sexta-feira, 13 de outubro de 2017

LIÇÃO 3: A SALVAÇÃO E O ADVENTO DO SALVADOR


SUBSÍDIO I

“O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS”

Entre os títulos messiânicos da tradição veterotestamentária e interpretados como sendo de Jesus de Nazaré, um em particular recebe destaque: “Emanuel”, que, no hebraico, é a junção de dois termos: immánu, que significa “conosco” e El, que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”. O título foi uma apropriação teológica atribuída ao profeta Isaías, já que a expressão aparece em dois versículos e indiretamente em um versículo. Seguem: (1º) “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). (2º) “[...] e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele, e chegará até ao pescoço; e a extensão de suas asas encherá a largura da tua terra, ó Emanuel (Is 8.8)”. (3º) “Tomai juntamente conselho, e ele será dissipado; dizei a palavra, e ela não subsistirá, porque Deus é conosco” (Is 8.10).
O Emanuel é a garantia de que, assim como foi com o povo de Israel, Ele também está conosco, assim como Ele mesmo prometeu: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20). Assim se cumpre em nós a promessa messiânica de que Ele, de fato, estaria conosco. O apóstolo João escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O verbo “habitar” (armara sua tenda) utilizado por João tem o mesmo sentido que o Emanuel utilizado por Isaías, ou seja, Deus agora habita definitivamente entre seu povo através de Cristo e de seu sacrifício na cruz. “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm 8.11).
O apóstolo Paulo refere-se à encarnação de Cristo como “aquele que foi manifestado na carne” (1 Tm 3.16), como Ele sendo a “imagem de Deus” (2 Co 4.4), que realizou sua obra de reconciliação “no corpo da sua carne” (Cl 1.22) e que Deus condenou o pecado na carne (Rm 8.3). Pedro afirma que Cristo morreu por nós na carne (1 Pe 3.18; 4.1). Portanto, as escrituras estão repletas de confirmações de Jesus como Deus encarnado. João avisa que o espírito do Anticristo atua naqueles que negam que Cristo veio em carne (1 Jo 4.2; 2 Jo 7).
Quando Jesus tornou-se carne, Ele assumiu toda a humanidade com suas fragilidades próprias. E é por esse motivo que Ele chora em público (Jo 11.35), admite perdas e sente saudades (Jo 11.36), grita de dor (Mt 27.50), confessa tristeza de morte (Mt 26.38), sente-se cansado (Jo 4.6), tem sede (Jo 19.28), tem dificuldades familiares (Jo 7.3-5), é tido como louco (Mc 3.21) e sabe que a privacidade e a oração são uma necessidade de sobrevivência (Mc 1.35; 6.30-32,45,46; Lc 5.16). Assim sendo, sua encarnação não foi uma farsa, mas, sim, a realidade concreta de que o ser divino excelso escolheu sentir toda a dor, toda a aflição e toda a tentação humana para, dessa forma, socorrer-nos em nossas fraquezas (Hb 4.15) e dar-nos a salvação “enviando o seu próprio filho em semelhança da carne do pecado” (Rm 8.3), condenando o pecado que nos afligia na carne. A encarnação de Jesus é a afirmação verídica de que Ele tornou-se completamente homem, mas que, ao mesmo tempo, não deixou de ser completamente Deus (Jo 1.1-3; 10.30; Fp 2.6). Portanto, sem ter deixado de ser Deus, Deus tornou-se homem. 
A realidade de um Deus santo encarnar é completamente anormal e impossível — é um paradoxo. Por isso, Paul Tillich afirma que o “paradoxo cristológico [da encarnação] e o paradoxo da justificação do pecador são um único e mesmo paradoxo — o paradoxo do Deus que aceita um mundo que o rejeita”.2 Assim, diante da situação pecaminosa do homem e diante da necessidade de a expiação ser feita por um ser humano perfeito, somente uma solução foi possível: o Filho de Deus encarnar, ou seja, deixar sua glória e majestade e tornar-se como um ser humano comum e sujeito às mesmas falhas e erros, mas sem pecado (Lv 4.3; Hb 4.15). Para o plano de salvação ser aceito por Deus, ele deveria ser executado por alguém que pudesse ser Deus e homem ao mesmo tempo na função de mediador (1 Tm 2.5), alguém que pudesse colocar-se entre Deus e a criatura pecadora e sem esperança; para ser mediador, teria que ser Deus; para representar a humanidade, teria que ser homem. Somente Jesus poderia preencher esses requisitos em sua automanifestação divina, demonstrando o paradoxo de que aquEle que transcende o universo aparece no universo e está sujeito às suas condições limitantes por decisão própria, embora, a qualquer momento, pudesse utilizar seus atributos divinos incomunicáveis (Mc 4.39).
Para Jesus cumprir a penalidade humana, Ele teria que morrer. Para morrer, Ele teria que ter um corpo (Jo 1.14). Assim, conforme afirma a Confissão de Fé das Assembleias de Deus:
A encarnação do Senhor Jesus fez-se necessária para satisfazer a justiça de Deus: o pecado entrou no mundo por um homem, Adão, assim, tinha de ser vencido por um homem, Jesus. Em sua natureza humana, Jesus participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual.
As duas naturezas de Jesus permaneceram inalteradas em sua essência; são revestidas de seus atributos inerentes e apresentam Jesus como uma única pessoa indivisível na qual as duas naturezas estão unidas, constituindo uma pessoa com uma só vontade e consciência. Essa união somente é possível por causa do parentesco do homem com Deus, ou seja, Deus soprou no homem o seu próprio fôlego de vida, instilando nele a sua essência e semelhança. Ele não podia tornar-se árvore ou pedra, mas podia ser homem, pois foi feito à sua imagem. Assim como a imagem de Deus foi aviltada no homem pelo pecado, “Cristo, a imagem perfeita de Deus segundo a qual o homem foi feito, restaura aquela imagem perdida, unindo-se à humanidade e enchendo-a de vida e amor divinos.”8 A possibilidade da restauração da imagem de Deus, corrompida radicalmente pelo pecado, é dada a nós novamente naquEle que refletiu a perfeita imagem de Deus.
A plenitude da divindade (Cl 1.19; 2.9) encarnou em finitude humana na plenitude dos tempos (Gl 4.4). Isso torna possível que nós, simples mortais e sujeitos ao pecado, estejamos cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3.19) para refletir sua glória ao mundo através do amor com que nos amamos uns aos outros (Jo 13.35).
A encarnação foi a manifestação do Logos (Palavra) divino em Jesus como o Cristo. Por esse motivo, a Teologia cristã transcende outras teologias, pois “nenhum mito, nenhuma visão mística, nenhum princípio metafísico, nenhuma lei sagrada tem a concretude de uma vida pessoal [como a de Cristo]. Em comparação com uma vida pessoal, tudo o mais [outras teologias e religiões] é relativamente abstrato. E nenhum desses fundamentos relativamente abstratos da teologia tem a universalidade do Logos”.
A encarnação da Palavra em Jesus não era automática, mas, sim, fruto da obediência ao Pai em tudo. Jesus disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo” (Jo 5.30). Para obedecer à Palavra do Pai, Jesus teve que desobedecer às autoridades religiosas da época várias vezes. Ele teve momentos difíceis em que orava: “Afasta de mim este cálice!” (Mc 14.36). Teve que pedir a ajuda dos amigos (Mt 26.38,40). Teve que orar muito para poder vencer (Hb 5.7; Lc 22.41-46). Apesar de tudo, Ele venceu! Ele mesmo o confirma: “Eu venci o mundo!” (Jo 16.33). Como diz a carta aos Hebreus: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.7-8). 
Teologicamente, afirma-se que o nascimento de Jesus é a sua encarnação e que sua morte é a expiação dos pecados. Assim, a humilhação de Jesus tem início com o seu esvaziamento ao tomar a forma de servo (Fp 2.7-8), culminando com seu sofrimento na cruz. Portanto, sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos: a perseguição, o desprezo das autoridades, a discriminação (Jo 1.46), o silêncio diante de seus acusadores, os açoites impiedosos, o julgamento diante de Pilatos e Caifás e, por fim, a sua morte. Em Jesus, cumpriu-se cada detalhe do Servo Sofredor (Is 53) e, por esse motivo, devemos agir conforme o texto adiante.
E cabe a nós, igreja, anunciar ao mundo que em Cristo há um caminho para a salvação e para a vida abundante. Essa compreensão impele a igreja a um despertamento da necessidade de “sair para fora” e anunciar que há um juízo, mas que também há uma salvação em Cristo.10
Quando Jesus andou na terra, ofereceu-nos o melhor exemplo, pois assumiu a forma humana plena e conviveu humildemente com a fraqueza humana. Quando estava cansado, não sentiu vergonha de dormir na popa do barco. Ele sentiu fome, chorou diante da miséria humana, do sofrimento alheio e do seu próprio e tornou-se servo dos discípulos (Jo 13); na cruz, porém, deu o brado final “está consumado” para que hoje pudéssemos estar salvos. Dessa forma, devemos seguir o exemplo de humildade dEle e servir nossos irmãos.
As Boas-Novas do evangelho materializaram-se em Jesus no seu nascimento na Galileia. Sua obra salvadora foi profetizada em todo o Antigo Testamento e anunciada pelos anjos aos pastores, de forma que a abrangência de sua obra salvadora ecoa por todo o Universo. Dessa forma, basta-nos desfrutar dos benefícios de sua encarnação de maneira responsável e repartir essa benção infinita com o maior número possível de pessoas para que o Reino de Deus esteja entre os homens.

Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”, editada pela CPAD, 2017.

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Na aula de hoje estudaremos sobre o nascimento de Jesus, destacaremos que o milagre da encarnação foi singular, e trouxe implicações diretas para a vida dos cristãos. Inicialmente meditaremos a respeito do nascimento propriamente dito, e o contexto no qual ocorreu. Em seguida, nos voltaremos para aqueles que testemunharam essa ocorrência, notadamente os anjos e pastores. Ao final, faremos uma interpretação teológica, do significado desse episódio para história da humanidade.
                                                                                                       
1. O NASCIMENTO

Cesar Augusto era o governante da Palestina, talvez como político pensasse que estava no controle das situações. Mas Deus, em Sua soberania, estava regendo todas as coisas, usando inclusive o imperador para levar Maria e José até Belém, uma pequena cidade da Judeia que distava cerca de 130 quilômetros de Nazaré. Aquele casal, após receber a revelação do anjo, aprendeu a depender da orientação divina. Maria declarou: “que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (Lc. 1.38). O anjo Gabriel foi enviado a Nazaré, onde moravam José e Maria, sendo ela ainda noiva daquele. O anjo anunciou a Maria que ela teria um filho, sem que tivesse relações sexuais, quando descesse sobre ela o Espírito Santo (Lc. 1.35). O nascimento de Jesus, por conseguinte, foi sobrenatural. Nossas vidas, assim como a de Maria, devem estar nas mãos de Deus, nada deve nos dissuadir da fé (Hb. 11.1,6). Não podemos esquecer que Deus está no comando da história, portanto, não temos motivos para temer o futuro. Ele é o Deus dos impossíveis, aquilo que o homem não pode fazer, o Senhor é capaz, pelo Seu poder. Quando Jesus estava para nascer, não houve lugar nos alojamentos de Belém. Restou um estábulo, no qual se encontrava uma manjedoura, que Lhe serviu de berço. Aquele objeto era uma espécie de cocho para os animais (Lc. 2.7-16), naquele pequeno recipiente se encontra o próprio Deus. Em Belém, cujo nome em hebraico significa “casa de pão”, nasceu aquele que é o “Pão da vida” (Jo. 6.35). Nele encontramos a plenitude da divindade (Cl. 2.9).  Em Cristo, o Verbo se fez carne, e habitou no meio de nós, cheio de graça e de verdade (Jo. 1.1,14), esvaziando-se, e assumindo a condição de servo (Fp. 2.7).

2. ANJOS E PASTORES

Quando Jesus nasceu os anjos se maravilharam, por isso Paulo se referiu a esse acontecimento ressaltado a grandeza do mistério da piedade (I Tm. 3.16). A mensagem chegou primeiramente aos pobres, um grupo de pastores desconhecidos, que se encontrava no campo. O evangelho alcança prioritariamente os pobres, aqueles que são considerados escória da sociedade (Lc. 1.51-53; I Co. 1.26-29). Esses pastores testemunharam a glória do evento, o cumprimento da revelação angelical: “Eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo”. Essa declaração nos mostra que a salvação é para todos, que se trata de uma notícia de paz, que nos traz grande alegria. Conforme declarou o filósofo Epiteto, “o imperador pode fazer cessar a guerra, dando paz a terra e aos mares, mas não é capaz de fazer cessar a paixão, aflição e inveja. Não é capaz de dar a paz ao coração, pela qual o homem anseia mais do que qualquer outra paz interior”. Jesus é o Príncipe da paz (Is. 9.6), Ele prometeu nos dá a paz que o mundo não conhece (Jo. 14.27), essa paz é produzida em nós pelo Espírito (Fp. 4.7). O evangelho de Jesus Cristo, ainda que alguns religiosos queiram transformá-lo em más notícias, é uma mensagem alvissareira, que deve nos fazer saltitar de alegria. Os pastores foram impactados pela boa-nova, o espanto da visitação de Deus aos homens deve sempre ser motivo de espanto. Como declarou certo pregador, após a nave espacial Apolo 11 pousar o solo lunar, “o maior acontecimento de todos os tempos não foi o homem ter pisado na lua, mas Deus ter pisado na terra em Cristo Jesus”. Devemos, assim como fizeram os pastores ao encontrar a criança, adorá-Lo, em gratidão pela sua graça maravilhosa (Lc. 2.13,14).

