sexta-feira, 3 de julho de 2015

LIÇÃO 1: UMA MENSAGEM À IGREJA LOCAL E À LIDERANÇA






SUBSÍDIO I

INTRODUÇÃO

As Epístolas de Paulo a Timóteo (I e II) e Tito são conhecidas como Epístolas Pastorais desde o século XVIII, por orientarem o pastoreio das igrejas. Ao longo deste trimestre estudaremos essas epístolas, extraindo princípios para o ministério cristão. Na aula de hoje apresentaremos uma panorâmica dessas epístolas, ressaltando o conteúdo, estrutura, conceitos-chave e ênfases teológicas.

1. I TIMÓTEO

A I Epístola de Paulo a Timóteo apresenta orientações para a vida eclesiástica, nesta o Apóstolo exorta em relação ao ensino correto, delega missões aos crentes, estabelece princípios para a organização da igreja, destacando critérios para a escolha dos presbíteros e diáconos. Em seguida, exorta quanto ao tratamento dos idosos e viúvas na igreja, além de admoestar quanto ao perigo das riquezas. Um dos versículos-chave dessa Epístola se encontra em I Tm. 1.15: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”. Paulo é bastante específico quanto a estrutura das reuniões e cultos, bem como a separação de novos líderes da igreja, com destaque para suas qualidades. Ele ressalta que os obreiros de Deus devem ser exemplo para os fiéis. Essa Epístola foi escrita por volta do ano 64 d. C., a Timóteo, um dos companheiros de Paulo nas viagens missionárias. O Apóstolo o enviou para Éfeso a fim de deter os falsos ensinamentos que eram propagados pelos adeptos do gnosticismo (I Tm. 1.3,4). Tratava-se de um obreiro jovem, por isso Paulo admoesta a igreja para que “ninguém despreze a tua mocidade”, por outro lado, ele “deveria ser exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (I Tm. 4.12). Alguns temas são predominantes nessa Epístola: 1) a preservação da sã doutrina, defendendo a fé dos falsos ensinamentos; 2) qualificações dos obreiros para que esses deem testemunho fiel de Cristo; 3) disciplina pessoal, a fim de cumprir os requisitos morais para o ministério; e 4) as responsabilidades da igreja, principalmente em relação aos mais pobres.

2. TITO

A Epístola de Paulo a Tito foi escrita no mesmo período de I Timóteo, após a libertação de Paulo da sua primeira prisão em Roma. Os temas eclesiásticos são basicamente os mesmos tratados naquela Epístola. Paulo trata a respeito dos pré-requisitos para a escolha dos diáconos e presbíteros, tendo em vista o combate aos falsos mestres. Em seguida o Apóstolo orienta quanto à organização das diferentes faixas etárias na igreja, e das camadas sociais distintas, bem como da lealdade a Cristo. Paulo também se preocupa com a relação do crente com o Estado, e destaca a relevância da lealdade a Cristo. Um dos versículos-chave dessa Epístola se encontra em Tt. 2.11: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”. O livro de Atos não apresenta informações a respeito de Tito, o que é possível saber a respeito desse cooperador de Paulo se encontra em Gl. 2.1-3. A partir desse texto sabemos que era um cristão-judeu, que recebeu várias atribuições do Apostolo, dentre elas a de ir a Corinto, para orientar a igreja (II Co. 1.12; 8.5-16; 8.1-6). A data foi provavelmente escrita em 64 d. C., depois que Paulo foi libertado da prisão em Roma. Tito recebeu essa Epístola quando se encontrava em Creta, tendo sido deixado ali pelo Apóstolo, “para que pusesse em boa ordem as coisas que ainda restam” (Tt. 1.5).  Alguns temas são mais importantes nessa Epístola, dentre eles destacamos: 1) a importância de uma vida íntegra, principalmente entre os obreiros; 2) a escolha de diáconos e presbíteros, considerando o caráter dos candidatos; 3) o relacionamento entre as pessoas de diferentes faixas etárias na igreja; e 4) a maneira dos cristãos se portarem na sociedade, obedecendo ao governo e trabalhando com honestidade.

