sábado, 1 de agosto de 2015

LIÇÃO 5: APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO








SUBSÍDIO I

INTRODUÇÃO

Na aula de hoje estudaremos a partir dessa seção da I Epístola a Timóteo os perigos das heresias. Em seguida, exortaremos, com o apóstolo Paulo, quanto à importância de permanecer na sã doutrina. Ao final, com base nessa mesma Epístola, ressaltaremos a necessidade de manter-se fiel e diligente no ministério que o Senhor nos confiou. Atestaremos, após esse estudo, que a mensagem do Apóstolo se aplica aos dias atuais, marcados por heresias que comprometem a verdade do evangelho. 

1. A APOSTASIA DOS ÚLTIMOS DIAS

As falsas doutrinas costumam entrar sorrateiramente no seio da igreja cristã, e na maioria das vezes, deixam de ser percebidas. O fundamento das heresias geralmente é moral, não necessariamente teológico. A teologia ortodoxa tem sofrido por causa de muitas pessoas que advogando uma nova revelação, se afastam dos ensinamentos bíblicos, tão somente para respaldar seus desvios da Palavra. Os falsos mestres dos tempos de Paulo não temiam a Deus, por isso viviam em lassidão, deixaram de sentir os danos do pecado. A consciência deles estava cauterizada (gr. kauteriazo), isto é, perdeu a sensibilidade. Nenhum cristão convicto da sua fé deve ser acostumar com o pecado, antes devemos odiá-lo em nós mesmos, e buscar viver em santificação. Por outro lado, precisamos ter cautela para não entrar pelo caminho do ascetismo. A heresia que estava se espalhando em Éfeso proibia o que Deus havia criado para o ser humano, até mesmo o casamento. Em Gn. 1.28 e 9.3 atestamos que tanto o casamento quanto a alimentação foram criados por Deus, não apenas para a reprodução e nutrição, mas também para o prazer. O casamento, ao contrário do que postula a filosofia relativista, foi instituído por Deus, de acordo com Seus parâmetros (Gn. 2.18; 2.24; Mt. 19.3-12; I Co. 7.1-24). O próprio sexo dentro do casamento é legítimo, pois venerado é o leito sem mácula (Hb. 13.4). No que tange ao ascetismo, é preciso ter cuidado, pois muitos que proíbem demais, estão se firmando não na graça de Deus, mas em méritos legalistas (Cl. 2.8-11). O ascetismo exagerado pode se tornar um motivo de vaidade, e uma tentativa de deixar de depender da providência divina. Jesus ressaltou que todos os alimentos são puros (Mc. 7.14-23), isso também foi ensinado por Pedro (At. 10), e confirmado por Paulo (I Co. 10.23-33). O vegetarianismo, por exemplo, pode ser uma opção pessoal, mas sem qualquer valor espiritual (Rm. 14.1,2), é preciso, no entanto, ser ponderado, para não ferir a consciência dos mais fracos (Rm. 13.13-24).

2. A IMPORTÂNCIA DA SÃ DOUTRINA

Uma das melhores maneiras dos pastores evitarem a heresia é investir na formação bíblica da sua igreja, através do estudo e meditação, enfatizando a sã doutrina. Inicialmente faz-se necessário que esses se posicionem em relação aos ensinamentos falsos, e os denunciem perante a igreja. Há pastores que não fazem mais apologética, se acostumaram de tal maneira às falsas doutrinas que perderam o foco espiritual. Os ministros são verdadeiros servos (gr. diakonos) da igreja, servindo a mesa com o genuíno alimento espiritual. Mas para isso eles mesmos precisam investir no estudo bíblico, pois somente serão pastores-mestres se se tornarem alunos. O conhecimento da verdade é a única maneira de combater o erro, ninguém pode identificar o falso se antes não tiver contato com o verdadeiro. Algumas doutrinas estão sendo disseminadas nas igrejas evangélicas brasileiras que nada têm de bíblicas. Há líderes de renome nacional que disseminam suas ideias, sem que essas tenha respaldo bíblico. A teologia da ganância, normalmente denominada de prosperidade, é um equívoco. O acúmulo de riquezas nada tem a ver com espiritualidade, ninguém é mais ou menos crente pela quantia que tem ou deixa de ter. Por outro lado, alguns estão confundido marxismo com cristianismo, e adotando uma pauta ideológica que também não se fundamenta na Palavra. O evangelho de Cristo não está alicerçado no pensamento individualista e consumista da direita, e muito menos no pensamento materialista e coletivista da esquerda. O evangelho dá ao homem a responsabilidade de escolher, inclusive de decidir se distanciar de Deus, ainda que tenha que colher o fruto do que plantou (Gl. 6.7). De igual modo, devemos ter responsabilidade social, pois Cristo nos chamou para viver no mundo, e nos identificar com aqueles que passam por necessidade (Lc. 4.18; Mt. 11.5). Os cristãos que se preocupam com as causas sociais, e que se respaldam na ortodoxia bíblica, devem ser respeitados sem que sejam rotulados de adeptos da esquerda.

3. FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO

Espera-se que o pastor seja fiel aos seus líderes, o princípio da autoridade deve ser respeitado. No entanto, nenhum líder deve se submeter a doutrinas que não tenham fundamento bíblico. Há pastores que sob a justificativa de que são autoridade suprema querem inserir “fábulas profanas” dentro das igrejas. Há líderes que adoram as novidades, vivem buscando saber qual o movimento da moda, para não ficarem ultrapassados. Faz-se necessário identificar e refutar os contradizentes, isto é, os que não seguem o evangelho, e que estão indo após ensinamentos falsos (Tt. 1.14; II Tm. 4.4). A norma basilar de autoridade na igreja evangélica é a Palavra de Deus, todos estão submissos a ela, pastores e mestres. No catolicismo é a tradição que dita as regras da igreja, mas não na orientação protestante. Todos aqueles que assumem a tribuna devem fazê-lo com temor e tremor, cientes de que prestarão contas a Deus a respeito do que anunciam. Ao mesmo tempo, a fidelidade à liderança da igreja é um pressuposto, espera-se que um líder tenha outros líderes, a fim de prestar-lhe obediência. Mas essa deve se firmar nas Escrituras, pois elas são a norma de fé da igreja cristã. O pastor também deve ser um homem piedoso (gr. eusebeia), dedicado à vida espiritual. Isso quer dizer que o obreiro do Senhor deve ser reverente, por isso deve separar tempo para se dedicar à leitura da Bíblia e à oração. O cuidado com o corpo também é necessário, pois esse é templo do Espírito Santo (I Co. 6.19,20) e instrumento para o serviço (Rm. 12.1,2). O foco do pastor não está no culto ao corpo, mas em uma vida espiritual, na intimidade diária com Deus, pondo sua esperança no Deus Vivo (I Tm. 4.9-11). O pastor deve ser um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza, e também no estilo de liderança, sem agir como dominador do rebanho (I Pe. 5.3). Os pastores jovens não devem ser desprezados pelos mais velhos (I Tm. 4.12), antes admoestados para que cresçam no ministério do Senhor.
 
CONCLUSÃO

Por fim, Paulo recomenda a Timóteo, e se aplica à liderança da igreja atual, que se dedique à leitura pública das Escrituras (I Tm. 4.13), tal como faziam os sacerdotes em Israel (Ne. 8.8). Isso tem a ver com a exposição bíblica, prática que está sendo abandonado nas igrejas evangélicas. Faz-se necessário ler, explicar e aplicar as Escrituras, essa é a base de sustentação da igreja. Devemos fazê-lo não apenas dependendo da meditação (I Tm. 4.15), mas também do poder (gr. carisma) do Espírito Santo (I Tm. 4.14). É fundamental ensinar e viver o que se ensina, é assim que se cuida de si mesmo e da doutrina (I Tm. 4.16).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa


COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Nesta lição vamos enfatizar o cuidado que os líderes devem ter com os falsos mestres a fim de que não destruam o rebanho do Senhor. Timóteo foi enviado à igreja de Éfeso para combater os falsos mestres e suas heresias e é exortado por Paulo para que realize a sua missão com excelência. [Comentário:  Paulo inicia esta carta a Timóteo com alertas sobre falsos mestres “te pedi quando parti para a Macedónia, espero que fiques aí em Éfeso para avisar algumas pessoas que não ensinem outra doutrina“ (1Tm 1.3). Ele também refutou alguns dos ensinamentos perigosos: “O Espírito diz claramente que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.” (1Tm 4.1). É vital para a Igreja, especialmente na igreja local, vigiar constantemente o que está sendo ensinado, porque é fácil para falsas doutrinas serem inseridas. “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes. Sejam pastores da igreja de Deus, que Ele comprou com Seu próprio sangue. Eu sei que depois que eu sair, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. Há mesmo alguns de vocês que torcerão a verdade só para arranjar adeptos. Então não baixe a guarda! Lembre-se que por três anos, eu nunca parei de alertar cada um de vocês, noite e dia com lágrimas” (At 20.28-31). Foi esta a razão pela qual Paulo deixou Timóteo em Éfeso. Paulo refere-se ao problema dos efésios como “loquacidade frívola”, “fábulas” e “sabedoria falsa”, e menciona genealogias como se os cristãos de Éfeso estivessem interessados em descobrir suas origens. Através do Judaísmo daquela época, elaboradas interpretações fantasiosas do Antigo Testamento estavam-se espalhando com rapidez. E como os efésios estivessem numa posição que permitia o conhecimento de tudo o que surgia, os cristãos estavam sempre contando novidades e especulando como poderiam encaixar a última novidade em sua teologia eclética. Deste modo, passavam o tempo falando e argumentando, mais do que realmente realizando algo. Encontramos o mesmo perigo hoje! Precisamos saber reconhecer um Falso Mestre: (1.3 a 11)

