SUBSÍDIO I
A Beleza e a Glória do Culto
Levítico
Introdução
Em virtude de sua natureza
didática e tipológica, o culto levítico tinha de ser majestoso e belo; um
reflexo da glória do Deus de Israel. Sua liturgia, por isso mesmo, era para ser
vista, ouvida e tocada. Nalguns ritos e cerimônias, até o olfato e o paladar do
adorador eram contemplados.
Apesar de tantos recursos
pedagógicos, somente alguns vieram a descobrir a essência dos procedimentos
levíticos: a plena comunhão entre Deus e o seu povo. Esses raríssimos homens e
mulheres tornaram-se conhecidos, na literatura profética, como o remanescente
fiel.
I. O Culto a Deus no Coração
Humano
Veremos que o culto divino, para
ser perfeito, tem de ser precedido pelo cultivo do coração humano. No âmbito
teológico, cultuar e cultivar são sinônimos; harmonizam-se belamente.
1. Definição do culto
divino. A palavra “culto”
advém do vocábulo latino cultus que,
originário do verbo colere, descreve
o esmero que o lavrador, na antiga Roma, dispensava a terra, a fim de torná-la
arável. Inspirados por essa belíssima etimologia, os romanos não demoraram a
associar o cultivo do solo às lides religiosas.
Teologicamente considerado, o
culto pode ser definido como as honras, deferências e louvores que o homem, já
cultivado pela Palavra de Deus, tributa ao Deus da Palavra. No ato cultual, o
homem externa o seu reconhecimento a Deus como o Criador, Senhor e Mantenedor
de todas as coisas. Para ser verdadeiro, o culto há de ter como fundamento a
doutrina dos profetas e apóstolos, conforme a encontramos na Bíblia Sagrada.
Rigorosamente, os louvores
carreados a um ídolo não podem ser considerados culto, pois somente Deus é
digno de toda adoração: Ele tudo criou e a tudo mantém. Quanto aos ídolos, que
tributos merecem? Logo, o culto a um ídolo não é culto, mas idolatria; algo
esdrúxulo, bizarro, grotesco.
Se a criatura tem de venerar o
que a criou, conclui-se que o ídolo, por ser criação do homem, deveria adorar a
esse mesmo homem. Silogisticamente, o homem está para o ídolo, assim como Deus
está para o homem. A diferença é que somente Deus pode criar a partir do nada.
O homem limita-se a recriar coisas de matérias e refugos já existentes. É por
isso que o ídolo, embora exista, não passa de um objeto vil e desprezível.
2. Jesus e o cultivo do coração
humano. O nosso
relacionamento com Deus requer cuidados e zelos agriculturáveis. Exige atenção,
sabedoria, paciência. Foi por isso que o Senhor Jesus assemelhou a pregação do
Evangelho ao semear (Mt 13.3-18). Nessa faina, o Semeador ansiará por obreiros
e diaristas, para que uma parte da sementeira, ao menos, venha a germinar (1
Co.3.6).
Mas quem, de fato, está a sulcar
o coração humano? O Senhor Jesus responde a essa pergunta com surpreendente
beleza: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor” (Jo 15.1, ARA).
Se nos voltarmos a Isaías, deparar-nos-emos com o próprio Deus a sulcar o
coração de Israel, a fim de fertilizá-lo, para que a boa semente germine: a
Palavra da Fé. A descrição do profeta é de uma sublimidade que transcende a
poesia.
O cultivo do coração de Israel,
levado a efeito pelo próprio Deus, não foi suficiente para reconduzi-lo,
naqueles dias já distantes e rebeldes, ao culto verdadeiro. A alma israelita em
nada diferia daquele terreno pedregoso e cheio de cardos descrito pelo Senhor
na Parábola do Semeador.
Sim, o culto divino tem muito a
ver com o cultivo da terra. Para se cultuar a Deus tem de se cultivar, antes, o
coração do homem.
Dessa explanação, concluímos que
o culto ao Deus Único e Verdadeiro não vinga como as ervas daninhas, nem como o
joio que, nem bem é lançado ao solo, alastra-se e já sufoca o bom plantio. O
culto divino exige uma lavragem zelosa, paciente e constante da alma; um
trabalho que, iniciado com o semeador, prossegue com o que rega e com o que,
vigilante e atento, impede o inimigo de lançar a cizânia durante as vigílias
solitárias e já tomadas pelas trevas (1 Co 3.6).
3. O coração humano e o conhecimento de Deus. A melhor forma de se cultivar
o coração humano encontra-se no livro de Oseias: “Conheçamos e prossigamos em
conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós
como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
Quanto mais conhecemos a Deus,
mais aprofundamos a nossa comunhão com Ele. O coração de Moisés estava de tal
forma cultivado pela presença divina que, segundo o derradeiro registro do
Deuteronômio, ele já não orava ao Senhor, mas, com o Senhor, falava cara a cara
(Dt 34.10-12). O conhecimento que o profeta tinha de Deus transcendia o mero
assentimento teológico; era algo experimental, profundo e cotidiano.
4. Os cultivadores do coração
humano. Foi para
cultivar o verdadeiro culto, no coração hebreu, que o Senhor providenciou
profetas, sacerdotes e reis. Cada um desses pedagogos tinha a obrigação de
educar o povo na Palavra de Deus e mantê-lo ante o Deus da Palavra. Era uma
educação tão perfeita, que levava o israelita a crescer tanto diante de Deus
como perante os homens. Samuel, apesar do ambiente em que fora criado, alcançou
esse ideal (1 Sm 2.21,26).
Vinha o profeta, e ensinava a
nação a guardar os mandamentos divinos. Em seguida, chegava o sacerdote que,
intercedendo pelo povo, tornava-o propício diante do Senhor. Quanto ao rei,
possuindo este um mandato cristológico, tinha por obrigação sustentar o ofício
profético e manter o ministério sacerdotal. Doutra forma, os ministros divinos
não teriam condições de desempenhar a sua função. Na Igreja de Cristo, temos
obreiros igualmente valiosos, cuja função também é educar-nos na Palavra de
Deus (Ef 4.11-16).No ato de congregar, cultivamo-nos mutuamente por intermédio
do louvor, da oração, da celebração da Santa Ceia e, principalmente, da
exposição da Palavra de Deus. Sem as Sagradas Escrituras, a liturgia é
inútil.
II. O Culto Levítico
O culto levítico é o resultado
de um processo litúrgico que, iniciado por Adão, culminou na chamada dos
descendentes de Levi, cujo ministério precípuo consistia em zelar pela adoração
ao Deus Único e Verdadeiro. Neste tópico, veremos os antecedentes do culto
hebreu.
1. O culto adâmico. Se Adão não tivesse dado
ocasião ao pecado, suas oferendas a Deus, no Éden, teriam consistido apenas em
sacrifícios pacíficos e de louvores. Ao invés de ofertas cruentas, limitar-se-ia
ele a apresentar ao Senhor as primícias de seu trabalho no paraíso: a
exuberância do reino vegetal.
