SUBSÍDIO I
Esperar Jesus voltar a qualquer momento influencia o
nosso estilo de vida. A grande crise de mornidão espiritual em que vivemos
tem a ver com as prioridades de vida de alguns crentes. Quem espera Jesus
voltar estabelece prioridades na vida que leve à espera
desse encontro; mas quem não espera estabelece outras. A vida é feita
de escolhas. E se um crente escolhe viver vigilante quanto à vinda do
Mestre, tal estilo de vida perpassará todas as esferas da existência; se
não, isso se revelará em sua maneira de viver.
Por isso, na aula desta semana você pode iniciá-la
perguntando se faz sentido uma pessoa que diz esperar Jesus voltar, se
encontrar mergulhada no Materialismo, no Pragmatismo ou no Hedonismo.
São posturas diametralmente opostas ao desejo de se encontrar com o Mestre
dos mestres. Quem vive, por exemplo, com mente e coração voltados
para o estilo de vida do consumismo selvagem, não pode anelar a vida
no céu com Jesus. O Reino de Deus não é “comida nem bebida”, mas “justiça,
paz e alegria no Espírito”. Note bem: no Espírito!
Quando estamos no Espírito, a cabeça é outra, o
pensamento é outro e até mesmo o sentimento é de outra ordem. Vida no
Espírito leva em conta a radicalidade de uma existência pautada no
Evangelho, levando-o até as últimas consequências. Assim, não há
preocupação com status quor, com o formalismo exterior nem com nada desta
natureza. A iminência da vinda do Senhor faz brotar em nosso coração
uma preocupação maior com a nossa maneira de viver. É saber que a nossa
redenção está próxima e que a qualquer momento podemos ser
arrebatados para estarmos para sempre com o Senhor. É cultivar a fé para
que quando o Filho do Homem vier possa achá-la em nós.
É verdade que a cada dia que se passa tornar-se mais
difícil militar a boa causa de Cristo. Os desafios são muitos: o tempo no
trânsito, a carga horária do trabalho, os problemas familiares, a corrida
desenfreada que as pessoas fazem em nome do dinheiro. Não sobra tempo
para si mesmo, para a família nem muito menos para o Deus Altíssimo. Por
isso, cultivarmos a esperança na Vinda do Senhor é um antídoto para a
alma contra essa avalanche de cultura materialista, pragmática e
hedonista. Que quando o Senhor vier ache em nós a fé nEle! Que
independente das circunstâncias possamos continuar a guardar
a Esperança uma vez entregue aos santos e o coração da ansiedade!
Maranata, ora vem Senhor Jesus!
Fonte: Revista Ensinador Cristão,
ano 17 - nº 65 –
Janeiro/Fevereiro/Março de 2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A igreja aguarda seu
arrebatamento pelo Senhor a qualquer momento, quando se encontrará com Ele nos
ares. Na lição de hoje estudaremos a respeito desse evento, e destacaremos a
necessidade de permanecer na expectativa dessa bendita esperança. Mostraremos que
o arrebatamento é um evento iminente, que deve nos motivar à santificação, e a
amar a vinda do Senhor. Destacaremos também que enquanto não acontece a igreja
deve permanecer trabalhando em prol da expansão do Reino de Deus.
1. UM EVENTO
IMINENTE
A igreja aguarda
ser arrebatada para se encontra com o Senhor Jesus nos ares (I Ts. 4.13-18).
Esse é um evento iminente, ou seja, que acontecerá a qualquer momento, sem
sinais prévios. A esse respeito, é válido ressaltar que a doutrina do
arrebatamento foi revelada com maior propriedade a Paulo (I Co. 15.51). Por
esse motivo, encontramos várias passagens em suas epístolas que se referem a
esse acontecimento. Para interpretar apropriadamente os textos que fazem
referência ao arrebatamento é necessário distingui-lo da Segunda Vinda em
glória, quando o Senhor virá para estabelecer seu reino milenial (Ap. 19). Nada
impede que Jesus venha arrebatar Sua igreja a qualquer momento, nem mesmo que o
evangelho seja pregado em todos os lugares, pois esse é o ensinamento paulino
sobre o arrebatamento. Os crentes devem viver nessa expectativa, sabendo que a
trombeta soará, e os mortos em Cristo ressuscitarem, e aqueles que estiverem
vivos, serão transladados (I Ts. 4.13-18). Esse ensinamento era pregado com
frequência nos anos que antecederam 2000, mas infelizmente algumas igrejas
deixaram de acreditar no arrebatamento da igreja. Além disso, o materialismo,
disseminado nas igrejas pela teologia da ganância, está fazendo com que os
crentes percam o foco. A ênfase no temporal, em detrimento do eterno, está
retirando dos púlpitos um assunto que é recorrente na teologia do Novo
Testamento. Uma igreja compromissada com o Reino de Deus deve pregar e viver na
expectativa escatológica, na convicção da vinda de Jesus para arrebatar Sua
igreja, como Ele mesmo prometeu (Jo. 14.1).
