sábado, 3 de maio de 2014

LIÇÃO 5 – DONS DE ELOCUÇÃO






SUBSÍDIO I


INTRODUÇÃO

Os dons de elocução, também denominados de verbais ou inspirativos, caracterizam-se pela expressão vocal, sempre de maneira sobrenatural. Como é peculiar da elocução, dizem respeito à oralidade, que se fundamenta nEle que é o Verbo que se fez carne (Jo. 1.1), que fala e continua falando (Hb. 1.1,2). Na aula de hoje aprenderemos sobre os seguintes dons de elocução, com base em I Co. 12.7-12: dom de profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas.

1. O DOM DE PROFECIA
Existem alguns equívocos no meio evangélico a respeito do significado da profecia enquanto dom. Isso porque há confusão entre a profecia no Antigo Testamento, o ministério profético e o dom propriamente dito. O profeta da Antiga Aliança era um arauto de Yahweh, e falava pela inspiração do próprio Deus, por isso declarava: “assim diz o Senhor”. A mensagem profética canônica, conforme registrada nas Escrituras, foi soprada por Deus (II Tm. 3.16,17), os escritores sagrados falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito (I Pe. 1.20,21). Não se pode confundir também o dom com o ministério profético, que se encontra em Ef. 4.11, por trata-se de uma capacitação dada por Deus à liderança, para orientar a partir da revelação de Deus, fundamentada nas Escrituras. O ministério profético tem relação é um ofício, residente naquele que o realiza, em conformidade com a Palavra de Deus. Em relação ao dom de profecia, este é considerado o maior dos três dons de elocução, sendo citado vinte e duas vezes em I Co. 11-14. O dom de profecia (gr. propheteia) não é previsão do futuro, antes tem a função de edificação, exortação e consolação no corpo de Cristo. A edificação diz respeito à “construção” da igreja do Senhor Jesus, a manifestação desse dom acontece para que a igreja possa crescer em maturidade. A exortação é uma palavra de encorajamento, para que permaneçamos firmes no Senhor. A consolação diz respeito ao ânimo dado à igreja para enfrentar os momentos de adversidade e perseguição. Aquele que é usado por Deus no dom da profecia tem controle sobre este (I Co. 14.32), isso quer dizer que a pessoa trabalha em conjunto com o Espírito Santo. Existe também uma normatização em relação ao uso: que falem dois ou três e os demais julguem (I Co. 14.29). Há uma distinção entre o dom de profecia e o de falar em línguas, o primeiro é para os que creem, e o último um sinal para os descrentes, quando há compreensão, conforme aconteceu no dia de Pentecostes (At. 2).

2. DONS DE VARIEDADE DE LÍNGUAS
O dom de falar em línguas teve início no dia de Pentecostes, no dia em que a igreja foi inaugurada em Jerusalém (At. 2.4). Essas línguas não podem ser estudadas, são sobrenaturais, portanto, nada tem a ver com o aprendizado de idiomas. É possível que, como aconteceu no dia de pentecostes, as pessoas falem em línguas que sejam identificadas pelos que as escutam. Mas essas, para serem sobrenaturais, são estranhas para aqueles que as falam, isto é, ainda que seja estrangeira, deve ser estranha para quem fala (I Co. 14.14). Uma característica desse dom, diferentemente do de profecia, é que quem fala línguas não fala a homens, mas a Deus (I Co. 14.2). Os novos crentes devem ser estimulados a buscar o batismo no Espírito Santo, tendo como uma das evidências o falar em línguas. E a também o dom de variedade de línguas (gr. gene glosson), para que sejam edificados, e sintam a alegria dessa experiência pentecostal. É importante ressaltar que esse é o único dom que depende do Batismo no Espírito Santo, e que pode abrir a porta para outros dons na vida do crente. Antes de a pessoa receber o dom de variedade de línguas precisa buscar o batismo no Espírito Santo. Devemos ter cuidado com a censura nas igrejas, nada há de errado em desejar o dom de variedade de línguas (I Co. 14.5). O próprio Jesus antecipou que aqueles que nEle cressem seriam capazes de falar “novas línguas” (Mc. 16.15-17). As restrições de Paulo dizem respeito ao uso inadequado das línguas no culto, sendo essas supervalorizadas, em detrimentos dos outros elementos do culto: salmo, doutrina, revelação, e no caso das línguas, interpretação (I Co. 14.23). Isso porque aqueles que falam em línguas, se não houver quem interprete, edificam apenas a eles mesmos (I Co. 14.4). Ao invés de proibirem o dom de variedade de línguas nas igrejas, devemos incentivar a busca de outros dons, principalmente o de profetizar (I Co. 14.39). A oração em línguas, respeitando os demais elementos do culto, principalmente durante a oração, pode ser usada para glorificar a Deus (At. 10.46). Há inclusive a possibilidade de se cantar em línguas, trazendo gozo para a alma (I Co. 14.15), reconhecidas como cânticos espirituais (Ef. 5.19).

3. DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
Para que haja edificação da igreja, o dom de línguas carece de interpretação, para tanto, o mesmo Espírito, sobrenaturalmente, pode dar aos membros do Corpo, o dom para interpretá-las (gr. hermeneia glosson). Por isso, aqueles que falam línguas são orientados por Paulo a também orarem para que possam interpretá-las (I Co. 14.13). Se alguém possui o dom de línguas, mas está em um lugar que não há quem interprete, deve orar para que seja o próprio interprete. Quando as línguas são interpretadas, a junção dos dons funciona como a profecia, edificando a igreja (I Co. 14.4). Do mesmo modo que o dom de variedade de línguas não pode ser confundido com o domínio de outras línguas, o dom de interpretação de línguas é sobrenatural, não é resultando do conhecimento adquirido de outros idiomas. Se não há quem interprete, o dom de línguas deve ter controle, para não comprometer os outros elementos do culto. Há uma abertura nesse sentido nos cultos de oração, ou mais propriamente nos momentos de oração, em que os crentes oram em línguas. Mas durante a realização do culto, a menos que haja interpretação, as línguas devem ser controladas. Paulo justificou, aos coríntios, que preferiam palavras compreensivas, durante o culto, às incompreensíveis (I Co. 14.18,19). Certamente os cultos em Corinto se transformaram em um “festival de línguas”. A orientação do Apóstolo foi a seguinte: que tudo seja feito para edificação, se alguém fala em uma língua estranha, que sejam dois ou no máximo três, um após o outro, e haja quem interprete (I Co. 14.26,27). Isso deveria acontecer para que o culto não fosse uma confusão, mas um momento de paz, para a glória de Deus (I Co. 14.33). Não havendo interpretação de línguas, o crente deve permanecer em silêncio perante a igreja, falando apenas consigo mesmo, para Deus (I Co. 14.28). Essa é uma prova de que quem está sendo usado pelo Espírito tem controle sobre o dom espiritual.

CONCLUSÃO
Os dons têm sempre como premissa a edificação, nunca a confusão ou elitização de quem é usado pelo Espírito. No caso dos dons de elocução, o dom de variedade de línguas edifica apenas aquele que as fala, enquanto que o dom de profecia edifica a igreja. O dom de línguas pode ser um sinal negativo para os descrentes, a menos que haja quem interprete, para que esses sejam convencidos da manifestação divina no meio da igreja. A motivação principal para a busca dos dons, e a sua valorização, depende no nível de edificação dos membros da igreja, em sua totalidade.