Ao desobedecer ao Criador, o pai
da raça humana percebeu que, além das ofertas de paz, teria de apresentar ao
Senhor, também, sacrifícios por suas transgressões. Doutra forma, como poderia
ele fazer-se propício diante do Santíssimo Deus? Aliás, na morte do animal, ou
animais, cujas peles serviram-lhe de vestes, Adão e Eva vieram a entender o
mecanismo da expiação (Gn 3.21).
Adão, apesar de sua culpa universal,
jamais deixou de ser tratado por Deus como filho amado (Rm 5.12; Lc 3.38). Sem
o seu exemplo de arrependimento e de adoração, os cultos que se seguiram, na
História Sagrada, não teriam sido possíveis.
2. O culto noético. O culto com que Noé servia
ao Senhor tinha, como genealogia, uma sequência de homens santos, piedosos e
ousados em sua adoração. O primeiro dessa lista foi Abel, cujo sangue clamou da
Terra aos Céus (Gn 4.10). Assim como a morte de Estêvão deflagrou o crescimento
da Igreja (At 11.19.20), de igual modo acontecera com o martírio de Abel; o seu
exemplo foi imitado por homens como Enos, filho de Sete, cuja vida levou a
linhagem piedosa de Adão a um reavivamento (Gn 4.26).
O culto de Noé era tão excelente
que só poderia ser equiparado ao de Jó e ao de Daniel (Ez 14.14). Aliás, esses
foram os três varões mais piedosos de toda a História Sagrada. A adoração
noética sobressaía-se pela graça divina e constituía-se num poderoso libelo
contra uma geração perversa, corrompida, irrecuperável e blasfema (Gn 6.8,9; Hb
11.7).Sobrevivendo ao Dilúvio e à apostasia de Cam, o culto noético teve, como
herdeiros imediatos, a Sem, a Jó e, finalmente, a Abraão, nosso pai na fé (Gn
9.26; Jó 1.1). Cronologicamente, o patriarca Jó precedeu ao patriarca hebreu, pois,
em suas lamúrias, cita Adão, mas não menciona Abraão (Jó 31.33).
3. O culto abraâmico. O culto de Abraão teve
início quando ele ainda era um gentio como eu e você, querido leitor (At 7.2).
Os próprios israelitas, aliás, reconhecem que o seu grande patriarca não
passava de um pagão entre outros pagãos (Dt 26.5). Mas, reconvocado em Harã,
obedeceu prontamente ao Senhor (Gn 12.1-4). Já firme na fé, pôs-se a peregrinar
por uma terra que, embora sua, tratava-o como estrangeiro (Hb 11.9). Mas, para
o crente Abraão, o que mais lhe importava era a sua confiança em Deus. Ele
sabia que, além de sua herança terrestre, aguardava-o uma cidade, nos Céus,
cujo artífice era o Senhor Todo-Poderoso.
O auge do culto abraâmico deu-se
quando o patriarca encontrou-se com Melquisedeque, depois de uma renhida
batalha contra uns régulos orientais. Ali, na já querida Salém, ele foi
reconhecido pelo rei-sacerdote como servo de Deus e legítimo representante do
verdadeiro culto (Gn 14.19,20).
Celebra-se, ali, a proto-ceia do
Senhor Jesus, unindo, numa única liturgia, os representantes de ambos os
testamentos (Gn 14.18). Nessa celebração, encontrava-se já presente, nos lombos
de Abraão, o responsável pelo culto oficial de Israel, conforme a interpretação
do autor da Epístola aos hebreus: “E, por assim dizer, também Levi, que recebe
dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido
gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste” (Hb 7.9,10,
ARA).
Para mim, o capítulo 14 de
Gênesis é o texto de ouro da religião divina. Nessa narrativa, Melquisedeque
ergue-se como sacerdote do Deus Altíssimo. E, nessa condição, traz o pão e o
vinho consagrados ao crente Abraão, que, pela fé, celebra a redenção do corpo e
do sangue de Jesus Cristo. Ao fazê-lo, mostra a eternidade do sacrifício
vicário do Filho de Deus. Naquele ato, Levi, em Abraão, curva-se ao Novo
Testamento.
Com base nesse texto sagrado,
declaramos que existe apenas uma religião abraâmica: a religião do Deus Único e
Verdadeiro. Esta, por seu turno, manifestou-se plenamente na vinda de Jesus
Cristo, conforme explica muito bem o autor da Epístola aos Hebreus, na
introdução de sua carta. Portanto, considerar o Islã uma religião abraâmica é
desconhecer o espírito do Antigo Testamento. Rigorosamente falando, nem o
próprio Judaísmo, como hoje o conhecemos, é uma religião abraâmica. Foi o que o
próprio Cristo deixou patente aos seus contemporâneos (Jo 8.40).
4. O culto levítico. Herdeiro direto da devoção
abraâmica, o culto levítico pode ser definido como a instituição oficial da
verdadeira religião confiada a Israel pelo próprio Deus. Seu objetivo não é
apenas litúrgico, mas essencialmente teológico, conforme exorta o profeta
Oseias aos seus contemporâneos (Os 6.3). Apesar de sua imponência e exterioridade,
a adoração levítica é voltada ao interior de cada adorador de Jeová, que sempre
buscou estar presente entre o seu povo.
Segundo a narrativa sagrada, o
culto levítico foi instituído pela celebração da Páscoa, na noite que precedeu
a saída dos filhos de Israel do Egito. E, tendo como fundamento esse fato,
conduziu litúrgica, didática e teologicamente os israelitas a se apresentarem
ao mundo como um povo escolhido, profético, sacerdotal e real. Um povo, aliás,
que deve a sua redenção unicamente a Jeová.
III. As Finalidades do Culto
Levítico
O culto divino, no Antigo
Testamento, tinha quatro finalidades básicas: adorar ao Único e Verdadeiro
Deus, reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o
Messias. Era uma celebração teológica e messiânica.
1. Adorar ao Único e Verdadeiro
Deus. Ao reunir-se
para adorar a Deus, a comunidade de Israel demonstrava duas coisas: a aceitação
do Único e Verdadeiro Deus e a rejeição dos deuses pagãos (Sl 86.10; 97.9).
Enfim, o culto levítico afastava os israelitas da idolatria e aprofundava a sua
comunhão com o Senhor (Sl 96.5). Esse era o teor dos cânticos congregacionais
do Santo Templo.
2. Reafirmar as alianças
antigas. Se os filhos
de Israel, por exemplo, entoassem o Salmo 136, professariam ser herdeiros das
alianças que o Senhor firmara com Abraão, Isaque, Jacó e Davi. E, assim,
cultuando ao Senhor, lembravam-se de que Deus comanda a História. Em boa parte
de seus cânticos, os filhos de Israel relembram a presença de Deus em sua vida
familiar e comunal (Sl 47.9). Veja o Salmo 105.