3. II TIMÓTEO

Timóteo era um filho de um gentio e de uma cristã-judia de Listra (At. 16.1; II Tm. 1.5). Paulo o levou como colaborador do seu ministério durante a segunda viagem missionária, quando passou por aquela cidade (At. 16.3). O Apóstolo confiava nesse jovem obreiro, por isso delegou-lhe várias responsabilidades (I Ts. 3.2,6), principalmente no período em que se encontrava na prisão (Fp. 2.20). A II Epístola de Paulo a Timóteo foi escrita justamente durante o período em que estava preso em Roma, diante da grande perseguição empreendida por Nero, por volta do ano 67 d. C. Ciente da sua passagem iminente, Paulo instrui Timóteo para que pregue a palavra com ousadia; que esteja preparado para a perseguição, o cuidado com a ameaça dos falsos mestres; a necessidade da fidelidade ao ministério da palavra. Um dos versículos-chave dessa Epístola se encontra em II Tm. 3.16: “Toda Escritura é inspirada por Deus é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. Paulo estava preso, e é comovente saber que ele estava com frio, e tinha necessidade dos livros (II Tm. 4.13). Naqueles que provavelmente seriam seus últimos dias na terra, Paulo conclama Timóteo a apresentar-se como obreiro aprovado, que não tinha do que se envergonhar, que manejava bem a palavra da verdade (II Tm. 2.15). Alguns temas merecem destaque: 1) a coragem, considerando que a perseguição estava se intensificando; 2) fidelidade no ministério, mesmo em momentos de adversidade; e 3) importância do ensino e pregação, para se contrapor às falsas doutrinas que estavam se impregnando na igreja.

CONCLUSÃO

As Epístolas Pastorais de Paulo não servem apenas àqueles obreiros que as receberam no primeiro século: Timóteo e Tito. Na verdade, a intenção do Apóstolo era que esses textos fossem lidos nas igrejas, a fim de orientar os membros do Corpo de Cristo, em relação à sã doutrina. De igual modo, estudar essas Epístolas atualmente serve de orientação para a igreja contemporânea, para que essa se mantenha firme na Palavra, combatendo as heresias que ameaçam a doutrina verdadeiramente evangélica.

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa


COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar as Epístolas de 1 e 2 Timóteo e Tito. Estas cartas, em geral, são consideradas um conjunto, já que foram dirigidas a dois jovens pastores que cuidavam do rebanho do Senhor juntamente com Paulo. O conteúdo delas está repleto de conselhos úteis sobre a estrutura da vida na igreja. Estes conselhos fazem destas cartas verdadeiros manuais eclesiásticos para a liderança das Igrejas de hoje.  [Comentário: As cartas pastorais do apóstolo Paulo são um ponto levemente fora da curva entre os seus outros escritos do Novo Testamento, pela sua própria natureza: 1 e 2 Timóteo e Tito são cartas pessoais de um homem mais velho para jovens a quem ele quer bem, com orientações, comentários sobre conhecidos em comum e pedidos - como por exemplo, para pedir sua capa e pergaminhos. Esse tipo de expressão não é normal na Bíblia, e particularmente com relação a Paulo, de quem sabemos tanto de sua vida"missionária" ou de sua doutrina através do livro de Atos e das outras cartas. É como se o homem Paulo revelasse um pouco de sua vida pessoal, um vislumbre, é certo, que deu margem a muitas especulações, mas um vislumbre. J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã. Timóteo era um nativo de Listra, uma colônia romana na província da Galácia. Filho de um casamento misto, seu pai era gentio e sua mãe, judia (At 16.1). Pouco se sabe sobre seu pai, que parece não ter se tornado cristão, mas sua mãe e avó parecem ter sido convertidas como resultado da visita de Paulo a Listra em sua primeira viagem missionária (2Tm 1.5). Desde sua infancia, elas haviam instruído Timóteo nas Escrituras judaicas (2Tm 3.14,15) e tiveram indubitável influência na própria conversão de Timóteo ao cristianismo. Tito era um cristão gentio que foi, provavelmente, convertido por Paulo (Tt 1.4). Não dispomos de muita informação sobre ele nem seu nome é mencionado em Atos. Paulo o levou consigo a Jerusalém no princípio de sua obra missionária, onde não permitiu que ele fosse circuncidado (Gl 2.1-3). Tito, aparentemente, acompanhou Paulo em sua segunda e terceira viagens missionárias e em parte da quarta. Foi um companheiro confiavel, com quem Paulo podia contar em situações delicadas como aquela de Corinto (2Co 2.13;7.6,13,14;8.6,16,23;12.18).]. Vamos pensar maduramente sobre a fé cristã?

