sábado, 4 de novembro de 2017

LIÇÃO 6: A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO

 
SUBSÍDIO I

Caro professor, prezada professora, introduza a lição desta semana falando um pouco sobre a gravidade do pecado. O pecado foi grave e universal. A Palavra de Deus diz que “por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Logo, se o problema do pecado é universal, só uma universal salvação poderia trazer a solução definitivamente para o ser humano: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm 5.18).
Assim, com objetivo de aprofundar a sua preparação para introduzir a lição desta semana, segue um bom texto sobre o assunto, da autoria do comentarista da lição deste trimestre, o pastor Claiton Ivan Pommerening:

A UNIVERSALIDADE DO PECADO

A obra expiatória de Cristo tornou-se necessária por causa da universalidade do pecado que atingiu toda a raça humana e também por causa da seriedade do pecado porque este corrompeu o ser humano e prejudicou sua comunhão com Deus. Também é necessária por causa da incapacidade do homem de resolver por si mesmo esses problemas. Portanto, a universalidade, a seriedade e a incapacidade humana apontam para Cristo como único possível para fazer a expiação. Assim, fez-se necessária a obra expiatória de Cristo, que Ele padecesse ou se sacrificasse para aniquilar o poder do pecado (Rm 5.21), a adversidade advinda dEle e também sua morte. O sacrifício expiatório de Jesus teve lugar na cruz do Calvário e foi a substituição do justo pelo pecador. Ele pagou o preço por nossos pecados, tomou-os sobre si, venceu a morte e ressuscitou (Is 53). A expiação é a suprema expressão do amor do Pai para com a humanidade através de Jesus Cristo (Jo 3.16).
Em sua morte, Cristo salientou a seriedade do pecado e a severidade da justiça de Deus, triunfou sobre as forças do pecado e da morte, liberando-nos de seus poderes, ofereceu satisfação ao Pai por nossos pecados e mostrou o grande amor de Deus à humanidade. Dessa forma, a expiação implica em que a “humanidade de Jesus significa que sua morte expiatória é aplicável aos seres humanos; sua deidade significa que sua morte pode servir para expiar os pecados de toda a humanidade.”
Todos foram afastados de Deus por causa do pecado (Rm 3.23); todos se inclinam para o mal (Sl 14.3; Mc 10.18); não há homem justo sobre a terra (Ec 7.20). O pecado é tão terrível para o ser humano que a Bíblia afirma que ele tem o poder de afastar as pessoas de Deus e impedir as orações (Is 59.2) e ainda de tornarem as pessoas alvos de sua ira (Hb 10.27). Somado a isso, o homem sofreu perda física, psíquica, social e espiritual. Além disso, a natureza também foi atingida pelo pecado e sofreu sérias consequências (Gn 3.17-19), assim como ainda sofre por causa da degradação, poluição e destruição do homem que, em sua ganância, a destrói, fazendo-a gemer (Rm 8.22), aguardando novos céus e nova terra (1 Pe 3.13) através da sua redenção.
Portanto, sua morte é a expiação dos pecados, do hebraico kapar, que significa cobrir (no sentido de ocultar) o pecado. Isaías escreveu que “ao SENHOR agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado [...]” (Is 53.10). Se alguém pecasse no Antigo Testamento, precisaria oferecer um animal pela culpa para “cobrir” a ofensa (Lv 6.2-7), significando que o pecado foi coberto por uma vítima inocente e, portanto, não seria mais visto, tornando-se invisível aos olhos de Deus. Esse mesmo princípio individual era usado para os pecados da nação (Lv 4.13-20). Nesse sentido, o sacrifício de Cristo é infinitamente mais abrangente, pois Ele não apenas cobre os pecados, como também os remove completamente, apagando-os e, portanto, perdoando-os (Hb 10.4-10) como se nunca houvessem sido cometidos.
Pode-se dividir a expiação em quatro representações conforme Strong: moral, originada no amor desinteresseiro de Deus em assegurar a libertação do pecador (Jo 3.16); comercial, um pagamento de resgate libertando da escravidão (Mc 10.45); legal, como um ato de obediência à Lei violada pelo pecado e uma apresentação da justiça de Deus (Mt 3.15; Gl 4.4-5); e sacrificial, como obra de mediação sacerdotal reconciliando o homem com Deus, removendo a inimizade através da oferta pelo pecado a favor dos transgressores e satisfazendo a exigência da justiça e santidade de Deus (Hb 10.11-12).
Além de fazer a expiação pelo pecado de todos, Jesus também foi o Sumo Sacerdote que entrou no santuário celestial perante Deus, com seu próprio sangue, efetuando, de uma vez por todas, uma redenção eterna (Hb 9.11,12,24). Para provar que, a partir da morte de Cristo, não era mais necessário oferecer sacrifício de animais, o véu do templo, que dava acesso ao Santo dos Santos, onde ficava o propiciatório em que se oferecia a oferta de sangue, foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51), dando acesso pleno a todo ser humano à presença de Deus pelo novo e vivo caminho, consagrado pela sua carne rasgada por nós (Hb 10.19-20). Assim, podemos ter plena confiança de que seremos aceitos e amados, pois fomos purificados da má consciência e das obras mortas e, com todo coração, aproximamo-nos mais de Deus (Hb 10.22).
A expiação é suficiente para todos; ela é eficiente para aqueles que crêem em Cristo. A expiação propriamente dita, à medida que coloca a base para o trato redentor de Deus com os homens, é ilimitada; a aplicação da expiação é limitada àqueles que crêem verdadeiramente em Cristo. Ele é o salvador em potencial de todos os homens; mas é efetivamente só dos crentes. “Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (1 Tm 4.10).5

Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”, editada pela CPAD, 2017

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

A salvação em Cristo alcança a todos (Jo 3.16). É tão eficaz que foi completada de uma vez por todas pelo “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Somente por intermédio de um Cordeiro tão perfeito, de um sacrifício tão completo e de um Deus tão amoroso se poderia realizar essa obra de maneira a raiar a luz para os que estavam em trevas (Mt 4.16).[Comentário: Nesta lição iremos pensar sobre os pontos de vista teológicos quanto à abrangência da salvação – se ela é destinada apenas aos eleitos ou se ela está disponível à todos os homens. Deus ama à todos os homens, indistintamente ou Ele ama aos que O amam? O que as Escrituras querem dizer quando afirmam que Deus deseja que todos se salvem mediante a fé no sacrifício do seu Filho Unigênito? È importante defendermos nosso ponto de vista teológico quanto à Soteriologia, mas defender do que? Então, julgo importante analisarmos também o que o outro sistema soteriológico afirma, até para não incorrermos no erro de afirmar algo que ele não diz. Assim, vamos pensar maduramente a fé cristã?]

I. O QUE É A OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO?
                                
1. A necessidade de expiação. Com o termo “expiação”, nos referimos ao ato de remir uma pessoa de um crime ou falta cometida. Foi isso que aconteceu conosco por intermédio da obra expiatória de Cristo. Esta se tornou necessária porque o pecado atingiu a humanidade e a criação, de modo que o ser humano não consegue resolver esse problema por si mesmo. Nesse contexto, a obra expiatória de Cristo se expressa por meio do padecimento de cruz para aniquilar o poder do pecado sobre o ser humano (Rm 5.20,21). Foi na cruz do Calvário o lugar em que se deu o sacrifício expiatório de Cristo, substituindo o pecador pelo justo Cordeiro de Deus que pagou em nosso lugar e, para sempre, a dívida do nosso pecado (Is 53). Esse ato é a suprema expressão do amor do Pai, por meio de Jesus Cristo, o seu Filho, para com todos os homens (Jo 3.16). [Comentário: A palavra expiação ocorre poucas vezes na Bíblia, mas o conceito da expiação constitui o assunto principal do Antigo e do Novo Testamento. Palavras mais conhecidas como reconciliação, propiciatório, sangue, remissão de pecados e perdão estão diretamente relacionadas com esse tema. O que precisamos entender é: ‘Por Que Há a Necessidade da Expiação?’ - Deus fez o homem à sua imagem e, como Criador, tem o maior direito de estipular o procedimento correto para a sua criação, e isso ele fez na forma de leis destinadas para o nosso bem (Dt 10.13). O pior que podemos fazer é violar a lei de Deus. A isso chamamos pecado ou transgressão da lei (1Jo 3.4). Os primeiros seres humanos transgrediram e a culpa deles evidenciou-se pela tentativa de se esconderem de Deus. A justiça exigia uma pena pelo pecado. A pena era a morte, a separação de Deus, manifestada pelo afastamento deles do jardim do Éden (Gn 3.8, 24). O pecado continua até hoje, desde aquele primeiro momento ali. Paulo resumiu a história e as consequências do pecado em Romanos 5.12: "Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram". Se morremos em nossos pecados, não podemos ir para onde Cristo está (Jo 8.21, 24). Vemos, então, que a necessidade suprema de todo homem é ter os pecados expiados, para que receba o perdão dos pecados!1. Nenhum estudo da expiação pode ser devidamente desenvolvido sem reconhecer em primeiro lugar olivre e soberano amor de Deus. Esta perspectiva se encontra no texto mais conhecido da Bíblia: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Temos aqui uma revelação fundamental de Deus e, portanto, do pensamento humano. Além disso não podemos e nem devemos aventurar-nos ir.2]    1. HEADRICK, Lynn D.; ‘A Expiação’, Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/a13_17.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017.    2. MURRAY John; ‘A Necessidade da Expiação’. Disponível em http://www.monergismo.com/textos/expiacao/expiacao _necessidade_murray.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017.