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

O estudo da lição desta semana concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1Co 14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não sermos enganados pelas falsas manifestações. [Comentário: Concluindo o primeiro bloco deste trimestre, onde estamos estudando os dons espirituais listados em 1Co 12, veremos nesta aula a respeito dos dons de elocução - o dom de profecia; o dom de variedade de línguas ou dom de línguas, e o dom de interpretação de línguas. Os dons de elocução manifestam a onipresença de Deus no meio do Seu povo. O momento atual da Igreja evangélica depois das três ondas pentecostais, tem se caracterizado como confuso e ao mesmo tempo controverso por causa da compreensão e prática errôneas acerca dos dons concedidos pelo Espírito Santo; também cresceu a desinformação e falsos ensinos e práticas, principalmente no que diz respeito ao dom de profecia. “Hoje quase tudo é “profético”. É oração profética, louvor profético, oferta profética, abraço profético, raiva profética e até blog profético! O problema é que se tudo é profético, qual é o objeto da profecia? A quem profetizo?”. A Bíblia padroniza oassunto assim: Deus fala a um profeta, e esse profeta fala ao povo. Se todos forem profetas, onde estará o povo? Com quem Deus está falando? Na Bíblia, quando um profeta “profetizou” a outro profeta – e não ao povo – deu problema: o profeta velho de I Reis 13. Ainda contamos com duas linhas de interpretação acerca da atualidade dos dons: a corrente pentecostal, e a corrente cessacionista. Nós, pentecostais, defendemos a contemporaneidade dos dons para a atualidade, embora estejamos dividindos em algumas vertentes [de acordo com Franklin Ferreira são: Pentecostais Clássicos, Pentecostais de “cura divina”, Pentecostais das “igrejas renovadas”, Neopentecostais. In: Teologia Sistemática: uma análise Histórica, Bíblica e Apologética. São Paulo, Vida Nova, 2007, p.852 e 853.]. Já os cessacionistas asseveram que nem todos os dons devem ser encontrados atualmente, mormente, por causa de seu caráter revelatório. Certamente esta lição desmistificará o assunto, e saberemos distinguir o verdadeiro do falso, aplicar os dons de elocução com objetividade] Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. DOM DE PROFECIA (1Co 12.10)
1. O que é o dom de profecia? De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Profetizar não é desejar uma bênção a uma pessoa, pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou sufocar as profecias na igreja local (1Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a que examinemos “tudo”, julgando e discernindo, pelo Espírito, o que está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1Co 14.29-33). [Comentário: Estamos diante de um assunto de extrema relevância para a edificação da Igreja e, por essa razão, ninguém deve desconhecer o tema ou sentir-se como os coríntios — ignorantes (12.1). Wayne Grudem é um dos maiores teólogos norte-americanos. Tendo estudado em Harvard e Cambridge, Grudem é autoridade a ser ouvida quando o assunto é teologia. Grudem faz uma análise profundamente bíblica da natureza e função do dom de profecia, ele prova biblicamente que a profecia é para hoje. Grudem diz: “No primeiro momento, poderíamos imaginar que os profetas do NT seriam como os do AT. Mas quando olhamos para o NT não parece ser esse o caso. Há pouca ou nenhuma evidência da presença de um grupo de profetas capazes de proclamar as palavras de Deus (com “autoridade divina absoluta”, que não pudesse ser questionada) ou com autoridade para escrever livros a serem incluídos no NT. No entanto, há um grupo bastante proeminentes no NT que realmente falava com autoridade divina absoluta e que escreveu a maioria dos livros do NT. Esses homens, porém, não eram chamados “profetas”, mas “apóstolos”. Eles se parecem, em muitos aspectos, com os profetas do AT”. Stanley M. Horton, Th.D., teólogo Pentecostal e o autor de inúmeros livros, afirma que a profecia objetiva a edificação, especialmente na fé; para exortar, especialmente para avançar na fidelidade e no amor, e consolar, referindo-se a: que anima e revivifica a esperança e expectativa (1Co 14.3). O Pr Ciro Sanches Zibordi escreve em seu Blog o seguinte: “É uma capacitação momentânea para se transmitir uma mensagem específica de Deus através de uma inspiração direta do Espírito Santo (1 Co 14.30; 2 Pe 1.21). Trata-se de uma manifestação sobrenatural, cuja função precípua é a edificação da igreja (1 Co 14.4). Nos tempos do Antigo Testamento, os profetas eram intermediários entre Deus e o povo (1 Sm 3.20; 8.21,22; 9.6,9,18-20). Esse tipo de ministério profético durou até João Batista (Lc 16.16). Hoje, o profeta não é mais uma espécie de mediador. E ninguém precisa consultar profetas, e sim ao Senhor, diretamente (1 Tm 2.5; Ef 2.13; Hb 10.19-22; Gl 6.16; Fp 4.6). Deve-se fazer uma distinção entre o ministério de profeta e o dom de profecia. Tanto o portador deste quanto o ministro são chamados de “profeta” (1 Co 14.29; Ef 4.11), mas há diferenças entre ambos. Primeiro, quando ao modo da concessão: o dom de profecia pode ser concedido a quem o busca (1 Co 14.1,5,24,31); já o ministério de profeta depende de chamada divina (Mc 3.13; Ef 4.11). Segundo, quando ao uso: o dom de profecia decorre de uma inspiração momentânea, sobrenatural (1 Co 14.30); o ministério profético está relacionado com a pregação da Palavra de Deus (At 11.27,28; 15.32; 13.1). O dom de profecia era uma realidade nos dias da igreja primitiva (At 19.6; 21.9; 1 Co 14). Ali, o ministério profético e o dom de profecia, às vezes, eram intercambiáveis (At 21.8-10)” http://cirozibordi.blogspot.com.br/2014/04/os-dons-espirituais-luz-das-escrituras-4.html.]
2. A relevância do dom de profecia. O dom de profecia é tão importante para a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1Co 14.1). Não obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado pela ordem e cuidado nos cultos (1Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). Vigiemos! [Comentário: Todas as profecias devem ser devidamente julgadas à luz da Bíblia, a fim de que não venham causar confusão à igreja nem abalar a fé dos mais fracos. Este tema deve ser visto com muito cuidado por alguns motivos: primeiro, a unção profética segundo a ordem do AT, onde pessoas eram separadas por Deus com o ministério profético para aplicar a revelação da Palavra de Deus e da Lei no meio do povo, foi encerrada com João (Mt 11.13). Também o que lemos em Efésios 4, é diferente do dom de profecia listada em 1 Co 12, pois enquanto pelo uso do Espírito no dom todos podem profetizar, o ofício ministerial de profeta concedido por Cristo é dado somente para alguns do corpo, como ofício permanente. Porém, este ofício em muito difere do profeta AT: as palavras do ministério profético não têm autoridade comparável a das Escrituras, até pelo fato de sua mensagem não vir por transe ou coisa parecida, mas sim, pelo próprio uso das Escrituras já reveladas, e por isso, sua mensagem deve ser analisada, e, de uma forma geral, tais pessoas são constrangidas pelo Espírito a zelar pela santidade no meio do povo de Deus. A afirmativa de que este ministério se restringe aos primeiros tempos da era da Igreja é uma afirmação que carece de embasamento bíblico. Se Cristo asseverou contra os falsos profetas é porque na história haveriam ‘verdadeiros profetas’. Mesmo escritos que eram observados nos primeiros séculos da Igreja, porém não canônicos, como o Didaqué, traziam instruções acerca do ministério dos profetas. A perícope de Ef 4.11 refere-se a pregadores irresistivelmente cheios do Espírito Santo, que cooperavam na edificação da Igreja (At 13.1). O apostolado original encerrou-se com o fim da era apostólica. O apostolado enquanto dom de Cristo continua ativo no seio da igreja do Senhor, e disto vemos o testemunho e amparo bíblico na própria igreja primitiva no Livro de Atos (Gl 1.9; 1 Ts 2.7; Rm 16.7). Hoje, o apostolado pode ser melhor visto no trabalho de missionários, embora haja denominações que unjam pessoas como apóstolos (especialmente no movimento neopentecostal), mas sem critérios específicos para o mesmo, e isso é muito preocupante. Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo Espírito Santo e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo (At 2.17; 4.8; 21.4).]