a. Falsos mestres ensinam doutrinas diferentes

A palavra usada por Paulo para “diferente” é “heteros” que significa radicalmente diferente, de outro tipo. Isso significa que estavam ensinando algo completamente estranho à Palavra de Deus.

b. Falsos mestres se ocupam com superstições e polêmicas

Falsos mestres gostam de fábulas, mitos, ficções e superstições. Experiências místicas não são a base de nossa fé, mas a pura Palavra de Deus.

c. Falsos mestres gostam de especulações inúteis

Falsos mestres vivem falando  de mistérios e coisas aparentemente profundas, mas que nada mais são que especulações da mente humana.

d. Falsos mestres pretensiosamente falam do que não entendem

A pretensão está sempre associada ao orgulho e arrogância. A vaidade de alguns é vista na sua ambição:

·      Desejam ser reconhecidos como um pregador, que nada aprendeu com os demais.
·      Desejam ser reconhecidos como pessoas criativas.
·      Desejam ser reconhecidos como o autor de um novo conceito ou doutrina.
·      Querem ser reconhecidos como o fundador de um novo movimento.

e.  Falsos mestres se apoiam na justiça própria

Os versos 8 a 11 mostram que os falsos mestres que se infiltraram na Igreja eram mestres judaizantes. Eles rejeitavam o ensino de que a salvação é pela graça e fé somente, antes ensinavam que uma pessoa somente poderia ser salva sendo bom o suficiente para agradar a Deus. Nada de errado em querer ser bom e agradar a Deus, o problema é quando buscamos justiça própria para sermos aceitos diante de Deus. A lei foi dada para mostrar o quanto somos pecadores e não para nos tornarmos aceitáveis diante de Deus. A lei fora dada para que buscássemos a graça de Deus]. Vamos pensar maduramente sobre a fé cristã?

1. A APOSTASIA DOS HOMENS

1. A apostasia. A igreja em Éfeso estava sob o ataque dos falsos mestres. Paulo não se omitiu nem se intimidou diante deles, mas com coragem e ousadia combateu os ensinos heréticos que estes disseminavam. Ele tomou todas as providências necessárias para coibir a ação maligna. Paulo foi incisivo ao advertir Timóteo, para que ele doutrinasse a igreja em Éfeso a fim de que os irmãos não viessem apostatar da fé cristã. O que significa apostasia? Significa “abandono premeditado e consciente da fé cristã”. Sabemos que no Antigo Testamento foram muitas as apostasias cometidas pelos israelitas. Para Deus a apostasia é vista como um “adultério espiritual”. [Comentário:  Do grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular, não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. O apostata pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto. No mundo do primeiro século, a apostasia era um termo técnico para a revolta política ou deserção. E, assim como no primeiro século, a apostasia ameaça o Corpo de Cristo hoje. A Bíblia adverte sobre pessoas como Ário (c. 250-336 AD), um sacerdote cristão de Alexandria, Egito, que foi treinado em Antioquia no início do quarto século. Em aproximadamente 318 d.C., Ário acusou o bispo Alexandre de Alexandria de adotar o Sabelianismo, um falso ensino que afirmava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram apenas diferentes papéis ou modos assumidos por Deus em vários momentos. Ário estava determinado a enfatizar a unidade de Deus. No entanto, ele foi longe demais em seu ensinamento da natureza de Deus. Ário negou a Trindade e introduziu o que aparentava ser, sobre a superfície, uma diferença insignificante entre o Pai e o Filho. Ário afirmou que Jesus não era homoousios (da mesma essência) como o Pai, mas sim homoiousios (de essência semelhante). Apenas uma letra grega - o iota (i) - separava os dois. Ário descreveu a sua posição desta forma: "O Pai existia antes do Filho. Houve um tempo em que o Filho não existia. Portanto, o Filho foi criado pelo pai. Portanto, embora o Filho tenha sido a maior de todas as criaturas, ele não era da essência de Deus." Ário era muito inteligente e fez o seu melhor para atrair as pessoas ao seu lado. Chegou ao ponto de compor pequenas canções que ensinavam a sua teologia, as quais ele tentou ensinar a todos que quisessem ouvir. Sua natureza cativante e posição reverenciada como um pregador, assim como viver em negação de si mesmo, também contribuíram para a sua causa. Com relação à apostasia, é fundamental que todos os cristãos compreendam duas coisas importantes: (1) como reconhecer a apostasia e professores apóstatas, e (2) por que o ensino apóstata é tão mortal.]