2. A abrangência do pecado. As Escrituras mostram que todos pecaram e, que por isso, foram afastados da presença de Deus, passando a inclinar-se para o mal (Rm 3.23; Sl 14.3; Mc 10.18; Ec 7.20). O problema do pecado é tão sério, e sua abrangência tão grande, que a Bíblia mostra que ele faz a separação entre o pecador e Deus (Is 59.2), impedindo as pessoas de serem salvas da ira divina (Hb 10.26,27). Assim também a natureza foi atingida pelo pecado, fazendo a Terra sofrer graves consequências naturais: degradação ambiental, poluição, destruições por causa da ganância (Gn 3.17-19; Rm 8.22). Por isso, a Terra geme, aguardando uma restauração plena por meio da redenção dos filhos de Deus (2Pe 3.13; Rm 8.20,21) quando, enfim, o Senhor Jesus reinará para sempre. [Comentário: A ofensa do pecado de um ser humano trouxe o juízo de Deus sobre toda a humanidade e demandou uma solução universal para o pecado, Jesus Cristo. Por causa da Queda, a morte tornou-se uma realidade e toda a criação está sujeita a ela. "Toda a criação geme" (Rm 8.22), esperando o momento em que Cristo voltará para libertá-la dos efeitos da morte. Paulo começa a fazer aqui uma comparação que será concluída nos versículos 18-21. A comparação foi interrompida por uma meditação até o v. 17. Assim, temos a afirmação de que a morte não é natural para a humanidade, mas é o resultado final do pecado (Gn 2.17). O reino universal da morte é a consequência direta do pecado. Paulo não explica como toda a humanidade se viu envolvida com Adão em seu pecado, mas simplesmente asseverou o fato. Todos os homens pecaram no pecado de Adão – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). É importante dizer que, o agente ativo na tentação foi Satanás, Adão foi o agente passivo; A queda do homem foi ocasionada pela tentação da serpente, que semeou na mente do homem as sementes da desconfiança e da descrença. Louis Berkhof nos informa que “embora indubitavelmente a intenção do tentador fosse levar Adão, o chefe da aliança, a cair, não obstante dirigiu-se a Eva, provavelmente porque (a) não exercia a chefia da aliança, e portanto, não teria o mesmo senso de responsabilidade; (b) não recebeu diretamente a ordem de Deus, mas apenas indiretamente e, por conseguinte, seria mais suscetível de ceder à argumentação e duvidar; e (c) seria sem dúvida o instrumento mais eficiente para alcançar o coração de Adão”3. Se foi Eva que pecou par que Adão foi imputado? Adão pecou não somente como o pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus descendentes; e, portanto, a culpa de seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são passíveis de punição e morte (Rm 5.12). Quanto a isso, Louis Berkhof escreve: “O curso seguido pelo tentador é bem claro. Em primeiro lugar, ele semeia as sementes da dúvida pondo em questão as boas intenções de Deus e insinuando que sua ordem era realmente uma violação da liberdade e dos direitos do homem. Quando nota, pela reação de Eva, que a semente tinha criado raiz, acrescenta as sementes da descrença e do orgulho, negando que a transgressão resultaria na morte e dando a entender claramente que a ordem divina fora motivada pelo objetivo egoísta de manter o homem em sujeição”4. Steve Kearney escreve: “Isaías 3.11 afirma: "Ai do perverso! Mal lhe irá; porque a sua paga será o que as suas próprias mãos fizeram". A primeira coisa que ocorreu com Adão e Eva é que os seus olhos foram abertos e souberam que estavam nus (Gn 3.7). Viram em seus corpos o potencial para o mal. A carne e o espírito lutariam pela supremacia no seu interior, e essa guerra mataria cada vida humana (Gl 5.17). Culpados e envergonhados, usaram folhas de figueira para cobrir a sua nudez um do outro (Gn 3.7). Também, se esconderam entre as árvores da presença de Deus (Gn 3.8). A presença do Senhor dos Exércitos sempre traz terror aos pecadores: eles "se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro" (Ap 6.15-17). Almas impenitentes, atenção: "Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10.31). Sendo afastados da presença de Deus, Adão e Eva, naquele dia, morreram espiritualmente. Pensem em tudo o que eles perderam! Eva tinha dito no coração: "Vou me fazer como o Altíssimo". Agindo assim, ela perdeu o direito ao esplendor do Paraíso. Decretaram-se maldições sobre ela (3.16), e sobre o homem (3.17-19). Ah, como caíram os valentes! Sofrendo a morte espiritual, Adão e Eva também iniciaram o processo de morte física: "E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida" (Gn 3.24). Por causa do pecado deles, o homem, a mulher e os filhos de todas as épocas voltariam ao pó: "Em Adão, todos morrem" (1Co 15.22)5.]     3. BERKHOF, Louis, Teologia Sistemática - Editora Cultura Cristã; pág 206.     4. IBDEM       5.KEARNEY Steve : “O Pecado e as Suas Conseqüências”. Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/a13_2.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017.