2. QUE EXIGE
SANTIFICAÇÃO DOS CRENTES
Enquanto Jesus não
vem para buscar Sua igreja, essa deve viver em santificação, produzindo o fruto
do Espírito (Gl. 5.22). Paulo, em sua Epístola aos Tessalonicenses, admoesta os
crentes para que esses sejam integralmente santos (corpo, alma e espírito),
enquanto aguardam a Vinda do Senhor (I Ts. 5.23). A santificação é uma condição
para que se possa ver a Deus (Hb. 12.14), sendo necessário distinguir a
santificação posicional e da progressiva. A primeira tem a ver com a condição
dada por Deus a partir do momento que somos regenerados (I Co. 3.16). A segunda
é um processo que inicia na conversão e segue até a glorificação, no momento do
arrebatamento (II Co. 3.18). É preciso ter cuidado para não confundir santificação
com perfeição, isso porque há crentes que pensam que somente serão arrebatados
se estiverem perfeitos. A palavra traduzida por perfeito, no grego do Novo
Testamento, é teleios, e tem a ver com maturidade, não com perfeição. As
traduções para o português podem causar frustrações, e às vezes, pavor em
alguns cristãos, por não se considerarem aptos para o arrebatamento. O
fundamento para o arrebatamento da igreja é a santificação posicional, isto é,
por causa do sacrifício de Cristo, podemos confiar que Ele nos arrebatará. Por
outro lado, espera-se de um cristão que viva em santidade, sendo cada vez mais
parecido com Cristo. Os cristãos carnais, porém, estão em situação de risco,
não apenas de ficar após o arrebatamento, mas de apostatar da fé, e se deixar
conduzir pelos padrões mundanos (I Jo. 2.16).
3. AMOR E
ESPERANÇA
Por viverem em pecado, muitos
crentes não conseguem amar a vinda de Jesus (II Tm. 4.8), e não têm a bendita
esperança (Tt. 2.13). O arrebatamento para os crentes é tanto uma parousia
(vinda) quanto uma epifaneia (manifestação). Essa revelação não deve ser motivo
de medo, muito menos de pavor, mas de amor e esperança. Na medida em que o
cristão trabalha em prol da expansão do Reino, sabe que a trombeta soará e que
será levado para estar com Cristo. Esse viver na dimensão eterna traz gozo para
o crente, pois esse sabe que a morte não é o fim, e mais que isso, que será
transformado, recebendo um corpo glorioso (I Co. 15.54). O mundo vive sem essa
esperança, e o resultado tem sido angústia e desespero, mas a igreja, que foi
comprada pelo sangue de Cristo, aguarda a volta do seu Noivo (Ef. 5.26). A
tribulação virá, dias trabalhosos sobrevirão sobre a terra, mas a igreja será
preservada da ira vindoura (I Ts. 1.9,10). Uma igreja comprometida com a
Palavra proclama que esse dia chegara, e que as pessoas precisam se arrepender
dos seus pecados, e se voltar para Deus, para não ficarem na terra, sob o
governo do Anticristo, e as calamidades do Apocalipse. Fazendo assim a igreja
evitará o escapismo, tendência bastante comum em alguns círculos cristãos. Há
evangélicos que celebram a volta de Cristo, mas fogem da realidade na qual
estão inseridos. A vinda de Cristo para arrebatar a igreja deve ser um tema
recorrente, mas não pode livrar o cristão da responsabilidade de difundir e
viver a partir dos valores do Reino, enquanto permanecer na terra.
CONCLUSÃO
A igreja aguarda com
expectativa, sobretudo com amor, a vinda de Cristo para arrebatar Sua igreja.
