SUBSÍDIO I
Caro professor, prezada
professora,
A lição desta semana está
estruturada em três tópicos. No primeiro tópico, o comentarista mostra o
exemplo de Maria de Betânia ao escolher a melhor parte. No segundo, ele
identifica Maria de Betânia como a mulher que ungiu o Senhor Jesus. No
terceiro, o comentarista destaca o caráter humilde de Maria de Betânia. A
partir da vida dessa grande mulher, podemos experimentar a viver uma vida que
transpareça a pessoa bendita de Jesus que é manso e humildade de coração (Mt
11.29).
“Quem foi Maria de Betânia
É notória a existência de várias
‘Marias’ ao longo do Novo Testamento. Maria Madalena, Maria a mãe de Jesus,
Maria a mãe de Tiago e de João. A Maria que trataremos nesta lição é a irmã de
Lázaro, também conhecida como Maria de Betânia. O nome ‘Betânia’ se refere a um
lugar que ficava a 6 km de Jerusalém.
Alguns episódios que se referem à Maria de Betânia em o Novo Testamento são os seguintes: quando Jesus chega à casa de Maria e Marta para jantar (Lucas 10.38-42); quando da morte de Lázaro, o irmão de Maria (João 11.28-32); quando Maria ungiu os pés de Jesus com unguento de nardo e puro e os enxugou com os cabelos (João 12.3; cf. Mateus 26.6-13; Marcos 14.3-9).
Alguns episódios que se referem à Maria de Betânia em o Novo Testamento são os seguintes: quando Jesus chega à casa de Maria e Marta para jantar (Lucas 10.38-42); quando da morte de Lázaro, o irmão de Maria (João 11.28-32); quando Maria ungiu os pés de Jesus com unguento de nardo e puro e os enxugou com os cabelos (João 12.3; cf. Mateus 26.6-13; Marcos 14.3-9).
O perfil de Maria de Betânia
A partir dos textos mencionados
acima é possível traçarmos o perfil de Maria, pois suas ações, de singelas e
meigas, são marcantes e inconfundíveis aos leitores de todas as épocas. Não por
acaso, quando do ato de amor e humildade protagonizado por Maria, o nosso
Senhor expressou-se da seguinte maneira: ‘Em verdade vos digo que, onde quer
que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela
fez para memória sua’ (Mt 26.13). A passagem mencionada, certamente, é uma das
mais conhecidas em Novo Testamento.
À luz desse ato de Maria, bem
como quando de outros da irmã de Lázaro ao receber nosso Senhor para jantar em
Betânia, é possível perceber que ela era essencialmente devotada ao Senhor. Há
ações de Maria que demonstram isso de forma testemunhal: (1) Sua devoção
delicada aos pés do Senhor; (2) a atenção e a prioridade integrais a Jesus
Cristo; (3) o derramamento e o quebrantamento do coração de Maria na ocasião em
que ela ungiu os pés de Jesus; (4) a humildade de Maria diante das críticas de
sua irmã Marta. Uma mulher especial que ao longo da história despertou respeito
e reconhecimento dos primeiros pais da Igreja.
Lições modernas a partir de
Maria de Betânia
Podemos destacar vários aspectos
da vida que podemos aprender a partir de Maria: a vida familiar, o
relacionamento com o próximo, maior brandura no falar e no se dirigir às
pessoas. Mas destacaria o aspecto litúrgico que podemos aprender com Maria de
Betânia. Uma devoção mais profunda, enraizada na total entrega da alma e do coração
ao nosso Senhor. Sem dúvida nossos cultos seriam mais enriquecidos a partir da
espiritualidade de Maria, irmã de Lázaro, e a mulher de Betânia” (Ensinador Cristão,
Ano 18, nº 70, CPAD, p.40)
SUGESTÃO DIDÁTICA
Professor, professora, sugerimos
para essa semana um debate sobre a devoção individual à pessoa de Jesus. Ao
estudarmos a vida de Maria de Betânia, percebemos a sua devoção e
quebrantamento ao Senhor como características que revelam o seu caráter. Por isso,
ao introduzir a lição, abra a aula fazendo as seguintes perguntas: “Como
estamos nos devotando a Cristo? Como está a nossa vida espiritual?”
Deixe os alunos falar e tenha
sempre em mente conduzir a aula para estabelecer um sentido de cultivo de
espiritualidade profunda à luz do relacionamento de Maria de Betânia com Jesus
Cristo.
Boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor responsável pela Revista
Lições Bíblica Adultos
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito de Maria,
uma das irmãs de Lázaro, que habitava em Betânia. Nesta lição nos voltaremos
para a vida dessa mulher que nos legou o exemplo de devoção, e de
desprendimento ao Senhor Jesus. Inicialmente faremos uma comparação sobre as
atitudes das duas irmãs, Marta e Maria, em relação a Cristo. Em seguida,
destacaremos a atitude de liberalidade de Marta, ao lavar os pés do Mestre, e
enxugá-los com seus cabelos. Ao final, refletiremos sobre a necessidade de
cultivar a devoção de Maria, em um mundo conturbado, como o de Marta.
1. MARTA E MARIA, IRMÃS DE LÁZARO
Marta e Maria eram irmãs de Lázaro, um amigo do
Senhor, que residia em Betânia, uma aldeia que distava a três quilômetros de
Jerusalém, na estrada que leva a Jericó. Ao que tudo indica, sempre que Jesus
por ali passava, aproveitava a oportunidade para ficar na casa de Lázaro. Em
uma dessas vezes, conforme relato de Lucas, Maria se pôs aos pés do Mestre, a
fim de ouvir Seus ensinamentos. O evangelista narra que Maria estava absorta
diante daquelas verdades, o mesmo não aconteceu com Marta, que estava bastante
atarefada. Lucas diz que “Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e,
aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir
só? Dize-lhe, pois, que me ajude (Lc. 10.40). É compreensível que Marta
estivesse ocupada, pois os discípulos de Jesus ali estavam, e todos deveriam
participar da refeição. Não que a tarefa que ela estava desenvolvendo não
tivesse importância, mas o tempo para o que ela estava fazendo, e a prioridade
que lhe dava, não era adequada. Muitas vezes estávamos envoltos pelo ativismo
eclesiástico, fazemos muitos trabalhos para a obra de Deus, mas não para o Deus
da obra. Marta pensou mesmo que estivesse correta, pois pediu ao Senhor que
censurasse Maria. Mas Jesus sabia que esta havia escolhido “a boa parte, a qual
não lhe será tirada” (Lc. 10.41,42). Como diz o sábio de Eclesiastes, há tempo
para todo propósito debaixo do céu, e não podemos desprezar as oportunidades de
estar aos pés de Jesus. Às vezes, estamos por demais atarefados, e sob a
justificativa do trabalho, não temos mais tempo para orar, e meditar na Palavra
de Deus. Precisamos avaliar nossas prioridades, e considerar se estamos
desprezando o exercício da piedade (I Tm. 4.8).
2. MARIA, A
MULHER QUE UNGIU OS PÉS DE JESUS
Além de ser uma mulher piedosa, Maria demonstrou
também liberalidade, ao se desfazer de um vaso de nardo puro, despejando-o nos
pés do Senhor, e enxugando-os com seus cabelos (Jo. 1.21,2). Certa feita,
provavelmente na casa de Lázaro, “fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta
servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele” (Jo. 12.2). Maria tomou
uma decisão de desprendimento, “tomando uma livra de unguento de nardo puro, de
muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e
encheu-se a casa do cheiro do unguento” (Jo. 12.3). Certamente aquela mulher
estava antecipando a morte do Senhor, reconhecendo que Ele viria a ser
sacrificado. Aquele perfumo custava cerca de “trezentos denários”, um valor
altíssimo para a época, equivalendo a vários meses de trabalho. Isso nos
inspira à consagração dos nossos bens para o reino de Deus. Os bens materiais
não devem servir apenas aos nossos interesses pessoais. Mas é preciso também
ter cuidado com a assistência social hipócrita. Há pessoas que, como Judas
Iscariotes, querem “ajudar os pobres”, a fim de tirarem proveito “do dinheiro”,
que pode ser desviado para fins pessoais. Existem muitos Judas traindo o país,
pessoas que com um discurso da assistência social, estão surrupiando o dinheiro
público, que deveria ser investido em saúde, educação e segurança. Jesus atenta
não apenas para os atos, mas para as intenções daqueles que agem. Em uma
sociedade midiática, há muitos que estão fazendo apenas para aparecer, por isso
o Mestre advertiu: “Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão
esquerda, o que faz a direita” (Mt. 6.3). Boas ações, que são propaladas aos
quatro ventos, geralmente têm intenções escusas, por isso não agradam a Deus.