3. A expiação de Cristo. Como estudamos em lição anterior, os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para a obra expiatória de Cristo, em que uma vítima inocente morreria pelo verdadeiro culpado a fim de remir o pecado e a culpa dele. Enquanto os sacrifícios do Antigo Testamento apenas minimizavam a situação do pecador, a obra expiatória de Cristo resolve de uma vez por todas o grave problema do pecado (Rm 3.23-25). [Comentário: O pecado é a transgressão da lei, e a justiça decreta que deve ser punido. Jesus levou o castigo em lugar daqueles que mereciam a punição (Is 53.8), "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1Pd 2.24). Porque Deus nos amou, ele enviou Jesus para ser a propiciação (ou meio) pela qual os nossos pecados podem ser perdoados.  Seu sangue, o qual é capaz de expiar o pecado, vertido para a remissão desses pecados, passa a ter efeito quando somos batizados em nome de Cristo para a remissão dos pecados (At 2.38)6. A cruz de Cristo é a demonstração suprema do amor de Deus (Rm 5.8; 1 Jo 4.10). O caráter supremo da demonstração reside no extremo custo do sacrifício oferecido. É a respeito deste elevado custo que Paulo faz referência quando escreve: “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou” (Rm 8.32). O custo do sacrifício nos persuade a respeito da grandeza do amor de Deus e garante a doação de todas as demais dádivas de forma gratuita.]
6. MURRAY John; ‘A Necessidade da Expiação’. Disponível em http://www.monergismo.com/textos/expiacao/expiacao_necessidade_murray.htm. Acesso em 29 de agosto de 2017.


SUBSÍDIO DIDÁTICO
                               
Professor(a), é importante que você, antes de explicar o que é a obra expiatória de Cristo, reflita, juntamente com seus alunos, a respeito da sua necessidade. Então, inicie o tópico fazendo as seguintes indagações: “Por que a obra expiatória de Cristo foi necessária?” “O que é a obra expiatória de Cristo?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Explique que a obra expiatória de Cristo foi necessária devido ao pecado de Adão e Eva contra Deus que afetou toda a criação, toda a humanidade (Rm 3.23). Deus é Santo e todo pecado provoca a sua ira e o seu juízo, por isso, a única solução para o pecado era, e é, a morte de Cristo na cruz. Quando falamos a respeito do sacrifício de Cristo na cruz, estamos nos referindo ao cancelamento pleno do pecado com base na justiça do Filho Unigênito de Deus. Estamos também nos referindo à restauração da comunhão do pecador com o Deus Santo mediante a sua graça.