2. Doutrinas de demônios (v.1). Os falsos mestres eram e continuam sendo uma ameaça para a Igreja de Cristo. Há uma igreja, na América Central, cujo líder e fundador dizia ser Jesus Cristo. Esse “falso Cristo” faleceu há pouco tempo. Na igreja por ele fundada, um dos símbolos mais importantes é o número 666, a quem atribuem perfeição e santidade, quando a Palavra de Deus diz que tal número é símbolo que identifica “a besta” ou o Anticristo (Ap 13.18). Isso é exemplo de “doutrina de demônio”. O líder precisa estar atento e alertar suas ovelhas quanto a estas doutrinas. [Comentário:  Nos dias de hoje centenas de falsos ensinos assaltam tanto a igreja como a Escritura e, portanto, isso exige um minucioso exame de como devem ser tratados os que promovem as falsas doutrinas. Embora pessoa alguma, com um sincero desejo de servir a Cristo, deseje ardentemente acusar outro irmão de estar cometendo erros em seu ministério, os profetas do Velho Testamento, o próprio Senhor Jesus Cristo e os apóstolos deixaram claro que muitos viriam em o nome do Senhor, professando segui-Lo e, contudo, pelos seus ensinos fraudulentos, negando-O ou apresentando uma imagem deturpada de Deus, bem diferente daquela que nos é apresentada na Escritura Sagrada. Paulo disse: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” (Fp 3.18-19). Falsos mestres, falsos apóstolos, falsos profetas e falsos irmãos podem danificar e até mesmo destruir a simplicidade da fé em Cristo: “... tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Jesus avisou que muitos seriam enganados por aqueles que afirmam falar em o nome de Deus (Mt 24.5, 11, 24). Em relação às heresias, temos, digamos uma fonte delas pairando sobre a Igreja. Parece que vivemos temporadas ou “modas” de heresias. Já vimos a onda da “Batalha Espiritual”, também passamos pela “Cura interior”, passamos pelos momentos das unções, “Unção do urso, do leão, do riso, do papagaio, da galinha caipira”, também vimos a “Confissão Positiva ou Palavra de Vitória”, a “Teologia da Prosperidade”, “Maldição Hereditária”, e, recentemente uma onda muito forte com os movimentos de crescimento da Igreja com retorno a práticas judaizantes também trazendo de volta o uso do shofar, candelabro e quase que o tabernáculo inteiro além das festas e rituais judaicos para o culto. Novas teologias também gracejam em nosso meio. Teologias de cunho neo-ortodoxo ou até mesmo liberal que dão novo significado às doutrinas clássicas montando uma nova imagem de Deus, do homem e de seus relacionamentos. Igualmente, temos o teísmo aberto, a teologia relacional, teologia da libertação, teologia existencial, teologia da esperança, etc. Isso indica que os desafios continuam sendo grandes para preservarmos a sã doutrina, mas tenhamos em mente o que o apóstolo nos ensinou na carta aos Filipenses que devemos estar “lutando juntos pela fé evangélica” (Fp 1.27). Não por uma fé qualquer, mas a evangélica, que provém realmente do evangelho de Jesus Cristo.. O fundador da falsa igreja na América Central a quem o comentarista se refere, é o Sr. José Luis de Jesús Miranda (Ponce, 22 de abril de 1946 - Miami, 8 de agosto de 2013), líder religioso porto-riquenho, fundador da Creciendo en Gracia (Growing In Grace International Ministry, Inc.), um movimento que afirma ensinar a "doutrina da Graça". Ele afirmava ser Jesus Cristo e também o Anticristo, e possuir uma tatuagem do número "666" em seu antebraço. Ele se autodenominava como "Jesucristo Hombre" (que significa "Jesus Cristo Homem"). A sua igreja proclama-se o “Governo de Deus na Terra” e possui um símbolo similar ao dos Estados Unidos. José afirmava ter mais de 100 mil seguidores devotos pelo mundo. Afirmava ser o anticristo, mandava os seguidores tatuarem o ‘número da besta’ (666) no corpo. Ao contrário do que se possa pensar, é cada vez mais popular. O '666' tatuado é associado ao mal, mas segundo José Luis, é um mal-entendido. Deus disse que o 'anticristo' é a melhor pessoa na Terra. O anticristo significa que não deve olhar para Jesus Cristo pois ele não era cristão. Para saber mais, siga este link:http://www.napec.org/heresiologia/cresciendo-en-gracia/por-dentro-do-creciendo-en-gracia-escandalos-e-falsas-doutrinas/]