1. AS EPÍSTOLAS PASTORAIS

1. Cartas pastorais. As três epístolas que estudaremos são chamadas de cartas pastorais, e isso se deve ao fato de terem sido elas endereçadas a dois jovens pastores: Timóteo e Tito. Foram escritas por Paulo, um líder itinerante, que estava preocupado com os jovens pastores. Ele os instrui de modo cuidadoso a respeito do trato com a Igreja e com seus ministérios. [Comentário: As Epístolas pastorais são livros canônicos do Novo Testamento, foram escritas por Paulo de Tarso e se dirigem a Timóteo e a Tito. São agrupadas desde os primeiros séculos do cristianismo tal qual temos em nossas Bíblias: Primeira Epístola a Timóteo; Segunda Epístola a Timóteo, e Epístola a Tito. Foram chamadas pela primeira vez de Epístolas Pastorais no século XVIII. O título é apenas parcialmente uma descrição do seu conteúdo, pois não são estritamente pastorais no sentido de fornecer instrução sobre o cuidado das almas. A designação de pastoral é por serem dirigidas a pessoas que tinham responsabilidades pastorais. Diferente das demais epístolas paulinas quando se destinam a uma igreja ou um grupo de igrejas. Não há nada que indique que elas foram escritas na mesma data ou do mesmo local ou que o autor pretendesse que fossem um conjunto, entretanto estudos contemporâneos indicam que devem ser tratadas como um grupo. Possivelmente escritas no período do fim da vida do apóstolo Paulo, apresenta o pensamento dele preparando Timóteo e Tito para continuar a sua tarefa. Por esse motivo introduz uma diferente espécie de correspondência na literatura paulina em comparação com as demais epístolas anteriores https://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstolas_pastorais. A biografia presente nessas cartas nos leva a crer que Paulo foi liberto do seu primeiro aprisionamento e preso novamente, algum tempo depois (alternativamente, ele pode ter sido liberto após sua primeira audiência, por um tempo determinado, até a data de uma segunda audiência).].

2. Datas em que foram escritas. A Primeira Epístola de Timóteo foi escrita por volta de 64 d.C., entre a primeira e a segunda prisão de Paulo, e enviada de Roma ou da Macedônia (talvez Filipos). Em seguida, por volta de 65 d.C., foi escrita a Carta a Tito. Já a Segunda Epístola de Timóteo foi escrita em torno de 67 d.C., quando do segundo encarceramento do apóstolo, e antes de sua morte. Faz parte das "cartas da prisão", ao lado de Filipenses, Efésios, Colossenses e Filemon. [Comentário: Recentemente, alguns biblistas e comentaristas têm questionado a autoria, tradicionalmente aceita, de que Paulo é o autor destas epístolas, citando alegadas diferenças no vocabulário, estilo e teologia. Contudo, tais argumentos não convencem, e também não há razão persuasiva para negar que Paulo tenha escrito estas cartas, e de acordo com as saudações, o autor das três cartas pastorais (1º e 2º Timóteo e Tito) foi mesmo Paulo. De acordo com a tradição posterior, Paulo escreveu 1º Timóteo enquanto estava ainda no meio de sua quarta viagem missionária, entre os anos de 62-64 d.C. 2º Timóteo é a última carta escrita por Paulo. Preparou-a logo depois da sua quarta viagem missionária, provavelmente entre 64-68 d.C. Também a carta enviada a Tito foi escrita durante a quarta viagem missionária, entre 62 e 64 d.C.].

