sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

LIÇÃO 5: O ARREBATAMENTO DA IGREJA




SUBSÍDIO I

Caro professor, a doutrina da Segunda Vinda do Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o secreto e o público. São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do Senhor. A primeira é visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a segunda etapa é visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”. Na presente lição, o aspecto tratado será o primeiro, ou seja, a doutrina do Arrebatamento da Igreja.
Ao introduzir a lição desta semana na classe, defina o termo “arrebatamento”. Mostre aos alunos que o termo se origina da palavra grega harpagêsomethaque significa “àquilo que é frequentemente chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para celebrá-lo como Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com 1 Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousia aparece determinando os seguintes significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por isso, há algumas linhas de pensamentos distintas, em que outros irmãos em Cristo consideram que o Arrebatamento e a Vinda Gloriosa serão um só evento.
Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo. Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo Testamento a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). Textos como Colossensses 3.4; Judas 14 dão conta dos crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o Arrebatamento da Igreja.

MÚLTIPLAS CORRENTES ESCATOLÓGICAS CONCERNENTES AO ARREBATAMENTO  
PRÉ-MILENISMO
     AMILENISMO
PÓS-MILENISMO
O Pré-Milenismo está dividido em Histórico Dispensasionalista. O Dispensasionalismo está dividido em:
• Pré Tribulacionista
• Meso-Tribulacionista
• Pós-Tribulacionista
O Amilenismo tem um entendimento de que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a arousia estarão conectadas, isto é, serão um só acontecimento, seguindo assim o Juízo Final.
Igualmente, o Pós Milenismo entende que  a Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só evento, seguindo assim o Juízo Final.

As Assembleias de Deus no Brasil adotam a corrente Pré-Milenista - Dispensacionalista -  Pré-Tribulacionista, onde o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes dos sete anos de Grande Tribulação.

Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Jan./Fev./Mar. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

A I Epístola aos Tessalonicenses foi escrita por Paulo, quando a igreja daquela localidade tinha dificuldade para compreender a natureza do arrebatamento, e da ressurreição dos salvos. A passagem de I Ts. 4.13-18 é bastante esclarecedora, e nos ajuda a compreender a sequência e objetivo desse acontecimento. Na lição de hoje faremos uma análise desse texto, destacando seu significado e propósito, não apenas para a igreja daquela comunidade, mas também para os crentes atuais.

1. RESSURREIÇÃO DOS SALVOS

Existem alguns aspectos que envolvem o arrebatamento da igreja, o principal deles será a ressurreição dos salvos. Isso significa que os crentes que morreram em Cristo, na ocasião do arrebatamento, ressuscitarão primeiro. Essa verdade bíblica está em consonância com I Co. 15.23,24, na qual o Apóstolo discorre sobre esse evento escatológico. Essa doutrina revela que há uma unidade entre os crentes vivos e aqueles que partiram com Cristo. Esse esclarecimento se fez necessário porque os crentes de Tessalônica tinham dúvidas em relação a esse episódio. Ao que tudo indica, alguns deles estavam desesperados, pois não sabiam o que acontecia depois da morte. Paulo explica: “Nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem” (I Ts. 4.15). A palavra “preceder” em grego é phthasõmen é acompanhada de um duplo negativo, a fim de demonstrar ênfase. Em relação ao futuro, o Apóstolo também é enfático: os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (v. 16). Em relação à ressurreição, faz-se necessário esclarecer que Cristo é a primícias daqueles que haverão de ressuscitar; cujo acontecimento pleno se dará no arrebatamento da igreja. Mas existe ainda outra ressurreição, a do restante da humanidade, para juízo eterno (Dn. 12.2; Jo. 5.28,29; Ap. 20.5). Os santos que morreram em Cristo aguardam ainda a ressurreição, isso quer dizer, então, que eles esperam a glorificação do corpo, quando o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade (I Co. 15.51-55).