II. O ALCANCE DA OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO

1. A impossibilidade humana. Toda tentativa do homem de manter-se puro, sem pecado, e por esforço próprio, fracassou. Nesse sentido o sistema de sacrifícios foi apenas um vislumbre do que viria por intermédio da morte vicária de Cristo. As Escrituras mostram que a Lei é incapaz de justificar o homem diante de Deus (Rm 3.20; Cl 2.16,17), já que o ser humano não consegue resolver o problema grave do pecado, pois ele não pode mantê-lo oculto diante de Deus. Somente o Senhor Jesus pode resolver tal problema. [Comentário: “Em Romanos 1-3, Paulo argumentou que toda humanidade está perdida nas garras do pecado, tanto judeus como gentios. Em Romanos 4, ele mostrou que a justificação pela fé também está universalmente disponível a todos aqueles que creem que Deus manterá a promessa que fez no evangelho — tanto para os gentios como para os judeus. Agora, Paulo dá um passo atrás, apenas por um momento, para perguntar como pode ser isso. Como todos os homens tornaram-se pecadores? E como a vida pode ser oferecida a todos? Como contexto, precisamos entender uma coisa importante sobre o relacionamento entre ‘pecado’ e ‘pecados’. Enquanto 'pecados' são atos de iniquidade ou transgressões à Lei de Deus, o ‘pecado’ é algo diferente. Ele se refere àquele defeito essencial da natureza humana que distorce o caráter moral do homem, obscurece sua inteligência e o incita em direção ao mal. De acordo com a terminologia bíblica, esta condição é frequentemente mencionada como ‘morte’, não no sentido biológico, mas espiritual”7. O sacrifício expiatório do Messias foi ensinado nas profecias e símbolos do Antigo Testamento, e Jesus  compreendia perfeitamente as Escrituras judaicas. Todo o sistema sacrificial mosaico e o sacerdócio que o mantinha eram símbolos e sombras das Boas Novas vindouras. Jesus  tinha conhecimento de que os demais judeus sabiam que o núcleo desse sistema era Levítico 17.11: 'Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida'. Ao 'anunciar o seu nascimento', Jesus  declarou que a sua encarnação lhe deu um corpo que Ele ofereceria como sacrifício pelos pecados do mundo. Portanto, quando veio ao mundo, Ele disse: 'Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade' (Hb 10.5-7). Jesus  se entregaria como oferta queimada, em submissão total a Deus, assim como oferta pelo pecado para pagar o preço das nossas ofensas contra Deus."8]   7. RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014, p.300.  8. WIERSBE, W. W. O que as palavras da cruz significam para nós. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.12-3

2. Cristo ocupou o lugar do pecador. A expiação aponta para o grande amor de Cristo para com o pecador. Nosso Senhor supriu a necessidade de reconciliação do ser humano com o Pai de amor (Rm 5.8), que deu o seu Filho como oferta expiatória. Nesse sentido, a morte de Cristo é substitutiva, pois quem deveria morrer era o próprio homem (Rm 4.25), mas Cristo ocupou esse lugar (1Jo 2.2) e perdoou o pecador, destruindo o poder do pecado (1Pe 2.24). A morte vicária de Cristo na cruz representa a nossa morte (2Co 5.14), pois foi esse sacrifício que nos resgatou da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.13). [Comentário: A “expiação substitutiva” se refere ao fato de que Jesus Cristo morreu em favor de todos os pecadores. As Escrituras ensinam que todos os homens são pecadores (leia Romanos 3:9-18 e Romanos 3:23). O preço por nosso pecado é a morte. Romanos 6:23 nos diz: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.”9. A Palavra de Deus sobejamente ensina que Cristo morreu vicariamente, como nosso substituto, em nosso lugar, pagando por nosso pecado, recebendo nossa punição (Is 53.4-8,11-12 (substituição é indiscutível); Rm 5.8; 1Co 15.3; 2Co 5.21 (substituição é indiscutível); 1Pe 2.24 (substituição é indiscutível em "levando ele mesmo os nossos pecados sobre o madeiro"); 1Pe 3.18; Lv 1.2-4; Rm 4.25; Mt 1.21).10. A expressão “vicária”, segundo o Dicionário Aurélio, vem latim vicariu e dá idéia de alguém “que faz as vezes de outrem”, de substituição. A morte de Jesus não foi apenas a morte de um herói ou de um simples mártir. Cristo padeceu em nosso lugar, pagando diante do Pai a dívida do pecado que para nós era impossível de ser quitada.]   9. GOT Questions.Org. O que é expiação substitutiva?. Disponível em:https://www.gotquestions.org/Portugues/expiacao-substituta.html. Acesso em 29 de outubro de 2017.     10. SUBSTITUIÇÃO (morte vicária), Disponível em: http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/09-SubstituicaoVicaria-Helio.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017.