3. Espíritos enganadores. Os falsos mestres eram mentirosos e faziam de tudo para que os crentes da Igreja em Éfeso seguissem “espíritos enganadores”. Sabemos que Satanás é enganador. Ele procura, de todas as formas, iludir os crentes a fim de que estes abandonem a fé verdadeira. Atualmente, temos visto a atuação de muitos espíritos enganadores. A internet tem contribuído para disseminar muitas heresias e enganar muitos que são fiéis ao Senhor. Uma das doutrinas malignas que se tornou comum, nos tempos
atuais é a desvalorização do casamento heterossexual (homem e mulher), enquanto o casamento entre homossexuais vem sendo incentivado pelos meios de comunicação. [Comentário:  Talvez a arma mais  poderosa de satanás na sua guerra contra a Igreja seja exatamente o erro religioso (Ef 6.10-20). Talvez não haja uma arma mais eficaz do que esta: difundir o erro de tal forma que as pessoas fiquem confusas e, assim, a verdade do Evangelho e o progresso da Igreja seja obstaculado. Satanás tem comissionado seus demônios como “espíritos enganadores” que se intrometem no seio da igreja para enganar. Não temos que adivinhar onde estão e como operam tais espíritos, porque temos o Espírito Santo, que habita na vida da Igreja para revelar os ardis e as obras de engano. O Pastor Elienai Cabral escreveu seu artigo intitulado “Espíritos Enganadores”: “A expressão espíritos enganadores pode ter uma referência dupla, tanto a demônios literalmente como a homens que se tornam agentes de demônios. A Bíblia os identifica como “homens maus e enganadores... enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13; 2Jo 7 e 2Pe 2.1). Existem pessoas que se colocam a serviço de Satanás para propagar e disseminar doutrinas falsas e negar as verdades divinas. Essas pessoas tornam-se, indubitavelmente, “espíritos enganadores”. “Últimos tempos” equivale à expressão “últimos dias” do apóstolo Pedro em sua mensagem no Dia de Pentecostes (At 2.17). A palavra de Paulo a Timóteo mostra que Satanás opera e manifesta o mistério da iniquidade nestes últimos tempos, quando se constata a exploração do misticismo em nome do Evangelho de Cristo. “Espíritos enganadores” se intrometem no seio das igrejas e produzem falsos sinais e prodígios para impressionar as pessoas. Aqueles crentes incautos e símplices acabam se deixando levar pelo engano. A Palavra de Deus é torcida e heresias surgem de modo assustador. Os espíritos de engano envolvem a muitas pessoas, as quais acabam se tornando instrumentos de iniquidade sob o comando subjetivo de Satanás. Esse tipo de problema tem produzido, também, racionalismo barato e incredulidade quanto aos milagres sobrenaturais. Para deter a operação do espírito do engano, a liderança evangélica precisa ensinar mais a Palavra de Deus ao povo. A liturgia de nossos cultos está sendo sufocada por programações tão extensas e intensas que não há mais espaço para a Palavra de Deus. Somente a Palavra poderá sufocar e deter ao poder dos espíritos enganadores que se intrometem em nossas igrejas”Disponível em: http://www.cpadnews.com.br/blog/elienaicabral/fe-e-razao/4/espiritos-enganadores.html]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo.
Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja.
A proteção do crente contra tais enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor dEle.
Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do NT não será bem-sucedido. Deus prometeu que nos ‘últimos dias’ salvará todos quanto invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1870).