3. Professar o credo divino. Em seus cultos, os
israelitas, guiados pelo ministério levítico, professavam o seu credo: “Ouve,
Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4, ARA). Nesta sentença,
resume-se toda a teologia do Antigo Testamento. É necessário que voltemos a
recitar e a cantar o nosso credo.
4. Aguardar o Messias. No livro de Salmos, há uma
elevada cristologia, que descreve a paixão, a morte, a ressurreição e a
glorificação do Senhor Jesus Cristo como Rei dos reis (Sl 22.1-19; 16.10;
110.1-4; 2.1-8). Um israelita crente e predisposto a servir a Deus jamais seria
surpreendido com a chegada do Messias, pois o culto levítico era essencial e
tipologicamente cristológico.
IV. Os Elementos do Culto
Levítico
Em seu auge, o culto divino do
Antigo Testamento era composto por estes elementos: sacrifícios, cânticos,
exposição da Palavra, oração, leitura da Palavra e bênção. Isso não significa,
porém, que todo esse conteúdo estivesse presente em todas as
celebrações.
1. Sacrifícios. O culto inaugural do Santo
Templo, que teve início com a chegada da Arca Sagrada, foi marcado por uma
grande quantidade de sacrifícios de animais (1 Rs 8.5). De forma sem igual, o
rei Salomão e todo o Israel demonstraram suas ações de graças ao Deus de
Abraão, Isaque e Jacó.
2. Cânticos. Em seguida, os cantores e
músicos puseram-se a louvar ao Senhor, entoando provavelmente os cânticos que
Davi e outros salmistas haviam composto (2 Cr 5,12,13). Nesse período, a arte
musical de Israel era a mais desenvolvida de toda região oriental.
3. Exposição da Palavra. Logo após, Salomão
dirigiu-se ao povo, fazendo uma síntese da História Sagrada até aquele
instante. Ele mostra a clara intervenção de Deus em cada etapa da existência de
Israel (2 Cr 6.1-13).
4. Oração. O rei dirige-se, agora, a
Deus em oração, agradecendo-o por aquele momento, e intercede não só por
Israel, mas pelos gentios que, ouvindo acerca da intervenção divina na vida de
seu povo, para ali acorreriam.
5. Leitura da Palavra. Após o cativeiro
babilônico, já no tempo de Esdras e Neemias, a Palavra de Deus começou a ser
lida publicamente como parte da liturgia do culto (Ne 8.1-8). Nesse período, os
sacerdotes puseram-se também a explicar a Lei ao povo de Deus. Antes disso, a
leitura das Escrituras limitava-se aos montes Gerizim e Ebal (Dt 29.11).
6. Bênção. O culto levítico era
encerrado com a bênção araônica (Nm 22.6). Ao serem assim abençoados, os filhos
de Israel conscientizavam-se de que eram propriedade particular do
Senhor.
ANDRADE,
Claudionor de. Adoração,
Santidade e Serviço: Os
Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018.
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
O que é o culto
divino? Não é fácil responder a essa pergunta, pois, no ato da adoração ao Deus
Único e Verdadeiro, temos de evitar dois extremos: a informalidade profana e
indecente, e o ritualismo que mata o genuíno culto bíblico. Por esse motivo, o
Senhor deixou à congregação israelita, nos Livros de Êxodo e de Levítico,
ordenanças e instruções quanto à essência de seu culto. Tendo como exemplo a
consagração do Santo Templo, em Jerusalém, mostraremos, nesta lição, a beleza e
a glória do culto levítico. Que a nossa adoração a Deus conte, igualmente, com
a presença do Espírito Santo em todos os atos. Sem a glória de Deus, nenhum
culto tem validade.
De todos os aspectos da vida da igreja cristã, o
culto é o mais importante. É no culto que a presença atuante de Deus se
focaliza, instruindo, corrigindo, consolando e transformando vidas, já que o
Senhor habita não somente no corpo físico do crente (1Co 6.19), mas também (e
especialmente) na comunidade dos salvos que se une para servir e adorar (1Co 3.16,17; Ef 2.21,22; 1Pe 2.5). Como
deve ser a liturgia do culto? Será que Deus está recebendo a adoração que
oferecemos? Podemos adorar de qualquer maneira, ou como sentimos no ‘coração’?
A Bíblia indica que, em nosso culto coletivo, os crentes deveriam fazer apenas
aquelas coisas que Deus positivamente exige de nós, seja por mandamento ou por
inferência. Somente Deus tem o direito de determinar como ele deve ser adorado
(Lv 10.1-3; Jo 4.20-26; 1Co 14). O segundo mandamento proíbe não apenas adorar
outros além do único Deus verdadeiro, mas também adorar o Deus verdadeiro de um
modo que ele não ordenou (Êx 20.2-6). É no culto que o nome de Deus é exaltado
em cânticos e orações, com a força que decorre da união de vozes, pensamentos e
corações: “Engrandecei o Senhor comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome”
(Sl 34.3).
“Levítico é dedicado à adoração de Deus pelo povo
resgatado, como se vê pela frequente ocorrência das palavras relacionadas com
santidade e sacrifício. As cinco ofertas são descritas nos capítulos 1 a 7 e
explicam tudo que foi realizado no calvário. Não há nenhum livro do Velho
Testamento que nos faça melhor compreender o novo que o de Levítico. Não há em
toda a Bíblia nenhum livro que nos conduza mais diretamente à cruz que o de
Levítico. Ele é o “Evangelho do Velho Testamento”. Se quiser perceber, do modo
mais claro possível, a relação vital entre o velho e o novo Testamento, estude
esse livro. Se quiser adquirir um sentimento mais profundo de horror ao pecado
e entender a sua hediondez, estude Levítico. Se desejar entender mais
enfaticamente a necessidade da cruz, estude Levítico. Se desejar adquirir uma
apreciação mais profunda da santidade, da misericórdia e da graça de Deus,
então comece a estudar os fatos a respeito das cinco ofertas. O livro começa
com a voz do Senhor chamando Moisés da Tenda da Congregação Lv 1.1. Todas as
ofertas foram ordenadas ainda que eram voluntárias. As cinco ofertas em ordem:
1 – O Holocausto. Com sangue, Lv 1.1-17 e 6.8-13.
2 – A Oferta de Manjares. Sem sangue, Lv. 2.1-16 e 6.14-23.
3 – A Oferta Pacífica. Com sangue, Lv. 3.1-17 e 7.11-34.
4 – A Oferta pelo Pecado. Com sangue, Lv. 4.1-35.
5 – A oferta pela Culpa. Com sangue, Lv 5.14-19.” (O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO - Pr. Ananias
Cândido Diniz. Disponível em:https://facteologia.webnode.com.br/estudos-biblicos/o%20culto%20no%20antigo%20testamento%20-%20pr-%20ananias%20c%C3%A2ndido%20diniz/. Acesso em: 3 Jul, 2018).