3. O SIGNIFICADO

Jesus nasceu sob a lei, obedecendo a seus preceitos (Gl. 4.1-7), de modo que Ele não veio para abolir, mas para cumprir a lei (Mt. 5.17,18).  Por isso fez-se necessário que Ele fosse circuncidado ao oitavo dia, mostrando Sua ligação com o pacto abraaonico (Gn. 17). O nome da criança traz um significado profundo “Yahweh é a salvação” (Mt. 1.21). Jesus não foi apenas um iniciador religioso, muito menos um líder revolucionário. A vinda de Jesus a terra é a manifestação do próprio Deus, que se fez gente a fim de salvar a humanidade do pecado (Lc. 2.10). Os antigos aguardavam ansiosamente a vinda do Messias prometido. Simeão e Ana representam essa expectação, que se cumpriu em Cristo (Lc. 2.29). Simeão, em sua idade avançada, identificou Jesus como “a consolação de Israel”. Ele somente pode fazê-lo porque estava em consonância com a Palavra de Deus. Somente os que se firmam nas Escrituras podem testemunhar o cumprimento das promessas divinas. A morte e a ressurreição de Jesus trariam dores para Maria, mas através desses eventos, o mundo seria salvo do pecado (I Tm. 2.5,6). Ana, uma mulher cujo nome significava graça, também de idade avançada, foi uma das 43 mulheres citadas no evangelho segundo Lucas. Ela se encontrava no templo, uma pobre viúva que colocava sua esperança em Deus. Aquela mulher idosa foi usada pelo Senhor para transmitir a mensagem salvadora do Senhor. As vidas de Simeão e Ana mostram o significado que os idosos têm no reino de Deus, ninguém despreze as pessoas idosas por causa da sua idade avançada. Devemos fazer coro às palavras do salmista: “na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes” (Sl. 92.14).


CONCLUSÃO

O nascimento de Jesus foi um evento singular, com significado especial para todos aqueles que creem. Ele foi desprezado até mesmo em Seu nascimento, mas aprouve a Deus revelá-Lo aos pobres, aqueles que se consideravam indignos. Ainda hoje, todos aqueles que se dobram diante dessa mensagem, jubilam com a declaração angelical, reconhecendo que essa é uma boa notícia, que enche nossas almas de paz, e que nos traz grande alegria. O verbo se fez carne, e habitou no meio de nós (Jo. 1.1), por isso temos convicção de que Deus é conosco, verdadeiramente o Emanuel.

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Deus não abandonou o ser humano no pecado. Por isso, o nascimento de Jesus marca o início de uma nova era para a humanidade, em que a promessa de perdão e de salvação, por intermédio de sua encarnação, posterior crucificação e morte, foi efetuada por Ele na cruz a fim de nos redimir. [Comentário: João começa seu Evangelho denominando Jesus de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de Cristo, João o apresenta como a Palavra de Deus personificada e declara que nestes últimos dias Deus nos falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que Jesus Cristo é a sabedoria multiforme de Deus (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de Deus (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também Cristo, como "o Verbo", revela o coração e a mente de Deus (14.9;). João nos apresenta três características principais de Jesus Cristo como "o Verbo":
(1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai. (a) Cristo preexistia "com Deus" antes da criação do mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de Deus Pai, mas em eterna comunhão com Ele. (b) Cristo era divino ("o Verbo era Deus"), e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11).
(2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de Cristo que Deus Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6).
(3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade. "E o Verbo se fez carne" (v. 14). Em Jesus, Deus tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: Cristo deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (ver Mt 1.23)1] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?    1. Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD)

I. O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DO SALVADOR
                                
1. No Antigo Testamento (Lc 24.27). O Antigo Testamento dá abundantes predições sobre a vinda do Messias ao mundo: na queda dos nossos primeiros pais, a vinda do Salvador foi apontada (Gn 3.15); no sangue de animais no umbral das portas na noite da Páscoa (Êx 12.1-13); no êxodo do povo judeu do Egito (Êx 12.37-51; 13.17-22); nos 26 salmos messiânicos (Sl 2.7; 16.10; 22.1ss; 35.19; 72.1ss; 118.22 e outros); na volta do exílio babilônico; e nos profetas, especialmente o livro de Isaías, denominado o livro messiânico do Antigo Testamento (Is 9; 11; 50). [Comentário: Conforme Thompson, na Bíblia de Referência, no verso 21 de Mateus (cap. 1) cumpre-se 38 profecias veterotestamentárias a cerca de Jesus, e isso há aproximadamente 1.500 na os depois do registro da primeira profecia messiânica em Gênesis. Um milagre! Não só pelo cumprimento em si, mas também pela unidade ideológica e pela concatenação literária da narrativa bíblica até o relato do nascimento virginal de Jesus, o Cristo de Deus e o cumprimento por excelência de todas as promessas de salvação promulgadas no Antigo Testamento2. Provérbio 8.24-25 – “Antes de haver abismo, eu nasci e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci.” Cumprimento: Colossenses 1.15: João 1.14-15; 3.16 – “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação”3 (Veja outros exemplos acessando aqui). Em relação ao nascimento do Messias cumpridos em Jesus:
  1. Seria a semente de uma mulher: (Profecia Gn 3.15. Cumprimento Lc 2.7)
  2. Seria descendente de Abraão: (Profecia Gn 18.18. Cumprimento Mt 1.1)
  3. Seria descendente de Isaque: (Profecia Gn 17.19. Cumprimento Mt 1.2)
  4. Seria descendente de Jacó: (Profecia Gn 28.14. Cumprimento Mt 1.2)
  5. Descenderia da tribo de Judá: (Profecia Gn 49.10. Cumprimento Mt 1.2-3)
  6. Seria o herdeiro do trono de Davi: (Profecia Is 9.7. Cumprimento Mt 1.1;6)
  7. Seu lugar de nascimento: (Profecia Mq 5.2. Cumprimento Mt 2.1; Lc 2.4-7)
  8. A época de seu nascimento: (Profecia Dn 9.25. Cumprimento Lc 2.1-2; 2.3-7)
  9. Nasceria de uma virgem: (Profecia Is 7.14. Cumprimento Mt 1.18)
10. A matança dos meninos: (Profecia Jr 31.15. Cumprimento Mt 2.16; 17-18)
11. A fuga para o Egito. (Profecia Os 11.1. Cumprimento Mt 2.13-15; 19-20) (Veja outros exemplos acessando aqui)4.]
4. IBDEM 2.

