Jesus. Todo o ministério de Cristo na terra redundou em glória ao nosso
Deus (Jo 14.13; 17.1,4,5). Quando Isaías falou da vinda de Jesus Cristo,
profetizou que nEle seria “revelada a glória de Deus” para que toda a raça
humana a visse (Is 40.5). Tanto João (Jo 1.14) como o escritor aos Hebreus (Hb
1.3) testificam que Jesus Cristo cumpriu essa profecia. A glória de Cristo era
a mesma glória que Ele tinha com seu Pai antes que houvesse mundo (Jo 1.14;
17.5). A glória do seu ministério ultrapassou em muito a glória do ministério
dos profetas do AT (2Co 3.7-11). Paulo chama Jesus de “o Senhor da glória” (1Co
2.8), e Tiago o chama de “nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória” (Tg
2.1). Repetidas vezes, o NT refere-se ao vínculo entre Jesus Cristo e a glória
de Deus. Seus milagres revelavam a sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). Cristo
transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5), onde Ele recebeu
glória (2Pd 1.16-19) (STAMPS, 1995, p. 1183 – grifo nosso).
3.3 A glória de Deus revelada na
morte e ressurreição de Jesus. Estêvão a viu na ocasião do seu martírio a glória de
Jesus (At 7.55). A hora da morte de Jesus foi o momento da sua glorificação (Jo
12.23,24; 17.4,5). Ele subiu ao céu em glória (At 1.9; 1Tm 3.16), agora está
exaltado nos céus em glória (Ap 5.12,13), e um dia voltará “sobre as nuvens do
céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30; 25.31; Mc 14.62; 1Ts 4.17) (STAMPS,
1995, p. 1183).
IV - A
GLÓRIA DE DEUS REVELADA NA VIDA DO CRENTE
Como a glória de Deus
relaciona-se ao crente pessoalmente? 4.1 Deus revela Sua glória mediante a habitação
do Espírito Santo. Deus nos escolheu para sermos sua habitação ambulante aqui
na terra, e através de nós manifestar a sua glória “kavôd” ao mundo. O apóstolo
João registrou as palavras de Jesus sobre a manifestação da glória de Deus
quando disse: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste […] para que o mundo
reconheça que tu me enviaste e que os amaste, como amaste a mim” (Jo 17.22,23).
Através do Espírito Santo repousa sobre o verdadeiro crente a glória de Deus
(Jo 14.16-17; 1Pd 4.14). Paulo também nos revela que a glória de Deus habita em
nós pelo seu Espírito Santo (2Co 3.18; Ef 3.16-19), e Pedro também afirma esta
mesma verdade (1Pd 4.14). Concernente que à glória celestial e majestosa de
Deus de maneira plena ninguém pode contemplar (Jo 1.18-a); mas, sabemos que ela
existe. O apóstolo Paulo afirma que Deus habita em “uma luz [glória]
inacessíveis”, que nenhum ser humano pode ver (1Tm 6.16). O Espírito Santo nos
aproxima da presença de Deus e de Jesus (2Co 3.16,17; 1Pd 4.14).
4.2 Deus revelará Sua glória
mediante consumação da salvação. A experiência da glória de Deus é algo que todos os
crentes terão na consumação da salvação: “[…] com a glória que em nós há de ser
revelada” (Rm 8.18). Seremos levados à presença gloriosa de Deus (Hb 2.10; 1Pd
5.10; Jd 24), compartilharemos da glória de Cristo: “[…] para que também com
ele sejamos glorificados” (Rm 8.17). Paulo ainda disse que: “[…] somos
transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito Santo”
(2Co 3.18-c) e receberemos uma coroa de glória (1Pd 5.4). Até mesmo o nosso
corpo ressurreto terá a glória do Cristo ressuscitado: “que transformará o
nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso [...]” (Fp 3.21 ver
ainda 1Co 15.42,43).
