sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

LIÇÃO 1 - O LIVRO DE ÊXODO E O CATIVEIRO DE ISRAEL NO EGITO

 

SUBSÍDIO I
 
 
O LIVRO DE ÊXODO E O CATIVEIRO DE ISRAEL NO EGITO


INTRODUÇÃO
Êxodo é o segundo livro do Antigo Testamento, parte dos cinco primeiros livros denominados de Pentateuco (que significa tomos de cinco volumes em grego). Em hebraico, esses livros são conhecidos como Torah (lei ou instrução). É esse livro, cujo significado é “partida”, em alusão à saída do povo de hebreu do Egito, que estudaremos nas próximas lições. Na aula de hoje trataremos de contextualizar esse livro, ressaltando sua autoria, data e estrutura. Ao final destacaremos a pessoa de Cristo, como Aquele que é maior do que Moisés.
1. AUTORIA, DATA E PROPÓSITO
O autor do livro de Êxodo, escrito entre 1450 e 1410 a. C., é o mesmo que escreveu o Pentateuco. A tradição atribui esses livros à pena de Moisés, ainda que não haja uma referência explicita no texto. Mas é válido destacar que nos tempos de Josué (Js. 8.31-35) Moisés já era reconhecido como seu autor, o que fora confirmado por Jesus (Mc. 12.46). Há evidências internas no livro que apontam para a autoria mosaica, indicando que o autor fora testemunha ocular de alguns fatos (Ex. 2.12; 9.31,32; 15.57). O livro pode ser categorizado como uma narrativa histórica, por tratar a respeito de eventos que se desenvolveram no princípio da história nacional de Israel. Como história, o livro de Êxodo aborda aspectos específicos do povo de Israel, ressaltando a aliança desse povo com Deus. O enfoque principal do livro está no cumprimento das promessas do Senhor em relação a Israel. O contexto é de opressão, pois os filhos de Jacó tinham se multiplicado, incomodado ao novo Faraó, que não tinha mais compromisso com José (Ex. 1.1.-8). A primeira parte do livro trata sobre a revelação de Deus a Abraão de que o povo seria oprimido em uma terra estrangeira por um período de 400 anos, até retornar à terra prometida por Deus (Gn. 15.13-14). A segunda parte do livro mostra a revelação da aliança de Israel com Deus, após o rompimento do pacto (Ex. 19.14; 32-34; 35-40), além de apresentar instruções, através de Moisés, no Monte Sinai (Ex. 20-23; 25-31) para todo povo. O tema principal do Êxodo é mostrar o cumprimento das promessas de Deus aos patriarcas de que ele faria deles uma grande nação. Isso aconteceria apesar da potência egípcia daquele tempo, e até mesmo da incredulidade do povo israelita. Muito embora Moisés seja considerado a figura central do livro de Êxodo, é a providência divina que o conduz ao longo da jornada de fé e coragem. O Deus de Israel é quem dá instruções precisas a esse homem para cumprir Seus desígnios. O livro apresenta a seguinte organização: 1. Opressão dos Hebreus no Egito (Ex. 1.1-11.10); 2. Livramento dos Hebreus do Egito (Ex. 12.1-13.16); 3. Ensinamento a Israel no Caminho do Sinai (Ex. 15.22-19.2); 4. O Pacto de Deus com Israel no Monte Sinai (Ex. 19.3-24.18); e 5. Normas de Adoração a Deus por Israel, no Monte Sinai (Ex. 35.1-40.38). Os versículos-chave se encontram em Ex. 3.7,10, no qual o Senhor responde ao clamor do povo por libertação.
2. O PAPEL DE MOISÉS NO LIVRO DE ÊXODO
O nome Moisés quer dizer “retirado das águas” (Ex. 2.10), e mais precisamente, em egípcio, “filho” ou “criança”. É reconhecidamente o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Moisés nasceu no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido eliminar todas as crianças do sexo masculino das famílias hebreias (Ex. 2.1-4; 6.20; At. 7.20; Hb. 11.23). Para preservar a vida do seu filho, Joquebede tomou a iniciativa de colocá-lo em um cesto de junco, às margens do Nilo, sendo salvo pela filha de Faraó, que lhe deu o nome de Moisés, educando-o como filho