3. A DEVOÇÃO DE MARIA, EM UM MUNDO DE MARTA
A vida devota de Maria, e sua liberalidade, devem
motivar a todos os cristãos, principalmente na sinceridade das ações. Vivemos
em um mundo que enseja a hipocrisia, e que está contaminado pela autojustiça, e
sentimento de ostentação. Precisamos ter cuidado com o fermento dos fariseus
(Lc. 12.1). As igrejas evangélicas estão repletas de pessoas que não têm
compromisso com o reino de Deus. Há aqueles que aderem às igrejas evangélicas,
mas não ao evangelho de Jesus Cristo. Elas querem apenas tirar proveito dos
cristãos, assim como pensou Judas, diante da atitude de Maria. Como esta mulher
piedosa, devemos nos aproximar cada vez mais de Cristo, e não nos deixar
controlar pela preocupação, e ansiedade dos tempos modernos (Mt. 6.24,25).
Algumas pessoas transformaram o dinheiro em um Deus, se prostram com facilidade
diante de Mamom, e profanam por causa dele o nome do Senhor. Não podemos
esquecer que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, por isso devemos
aprender a viver contentes (I Tm. 6.6-10). Como bem destacou o Senhor, em uma
das suas preciosas lições: de que adianta ganhar o mundo inteiro, e perder a
alma pela ganância desenfreada? (Mt. 8.36). O cristianismo ocidental foi
cooptado pelo materialismo naturalizado pela sociedade, de tal modo que muitos
cristãos estão consumindo suas vidas, agindo a partir da cosmovisão de Marta.
Há aqueles que correm tanto que não têm mais tempo para Deus. Ganhar dinheiro,
em muitos casos, é a principal motivação da existência. Essas pessoas não sabem
o que é desfrutar da presença de Cristo, não conseguem ficar aos seus pés, e
parar para ouvir suas palavras.
CONCLUSÃO
Vivemos em um mundo conturbado, o frenesi da
modernidade está levando muitos à angústia, e por fim, ao desespero. Precisamos
tomar cuidados para não nos deixar controlar pelos “muitos serviços” que nos
são impostos, principalmente nessa sociedade tecnológica. Quase não encontramos
mais tempo para Deus, e já não sabemos mais o que significa desfrutar da Sua presença.
Que Deus nos guarde da inversão de prioridades, que saibamos, como Maria,
valorizar os momentos com Jesus.
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog
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COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Maria, irmã de Lázaro, ou Maria de Betânia, era uma mulher
humilde e ao mesmo tempo cheia de energia e ousadia. Quando Jesus hospedou-se
em sua casa, preferiu ficar ouvindo a palavra do Mestre, enquanto sua irmã
envolvia-se nas tarefas domésticas (Lc 10.39). Foi reprovada por Marta, mas
recebeu elogio de Jesus por ter escolhido "a boa parte" (Lc 10.41,42).
Na mesma semana daquele acontecimento, vemos o fato em que Maria, irmã de
Lázaro, aparece protagonizando um dos momentos mais interessantes e polêmicos
do ministério de Jesus. [Comentário: Marta e Maria foram as
irmãs de Lázaro que aparecem na narrativa bíblica do Novo Testamento. Além do
episódio que envolve a ressurreição de Lázaro, elas são mencionadas em outras
passagens, como quando Jesus disse que Maria escolheu a boa parte conforme registrado
por Lucas (Lc 10:39-42). Marta e Maria, bem como seu irmão Lázaro, moravam em
Betânia, um povoado a cerca de 3 quilômetros de Jerusalém e do Monte das
Oliveiras, era lugar constante para Jesus. O nome vem do grego Bethania,
possivelmente a partir do hebraico bét nîyyah, contração de bét nanîyah significando
"casa de Ananias" . Outros significados possíveis são "casa ou
lugar dos figos verdes" ou, ainda, "casa dos pobres".https://pt.wikipedia.org/wiki/Bet%C3%A2nia. Ali Jesus passou os últimos
momentos de tranquilidade e paz de Sua vida, ao lado de Seus grandes amigos:
Marta, Maria e Lázaro. No relato, temos duas mulheres, duas intenções, duas
lições. A verdadeira preocupação de Marta era ser uma boa anfitriã. A
preocupação de Maria era ser uma discípula perfeita, como se defere do
versículo 39 – ‘ouvia a sua palavra’. Importante ressaltar que Jesus não nega
as atividades hospitaleiras de Marta, mas está preocupado com a distração,
preocupação e fadiga dela em muitas coisas, o que faz com que ela subestime a
única coisa necessária, ouvir a palavra de Jesus. Estas duas irmãs, Marta e
Maria, pode-se dizer que representam dois tipos diferentes de crentes, duas
tendências opostas, ou duas maneiras de seguir a Jesus, que ainda hoje vemos
nas nossas igrejas.]