3. Alcance universal da obra expiatória. O alcance da obra expiatória operada por Cristo é universal, pois ela envolve todos os homens e o homem todo — espírito, alma e corpo — (1Ts 5.23), alcançando todo o mundo (Jo 3.16). Além disso, por meio da expiação de Cristo é garantida a redenção, a reconciliação, a justificação, a adoção e o perdão dos pecadores. Entretanto, convém destacar: essa tão grande salvação precisa ser aceita pela fé para se tornar efetiva (Ef 2.8). [Comentário:  Teodoro de Beza ensinou que a obra expiatória foi limitada (apenas pelos eleitos) ao perceber que ela era uma consequência lógica e irredutível dos outros pontos da doutrina calvinista. Basicamente, este ensino consiste na tese de que Jesus não morreu por todos os homens. Cristo morreu apenas pelos eleitos. A expiação, portanto, foi “limitada” a estes. Alguns cristãos creem que Jesus morreu pelos pecados de todas as pessoas. Essa posição é comumente chamada de arminianismo (por causa de Jacó Armínio), wesleyanismo (por causa de John Wesley) ou expiação ilimitada. Os arminianos utilizam passagens da Escritura que falam de Jesus morrendo por todas as pessoas, por todo o mundo, por todos, e não desejando que ninguém pereça. Os arminianos então ensinam que para ser salvo, a pessoa deve fazer a decisão de aceitar a morte expiatória de Jesus e tornar-se um seguidor de Jesus. Além do mais, é dito que qualquer um pode fazer essa escolha pelo livre-arbítrio inerente ou pela graça  capacitadora universal de Deus, chamada de graça primeira ou preveniente (wesleyanos). Subsequentemente, a eleição é entendida como Deus escolhendo aqueles que ele previu que o escolheriam, e visto que as pessoas escolhem serem salvas, elas podem perder a sua salvação também. Outros cristãos crêem que Jesus morreu apenas pelos pecados dos eleitos. Eleição significa que antes da fundação do mundo, Deus escolheu certos indivíduos para serem recipientes da vida eterna unicamente com base em seu propósito gracioso, à parte de qualquer mérito ou ação humana. Ele os chama  eficazmente,  fazendo   tudo   o  que  é necessário para  trazê-los  ao arrependimento e fé. Essa posição é comumente chamada de calvinismo (por causa de João Calvino) de cinco pontos, teologia reformada ou expiação limitada, que é também chamada de redenção particular. Esses calvinistas comumente apelam àquelas passagens da Escritura que falam da morte de Jesus somente por algumas, mas não todas as pessoas, por suas ovelhas, sua igreja, os eleitos, seu povo, seus amigos, e todos os cristãos. Eles discordam da expiação ilimitada, mostrando que se Jesus morreu por todos sem exceção, então todo o mundo seria salvo, o que é na verdade a heresia do universalismo. Eles também ensinam que as pessoas são tão pecadoras que não podem escolher a Deus, e assim Deus regenera as pessoas antes de sua conversão e assegura que elas serão preservadas até o final, pois a salvação não pode ser perdida. Um ponto vital de debate é a intenção de Jesus quando ele morreu na cruz. Jesus pretendia pagar por todos os pecados de todas as pessoas, abrindo a porta da salvação para todos? Isso seria expiação ilimitada, ou o que os wesleyanos e arminianos creem. Aceitamos isso quando Paulo disse que Cristo Jesus “a si mesmo se deu em resgate por todos” em 1 Timóteo 2.6? Ou Jesus morreu  para  completar  o  pagamento  do nosso  perdão  na  cruz?  Isso  é expiação limitada, ou o que os calvinistas de cinco pontos creem. Aceitamos isso quando Jesus disse “Está consumado!” em João 19.30? 11.]   11. DISCROLL, Marck, ‘Expiacao limitada ou ilimitada’; Disponível em: http://monergismo.com/wp-content/uploads/expiacao-limitada-ilimitada_Driscoll.pdf; Acesso em 29 de outubro de 2017.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O Alcance da Obra Salvífica de Cristo
“Há entre os cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à extensão da obra salvífica de Cristo. Por quem Ele morreu? Os evangélicos, de modo global, rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino não permitirá que nenhum ser humano ou mesmo o Diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente separados dEle). O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange todas as pessoas, sem exceção. Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu ‘até aos tempos da restauração de tudo’. Alguns entendem que a expressão grega apokastaseõs pantõn (restauração e todas as coisas) tem significado absoluto, ao invés de simplesmente ‘todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas’. Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura, não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos, usar este versículo para apoiar o universalismo. Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 358).

