TEXTO ÁUREO
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“E disse: Eis que te
farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se
exercerá no determinado tempo do fim” (Dn 8.19).
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VERDADE
PRÁTICA
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O tempo do fim não é o fim do mundo, mas o tempo de tratamento de Deus
com o povo de Israel, prenunciando a vinda de Cristo.
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HINOS
SUGERIDOS
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304,
334, 469
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE DN 7.3-8,1,3-11
1 - No ano terceiro do reinado
do rei Belsazar, apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me
apareceu no princípio.
3 - E levantei os meus olhos e
vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as
duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta
subiu por último.
4 - Vi que o carneiro dava
marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia; e nenhuns animais
podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele
fazia conforme a sua vontade e se engrandecia.
5 - E, estando eu considerando,
eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e
aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos;
6 - dirigiu-se ao carneiro que
tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele
com todo o ímpeto da sua força.
7 - E o vi chegar perto do
carneiro, irritar-se contra ele; e feriu o carneiro e lhe quebrou as duas
pontas, pois não havia força no carneiro para parar diante dele; e o lançou por
terra e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão.
8 - E o bode se engrandeceu em
grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi
quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos
do céu.
9 - E de uma delas saiu uma
ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e
para a terra formosa.
10 - E se engrandeceu até ao
exército dos céus; e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os
pisou.
11 - E se engrandeceu até ao
príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do
seu santuário foi lançado por terra.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer
os símbolos proféticos do
carneiro e do bode.
Identificar a visão do chifre pequeno.
Compreender o período do tempo do fim.
SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
O capítulo 8 de
Daniel tem relação direta com os capítulos 2 e 7, mas diferentemente daqueles
capítulos, estudaremos, nesta lição, que o profeta foi transportado em espírito
até Susã, e também através do tempo. O caráter da revelação de Deus, consoante
ao que estudaremos nesta lição, vai além da dimensão espaço-tempo. Na aula de
hoje atentaremos inicialmente para as visões de Deus a Daniel, com ênfase no
carneiro, o bode e o pequeno chifre. Mostraremos, ao final, que essas visões
são prenuncio do tempo do fim, que alimentam a esperança da igreja.
1. A VISÃO DO CARNEIRO
A visão dada por Deus a Daniel aconteceu na história, no terceiro ano do
rei Belsazar; em Susã, que era capital do reino da província de Elão, junto ao
rio Ulai. A maioria dos estudiosos defende que essa não foi uma viagem literal,
mas um translado espiritual, o profeta teria sido conduzido em espírito àquele
lugar. Susã era uma cidade importante, mesmo depois da queda da Babilônia, isso
porque os reis medo-persas habitavam naquela localidade três meses por ano. As
visões dadas ao profeta apontam para o tempo do fim (Dn. 8.17), ao tempo que
fora determinado por Deus para o desfecho de todas as coisas (Dn. 8.19), em
dias distantes daqueles vivenciados por Daniel (Dn. 8.26). Nessa visão é
revelado a Daniel o surgimento de um rei que é o protótipo de Anticristo,
alguém que prefigura aquele que no futuro assim se manifestará. Inicialmente é
preciso destacar que esse pequeno chifre do capítulo 8 é diferente daquele do
capítulo 7. O anticristo do capítulo 7 é escatológico, ele emergirá do império
romano, enquanto que o anticristo do capítulo 8 sucederá os quatro reis da
queda do império grego. Diante da grandeza da revelação Daniel cai por terra,
perdendo os sentidos, com o rosto por terra. Nessa visão Daniel trata a
respeito de um carneiro, que aparece de três maneiras diferentes, com dois
chifres (Dn. 8.3,20), descrevendo o império medo-persa, que sucederia para
conquistar a Babilônia. O chifre mais alto descreve o poder dos persas,
consolidado através de Ciro, o persa, que tomou o lugar de Dario, o medo. Esse
carneiro descrito por Daniel é irresistível (Dn. 8.3,4), e que se engrandeceu
(Dn. 8.4). Isso porque nenhuma força daquele tempo seria capaz de se opor ao
governo medo-persa.