3. Propósitos da profecia. A profecia contribui para a edificação do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma sem antes consultar um “profeta” ou uma “profetisa”. Estes profetizam aquilo que as pessoas querem ouvir e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus alerta-nos a que não ouçamos a tais falsários (Jr 23.9-22). [Comentário: A função do profeta na igreja incluía o seguinte: (a) Proclamava e interpretava cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3). (b) Devia exercer o dom de profecia (c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). (d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17). Por causa da sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia. A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de Deus. A congregação tem o dever de discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de Deus (1Co 14.29-33; 1Jo 4.1). A origem do dom de profecia na igreja é o Espírito Santo, com a finalidade de fortalecer a fé do crente, sua vida espiritual e sua resolução sincera de permanecer fiel a Cristo e aos seus ensinos. Profetizar não é pregar um sermão previamente preparado. Profetizar é transmitir palavras espontâneas sob o impulso do Espírito Santo, para a edificação do indivíduo ou da congregação. ‘Edificar’ (gr. oikodomeo) é fortalecer e promover a vida espiritual, a maturidade e o caráter santo dos crentes. O Espírito Santo é o autor dessa obra através dos dons espirituais, pelos quais os crentes são espiritualmente transformados mais e mais para que não se conformem com este mundo (Rm 12.2-8).]