2. Anunciado pelos anjos. O anjo Gabriel apareceu a Maria e lhe deu instruções de como ela conceberia milagrosamente o menino Jesus (Lc 1.30-38). Quando os anjos anunciaram o nascimento do Salvador aos pastores, estes foram tomados de grande alegria e glória do Senhor (Lc 2.9), pois ao ouvirem palavras tão alentadoras e o coral de anjos cantando foram imediatamente à procura do Salvador (Lc 2.13-18). [Comentário: Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico 'almah, conforme usado em Isaías 7.14. A palavra é usualmente traduzida por Virgem, embora algumas versões traduzam-na por Jovem. No AT, sempre que o contexto oferece uma nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento. Parece que, no contexto dos capítulos 7 e 8 de Isaías, a profecia a respeito de'almah tinha um significado bastante importante para a época do profeta. Em primeiro lugar, a profecia não fora direcionada somente ao rei Acaz, mas à totalidade da casa de Davi. O Senhor prometeu um sinal sobrenatural, não para Acaz, mas para a casa de Davi, sinal este que manteria sua importância no decurso da História. Note que o nome do menino seria Emanuel, Deus conosco. O uso de Isaías 7.14, em Mateus 18.22, indica sua grande importância para a compreensão do nascimento do Senhor Jesus Cristo. O Evangelho de Mateus relata que a gravidez de Maria foi causada pela ação do Espírito Santo sobre ele, quando então concebeu Jesus no seu ventre. José, noivo de Maria, não o acreditou, até o anjo informar-lhe a respeito. Uma vez ocorrida a concepção, estava claro que se tratava do cumprimento da profecia de Isaías 7.14"5. O anjo Gabriel é um mensageiro de Deus. Na Bíblia o anjo Gabriel anunciou a vinda de Jesus ao mundo. Não temos muita informação sobre o anjo Gabriel, porque o mais importante é sua mensagem. Gabriel aparece pela primeira vez na Bíblia quando ele foi interpretar a visão de Daniel sobre um carneiro e um bode. Gabriel apareceu a Daniel na forma de um homem e lhe explicou que a visão era sobre os tempos do fim (Dn 8.15-17). Os animais representavam reinos e seus futuros. Mais tarde, Gabriel apareceu outra vez a Daniel, depois que ele orou a Deus pedindo perdão pelos pecados de seu povo. Gabriel disse que Daniel era muito amado e que havia uma resposta para sua oração (Dn 9.21-23). Gabriel lhe contou a profecia das setenta semanas, anunciando a vinda do Ungido – Jesus6.]   5. HORTON, S. M. Teologia Sistemática. CPAD, 2009, pp.323-24.

3. Desfrutado pela humanidade. A visita dos pastores e dos sábios simboliza toda a raça humana à procura de Deus. Essa visita não se deu num belo palácio ornado de ouro, mas numa simples manjedoura cheia de animais e palha; um lugar inóspito para o grande Rei e Salvador. Mas foi ali que Deus mostrou-se em toda sua singeleza e simplicidade, quando foi ao encontro do homem pecador uma vez perdido e entregue ao opróbrio do pecado (Jo 1.9). [Comentário:Uma manjedoura é o lugar onde se coloca a comida dos animais. Quando Jesus nasceu, não havia lugar para ele a hospedaria. Por isso, seus pais o colocaram em uma manjedoura. Seu nascimento em uma manjedoura mostra como Jesus veio para se identificar com os mais pobres e desprezados. No tempo de Jesus, muitas pessoas criavam animais domesticados por motivos práticos. Os animais podiam servir como alimento, transporte e fornecedores de matéria-prima. Os animais normalmente eram guardados em currais, estábulos ou grutas, onde dormiam e se alimentavam. Os donos colocavam a comida dos animais dentro de caixas de pedra ou madeira, que facilitavam o acesso e impediam os animais de espalhar a comida por todo lado. Essas caixas são chamadas manjedouras7. Jesus é nosso rei mas ele veio à terra para ser servo (Mc 10.45). Em toda sua vida na terra, Jesus viveu nas condições mais humildes, sem riquezas nem privilégios. Isso começou logo com seu nascimento em uma manjedoura. Jesus nem sequer teve um berço! Seus pais tiveram que improvisar com uma manjedoura. Em seu nascimento, Jesus já se identificou com os mais pobres e necessitados. Ao fazer isso, ele deu uma nova dignidade à humanidade, mostrando que todos têm valor para Deus, até mesmo as pessoas mais desprezadas e abandonadas pela sociedade. Ninguém iria querer colocar seu filho em uma manjedoura, em vez de um berço de verdade. Mas Jesus escolheu se colocar nessa situação quando assumiu forma humana. Jesus veio para fazer o que mais ninguém queria fazer. Ele veio para nos salvar, sacrificando sua própria vida por nós8.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
                               
“No Evangelho de João temos um retrato inigualável de nosso Senhor. Ele é tão preciso quanto os retratos dos outros Evangelhos, apesar de suas diferenças em estrutura e propósito. E ele nos lembra que, em Jesus Cristo, Deus não só revelou aos judeus como seu Messias, aos romanos como seu Homem de Ação ideal, e aos gregos como verdadeiro modelo de humanidade. Em Jesus Cristo, Deus se revelou em seu Filho, como absolutamente a única resposta para as necessidades mais profundas e universais de uma humanidade perdida.
‘No princípio, era o Verbo’ (Jo 1.1). É provável que João, conscientemente, tenha duplicado as palavras de Gênesis 1.1, ‘No princípio... Deus’. O ‘princípio’, em cada caso, nos transporta para o passado além da Criação, em uma eternidade que só era habitada por Deus, o agente ativo em todas as coisas que existia como Deus e com Deus.
Isto é enfatizado no texto pelo uso do termo em, ‘era’ e ‘estava’. João usa este termo três vezes neste versículo, o tempo imperfeito do verbo eimi, em vez de uma forma do verbo egeneto. Eimi e em simplesmente descrevem a existência contínua; ageneto significa ‘tornar-se’. No princípio o Verbo, como Deus, já desfrutava de existência infinita, sem início e sem fim. A tradução de Knox exibe o sentido deste verbo, quando ele traduz a frase seguinte: ‘Deus tinha o Verbo morando consigo’” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 193,195).
II. A CONCEPÇÃO DO SALVADOR