2. ARREBATAMENTO DA IGREJA

Por ocasião do arrebatamento (gr. harpazo) os crentes, tanto os vivos quanto aqueles que ressuscitarão, receberão um novo corpo glorificado. O objetivo, daqueles que vivem e dos que morreram, é será encontrar com o Senhor nos ares, e estar para sempre com Ele (I Ts. 4.17). Acontecerá, nessa oportunidade, uma transformação (allassõ), ou seja, os crentes assumirão uma nova posição. Em relação ao novo corpo, Paulo explica que terá uma mudança em conformidade com o de Cristo ressuscitado (Fp. 3.21; I Jo. 3.2). Nas limitações do corpo presente, gememos em nosso íntimo, aguardando a redenção (Rm. 8.23), o dia em que não mais passaremos por dores, as doenças e enfermidades não mais nos alcançarão. O arrebatamento tem um significado especial para os crentes, porque depois de celebrarmos nos ares as Bodas do Cordeiro, eles seguirão para a casa do Pai (Jo. 14.2,3; I Ts. 3.13). Essa também será um ato divino de livramento, considerando que os crentes arrebatados não passarão pela tribulação, serão livres da ira vindoura (I Ts. 1.9,10). Com Cristo assumiremos a cidadania do céu em Sua plenitude, por isso esperamos com ansiedade o dia no qual a trombeta soará. Com Paulo, aguardamos até que esse dia aconteça, e passemos a desfrutar das glórias que para nós foram reservadas (Tt. 2.13).

3. CONSOLO PARA OS CRENTES

A mensagem do arrebatamento não deve ter como objetivo central assustar os crentes, amedrontando-os. Antes, deve alimentar nossa esperança, na certeza de que quando a trombeta soar, estaremos voltando para casa. Jesus consolou os discípulos, justamente no momento em mais precisavam, quando o Senhor se despedia deles. Para que não se entristecessem, prometeu voltar para leva-los para junto deles, e a presença gratificante do Consolador (Jo. 14). O coração do crente não deve ficar perturbado diante das vicissitudes da vida, antes devemos descansar nos cuidados do Senhor. A presença dEle, e do Seu Espírito, nos traz consolo na situações adversas. Ao que tudo indica esse também era o problema dos crentes de Tessalônica, por causa da ignorância escatológica, ficaram angustiados, sobretudo diante da morte. Mas nós sabemos que a morte não é o fim, nem mesmo para aqueles que já partiram, pois temos a convicção, pela Palavra do Senhor, que os mortos em Cristo ressuscitarão, e os que estiverem vivos serão transformados (I Ts. 4.15,17). Diante dos momentos difíceis, não devemos ficar com o coração conturbado, pois estamos firmados em uma bendita esperança, que é o fundamento da nossa alegria (I Ts. 2.19). Paulo em enfático em sua admoestação aos crentes: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (I Ts. 4.18).

CONCLUSÃO

O arrebatamento, o translado dos crentes que pode acontecer a qualquer momento, é a bendita esperança da igreja. Diante de um mundo marcado pelo desespero, devemos consolar uns aos outros com as Palavras de Cristo, que ressoam no evangelho, e com a revelação dada a Paulo, a respeito desse evento escatológico. A igreja de Cristo não teme o arrebatamento, antes purifica a si mesma (I Jo. 3.3), assim como Ele é puro, e aprendeu a amar a vinda do Senhor para arrebatá-la (II Tm. 4.8), que lhe traz consolo (I Ts. 4.18).


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a respeito de um dos acontecimentos mais gloriosos e esperados desde que o Senhor Jesus foi assunto aos céus — o arrebatamento da Igreja. Esta lição é de máxima importância para os nossos dias, já que ultimamente se ensina tão pouco a respeito da volta de Jesus. [Comentário: Por toda a história da Igreja, cristãos piedosos creram na promessa que Jesus Cristo voltará à terra com poder e glória. Há uma poderosa promessa de Cristo que disse que voltaria por nós, e nos tomaria a Si mesmo, para que onde Ele esteja, estejamos nós para sempre com Ele (Jo 14.2-3). Este evento é conhecido como o arrebatamento da igreja. O Arrebatamento da igreja é o evento no qual Deus remove todos os crentes da terra para abrir caminho para que Seu justo julgamento seja derramado sobre a terra durante o período da Tribulação. Esta doutrina é descrita principalmente em 1Ts 4.13-18 e 1Co 15.50-54. Paulo quando escreve aos Coríntios focaliza na natureza instantânea do Arrebatamento e nos corpos glorificados que receberemos. “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Co 15.51-52). Esta é a promessa gloriosa que devemos todos esperar ansiosamente. Finalmente ficaremos livres do pecado. Estaremos para sempre na presença de Deus. Há excessivo debate a respeito do significado e magnitude do Arrebatamento. Esta não é a intenção de Deus. Mas ao invés disso, no que diz respeito ao Arrebatamento, Deus quer que “encorajemos uns aos outros com estas palavras.”] 