I. O CULTO
NO ANTIGO TESTAMENTO
Vejamos o que é o culto divino e o seu
desenvolvimento na era patriarcal, no período de Moisés, no tempo de Davi e de
Salomão, e após o Cativeiro babilônico.
1. Definição. O culto divino é o serviço amoroso, voluntário e exclusivo
que Deus requer de cada uma de suas criaturas morais (anjos e homens), mui particularmente
de Israel, no Antigo Testamento, e, agora, da Igreja, para que todos, em todos
os lugares e tempos, glorifiquem-no como o Criador, Senhor e Mantenedor de
todas as coisas (SI 100.1; Ap 14. 7).
Culto é homenagem ao que se considera divino ou sagrado; é o
conjunto de atitudes e ritos pelos quais se adora uma divindade. O culto é a
invocação a Deus, feita por seu povo, a fim de glorificar ao próprio Deus. O
culto é a resposta reverente e adoradora que só se torna possível pela graça de
Deus, que nos dá vida (Jo 10.10; Ef 2.1,5; Cl 2.13), capacitando-nos para esse
evento.
“O culto levítico era bem elaborado. Seus gestos
e sons constituíam-se num espetáculo de raríssima beleza. Haja vista a
observação da rainha de Sabá ao visitar o rei Salomão. A soberana enalteceu a
Jeová diante da postura dos israelitas na Casa de Deus (1Rs 10.5).
Os ministros do altar não poupavam
esforços nem minúcias na condução do culto. Tudo tinha de sair perfeito; nenhum
detalhe haveria de ser esquecido. A apresentação do sumo sacerdote, dos
ministros da música e dos demais levitas não contemplava a menor hipótese de
falha. Nos sacrifícios e oferendas, redobrados desvelos. A atenção sacerdotal
perseguia o menor descuido. Era uma liturgia sublimada.
Na inauguração do Santo Templo,
tamanha foi a majestade divina a baixar no santuário, que o cronista
simplesmente registrou: “E os sacerdotes não podiam entrar na casa do Senhor,
porque a glória do Senhor tinha enchido a sua casa” (2Cr 7.2).” (O culto cristão e a liturgia. Disponível
em: http://www.cacp.org.br/o-culto-cristao-e-a-liturgia/. Acesso em: 3 Jul, 2018)
2. Na era patriarcal. O primeiro grande patriarca a prestar culto a Deus foi Noé
(Gn 8.20). Abraão, Isaque e Jacó também construíram altares para adorar ao
Senhor, que os chamara a constituir a nação profética, sacerdotal e real por
excelência (Gn 12.7; 26.25; 35-1-7).
Gênesis 4.3 e 4 traz a primeira referência a um ato
de culto, com Caim e Abel, em borá não explique porque os rituais tiveram
início. Na época de Noé, o sacrifício de animais devia ter sido reconhecido
como a forma aceitável de culto (Gn 8.20). O culto dos patriarcas era diferente
do de seus vizinhos pagãos, porque era baseado não em ritos agrícolas ou de
fertilidade, mas em visitas de Deus aos patriarcas. Eles edificaram os seus
altares e lugares de culto onde Deus se fazia presente (Gn 12.7; 28.18; Êx
17.15). A promessa de Deus a Abraão foi repetida a Isaque, e ele reagiu de
maneira semelhante, em Gênesis 26.24,25. A visão que Jacó teve de Deus levou-o
a dar, ao lugar do encontro, o nome de “Betel” (casa de Deus) e a fazer o seu
voto memorável. Depois da reconciliação de Jacó com Esaú, Deus chamou aquele
para fazer um altar e executar um ritual de purificação e troca de vestes (Gn
35.1-4). Este acontecimento revela o aspecto familiar do culto nesse período.
Embora pareça primitivo, o culto entre os patriarcas era pessoal e familiar, e
estava ligado, inseparavelmente, com um comportamento reto diante de Deus.
Esses homens criam que Deus lhes estava muito próximo e era mui real (Gn 18.1).
3. No período de Moisés. Deus, através de Moisés, entregou ao seu povo leis e
instruções para que o seu culto passasse da informalidade a uma etapa mais teológica,
litúrgica e congregacional (Êx 12.21-26). A partir daí, estabeleceram-se as
festividades sagradas como a Páscoa e o Dia da Expiação (Êx 12.14,20; Lv
23.27,28). Agora, não somente as famílias, mas todo o povo é intimado a cultuar
ao Senhor.
“2. Do Egito a Canaã. Esse senso de percepção
imediata da presença de Deus é mostrado na experiência de Moisés com um arbusto
em fogo — a sarça ardente (Êx 3.1-6). Ela o preparou para a sua confrontação
com Faraó, e o culto foi a base de sua exigência de que os israelitas fossem
libertos (Êx 5.1-3). A apoteótica experiência de libertação da escravidão
egípcia foi celebrada na Festa da Páscoa (Êx 12.11; 34.25). Ela também era
conhecida como Festa dos Pães Asmos, e tornou-se o mais importante dos
festivais de Israel. Embora ela possa ser relacionada com observâncias
pré-israelitas, a sua relação com o ato de Deus no Egito tomou-a central no
culto a Yahweh. Sabemos muito mais a respeito de sua celebração da parte do
Novo Testamento do que do Velho. Depois de atravessar o Mar Vermelho, Moisés e
o povo de Israel cantou ao Senhor o cântico que consta em Êxodo 15.1-19. Era
característico de Israel prestar louvor a Deus por seus atos poderosos. Eles
não apenas cantaram, mas Miriã tomou o seu pandeiro e liderou as mulheres na
dança. O período em que o povo de Deus ficou acampado nas cercanias do Monte
Sinai foi também ocasião de memoráveis experiências de culto. O povo foi
instruído a lavar as suas vestes e a evitar, a qualquer custo, qualquer contato
com a montanha, depois que Moisés o consagrou (Êx 19.10-14). E, então, eles
tremeram diante da dramática demonstração da presença de Deus antes de o
Decálogo ser dado a Moisés. Depois disso, atos pactuais de culto foram
executados (Êx 24.3-8). Antes de o povo deixar as fraldas do Sinai, o Senhor
instruiu Moisés para fazer com que eles lhe construíssem “um santuário, para
que eu habite no meio deles” (Êx 25.8), conforme disse. Essa tenda grande com o
seu mobiliário são descritos em Êxodo 25 a 27. Este consistia em altares para ofertas
queimadas e para incenso, entre outras coisas, mas o seu objeto mais
reverenciado era a arca do pacto, que ficava em um compartimento separado da
tenda, chamado o santo dos santos. Essa caixa coberta de ouro provavelmente
continha o Decálogo ou alguma outra lista de requerimentos do pacto. Em cada
ponta de sua tampa de ouro sólido ficava um querubim, com suas asas estendidas
para o outro, e, entre os querubins, ficava o propiciatório, e o lugar de
habitação de Yahweh ficava acima desse propiciatório. Sacrifícios, ofertas e
observâncias dos tempos mosaicos são descritos em Êxodo 29.38-31.17. Depois que
o tabernáculo havia sido edificado, tornou-se centro também de comunhão
individual com Deus (Êx 33.7-11), bem como o foco nacional de culto. De acordo com
o livro de Números, os homens da tribo de Levi foram escolhidos “para fazerem o
serviço da tenda da revelação (8.15). Desta forma, o culto israelita foi uma
questão de desenvolvimento, de acordo com a necessidade e com as ordens
divinas. A entrada de Israel em Canaã e a queda de Jericó podem ser
consideradas como pompa religiosa, tanto quanto procissões militares. Quando
Israel se acampou em Gilgal, na margem oriental do Jordão, doze pedras de
memorial foram carregadas do leito do Jordão, para lembrar, aos seus filhos,
que Deus carregara o seu povo através do Jordão, como o fizera através do Mar
Vermelho, “para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é
forte” (Js 4.24). Ê provável que Gilgal tenha sido o lugar do primeiro ato de
culto de Israel na Terra Prometida. Desta forma, esse local tomou-se um
santuário importante; muitos anos mais tarde, Saul foi coroado ali. Ã medida
que conquistou a terra, Israel também capturou os santuários dos cananeus. Cada
aldeia, por menor que fosse, tinha o seu “lugar alto”. Outros santuários
notáveis, desse período, foram Dã, Berseba, Siquém e Siló. As práticas pagãs
começaram a influenciar tanto o culto quanto a moralidade dos israelitas, mas,
depois da terceira distribuição do território conquistado, o povo “se reuniu em
Siló, e ali armou a tenda da revelação” (Js 18.1)”. (Adoração e Culto
segundo Deus. Disponível em: http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul, 2018).