1. Um plano concebido desde a fundação do mundo. Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8), pois antes de o homem pecar, o Pai, em sua presciência, já havia provido um salvador. Isso significa que, quando o ser humano pecou, Deus não foi pego de surpresa. Entretanto, em seu eterno amor pela humanidade, o Altíssimo havia planejado o resgate dos pecadores mediante o advento da pessoa de seu Filho, Jesus Cristo (Ap 13.8). [Comentário: Apocalipse 13.8 diz: "E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo". A passagem não significa que o Cordeiro foi morto antes, durante a fundação do mundo, ou que vinha sendo morto desde então, mas que os que adorarão a besta não tiveram seus nomes escritos no livro da vida desde a fundação do mundo9. O Pr Ciro Sanches Zibordi escreve: “O Livro da Vida contém o registro de todos os salvos, de todas as épocas (Dn 12.1; Ap 13.8; 21.27). Ele será aberto para provar aos céticos que os seus nomes não se encontram no Céu (Mt 7.22,23). Alguns teólogos têm afirmado que Deus inseriu nesse livro apenas os nomes dos que foram eleitos antes da fundação do mundo. Mas, em Apocalipse 17.8, está escrito que os nomes dos salvos estão relacionados no Livro da Vida “desde a fundação do mundo”, e não “antes da fundação do mundo”10. “Deus proverá para si o cordeiro”. Essa foi a resposta de Abraão a Isaque. Naquele dia o filho foi poupado e o cordeiro morreu em seu lugar. No getsêmani o Filho foi entregue por nós. Anos antes João Batista ao ver Jesus fez a seguinte afirmação: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29)11. Gênesis 3.15 estabelece um princípio que percorre todo o Antigo Testamento, criando a expectativa de um Redentor, que seria um descendente (a “semente”) de Adão e Eva. Eva, portanto, prematura e horrivelmente errada, pensou que seu filho mais velho, Caim, seria o seu cumprimento (Gn 4.1). Da mesma forma, em um eco deliberado desta linha de pensamento, a aliança de Deus com o patriarca Abraão soa a nota de uma “semente” como o badalar de um sino de igreja (Gn. 12:7; 13:15-16; 15:3, 13, 18; 17:7-10, 12, 19; 21:12; 22:17-18; e assim por diante). Ninguém ao ler a Bíblia pode perder o fio da meada: Deus está fazendo algo na história de Israel cuja origem está numa promessa feita no Éden. Quando Maria descobre que está esperando um bebê, Gabriel anuncia-lhe a respeito de seu futuro filho: “Ele será grande” (Lucas 1:32), claramente pegando uma frase já dita a Abraão e Davi (Gn. 12:2; 2 Sm. 7:9). O “Ele” é Jesus, é claro. A Vulgata Latina traduz “ela”, implicando que era Maria, mas esta foi uma exegese do interesse do dogma. Não é a mulher que conquista, mas sua semente. Em segundo lugar, estabelece os parâmetros pelos quais Deus irá redimir o seu povo dos seus pecados. Desde os primeiros tempos, Gênesis 3.15 tem sido chamado de proto-Evangelho, porque é a primeira indicação da intenção redentora de Deus após a queda no jardim do Éden. Quando Adão e Eva falharam em obedecer os termos do pacto das obras (Gn 3.6), Deus não os destruiu (o que seria justiça feita), mas em vez disso revelou Seu pacto da graça a eles, prometendo um Salvador (Gn 3.15), aquele que restauraria o reino recentemente destruído. O método da graça de Deus é caro: o calcanhar do Salvador será ferido. Evidentemente, esta é uma metáfora, a qual, no contexto, deve ser contrastada com o golpe que a serpente recebe (o esmagamento de sua cabeça), mas é imediatamente aparente o que isso envolve o derramamento de sangue substitutivo. Isso parece ser o que está por trás da provisão de peles de animais como uma cobertura para Adão e Eva em Gênesis 3.21. Sangue precisa ser derramado para o pecado ser perdoado, algo que explica porque é que a oferta de Abel (o primogênito de seu rebanho) é aceita, mas a de Caim (os frutos do solo) não (Gn 4.3-5). O caminho está claro agora: “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb 9.22). Em terceiro lugar, este verso estabelece uma explicação cósmica para a desordem no mundo: Satanás está em atividade. É verdade, não há menção de Satanás aqui, apenas uma serpente. Adão e Eva são responsáveis por suas ações e são punidos adequadamente, mas suas ações estão inextricavelmente entrelaçadas com a malevolência da serpente. Há mais à guisa de explicação para o pecado do que o “livre arbítrio”. A serpente é uma parte do que “o Senhor Deus tinha feito” (Gn 3.1), mas ela já não está mais na condição que o Senhor a tinha feito. Gênesis delineia um véu sobre as origens e a natureza dessa rebelião (o pecado existia antes da queda no Éden), e é revelado apenas parcialmente em outro lugar (1Cr 21.1; Jó 1-2; Zc 3.1-2; e especialmente 2 Pd 2.4; Jd 6). O pecado de Eva foi mais do que algo interno; ele veio de fora, Gênesis 3.1 parece dizer. Será que a serpente realmente falou? Por que não? Mas veja como ele cresce na Bíblia até se tornar o grande dragão vermelho de Apocalipse 12! A serpente é um assassino e um mentiroso (Jo 8.44), bem como um enganador (2 Co 11.14; Ef 6.11). Em quarto lugar, a base da vitória do reino de Deus sobre o reino das trevas é estabelecida desde o início. Ela é ecoado por Jesus em Cesareia de Filipe: as “portas do inferno” estão resolutamente postas contra a igreja de Jesus Cristo, mas Jesus assegura aos discípulos que a igreja será vitoriosa (Mt 16.18). A obra de redenção se desdobra no território ocupado do inimigo, da oposição mortal e incansável de Satanás e seus servos. A inimizade é de uma maldade e crueldade inimaginável, a qual ignoramos por nossa conta e risco. A história da redenção não é, em certo sentido, um suspense ao final, um conto cuja conclusão é incerta até que a última página seja virada. A natureza exata do destino da serpente assim como o lago de fogo, não é exposta até o final (Ap 20.10), mas desde o início seu destino está selado. O discipulado cristão deve ser trabalhado no contexto da garantia de vitória, em vez da perspectiva de derrota. Devemos estar equipados e prontos para a batalha, mas com a certeza de que a batalha decisiva com o inimigo já ocorreu, e foi vencida!12]