adotivo, sendo este instruído em toda ciência dos egípcios (Ex. 2.5-10; At. 7.21,22). Ainda que Moisés tenha tido um preparo profissional no Egito, sendo levado ao palácio (Ex. 2.10), e frequentado o maiores centos de estudos egípcios (Ex. 3.9,10), fez prevalecer as orientações que recebera da sua mãe, que trabalhara como escrava-ama para cuidar dele, sustentada pela filha do Faraó (At. 7.22). Por isso quando mais velho, Moisés testemunhou um ato de agressão contra um escravo hebreu. Nesse momento, resolveu intervir, identificando-se com aquele homem. Nesse ato, Moisés matou o soldado egípcio que agredia o escravo hebreu, enterrando seu corpo na areia. Mas alguém que testemunhou aquele assassinato o denunciou perante as autoridades egípcias. Para escapar da punição, Moisés fugiu para as terras de Midian, onde se casou com Zípora, filha de Jetro, chefe dos sacerdotes das tribos midianitas, passando a pastorear suas ovelhas (Ex. 2.11-21; At. 7.29). Durante o período em que pastoreava as ovelhas do seu sogro, Moisés, que conhecia o Deus de Israel por ouvir falar, teve um encontro pessoal com Ele, diante de uma sarça ardente (Ex. 3.1-14). Esse encontro modificou radicalmente a vida de Moises, nos primeiros anos de estudo no Egito fora instruído para ser alguém, durante o período em que esteve no deserto, percebeu que não era ninguém, somente depois desse encontro, percebeu que Deus era tudo.
3. JESUS, MAIOR DO QUE MOISÉS
Nos tempos de Moisés o povo de Israel estava debaixo do jugo opressor dos egípcios, que clamava por um libertador. A condição humana é muito pior, pois as pessoas não estão apenas debaixo da tortura de uma nação, mas do próprio pecado. Por esse motivo, a necessidade premente do ser humano não é de um libertador nacional, mas primordialmente espiritual. Jesus, nesse sentido, é maior do que Moisés (Hb. 3.1-6), pois o centro da nossa confissão de fé está fundamentada nEle. Moisés cumpriu aquilo que lhe dizia respeito em relação à nação israelita, libertando-a do cativeiro egípcio, mas Jesus foi além disso, sendo o Filho de Deus, estabeleceu uma nova aliança. Todos aqueles que estão em Cristo, na atual dispensação, foram firmados em uma promessa eterna (Mt. 10.22; Lc. 8.15; Jo. 8.31; 15.4-6). Nossa confiança deve ser depositada não apenas naquilo que Moisés disse, mas no que fora reafirmado por Jesus, como o Filho enviado pelo Pai (I Ts. 5.24; Jd. 24,25). A esperança do crente é Cristo (Hb. 3.16), que realizou uma obra salvifíca (Rm. 5.1,2), para todos aqueles que nEle creem (Jo. 3.16). Por meio de Cristo Deus estabeleceu um novo e vivo caminho (Hb. 10.20), firmado sobre Sua palavra (Hb 4.12), portanto, devemos nEle crer, para a vida eterna, caso contrário, seremos conduzidos à morte (Hb. 2.14,15; 3.17). É possível estabelecer uma comparação entre Moisés e Jesus, destacando a superioridade deste em relação àquele. Na verdade, na nova aliança, Jesus se sobrepõe a Moisés, tendo em vista ser Jesus o profeta a respeito do qual falou o próprio Moisés vaticinou (Dt.18.15-18). Isso porque Jesus é a expressão maior do Pai, nEle o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade (Jo. 1.1,14,18). Somente Ele poderia dizer que quem O visse estaria vendo o próprio Pai, destacando, assim, a plenitude da Sua revelação (Jo. 14.9; Hb. 1.1,2).
CONCLUSÃO
O estudo do livro do Êxodo nos revelará, nas próximas lições, o valor da liberdade, principalmente em seu aspecto redentor. O bem mais precioso da humanidade é a liberdade, não por acaso existe uma estátua a ela dedicada nos Estados Unidos. Moisés foi o homem usado por Deus para libertar o povo de Israel do cativeiro egípcio. Maior do que ele é Cristo, Aquele que é o Grande Libertador, que tira o homem do pecado, e o conduz à vida eterna (Jo. 8.36). 
 