4. No tempo de Davi e
Salomão. Até a ascensão de
Davi, como rei de Israel, a música não era utilizada no culto divino. O cântico
de Miriã e o de Débora constituíam manifestações espontâneas que precederam a
inserção da música na liturgia do Santo Templo (Êx 15.20,21; Jz cap. 5). Mas,
com o rei Davi, que também era profeta, salmista e músico, a celebração oficial
ao Senhor foi enriquecida com a formação de coros e instrumentos musicais (l Cr
15.16). Buscando sempre a excelência do culto divino, o rei Davi inventou e
fabricou diversos instrumentos musicais (l Cr 23.5; 2 Cr 7.6). Salomão
dedicou-se igualmente ao enriquecimento litúrgico e musical na adoração divina
(2 Cr 5.1-14). No auge do Santo Templo, a Liturgia hebréia impressionava por
sua beleza e arte (2 Cr 5.13). Ezequias também destaca-se pelo zelo ao culto do
Senhor (2 Cr 29.26-28).
“3. O Culto nos Primórdios da Monarquia. A contenda
com os pagãos foi difícil, tanto em termos de política quanto de religião. O
livro de Juizes revela o quanto o culto a Baal minou a fé e o comportamento
israelita. Na época de Samuel, a arca do pacto foi usada em vão, como fetiche,
na tentativa de Israel de derrotar os filisteus. Quanto a arca foi capturada,
Siló perdeu o seu significado como santuário de Deus. Culto regular em um lugar
central não é mencionado desde Josué até I Samuel. E, então, em II Samuel,
começou um reavivamento do culto a Yahweh, sob a direção de Davi. Ele levou a
arca para Jerusalém (II Sm 6.15) e colocou-a em uma tenda especial. Mais tarde,
ele comprou a eira de Omâ, como local para edificar um altar a Deus — e mais
tarde o Templo de Salomão. Alguns eruditos acham que Davi combinou várias
tradições religiosas para ajudar a fé de Israel a falar à sua época. Seja o que
for que tenha acontecido, “ele elaborou os princípios, o espírito e algumas das
formas” (Davies, p. 880) e foi o principal responsável pelo desenvolvimento da
música no culto israelita (II Sm 6.5; I Cr 24-26) — desenvolvimento este de
tremendo potencial espiritual.” (Adoração e Culto segundo Deus.
Disponível em:http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul, 2018).
5. Após o cativeiro
babilônico. Em 586 a.C., os
judeus foram levados em cativeiro à Babilônia, onde permaneceram 70 anos (Jr
25.11,12). Nesse período, pelo que inferimos do Salmo 137, a adoração divina
foi praticamente esquecida. Mas, com o retorno a Jerusalém, os repatriados,
incentivados por Esdras e Neemias, reavivaram o culto levítico (Ne 12.22-30).
“Durante os anos do cativeiro, pararam os rituais
sacrificiais. As festas regulares não puderam ser celebradas, mas um estudioso
sugeriu que as suas estações podem ter sido comemoradas como memoriais, quando
as misericórdias de Deus eram renovadas e as suas esperanças reacendidas para o
futuro. O sábado tornou-se o principal dia de culto regular. Foi também durante
esse período que a sinagoga pode ter começado, como substituta do Templo e como
centro local de estudo e culto. Privado do culto no Templo, o povo apegou-se,
cada vez mais à lei de Deus, de que era o único guardião. Como lugar de leitura
e estudo da lei, a sinagoga era primariamente uma instituição de ensino. Mas o
culto ali consistia de oração, leitura da Lei e dos Profetas, cântico de Salmos
e ensino. Podemos presumir com certeza que o culto na sinagoga refletia bem,
como contribuía para o intenso espírito de nacionalismo, zelo extremo pelas
interpretações rabínicas da Lei, crescente expectativa escatológica e conceitos
de devoção religiosa mais cerimoniais do que morais — características estas que
expressavam um judaísmo em desenvolvimento. A literatura do período vetero-
testamentário e suas implicações, verificadas claramente no ensino de Jesus,
expressavam estas características do culto desse período. Depois do exílio, o
povo, que havia conservado as suas características através das décadas de
cativeiro estrangeiro, continuou a observar as festas principais, mas fez
algumas modificações nos padrões de culto. Os profetas cúlticos provavelmente
tornaram-se os corais de cantores do Templo, que usaram diferentes coleções de
salmos. A Festa dos Tabernáculos foi aumentada e dividida em três festivais:
Dia do Ano Novo, Dia da Expiação e Festa dos Tabernáculos. Presumimos que o
segundo Templo não se comparava com o de Salomão em tamanho e beleza (Ag. 2:3),
mas levou vários anos para ser construído e durou cerca de cinco séculos.
Embora o seu santo dos santos não contivesse mais a arca, o Templo ainda era o
centro de culto de Israel e o símbolo de sua dedicação a Deus.” (Adoração
e Culto segundo Deus. Disponível em: http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul, 2018).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Culto
“1.