I. O EXEMPLO
DE MARIA DE BETÂNIA
1. Maria "escolheu a boa parte". Certa vez, acompanhado de seus discípulos, Jesus entrou em
Betânia. Ali, foi recebido na casa de Lázaro, por sua irmã, Marta. Aquela não
era uma ocasião comum. Jesus só passava por aquela aldeia, chamada Betânia,
quando ia para Jerusalém. Maria, irmã de Marta, teve a percepção de que aquele
era um momento que deveria ser aproveitado plenamente por várias razões. [Comentário: Para os pesquisadores
bíblicos, a cidade de Betânia possui um grande valor histórico. O grande
questionamento feito até os dias atuais é o porquê Jesus trocou seu quartel
general, ou seja, a cidade de Cafarnaum, ou mesmo Jerusalém, por uma cidade tão
pequena, quase um vilarejo e sem nenhuma expressão política, econômica e
cultural, para realizar tão grandes feitos como o retorno à vida de Lazaro?http://www.abiblia.org/ver.php?id=7515. Enquanto Marta se fatigava
na labuta caseira, Maria, sua irmã, assentada aos pés de Jesus, totalmente
absorta, ouvia os Seus ensinos. Bebia cada uma de Suas palavras. Ela sabia que
o serviço era coisa secundária. Ela não podia perder a oportunidade de prestar
adoração ao Mestre e receber dele os ensinamentos. Não confundamos a mulher
pecadora que ungiu Jesus com esta Maria, irmã de Lázaro, que também ungiu
Jesus, e por duas vezes; primeira vez em sua própria casa (seis dias antes da
páscoa – Jo 12.3), e uma segunda vez na casa de Simão, o leproso (2 dias antes
da páscoa), ambas em Betânia.]
a) Jesus na casa de Maria. O texto de Lucas 10 diz que Marta, sua irmã, recebeu Jesus em
sua casa (10.38). Havia muitas casas em Betânia. Mas receber Jesus e seus
discípulos no lar era motivo de muita alegria e orgulho para uma família
piedosa. Certamente, a casa não era pequena, pois tinha lugar para Jesus e seus
discípulos. [Comentário: Das viagens de Jesus à
Betânia, restou claro o seu lado humano e divino e, também, o amor por seus
amigos, Lázaro e suas irmãs Marta e Maria.]
b) Maria prefere ficar aos pés de Jesus. Lucas diz que Marta recebeu Jesus, e que se assentou aos
pés de Jesus e ouvia a sua palavra (10.39). Marta demonstrou que não soube aproveitar
aquele momento, e ainda criticou a irmã, julgando que esta não estava agindo bem,
ficando aos pés de Jesus. "Marta, porém, andava distraída em muitos
serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe
servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude" (10.40). [Comentário: Ficou nítido para Maria
e talvez a primeira a compreender que não era importante os bens materiais. Ao
recolher-se a seus pés para lavar-lhes e enxugá-los com seus cabelos, mostra
toda sua humildade e amor. Ao derramar sobre seu senhor um perfume precioso de
Nardo para se sentir digna de poder olhar, ouvir, contemplar o filho de Deus e,
assim, poder sugar o suprassumo do seu amor, como adivinhando o pouco tempo em
sua companhia. De fato poucos dias depois seria morto em Jerusalém. Jesus ao
mesmo tempo em que aceita este gesto de louvor, de ação de graças repreende
seus apóstolos e Marta por seu apego a coisas materiais, enquanto deveriam
preocupar-se pelo amor a Deus sobre todas as coisas. http://www.abiblia.org/ver.php?id=7515]
2. Maria deu prioridade a Jesus. Maria tinha tarefas domésticas a realizar como sua irmã.
Mas entendia que, se Jesus estava ali, naquela ocasião, a prioridade era ouvir
sua palavra, e não ficar "distraída em muitos serviços". Ao ser
questionado por Marta, que cobrava de Jesus que determinasse que Maria se levantasse
de sua presença e fosse ajudá-la, Jesus respondeu de forma amorosa mas cheia de
ensino precioso, que Maria escolhera "a boa parte, a qual não lhe será tirada" (10.41,
42). A "boa parte” que Maria escolheu foi ouvir e aprender de Jesus, ficar
a seus pés, em atitude de
reverência e adoração. [Comentário: A preocupação de Marta
pode ter sido desnecessariamente esmerada. Maria sabia que ouvir Jesus era uma
oportunidade extraordinária demais para dar preferência a outros tipos de
preocupações.]