Na verdade essa é a bendita esperança, a respeito da qual escreveu Paulo em
suas epístolas. Enquanto Jesus não vem, devemos viver em santificação, buscando
nos assemelhar ao caráter de Cristo, algo que acontecerá plenamente por ocasião
da glorificação (I Jo. 3.2). Enquanto esse dia não chega, devemos continuar
fazendo a obra de Deus, e trabalhando em prol da expansão do Seu reino.
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Ninguém sabe o dia e a hora em
que Jesus voltará. A Palavra de Deus não nos revela quando se dará esse grandioso
acontecimento. Logo, é indispensável estarmos preparados para aquele dia que
tanto ansiamos. Precisamos viver em santidade, pois Jesus poderá voltar nesse
minuto em que você está lendo esta lição. Você está preparado?
Infelizmente, há muitos cristãos
que não estão preparados para subir ao encontro do Salvador. Estes estão
descuidados, adormecidos, assim como as “virgens loucas” da parábola de Mateus
25. Muitos estão sem o azeite, que representa o Espírito Santo. Outros negligenciam
o testemunho cristão e acabam por escandalizar o Evangelho. No entanto, a volta
de Jesus será repentina. A surpresa é o fator preponderante. Por isso, a
santificação é o requisito fundamental para o encontro com o Senhor nos ares,
em sua volta (1Ts 5.23). [Comentário: Nosso tempo é marcado por muitas pessoas - dentro e fora da Igreja – que
não conseguem discernir a urgência destes dias, conseguindo apenas olhar,
enquanto que a necessidade é de ver aquilo que de fato está acontecendo,
percebe-se o distanciamento do culto, da oração e da própria pregação do
significado urgente do arrebatamento da Igreja, em um momento onde as pedras
começam a clamar, os sinais começam a se avolumar, e o cenário apocalíptico
começa a se formar; os sinais se intensificam. Na verdade, não existe vida
cristã sem santidade! Então, quando se afirma que há dois tipos de crente, na
verdade esta afirmativa é um sofisma, já que o que caracteriza um crente
genuíno é a santidade - ela faz com que cada componente de nosso caráter seja
submetido à inspeção divina e receba sua aprovação – se não há aprovação
divina, não é um crente genuíno – e este não subirá ante o ressoar da última
trombeta! Pelo texto áureo sabemos que a santificação tem como agente o próprio
Deus. Nesta introdução, há uma afirmativa do comentarista que me chamou a
atenção: “Muitos estão sem o azeite, que representa o Espírito Santo”. Fica
claro que este não é crente, não nasceu de novo, não se tornou morada, templo
do Espírito Santo. Agora resta uma pergunta:Quem será arrebatado? A
bíblica é enfática ao afirmar que a Igreja toda, não apenas os que
estiverem vivos, mas também os que já dormem (1Co 15.52; 1Ts 4.16). Em nenhum
lugar a Bíblia ensina que um verdadeiro filho de Deus poderá ser deixado para
trás. O Espírito Santo nos diz, através de Paulo: “todos seremos
transformados.” (1Co 15.51). Você crê nisto? Não podemos pensar que o
Senhor Jesus viria buscar uma Noiva incompleta, imperfeita — todos os salvos
fazem parte da Igreja do Senhor, da Sua Noiva, e todos serão levados. É claro
que “nem todo o que me diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos céus” (Mt
7.21); há muitos que dizem ser cristãos, mas não o são. Todo verdadeiro filho
de Deus, porém, que já é nascido de novo, será arrebatado; ninguém será deixado,
embora alguns irão ter que se envergonhar naquele dia (1Jo 2.28).]