2. A FIDELIDADE DOS MINISTROS

1. O bom ministro (v.6). Timóteo deveria dar instruções ao rebanho do Senhor, agindo como um “bom ministro de Cristo”. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a palavra grega traduzida por ministro (diakonos) é a mesma palavra traduzida por ‘diáconos’ em 3.8”. O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o crente precisa estar firmado na fé e na doutrina cristã (v.6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de “conhecer a sabedoria e a instrução” para entender as palavras da prudência (Pv 1.2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em todos os aspectos da vida. [Comentário:  O jovem pastor Timóteo deveria expor (o termo no grego expressa a ideia de conselho, sugestão e não de ordem) essas coisas. Se assim o fizer, Timóteo terá comprovado ser de fato um bom ministro de Cristo. O apóstolo não usa, aqui, a expressão 'excelente ministro', mas somente bom. Assim, Paulo deixa nítida a verdade de que ser considerado um bom ministro de Cristo é a posição mais excelente que um obreiro pode lograr. Tornar-se bom ministro de Cristo, depois de ser chamado, exige disciplina e prudência gerais.  Em primeiro lugar, é importante considerar o fato de que a palavra “ministro”, usada nesse versículo, não se refere apenas a pessoas que exercem um ofício ordenado no âmbito da Igreja. Quando lemos essa palavra é comum pensarmos de imediato no Pastor. É verdade que o Pastor é um Ministro, mas essa palavra possui sentido mais abrangente. Seu significado é de “servo”, ou “aquele que serve”, de modo que ela não se aplica unicamente aos servos ordenados e sim a todos que se dedicam na causa de Cristo, ou seja, todos os cristãos. Neste sentido, o comentarista foi restritivo ao Pastor, mas ele é abrangente, é para todos os crentes! Exorta: o bom Ministro e que ele adverte as pessoas quanto ao erro e à mentira, para isso, deve esmerar-se no estudo das Escrituras, dedica-se a um viver piedoso e ao Ministério.]

2. Rejeitando as fábulas profanas. “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade” (v.7). As “fábulas profanas e de velhas”, segundo o Comentário Bíblico Beacon, seriam as superstições ou mitos e lendas a respeito de determinados assuntos. Paulo ensina a Timóteo que tais crendices são profanas e não edificam a Igreja. Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismos nos cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela, acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14). [Comentário:  Se por um lado o ministro deve advertir as pessoas quanto ao erro e a mentira, por outro ele não deve praticar o erro e a mentira, mas a verdade. Fábulas profanas são histórias não reais, inventadas para se opor ao que é santo. Fábula de velha caduca era o modo da época de falar de uma história sem importância. A orientação bíblica é para que o Ministro não gaste suas energias com a mentira, mas as rejeite, e dedique-se ao conhecimento da verdade. Muitas pessoas investem tanta energia em conhecer aquilo que contraria o Evangelho, que não conseguem se dedicar ao conhecimento da Palavra de Cristo. Isso é o que Paulo condena nesse versículo. O ministro de Cristo deve ser um perito no conhecimento da Palavra de Deus, pois ela é a espada do Espírito, por meio da qual toda mentira e engano devem ser eliminados.]

3. O exercício físico e a piedade (v.8). Paulo não estava desaprovando a ideia do bem-estar físico. O que ele queria dizer, para uma comunidade que valorizava excessivamente os exercícios físicos e o corpo, é que tais práticas, ainda que saudáveis, só serviam para esta vida. Enquanto que “a piedade para tudo é
proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (v.8b). Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, por isso, precisa ser bem cuidado. [Comentário:  O que significa exercitar-se na piedade (vs.7b)? Quais resultados esse exercício produz? O Ministério, independente da frente de trabalho em que estivermos, não é apenas uma questão de princípio teórico. Ele é meio pelo qual servimos uns aos outros, sendo canais que distribuem a graça de Deus. Na linguagem de Pedro, somos “despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4:10). Por isso, não é preciso apenas preparo intelectual, mas preparo integral. Eis a razão pela qual Paulo disse a Timóteo que cuidasse tanto de si mesmo quanto de seu ensino. Uma coisa jamais pode se dissociada da outra, pois uma das características de um Ministro excelente é a piedade. Piedade traduz a ideia de conformidade à vontade de Deus, a ideia de santidade. É digno de nota o fato de Paulo atribuir a Timóteo o dever de se exercitar na piedade. A ideia é a de um esforço contínuo em direção à santidade. Trata-se do ato diário de mortificar a si mesmo, a fim de ser controlado pela vontade de Cristo Jesus. Em outros textos, Paulo enfatiza a necessidade de esforço para alcançar uma vida de santidade (2 Co 7:1; Fp 2:12). A fim de incentivar Timóteo a se exercitar na piedade, Paulo traça um paralelo entre o exercício físico e o exercício espiritual (1 Tm 4:8-9). Willian Hendricksen resume em dois pontos o ensino de Paulo. Segundo ele, o que Paulo está dizendo é que: 4.1 – As bênçãos que procedem do exercício físico, por maiores que sejam, são definitivamente inferiores à recompensa que a vida piedosa promete. O primeiro, no melhor dos casos, promove a saúde, o vigor, e a beleza física. Essas coisas são maravilhosas, e devem ser apreciadas. O segundo, porém, promove a vida eterna. 4.2 – A esfera em que o exercício físico é de proveito é muito mais restrita do que aquela em que a vida eterna concede sua recompensa. O primeiro tem a ver com o aqui e agora; o segundo tem a ver com o aqui e agora, mas também atinge o além. (Comentário do Noto Testamento: 1 e 2 Timóteo e Tito, Cultura Cristã). A importância desse tópico é ratificada pela expressão “fiel é esta Palavra e digna de inteira aceitação”, usada apenas quatro vezes nas Cartas Pastorais, para enfatizar a confiabilidade da Palavra de Deus em Suas promessas e exortações. O uso dessa expressão, nesse ponto, indica que Paulo desejava que Timóteo olhasse para ele de maneira especial. A disciplina espiritual é essencial àqueles que desejam ser bons Ministros de Cristo Jesus. Texto extraído de http://www.ipbvilagerti.org.br/um-excelente-ministro]
 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estará ‘limpo do sangue de todos’. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1677).
  