3. Mais
"Martas" do que "Marias". Podemos afirmar que, no mundo
atual, há muito mais "Martas" do que "Marias". A vida
moderna tem exigido que a mulher
deixe de ser apenas dona de casa, esposa e mãe, e assuma posições
profissionais. Além dos excessos de atividades, em casa, na escola, e na igreja,
homens e mulheres estão sendo dominados e até escravizados por redes sociais,
no uso excessivo das tecnologias da informação e da imagem, a ponto de não
haver mais tempo para a maior parte das famílias estar nos cultos de oração,
nos cultos de doutrina e na Escola Dominical. [Comentário: O nome de Marta é
mencionado na Bíblia apenas nos Evangelhos de Lucas e João (Lc 10:38-41; Jo
11:1,5,19-39; 12:2), e se origina de uma raiz aramaica que significando algo
como “dona” ou “senhora”. Ela é a única pessoa com esse nome em toda a Bíblia.
Marta parece sentir prazer em exercer o dom da hospitalidade e gozar as
prerrogativas de sua provável posição de irmã mais velha. A irritação de Maria
com a sua irmã levou-a a um confronto com Jesus, pois, na verdade, ela o
responsabilizava pelo fato de Maria não a ajudar nas tarefas da casa.
Amorosamente Jesus afirma a Marta - e a nós, que reavaliasse suas prioridades,
colocando em primeiro lugar os valores eternos e não as necessidades mais
imediatas. Notemos que Jesus não censura Marta por seu cuidado hospitaleiro.
Importante lembrar que hoje, vivemos atarefados – e isto não é errado, a fim de
garantirmos uma vida digna, o problema está com o tempo que temos disponível,
gastando-o naquilo que não edifica, naquilo que não convém. Precisamos
reavaliar nossas prioridades, escolhendo
a melhor parte.]
SUBSÍDIO BIBLIOGRÁFICO
Maria
"A
hospitalidade é uma arte. Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido,
aquecido e bem alimentado, requer criatividade, organização e trabalho de
equipe. Sua capacidade de alcançar esses objetivos faz de Maria, e sua irmã, Marta,
uma das melhores equipes de hospitalidade da Bíblia. Seu hóspede era Jesus Cristo.
Para
Maria, hospitalidade significava dar mais atenção ao hóspede que às
necessidades que Ele pudesse ter. Ela permitia que sua irmã mais velha, Marta,
cuidasse desses detalhes. A atuação de Maria nos eventos mostra que ela era,
principalmente, uma pessoa "que responde'. Ela realizava poucos
preparativos — seu papel era a participação. Diferentemente de sua irmã, que
tinha que aprender a parar e ouvir, Maria precisava aprender que agir é,
frequentemente, necessário e apropriado. Nós vemos Maria, pela primeira vez,
durante uma visita que Jesus fez ã sua casa. Ela simplesmente se sentou aos
seus pés e ouviu. Quando Marta se irritou com o fato de que sua irmã não a
ajudava, Jesus declarou que a decisão de Maria de desfrutar da sua companhia
era a reação mais adequada, na ocasião. Na última vez em que vemos Maria, ela
havia se tornado uma mulher de ação ponderada mesclada com adoração. Novamente,
ela estava aos pés de Jesus, lavando-o com perfume e secando com seus cabelos.
Jesus disse que seu ato de adoração deveria ser descrito em todas as partes,
como um exemplo de serviço custoso" (Bíblia de Estudo Cronológica
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1437).
II. MARIA, A
MULHER QUE UNGIU O SENHOR
1. Maria ungiu os pés de Jesus. "Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia,
onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos" (Jo
12.1). Para o ministério de Jesus, aquela família tinha significância. Sempre
que ia a Jerusalém, ou a seus arredores, hospedava-se na casa de Lázaro e suas
irmãs.Betânia estava situada a três quilômetros de Jerusalém, na estrada que
leva a Jericó. [Comentário: A unção de Jesus
relatada em Lucas 7.36-50 é um incidente diferente desta unção feita por Maria,
que é relata também em Mateus 26.6-12 e Mc 14.3-9. Este banquete em Betânia,
seis dias antes da paixão de Cristo, foi uma ocasião muito especial. Lázaro,
que tinha sido ressuscitado, estava à mesa com o Mestre. Marta, como sempre,
servindo - as qualidades de hospitalidade e de prontidão em servir continuam em
evidência em sua vida. Maria, pela terceira vez, se encontra aos pés de Jesus.