I. AGUARDANDO A VOLTA DE JESUS
1. Com fé e vigilância. Jesus exortou os discípulos a serem
vigilantes. Ele afirmou: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir
o vosso Senhor” (Mt 24.42). Por não sabermos a data da segunda Vinda de Jesus,
temos de ter uma conduta ilibada em nosso dia a dia. Temos que aguardar a volta
de Cristo em santidade e com o coração repleto de fé. Precisamos também desejar
a volta de Cristo, como os crentes de Tessalônica. Eles ficaram tão convictos e
anelantes ante a mensagem que os missionários lhes pregaram concernente à
segunda Vinda de Cristo, que entendiam que a mesma ocorreria naqueles dias
enquanto estavam vivos (1Ts 4.15,17). [Comentário:O Senhor Jesus Cristo, depois da Sua morte e
ressurreição, “assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hb 1.3), e hoje
intercede por nós. Mas como é maravilhoso lembrarmos do fato de que “esse Jesus
que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir como para o céu o vistes
ir” (At 1.11). Ele foi para junto do Pai, mas prometeu que voltaria para nos
buscar (Jo 14.3). Não há como negarmos esta verdade. Além do testemunho dos
anjos (At 1.10,11) e dos apóstolos (1Co 15.51-52; 1Ts 4.13-18), o nosso Salvador
mesmo prometeu que voltaria (Jo 14.3). Ele próprio disse: “Certamente cedo
venho” (Ap 22.20). Verifique o leitor que, o que nos leva a ter uma conduta
ilibada em nosso dia a dia não é o fato de não sabermos o dia em que o nosso
Senhor virá, mas sim o fato de sermos chamados à santidade – “Portanto,
cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente
na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; Como filhos
obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa
ignorância; Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em
toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu
sou santo”. (1Pe 1,13-16]
2. Cheio do Espírito Santo. Jesus ensinou a Parábola das Dez Virgens (Mt
25) para mostrar o que significa estar pronto para o seu retorno. Com esta
parábola também aprendemos que cada um de nós é responsável, diante de Deus,
por sua condição espiritual. As virgens prudentes representam os crentes fiéis,
que esperam a vinda de Jesus em santidade e cheios do Espírito Santo. As
prudentes tinham azeite em suas vasilhas. Este azeite representa a presença do
Espírito Santo. As virgens “loucas” ou imprudentes tinham azeite, mas era
pouco, suas lâmpadas logo se apagariam (Mt 25.8). As loucas representam os
crentes descuidados quanto à vinda de Jesus (o Noivo) e que permitem que a
chama do Espírito se extinga: “E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e
as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta”
(Mt 25.10). Sem a presença do Espírito Santo é impossível o crente esperar a
vinda de Jesus de forma santa. [Comentário: A
demora da volta de Cristo distingue o sábio do tolo. Estar pronto significa
estar preparado para uma longa espera; o zelo de pouca duração é inadequado.
Note o leitor que, o termo vigiai, denota um estado ativo, e não espera
passiva, como denota os versículos 45 a 51. Quero levá-lo a olhar para esta
parábola por outro ângulo: O objetivo da parábola é encontrado no versículo 13;
em vista do atraso da parousia (24.48; 25.5), estejam
preparados e atentos, pois não sabeis o dia nem a hora! Deus não nos fornece a
data do Arrebatamento, e não nos compete conhecê-la. Mas uma coisa é bem clara:
o próximo acontecimento no plano profético que Deus nos revela na Sua Palavra é
o Arrebatamento. Os apóstolos acreditavam que estariam vivos no Arrebatamento,
e esta também deveria ser a nossa atitude, vivendo cada dia como se fosse a
última oportunidade que teríamos de servir Àquele que morreu por nós, a última
chance de ajudarmos alguém a conhecer ao Senhor Jesus Cristo. Ele disse:
“Certamente cedo venho” (Ap 22.20). “E agora, filhinhos, permanecei nEle, para
que quando Ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por Ele
na Sua vinda (1Jo 2.28).]
3. Em santidade e em amor. Ser santo é ser separado, consagrado para o
Senhor. A Palavra de Deus nos exorta a sermos obedientes e santos em toda a
nossa maneira de viver (1Pe 1.13-15). Sem santidade ninguém poderá ver o Senhor
(Hb 12.14). Santidade é condição indispensável a quem se diz crente e deseja ir
para o céu, ao encontro do Senhor Jesus. Que jamais venhamos a amar a prática
do pecado, pois Jesus está às portas.