Extraído do Blog: subsidioebd.
 


1º Trimestre de 2014
Lição 1
O Livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito
5 de Janeiro de 2014
TEXTO ÁUREO
E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente, vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui (Gn 50.25).
- Gênesis termina com o isolamento de Israel no Egito, onde Deus poderia purificar e formar seu povo. O pedido de José indica sua fé de que Israel, por fim, ocuparia a terra da Promessa. Seu pedido foi cumprido por Moisés (Êx 13.19).
VERDADE PRÁTICA

Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele.

HINOS SUGERIDOS

33, 42, 46.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 50.25
José não se esqueceu da promessa
Terça - Êx 1.7
O crescimento dos hebreus no Egito
Quarta - Êx 1.11
A aflição dos hebreus
Quinta - Êx 1.13,14
A opressão do Povo Escolhido
Sexta - Jr 33.3
Deus atende ao clamor do seu povo
Sábado - Jó 42.2
Os propósitos do Senhor jamais serão frustrados

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 1.1-14.
1 - Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa:
2 - Rúben, Si meão, Levi e Judá;
3 - Issacar, Zebulom e Benjamim;
4 - Dã, Naftali, Cade e Aser.
5 - Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito.
6 - Sendo, pois, José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração,
7 - os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
8 - Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José,
9 - o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós.
10 - Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.
11 - E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.
12 - Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
13 - E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
14 - assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Ressaltar os aspectos principais do livro de Êxodo.
·         Delinear os aspectos biográficos de Moisés.
·         Saber que o zelo precipitado de Moisés e sua fuga não impediram os propósitos divinos em sua vida.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Cativeiro: Escravidão, servidão dos hebreus pelos egípcios.

Neste trimestre estudaremos o segundo livro das Escrituras Sagradas, Êxodo. Nesta primeira lição, destacamos a aflição pela qual o povo hebreu passou no Egito por 430 anos. O povo escolhido do Senhor foi cruelmente oprimido por Faraó. Porém, Deus jamais se esquece das suas promessas. Ele vela por sua Palavra. Diante das atrocidades cometidas por Faraó, os israelitas clamaram a Deus. O Senhor ouviu a aflição do seu povo e enviou um libertador para redimi-los. Veremos ao longo das lições que o livro de Êxodo é o livro da redenção efetuada pelo Senhor. [Comentário: Iniciamos 2014 com um trimestre “bíblico”, estudando um livro das Escrituras Sagradas: Êxodo, o segundo livro da Bíblia, um dos livros da lei, o segundo livro do Pentateuco, escrito por Moisés, que os juDeus chamam de “Torá”. O que viria a ser a nação de Israel começou com a descida de Jacó e seus filhos, conforme a ordem de Gênesis 35.23-26. O número “70” concorda com o registro de Gênesis 46.27 e pode significar a totalidade dos que desceram ao Egito, também apresenta um contraste com a vasta população que será descrita em Êxodo. José se vai, seus feitos são esquecidos, um novo Faraó se levanta - talvez Amósis (1570-1546 a.C.). Foi este Faraó que uniu o Egito ao derrotar os hicsos, povo semita que invadiu e dominou o Egito por 150 anos. Mas, a opressão aos juDeus pode ter iniciado antes dele, sob um governador hicso, e talvez, essa origem comum aos juDeus e hicsos, tenha sido o estopim para o início da opressão. Ora, dessa forma, no “cadinho”, onde Deus poderia purificar e formar seu povo, sua nação peculiar dentre os demais povos da Terra. Daquelas setenta almas que foram para o Egito nos dias de José (Êx 1.7), já havia um povo com seiscentos mil homens aptos para a guerra, fora as mulheres e crianças (Êx 12.37). Já era, portanto, o início de uma nação, com uma cultura e um modo peculiar de vida, moldados pela Lei recebida por intermédio de Moisés, uma propriedade peculiar de Deus entre as nações (Êx 19.5,6).]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. O LIVRO DE ÊXODO
1. Seu propósito. O vocábulo êxodo significa saída. O livro de Êxodo foi escrito por Moisés e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”. Este livro figura a redenção. Segundo o Dicionário Wycliffe, “o conceito de libertação da morte, da escravidão e da idolatria é encontrado ao longo de todo o livro”. [Comentário: Do hebraico "Shiemot"(שמות ), traduzido por "nome", palavra com que se inicia a narrativa do livro (Êx 1.1: "Estes são pois os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa"). A Septuaginta, tradução das Escrituras para o grego, chama-o de "Êxodo" (Saída), fazendo menção à mensagem principal do livro - a libertação do povo de Israel do cativeiro Egípcio, ou seja, a sua "saída" do Egito. Por meio da apresentação que Deus faz de si mesmo, o Livro de Êxodo mostra que o Senhor merece a confiança e a obediência de seu povo. Deus libertou Israel do Egito, sustentou o povo no deserto, perdoou e fez com eles uma aliança de que seriam uma nação diferente, tendo o Senhor como o seu Deus].
 