2. O nascimento do Salvador. O nascimento do Salvador é um evento emblemático e simbólico acerca do propósito que Ele veio realizar: salvar o mundo (Jo 3.16). Para isso o Filho nasceu longe de casa, peregrinou para Belém sem acomodações adequadas, num ambiente inóspito e extremamente humilde (Lc 2.1-7). Isso foi a demonstração da humildade divina, pois o Filho se esvaziou de sua glória para habitar de maneira humilde entre os homens (Fp 2.7). Que belo gesto de doação de si mesmo, pois não poderia haver maior entrega para mostrar esta verdade: Deus é amor (1Jo 4.8)! [Comentário: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). Há uma importante transição aqui. João começou afirmando que desde o princípio o Verbo era Deus. Agora João nos diz que este Verbo se fez carne. Note que não há nenhuma sugestão aqui de que a Divindade tenha entrado temporariamente em um ser humano existente. Não, o grande mistério dos séculos é declarado aqui: o Verbo eterno tornou-se um ser humano, aceitando as limitações sob as quais nós vivemos, estando sujeito às condições que a natureza e a história impõem aos homens comuns. João faz freqüentes alusões a estas limitações, como, por exemplo, em 3.17; 6.38-42; 7.29; 8.23; 9.5; 10.36, e 16.28, lembrando-nos de que a realidade da Encarnação não é conceito filosófico abstrato, mas foi para Jesus uma realidade experimental. Quanto a João, ele testifica que, na Encarnação, viu a glória de Deus revelada na Pessoa de seu Filho unigênito13. O versículo 14 é a declaração bíblica mais concisa da Encarnação, e, portanto, um dos versos mais importantes da Escritura. As quatro palavras com que ele começa, o Verbo se fez carne, expressar a realidade que, na Encarnação Deus assumiu a humanidade; o infinito tornou-se finito; eternidade entrou no tempo; o invisível tornou-se visível (cf. Cl 1.15); Criador entrou Sua criação. Deus se revelou ao homem na criação:, Escrituras do Antigo Testamento (2Tm 3.16; 2 Pd 1.20-21) (Rm 1.18-21.), E, acima de tudo e mais claramente, em Jesus Cristo (Hb 1.1-2)14.]

3. Um roteiro divino de vida. Desde a fundação do mundo, Jesus foi o Salvador e, a partir de seu nascimento, essa realidade foi confirmada (Lc 2.10,11): Ele foi concebido por uma virgem, o que atesta o fato milagroso de ser o Filho de Deus incriado e gerado como homem pelo Espírito Santo (Lc 1.35); Jesus nasceu num contexto de pobreza, o que mostra sua humilhação e serviço aos desafortunados (Lc 4.18-21); o Filho de Maria cresceu numa família, o que mostra a importância que Deus dá à célula mater da sociedade (Lc 2.40). Assim, o ministério terreno de Jesus seria abrangente (Lc 2.49), mostrando que o Reino de Deus já havia chegado à Terra (Lc 10.9,11). [Comentário: “Quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15). Pedro confessou Jesus como o “Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16) João falou de Jesus como “o Verbo” que se fez carne (Jo 1.14). Paulo descreve Jesus não só como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15), mas também como “Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). Da mesma forma, o autor de Hebreus identifica Jesus tanto como “o resplendor da glória de Deus” (Hb 1.3) e aquele que participou da carne e do sangue (2.14). Depois de tocar em Cristo, Tomé memoravelmente afirmou Jesus como seu “Senhor” e seu “Deus” (Jo 20.28). No Antigo Testamento, Isaías teve uma visão de Cristo em que ele o chama de “o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Jo 12.41; ver Is 6.5), mas também é chamado de o Rei, o servo do Senhor que tinha “nenhuma beleza havia que nos agradasse” (Is 53.2). Cristologia é o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã que estuda e define a natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da obra de Jesus Cristo, com uma particular atenção à relação com Deus, às origens, ao modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que estas origens e o papel dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de estudo e discussão desde os primórdios do cristianismo. ‘Jesus’ quer dizer ‘YAHWEH é Salvador’; é a forma grega de ‘Josué’ (Mt 1.21). ‘Cristo’ quer dizer ‘Ungido’; é o mesmo que o termo hebraico Messias.Toda a cristologia é digna de ocupar a mente e o coração de todos os homens, não apenas ‘inúmeros pontos’, contudo, já que o espaço é pouco, resta-nos uma pergunta a fim de resumir esta doutrina: Quem é Jesus Cristo? Ele é a segunda pessoa da Trindade. Através dele o universo foi criado e tem a garantia de sua existência (Jo 1.3; Cl 1.16-17). Ele é o Anjo do Senhor que aparece no Antigo Testamento (Gn 18). Esvaziou-se da sua glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6-11). Ele é o Deus Encarnado; Foi certamente uma coisa maravilhosa para Deus vir para dentro do homem e nascer da humanidade por meio de uma virgem. O nosso Deus tornou-se um homem! Na criação, Ele era o Criador. Mas embora tivesse criado todas as coisas, Ele não entrou em nenhuma das coisas que Ele criara. Mesmo ao criar o homem, Ele somente soprou o fôlego de vida para dentro dele (Gn 2.7). Ele ainda estava fora do homem. Seu sopro, de acordo com Jó 33.4, deu vida ao homem; entretanto, Ele próprio não veio para dentro do homem. Até a encarnação, Ele estava separado do homem. Mas com a encarnação, Ele pessoalmente entrou no homem. Ele foi concebido e então permaneceu no ventre da virgem por nove meses, após o que Ele nasceu. Segundo Romanos 8.3, Deus enviou Seu Filho ‘na semelhança da carne do pecado’15.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O Nascimento Virginal Provavelmente, nenhuma doutrina cristã é submetida a tão extenso escrutínio quanto a do nascimento virginal, e isto por duas razões principais. Primeiro, esta doutrina depende, para a sua própria existência, da realidade do sobrenatural. Muitos estudiosos, nestes últimos dois séculos, têm desenvolvido um preconceito contra o sobrenatural; e esse preconceito tem influenciado seu modo de analisar o nascimento de Jesus. A segunda razão para a crítica do nascimento virginal é que a história do desenvolvimento de sua doutrina nos leva para muito além dos simples dados que a Bíblia fornece. A própria expressão ‘nascimento virginal’ reflete essa questão. O nascimento virginal significa que Jesus foi concebido quando Maria era virgem, e que ela ainda era virgem quando Ele nasceu (e não que as partes do corpo de Maria tenham sido preservadas, de modo sobrenatural, no decurso de um nascimento humano).
Um dos aspectos mais discutidos do nascimento virginal é a origem do próprio conceito. Alguns estudiosos têm procurado explicá-la por meio de paralelos helenísticos. Os enlaces que os deuses e deusas mantinham com seres humanos, na liturgia grega da antiguidade, são alegadamente os antecedentes da ideia bíblica. Mas essa teoria certamente desconsidera a aplicação de Isaías 7, em Mateus 1.
Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do conceito do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico ‘almah, conforme usado em Isaías 7.14. A palavra é usualmente traduzida por ‘virgem’, embora algumas versões traduzam por ‘jovem’. No Antigo Testamento, sempre que o contexto oferece nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento” (HORTON, Stanley M. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 322).