III. CRISTO OFERECE SALVAÇÃO A TODO O MUNDO

1. Perdão, libertação e cura. O maior resultado da salvação operada por Jesus é o perdão dos pecados e a reconciliação do pecador com Deus. Ainda, por meio da salvação de Cristo, Deus se faz presente na cura dos enfermos (Mt 4.23), na ressurreição dos mortos (Jo 11.43,44), no anúncio do Evangelho aos pobres (Lc 4.18), na libertação do ser humano das várias opressões que o assolam (Lc 4.19), na chegada do Reino de Deus (Mt 10.7; Mc 1.15) e na vida eterna do salvo (Jo 6.47; Rm 1.16). [Comentário: Ao receber Jesus como Salvador e Senhor de sua vida o homem mergulha em um mar de bênçãos espirituais (Ef 1.3). 

2. A salvação é para todo o mundo. A Bíblia afirma que a salvação está ao alcance de todas as pessoas (Jo 3.15; 1Tm 4.10), em qualquer circunstância (Lc 23.43) por meio da fé e do arrependimento de coração (At 15.9; Rm 3.28; 11.6), desde que confessem a Cristo como Salvador (Rm 10.9). Essa oferta de salvação é a evidência de que o Reino de Deus chegou aos corações das pessoas que outrora viviam cativas, cegas e oprimidas, mas que agora, para a glória de Deus, são livres por causa do evangelho da salvação (Is 61.1-4 cf. Lc 4.18,19).[Comentário: Os ensinamentos de Jesus apoiam o conceito de Deus como um Deus de ira que julga o pecado. A história do homem rico e Lázaro fala do julgamento de Deus e das graves consequências para o pecador que não se arrepende (Lucas 16.19-31). Jesus disse em João 3.36 "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele". Aquele que crê no Filho não sofrerá a ira de Deus pelo seu pecado porque o Filho tomou sobre Si a ira de Deus quando morreu em nosso lugar na cruz (Romanos 5:6-11). Aqueles que não crêem no Filho, os que não O recebem como Salvador, serão julgados no dia da ira (Romanos 2:5-6). Da mesma maneira que a bondade de Deus permanece na vida eterna dos fiéis, a ira de Deus permanece no castigo eterno dos rebeldes. Em outro texto, Jesus disse dos ímpios: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna” (Mt 25.46). Se cremos na vida eterna, precisamos acreditar no castigo eterno. A ira de Deus é uma coisa espantosa e assustadora. Somente aqueles que foram cobertos pelo sangue de Cristo derramado por nós na cruz podem estar seguros de que a ira de Deus nunca cairá sobre eles. "Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele!" (Rm 5.9). Sobre o texto de 1 Timóteo 2.4.