3. Conteúdo. Estas epístolas formam um conjunto literário, devocional e doutrinário, em que se observam o mesmo vocabulário, o mesmo estilo e os mesmos propósitos para qual foram escritas. A estrutura foi elaborada com o intuito de alcançar seus destinatários com solenes ensinos e advertências da parte de Deus. O conteúdo pode ser resumido da seguinte maneira:
a) Saudação.  Nas saudações aos destinatários, Paulo demonstra o seu cuidado para com os jovens obreiros (1 Tm 1.2; Tt 1.1-4; 2 Tm 1.1,2);
b) Qualificações ministeriais. Paulo demonstra que para ser Ministro do Evangelho, há requisitos a serem respeitados (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9);
c) Alerta contra os falsos mestres e as falsas doutrinas (1 Tm 4.1-5; Tt 1.10-16). Falsos mestres e falsas doutrinas já existiam nas igrejas e infelizmente ainda existem em muitos lugares;
d) O cuidado com a "sã doutrina" (1 Tm 1.10; 6.3; 2 Tm 1.13; 4.3; Tt 2.1); a falta desse cuidado contribui para a disseminação das heresias e desvios de toda a espécie;
e) Comportamento e conselhos a diversos grupos (1 Tm 5.1-25; Tt 2.1-10). Paulo fala a respeito dos servos, senhores, pais, filhos, jovens e outros grupos. [Comentário:  Paulo já era um homem mais velho (Filemon 9) e dependia cada vez mais da atuação dos homens que havia treinado durante a época mais ativa do seu ministério. Ele havia deixado Timóteo em Éfeso (1º Timóteo 1:3) e Tito em Creta (Tito 1:5) para continuarem o trabalho no ministério. Lucas ainda estava com ele (2º Timóteo 4:11), Tíquico tinha sido enviado a Éfeso (4:12) e a presença de Marcos era desejada. Paulo, pessoalmente, havia estado em Éfeso (1º Timóteo 1:3), Creta (Tito 1:5), Nicópolis (3:12), Corinto (2º Timóteo 4:20), Mileto (4:20) e Trôade (4:13) e estava em Roma naquele momento (1:17). Ele estava certo de que o fim de sua vida estava próximo (4:6-7). Há uma diferença entre as cartas pastorais, no entanto: I Timóteo e Tito mostram Paulo ainda ativo, viajando entre as cidades e aconselhando os seus aprendizes em questões do ministério. Já 2º Timóteo demonstra um tom de despedida (4:6-8).
É necessário estudar exaustivamente as Epístolas Pastorais pelas seguintes razões:
(1) Porque elas lançam luz sobre o importante problema da administração eclesiástica. Essas cartas contém algumas diretrizes acerca do culto publico que faríamos bem em prestar atenção? Que qualidades deve um homem possuir para ser um bom pastor? Um ancião digno? Um diácono consciente? Até que ponto poderiam as mulheres ser usadas na obra da igreja? Sobre quem repousa a responsabilidade primária de suprir os necessitados? Como o ministro deve tratar os homens de idade avançada que necessitam de conselho pastoral? E as mulheres idosas? E os jovens? E as jovens?
(2) Porque enfatizam a sã doutrina. É verdade que não importa o que uma pessoa creia contanto que seja sincera no que ela crê? A Bíblia é de fato “a Palavra de DEUS” tal como ela se apresenta, ou simplesmente se torna a Palavra de DEUS quando ela o ‘‘toca”? Como deve alguém defrontar-se com hereges? É possível prestar demasiada atenção aos erros deles?
(3) Porque exigem uma vida consagrada. É possível que uma pessoa seja “doutrinariamente sã”, porém “corrompida na prática”? Os homens maus devem ser disciplinados? Com que prontidão? Com que propósito em mente?
(4) Porque respondem a pergunta: "Os credos tem algum valor”? A igreja creu, no período de transição, na formulação de credos, nas declarações concisas e em outros meios de transmitir a verdade do evangelho aos interessados e a juventude? Havia alguns hinos? O lema: “Credos não, CRISTO sim” está em harmonia com o ensino das Pastorais?
(5) Porque nos informam das atividades finais na vida do grande apóstolo Paulo. O livro de Atos apresenta um relato completo de todas as suas viagens? Houve realmente duas prisões em Roma?
(6) Porque são uma valiosa fonte para a compreensão da história da igreja no terceiro quarto do 1º século d. C. (Ver M. C. Tenney, The New Testament, A Survey, p. 354).
(7) Porque nessas Epístolas, tanto quanto nas demais, DEUS nos fala.]


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O centro do ensino de Paulo a Timóteo concentra-se no modo de vida que é apropriado dentro da igreja. As suas lições falam de oração (2.1-8), mulheres (2.9-15), a escolha de ‘bispos’ (3.1-7) e ‘diáconos’ (3.8-13) e concluem com uma liturgia de louvor (3. 14-16). Estas lições têm o objetivo de ajudar na igreja do Deus vivo’. A seguir, Paulo passa a falar do próprio Timóteo. É aparente que, embora Paulo amasse muito Timóteo, e o enviasse em importantes missões. Timóteo, por natureza, era tímido e hesitante. Por isto as palavras de Paulo parecem, às vezes, ir além do incentivo e da exortação. Paulo lembra Timóteo de que ele pode esperar falsos ensinos infectando as igrejas, e que o seu dever é ‘propor’ a verdade aos irmãos (4.1-10). Mas Timóteo deve fazer ainda mais. Ele deve ‘mandar e ensinar’ a verdade, e não permitir que alguém ‘despreze’ sua ‘mocidade’. E as exortações prosseguem: Timóteo deve ‘meditar nestas coisas’, ‘ocupar-se nelas’ e ‘perseverar nelas’ (4.10-16)” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 467).
  