2. A VISÃO DO BODE
O bode da
visão de Daniel revela um dos maiores governos da época antiga, trata-se de
Alexandre o Grande, também denominado de Magno. Ele conquistou todo o mundo
conhecido rapidamente (Dn. 8.5,21). Essa visão explicita o que historicamente é
constatado em relação à história dos gregos. Alexandre expandiu o reino grego
em pouco mais de dez anos, para isso destruiu o governo medo-persa. Em 334 a.
C., Alexandre atravessou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas. Não
muito tempo depois, em 333 a. C., derrotou Dario III na batalha de Issos. Em
331, venceu as forças medo-persas na batalha de Baugamela. Esse seria um líder
poderoso, atestado na revelação de Daniel (Dn. 8.5). Por isso é descrito como
“o chifre notável”, considerando sua disposição para a guerra. O profeta
antecipa as vitórias de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn. 8.6,7). Mas
esse reino, como todos os outros que já passaram, também terá o seu fim. Daniel
aponta para sua ruina (Dn. 8.8), destacando que esse governo findará em
decadência. Alexandre morreu repentinamente em 323 a. C, justamente no momento
que pretendia reconstruir a cidade da Babilônia. Em consequência da sua morte,
o império grego foi dividido em quatro partes, para quatro reis, sendo eles
Casandro (Macedônia e Grécia no ocidente), Lísimaco (Trácia e Bitínia no
norte), Ptolomeu (Palestina, Arábia e o Egito, no sul), e Selêuco (Síria e
Babilônia no oriente).
3. O PEQUENO CHIFRE
Em seguida Daniel reporta um pequeno chifre, conforme já destacamos
anteriormente, diferente daquele do capítulo 7. Esse é apenas um protótipo
daquele, prefigura sua atuação que será mais intensa no futuro. O pequeno
chifre do capítulo 8 é descrito a partir da sua procedência (Dn. 8.8-22). Ele
se origina do bode, que é o império grego, advindo, portanto, do império de
Alexandre. Para nós, os conhecedores da história, esse pequeno chifre é
conhecido, ainda que não o fosse para Daniel. Ele é um precursor do anticristo
que se revelará no tempo do fim. Não podemos deixar de destacar que muitos
anticristos já existiram, e muitos outros existem ou existirão (I Jo. 2.18). O
pequeno chifre do capítulo 8 é reconhecido historicamente como Antíoco IV,
chamado de Antíoco Epifânio, que reinou na Síria, entre 175 a a63 a. C. Como a
maioria dos impérios humanos, se destaca pelo sentimento megalomaníaco (Dn.
8.11,25). Antíoco achou pouco ser um grande rei, quis fazer-se deus, por isso
mandou fabricar moedas que tinha sua efígie. Além disso, destacou-se por ser um
rei tirano (Dn. 8.9,10), um grande perseguidor do povo de Deus. Ele teve a
audácia de profanar o templo do Deus de Israel, primeiramente se opondo a todos
aqueles que considerassem o livro da Lei. Em 169 a. C., saqueou o templo e
proibiu os sacrifícios. O templo de Jerusalém foi denominado de Templo de
Júpiter Olímpico. Ele colocou sua imagem no lugar santíssimo e determinou que
um porco fosse sacrificado naquele lugar. Como se isso não bastasse, obrigou os
judeus a comerem a carne do porco, dentro daquele recinto.
CONCLUSÃO
A apostasia de Antíoco Epifánio aponta para o fim, o tempo no qual o
anticristo imperará na terra (II Ts. 2.3,4). A igreja do Senhor Jesus não
passará por esse momento sombrio, pois estará nos ares, celebrando as bodas com
o Noivo. A grande esperança da igreja é o dia no qual a trombeta soará, os
mortos ressuscitarão primeiro, e os que estiverem vivos serão transladados (I
Ts. 5.13-18). Essas palavras servem de conforto para a igreja, e para todos
aqueles que amam a vinda do Senhor (II Tm. 4.8).
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
No capítulo sete, Daniel tem a
visão dos quatro animais, cada um destes representando um império mundial. No
capítulo oito, que estudaremos nesta lição, o profeta tem sua segunda visão.