CONCLUSÃO
Concluímos que a glória de Deus
transcende a qualquer coisa que o ser humano venha a produzir. A glória do
Senhor esteve com Israel, no Antigo Testamento, com a Igreja Primitiva, em
Atos, e também está em nossa vida através do seu Espírito Santo.
Prof. Paulo Avelino
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Êxodo 40 e Números 9
registram o cuidado de Deus com Israel. Na caminhada no deserto rumo à terra
prometida, uma nuvem permanecia sobre o Tabernáculo. A imagem dessa nuvem
marcou a história de Israel, pois ela cobria a “Tenda da Congregação”, enchia o
Templo, enfim, um símbolo vivo de que Deus estava entre o seu povo. Anelemos
por essa maravilhosa presença!
Deus libertou Israel da escravidão. Livre, o povo
de Deus iniciou a sua jornada rumo à Terra Prometida. O percurso escolhido pelo
Senhor não foi o mais fácil, porém, com certeza foi o melhor para os israelitas
naquela ocasião, pois eles não estavam preparados para enfrentar o inimigo.
Deus é fiel e sempre cuidou com zelo do seu povo. Ele colocou uma nuvem ou uma
coluna de fogo, se fosse dia ou noite, respectivamente, para indicar o caminho
a seguir e proteger seu povo. Interessante notar que a presença de Deus não
ficou estagnada, mas se movia livremente de um lugar para outro, sem nenhum
padrão previamente definido, parecendo-se muito com o que acontece com a Igreja
do Senhor. “A nuvem surgiu, pela primeira vez, quando eles atravessavam o
mar. Depois no Sinai e também quando Moisés fez uma tenda, e ali buscava a
Deus; por fim, quando o Tabernáculo foi levantado. A partir de então, a
presença de Deus era contínua, de maneira que, quando a nuvem se elevava acima
do Tabernáculo, os filhos de Israel reiniciavam a sua jornada. Os milhões de
peregrinos que estavam ao redor do Tabernáculo, nas suas respectivas tribos,
entenderam perfeitamente que se tratava de uma manifestação divina. Está
escrito que “Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia
aparência de fogo” (Nm 9.16). “Deus prometeu prover uma nuvem para guiar os
viajantes e para lembrá-los de sua presença contínua.” Interessante
que Deus, embora nunca se apresente fisicamente, mas permaneça invisível,
sempre deixa sinais de que se conserva junto do povo. Jesus disse que os
discípulos não o veriam mais, entretanto assegurou: “[...] eu estou convosco
todos os dias [...]” (Mt 28.20). A maravilhosa presença do Senhor traz a
sensação de amparo, proteção, segurança. Dessa forma, o Senhor demonstrava a
todos que cumpria a promessa de sua presença inafastável. De fato, qual o filho
pequeno que não necessita que seu pai sempre esteja por perto?” (Lição
4 - A Presença de Deus no Deserto - 1º Trimestre de 2019. CPAD. Disponível
em: http://www.escoladominical.com.br/home/licoes-biblicas/subsidios/jovens/1327-li%C3%A7%C3%A3o-4-a-presen%C3%A7a-de-deus-no-deserto.html. Acesso em: 24 JUN, 2019).
I. A COLUNA
DE NUVEM: a glória divina sobre Israel (Êx 40.34)
1. Quando “a nuvem
cobriu a tenda da congregação”. A
nuvem aparecia durante o dia sobre o Tabernáculo. Era a shekinah de Deus sobre
o Santuário. Embora o termo não se encontre no texto original do Antigo
Testamento, shekinah é uma palavra adotada pela tradição judaica. Os sábios
judeus evitavam a palavra kaboth (ou kabod), que significa “glória”, por causa
de sua sacralidade (cf. 1 Sm 4.21). Assim, shekinah, segundo o sentido
aramaico, descreve a manifestação visível da glória de Deus.