O que identifica um crente que
vive uma vida santa? O que identifica uma pessoa santa é antes de tudo, o seu
amor altruísta. Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos
outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto
todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo
13.34,35). É o amor que identifica se somos ou não um cristão. Quem não ama seu
irmão não experimentou o novo nascimento, logo precisa se converter a Jesus
Cristo e nascer de novo (1Jo 2.9,11). [Comentário: Como saber se sou um verdadeiro cristão? Escrevendo
aos crentes que passavam por severos testes de sua fé, o apóstolo Pedro exortou
os cristãos à santidade como um meio apropriado para suportar suas provas. Em
vez de deixar uma recomendação fácil, ele instou: “Segundo é santo aquele que
vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento”
(1Pe 1.15). Como eu poderei realizar isso? É Pedro que nos explica como (1Pe
1.22-2.10): “Amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1Pe 1.22);
“Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e
de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças
recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado
crescimento para salvação” (1Pe 2.1-2), e “Chegando-vos para ele, a pedra que
vive... também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual” (1Pe 2.4-5).]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, para tornar o ensino
mais dinâmico e participativo, faça antes de iniciar o tópico, a seguinte
indagação: “Temos de nos preocupar com a data da volta de Jesus ou em estar preparados
para sua vinda?”. Ouça os alunos com atenção e explique que durante o sermão do
Monte das Oliveiras, Jesus mostrou que a nossa preocupação deve ser com o estar
preparado. Se desejar, leia o texto a seguir para os alunos: “Jesus estava no
Monte das Oliveiras, exatamente no lugar onde o profeta Zacarias havia predito
que o Messias estaria quando viesse estabelecer o seu Reino (Zc 14.4). Era o
momento apropriado para os discípulos perguntarem a Jesus quando Ele viria com
todo o seu poder e o que poderiam esperar dEle. A resposta de Jesus enfatizou
os acontecimentos antes do final daquela era. Ele lhes recomendou que se
preocupassem menos com a data exata, e mais em estar preparados para a ocasião;
deveriam viver totalmente de acordo com os mandamentos de Deus, para que
estivessem prontos para a sua volta” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. RJ:
CPAD, p.1267).
II. ATITUDES ERRÔNEAS DIANTE DA VINDA DE JESUS
1. Ignorar a vinda de Jesus. Certa vez, ao ensinar a respeito do seu
retorno (Mt 24.45-51), Jesus contou uma parábola sobre um servo fiel e prudente
e um mau servo. Quem é o mau servo? Jesus mostra que é aquele que diz: “O meu
senhor tarde virá” (Mt 24.48). Então, este passa a viver de modo negligente,
desatento, maltratando seu conservos e completamente alheio à volta de seu
senhor. Muitos, infelizmente, estão vivendo como o “mau servo” da parábola.
Porém, a este, diz o Senhor: “Virá o senhor daquele servo num dia em que o não
espera e à hora em que ele não sabe, e separa-lo-á, e destinará a sua parte com
os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 24.50,51). Nestes
tempos de sinais evidentes da proximidade da vinda de Jesus, há muitos que
estão “brincando” de ser crentes, ignorando a iminente vinda do Senhor e agindo
como o mau servo. Viva com responsabilidade! Siga o exemplo do servo fiel e
prudente e jamais negligencie a obra de Deus nem se embarace com as coisas
deste mundo (Mt 24.45,46). [Comentário: Amar significa colocar o bem-estar de alguém acima do seu. O amor
próprio é uma força poderosa em nossos corações, forte o bastante para fazer
com que, mesmo os irregenerados, amem aos que os amam: "E se amardes aos
que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os
amam." (Lc 6.32). “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna” (Jo 3.16). Os filhos de Deus tornam-se santos, separados para Ele,
quando seguem Seus passos e amam aos outros. Aliás, esta era a oração de Paulo
pela Igreja de Filipos: “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente
mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas
excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo” (Fp 1.9-10).
Devemos ser afetuosos uns com os outros em amor fraternal, somos irmãos, porque
temos o mesmo Pai.]
2. Escarnecer das profecias. A Palavra de Deus nos alerta que nos últimos
dias haveria homens escarnecedores: “Sabendo primeiro isto: que nos últimos
dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e
dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram
todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2Pe 3.3,4). O
apóstolo deu como resposta o ensino bíblico, que indica a matemática de Deus
quanto à contagem dos tempos, dizendo: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa:
que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2Pe 3.8).
Há teólogos contemporâneos, que dizem que a volta de Jesus é apenas uma utopia.