2. A escravidão. O livro de Êxodo foi escrito entre 1450 e 1410 a.C. Nesse livro vemos como os hebreus foram duramente afligidos por Faraó (Êx 1.14). Como escapar de tão grande opressão? Para os israelitas seria impossível. Somente Deus poderia resgatá-los e libertá-los do jugo do inimigo. Somente o Pai também poderia ter nos resgatado do pecado e do mundo. Cristo morreu na cruz para nos libertar do poder do pecado. Ele morreu em nosso lugar. [Comentário: Êxodo faz uma breve referência a eventos anteriores (Jacó e José no Egito) e às últimas viagens dos israelitas ao Egito (Êx 1.5,6; 16.35; 40.36-38). Também descreve a opressão sofrida pelos israelitas no Egito, mas a maior parte do livro é dedicada ao período que vai do nascimento de Moisés (perto de 1526 a.C.) até a dedicação do Tabernáculo (1445 a.C.), cuja duração é de oitenta e um anos. Moisés deve ter iniciado sua escrita quando os israelitas estavam acampados no monte Sinai (cerca de 1445 a.C.) e completado o livro antes de sua morte em 1406 a.C. Um fato importante de nota é que o período em que Israel ficou no Egito não foi todo ele um período de escravidão, de cativeiro. Até a subida ao poder deste “novo Faraó”, Israel vivia regaladamente no Egito, tendo grande progresso tanto quantitativo quanto qualitativo. Esta opressão foi necessária para que suscitasse nos israelitas o desejo de retornar para Canaã, de conquistar a Terra Prometida. O Egito foi terra fértil, havia grande prosperidade, assim, jamais Israel quereria ver o cumprimento da promessa de Abraão. Deus age assim ainda em nossos dias, as aflições deste mundo (Jo 16.33), servem de elemento propulsor para que desejemos morar na pátria celestial].
 
3. Clamor por libertação. O povo hebreu, ao ser cruelmente oprimido pelos egípcios, em grande angústia clamou ao Senhor, e a Palavra de Deus nos diz que ouviu o Senhor o gemido do seu povo (Êx 2.24). Não desanime! O Senhor ouve suas súplicas e está atento às suas dores. Deus já estava providenciando um libertador para o seu povo. Como nos ensina a Verdade Prática desta lição: “Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele”. [Comentário: O clamor angustiado de Israel foi equilibrado por uma quádrupla resposta de Deus. Deus “ouvindo”, “lembrou-se”, “viu” e “atentou” (2.24,25). Esse sumário prepara-nos para a chamada de Moisés e sublinha o tema do livro sobre a fidelidade divina às promessas da aliança. Deus havia prometido que os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó se tornariam uma grande nação e possuiriam a terra de Canaã. Ele se lembrou da aliança no sentido de que atua conforme a promessa que fez (Êx 20.8; Lv 26.42; Nm 15.39). Os versículos 23 a 25 apresentam o pano de fundo para o encontro que começa no capítulo 3].
 
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Moisés é o autor do livro de Êxodo e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, ele foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.
II. O NASCIMENTO DE MOISÉS
 