Em Êxodo 40.34, quando “a nuvem cobriu... a glória
do SENHOR encheu”, foi a confirmação final para Moisés e o povo de que toda
a obra para o levantamento de um lugar de habitação para Deus havia sido feita
devidamente e todas as tediosas instruções obedientemente seguidas. No capítulo
16.10, ao constatarem o começo da provisão de pão diário no dia seguinte,
Israel também veria a glória do Senhor, termo adequado a ser usado porque o que
Deus fez de fato mostrou sua presença junto ao povo. "Glória"
refere-se tipicamente à manifestação da presença de Deus, o que o torna
magnífico e leva à adoração. “Shekinah é uma palavra hebraica que significa
a presença gloriosa de Deus, manifesta entre os homens. Normalmente a palavra
shekinah está associada aos casos na Bíblia quando Deus se manifestou de forma
visível. A palavra shekinah não aparece na Bíblia. A palavra shekinah foi
inventada por rabinos judeus depois que a Bíblia foi escrita para significar a
manifestação visível da presença gloriosa de Deus. Shekinah vem do verbo
hebraico que significa “habitar”. Deus prometeu habitar entre o povo de Israel
e várias vezes mostrou sua presença de forma visível:
Na nuvem e coluna de fogo no deserto – Êxodo
13:20-22
No monte Sinai, quando Deus deu os Dez Mandamentos
– Êxodo 19:17-19
No tabernáculo, quando os israelitas moravam no
deserto – Êxodo 40:34-35
Na dedicação do templo de Salomão – 1 Reis 8:10-12
Em todas essas situações, a revelação da presença
de Deus entre as pessoas foi um acontecimento glorioso, que inspirava louvor.
Por isso, shekinah muitas vezes está associada também à glória de Deus.” (RESPOSTAS).
2. A glória de sua
Presença. A
ideia que o povo de Israel tinha de Deus era a de que Ele morava no
Santuário. Assim, a nuvem sobre o Tabernáculo revelava que o Altíssimo
encontrava-se de modo especial no Santuário. Outrora, a mesma nuvem acompanhava
Israel desde Sucote (Êx 13.20-22); agora, ela se encontrava sobre o
Tabernáculo. Essa nuvem é o sinal grandioso da presença do Todo-Poderoso. O Deus
de Israel era o centro do culto e da adoração do seu povo. E do seu coração?
Ele é Senhor?
O meio pelo qual Deus guiou o povo, uma coluna de
nuvem e uma coluna de fogo - era uma coluna só - de dia era de nuvem e de noite
de fogo (Êx 14.24); estava associada ao Anjo de Deus (Êx 14.19; 23.20-23) ou ao
Anjo da presença de Deus (Is 63.8-9). Essa também era a coluna da qual o Senhor
falou a Moisés (Êx 33.9-11). Há quem aponte Jesus nesta Coluna, no entanto, Êx
14.19 diz: “Então, o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se
retirou e passou para trás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante
deles, e se pôs atrás deles”. deles. O Anjo do Senhor e a coluna de nuvem e
de fogo passaram da vanguarda para a retaguarda, da posição de guia para a
posição de proteção. O Anjo do Senhor (mensageiro de YHWH) que no contexto de
Êx 3.2 revela-se como sendo o próprio Senhor falando a Moisés (confira At
7.10).
3. “Glória” no hebraico
e no aramaico. A
palavra “glória” é uma das mais ricas e diversas no contexto linguístico do
Antigo Testamento. São encontrados pelo menos oito termos para designá-la,
tanto no aramaico quanto no hebraico (Sl 113.3; Dn 2.37; 1 Cr 29.11). Quando se
refere a Deus, a palavra “glória” designa o esplendor e a majestade do Todo-Poderoso
entre o seu povo. A grande lição a ser apreendia, aqui, é que a aprovação
divina quanto ao nosso ministério é necessária e imprescindível. No estudo da
nuvem de glória, percebemos claramente que Deus deseja operar no meio do seu
povo. Ele ainda confirma e promove a sua Obra!