I. TODOS OS SALVOS SERÃO ARREBATADOS

Na primeira fase de sua vinda, no arrebatamento da Igreja, Jesus não tocará na Terra. Ele estará “nos ares” ou “nas nuvens” (1Ts 4.17). [Comentário: O escritor do livro de Hebreus nos diz em Hebreus 9.28: “assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” A primeira vinda de Cristo foi humilde, em um estábulo, e foi crucificado pelos homens, mas em sua segunda vinda, virá à terra para destruir seus inimigos, para julgar aos homens e estabelecer seu reino eterno.]

1. A reunião dos salvos no encontro com Cristo. A palavra arrebatamento no grego é harpazo. Este vocábulo dá a ideia de rapto, ou de remoção repentina, de modo súbito. O arrebatamento da Igreja reunirá os que morreram em Cristo, isto é, confessaram a Jesus como seu Salvador e permaneceram fiéis até a morte (Ap 2.10; 1Ts 5.23), e os que estiverem vivos, aguardando o glorioso evento (1Ts 4.13). [Comentário: "Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória. O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).]

2. Quem será arrebatado? Todos os salvos que foram transformados mediante o novo nascimento. Só chegarão aos céus aqueles que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. A vida cristã não é fácil, exige renúncia. O caminho que conduz ao céu é estreito. Todo crente, em sua jornada aqui na terra, enfrenta montes e vales, alegrias e tristezas. Infelizmente, muitos não perseveram e acabam voltando atrás, se desviam e acabam vencidos pela carne, o mundo e Satanás. Seja fiel, meu irmão e minha irmã, pois há uma recompensa para os que são fiéis e igualmente para todos os infiéis. A Palavra de Deus alerta que no grande dia do Senhor os ímpios “ficarão de fora” (Ap 22.15), mas os que permaneceram no Senhor serão transformados e subirão para se encontrar com Deus. A promessa do arrebatamento e do céu é para quem vencer (Ap 3.12). Não desista! [Comentário: Quem será arrebatado? A bíblica é enfática ao afirmar que a Igreja toda, não apenas os que estiverem vivos, mas também os que já dormem (1Co 15.52; 1Ts 4.16). Em nenhum lugar a Bíblia ensina que um verdadeiro filho de Deus poderá ser deixado para trás. O Espírito Santo nos diz, através de Paulo: “todos seremos transformados.” (1Co 15.51). Não podemos pensar que o Senhor Jesus viria buscar uma Noiva incompleta, imperfeita — todos os salvos fazem parte da Igreja do Senhor, da Sua Noiva, e todos serão levados. É claro que “nem todo o que me diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos céus” (Mt 7.21); há muitos que dizem ser cristãos, mas não o são. Todo verdadeiro filho de Deus, porém, que já é nascido de novo, será arrebatado; ninguém será deixado, embora alguns irão ter que se envergonhar naquele dia (1Jo 2.28).]


SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, enfatize que “o arrebatamento da Igreja é um dos eventos proféticos mais comoventes e empolgantes da Bíblia”. Em seguida, leia com os alunos 1 Tessalonicenses 4.15-18. Depois copie no quadro os cinco estágios do arrebatamento que 1 Tessalonicenses 4.15-18 apresenta. Discuta com os alunos cada um dos estágios do arrebatamento:

“O próprio Senhor descerá do céu com alarido e com som de trombetas;

Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;

Nós que estivermos vivos e permanecermos na Terra seremos ‘arrebatados’ (gr. harpazo) juntamente com eles nas nuvens;

Encontraremos o Senhor;

Estaremos sempre com Ele. O apóstolo Paulo também revelou o que chamou de ‘mistério’ a respeito do arrebatamento. Em 1 Coríntios 15.51-53, ele explicou que alguns crentes não dormiriam (morreriam), mas seus corpos seriam instantaneamente transformados” (Adaptado de: LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.81).