1. Os israelitas no Egito. Eles “frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente, e a terra se encheu deles”. Estas mesmas bênçãos Deus têm hoje para a sua igreja. Observe com atenção as seguintes palavras do texto bíblico de Êxodo 1.7:
a) Frutificaram, aumentaram muito, multiplicaram-se (At 9.31; Lc 14.22,23). Este foi um crescimento vertiginoso. Que Deus nos faça crescer na igreja em quantidade e qualidade. [Comentário: A ênfase sobre o crescimento dos israelitas relembra as bênçãos e instruções de Deus - “sede fecundos, multiplicai-vos” - dadas na criação, depois do dilúvio e a Jacó (Gn 1.28; 9.1,7; 35.11)]
b) “Fortalecidos grandemente”. Na esfera espiritual, uma igreja deve sempre fortalecer-se em Cristo (1Pe 5.10; Fp 4.13). Lembremo-nos sempre de que a nossa fonte suprema e abundante de poder é o Espírito Santo (Ef 3.16; Zc 4.6).
c) “A terra se encheu deles”. A igreja precisa se encher não só em determinado distrito, município, estado, região, país e continente, mas em todo o mundo (Mc 16.15; At 1.8). [Comentário: Vendo Faraó que, apesar de toda a opressão, o crescimento do povo permanecia, resolveu elaborar um novo plano para conter seu crescimento e fortalecimento e, assim, ordenou que as parteiras matassem todos os filhos homens dos israelitas, deixando viver somente as mulheres, a fim de eliminar qualquer ameaça militar. É interessante frisar que, numa cultura onde dar nome a uma pessoa e preservá-lo era muito importante, as parteiras são citadas nominalmente, Sifrá e Puá, mas não o rei do Egito que impetrou a ordem nefasta. Essas mulheres desempenharam com fidelidade um papel vital no plano de Deus! Notemos também que, quem dá o crescimento é Deus. Nós, a exemplo daquela parteiras, devemos ser tementes à Deus, observar seus preceitos e confiar, Ele dará o crescimento. Sifrá significa “esplendor” e Puá, “luz”. Oxalá sejamos realmente “luz do mundo”, como nos determinou o Senhor Jesus, e mostremos o esplendor”da glória de Deus através de nossa conduta cristã].
2. Um bebê é salvo da morte. Preocupado com o crescimento dos hebreus, Faraó deu uma ordem às parteiras no Egito para que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Porém, as parteiras eram tementes a Deus e não mataram as crianças (Êx 1.17,21). Então, Faraó voltou à cena macabra, ordenando aos egípcios que todos os meninos dos hebreus fossem lançados no rio Nilo (a fim de que se afogassem ou que fossem devorados por crocodilos) (Êx 1.22). Isso mostra o quanto esse rei era cruel e maligno. Atualmente esta atrocidade está generalizada. Muitas crianças estão sendo mortas, vítimas do aborto. É o infanticídio generalizado e legalizado pelas autoridades. O bebê Moisés foi salvo da morte porque seus pais eram tementes a Deus. Precisamos de pais verdadeiramente cristãos para que possam zelar pela vida de seus filhos, como Moisés foi preservado da morte. Os pais de Moisés, pela fé em Deus, descumpriram as ordens do rei e esconderam o bebê em casa (Hb 11.23). Por mais um milagre de Deus, o nenê Moisés continuou sendo criado pela própria mãe (Êx 2.3-10). [Comentário: O historiador judeu Flávio Josefo, afirmou que esta ordem de Faraó teria sido provocada por um vaticínio de um de seus “escribas das coisas santas” de que haveria de nascer um menino hebreu que provocaria a humilhação do Egito. Não se sabe se isto realmente ocorreu, dado o silêncio do texto bíblico, mas não é improvável que esta notícia tenha sido do conhecimento dos egípcios e sabendo que se estava na quarta geração que havia sido anunciada por Deus a Abraão (Gn 15.16), tudo fizesse para impedir o prosseguimento da existência de Israel, contra quem sempre o diabo lutou e lutará até o final dos tempos (confira Ap 12.4). É muito provável que o nome Moisés venha do egípcio Mes, que significa "filho” ou "criança". A forma hebraica desse nome, com som semelhante, Mosheh, quer dizer "tirado”, uma referência ao modo como foi tirado do Nilo, talvez também prevendo a "retirada "para fora do Egito, quando o êxodo tivesse lugar. Moisés era uma criança saudável, que provavelmente sobreviveria. Jesus Cristo, o antítipo de Moisés e fundador do novo Israel, também nasceu sob um edito de morte e foi miraculosamente poupado no Egito (Mt 2.13-23)].
 
3. A mãe de Moisés (Êx 6.20). Joquebede aproveitou cada minuto que passou ao lado do seu filho para ensiná-lo acerca de Deus, da sua Palavra, do seu povo, do pecado, das promessas divinas e da fé no Criador. Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido. [Comentário: Joquebede ou Yochéved (יוֹכֶבֶד / יוֹכָבֶד "O Senhor é glória", hebraico: Yoéved / Yoáved) foi a esposa de Anrão e a mãe de Aarão, Moisés e Miriam. Joquedebe e Anrão eram da Tribo de Levi, e Joquedebe era tia de Anrão. Seus nomes não aparecem no texto que mais fala sobre o nascimento de Moisés, devido a que eles não tinham nenhum destaque na sociedade; apenas em Êxodo 6:20 descobrimos seus nomes. Diante de terríveis desafios, miséria e angústia se casaram e tiveram filhos. Pela sua determinação, fé e ousadia ela se torna um modelo de mãe em épocas de crises, uma heroína do passado que inspira as mães de hoje].
 