III. “O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS”

1. A encarnação do “Verbo”. A Bíblia afirma, reiteradas vezes, que o Filho de Deus se tornou “carne” (1Tm 3.16; 1Jo 4.2; 2Jo v.7; 1Pe 3.18; 4.1), ou seja, uma pessoa inteira, de carne e osso, em pleno uso de suas funções psíquicas. Sobre isso, o apóstolo Paulo escreveu que Jesus realizou a reconciliação “no corpo da sua carne” (Cl 1.21,22), isto é, quando se fez “carne” e habitou entre os homens, assumiu a humanidade juntamente com as fragilidades próprias dela. Por esse motivo, as Escrituras revelam que o nosso Senhor chorou em público (Jo 11.35), admitiu perdas e sentiu saudades (Jo 11.36), experimentou dor (Mt 27.50), sentiu tristeza de morte (Mt 26.38), sentiu-se cansado (Jo 4.6), teve sede (Jo 19.28), teve dificuldades familiares (Jo 7.3-5), foi tido como louco (Mc 3.21), mostrou que a privacidade e a oração são períodos essenciais para a sobrevivência espiritual (Mc 1.35; 6.30-32,45,46; Lc 5.16). [Comentário: A razão mais simples do por quê se chama Verbo ao Filho de Deus parece ser que como nossas palavras explicam nossas idéias aos outros, assim foi enviado o Filho de Deus para revelar o pensamento de Seu Pai ao mundo. O que diz o evangelista acerca de Cristo prova que Ele é Deus. afirma sua existência no começo; sua co-existência com o Pai. O Verbo estava com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e não como instrumento. Sem Ele nada do que existe foi feito, desde o anjo mais elevado até o verme mais baixo. Isto mostra quão bem qualificado estava para a obra de nossa redenção e salvação. A luz da razão, e a vida dos sentidos, deriva dEle, e depende dEle. Este Verbo eterno, esta Luz verdadeira, resplandece, mas as trevas não a compreenderam. Oremos sem cessar para que nossos olhos sejam abertos para contemplar esta luz, para que andemos nEle; e assim sejamos feitos sábios para salvação por fé em Jesus Cristo. João Batista veio dar testemunho de Jesus. nada revela com maior plenitude as trevas da mente dos homens que quando apareceu a Luz que houve necessidade de uma testemunha para chamar a atenção a ela. Cristo era a Luz verdadeira; essa grande Luz que merece ser assim chamada. Por seu Espírito e graça ilumina a todos os que estão iluminados para salvação; e os que não estão iluminados por Ele, perecem nas trevas. Cristo esteve no mundo quando assumiu nossa natureza e habitou conosco. O Filho do Altíssimo esteve aqui neste mundo inferior. Esteve no mundo, mas não era do mundo. Veio salvar um mundo perdido, porque era um mundo de Sua própria feitura. Contudo, o mundo não o conheceu. Quando venha como Juiz, o mundo o conhecerá. Muitos dizem que são de Cristo, embora não o recebem porque não deixam seus pecados nem permitem que Ele reine sobre eles. Todos os filhos de Deus são nascidos de novo. este novo nascimento é por meio da palavra de Deus (1 Pe 1.23), e pelo Espírito de Deus Enquanto a Autor. Por sua presença divina, Cristo sempre esteve no mundo, porém, agora que chegaria o cumprimento do tempo, Ele foi, de outra forma, Deus manifestado na carne. Observem-se, não obstante, os raios de sua glória divina que perfuraram este véu de carne16. O Rev Hernandes Dias Lopes escreve: “1. Jesus é verdadeiro Deus – Jesus é o verbo eterno. Ele pré-existe à criação. Ele não teve origem, ele é a origem de todas as coisas. Antes que todas as coisas viessem a existir, ele já existia eternamente em comunhão com o Pai e com o Espírito Santo. Mesmo se fazendo homem, não deixou de ser Deus. Ele não abdicou de sua divindade ao tabernacular-se entre nós. Mesmo em seu estado de humilhação, revelou seus atributos divinos. Jesus não foi a primeira criação de Deus como ensinava Ário de Alexandria no século quarto e como prega ainda hoje a seita, “os Testemunhas de Jeová”. Na verdade, Jesus é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai. Ele é auto-existente e imutável. Ele e o Pai são um. Jesus tem os atributos da divindade: ele é o criador e sustentador da vida. Ele conhece todas as coisas e pode todas as coisas. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele foi adorado como Deus. Ele reivindicou ser adorado como Deus. Ele realizou obras milagrosas como Deus. Sua vida, seus ensinos e suas obras provam, de forma irrefutável, sua divindade.
2. Jesus é verdadeiro homem – O verbo divino fez-se carne. O eterno entrou no tempo. O infinito tornou-se finito. O senhor se fez servo. Aquele que estava entronizado acima dos querubins foi desprezado pelos homens. Aquele cujas hostes celestes adoravam sem cessar foi cuspido pelos seus algozes. Aquele que é bendito eternamente fez-se maldição por nós e foi traspassado na cruz pelas nossas iniqüidades. Aquele que jamais conheceu pecado foi feito pecado por nós. Aquele que nem os céus dos céus podem contê-lo esvaziou-se e humilhou-se nascendo numa família pobre, num berço pobre, numa cidade pobre e viveu como pobre, sem ter onde reclinar a cabeça. Ele foi verdadeiro homem. Como homem foi sujeito a seus pais. Como homem aprendeu a obedecer. Como homem sofreu cansaço, sede, fome e finalmente foi preso, açoitado e pregado na cruz, onde morreu. Como homem ele se identificou conosco e morreu a nossa morte para vivermos a sua vida.
Se Jesus não fosse Deus não poderia oferecer um sacrifício de valor infinito. Se não fosse homem não poderia ser o nosso substituto. Porque é Deus e ao mesmo tempo homem pode ser o mediador entre Deus e os homens. Porque é Deus-homem pôde fazer um sacrifício perfeito, capaz de expiar a culpa de todo aquele que nele crê.”17 ] 16. João 1:1-14 - Comentário Mattew Henry do Novo Testamento
17. Jesus verdadeiro Deus, verdadeiro homem, Rev. Hernandes Dias Lopes, disponível em:http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/jesus-verdadeiro-deus-verdadeiro-homem/