Ele viu um carneiro lutando contra um bode. Na verdade, este capítulo repete
muito da predição do capítulo dois, e especialmente do capítulo sete. Todavia,
o capítulo oito acrescenta detalhes importantíssimos quanto aos períodos
medo-persa e grego. [Comentário: Chegamos
ao capítulo 8, aqui Deus mostra a Daniel a queda dos dois últimos Impérios, o
Medo-persa e o Grego, por meio de uma visão que tem um caráter particular: os
impérios são representados pelas figuras de um bode e um carneiro. O capítulo 7
representa os mesmos impérios com o Urso (7.5) e o Leopardo (7.6). O carneiro
(8.3,4) e o bode (8.5-9) são animais poderosos, mas na visão, eles foram
destruídos, porque ninguém prevalece contra o Cetro de Deus. É digno de nota que
a partir deste capítulo, Daniel passa a escrever em hebraico, quando até o
capítulo 7 ele usou o aramaico. Uma explicação para isso, talvez, seja que até
o capítulo 7 Deus estava tratando com os gentios, e agora no capítulo 8 a visão
diz respeito, essencialmente, ao povo judeu, sob o domínio desses impérios
mundiais. Os elementos históricos da profecia tiveram seu cumprimento no
passado; porém, algumas características desses dois impérios personificam o
futuro de Israel e o que acontecerá no “tempo do fim”(Dn 8.19). Russell Norman
Champlin tece o seguinte comentário: “O
capítulo 8, assim sendo, elabora certos assuntos que figuram no capítulo
anterior. A Babilônia não está mais em foco, e até os medos-persas foram
mencionados para introduzir o monstro macedônio, Alexandre. Mas a ênfase real
recai sobre o pequeno chifre, Antíoco Epifânio. “O propósito deste capítulo é,
por um lado, tornar claras algumas questões que haviam sido tratadas de maneira
um tanto crítica no capítulo 7; e, por outro, renovar a certeza de que o fim
estava próximo. O cálice da iniquidade de Antíoco estava quase cheio. Esse é o
episódio final na grande tribulação que precederá o fim. Deus interviria e o
homem do pecado seria destruído. Neste capítulo voltamos ao idioma hebreu,
deixando de lado o aramaico” (Arthur Jeffery, in loc)”. CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 3410.] Convido você para mergulharmos mais fundo nas Escrituras!
1. A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5)
1. A visão do carneiro (Dn
8.3,4,20). Esse carneiro simbolizava
o império medo-persa (v.20). Segundo os historiadores, no caso dos persas, os
seus reis sempre levavam como emblema uma cabeça de carneiro em ouro sobre a
cabeça, principalmente quando passavam em revista os seus exércitos. De acordo
com a história, os medos haviam prevalecido na guerra com a Babilônia. Dario
foi o primeiro governante da união entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os
persas prevaleceram em força e Ciro tornou-se o rei do império. O carneiro
identificado como o império medo-persa venceu e derrotou o império babilônico
quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que Belsazar zombou de Deus ao
utilizar os utensílios sagrados do templo de Jerusalém, ele caiu nas mãos dos
medo-persas. Nota-se que há uma repetição do predito na visão do capítulo sete
sobre o segundo e o terceiro impérios, porém, Deus de maneira especial mostrou
a Daniel o que estaria fazendo no futuro desses impérios e com o próprio povo
de Israel. [Comentário: O carneiro medo-persa (8.3-4). Na primeira
visão de Daniel no capítulo 7, os animais que simbolizavam o poder mundial eram
animais selvagens. Agora a disposição da visão muda e dois desses mesmos
poderes mundiais aparecem como animais domesticados — um carneiro e um bode.
Será que é possível que o Espírito de Deus esteja retratando aqui mais uma
importante fase da vida humana e da história, ou seja, o aspecto cultural?