4. A Filha de Faraó (Êx 2.5,6). A filha de Faraó desceu para se banhar no rio Nilo e teve uma grande surpresa — havia ali um cesto com um bebê. Não sabemos como, mas Deus tocou no coração da filha de Faraó para que adotasse o menino hebreu. Certamente a princesa sabia das ordens do seu pai contra os israelitas. Porém, operando o Senhor, quem impedirá? (Is 43.13).
Deus, em sua bondade, usou a filha de Faraó para que encontrasse alguém, a fim de criar o bebê Moisés. Tal pessoa foi justamente Joquebede, a mãe de Moisés (Êx 2.9). Há uma recompensa para os pais piedosos e obedientes. Você tem ensinado a Palavra de Deus aos seus filhos? Então, persevere em conduzi-los no caminho correto (Pv 22.6). [Comentário: A filha de faraó ironicamente contribuiu para prejudicar o plano do pai. Ela reconheceu que aquele bebê era hebreu, mas ficou atraída por ele apesar do decreto do rei. Essa mulher pode ter sido Hatshepsut, filha de Tutmósis I, que governou o Egito de 1526 à 1512 a.C. Atos 7.22 conta que Moisés foi educado nas escolas do Egito, tendo absorvido toda a sabedoria dos egípcios. Filo nos dá uma informação similar. Moisés recebeu uma educação de primeira classe como parte de sua preparação para a missão que lhe competiria realizar. Finalmente, depois de quarenta anos, Moisés repudiou a sua herança egípcia, porquanto, em sua vida, já havia ultrapassado aquele estágio preparatório (Hb 11.24,25). Mas durante os primeiros quarenta anos, tal educação lhe era necessária, tendo-lhe sido útil para o resto de seus dias, embora ele não quisesse viver como egípcio. O precioso DEUS sempre conhece a maneira mais adequada para qualificar e preparar com antecedência aqueles que Ele nomeia para lhe prestai1 grandes serviços. Moisés, sendo educado em uma corte, é o homem mais adequado para ser um príncipe e rei em Jesurum. Tendo recebido a sua educação em uma corte instruída (pois assim era a corte egípcia naquela época), Moisés era o homem mais capacitado para ser um historiador. E pelo fato de ter sido educado na corte egípcia, Moisés é o homem mais adequado para ser empregado, em nome de DEUS, como um embaixador para esta corte (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 228.)].
 
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Moisés nasceu durante o período em que Faraó ordenou que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Todavia, os pais de Moisés eram tementes a Deus e conseguiram, com a ajuda dEle, salvar o menino.
III. O ZELO PRECIPITADO DE MOISÉS E SUA FUGA (ÊX 2.11-22)
1. Moisés é levado ao palácio (Êx 2.10). Apesar de ter sido adotado pela filha de Faraó, Moisés foi criado por sua mãe. Não sabemos quanto tempo ele ficou na casa dos seus pais, porém, em determinado tempo o menino foi levado para o palácio. Deus cuidou de Moisés em cada etapa de sua vida. Ele também tem cuidado de você. Todos os acontecimentos em sua vida são parte do plano do Senhor. Não desanime! Deve ter sido difícil para Moisés deixar a casa dos seus pais. Entretanto, no tempo certo, ele o fez. [Comentário: Moisés passou os primeiros quarenta anos de sua vida (At 7.23) trabalhando para o governo egípcio. (Alguns estudiosos acreditam que ele estava sendo preparado para tornar-se Faraó.) O Egito parece o lugar menos provável para Deus começar a treinar um líder, mas os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos. Ao capacitar Moisés para seu serviço, Deus usou várias abordagens. Educação:"E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras"(At 7.22). O que fazia parte dessa educação? Os egípcios eram uma civilização extremamente desenvolvida para sua época, especialmente nas áreas de engenharia, matemática e astronomia. Graças a seus conhecimentos de astronomia, desenvolveram um calendário de precisão extraordinária, e seus engenheiros planejaram e supervisionaram a construção de estruturas que existem até hoje. Seus sacerdotes e médicos eram mestres na arte de embalsamar, e seus líderes possuíam grande competência em organização e administração. Aqueles que visitam o Egito hoje em dia inevitavelmente se impressionam com as realizações desse povo da Antiguidade. O servo de Deus deve aprender tudo o que puder, dedicar esse conhecimento a Deus e servi-lo fielmente. (WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 236.). Procurado por Faraó pela morte de um egípcio, Moisés fugiu para o deserto do Sinai e se estabeleceu em Midiã, nas proximidades do Horebe, localizado segundo a tradição na peníssula do Sinai, Moisés cuidava do rebanho de Jetro, seu sogro. Deus revelou-se a ele na sarça ardente e o chamou para voltar ao Egito. Retornando a Jetro, em Midiã, Moisés reuniu sua família e iniciou a viagem ao Egito].
 