O termo hebraico kavôd, literalmente
significa “pesar” ou “ ser pesado”. O conceito
representa a presença de Deus entre os seres humanos, que deixa uma impressão
altamente significativa entre eles. É importante saber que a glória é
característica intrínseca de Deus. Não é o reconhecimento, nem o louvor que
Suas criaturas prestam que tornam Deus glorioso. “Portanto, todos nós, com o
rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai
ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com
o Senhor, que é o Espírito” (2Co 3.18). O apóstolo afirma neste texto que
somos reflexo da glória de Deus, nossa existência deriva da glória majestosa do
Todo-Poderoso. Deus criou os seres humanos para a Sua glória. O alvo principal
do ser humano é conhecer a Deus e glorifica-Lo. A glória de Deus deve ter
prioridade sobre qualquer coisa que queiramos realizar. A Bíblia diz: “quer
comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de
Deus”. (1 Coríntios 10:31). Deus nos criou para reconhecer o Seu poder e
majestade e viver à luz da Sua glória.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Há
muitas pessoas que fazem confusão com o
termo shekinah. Umas usam-no sem a noção de o porquê o termo ganhou essa
popularidade; outras têm uma visão radical de que o termo não deveria ser usado
porque “ele não existe na Bíblia”. O tópico presente dá uma explicação
satisfatória para uma visão equilibrada.
Por
isso, deixe claro à classe que há termos na cultura judaica que, por causa de
sua sacralidade, ou perda dos fonemas hebraicos, foram reformulados. Por
exemplo, o nome verdadeiro de Deus é expresso por Adonai, pelo termo
aportuguesado Jeová e outros. No Novo Testamento, a expressão Santíssima
Trindade também não aparece, mas ela retrata com perfeição o que os textos
apostólicos ensinam sobre essa maravilhosa doutrina. Portanto, não há nada que
proíba o termo shekinah.
II. A
SHEKINAH QUE ESTEVE PRESENTE NAS PEREGRINAÇÕES DE ISRAEL
1. A glória permanente
de Deus. Havia
uma promessa de Deus para a descendência de Abraão: tomar posse da terra de
Canaã. Para cumprir esse objetivo, a presença de Deus permaneceu com Israel
desde a saída do Egito até à entrada na terra prometida (Êx 13.20-22). Ele
cumpriu sua promessa e guiou Israel pelo meio do Mar Vermelho, derrotando Faraó
e seus cavaleiros. Ali, a nuvem do Senhor trouxe trevas e embaraços aos
perseguidores egípcios. A nuvem conduzia Israel nas suas peregrinações,
conforme o apóstolo Paulo menciona em uma de suas cartas: “Ora, irmãos, não
quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos
passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (1 Co
10.1,2).
“Êxodo 13.21 diz acerca do povo de Israel que
Deus conduzira para fora do Egito: “Durante o dia o Senhor ia adiante deles,
numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho, e de noite, numa coluna de
fogo, para iluminá-los, e assim podiam caminhar de dia e de noite”. Essa coluna
de nuvem e de fogo sinalizava a presença do próprio Deus, como podemos ler em
Êxodo 14.24: “No fim da madrugada, do alto da coluna de fogo e de nuvem, o
Senhor viu o exército dos egípcios e o pôs em confusão”. A Bíblia Viva traduz
esse texto da forma que o encontrei em diversas traduções alemãs: “De
madrugada, o Senhor olhou da nuvem para as tropas egípcias...”. Não é
interessante? Deus olhou para fora da nuvem. Ele estava na nuvem, de onde olhou
para os inimigos de Israel. Dali, da nuvem, Deus protegeu os israelitas e
castigou os egípcios: “A coluna de nuvem também saiu da frente deles e se pôs
atrás, entre os egípcios e os israelitas. A nuvem trouxe trevas para um e luz
para o outro, de modo que os egípcios não puderam aproximar-se dos israelitas
durante toda a noite” (Êx 14.19b-20). O próprio Deus olhava da nuvem para os
egípcios, interferindo sobrenaturalmente para barrar o ataque iminente do
inimigo, deixando claro que Ele lutava por Israel (v. 25). Para os leitores
mais críticos, o texto bíblico sublinha: “Naquele dia o Senhor salvou Israel
das mãos dos egípcios, e os israelitas viram os egípcios mortos na praia” (v.