3. A responsabilidade do cristão. Há uma grande responsabilidade para os que foram alcançados pela salvação em Cristo. Uma das mais importantes é o compromisso de compartilhar o Evangelho por intermédio do “Ide” de Jesus (Mt 28.19). Isso significa evangelizar e discipular pessoas que participam do nosso círculo de contatos, sejam elas reais ou virtuais (At 5.42). Também comprometer-se com missões regionais ou mundiais, colaborando com as igrejas locais que sustentam os missionários (At 13.2). Bem como disponibilizar-se em favor de quem precisa de ajuda (Mt 19.21; Lc 14.13; 2Co 9.9; Gl 2.10), expressando a “fome e a sede de justiça” (Mt 5.6). Essa é a missão social de quem foi alcançado pela salvação de Deus (At 2.42-47). [Comentário: Os salvos em Cristo não podem se comportar de qualquer maneira, isso porque a vida do crente demanda um procedimento ético. O comportamento dos salvos em Cristo deve ser pautado pela humildade, cada um deve considerar “os outros superiores a si mesmo” (Fp. 2.3). O individualismo não pode predominar no corpo de Cristo, para tanto, cada um deve atentar não para o “que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fp 2.4). Ao invés de destruir-nos mutuamente, devemos carregar as cargas uns dos outros, fazendo assim estaremos cumprindo a lei de Cristo (Gl. 6.2)12. cada ser humano que houve a Palavra de Deus, que é evangelizado, há de serntir-se responsável pela sua reação, não perante quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (2Co 5.17-21). Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão. Sobre esta responsabilidade que agora pesa sobre nós (1º Co 9.16).  12. BARBOSA, José Roberto A.; ‘O Comportamento dos Salvos em Cristo’, Disponível em:http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-evangelico-diversos/o-comportamento-dos-salvos-em-cristo.html. Acesso em 29 de outubro de 2017.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O Perdão de Cristo
“A doutrina do perdão, proeminente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, refere-se ao estado ou ao ato de perdão, remissão de pecados, ou à restauração de um relacionamento amigável. Central à doutrina do Antigo Testamento está o conceito de cobrir o pecado da vista de Deus, representado pela palavra heb. kapar. Isto é indicado pelas várias traduções da palavra tais como ‘apaziguar’, ‘ser misericordioso’, ‘fazer reconciliação’, e o uso mais proeminente na expressão ‘fazer expiação’, que ocorre 70 vezes na versão KJV em inglês. Em Levítico 4.20, ela é agrupada com uma outra palavra proeminente do Antigo Testamento empregada para perdão, com o significado de ‘enviar ou deixar partir’. Consequentemente, em Levítico 4.20 está declarado: ‘O sacerdote por eles fará propiciação [de karpar], e lhes será perdoado [de salah] o pecado. Uma terceira palavra heb., na’as, ocorre frequentemente com a ideia de ‘levantar’ ou ‘dispersar’ o pecado.
[...] Fica claro que o perdão depende de um pagamento justo, de uma penalidade pelo pecado. Os sacrifícios do Antigo Testamento proporcionaram tipicamente e profeticamente uma expectativa do sacrifício final de Cristo. O perdão como um relacionamento entre Deus e o homem depende dos atributos divinos de justiça, amor e misericórdia, e é baseado na obra de Deus ao providenciar um sacrifício apropriado” (Dicionário Bíblico Wycliffe1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1501).

CONCLUSÃO

A salvação que Cristo oferece é tão abrangente que, além de uma experiência espiritual primordial e libertadora da pessoa, traz consigo implicações de ordem cultural e social que vão muito além do indivíduo e se estendem por toda ordem de coisas criadas. Em Cristo, Deus ofereceu salvação a todo o mundo. [Comentário: Para compreender o motivo pelo qual o homem precisa de salvação se faz necessário saber como, quando, onde e porque se está condenado e qual pena foi estabelecida. É necessário compreender como Deus justifica aquele que está condenado sem invalidar a sua justiça e o porquê da necessidade de um salvador. Por fim, se faz necessário identificar a verdadeira causa do sofrimento da humanidade. A Bíblia claramente ensina que o problema fundamental da humanidade é o nosso pecado e a ira de Deus contra nós por causa do nosso pecado. A ira de Deus contra o nosso pecado é o problema fundamental de que o evangelho trata. Jesus morreu na cruz como uma propiciação, um sacrifício que desvia a ira de Deus (Rm 3.25; 1Jo 2.2, 4.10) a fim de que nós fôssemos salvos por meio da fé nele ] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2).

Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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