2. O preparo de Moisés (Êx 3.9,10). Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades egípcias, inclusive a de Om (At 7.22; Gn 41.45). O Egito era então uma potência mundial. Na educação superior egípcia constavam, conforme a História e as descobertas arqueológicas, administração, arquitetura, matemática, astronomia, engenharia, etc. Esse conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão posterior de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto para a terra de Canaã. Deus pode utilizar nossas habilidades adquiridas em benefício de sua obra. [Comentário: Deus escolhe pessoas capacitadas para fazer a sua obra? Com certeza. Não há referências na Palavra de Deus que indiquem que Ele despreza talentos pessoais ou a experiência adquirida por seus servos. Saulo era versado em três línguas diferentes, e as utilizou para falar de Jesus em suas viagens missionárias. Mateus era um cobrador de impostos, e utilizou seus conhecimentos para escrever seu Evangelho. Davi era um combatente, mas também era um poeta que compôs diversos cânticos de adoração ao Senhor. Daniel era um profeta, mas também era um estadista. Portanto, entenda que Deus utiliza nossos recursos em prol do seu Reino. Deus capacita pessoas para a sua obra? Com certeza. Ninguém pode dizer que está totalmente pronto para dar passos definitivos na caminhada com Deus. Elias, o tisbita, ressuscitou um menino morto, mas para isso teve de passar uma temporada no anonimato em Querite, sendo mantido por corvos, e depois que o ribeiro secou, foi direcionado por Deus para ficar uma temporada sendo mantido por uma viúva pobre em Sarepta, uma localidade de Sidom, terra natal de Jezabel. Ele foi capacitado por Deus para os desafios que enfrentaria. O mesmo se deu com Moisés: sua formação no Egito e o tempo no deserto, pastoreando as ovelhas de seu sogro, fizeram dele o homem escolhido por Deus para uma obra sem igual. Como cristãos, somos desafiados a usar nossos talentos pessoais em prol do Reino de Deus, e isso inclui buscar uma formação sólida e coerente. Dwight L. Moody comentou sabiamente que "Moisés passou seus primeiros quarenta anos pensando que era alguém. Os segundos quarenta anos, passou aprendendo que era um ninguém! Os últimos quarenta anos ele os passou descobrindo o que DEUS pode fazer com um ninguém” (citado por Charles Swindoll). (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 13-15.)].
 