30). Todos podiam ver e se admirar com o que Deus fizera, percebendo a forma
maravilhosa com que Ele libertou Israel dos egípcios”. (CHAMADA). Quando acompanhamos a caminhada dos hebreus, do Egito a Canaã,
passando pelo deserto, aprendemos como foi esta caminhada e aprendemos como é a
nossa. Há semelhanças e diferenças entre as caminhadas, mas o Deus dos hebreus
é o mesmo hoje.
2. A nuvem de Deus nos
montes e desertos. Moisés
subiu ao Monte Sinai e entrou no meio da nuvem e, ali, ficou por 40 dias e 40
noites (Êx 24.15-18). Deus falaria com ele da nuvem, de onde o legislador de
Israel receberia as tábuas dos Dez Mandamentos e a revelação quanto à
construção do Tabernáculo (Êx 24.15-18 cf. caps 25 - 27; 34.1-9). Enquanto o
povo marchava para avançar pelo deserto, a nuvem se movia. Em cada jornada, em
cada peregrinação, o Senhor era com o seu povo. Não se desespere, pois o
Espírito Santo conduz a sua Igreja! Ele habita em você!
A visão inspiradora de pavor da nuvem da glória de
Deus, a Shekinah, repousando sobre o monte e na qual Moisés desapareceu por 40
dias e noites, impressionou a todos pela singular importância desse
acontecimento na história de Israel. Durante esses dias Moisés recebeu todas as
instruções sobre o tabernáculo, sua mobília e adornos (caps. 25—31). O pouso da
Shekinah sobre o tabernáculo quando sua construção fora terminada impressionou
os israelitas pela singular importância dessa estrutura no culto de Israel a
YHWH e o relacionamento dos israelitas com ele (Êx 40.34-38). No percurso dos
hebreus, há uma informação que não podemos ignorar: “a coluna de nuvem não
se afastava do povo de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Êx 13.22)
Também conosco a presença de Deus conosco é garantida. O que aconteceu lá
acontece aqui.
3. A nuvem se manifestou
sobre o propiciatório. A
Palavra de Deus revela que o propiciatório, que ficava sobre a arca da aliança,
era o maior símbolo de sua presença. Ali, Deus se manifestava por meio da nuvem
de sua glória (Lv 16.1,2; Nm 7.89). À luz da Santa Palavra, não podemos nos
conformar com a frieza espiritual e com a indiferença com a Palavra de Deus.
Ora, diferentemente daquela época, hoje podemos entrar no Lugar Santíssimo com
plena liberdade no Espírito Santo, pois Este foi derramado de maneira abundante
sobre o povo de Deus (At 2.1-13). Não se conforme com a frieza e a indiferença
espiritual!
Em Levítico 16.2, ao falar da nuvem onde o SENHOR
apareceria, muitos comentarista são de opinião que essa nuvem possivelmente
fosse o incenso que o sumo sacerdote queimava na sua entrada anual no Santo dos
Santos. Era essa a nuvem que cobria a mesa do propiciatório na arca do
Testemunho, cuja tampa era o propiciatório, uma peça única feita de ouro
batido, significando “lugar de expiação” e referia-se ao trono de Deus entre os
querubins. Recebeu esse nome porque era onde Deus se manifestava para o
propósito da expiação. Quando o tabernáculo ficou pronto, o Senhor comunicava a
sua palavra a Moisés do propiciatório no Santo dos Santos (Lv 1.1; Nm 1.1).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A aproximação de Israel ao Senhor, o grande Rei,
era claramente multissensorial. O povo via a glória no fogo e na nuvem, ouvia
Deus no trovão e no terremoto, e cheirava algo da doçura divina na fragrância
dos perfumes. O Deus fora da percepção sensorial se revelava metaforicamente de
modo que os seres humanos sensíveis pudessem entender.