II. O ARREBATAMENTO E A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

1. A ignorância acerca dos mortos (1Ts 4.13). Ao fazermos uma leitura atenta das primeiras Epistolas aos Tessalonicenses e Coríntios, vemos que os crentes tinham muitas dúvidas acerca dos mortos em Cristo (1Co 15.12-23,35-54). Erroneamente, acreditavam que na volta de Jesus, os que já haviam morrido não tinham mais esperança de ressuscitar. Atualmente, muitos também têm dúvidas quando o assunto é acerca dos que já dormem. Porém, a Palavra de Deus assegura-nos que os mortos hão de ressuscitar: “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele” (1Ts 4.14). Em outra ocasião, tratando desse mesmo assunto, Paulo ainda afirma: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1Co 15.20-23). Não precisamos nos preocupar com aqueles que já dormem com o Senhor, pois quando chegarmos aos céus os encontraremos. [Comentário: O Arrebatamento era um mistério não revelado no Antigo Testamento. Os profetas do Antigo Testamento ensinaram sobre a ressurreição, mas não ensinaram que alguns seriam arrebatados sem passar pela morte. A trasladação dos santos do Novo Testamento vai efetuar uma instantânea mudança da mortalidade para a imortalidade. Os crentes que estiverem vivos nessa hora jamais verão a morte. A trasladação dos santos da era da igreja é expressa como sendo uma fonte de conforto e encorajamento (1Co 15.58). Ora, se não acontecesse uma trasladação, antes do final dos tormentos da Grande Tribulação, ela não seria um conforto. Ressurreição significa ação de ressurgirvida novarenovação;surgir novamentevoltar à vidatornar a manifestar-seviver de novo. No Novo Testamento, as palavras gregas para ressurreição: Anastasis, ressurreição; Anazao, voltar à vida, viver de novo;Egeiro, acordar, despertar, levantar. A primeira grande ressurreição da Igreja ocorrerá no momento do arrebatamento. Todos aqueles que morreram em Jesus Cristo durante a Era da Igreja serão ressuscitados no arrebatamento. A Era da Igreja começou no Dia de Pentecostes e terminará quando Cristo voltar para levar os crentes de volta ao céu com Ele (Jo 14.1-3, 1Ts 4.16-17). O apóstolo Paulo explicou que nem todos os cristãos morrerão, mas todos serão transformados, ou seja, receberão novos corpos na ressurreição (1Co 15.50-58).]

2. A primeira e a segunda ressurreição. É a ressurreição dos salvos, daqueles que esperam a volta de Jesus. O primeiro a dar início à primeira ressurreição foi Jesus. Ninguém reviveu, vencendo a morte física, definitivamente ou para sempre, antes dEle. Cristo é “as primícias dos que dormem”, conforme disse Paulo (1Co 15.20). Contudo, na primeira ressurreição, farão também parte desse evento glorioso: “as duas testemunhas” (Ap 11.1-12); o grupo dos “mártires”, aqueles que aceitarão a Cristo na “grande tribulação” (Ap 7.9-17). A segunda ressurreição será para os ímpios, após o milênio (Ap 20.5,6). [Comentário: A primeira coisa que virá a acontecer quando da Volta de Nosso Senhor Jesus Cristo, será a ressurreição dos mortos em Cristo, isso deverá acontecer num momento antes do arrebatamento da Igreja (“Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” 1Ts 4.15,16). “Quando Cristo retornar, nosso corpo original será levantado e transformado; nossa forma humana será mantida e também glorificada”. Uma outra grande ressurreição ocorrerá quando Cristo voltar à terra (a Sua Segunda Vinda) no final do período de tribulação. Os crentes em Jesus que morrerem durante a Tribulação serão ressuscitados na volta de Cristo e reinarão com Ele por mil anos durante o Milênio (Ap 20.4, 6). Os crentes do Antigo Testamento, como Jó, Noé, Abraão, Davi e até mesmo João Batista (o qual foi assassinado antes da Igreja começar), serão ressuscitados neste momento também. Várias passagens do Antigo Testamento mencionam esse evento (Jó 19.25-27, Is 26.19; Dn 12.1-2; Os 13.14). Ezequiel 37.1-14, usando o simbolismo de corpos mortos voltando à vida, descreve principalmente o reagrupamento da Nação de Israel. Mas, devido à linguagem utilizada na passagem, a ressurreição física dos israelenses mortos não pode ser excluída. Mais uma vez, todos os crentes em Deus (na época do Antigo Testamento) e todos os crentes em Jesus (na era do Novo Testamento) participarão da primeira ressurreição, a ressurreição para a vida (Ap 20.4, 6).]