3. A fuga de Moisés (Êx 2.11-22). Moisés foi criado como egípcio, porém, ele sabia que era hebreu. Estava no Egito, mas não pertencia àquele lugar. Certo dia, ao ver um egípcio maltratando um israelita, Moisés tomou as dores do seu povo e resolveu defender um de seus irmãos. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia. Ele queria libertar seu povo pela força humana, mas a libertação viria pelo poder divino e sobrenatural, para que ninguém dissesse: “Nós fizemos, nós conseguimos”. Moisés, assim como os demais hebreus, precisava ver e saber que fora o Senhor que os libertara. Quem nos libertou da escravidão do pecado? Deus. Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós. Não demorou muito para Faraó descobrir que Moisés matara um egípcio. Ele deveria ser preso e morto. Então, com medo, fugiu para Midiã (Êx 2.15). Ali foi convidado para a casa de Jetro, um sacerdote. Moisés casou-se com uma das filhas de Jetro e constituiu uma família, longe da casa dos seus pais e do seu povo. Teve que ir para um lugar desconhecido e tornou-se um estrangeiro, mas tudo fazia parte do plano de Deus. Em Midiã, Moisés pôde comprovar o cuidado providente do Senhor por ele. Talvez você tenha que ir também para um lugar distante, todavia, não tenha medo. Deus está com você. Pode ser parte do treinamento do Senhor em sua vida. [Comentário: Êx 2.12 Matou o egípcio. Isso seguia 0 princípio de "vida por vida” (Êx 21.23), uma espécie de defesa em favor da vida, embora o texto não diga que o egípcio estava prestes a tirar a vida do israelita. Moisés exagerou, não havendo como desculpar o crime. Moisés agiu por sua própria autoridade, mostrando uma audácia singular. Mas a coragem audaciosa, por si só, não é uma virtude. O diabo é audaz; resolveu enfrentar o próprio Deus. Mas isso não faz dele um ser justo. "Os comentadores judeus geralmente apreciavam o ato [de Moisés], ou mesmo elogiavam-no como uma ação patriótica e heroica. Mas sem dúvida foi um feito precipitado, efetuado em um espírito indisciplinado” (Ellicott, in loc.). Moisés ocultara as evidências de seu crime; mas a questão não terminou com o egípcio sepultado na areia. No dia seguinte, Moisés tentou interromper uma briga entre dois hebreus. Mas acabou sabendo, da parte de um dos antagonistas, que seu ato homicida tinha sido visto e, sem dúvida, discutido entre os observadores. Isso significava que, em breve, a história inteira seria descoberta, e Moisés passaria a ser caçado pela justiça do Faraó. Talvez o hebreu tencionasse matar ao outro; mas afinal isso foi o que Moisés tinha feito (2Sm 14.6). A desintegração social e psicológica havia tomado conta do escravizado povo de Israel, e eles estavam abusando uns dos outros. O espírito de Moisés, pois, vexava-se diante do que via entre sua própria gente. Seu coração estava sendo preparado, mas um longo tempo seria necessário até tornar-se o instrumento devido do poder de Deus (Veja Atos 7.26 quanto ao paralelo neotestamentário desta perícope). O autor sacro segredava aqui que não chegara ainda o tempo de Moisés receber autoridade. Os israelitas ainda não estavam preparados; o próprio Moisés também não estava preparado. Moisés era um príncipe no Egito, por ser filho adotivo da filha do Faraó, e seu pai adotivo sem dúvida era também homem de grande autoridade (vs. 10). Para os hebreus, porém, ele nada significava. Não lhe cabia decidir quem estava com a razão e quem estava errado, ainda que, posteriormente, ele se tivesse tornado o grande legislador a quem todo o povo de Israel devia obediência. Moisés tinha aplicado a violência; tinha assassinado; tinha perdido 0 respeito dos outros. Agora seria preciso muito tempo para ele vencer essa situação. Moisés fugiu da presença de Faraó. Este estaria agora ouvindo a notícia ou em breve a ouviria, de que Moisés matara a um egípcio. E então mandaria executar Moisés. Nisso consistia o maior temor de Moisés. E assim Moisés fugiu para seu exílio de quarenta anos, na terra de Midiã, o segundo grande ciclo de sua vida. Ele começara a tornar-se uma figura ameaçadora, intervindo onde não devia, agitando o povo. Alguns intérpretes veem neste texto um esforço abortado de emancipação. Mas o autor sacro apresenta 0 episódio como um simples passo na preparação divina do caminho de Seu servo. Este precisava internar-se no deserto por quarenta anos. Tudo isso fazia parte de sua preparação. Moisés fugiu na direção sudeste, afastando-se de onde vivia talvez quatrocentos quilômetros. Midiã tinha sido um dos filhos de Abraão e Quetura (Gn 25.1-6). Assim, os midianitas eram parentes distantes de Moisés, uma tribo árabe que vivia na região ao sul do Sinai e na porção noroeste da Arábia. Esse deserto diferia muito da favorecida região de Gósen, no Egito, que era onde estava 0 grosso da população israelita. Os midianitas eram seminômades. Seu centro ficava às margens do golfo de Ácaba. O local tradicional do monte Sinai ficava naquela região, Os nabateus, mui provavelmente, foram os sucessores dos midianitas na região, tendo sido os que edificaram a famosa cidade de Petra. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 310).].
 
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades. Moisés estava sendo preparado, por Deus, para libertar o seu povo e conduzi-lo até a Terra Prometida.
CONCLUSÃO
 
Ao estudar os primeiros anos da vida de Moisés, vemos que o Senhor tem um plano definido para cada filho seu. É nosso dever obedecer a Deus, mesmo com nossas imperfeições, assim como fez Moisés; conseguimos fazer isso pela poderosa presença em nós, do Espírito Santo, que Deus dá àqueles que lhe obedecem (At 5.32). [Comentário: Deus sempre tem um objetivo quando chama um de seus servos para que exerça alguma função ou ministério e tem sua forma própria de preparar seus escolhidos, como aconteceu com Moisés. Na prática, nunca estaremos sempre prontos para atender à voz de Deus. Sempre faltará alguma atitude da qual só teremos ciência quando estivermos no meio da jornada. Ainda assim, em sua paciência, Deus nos pede que andemos confiando nEle, e não que acumulemos a bagagem de conhecimento e experiência antes para depois decidir que vamos obedecer. Quando foi chamado por Deus, Moisés estava apascentando as ovelhas de seu sogro. Após ter passado quarenta anos no Egito como membro da corte de Faraó, tendo recebido uma educação própria de sua classe social, Moisés foge do Egito por ter matado um egípcio. Ele passou a próxima temporada de quarenta anos auxiliando seu sogro a cuidar de ovelhas em uma região desértica, onde aprendeu os caminhos do deserto, a forma como sobreviver nele, os tipos de animais existentes na região e questões relacionadas ao clima. Eram questões simples para quem tivera uma educação de ponta no Egito, mas foi dessa forma que Deus preparou Moisés. A sabedoria dos egípcios ele já possuía. Ele precisava agora aprender como viver fora da corte egípcia e a depender de Deus em uma jornada que duraria anos]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
 
Extraído do blog: auxilioaomestre

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