3. A DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO

1. O ensino prescritivo. “Manda estas coisas e ensina-as” (v.11). Era uma determinação de Paulo a Timóteo, para que ele não fraquejasse na ministração da doutrina à igreja em Éfeso, visto que as heresias estavam se espalhando com certa facilidade. A exortação de Paulo é de grande valor para os dias atuais, em que, em muitas igrejas, há um desprezo pela Palavra de Deus. [Comentário:  Qual a importância da autoridade do Ministro no ensino? De onde essa autoridade é derivada? A necessidade da autoridade no ensino do Ministro é uma constante no ensino de Paulo a Timóteo. Diferentes termos refletem isso: “prescreve” (1 Tm 5:7); “repreende” (1 Tm 5:20); “exorta” (1 Tm 6:17). Ao apontar para essa autoridade, ele não está defendendo um tipo de liderança autoritária; a Escritura orienta os líderes cristãos a que liderem não como dominadores do rebanho, mas como pastores (1 Pe 5:3). Assim, a exortação do apóstolo é para que os Ministros de Deus orientem, repreendam e guiem os seus conservos, em nome de Deus, com autoridade, chamando-os à sensatez. Essa autoridade procede essencialmente de Cristo, que designa o Ministro ao trabalho, mas ela também é resultado de sua seriedade para com a Palavra de Deus e de sua vida se conformar com essa Palavra.]

2. O exemplo dos fiéis (v.12). Timóteo era um jovem pastor, com cerca de 30 a 35 anos, e fora enviado para doutrinar uma igreja, onde já havia anciãos ou presbíteros, com mais idade. Por isso, Paulo o exorta a ser um exemplo em tudo. O pastor, não importa a idade que tenha, precisa ter consciência de que será sempre um exemplo para o seu rebanho, por isso, precisa ter cuidado com seu modo de falar, agir e até de se vestir. [Comentário:  A credibilidade de um líder cristão e sua autoridade, dependem diretamente de uma vida exemplar. Timóteo era um jovem Ministro, e Paulo o orienta a adquirir o respeito de seus liderados (vs.12). “Ninguém despreze a tua mocidade”, não por meio de uma imposição autoritária, mas mediante uma vida padrão. Assim, a vida de Timóteo deveria ser modelo para os demais. Um Ministro de Cristo deve poder dizer como o Apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Co 11:1). O Ministro deve ser padrão no que diz (palavra), nas ações (procedimento), na prática da caridade (amor), na confiança em Deus (fé), e nas suas motivações cristãs (pureza).]

3. O cuidado que o ministro deve ter com o aprendizado. “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (v.13). Um ministro do evangelho precisa estar constantemente estudando e aprendendo para que possa exortar, ensinar a Igreja. Infelizmente, há pastores que nunca leram a Bíblia toda. Além da Bíblia é preciso ler outros livros que vão edificar o pastor e contribuir para a edificação da Igreja. É importante também
ressaltar que neste versículo o vocábulo “ensinar” tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade. Todavia, para “ensinar”, o líder precisa gostar de aprender. [Comentário:  Timóteo parece ter ouvido as orientações apostólicas. Isso pode ser visto na confiança que o próprio Apóstolo Paulo depositou no jovem Pastor. Sabemos que Timóteo foi solenemente ordenado Ministro mediante a imposição de mãos do Presbitério, do qual fazia parte o Apóstolo Paulo (1 Tm 1:6; 4:15). Além disso, Timóteo foi companheiro de Paulo em algumas de suas viagens missionárias, e foi algumas vezes enviado pelo Apóstolo para auxiliar algumas Igrejas, dentre elas as de Corinto e Filipos. A recomendação de Paulo a respeito de Timóteo, quando o enviou aos filipenses, resume-se nas seguintes palavras: “A ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus. E conheceis o seu caráter provado, pois serviu ao Evangelho, junto comigo, como filho ao pai.” (Fp 2:20-22)]
 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“‘Ninguém despreze a sua mocidade [...]’ (1Tm 4.12). A palavra grega é neotes, que indica uma pessoa que é adulta, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos de idade, tivesse obtido o discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.
Podemos entender, em virtude do ambiente social, no qual os pagãos e judeus igualmente esperavam que uma pessoa tivesse entre 40 e 60 anos para ser qualificado a compreender e aconselhar, por que Timóteo, com 30 anos de idade, pode ter estado hesitante em afirmar sua autoridade.
É significativa a apresentação de novos critérios pelos quais a igreja deve avaliar os seus líderes. O que qualifica uma pessoa para a responsabilidade de liderança na igreja de Deus não é a idade, mas sim o caráter. Timóteo e os líderes devem dar exemplo para os crentes no modo de falar, na vida, no amor, na fé e na pureza” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.471).