Isso é escarnecer dessa verdade bíblica. [Comentário: Os falsos mestres destes últimos dias ridicularizam
a promessa profética da vinda do Senhor levando em consideração o aparente
atraso. A matemática divina é mais elevada do que a humana. A perspectiva
divina sobre a passagem do tempo responde o criticismo dos escarnecedores nos
versículos 3-4 de 2Pe 3. O ‘atraso’ da vinda do Senhor é uma reação humana ao
cálculo divino. Muitos irão se envergonhar, mas que nós possamos estar
preparados, servindo fielmente ao nosso Senhor, e termos “ousadia” quando Ele
voltar.]
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
Cinco ilustrações em forma de parábola
Ao fim de seu discurso acerca da Tribulação e de
sua segunda vinda, Jesus apresentou cinco parábolas como ilustração do que Ele
acabara de ensinar. Houve a parábola da figueira (Mt 24.32-35), a ilustração
sobre os dias de Noé (24.36-39), a comparação entre os dois homens e as duas
mulheres (24.40,41), a ilustração do vigia sempre alerta (24.42-44) e a
parábola do servo fiel e prudente (24.45-51). Todas estas ilustrações estão
relacionadas às doutrinas ensinadas por Cristo em Mateus 24” (LAHAYE, Tim.Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.139)
III. ATITUDES DO SERVO FIEL ANTE A VOLTA DO SENHOR
1. Ter uma vida
irrepreensível. Isso só é possível na vida do
crente através do poder redentor, libertador e purificador do sangue de Jesus
mediante a fé. Tomemos como exemplo a vida do apóstolo Paulo. Ele tinha uma
vida correta; não dava lugar à repreensão, censura, ou à crítica pertinentes.
Certa vez, ele afirmou que andava “diante de Deus com toda a boa consciência”
(At 23.1). No capítulo 5 da Primeira Epístola aos Tessalonicenses, ele exorta
os crentes a serem também irrepreensíveis: “E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts
5.23). Não é somente o seu corpo físico, visível que deve ser conservado puro,
mas seu espírito e alma, partes invisíveis, também devem ser conservados
corretos.
Há crentes que são
como os “sepulcros caiados”, pois em seu interior, em sua alma e espírito, há
somente podridão. Estes são arrogantes, invejosos, amargurados, cheios de ódio,
etc. Sejamos santos em todo o nosso ser, pois em breve Jesus virá. [Comentário: O descuido da vida cristã
acarreta sérios problemas. O cristão não pode tomar as coisas de qualquer
maneira. O nosso cotidiano é sempre uma alternativa entre a vida e a morte. O
tempo é curto e a vida terrena é uma preparação para a eternidade. O profeta
Jeremias exorta-nos: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!”
(Jr 48.10). Costuma-se dizer que o cristão pode abrasar-se, porém nunca
oxidar-se. Jesus, em carta à igreja de Laodicéia, exorta: “Eu repreendo e
disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Ap 3.19). “Agora,
porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade,
maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma
vez que vos despistes do velho homem” (Cl 3.8 e 9).]
2. Não dar lugar à
carne. Atualmente, muitos crentes estão se aproveitando da
liberdade cristã para dar ocasião à carne (Gl 5.13). Muitas igrejas não passam
de “clubes religiosos”, onde não se vê compromisso nem santidade; “incham” em
número, porém não crescem na “graça e conhecimento” (2Pe 3.18). Não se esqueça
de que em breve Jesus virá e aqueles que andam segundo a carne não herdarão o
Reino de Deus (Gl 5.21). Não podemos nos esquecer de que o mesmo Deus que é
amor (1Jo 4.16), é também “um fogo consumidor” (Hb 12.29). [Comentário: “Não ameis o mundo nem as coisas
que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”
(1Jo2.15). Note o leitor que, a liberdade cristã não significa que foram
retiradas as restrições morais; ela significa liberdade para servir uns aos outros.
Se é verdadeiro que o Espírito habita em nós, também é verdadeiro que Ele mesmo
nos permite dominar a concupiscência da carne quando nos submetemos
continuamente ao seu poder e controle. Quero com isso afirmar que, os que são
guiados pelo Espírito farão livremente o que é certo, e não por obrigação ou
imposição alguma, portanto, estes já não estão na condenação ou cativeiro.
Estar cheio do Espírito, note o leitor, não é em demonstração de dons de poder
espirituais, mas é exercitar o fruto do Espírito.]