Enquanto o capítulo 7 ressalta o poder político das nações, o capítulo 8
destaca as influências culturais. Se concordarmos com essa hipótese, é possível
imaginar que esses dois aspectos, provenientes de dois reinos diferentes,
convirjam em dado momento em uma manifestação culminante do mal, ou seja, no
surgimento do Anticristo. Qualquer que seja o significado da mudança da natureza
dos animais, o carneiro e o bode logo estavam furiosamente em guerra. O
carneiro aparece primeiro, dando marradas para o ocidente, e para o norte, e
para o meio-dia (“para o sul”, NVI; v.4). Keil sugere que a direção das
marradas parece indicar que os avanços para o oriente não eram tão
estrategicamente importantes comparados com os feitos em outras direções. Tanto
Ciro quanto Dario lideraram campanhas bem-sucedidas para o Oriente, em direção
à índia, mas é o seu impacto ocidental que mais seriamente afetou a história. O
animal de duas pontas (dois chifres), com a segunda crescendo mais que a
primeira, claramente sugere a história medo-persa. Ciaxerxes, da Média, era um
líder poderoso que se aliou ao caldeu Nabopolassar e seu filho, Nabucodonosor,
para derrubar o império assírio em 612 a. C. Ao lado da Babilônia, a Média era
um poder dominante dos seus dias. Mas a bravura do talentoso Ciro logo se
tornou evidente, e ele rapidamente ascendeu até o topo da aliança medo-persa. A
palavra animais (chayywoth) significa criaturas viventes em geral e podem ser
tanto selvagens quanto domesticados. “Nenhuma criatura vivente podia ficar
diante dele, e não havia quem pudesse livrar-se do seu poder; e ele fazia o que
bem desejava e tornou- se grande” (4, lit.). E se engrandecia (higddil) não
significa aqui “tornar-se arrogante” mas, sim, “fazer grandes coisas”. Isso se
repete no versículo 8; cf. SI 126.2-3: “Grandes coisas fez o Senhor por nós”. Roy
E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 529.]
2. Os chifres do carneiro. Os dois chifres do carneiro não eram iguais, pois
um dos chifres era maior que o outro. O maior representava Ciro, o persa (v.3)
e o menor representava Dario, da Média. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a
Dario. Eventos importantes aconteceram no período desses dois reis até que o
carneiro foi vencido, surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca
o carneiro e o vence (vv.5-7). [Comentário: Ele viu um carneiro com
duas pontas (v. 3). Essa era a segunda monarquia, da qual os reinos da Média e
da Pérsia eram as duas pontas. As pontas eram muito altas. Mas a que veio por
último era a mais alta, e tomou a dianteira da mais antiga. Assim, o último
será o primeiro, e o primeiro, o último. O reino da Pérsia, que se levantou por
último, em Ciro, tornou-se mais eminente que o dos medos, governado por Dario,
o medo. Ele viu o carneiro atacando todos à sua volta com as suas pontas (v.
4), para o ocidente (em direção à Babilônia, Síria, Grécia e Ásia Menor), para
o norte (em direção aos lídios, armênios e citianos), e para o sul (em direção
à Arábia, Etiópia e Egito), pois todas essas nações foram, em uma época ou
outra, atacadas pelo império persa na tentativa de aumentar os seus domínios.
E, por fim, ele se tornou tão poderoso que nenhum animal podia estar diante
dele. Esse carneiro, embora pertencente a uma espécie animal que muitas vezes
servia de presa, tornou-se temível até mesmo para os próprios animais
predadores, de modo que não havia nenhum que ficasse diante dele, nenhum que
dele escapasse, nenhum que pudesse livrar-se da sua mão. Todos deveriam se
submeter a ele. Os reis da Pérsia agiam conforme a sua vontade, alcançavam
sucesso em todas as investidas no exterior, possuíam um poder incontrolável em
seu país, e tornaram-se notáveis. Ele se considerava notável porque fazia o que
queria. Mas fazer o bem é o que torna os homens verdadeiramente notáveis. HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora
CPAD. pag. 874.]