SINOPSE DO TÓPICO (1)
O propósito do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1Co 14.3).

II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1Co 12.10)

1. O que é o dom de variedades de línguas? De acordo com o teólogo pentecostal Thomas Hoover, o dom de línguas é “a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina”. Segundo Stanley Horton, “alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância”. Ele acrescenta que tal “conclusão é insustentável”, pois as “cinco listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens diferentes”. O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12. [Comentário: o dom de variedade de Línguas tornou-se um dos mais controversos, discutidos e debatidos na história da Igreja. Este Dom tornou-se particurlamente controverso em virtude da postura adotada pela Igreja de Corinto – postura de soberba e autossuficiência que foi assumida por muitas igrejas, numa tentativa ineficiente de apresentar crentes especiais, com mais autoridade e unção espiritual do que outros em virtude do manifestar ou não do dom de variedade de Línguas. Este dom é bíblico, é apresentado no Novo Testamento, e em 1 Co 12.20-30, Paulo exorta que não devemos extinguir a ação do Espírito Santo nem proibir o falar em línguas, todavia, nem todos são chamados para serem Apóstolos e Profetas, assim como nem todos foram chamados para o Falar em Línguas Estranhas. Dito isto, eis uma definição elucidativa: O dom de variedade de Línguas é a capacidade especial dada por Deus aos seus servos para edificação e fortalecimento pessoal. Capacidade de comunhão e intimidade com Deus que gere frutos que permaneçam. É um Dom de cunho pessoal – subjetivo, que terá sua confirmação no testemunho externo. O Pr Ciro Sanches Zibordi escreve em seu Blog o seguinte: “No contexto dos dons espirituais, falar noutras línguas é uma manifestação do Espírito; portanto, elas não são aprendidas, mas vêm de modo sobrenatural, sendo estranhas, desconhecidas, aos que as pronunciam. A promessa do batismo com o Espírito, com a evidência de falar noutras línguas, é mencionada nos dois Testamentos (Is 28.11,12; 44.3; Jl 2.28,29 com At 2.14-17; Mt 3.11; Lc 24.49; At 1.8). E o cumprimento dessa promessa começou no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Há relatos históricos de que tal evidência ocorreu nas vidas dos crentes da Igreja Primitiva (At 4.31; 8.15-17; 10.44-48; 19.1-7), bem como nas de outros salvos, ao longo da História. A promessa do revestimento de poder, com a evidência de falar noutras línguas, é para hoje (At 2.39; 11.15; Hb 13.8), haja vista a “dispensação do Espírito” estar em curso (2 Co 3.8)http://cirozibordi.blogspot.com.br/2014/04/os-dons-espirituais-luz-das-escrituras-4.html. Um melhor entendimento seria: O dom de línguas é o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida por quem fala, sendo essa língua feita inteligível a alguns poucos ouvintes por meio do dom igualmente sobrenatural de interpretação”. Parece duas classes de mensagens em línguas: primeira louvor em êxtase dirigido a Deus somente, que também definimos como “línguas privadas” (1Co 14.2); segunda, uma mensagem definida para a igreja (1Co 14.5) a qual definimos como “línguas públicas”. A primeira não há acompanhamento de qualquer tipo de interpretação. O texto bíblico que melhor descreve isso é 1Co 14.28, onde Paulo diz que as línguas, desacompanhadas de interpretação, não devem ser usadas nas igrejas; antes, a pessoa dotada do dom de línguas deveria “falar consigo mesma e com Deus” (prova disto em At 2.4); a outra não é para um restrito grupo de irmãos escolhidos para um exclusivo serviço (1Co 12.30)]