Definição etimológica e antropológica. A palavra culto é originária do
vocábulo latino ‘culto’, e significa adoração ou homenagem que se presta ao Supremo
Ser. No grego, temos duas palavras para culto: ‘latréia’, significando
adoração; e ‘proskuneo’, reverenciar, prestar obediência, render
homenagem.
2. Definição teológica. O
culto é o momento da adoração que tributamos a Deus; marca o encontro do Supremo
Ser com os seus adoradores. Eis porque, durante o seu transcurso, cada membro
da congregação deve sentir-se e agir com o integrante dessa comunidade de
adoração — a Igreja de Cristo.
Se
o culto aos ídolos induz o ser humano às mais abjetas práticas, a adoração
cristã enleva-nos ao coração do Criador. O teólogo Karl Barth via o culto
cristão como ‘o ato mais importante, mais relevante e mais glorioso na vida do
homem’” (ANDRADE, Claudionor. As Disciplinas da Vida Cristã: Como
alcançar a verdadeira espiritualidade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008,
pp. 58,59).
II. ELEMENTOS
DO CULTO LEVÍTICO
A fim de mostrarmos a beleza e a glória do
culto divino no Antigo Testamento, tomemos como exemplo a consagração do Santo
Templo, pelo rei Salomão, em Jerusalém.
1. Sacrifícios. O culto inaugural do Santo Templo, que teve início com a
chegada da Arca Sagrada, foi marcado por uma grande quantidade de sacrifícios
de animais (1Rs 8.5) - Cf. Levítico cap. 1. De forma sem igual, o rei Salomão e
todo o Israel demonstraram sua ação de graças ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
O holocausto (‘Olah em hebraico, cujo significado é
‘elevar fumaça’ ou ‘totalmente queimado’), é a oferta por excelência, de onde
todas as demais são decorrência. O holocausto significa dedicação integral
(alma e corpo) a Deus, e tipifica a pessoa e obra de Cristo, ao se oferecer
imaculado a Deus, a fim de cumprir completamente a vontade do Pai (veja Hb
9.14;Fp 2.6-8). O Templo de Salomão, o Primeiro Templo, destruído em 587 a. C.
por Nabucodonosor II; fato narrado pelo historiador judeu Flávio Josefo que
escreveu: "o templo foi queimado 470 anos, 6 meses e 10 dias depois de
ter sido construído" [Josephus, Jew. Ant. 10.8.5]. Em sua inauguração,
muitos sacrifícios pacíficos foram oferecidos, a tal ponto que foi necessário
usar o átrio do templo porque o altar não comportava tudo. As festas duraram
duas semanas, incluindo a festa dos tabernáculos, terminadas as quais o povo
voltou feliz para casa.
2. Cânticos. Em seguida, os cantores e músicos puseram-se a louvar ao
Senhor, entoando provavelmente os cânticos que Davi e outros salmistas haviam
composto (2 Cr 5.12,13).
“Acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e
consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa. E
os sacerdotes não podiam entrar na Casa do SENHOR, porque a glória do SENHOR
tinha enchido a Casa do SENHOR. E todos os filhos de Israel, vendo descer o
fogo e a glória do SENHOR sobre a casa, encurvaram-se com o rosto em terra
sobre o pavimento, e adoraram, e louvaram o SENHOR, porque é bom, porque a sua
benignidade dura para sempre” (2Cr.7.1-3). Levando ao templo a arca da
aliança, Salomão fez como seu pai Davi: a cada seis passos oferecia
sacrifícios; e com canto e música e com grande cerimônia, ‘trouxeram os
sacerdotes a arca do concerto do Senhor ao seu lugar, ao oráculo da casa, à
santidade das santidades’ (2Cr 5.7). Dentro do Templo, os cantores tomaram
os lugares que lhes eram designados – “levitas vestidos de linho branco, com
címbalos, e com alaúdes, e com harpas – permaneceram de pé para o oriente do
altar, e com eles até cento e vinte sacerdotes que tocavam as trombetas”
(2Cr 5.12).
3. Exposição da Palavra. Logo após. Salomão dirigiu-se ao povo, fazendo uma síntese da
História Sagrada até aquele instante. Ele mostra a clara intervenção de Deus em
cada etapa da existência de Israel (2 Cr 6.1-13).
Salomão toma a palavra e discursa dirigindo-se à
multidão. O que Salomão disse sobre a presença de Deus na escuridão foi o
prefácio do seu discurso de consagração. O coração do rei estava repleto
naquele dia. Todas as suas esperanças haviam sido realizadas. Deus desceu para
morar na casa que Salomão havia construído. Salomão discursa sobre a aliança,
as promessas de Deus, Sua fidelidade, abençoa todo o povo, exalta e agradece a
Deus.
4. Oração. O rei dirige-se, agora, a Deus em oração, agradecendo-o por
aquele momento, e intercede não só por Israel, mas pêlos gentios que, ouvindo
acerca da intervenção divina na vida de seu povo, para ali acorreriam (2 Cr
6.32,33).
“A oração de Salomão apresenta três divisões
facilmente identificáveis:
1. Um apelo geral para que DEUS honrasse sua palavra
a Davi e ouvisse a oração de seu servo, Salomão (vv. 22-30).
2. Sete petições especiais (vv. 31-50). Essas
petições foram expressas mediante paralelismos poéticos. Suas colocações foram
colocadas de um modo condicional, contrapondo-se o vocábulo ‘quando’ (ou ‘se’)
à palavra ‘então’.
Quando um homem for obrigado a prestar algum
juramento, então ouve do céu e age (vv.31,32).
Quando o povo de Israel confessar o seu pecado,
então ouve do céu e perdoa o seu pecado (vv. 31,32).
Quando se converterem do seu mau caminho, porque os
afligiste, então ouve do céu e perdoa-lhes o pecado (vv. 35,36).
Quando o povo enfrentar fome, ou praga, e voltar-se
para ti em oração, então retribui a cada um segundo o seu coração (vv. 37-40).
Quando chegar um estrangeiro e orar voltado para o
templo, por causa do teu grande nome, então faze tudo o que ele clamar a ti
(vv. 41-43).
Quando enviares o teu povo à guerra, e eles orarem,
então ouve do céu e sustenta a causa deles (vv. 44,45).
Quando forem levados em cativeiro, se abandonarem o
seu pecado e orarem, então ouve a sua oração e perdoa-lhes o pecado (46-51).
3. Um apelo final, solicitando o cuidado especial de
DEUS sobre o povo que escolhera para que fosse seu, entre todos os povos da
terra (51-53).
Digno de destaque na oração de Salomão é sua
consciência de que as bênçãos e as provisões de DEUS estão relacionadas a ações
concretas no sentido de satisfazer aos requisitos e condições divinos. Esquecer
esse fato é orar em vão.