3. A visão do bode (Dn 8.5-8). A figura do bode, na mitologia do mundo de então,
simbolizava o poder e a força. Na visão de Daniel, o bode arremeteu contra o
carneiro com muita força, ferindo-o e quebrando os seus dois chifres. Segundo a
Bíblia de Estudo Pentecostal, “o bode representava a Grécia, e seu grande
chifre refere-se a Alexandre, o Grande (8.21)”. O carneiro foi totalmente
dominado e humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e, após isso, ainda foi
pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição e
derrota do império medo-persa pelos gregos. Nos versículos oito e nove, a
“ponta notável” se quebra e surge em seu lugar quatro outras pontas (ou
chifres). Esses quatro chifres menores representam os quatro generais que
assumiram o império grego depois da morte de Alexandre, o Grande. [Comentário: A figura
do bode, na mitologia do mundo antigo, além de representar poder e força,
também tinha a figura da ousadia, velocidade e mobilidade como características
desse animal que lembram a cabra montês que salta em montanhas de pedra com
firmeza e sem resvalar. O bode é um animal que vive em regiões rochosas e
inóspitas. O texto diz que “o bode” tinha uma velocidade que nem “tocava o
chão”. Está se referindo a Alexandre, filho de Felipe da Macedônia, que surgiu
com força incrível e com grande mobilidade para conquistar o mundo, a partir da
conquista do Império Medo-persa que não se conteve diante dele. Quando surgiu o
bode no espaço que o carneiro dominava, lançou-se contra o carneiro com muita
força e domínio, ferindo-o e quebrando, de imediato, os dois chifres. O poder
de Dario e Ciro caiu e foi usurpado pelo poder simbólico do bode que
representava o Império Grego. O Rev Hernandes Dias Lopes assim escreve em seu
livro DANIEL Um homem amado no céu
(Editora Hagnos): “O bode é uma descrição
profética acerca de um dos maiores líderes políticos da história, Alexandre
Magno. Daniel elenca quatro fatos a seu respeito. Em primeiro lugar, fala da
rapidez de suas conquistas (Dn 8.5, 21). Esse bode representa o império grego
(v. 21). As conquistas de Alexandre foram extensas e rápidas. Osvaldo Litz
afirma que em apenas treze anos Alexandre conquistou todo o mundo conhecido de
sua época. O império medo-persa foi desmantelado, dando lugar ao império grego.
Em 334 a.C., Alexandre cruzou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas.
Pouco tempo depois, venceu Dario III na batalha de Issos (333 a.C.). Em 331,
venceu o grosso das forças medo-persas na famosa batalha de Gaugamela. Em
segundo lugar, Daniel fala do poder desse líder (Dn 8.5). Alexandre é descrito
como o chifre notável. Foi um líder forte, ousado e guerreiro. Era um homem
irresistível, um líder carismático, com punho de aço. Em terceiro lugar, Daniel
fala dos triunfos de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn 8.6,7). O poderio
e a força de Alexandre são descritos na maneira como enfrentou o carneiro: 1)
fere-o; 2) quebra seus dois chifres; 3) derruba-o na terra; e 4) pisoteia-o. Em
último lugar, Daniel fala do engrandecimento e queda de Alexandre e seu reino
(Dn 8.8). “O engrandecimento de um império é ao mesmo tempo prelúdio de sua
queda e decadência. Quanto mais se aproxima do auge de seu poder, tanto mais
perto está também de seu fim”. A Grécia não foi uma exceção (v. 8). O versículo
8 profetiza a morte inesperada de Alexandre Magno na Babilônia, em 323 a. C.,
exatamente quando ele queria reconstruir a cidade da Babilônia, contra a
palavra profética de que a cidade jamais seria reconstruída. Com sua morte, o
império grego foi dividido em quatro partes entre quatro reis: a Cassandro
couberam a Macedônia e a Grécia, no ocidente. Lisímaco governou a Trácia e a
Bitínia, no norte. Ptolomeu governou a Palestina, a Arábia e o Egito, no sul.
Selêuco governou a Síria e a Babilônia, no oriente. Após a morte de Alexandre e
a divisão de seu reino entre esses quatro generais (v. 8,22), o grande império
grego desintegrou-se e enfraqueceu-se. A profecia acerca de Alexandre
cumpriu-se literalmente, duzentos anos depois da profecia dada a Daniel”. LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 103-105.]
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios
medo-persa e grego.