2. A humilhação do servo. A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos, como ao ser perseguido, desprezado pelas autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores, açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente, morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo Sofredor (Is 53). [Comentário: Embora esteve na forma de servo, no que diz respeito às circunstâncias externas, a respeito da graça sua forma foi a do Filho de Deus cuja glória divina se revela na santidade de sua doutrina e em seus milagres. Foi cheio de graça, completamente aceitável a seu Pai, portanto, apto para interceder por nós; e cheio de verdade, plenamente ciente das coisas que revelaria18. O termo "kenosis" vem da palavra grega para a doutrina do auto-esvaziamento de Cristo em sua encarnação. A kenosis foi uma auto-renúncia, não um esvaziamento de sua divindade e nem uma troca de divindade pela humanidade. Filipenses 2:7 nos diz que Jesus "esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens." Jesus não cessou de ser Deus durante o Seu ministério terreno. Entretanto, Ele deixou de lado a Sua glória celestial de uma relação face a face com Deus. Ele também deixou de lado a Sua autoridade independente. Durante o Seu ministério terreno, Cristo se submeteu completamente à vontade do Pai. Como parte da kenosis, Jesus às vezes operou com as limitações de humanidade (João 4:6, 19:28). Deus não se cansa ou fica com sede. Mateus 24:36 nos diz: "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai." Podemos nos perguntar, se Jesus era Deus, como é que Ele não sabia de tudo como Deus (Salmo 139:1-6)? Parece que enquanto Jesus estava na terra, Ele abriu mão do uso de alguns dos seus atributos divinos. Jesus ainda era perfeitamente santo, justo, misericordioso, bondoso, justo e amoroso, mas a sua onisciência e onipotência não foram usadas por completo enquanto estava na terra. No entanto, quando se trata da kenosis, muitas vezes nos concentramos demais naquilo de que Jesus abriu mão. A kenosis também lida com o que Cristo assumiu. Jesus tomou sobre si mesmo uma natureza humana e se humilhou. Jesus deixou de ser a glória das glórias do céu para ser um ser humano que foi condenado à morte na cruz. Filipenses 2.7-8 declara: "...mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!" No supremo ato de humildade, o Deus do universo tornou-se um ser humano e morreu por Sua criação. A kenosis, portanto, é Cristo assumindo a natureza humana com todas as suas limitações, exceto o pecado19.]    18. João 1:1-14 - Comentário Mattew Henry do Novo Testamento

3. O exemplo a ser seguido. Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a partir da vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amar o próximo na força do mesmo amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31). [Comentário: “...mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Neste texto, Jesus ensinou a Seus discípulos sobre quem e o que eles deveriam priorizar: O Seu Reino e a sua justiça. Você tem procurado fazer isso? Como você tem dedicado o seu tempo para Deus? O grande desafio nos nossos dias é REMIR O TEMPO, é nos conduzirmos com aproveitamento máximo, gerando atos que redundem em glória para Deus e satisfação diária para nossas almas. Paulo, em Efésios 5.15,16, recomendou: “Portanto,vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus". Veja também em Salmo 90.12: “Ensina-nos a contar os nosso dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” . Remir neste contexto significa aproveitar o tempo e todas as oportunidades com a qual deparamos. Temos que nos disciplinar para não esbanjarmos o tempo com conversas fúteis, leituras que não edificam, programas de TV inadequados (novelas, filmes...). Ao invés de GASTAR, devemos INVESTIR, com sabedoria, o tempo que Deus nos coloca ao dispor. Amem e priorizem a Deus, honrando-o com amor, com o modo de ser e agir, com a nossa oferta a Ele das primícias de nosso tempo, com nossos dons, talentos e nossos bens materiais, amem o seu próximo como a vocês mesmos, cooperando com o Senhor, a fim de que Seu plano de salvação seja conhecido por todos, e Seu reino seja estabelecido em cada coração. “NÃO TER TEMPO PARA DEUS É VIVER A VIDA PERDENDO TEMPO!!” OREMOS AO SENHOR: “Querido Deus, as coisas do cotidiano são tão corridas; em nome de JESUS dá-me sabedoria para que possa remir o tempo para o louvor da tua glória”20.]   20. Este texto foi extraído na íntegra do artigo Tenham tempo para Deushttp://www.igrejabatistagenesis.com.br/mensagens/tenham-tempo-para-deus-priorizem-o-seu-reino-0

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“O Verbo se Fez Carne” “Ao encarnar, Cristo se tornou: (1) o Mestre perfeito — a vida de Jesus nos permitiu perceber como Deus pensa e, por conseguinte, como devemos pensar (Fp 2.5-11); (2) o Homem perfeito — Jesus é o modelo do que devemos tornar-nos. Ele nos mostrou como viver e nos dá o poder para trilhar esse caminho de perfeição (1 Pe 2.21); (3) O sacrifício perfeito — Jesus foi sacrificado por todas as iniquidades do ser humano; sua morte satisfez as condições de Deus para a remoção do pecado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1414).

CONCLUSÃO

As boas novas do Evangelho se materializaram em Jesus quando de seu nascimento em Belém. Sua obra salvadora foi profetizada ao longo de todo o Antigo Testamento, anunciada pelos anjos aos pastores e ecoa, de forma abrangente, por todo o Universo. Ele se encarnou, se humilhou, e finalmente, triunfou gloriosamente mediante a sua ressurreição para, assim, nos garantir a salvação. [Comentário: Uma lição como estas merece um tempo maior para nos aprofundarmos neste assunto tão importante para a fé cristã. A doutrina de Cristo hoje em dia é muitas vezes exposta de maneira completamente naturalista. Quando João inicia seu evangelho com "No princípio" ele reflete Gênesis 1.1 e também é usado em 1Jo 1.1 como uma referência para a encarnação. Os Versículos 1 a 5 são uma afirmação da pré-existência divina de Jesus Cristo antes da criação (Jo 1.15; 8.56-59; 16.28; 17.5; 2Co 8.9; Fp 2.6-7; Cl 1.17, Hb 1.3; 10.5-9). A Bíblia ensina que Jesus é tanto verdadeiro homem quanto verdadeiro Deus, duas naturezas em uma só pessoa. Jesus assumiu uma natureza humana em sua encarnação, e desde então possui uma perfeita humanidade (Corpo e Alma) e uma Perfeita Divindade; duas naturezas completas que, apesar de unidas, preservam suas propriedades, formando uma única pessoa, Jesus Cristo.] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2).

Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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