2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? O primeiro propósito é a edificação da vida espiritual do crente (1Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia, não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai sendo também edificado, pois o Espírito Santo o toca e renova diretamente (1Co 14.2). [Comentário: Como já afirmado acima, o dom de línguas visa a edificação do crente; note, ainda, o seguinte: elas são a evidência inicial do batismo com o Espírito Santo (At 2.1-8; 10.44-46; 19.6; 9.18; 1 Co 14.18); elas edificam o crente (1 Co 14.4); elas são dadas pelo Espírito ao crente a fim de capacitá-lo a orar em espírito — ou “pelo Espírito [gr. pneumati]” (1 Co 14.2,14-16; Ef 6.18; Rm 8.26), e elas são dadas pelo Consolador como uma mensagem profética (dom de variedade de línguas), em conexão com o dom de interpretação das línguas. O crente, ao receber momentaneamente a variedade de línguas, dirige-se à igreja (1 Co 12.29,30), mas sua mensagem precisa de interpretação (1 Co 14.5,13,27,28).]

3. Atualidade do dom. É preciso deixar claro que a variedade de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda. No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4). É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias da igreja primitiva. [Comentário: O batismo com o Espírito Santo é uma bênção na vida do crente. Esta dádiva divina é subsequente a experiência da salvação. Todavia, o batismo com o Espírito Santo não pode ser confundido com o novo nascimento, regeneração ou a santificação. Uma pessoa pode ser regenerada, justificada e santificada e ainda não ter recebido o revestimento de poder. O falar em línguas — tanto conhecidas como desconhecidas — quando provenientes do Espírito Santo, edificam o crente, a igreja e servem como sinal para os descrentes. A atualidade dessas manifestações é visível na vida de milhares de servos de Deus na experiência bíblica, durante a história da igreja e nos dias atuais, pois, como disse o apóstolo Pedro, “a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39). O batismo com o Espírito Santo, com evidência de falar em línguas, não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos, como pregam os cessacionistas. Tal bênção não se restringe a Atos 2. Nos Estados Unidos, em reação ao avanço dos dons espirituais entre as igrejas e líderes de igrejas tradicionais, sobretudo reformadas, o pastor reformado John MacArthur realizou uma conferência em sua igreja Comunidade da Graça, de Sun Valley, intitulada Strange Fire (“Fogo estranho”), cujo foco foi atacar, como um todo, colocando juntos no mesmo saco, os movimentos pentecostal e carismático (nos EUA eles chamam neopentecostais e renovados de “carismáticos”) como um mal para a igreja no mundo, isto é, a crença de que os dons espirituais cessaram, tendo se restringido apenas aos dias apostólicos. (...) Em entrevista ao The Christian Post, MacArthur chegou a ignorar também as manifestações dos dons espirituais após o período apostólico e ainda citou o nome de pentecostais que caíram em pecado (Aimee Semple McPherson, Jimmy Swaggart e Jim Bakker) e de neopentecostais que pregam heresias (Kenneth Copeland e Kenneth Hagin) para tentar desacreditar o pentecostalismo. MacArthur deveria lembrar de pentecostais como Thomas Zimmerman, Raymond Carlson, Stanley Horton, Anthony D. Palma, Willian Menzies, David Wilkerson, Roger Stronstad, Myer Pearlman, George Wood e muitos outros de seus compatriotas. O que ele acharia se alguém cometesse o mesmo pecado de tomar todos os reformados por nomes dentre eles que os constrangem pelo seu ensino herético ou péssimo comportamento? Seria correto? Seria profundamente desonesto. Ademais além de não haver nenhum texto bíblico que diga que os dons espirituais não são mais para os nossos dias, a história do cristianismo durante os séculos está repleta de exemplos da continuidade dos dons na Igreja. (...) A contemporaneidade dos dons espirituais foi definida, pós-período apostólico, por exemplo, por Justino Mártir (100-165), Irineu (115-202), Teófilo de Antioquia (120-186), Tertuliano (160-220), Novaciano (200-258), Gregório Taumaturgo (213-270) e Hilário de Poitiers (300-368), mas infelizmente, foi renegada pela maioria dos Pais da Igreja do terceiro século em diante como reação aos desvios Montanistas. Apesar disso, há registros da manifestação dos dons espirituais durante a Alta Idade Média e, depois, entre os valdenses, nos séculos 12 e 15; os anabatistas, no século 16; os quacres e pietistas, no século 17; na França, entre os chamados “calvinistas das cavernas”, no século 18; na Finlândia, também no século 18; além de entre os Morávios, na República Tcheca, na mesma época. Nos séculos 18 e 19, há ainda registros na Inglaterra, Rússia, EUA, Indonésia, Escócia, Austrália, Brasil (30 anos antes da chegada de Gunnar Vingren e Daniel Berg), Armênia, Alemanha, África e Noruega, dentre outros. A atualidade de todos os dons espirituais, inclusive a glossolalia, foi clara para John Wesley (1703-1791), que a defendeu em carta ao pastor Conyers Midddleton (The Works of John Wesley, volume 10, pp. 54 a 56); foi clara para o célebre batista inglês F. B. Meyer (1847-1929), sobre o qual Spurgeon disse certa vez: “Ele prega como um homem que viu Deus face a face”; e para o pastor R. B. Swan, sua esposa e membros de sua igreja em Rhode Island, EUA, 1875, que receberam, segundo depoimento de Swan, a Glossolalia. E o que dizer dos relatos e/ou experiências próprias de glossolalia registrados nos séculos 18 e 19 por Thomas Walsh, William Doughty, William Arthur, Horace Bushnell, V. P. Simmnos, J. C. Aroolapen e tantos outros? (1).]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.