2. PROPÓSITO E MENSAGEM

As cartas pastorais de 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito tinham em comum os seguintes propósitos:

1. Orientar os líderes quanto à vida pessoal. Paulo exorta o jovem pastor Timóteo dizendo que ele deveria servir como exemplo em tudo (1 Tm 4.12, 16). Para estar na liderança de uma igreja local é imprescindível ter uma vida exemplar. Também é necessário  e importante que o líder saiba cuidar bem de sua vida familiar (1 Tm 3.1-13), a fim de que sua esposa e filhos tenham uma boa conduta. [Comentário:  As cartas pastorais nos dão uma perspectiva profunda sobre a autoridade bíblica que foi concedida aos líderes das igrejas. Paulo, em I Timóteo, já dizia: “Saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade” (I Timóteo 3:15). Para que as pessoas soubessem como se comportar, era necessário que alguém as ensinasse e esperasse delas o tipo de comportamento adequado. Hoje, esses ensinamentos se fazem ainda mais necessários, porque saímos de um passado onde tínhamos um excesso de autoridade para um presente onde há escassez dela. Quais princípios norteavam a autoridade que Paulo exerceu sobre Timóteo e Tito e os ensinou a exercerem sobre os outros? Paulo sabia que a essência da liderança era a servidão (I Timóteo 4:10-12, Tito 2:7-8). Ele deu o exemplo a Timóteo e o chamou a imitá-lo (II Timóteo 3:10-11). Em muitas ocasiões, ao invés de ordenar algo a Timóteo ou a Tito, Paulo simplesmente pediu, recomendou, lembrou ou simplesmente os instruiu (I Timóteo 1:3, 1:18, 2:1, 4:6-7, 15, 5:1-2, 14, 21, 6:20, II Timóteo 2:14, 2:25, 4:1, Tito 2:2-6, 9, 3:1).].

2. Combater as heresias. Paulo sabia das diversas heresias que ameaçavam as igrejas locais. O apóstolo estava preocupado com os crentes que já haviam sido seduzidos pelo judaísmo. O judaísmo exigia o cumprimento de vários rituais e liturgias, contudo Jesus nos ensinou uma nova maneira de cumprir a Lei e de viver. Jesus fez uma Nova Aliança com a humanidade mediante seu sacrifício na cruz. Naquele tempo havia também o perigo do gnosticismo, ou seja, uma filosofia herética, que defendia o dualismo, segundo o qual a matéria é má e o espírito é bom. Por isso, negava a encarnação de Cristo, pois o corpo, sendo matéria, contaminaria seu espírito. Paulo deixou Timóteo em Éfeso para amenizar os estragos dessa heresia, que se infiltrou no meio dos crentes, sob influência de Himeneu e Alexandre (1 Tm 1.19,20). [Comentário:  Paulo preparou a Timóteo ensinando-o como ministrar aos que tinha sob seu cuidado. Seus ensinamentos foram claros e específicos. Timóteo não teve que adivinhar o que seu mestre ou discipulador esperava dele. Estas instruções surgiram da experiência e sabedoria de Paulo. Os líderes servidores preparam a outros instruindo-os nas áreas específicas de seu ministério. Paulo faz apelo angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a apostasia vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14). Cada crente deve imitar um Paulo em sua vida porque “você necessita de alguém que tenha atravessado o caminho”. Cada crente necessita de um Barnabé porque precisa de alguém “que o ame, mas que não se deixe impressionar por você”. Necessita de um Timóteo “cuja vida está edificando”. (Fp 2.19 - ARA). Há pastores que pregam, ensinam, pastoreiam ou escrevem, não com solicitude genuína pela propagação do evangelho, mas visando aos seus próprios interesses, honra, glória e prestígio. Ao invés de procurarem agradar ao Senhor JESUS, procuram agradar aos homens e conquistar o favor deles (1.15; 2.20,21; 2 Tm 4.10,16). Tais pastores não são verdadeiros servos do Senhor. Sabendo que está
com os dias contados e seu ministério acabado, ele escreve para Timóteo: Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério (2 Tm 4.9-11). Quando seu tempo se esgotava, quando se sentiu abandonado e quando possivelmente se deixava abater pelo desânimo, Paulo queria ter duas pessoas a seu lado: Timóteo, seu amado filho, e Marcos, “porque ele me é útil para o ministério”.].