3. A transformação dos crentes que estiverem vivos quando Jesus voltar. Os salvos que estiverem vivos na volta de Jesus serão arrebatados e transformados (1Ts 4.17). A transformação dos vivos é um mistério: “Eis aqui vos digo um mistério: [...] nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade” (1Co 15.51-53). Pela transformação, o corpo se tornará espiritual e glorificado.
Diz a Bíblia “que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrrupção” (1Co 15.50). Com corpos glorificados, semelhantes ao de Jesus (Fp 3.21), os salvos poderão ir “ao encontro do Senhor nos ares”. [Comentário: todos aqueles que são crentes, já confessaram seus pecados e aceitaram a Cristo como Único e Suficiente Senhor e Salvador pessoal de suas vidas terão seus corpos transformados por meio da ressurreição. Porém nem todos serão ressuscitados, pois aqueles que estiverem aqui quando do retorno de Jesus Cristo não passarão pela morte e por isso não serão ressuscitados, mas mesmo assim terão seus corpos transformados. Na ressurreição receberemos um novo corpo, eterno e glorificado - “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2Co 5.1). Este corpo “glorificado” ou ressurreto será dado ao crente quando ocorrer o arrebatamento da Igreja - “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Co 15.52); “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1Ts 4.16). A universalidade da ressurreição é visto em 1Co 15.21,22: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. O apóstolo Paulo nos ensina que esta mudança dos vivos e a ressurreição dos mortos em Cristo, chamam-se de “redenção do nosso corpo” - “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23); “em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória” (Ef 1.13,14).]

III. ANTES DO ARREBATAMENTO E DEPOIS DELE

1. Antes, é preciso vigilância. Como já é do seu conhecimento, todo crente deve estar preparado a cada dia, a cada instante para o arrebatamento. Ao deitar e ao levantar, o crente precisa estar preparado espiritualmente, pois, quando “a trombeta de Deus” tocar, anunciando a volta de Cristo, não haverá mais tempo, um segundo sequer, para alguém se preparar. Os pais não poderão avisar aos filhos; os esposos não poderão avisar às esposas e vice-versa. Todos esses alertas devem ser dados agora, no dia que se chama hoje. Porque, no arrebatamento, os eventos finais serão de uma rapidez surpreendente, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52). [Comentário: Note o leitor que o Arrebatamento é a ressurreição dos mortos em Cristo; é uma atração para cima e trasladação dos santos do Novo Testamento (1Ts 4.17); é a bendita esperança do crente (v 13)! É o que estamos aguardando. O Arrebatamento é um conforto (v 18). Se essa trasladação não acontecesse senão ao final dos tormentos da Grande Tribulação, não haveria conforto algum para os cristãos que estão na margem anterior à Tribulação. Os crentes que estiverem vivos nessa hora jamais verão a morte. Note, ainda, que os textos de 1Ts 1.9-10; 5.9; Rm 5.9 e Ap 3.10 promete aos crentes da era da igreja o livramento da ira de Deus. A Grande Tribulação é expressamente chamada “o dia da ira do Senhor”. Hoje, o Senhor está contendo Sua ira. Ele está assentado sobre o trono da graça; mas, logo chegará o dia em que Ele Se assentará no trono do julgamento. “O dia da ira do Senhor” vai chegar para o mundo inteiro (Sl 110.5; Is 13.6-13 e Ap 6.16-17). Com respeito à Grande Tribulação, as Escrituras dizem: “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem” (Lc 21.36). Desse modo, os crentes da era da igreja devem ser fisicamente removidos da Terra; caso contrário, teriam que suportar o dia da ira. Deus promete a remoção em Apocalipse 3.10: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”. Este verso não diz que Deus vai guardar os santos da era da igreja através da provação, mas livrá-los da mesma. Então, concluo que todo aquele que é nascido de novo, será levado, ninguém será deixado. Agora, os crentes devem viver em constante expectativa e prontidão para o retorno de Cristo, em contraste com a indiferença imprudente dos descrentes, que estão absolvidos nas atividades rotineiras da vida como se elas fossem permanentes.]