III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1Co 12.10)

1. Definição do dom. Thomas Hoover ensina que a interpretação das línguas é “a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas”. Na igreja de Corinto havia certa desordem no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo: “E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (1Co 14.27,28). [Comentário: Assim escreve Donald Gee: o propósito do dom de interpretação é tornar inteligíveis as expressões do êxtase inspiradas pelo Espírito que se pronunciaram em uma língua desconhecida da grande maioria presente, repetindo-se claramente na língua comum do povo congregado. É uma operação puramente espiritual. O mesmo Espírito que inspirou o falar em outras línguas, pelo qual as palavras pronunciadas procedem do espírito e não do intelecto, pode inspirar também a sua interpretação. A interpretação é, portanto, inspirada, extática e espontânea. Assim como o falar em línguas não é concebido na mente, da mesma maneira, a interpretação emana do espírito antes que do intelecto do homem. Nota-se que as línguas em conjunto com a interpretação tomam o mesmo valor de profecia (1Co 14.5). Porque, então, não nos contentarmos com a profecia? Porque as línguas são um “sinal” para os incrédulos (1Co 14.22). Pelo fato de haver interpretação das línguas é que declaramos anteriormente que tais se referem a “línguas públicas”, uma vez que são reveladas através de um dom específico de interpretação. (...)Michael Green diz: “Embora alguns homens sejam dota dos do dom da interpretação, embora eles mesmo não falem em línguas, isso é incomum; na maior parte dos casos, aqueles que já possuem o dom de línguas é que também recebem o dom de Interpretação de Línguas”. Isto significa que algumas pessoas apresentam alguma mensagem pública em línguas e, em seguida, outro irmão também dotado do mesmo dom interpreta, sendo também possível o mesmo que falou interpretar, o que requer dos ouvintes um pouco mais de cuidado e discernimento para não se deixarem enganar. (2).]