II. O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9)
1. A visão da ponta pequena. Na visão do profeta Daniel, surge de uma das quatro
pontas notáveis, “uma ponta mui pequena” (v.9). Daniel percebeu que esta “ponta
pequena” cresceu muito, especialmente direcionada para a “terra formosa”,
Israel. Essa “ponta pequena” refere-se a Antíoco Epifânio que tornou-se um
opressor terrível contra os judeus. Ele surgiu da partilha do império de
Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia. [Comentário:
A ponta mui pequena aqui não é a
mesma que a pequena ponta do capítulo sete. A anterior é oriunda da quarta
besta, Roma, enquanto que esta vem da Grécia. A pequena ponta aqui se refere a
Antíoco Epifânio, (do gr: Άντίοχος Έπιφανής, "que se manifesta com esplendor")
(ca. 215 - 162 a.C.) foi um rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria
entre 175 e 164 a.C.), o oitavo rei da dinastia síria, que reinou de 175 a
164 a. C. Portanto, essa profecia é, na verdade, para 175 a. C., quando Antíoco
se toma rei, e não para 301 a. C., quando o império de Alexandre se divide.
Para o meio-dia. Antíoco invadiu o Egito. A expressão para o oriente significa
para Parthia, e a expressão a terra Formosa significa a Palestina. EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1287.]
2. A ultrajante atividade desse
rei contra Israel (Dn 8.10,11). Os
versículos dez e onze falam das ações ultrajantes do “pequeno chifre” contra o
povo de Deus, profanando o santuário de Israel e tentando acabar com o
“sacrifício contínuo” que Israel fazia ao Senhor. [Comentário:
Daniel fala sobre sua
truculência (Dn 8.9,10). Alguns imperadores romanos identificaram-se com o
anticristo escatológico, tais como Nero e Domiciano, por exigirem adoração de
seus súditos. Hitler foi identificado com ele por sua feroz perseguição aos
judeus. Outros governadores antigos e contemporâneos por perseguirem os
cristãos como nos regimes totalitários e comunistas. Mas ninguém se assemelhou
tanto ao anticristo escatológico como Antíoco Epifânio. Esse rei selêucida foi
um feroz perseguidor dos judeus (Dn 8.24). Porque os fiéis judeus não se
prostravam diante dos ídolos foram duramente perseguidos por ele. Calcula-se
que cem mil judeus foram mortos por ele. O anticristo escatológico também será
implacável em sua perseguição aos cristãos (Ap 13.15). Daniel fala acerca de
sua blasfêmia (Dn 8.23-25). Ele será um usurpador. Como o anticristo quererá
usurpar o lugar de Cristo, Antíoco também foi um usurpador. No seu tempo, a
Palestina pertencia ao Egito dos ptolomeus. Mas ele, astuciosamente,
aproveitou-se da divergência entre os judeus que estavam divididos em dois
partidos, e levou-os a se aliarem a ele, rompendo com o Egito (Dn 8.23-25).
Quando os judeus se aliaram a ele, logo os explorou e os perseguiu cruelmente
até a morte. O anticristo imporá uma única religião em seu reino e perseguirá e
matará os que não se conformarem a ele (Ap 13.12,15). Antíoco fez isso em seu
reino. A posse do Livro Sagrado, o Antigo Testamento, e a observância da lei de
Deus eram punidas com a morte. Muitos judeus foram mortos por se manterem fiéis
a Deus. Ele se levantará em tempo de grande apostasia. Como a apostasia do
período do fim abrirá a porta para o anticristo (2Ts 2.3,4), também muitos
judeus haviam se afastado da lei de Deus e adotado costumes dos gentios (Dn
8.12,23). Deus castigou Israel por causa de seus pecados. Quando no fim dos
tempos a humanidade estiver suficientemente corrompida, ela estará pronta para
receber o anticristo. Antíoco fez cessar os sacrifícios na Casa de Deus e
profanou o templo. Em 169 a. C., ele saqueou o templo e proibiu os sacrifícios
(Ap 13.5). Por ordem de Antíoco, o templo foi profanado da maneira mais vil,
indecente e imoral. O santuário de Jerusalém foi chamado de templo de júpiter
olímpico. Ele profanou o templo ainda quando colocou a própria imagem no lugar
santíssimo e mandou matar sobre o altar um porco e borrifar o sangue e o
excremento pelo santuário, obrigando os judeus a comerem a carne do porco,
dentro do templo, sob ameaça de morte. Mandou ainda edificar altares e templos
dedicados aos ídolos, sacrificando em seus altares porcos e reses imundas. O
livro de Macabeus descreve a soberba e a perversidade de Antíoco na profanação
do templo de Jerusalém: E entrou cheio de soberba no santuário, e tomou o altar
de ouro, e o candeeiro dos lumes, e todos os seus vasos, e a mesa da
propiciação, e as bacias, e os copos, e os grais de ouro, e o véu, e as coroas,
e o ornamento de ouro, que estava n a fachada do templo: e quebrou tudo [...] E
fez grande matança de homens, e falou com grande soberba. LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 106-107.]