Êxodo 31 resume a aproximação ao Santo. Há uma lista
de todo o aparato físico necessário para essa aproximação – o Tabernáculo com
as mobílias e equipamentos (VV.7-11), a escolha divina de trabalhadores, qualificados
por terem sido selecionados pelo Senhor e capacitados com o próprio Espírito de
Deus (vv.1-6)” (ZECK, Roy B. Teologia do
Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.67).
III. ALGUMAS
LIÇÕES PARA HOJE
1. A nuvem sobre o
Tabernáculo não era comum. Deus
usa coisas visíveis para ensinar verdades espirituais. Aquela nuvem era
especial, pois não obedecia às leis da natureza criadas por Ele próprio. Tinha
características de uma nuvem comum, mas não era algo comum. Ele usou a imagem
de elementos físicos para manifestar a sua glória. Não perca a sensibilidade
espiritual. Perceba como Deus pode e quer falar, agora, com você. Ele usa
coisas comuns para manifestar a sua glória!
- “O v. 17 diz: “Sempre que a nuvem se levantava
de cima da Tenda, os israelitas partiam, e no lugar em que a nuvem descia, ali
eles acampavam”. Ou seja, o povo de Deus precisava estar atento ao mover da
Nuvem de Deus. A orientação de iniciar a caminhada ou parar para descansar
vinha da Nuvem do Senhor. Você pode visualizar naquele deserto milhares de
seres humanos avançando sem qualquer conhecimento da rota que deviam seguir?
Uma multidão numerosa de homens, mulheres e crianças, viajando através num
tremendo deserto arenoso, sem bússola, sem guia humano, sem um celular, sem um
radinho a pilha? Mas que espetáculo! Ali estava aquela multidão avançando sem
qualquer conhecimento da rota que deviam seguir, apenas dependentes de Deus,
dependentes da Sua Orientação. Eles não podiam fazer planos para o dia
seguinte: quando acampavam, não sabiam quando deveriam pôr-se em marcha
novamente; ou quando em marcha, não sabiam onde iriam acampar! O que eles
tinham que fazer? Apenas olhar para cima a fim de receber orientação de Deus.
Os seus movimentos eram dirigidos pela Nuvem de Deus. Assim como este povo
estava com seus olhos fixos na nuvem esperando o cuidado de Deus, você também
precisa olhar para o alto e buscar a orientação de Deus. O livro de Hebreus
12.2 diz: “Tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé”. É
isso que Deus quer que você faça: Assim como aquele povo dependia inteiramente
do mover da orientação de Deus, ELE quer que você faça a mesma coisa! Você vai
iniciar um namoro? Olhe para Jesus, receba orientação primeiro. Você vai
construir? Vai trocar de carro? Vai fazer um negócio? Olhe antes para a
orientação do Senhor. Nossa vida aqui é como a travessia de um deserto:
desconhecido, arenoso, imprevisível. Por isso precisamos da Orientação do
Senhor! JESUS em João 8.12 disse: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue,
nunca andará em trevas; mas terá a luz da vida". Isto é direção! Isso é
orientação divina. Você precisa dessa direção. Você não precisa ir aonde Deus
não orienta: Se a nuvem não está se movendo, não se antecipe. Se Deus não está
orientando suas companhias, se Deus não está orientando que você se case, se
Deus não está orientando que você se mude, se Deus não está orientando a
aplicação do seu dinheiro, não antecipe! Se a nuvem de Deus não está se
movendo, você não precisa embarcar numa furada! Olhe para cima: Há uma nuvem no
céu – Deus está lá! Ele tem a direção certa. Por isso, obedeça a Deus! Siga a
nuvem!” (IBVIR)
2. A nuvem permaneceu
sobre o Tabernáculo. O
Altíssimo estava presente de forma especial no Tabernáculo. Veja o que o texto
diz: “a glória do Senhor encheu o tabernáculo” (Êx 40.34). Aquele que é
onipresente não precisa de espaço físico, porque Ele preenche todo o Universo.