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“A responsabilidade imediata de Timóteo era esta: ‘Para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina’. O apóstolo não nos informa a quem ele se referia quando emitiu esta ordem; Timóteo provavelmente já sabia muito bem quem eram os envolvidos. Paulo usa termos vagos para descrever a natureza destas heresias: Fábulas ou... genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé. Mesmo que seja impossível concluir com plena certeza quais eram esses ensinos que o apóstolo percebia que estavam minando a fé dos cristãos efésios, não é forçar a interpretação sugerir que se tratava de um começo de gnosticismo. A heresia conhecida por gnosticismo, que no século II se tornou ameaça séria à integridade do ensino cristão, tinha raízes judaicas e gentias. Houve três fases sucessivas da influência judaica na igreja primitiva. A segunda era a fase judaizante que Paulo combateu com tanta eficácia na Epístola aos Gálatas. É sobre a terceira fase, em que havia ‘revelações fingidas sobre nomes e genealogias de anjos’, que o apóstolo procura avisar Timóteo” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 452).
  
3. UMA MENSAGEM PARA A IGREJA LICAL E A LIDERANÇA DA ATUALIDADE

Estamos vivendo os tempos trabalhosos que Paulo falou em 1 Timóteo 4.1,2. Precisamos estar atentos, por isso, vamos estudar duas heresias da atualidade. Estas precisam ser confrontadas com a Palavra de Deus.

1. O "evangelho" da prosperidade. Um dos mais eminentes defensores, desta falsa doutrina ensinou que "você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi. Você não tem um deus dentro de você. Você é um deus". Se o crente é "deus" pode tudo; tudo o que disser tornar-se-á realidade (confissão positiva); e terá o mundo e as riquezas que desejar, sem pobreza nem enfermidades. À luz da Palavra de Deus, tal ensinamento equivale a orgulho, presunção e soberba. Sabemos que Deus abomina toda altivez (Pv 6.16-19) e que tal ensino é contrário as Escrituras Sagradas. Somos criaturas, temos falhas e sem Deus nada somos e nada podemos. O poder e a majestade são dEle. [Comentário:  Embora os adeptos da teologia da prosperidade considerem Kenneth Hagin o pai desse movimento, pesquisas cuidadosas feitas por vários estudiosos, como D. R. McConnell, demonstraram conclusivamente que o verdadeiro originador da confissão positiva foi Essek William Kenyon (1867-1948). Esse evangelista de origem metodista nasceu no condado de Saratoga, Estado de Nova York, e se converteu na adolescência. Em 1892 mudou-se para Boston, onde estudou no Emerson College, conhecido por ser um centro do chamado movimento “transcendental” ou “metafísico”, que deu origem a várias seitas de orientação duvidosa. Uma das influências recebidas e reconhecidas por Kenyon nessa época foi a de Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã. Kenyon iniciou o Instituto Bíblico Betel, que dirigiu até 1923. Transferiu-se então para a Califórnia, onde fez inúmeras campanhas evangelísticas. Pregou diversas vezes no célebre Templo Angelus, em Los Angeles, da evangelista Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular. Pastoreou igrejas batistas independentes em Pasadena e Seattle e foi um pioneiro do evangelismo pelo rádio, com sua “Igreja do Ar”. As transcrições gravadas de seus programas serviram de base para muitos de seus escritos. Cunhou muitas expressões populares do movimento da fé, como “O que eu confesso, eu possuo”. Antes de morrer, em 1948, encarregou a filha Ruth de dar continuidade ao seu ministério e publicar seus escritos. Quais eram as crenças dos tais grupos metafísicos? Eles ensinavam que a verdadeira realidade está além do âmbito físico. A esfera do espírito não só é superior ao mundo físico, mas controla cada um dos seus aspectos. Mais ainda, a mente humana pode controlar a esfera espiritual. Portanto, o ser humano tem a capacidade inata de controlar o mundo material por meio de sua influência sobre o espiritual, principalmente no que diz respeito à cura de enfermidades. Kenyon acreditava que essas idéias não somente eram compatíveis com o cristianismo, mas podiam aperfeiçoar a espiritualidade cristã tradicional. Mediante o uso correto da mente, o crente poderia reivindicar os plenos benefícios da salvação. Leia mais em: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/313/raizes-historicas-da-teologia-da-prosperidade].