CONCLUSÃO

Temos que ter cuidado, pois atualmente muitos estão apostatando da fé e se deixando levar por doutrinas de homens e de demônios. Para combater os falsos ensinos, o pastor deve conhecer a Palavra de Deus e ensiná-la ao rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam conhecer as doutrinas bíblicas a fim de que possam ensinar a sã doutrina.
Que o Senhor guarde os ministros e as igrejas dos ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que antecedem a vinda de Jesus. [Comentário:  Nunca se ouviu falar de tantos escândalos com obreiros de Deus como nos últimos dias. Será que não primamos mais a excelência de “nosso ministério” do que a excelência de Cristo? Ser um bom ministro de Cristo só glorifica a Cristo, edifica, fortalece e afasta os hereges. Devemos viver o ministério com esmero, primando a excelência deste, para ver se, de alguma maneira, sejamos considerados “bons ministros”. Pois, em nenhum lugar do Novo Testamento, com exceção do que sabemos do ministério do Salvador, houve algum louvor à excelência do ministério apostólico, humano, ou outro qualquer servo. O Senhor Jesus diz que, no último dia, chamará seus servos de “bom e fiel servo”, não de "excelente" (Mt 25.21). Ser chamado de “bom e fiel” já será uma excelência para todos os fiéis ministros!] NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.


Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.


SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO
 
Apostasia, fidelidade e diligência no Ministério

Muitos confundem “apostasia” com o desvio de uma pessoa em relação a uma “instituição religiosa”. Não podemos insistir nesse tipo de dúvida, pois a apostasia está descrita na Bíblia como um acontecimento sério e pouco comum. Sim, não é comum quem teve um encontro pessoal com Deus, provando da sua boa Palavra, apostatar-se da fé, mas é biblicamente possível também não podemos confundir simples frequentadores de templos com lavados e remidos no sangue de Jesus.
A palavra “apostasia” vem do vocábulo do grego antigo apóstasis, que significa “estar longe de”, isto é, no sentido de “revolta”, “rebelião”, “afastamento doutrinário e religioso”, “apostasia da verdade”. Por isso, apostasia se refere, ao contrário da crença popular, uma decisão deliberada, consciente, aberta ou oculta, contra fé genuína do Evangelho.
Na “esteira” da apostasia precedem os ensinos falsos, malignos e fantasiosos. São as “doutrinas de demônio” que o apóstolo Paulo menciona na epístola. Uma das maneiras desses ensinos manifestarem-se na igreja é os seus propagadores elegerem um tema da Bíblia como ênfase doutrinária, como se o fiel que não conhecesse aquele assunto não teria acesso aos “mistérios de Deus”. Assim, no interior do homem que influência outras pessoas com esses falsos ensinos, nasce a egolatria e cresce a síndrome de autossuficiência.
O apóstata não se vê apóstata. Não reconhece nem considera a possibilidade de ele ter-se transformado deliberadamente num apóstata da fé. Por isso, o elemento fundamental para ele voltar atrás é quase impossível de ocorrer: o arrependimento. Para os ministros de Cristo defenderem a Igreja da apostasia, antes de tudo, eles precisam honrar a fé em Jesus Cristo, a simplicidade do Evangelho, servindo a igreja com amor e fidelidade. Sendo arautos de Deus para toda boa obra. Os ministros de Deus, os servidores da Igreja de Cristo, devem estar aptos a ensinar e a contradizer os falsos ensinadores. Rejeitando as “fábulas profanas”, ensinamentos que em nada edificam a Igreja de Cristo.
Portanto, aos ministros de Cristo cabe a diligência na fé, ensinando as Sagradas Escrituras e apresentando-se como modelos ideais que estimulem os fiéis a viver a fé. Persistirem na pesquisa, no estudo exaustivo e sistemático das Escrituras Sagradas. Que o Senhor nosso Deus guarde o seu povo da apostasia!
Que o Senhor guarde o seu povo!

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