Não há limites geográficos para Deus. Entretanto, para se relacionar conosco
Ele se manifestou num Tabernáculo, revela-se na Igreja local e mostra-se em
nossa casa e, por intermédio do seu Santo Espírito, habita em nós.
“a glória do Senhor encheu o tabernáculo”
(Êx 40.34). Essa foi a confirmação final para Moisés e o povo de que toda a
obra para o levantamento de um lugar de habitação para Deus havia sido feita
devidamente e todas as tediosas instruções obedientemente seguidas. A primeira
vez que a nuvem se levantou (conforme registrado em Nm 10.11) foi cinqüenta
dias depois que o tabernáculo concluído fora erigido. “O v. 16 diz que: “Era
assim que sempre acontecia: de dia a nuvem cobria, e de noite tinha a aparência
de fogo”. O texto está afirmando que esta nuvem cobria, ou seja, servia de
proteção ao povo. A Nuvem era sombra para o dia ensolarado e também era calor e
luz para vencer o frio da noite. Era o cuidado de DEUS para a vida daquele
povo. DEUS deu uma nuvem para protegê-los no deserto. Por isso o salmista
(91.1) diz que: “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo descansa à sombra do
Todo-Poderoso”. Ou seja, DEUS guardou o povo de desfalecer ou mesmo desistir da
jornada rumo à terra prometida. O mesmo Deus que os havia protegido na
travessia do Mar Vermelho estava agora protegendo-os de dia e de noite. E a
bíblia diz que DEUS é o mesmo de ontem, hoje e eternamente. Por isso ELE
continua também em nosso tempo pronto para proteger as nossas vidas. Quando
você anda sob a nuvem de Deus, você conta com a proteção de Deus! Esta é a mensagem
de Deus para sua vida hoje: Quando você anda debaixo da nuvem de Deus, você
conta com a proteção de Deus. Salmos 121.5-8 diz: “O Senhor é o seu protetor;
como sombra que o protege, ele está à sua direita. De dia o sol não o ferirá,
nem a lua, de noite. O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida.
O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre”.
Você está sendo perturbado por alguns inimigos? Um espírito de medo ronda o seu
coração? Sentimentos de culpa, de indignidade, de amargura estão presentes na
sua vida? Você esta atravessando um período duro, difícil, um calor escaldante
do sol? Talvez problemas que estão queimando o seu coração, tirando o couro da
sua alma? Mesmo que você esteja pronto a desistir de tudo, SAIBA QUE DEUS esta
noite quer projetar uma sombra sobre a sua cabeça. A nuvem do Senhor quer lhe
proteção esta noite. Assim como qualquer casa precisa do telhado, você também
precisa ter a benção de Deus para estar protegido do inimigo.” (IBVIR)
3. A nuvem não é
estática. Deus
não é inerte, estático; Ele é o Ser que gera vida em abundância (Jo 10.10). Ele
se move sobre a Terra, cuida do Universo e interessa-se por sua vida, querido irmão.
Ele é um Deus pessoal. Não perca a glória de Deus nem a intimidade com a sua
presença. Ande com Deus. Obedeça-lhe a vontade.