2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia? Embora haja semelhança são dons distintos. O dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estêvam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que “não haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de outro dom”. [Comentário: Entendo que para o dom de interpretação de línguas, como já vimos, é preciso que o crente também possua o dom de línguas, enquanto que, o dom de profecia não necessariamente. Pela leitura de textos Neo-Testamentários, entendemos que qualquer crente salvo pode ter o dom de profecia na nova dispensação (1Co 14.24). Independe de idade, sexo, status social e posição na igreja (At 2.17,18), tal como vemos nas quatro filhas de Filipe "que profetizavam" (At 21.9). O dom de profecia, aqui abordado, é uma manifestação momentânea e sobrenatural do Espírito Santo, como um dos dons espirituais prometidos, e não um ministério. O maior valor da profecia é que ela, sendo de Deus, ao contrário das línguas estranhas (quando não têm a interpretação), uma vez proferida, exorta, edifica e consola a coletividade e não unicamente o que profetiza (1 Co 14.3-5).]

SINOPSE DO TÓPICO (3)
O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12..

CONCLUSÃO

Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais — os chamados “cessacionistas” — Deus continua abençoando os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém, façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1Co 14.39,40). Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das manifestações gloriosas dos céus. [Comentário: Com o acesso livre à informação, temos uma gama de escritores cessacionistas lidos e seguidos por pentecostais, à exemplo dos escritores Benjamin Breckinridge Warfield, Richard Gaffin , John F. MacArthur e Daniel B. Wallace. No Brasil, Augustus Nicodemus está entre os cessacionistas. Esta é uma discussão que não terá fim, independente disto, o Espírito Santo continua operando e abençoando crentes com suas dádivas. O Falar em Línguas tem sido discutido desde o início do século passado, com o advento do pentecostalismo. Para uns, o dom de línguas é imprescindível. Quem não o tem, é tachado de crente carnal, desprovido da presença do Espírito Santo. Para outros, tudo não passa de um mal-entendido. O tal dom teria sido distribuído apenas para a primeira geração de cristãos, e que, portanto, não estaria disponível hoje (cessacionistas). O Rev Hernandes Dias Lopes, Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória-ES, escreve o seguinte em seu Blog: “As Escrituras afirmam que certos dons estariam destinados a cessar, entre eles, os dons de língua e de profecia. Isto está claro. Não há o que discutir. Mas quando isso ocorrerá? Paulo afirma que as línguas somente cessarão “quando vier o que é perfeito”. Os cessacionistas creem que isso aconteceu quando o cânon sagrado foi finalizado, isto é, quando as Escrituras foram terminadas. Uma vez que já temos acesso a toda verdade exposta em suas páginas, já não precisaríamos do dom de línguas, ou mesmo de qualquer outro dom espiritual. Embora o argumento pareça sólido, não resiste a uma apreciação mais profunda. Paulo não está referindo-se às Escrituras, e sim ao segundo advento de Cristo, quando finalmente o“veremos face a face”. Segundo Paulo, a visão que temos de Cristo mediante as Escrituras equivale ao reflexo de um espelho. Quando Ele Se manifestar em glória, já não precisaremos nem mesmo das Escrituras, muito menos dos dons espirituais.” Isto posto, este proeminente expositor presbiteriano é daqueles de linha reformada que crê na atualidade dos dons espirituais para igreja hoje. O referido Pastor prossegue: “Qual a sua importância em nossa vida? Paulo diz que “o que fala em língua edifica-se a si mesmo” (1 Co.14:4a). No lugar onde antes havia uma fortaleza espiritual que servia de base operacional para o inimigo, agora é edificada uma catedral de louvor e adoração a Deus. O livre fluxo do Espírito promove a demolição de tais fortalezas. Nossos pensamentos são levados cativos à obediência de Cristo. Nossa vontade submetida ao Seu senhorio. Todos os demais dons espirituais têm como objetivo o bem coletivo. O dom de línguas é o único que visa a edificação do indivíduo. Porém, somos desafiados a dar um passo além, na direção do outro, para que este também seja edificado pelo nosso dom. Mas como alguém poderia ser edificado por um dom que visa a minha própria edificação? Como alguém seria edificado sem que entendesse uma palavra do que eu dissesse?(3) Parafraseando, sejamos uma catedral de louvor e adoração a Deus!] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco Barbosa



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