2. Apostasia dos últimos dias. Paulo adverte aos crentes quanto ao que está acontecendo nos dias atuais, onde muitos estão abandonando a fé em Cristo. Em Tito, ele faz advertência semelhante sobre falsos líderes, contradizentes e de torpe ganância (Tt 1.9-13). Precisamos estar atentos para que os ensinos heréticos e a apostasia não alcancem a Igreja do Senhor.  O líder tem a responsabilidade de zelar pela sã doutrina. [Comentário:  A apostasia, da palavra grega apostasia, significa "um desafio de um sistema estabelecido ou autoridade; uma rebelião; um abandono ou falta de fé." No mundo do primeiro século, a apostasia era um termo técnico para a revolta política ou deserção. E, assim como no primeiro século, a apostasia ameaça o Corpo de Cristo hoje. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Ts 2.3). O verso referido diz que chegará um tempo nos últimos dias quando os fundamentos da doutrina cristã serão contemporizados e derribados pela aceitação do erro e da heresia. Os homens esquecerão o ensino bíblico sadio. Bem, estamos atualmente vivendo nesses dias! Estamos vivendo em dias de uma terrível apostasia da sã doutrina bíblica e dos valores de Deus. Adivinhe quem está liderando essa tendência para a apostasia. São os pastores que contemporizaram na fé e que realmente não estão nem aí. Eles rejeitaram a sã doutrina e estão desejosos de agradar e de alcançar a aprovação dos homens. Não são como os bereanos, que diligentemente examinaram as Escrituras e que procuraram agradar a Deus. Infelizmente, pastores maus, que contemporizam na doutrina, estão na liderança de muitas igrejas. Esses 'pastores' procuram agradar aos homens e nem querem saber se estão caminhando em obediência a Deus e à firmeza de sua palavra, a Bíblia. Participando como membros dessas igrejas, estão todos os tipos de pessoas que rejeitam a sã doutrina bíblica. A Bíblia adverte: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2 Tm 4.3-4). Estamos atualmente vivendo nesses dias quando os homens rejeitarão a sã doutrina. Não somente muitos que chamam a si mesmos de 'cristãos' rejeitam a sã doutrina, mas também muitos que se atrevem chamar a si mesmos de 'pastor'. Esses maus pastores causam grandes danos à igreja e já feriram muitas pessoas do povo de Deus. Os pastores têm poder; podem levar o povo mais para perto de Deus e torná-lo mais forte, ou podem fazer o contrário. Aqui está um versículo que ilustra esse fato: “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” (Mt 21.13). Esse verso tem um significado real nestes dias, à luz da crescente tendência à apostasia. Deus não quer que seu templo seja um covil de ladrões; quer que seja um lugar santo, ao qual as pessoas possam vir e humildemente adorar a Deus. Entretanto, os líderes religiosos o transformaram em outra
coisa. O versículo diz, "vós a tendes convertido" referindo-se ao fato que os líderes religiosos permitiram que o templo deixasse de ser uma casa de oração para se tornar um covil de ladrões. Deus também atribui a responsabilidade por essa mudança aos líderes religiosos, que deveriam ter mais discernimento. Esse verso tem uma aplicação muito importante para hoje! Poucos pastores encaram
seu trabalho com seriedade. A maioria está preocupada em buscar os louvores dos homens, jactando-se dos 'grandes números' obtidos no último domingo, e outros estão enriquecendo e vivendo como 'filhos do Rei'. Aprofunde-se mais lendo o artigo completo em http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/MausPastoresUltimosDias-Yusko.htm].
  
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo. Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por Deus. Alguns realizarão grandes coisas por Deus, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e zelo por Deus que tinham antes, desviarão muitas pessoas.
Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas" (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 1870).

4. MENSAGEM PARA A LIDERANÇA

1. Administração eclesiástica. Em 1 Timóteo 3.1-12 e em Tito 1.5-9, vemos um conjunto de qualificações que aqueles que desejam liderar uma igreja necessitam ter. Infelizmente, em muitas igrejas, nem sempre estas recomendações são observadas. Porém, a liderança exige esforço. É necessário que o pastor tenha uma vida santa e irrepreensível.  É preciso esforço e disciplina. Observe com atenção, algumas das qualificações necessárias ao líder: Irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos fiéis, não soberbo, não iracundo, não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a Palavra, capaz de admoestar com a sã doutrina, etc. [Comentário:  Cuidar do rebanho de Deus é uma das mais nobres tarefas dadas por Deus ao homem. Representa, também, enormes e pesadas responsabilidades, pois quem administra uma igreja está lidando não só com as questões administrativas do dia-a-dia, mas sobretudo com o preparo de almas para a vida eterna. Daí há quem pense que basta atender as necessidades espirituais do rebanho para cumprir o propósito divino, deixando as questões administrativas em plano secundário. Embora as necessidades espirituais sejam mais importantes, há o lado humano, a organização, o modo de fazer as coisas, que também não podem ser desprezados.].