Ela quebrou todas as etiquetas e presta uma homenagem ao Senhor: derrama um
precioso perfume nos Seus pés e os enxuga com os cabelos. Foi a manifestação da
sua alma, efeito de uma profunda afeição. Maria derrama cerca de uma libra de
unguento de nardo puro, de muito preço, avaliado por Judas em 300 dinheiros
(“Que extravagância! Que desperdício!” disse Judas.E os demais discípulos
concordaram (Mt 26.8).);
outra parte, ela derrama em outra ocasião, dois dias antes da páscoa, na casa
de Simão, o leproso, dessa vez sobre a cabeça de Jesus. Maria nos ensina a
verdadeira adoração: o que tinha de mais precioso dava a Jesus.]
a) Uma ceia para Jesus. Embora o texto não diga que a ceia foi na casa de Lázaro, Marta,
certamente, foi a organizadora da refeição a ser oferecida a Cristo. Mais uma
vez, ela demonstrava especial cuidado com a hospitalidade, com a recepção do
ilustre visitante. "Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e
Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele" (Jo 12.2). Ela fez o melhor
que sabia para atender bem ao grande amigo da família. [Comentário: Mateus 26.6-13 nos informa onde esta unção aconteceu: “Estando Jesus
em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher que
trazia um vaso de alabastro cheio de bálsamo precioso...”. Outra vez, não
confundamos com aquela mulher pecadora – identificada como Maria Madalena, do
relato de Lucas 7.36, que aconteceu na Galiléia. Alguns argumentam que a ceia
era em comemoração a ressurreição de Lázaro, e por isso, mesmo sendo na casa de
Simeão, Marta se ocupou de servir a mesa. Outros sugerem que talvez Simão fosse
solteiro, e ao oferecer tal ceia, necessitou da ajuda de seus amigos. Outros
ainda levantam a possibilidade de que talvez Marta tivesse sido a esposa desse
homem. Seja como, não há como responder essa pergunta com exatidão.]
b) Maria unge os pés de Jesus. Maria surpreendeu a todos, "[...] tomando uma libra de
unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os
pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento" (Jo
12.3). O gesto, considerado extravagante, de Maria provocou grande reboliço
entre os presentes, principalmente em Judas Iscariotes. O perfume derramado de
"nardo puro" equivalia a cerca de "trezentos denários",
como acentuou Judas, ou seja, quase o salário de um trabalhador durante um ano
inteiro. Judas, além de traidor, era mentiroso e hipócrita. Seu cuidado não era
com os pobres, com a assistência social, mas em roubar o dinheiro das ofertas
(Jo 12.4-6). [Comentário: Mateus e Marcos indicam
que ela derramou algum perfume sobre a cabeça de Jesus, que seria a prática
comum. Ungir seus pés e enxugá-los com seus cabelos era um tributo de humildade
e devoção. Temos feito alguma coisa extraordinária para o Senhor, que realmente
prove o nosso amor a Ele? Não que precisemos provar ou que Ele precise dessa
prova; Não por dever, mas por amor? Somos, hoje, gratos a Maria por essa lição
de desprendimento?]
c) Jesus aprova o gesto de Maria. O traidor reprovou a generosidade de Maria. Mas Jesus
reconheceu a grandeza das intenções do seu coração agradecido. "Disse,
pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto" (Jo
12.7). Pela fé, de forma profética, Maria ungiu antecipadamente o corpo de
Jesus para o seu sepultamento. Sua visão era mais ampla e mais profunda. Marta
via o amigo e visitante ilustre. Maria via o seu Salvador que haveria de morrer
em seu lugar (Jo 19.39). A repercussão
da presença de Jesus na casa de Maria foi tão grande que os principais dos
sacerdotes deliberaram matar Jesus e também Lázaro (Jo 12.9-11). [Comentário: No relato de João, Judas é destacado na sua condenação de
Maria. Aqui, vemos que os outros discípulos se uniram à crítica. Os discípulos
se preocuparam com princípios – administrar finanças e “os pobres”. Jesus se
preocupou com uma pessoa – Maria. Embora Jesus houvesse falado, talvez horas
antes, sobre o cuidado com os necessitados (Mat 25:35-36), o foco dele é sempre
no individual “tive fome”, “tive sede”, “era forasteiro”. Aqui também, a
atenção de Jesus é voltada para o indivíduo – Maria. Qual o foco das nossas
atenções? Ideias ou pessoas?.]