2. Depois, viveremos felizes para sempre. Jesus, a expressão máxima do amor de Deus, voltará para buscar a sua amada Igreja (Jo 14.3). A Igreja, a “Noiva do Cordeiro”, há de se encontrar com seu “Noivo”, nas nuvens, e viverão felizes por toda a eternidade. Desde o seu início, a Igreja tem sofrido todo tipo de perseguição e infortúnio. Mas em todos os embates, ela saiu vitoriosa. Porque Jesus, o Noivo, afirmou: “[...] edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Atualmente a Igreja e os crentes são perseguidos em muitos países, mas a Noiva do Senhor subirá ao encontro dEle, para encontrá-lo “nas nuvens” (1Ts 4.17). João viu o final da história dos cristãos e alegrou-se muito: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). [Comentário: “Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo {Gr. filho} do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já essa minha alegria está cumprida.” (Jo 3.29). A noiva é a Igreja, o noivo é Jesus Cristo e o amigo do noivo são os santos do Velho Testamento (todos aqueles que morreram desde Adão até o Pentecostes). O sitegotquestions.org traz o seguinte artigo: “Pergunta: "O que é a ceia das bodas do Cordeiro?" Resposta: Em sua visão em Apocalipse 19:7-10, João viu e ouviu as multidões celestiais louvando a Deus porque a festa das bodas do Cordeiro - literalmente a "ceia das bodas" - estava prestes a começar. O conceito da ceia das bodas é mais bem compreendido à luz dos costumes de casamento no tempo de Cristo. Esses costumes de casamento tinham três partes principais. Primeiro, um contrato de casamento era assinado pelos pais da noiva e do noivo, e os pais da noiva pagavam um dote ao noivo ou seus pais. Esse passo dava início ao período de noivado. José e Maria estavam nesse período quando ela engravidou do Espírito Santo (Mateus 1:18, Lucas 2:5). O segundo passo no processo geralmente ocorria um ano depois, quando o noivo, acompanhado por seus amigos, ia à casa da noiva à meia-noite, criando um desfile com tochas pelas ruas. A noiva sabia de antemão que isso ia acontecer, assim se preparando com suas servas, e todos participariam do desfile e iam à casa do noivo. Este costume é a base da parábola das dez virgens em Mateus 25:1-13. A terceira fase era a ceia das bodas em si, a qual podia durar dias, assim como ilustrada pelo casamento em Caná em João 2:1-2. O que a visão de João em Apocalipse retrata é a festa das bodas do Cordeiro (Jesus Cristo) e Sua noiva (a Igreja) em sua terceira fase. A implicação é que as duas primeiras fases já ocorreram. A primeira fase foi concluída na terra quando cada crente colocou a sua fé em Cristo como Salvador. O dote pago aos Pais do Noivo (Deus Pai) seria o sangue de Cristo derramado a favor da Noiva. A Igreja na terra hoje, então, é a "noiva" de Cristo e, como as virgens prudentes da parábola, todos os crentes devem estar observando e esperando o aparecimento do Noivo (a Segunda Vinda). A segunda fase simboliza o Arrebatamento da igreja, quando Cristo vier para reivindicar a Sua noiva e levá-la para a casa do Pai. A ceia das bodas então segue como o terceiro e último passo. Não só a Igreja vai participar da festa de casamento como a noiva de Cristo, mas outras pessoas também. Essas "outras pessoas" incluem os santos do Antigo Testamento que serão ressuscitados na Segunda Vinda, bem como os mortos martirizados da Tribulação. Assim como o anjo disse a João para escrever: "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são as verdadeiras palavras de Deus" (Apocalipse 19:9). A ceia das bodas do Cordeiro é uma celebração gloriosa de todos os que estão em Cristo!” Extraído de http://www.gotquestions.org/Portugues/ceia-bodas-Cordeiro.html]

CONCLUSÃO

No grande evento (o arrebatamento da Igreja), esperado pelos salvos, dar-se-á a reunião de todos os filhos de Deus, que nEle creem, desde a fundação do mundo. Os mortos serão ressuscitados e os vivos serão arrebatados. Por isso, se você crê no arrebatamento da Igreja, tenha esperança e procure purificar-se a cada dia mais, pois em breve a Igreja do Senhor não estará mais neste mundo tenebroso (1Jo 3.3). [Comentário: Não há dúvidas de que as Escrituras são bastante claras com respeito ao fato de haver uma ressurreição, e isso, tanto para os justos como para os injustos. Baseados no que vimos por meio deste pequeno estudo sabemos que há uma enorme esperança para aqueles que já partiram com Cristo e para aqueles que um dia partirão caso o arrebatamento não venha para a nossa geração. Nosso dever é de preservar a verdadeira doutrina da ressurreição e não meras especulações como fazem aqueles que querem tirar o crédito das Escrituras Sagradas. Sejamos sóbrios e vigilantes. Assim como disse o Mensageiro Celeste ao profeta Daniel: “Sabe e entende”, devemos seguir este conselho e praticá-lo para com esta doutrina, e da mesma forma para com toda a sã doutrina da Palavra de Deus. A esperança que invade nosso coração caso não passemos pelo arrebatamento é garantida, selada e confirmada pelas Escrituras e autenticada por Aquele que conquistou por Sua vida a morte.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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