O versículo 27, ao reconhecer a onipresença de DEUS
como o faz revela a percepção que Salomão tinha da grandeza e infinidade
divinas, certamente um ingrediente vital na oração eficaz. Quão completamente
gratificante é abandonarmos nossas limitações humanas e nos voltarmos para o
DEUS Todo-Poderoso! Pois não há quem se iguale àquEle que é, ao mesmo tempo,
infinito e eterno, que não pode ser contido numa mera casa terrestre, e
tampouco no Céu dos céus. Nosso DEUS não habita nos espaços limitados do tempo,
nem está subordinado à sucessão infinita dos anos. Quão grande é o
Senhor!” (BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da
Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007, pp. 143-4).
5. Leitura da Palavra. Após o cativeiro babilônico, já no tempo de Esdras e
Neemias, a Palavra de Deus começou a ser lida publicamente como parte da
liturgia do culto (Ne 8.1-8). Nesse período, os sacerdotes puseram-se também a
explicar a Lei ao povo de Deus. Antes disso, a leitura das Escrituras
limitava-se aos montes Gerizim e Ebal (Dt 29).
O tópico pode dar a falsa idéia de que o Livro da
Lei passou a ser lido publicamente somente depois de Esdras e Neemias, o que
não é verdade. O Pr Esequias Soares assevera: “A lei foi dada a Israel como
legislação para o povo antes de conquistar a terra de Canaã. Inúmeros preceitos
permanecem ainda hoje na legislação de praticamente todos os países do planeta.
Sua origem divina é indiscutível, pois aparece no relato dessa comunicação de
Deus a Moisés desde Êxodo 20.1 até Levítico 27.34. Além disso, a Bíblia declara
esse fato de maneira direta. O presente trabalho tem por objetivo ajudar o povo
de Deus a distinguir entre lei e evangelho, lembrando que os Dez Mandamentos
não são a lei, mas parte dela, que introduz o sistema legal de Moisés. O
Decálogo é o exemplo mais conhecido da forma categórica ou absoluta que se
caracteriza pelo comando absoluto, geralmente pelo uso da segunda pessoa do
singular no futuro ou no imperativo, e algumas vezes no plural. Isso aparece
nos mandamentos negativos ou positivos. O mandamento com o verbo no particípio
hebraico também é considerado categórico ou absoluto por muitos, como em: “Quem
derramar o sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado” (Gn 9.6); ou:
“Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá” (Êx 21.12). As
expressões “quem derramar” e “quem ferir” estão no particípio, na língua
original. Mas há quem afirme que a referida forma é casuística.” (Esequias
Soares. Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante
Mudança. Editora CPAD. pag. 11, 14).
6. Bênção. O culto levítico era encerrado com a bênção araônica (Nm
6.22-26). Ao serem assim abençoados, os filhos de Israel conscientizavam-se de
que eram propriedade particular do Senhor (Êx 19-5).
“O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça
resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre
ti levante o seu rosto e te dê a paz” (Nm 6.24-26). “Bênção sacerdotal” ou
“bênção Arônica” é a bênção que os sacerdotes impetravam sobre o povo de Israel
conforme ordenou o Senhor. Foi especificada pelo próprio Deus que ordenou que
Moisés instruísse Arão e seus filhos sobre o modo correto de como deveriam
proceder ao abençoar o povo (Nm 6.22,23).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Há
muito tempo que os estudiosos se empenham em achar a ideia controladora por
trás dos sacrifícios religiosos. Alguns sugerem que seja comunhão, ato
simbolizado pela refeição comum. Outros enfatizam a propiciação, a substituição
ou a gratidão festiva. É óbvio que o sacrifício é algo multifacetado da mesma maneira
que é a relação do homem com Deus. Envolve comunhão, mas comunhão com Deus que
implica em proposição, gratidão e petição. Assim, nossa atenção é remetida novamente
à ideia de proximidade e intimidade com Deus. Tudo que diz respeito a aproximar-se
de Deus está implícito no sacrifício. Este conceito explica as cinco variedades
de ofertas: holocausto, oferta de manjares, oferta de paz, oferta pelo pecado e
oferta pela culpa. Cada oferta fala de uma faceta diferente da proximidade com
Deus.
Levítico
toma por certo que quando os homens se achegam a Deus, eles não devem ir de
mãos vazias. Há algo sobre a relação que torna correto e apropriado os homens levarem
uma oferta. Desde os tempos do Novo Testamento é fácil esquecer esta verdade.
Mas sempre temos de nos lembrar de que, embora os crentes possam se aproximar
de Deus com ousadia, eles não devem ir de mãos vazias. Sob o antigo concerto, os
adoradores iam com dádivas próprias. Hoje, os crentes vão com a própria Dádiva
de Deus, seu Filho Jesus, como base de aproximação e intimidade dos adoradores
com Deus” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, p. 259).
III. FINALIDADE
DO CULTO LEVÍTICO
O culto levítico, no Antigo Testamento, tinha
quatro finalidades básicas: adorar a Deus, reafirmar as alianças divinas,
professar o credo mosaico e aguardar o Messias. Era uma celebração teológica e
messiânica.
1. Adorar ao Único e Verdadeiro
Deus. Ao reunir-se para adorar a Deus,
a comunidade de Israel demonstrava duas coisas: a aceitação do Único e
Verdadeiro Deus e a rejeição dos deuses pagãos (Lv 19-4; SI 86.10; 97.9).
Enfim, o culto afastava os israelitas da idolatria e aprofundava sua comunhão com
o Senhor (5196.5). Esse era o teor dos cânticos congregacionais do Santo
Templo. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
O culto era centralizado em Deus, que reivindica e
espera isso de Seu povo. Honramos ao Senhor quando O adoramos pelo que Ele é.
Deus não está limitado a experiências humanas, as quais não podem determinar ou
governar o tipo de liturgia do culto prestado ao Senhor. O Salmo 93 diz que Ele
está revestido de majestade. Deus é glorioso, é sublime, é belo na Sua
santidade. Devemos adorá-Lo no Seu esplendor e na Sua beleza. É com essa
concepção que devemos adorar ao Senhor. O culto no AT é a resposta da criatura:
- à glória do Criador revelada (Sl
19).Deus é o Altíssimo (Sl 83.12), o Deus que vê (Gn 16.13), escudo (Sl 84.11);
-aos atos salvíficos de Deus (Êx 15;Sl 105);
-à ação bondosa de seu Criador (Mq 6.8;Is 1.13-17; Lv
10.1,2). (O culto no Antigo Testamento. Disponível em: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-culto-no-antigo-testamento/. Acesso em: 3 Jul, 2018)
2. Reafirmar as alianças
antigas. No culto Levítico,
os filhos de Israel professavam as alianças que o Senhor firmara com Abraão,
Isaque, Jacó e Davi (Lv 26.9,45). Já em seus cânticos, reafirmavam a fé na
presença de Deus em sua vida familiar e comunal (SI 47.9), como mostra o Salmo
105.