2. Maria ungiu a cabeça de Jesus. Na mesma semana que lhe antecedeu a morte, Jesus saiu de
Jerusalém e foi para Betânia: "Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa, e o
Filho do Homem será entregue para ser crucificado" (Mt 26.2). Dali,
dirigiu-se a Betânia, onde, na casa de "Simão, o leproso", lhe
ofereceram outro jantar. Diz o texto que "uma mulher" ungiu a sua
cabeça com unguento de grande valor. O contexto nos mostra que aquela mulher
era Maria de Betânia (Mt 26.6,7; Jo 11.1,2). A Bíblia de Estudo Cronológica.
Aplicação Pessoal, em nota sobre Mateus 26.7, confirma esse entendimento. [Comentário:O Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT traz o seguinte:
“1. Cristo interpreta o que ela fez de uma maneira favorável, da qual aqueles
que a condenavam não tinham consciência: “Para o dia da minha sepultura guardou
isto”. Ou: “Ela reservou isto para o dia em que Eu for embalsamado”, segundo o
Dr. Hammond. “Vocês não lamentam o unguento usado para embalsamar seus amigos
mortos, nem dizem que ele deveria ser vendido ou dado aos pobres. Este unguento
tinha este propósito, ou, pelo menos, isto pode ser assim interpretado, pois o
dia do meu sepultamento está próximo, e ela ungiu um corpo que já está
praticamente morto”. Observe que: (1) Nosso Senhor Jesus pensava muito e frequentemente
sobre sua própria morte e sobre seu sepultamento. Seria bom que nós também
fizéssemos isto. (2) A Providência frequentemente abre assim uma porta de
oportunidades aos bons cristãos, e o Espírito da graça abre assim seus
corações, para que as expressões do seu zelo piedoso provem ser mais oportunas,
e mais belas, do que qualquer previsão que se pudesse fazer delas. (3) A graça
de Cristo coloca gentis comentários sobre as palavras e ações piedosas das
pessoas boas, e não somente aproveita ao máximo o que está incorreto, mas tira
o maior proveito do que é bom. 2. Ele dá uma resposta adequada à objeção de
Judas, v. 8. (1) Está ordenado, no reino da Providência, que sempre tenhamos
conosco os pobres, e que um ou outro sejam objetos de caridade (Dt 15.11).
Estes existirão, enquanto aqui houver, neste estado desvirtuado da humanidade,
tanta loucura e tanto sofrimento. (2) Está ordenado, no reino da graça, que a
igreja não teria sempre a presença física de Jesus Cristo. “A mim não me haveis
de ter sempre, mas somente por um pouco” Observe que precisamos de sabedoria,
quando duas tarefas competem entre si, para saber a qual delas dar a
preferência, o que deve ser determinado pelas circunstâncias. As oportunidades
devem ser aproveitadas, e primeiro e mais vigorosamente aquelas que
provavelmente terão a duração mais curta, e que podemos ver mais rapidamente
concluídas. O bom dever que pode ser feito a qualquer momento deve ceder o
lugar para aquele que não poderá ser feito, a menos que seja agora”.]
3. Devemos
oferecer o melhor a Jesus. Maria poderia ter oferecido um unguento de menor
preço. Mas ungiu Jesus "com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre
a cabeça". Ela foi criticada, mas o importante na adoração a Jesus
é saber se Ele aceita nosso louvor. E Jesus, solenemente, declarou sua
aprovação ao gesto de Maria, dizendo: "Em verdade vos digo que, onde quer
que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela
fez para memória sua" (Mt 26.13; Mc 14.9). [Comentário: Mesmo que o texto não
diga que Maria soubesse claramente que Jesus estava caminhando para a morte,
suas atitudes indicam que ela, ao menos, fazia uma ideia melhor do que estava
para acontecer com os discípulos. Jesus entendeu seu gesto como ato de devoção
na preparação dele para a sepultura e diferenciou a atitude dela de uma simples
realização de boas obras. Jesus pagou o preço para salvar você, esperando que
sua resposta ao amor que Ele mostrou por nós, seja a entrega total de vida a
Ele. Como tem sido sua resposta? Você tem respondido de maneira satisfatória ao
amor que Ele lhe tem dado? A genuína adoração implica em oferecer o melhor para
Jesus.]