2. Ética ministerial. Na Segunda Epístola a Timóteo, Paulo diz que o ministro deve apresentar-se a Deus "aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar; que maneja bem a palavra da verdade" (2.15). A verdadeira liderança se estabelece pelo exemplo, pelo testemunho, muito mais do que pela eloquência, pela oratória ou pela retórica. Não são os diplomas de um pastor que o qualificam como líder cristão, mas seu exemplo, sua ética, diante de Deus e da igreja local. Paulo tinha condições de ensinar liderança e ética, pois sua vida era exemplo para a igreja e para os de fora  (Fp 3.17; 1 Co 11.1). O líder cristão não é o que "manda", mas o que serve. Não é o maior, e sim o menor (Mt 20.24-28). [Comentário:  “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.” (At 20.28-30). Quando o Espírito Santo orientou a Paulo nos critérios de escolha dos candidatos ao Presbitério ele estava estabelecendo os critérios éticos para tal função homens de boa reputação isso nos mostra como o candidato deveria ser visto pela sociedade, (I Tm 3.7 ) cheios do Espírito Santo, (Gl 5.22 -26) isso mostra que seu caráter deveria estar moldado pela pessoa do Espírito Santo, cheios de sabedoria a Bíblia diz em Salmos 111.10 que o temor ao Senhor é o principio da sabedoria. Então no contexto cultural da Igreja Cristã, o Presbítero deveria ser um homem temente a Deus. Ao referir-se aos Presbíteros em I Tm 3.1-8, Paulo norteia o
padrão de comportamento ético, e este padrão é o mesmo seja para o Pastor, Presbítero ou Diácono. Falando aos Presbíteros no versículo 4 do mesmo capitulo, Paulo foi bem claro: que saiba governar bem a sua casa - isso reforça o cuidado bíblico com a família; o apostolo esta mostrando que a liderança deve começar em casa; e no versículo 15 ele diz: “para que saibais como convém andar na casa de Deus”, o apostolo estava falando de comportamento ético, de como exercer o ministério, seja como Diácono, Presbítero ou Pastor.].

CONCLUSÃO

As cartas pastorais contêm doutrinas e exortações quanto a assuntos práticos, mas também diretrizes gerais sobre liderança, designação de obreiros, suas qualificações, as responsabilidades espirituais e morais do ministério; do relacionamento com Deus, com os líderes e das relações interpessoais. São riquíssimas fontes de ensino para edificação das igrejas locais nos tempos presentes. [Comentário:  No conjunto de Cartas de autoria do apóstolo Paulo, as que são dirigidas a Timóteo e a Tito formam um grupo à parte que se distingue pela forma e pelo conteúdo e que, desde o séc. XVIII são designadas por Cartas Pastorais. Timóteo e Tito são dois dos mais fiéis colaboradores do Apóstolo, e nestas Cartas são visadas as qualidades dos pastores, a natureza e a extensão das suas funções. Foram as últimas cartas que Paulo escreveu e contém conselhos, a serem seguidos por nós hoje também (1 Tm 3.14-15), tendo em vista que o problema comum entre as igrejas de Éfeso e Creta era as falsas doutrinas, tal qual temos hoje. Havia, ainda, muitas contendas e discussões nas igrejas (Tt 2.9-11). Para combater as falsas doutrinas, Paulo recomenda a nomeação de oficiais qualificados, em cada igreja (Tt 1.5). É importante que o oficial nomeado seja irrepreensível (1 Tm 3.1-13, Tt 1.5-9). No combate contra as heresias, Paulo reafirma as verdades centrais do cristianismo:
-Salvação pela graça, através da fé em Cristo;
-Vida santificada, livre do pecado;
-O juízo de Deus, etc. É a chamada “sã doutrina” (1 Tm 1.15, 2.5, 2 Tm 2.11,12, Tt 2.-11-14, 3.3-8). E esta sã doutrina deve ser ensinada para o povo (2 Tm 2.2, 3.25, Tt 2.1).
Enfim, teremos um trimestre abençoado e a oportunidade de firmarmos a fé que temos abraçado. Bons estudos.]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.


Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.



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