Instrução (Gn 4.7; Dt 31.9-13; 2Cr 34.30; Ne 8.8).
Este é o meio pelo qual Deus revela Sua vontade. A pregação não pode ser
relegada aos momentos finais do culto. Ela não é matéria para ser apenas
descrita ou comentada, mas deve ser explicada (Ne 8.3, 7- 8, 12). Deus fala, o
homem se cala, medita e responde. Com a pregação fiel e revestida de autoridade
da Palavra, Deus é honrado e glorificado, os descrentes são desafiados, os
crentes são edificados e a igreja é fortalecida. A adoração genuína também deve
ser fruto de um correto entendimento da lei, justiça e misericórdia de Deus,
reconhecendo-O assim como Ele Se revela nas Escrituras. Sem a Palavra não há
adoração e não importa quão emocionantes sejam os demais atos do culto. (O
culto no Antigo Testamento. Disponível em:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-culto-no-antigo-testamento/. Acesso em: 3 Jul, 2018)
3. Professar o credo
divino. Em seus cultos, os
israelitas, guiados pelo ministério levítico, professavam o seu credo:
"Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt 6.4).
Nesta sentença resume-se toda a teologia do Antigo Testamento. Que a Igreja de
Cristo recite a doutrina divina.
Shemá Israel (em hebraico שמע ישראל; "Ouça
Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a
profissão de fé central do monoteísmo judaico (Devarim / Deuteronômio 6:4-9) [WIKPÉDIA], tornou-se a grande confissão de fé monoteísta de Israel,
sendo recitada todas as manhãs e finais de tarde pelos judeus (cf Mc 12.29).
“O monoteísmo – a crença em somente um Deus – era
uma característica distintiva da religião hebraica. Muitas religiões antigas
acreditavam em muitos deuses. … Este era um importante entendimento para a
nação judaica porque eles estavam prestes a entrar em uma terra habitada por
muitas pessoas que acreditavam em muitos deuses” (Life Application Study
Bible)
4. Aguardar o Messias. No livro de Salmos, há uma elevada cristologia, que
descreve a paixão, a morte, a ressurreição e a glorificação do Senhor Jesus
Cristo como Rei dos reis (SI 22.1-19; 16.10; 110.1-4; 2.1-8). Um israelita
crente, e predisposto a servir a Deus, jamais seria surpreendido com a chegada
do Messias, pois o culto Levítico era essencial e tipologicamente cristológico
(Lc 2.25-35).
Antes da vinda de Cristo, aprouve a Deus ordenar a
Seu povo que O servisse por meio do sistema altamente elaborado do culto
oficiado por levitas e sacerdotes no Tabernáculo, e posteriormente no Templo. A
tipologia de Jesus no livro de Levítico está nas cinco ofertas e nas Festas
Judaicas do Lv. 23. Ali, Deus, deu as instruções sobre o cerimonial de Levítico
que representa todos os detalhes da obra de Jesus Cristo na cruz. Sabemos pelo
Novo Testamento que após o único e definitivo sacrifício de Cristo (Hb 10:12),
oferecendo a Si mesmo pelos pecados do Seu povo (Hb 7:27), efetuando uma eterna
redenção, por seu próprio sangue (Hb 9:12), tais ofertas não devem mais ser
oferecidas literalmente. Elas eram apenas sombras da realidade que viria em
Cristo (Cl 2:17).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O
capítulo 9 de Levítico é um referencial da adoração no Antigo Testamento. Registra
os primeiros sacrifícios públicos de Israel sob o regime do sacerdócio
levítico. No capítulo 8, os sacrifícios foram oferecidos na ordenação de Arão e
seus filhos, mas o povo ficou só observando; não participou. Agora, os
sacerdotes começam de fato o ministério de mediação. Este era um dia importante
para Israel. O Senhor apareceria para coroar a ocasião.
Para
preparar o aparecimento de Deus, Arão ofereceu por si e seus filhos uma
expiação de pecado e um holocausto (7,8). A oferta pelo pecado de Arão era um
bezerro, e seu holocausto, um carneiro. Esta é a única ocasião na qual a legislação
sacrificial exigia um bezerro. Rashi comenta a respeito do bezerro: ‘Este
animal foi escolhido como oferta pelo pecado para anunciar ao sacerdote [Arão]
que o Santo, bendito seja Ele, lhe concedeu expiação por meio deste bezerro por
causa do incidente do bezerro de ouro anteriormente feito.
[...]
A conclusão adequada para este culto é a presença do Deus vivo manifesto em sua
glória ao povo. A palavra glória é termo particularmente bíblico. A ideia do
radical hebraico (kabed) é ‘ser pesado, ter peso, pesado’. A forma
substantivada é empregada no mundo antigo para aludir à aparência do esplendor
que acompanha um grande personagem. Brockington explica que, na Bíblia, glória
se refere ‘àquilo que os homens podem perceber, originalmente pela visão, da
presença de Deus na terra’. Note o uso do termo em Ezequiel 1. A palavra fala
das seguintes experiências em tempos e situações diversas: Israel no Sinai;
Salomão e o povo quando a Shequiná encheu a cada de Deus; Isaías no
Templo; os pastores nos arredores de Belém; e os discípulos no monte da Transfiguração”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, pp. 275, 276).
CONCLUSÃO
Os filhos de Israel não souberam cultuar a Deus
como Ele o requer de cada um de nós. Por isso, deixaram-se contaminar pelo
formalismo. Apesar de sua rica e significativa liturgia, adoravam a Deus apenas
com os lábios, pois o seu coração achava-se distante do Deus de Abraão (Is
29.13). Então, adoremos a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.24). Apresentemos
ao Senhor o nosso culto racional (Rm 12.1-3). Quando cultuamos verdadeiramente
a Deus, sua glória jamais nos faltará (Lv 9.23,24).
Nem toda adoração agrada a Deus. Há o perigo de
trazermos “fogo estranho” diante do altar e do trono do Senhor (Lv 10.1-2).
Esse “fogo estranho” consistia em contrariar os mandamentos divinos quanto à
adoração. Não apenas a adoração a falsos deuses é proibida nas Escrituras, mas
também a adoração ao verdadeiro Deus de maneira errada (Ml 1.7-10; Os 6.4-6; Am
5.21).
Somos uma geração centralizada no homem, mas a
igreja não pode tornar-se antropocêntrica. A distração e o entretenimento da
nossa era tecnológica não podem tornar-se o centro. Nosso desejo por santidade
deve ser maior que o nosso desejo por felicidade. O culto pode e deve, sim, ser
agradável às pessoas, mas com base na instrução bíblica apresentada e não no
grau de satisfação pessoal alcançado. Que possamos dizer: “Não a nós, Senhor,
não a nós, mas ao teu nome da glória” (Sl 115.1).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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