SUBSÍDIO BIBLIOGRÁFICO
III. O
CARÁTER HUMILDE DE MARIA
1. Maria, uma mulher humilde. Com base nos textos citados, podemos concluir que Maria,
irmã de Lázaro, era uma mulher humilde, mesmo sendo possuidora de ótima
condição financeira, a ponto de poder oferecer a Jesus valiosa oferta como
verdadeiro sacrifício de louvor e adoração. No episódio em que ela ficou assentada
aos pés de Jesus (cf. Lc 10.39), revelou um profundo senso de valor diante do
Mestre, considerando prioridade maior ouvir seus valiosos ensinos. [Comentário: Pelo valor do perfume
ofertado, pela capacidade de receber convidados e pelo conhecimento que Lázaro
e suas irmãs tinham na região como vimos quando Lázaro morreu e quando
ressuscitou e também na visita de Jesus em sua casa depois, podemos deduzir que
tinham uma boa condição financeira. Apear disso Maria demonstra ser humilde,
pois ao invés de se exibir para suas amigas e concidadãos, ela procurou arrumar
um lugar o mais próximo de Jesus possível, ao chão, para escutá-lo e depois
para adorá-lo. Para ela mais valia os ensinos de Jesus e sua companhia do que
os banquetes ou festas. A que valorizamos mais?http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-cdc-2tr17-maria-irma-de-lazaro-uma-devocao-amorosa.htm.]
2. Maria não revidou as críticas da irmã. Mesmo ouvindo sua irmã, Marta, reclamar diante de todos que
ela deveria sair da presença de Jesus para ajudá-la nas tarefas domésticas, ela
não revidou, criticando a atitude da irmã. Ficou em silêncio, e deixou Jesus
falar. E foi compensada
por Jesus, que a defendeu dizendo que ela escolhera "a boa parte, a qual
não lhe será tirada" (Lc 10.42). [Comentário: Apesar da reclamação de
marta, Maria demonstrou amor e compaixão pela irmã. Não retrucou, não reclamou
de volta, não disse nada que ofendesse ou causasse alguma discussão com a irmã.
Maria estava envolta em uma nuvem de adoração. Não tinha espaço para intrigas.
Jesus respondeu por ela e assim continuou em sua posição de adoração.
"escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc 10.42). O que
fazemos quando materialistas nos tentam impedir a adoração e estudo da Palavra
de Deus?http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-cdc-2tr17-maria-irma-de-lazaro-uma-devocao-amorosa.htm.]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor,
para tornar a aula mais dinâmica, interativa e introduzir o terceiro tópico da
lição, faça as seguintes perguntas: "Como Maria reagiu diante da queixa e
incompreensão de sua irmã em relação a sua atitude de ficar aos pés de Jesus
ouvindo-o?" "Como devemos agir quando as pessoas, até mesmo da nossa
família, não compreendem nossas atitudes em relação a Jesus e ao serviço cristão?"
Enfatize que assim como Maria, nem sempre somos bem compreendidos pelas
pessoas. Mas é diante das incompreensões e julgamentos que temos de revelar o
nosso caráter cristão. Ao que tudo indica Maria não tentou se defender ou
retrucou sua irmã. Porém, o próprio Senhor Jesus a defendeu e procurou
valorizar suas atitudes. Depois de conversar com os alunos a respeito das atitudes
de Maria, distribua as cópias do quadro abaixo. Utilize para refletir com os
alunos as características do caráter de Maria e as lições que podemos aprender com
suas atitudes.
CONCLUSÃO
O amor Podemos concluir afirmando que Maria, a irmã de Lázaro, foi uma
mulher humilde e que demonstrou liberalidade ao oferecer a Jesus uma oferta
valiosa. Ajamos da mesma forma, para que Cristo seja glorificado em toda a
maneira de agir, pensar e ver. [Comentário: Quando lemos que “Maria
escolheu a boa parte”, percebemos que a eleição divina não exclui a
responsabilidade humana, antes, a inclui. É por isso que o apóstolo João mais
tarde escreveu que “nós o amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro” (1Jo
4.19). Maria de Betânia, ofereceu o seu melhor porque já conhecia a Cristo,
tinha vivido o Amor de Cristo por ela, após ter sido presenteada, ela em
gratidão retribui a Ele, não só lavando o com o seu perfume, mas oferecendo a
sua conversão. Esse é o melhor presente que podemos oferecer a Cristo, a nossa
total conversão..]“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e
apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único
Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e
para todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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