“A coluna de nuvens indicava as datas e
demarcava os locais da singular peregrinação do povo de Israel pelo deserto,
mostrando quando o povo devia parar e quando devia desmontar acampamento e
seguir a jornada. Um povo estava sendo preparado. “Durante o dia o Senhor ia
adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho, e de noite, numa
coluna de fogo, para iluminá-los, e assim podiam caminhar de dia e de noite”
(Êx 13.21; veja Nm 9.15-23). Deus conduzia e protegia Israel como um pastor faz
com seu rebanho. Com o movimento da nuvem Ele treinava Seu povo nas áreas de
obediência, persistência, confiança e disposição. Essa descrição da nuvem indo
com eles é um pequeno aperitivo da maravilhosa presença de Deus que um dia
estará sobre Seu Santo Monte Sião, quando a terra voltará a estar acoplada à
dimensão divina: “o Senhor criará sobre todo o monte Sião e sobre aqueles que se
reunirem ali uma nuvem de dia e um clarão de fogo de noite. A glória tudo
cobrirá” (Is 4.5). Por essa razão, em Pentecostes apareceram chamas de fogo
acima dos discípulos, para expressar visivelmente a presença de Deus no coração
de cada salvo e Sua morada em todos os crentes (At 2.3)” (CHAMADA).
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“Em Êxtase Divino
Sabemos que alguns olham com desdém as manifestações
de poder e que outros consideram com suspeita as visões e revelações. Mas como
pode alguém que realmente crê na Bíblia duvidar da autenticidade daquilo que
traz plenamente as marcas do Ser divino e é o cumprimento das profecias e
promessas de sua Palavra? “Fiquei, pois, eu só e vi esta grande visão, e não
ficou força em mim; [...] e emudeci. E eis que uma como semelhança dos filhos
dos homens me tocou os lábios; então, abri a minha boca, e falei” (Dn
10.8,15,16).
Referindo-se à vinda do Consolador, Cristo diz
àquele que o ama: ‘Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que
me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me
manifestarei a ele’ (Jo 14.21).
Em Jope, o Pedro batizado com o Espírito Santo
entrou em êxtase divino, no qual teve a visão e ouviu a voz que eliminou o seu
exclusivismo judaico e o enviou a Cesareia (At 10.9-20).
Em 2 Coríntios 12.1, Paulo declara: ‘Passarei às
visões e revelações do Senhor’. Também aprendemos que nos últimos dias, quando
o Espírito começar a ser derramado sobre toda carne, eles ‘profetizarão’ e
‘terão visões’ (At 2.17).
Se você rejeita a realidade vigente nestes dias, o
que fará com os fatos registrados nas Escrituras? Jogará fora a Bíblia por não
crer nessas poderosas e maravilhosas obras do Espírito realizadas na atualidade?”
(SEYMOUR. Devocional: O Avivamento
da Rua Azusa. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
2003, pp.152-53).
CONCLUSÃO
A glória de Deus
transcende a qualquer coisa que o ser humano venha a produzir. A glória do
Senhor esteve com Israel, no Antigo Testamento, com a Igreja Primitiva, em
Atos, e também está em nossa vida. Experimente a presença de Deus. Jesus ainda
salva, batiza com o Espírito Santo, cura os enfermos e opera sinais e
maravilhas!
No começo do livro de Atos encontramos os detalhes
de um evento maravilhosíssimo: “Tendo dito isso, foi elevado às alturas
enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles” (At 1.9). A
tradução dessa passagem em outros idiomas diz que uma nuvem veio e O levou,
encobrindo-O ao seu olhar. Portanto, o Senhor não foi subindo cada vez mais até
sumir na camada de nuvens. O arrebatamento de Jesus não tem nada a ver com
distância; Uma nuvem veio e O levou, como um portal que se abriu para recebê-Lo
em outra dimensão. As nuvens divinas sempre aparecem quando o Céu se abre. Aí,
nas nuvens, as dimensões divinas normalmente inacessíveis se abrem e se tornam
acessíveis. O Arrebatamento da Igreja também envolve essas misteriosas nuvens
divinas: “Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas
nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor
para sempre” (1Ts 4.17).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a
tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome
sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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