3. Dar frutos. Como crentes precisamos dar bons
frutos até a vinda de Jesus. As lutas do nosso dia a dia e as tristezas não
podem nos impedir de frutificar. Trabalhar na obra do Senhor não é nada fácil;
enfrentamos lutas e tristezas, mas logo nos esquecemos de tudo quando vemos
almas se rendendo aos pés do Senhor Jesus, sendo batizadas em águas e no
Espírito Santo. São, na verdade os frutos, a glória, o gozo, a alegria, e a
coroa de todo o nosso trabalho. Trabalhe para o Senhor, seja um semeador.
Pregue a Palavra de Deus enquanto é tempo, pois o Dia do Senhor virá, quando
não poderemos mais anunciar a salvação. Ainda existem muitas pessoas para serem
salvas. Muitos estão esperando para ouvir a respeito do Evangelho. Faça a sua
parte, frutifique, ganhe vidas para o Senhor Jesus. [Comentário: Note o leitor que, somente o
Espírito Santo pode produzir em nós o Seu fruto, e não nossos próprios
esforços. Quando Ele controla completamente a vida do crente, o fruto uno e
indivisível é produzido. O Rev Hernandes Dias Lopes escreve: “Israel era a
vinha do Senhor. Deus a plantou. Deus a cercou de cuidados, mas Israel produziu
uvas bravas. Então, agora, Jesus diz: “Eu sou a Videira verdadeira e meu Pai é
o agricultor. Eu sou a videira e vós os ramos.” O Viticultor é o que planta a
vinha, ele é o dono da vinha, ele é o que cuida da vinha para que ela produza
grande quantidade e com excelente qualidade. Os ramos só têm duas finalidades:
eles só servem para produzir fruto ou para serem queimados. Deus, como
viticultor espera frutos de nós. [...] Qual é a importância de se produzir
frutos? Jesus diz: “Eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades
e deis frutos, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16). Estamos aqui para
cumprirmos os sonhos de Deus e trazermos glória para o seu nome através de uma
vida frutífera”http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/05/o-processo-da-frutificacao/#.VpW3eE8afIU.
Quem serve ao Senhor, está servindo ao seu próximo, e quem serve ao seu próximo
está servindo ao Senhor. Jesus coloca esse assunto da seguinte maneira: “Em
verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos
irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40). O salmista, no hino de ingresso ao
templo, declara: “Servi ao Senhor com alegria”. Esse sentimento deve ser
constante no serviço cristão. O crente deve ter prazer no que faz servindo ao
Reino de Deus. Por isso mesmo, aconselha o apóstolo: “Portai-vos com sabedoria
para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades” (Cl 4.5). Alguém já
falou que “Quem não vive para servir, não serve para viver”.]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Reproduza o esquema abaixo no
quadro. Em seguida faça a seguinte indagação: “Quais são as atitudes que os
crentes precisam ter ante a volta de Jesus?”. Ouça seus alunos com atenção.
Incentive a participação de todos. Em seguida complete, juntamente com a turma,
o quadro. Leia as referências bíblicas com a classe.
ATITUDES DO SERVO FIEL
ANTE A VOLTA DO SENHOR JESUS
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Ter uma vida irrepreensível
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Fp 2.15
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Não dar lugar à carne
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Gl 5.13,16
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Dar fruto
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Jo 15.16
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Ler a Palavra de Deus e orar
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Mt 22.29; Lc 22.40
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CONCLUSÃO
Em breve Jesus virá. Você está preparado
para a sua vinda? As consequências de nossas escolhas serão eternas. A salvação
é individual. Que o Senhor nos ajude a ter consciência e vivência, dentro do
padrão divino para esperarmos a volta de Jesus, conforme os ditames de sua
santa Palavra, amando a sua vinda. [Comentário: Por que o Senhor vem nos buscar? Ele mesmo disse: “Para que onde Eu
estiver estejais vós também” (Jo 14.3). Nós fomos comprados por Ele, somos um
“povo de propriedade exclusiva de Deus” (1Pe 2.9); o Senhor disse: “não sois do
mundo, antes eu vos escolhi do mundo” (Jo 15.19). Como pertencemos a Ele, e não
ao mundo, Ele virá nos tirar do mundo, “e assim estaremos para sempre com o
Senhor” (1Ts 4.17). Que estas verdades maravilhosas possam influenciar nossa
conduta, e que, “renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos
neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus
Cristo” (Tito 2.12-13).] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.
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