3. A purificação do santuário
(Dn 8.14). Segundo a história, a
purificação do santuário ocorreu três anos e dois meses depois de o altar do
Senhor ter sido removido por Antíoco. Deus é bom e misericordioso. Mesmo seu
povo sendo infiel, Ele iria purificá-los e restaurá-los. [Comentário: A resposta
dada a essa pergunta (v. 14). Cristo instrui os santos anjos, pois eles são
nossos conservos. Mas aqui a resposta é dada a Daniel, pois em consideração a
ele fora feita a pergunta: Ele me disse. Deus às vezes concede notáveis favores
a todo o seu povo, em resposta às indagações e pedidos de alguns de seus
servos. Então: [1] Cristo lhe assegura que a tribulação terminará. Ela
continuará por 2.300 dias e não mais, tantas tardes e manhãs (assim está
escrito), tantos nychthemerai, tantos dias naturais calculados, como no início
do Gênesis, pelas tardes e manhãs, pois era a perda dos sacrifícios da tarde e
da manhã que eles mais lamentavam, e consideravam que o tempo passava muito
lentamente enquanto estavam despojados deles. Alguns consideram a manhã e a
tarde, nesse número, valendo por dois. E assim 2.300 tardes e manhãs
totalizariam apenas 1.150 dias. E por cerca de tantos dias o sacrifício
contínuo permaneceu interrompido. Este número se aproxima do cálculo (cap.
7.25) de um tempo, tempos e metade de um tempo. Mas é menos forçado
compreendê-los como tantos dias naturais. 2.300 dias perfazem seis anos, três
meses e cerca de dezoito dias. E foi exatamente esse tempo que eles calcularam
desde a apostasia do povo, proporcionada por Menelau, o sumo sacerdote, no 142º ano do reinado dos selêucidas, no sexto mês
daquele ano, e o 6° dia do mês (assim Josefo o data), até a purificação do
santuário e o restabelecimento da religião no meio dele, o que ocorreu no 148°
ano, no 9° mês, no 25° dia do mês (1 Mac. 4.52). Deus conta o tempo das
aflições do seu povo, pois Ele compartilha esse sofrimento. Observe uma
evidência deste fato em Apocalipse 2.10: “Tereis uma tribulação de dez dias”.
[2] O precioso Senhor lhe assegura que eles terão dias melhores, posteriormente:
“Então, o santuário será purificado”. Note que a purificação do santuário é um
sinal favorável definitivo para qualquer povo. Quando começarem a ser
corrigidos, logo serão libertados. Embora o Deus justo possa, para a punição do
seu povo, tolerar que o seu santuário seja profanado por algum tempo, mesmo
assim o Deus zeloso, para a sua própria glória, garantirá a sua purificação no
devido tempo. Cristo morreu para purificar a sua igreja, e Ele a purificará sem
qualquer pressa, para oferecê-la, a si mesmo, como uma igreja irrepreensível. HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora
CPAD. pag. 887.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco
Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel.
III. ANTÍOCO
EPIFÂNEO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO
1. Antíoco Epifânio. Por ora basta dizer que este foi um rei da dinastia
Selêucida (Babilônia e Síria) que perseguiu os judeus de Jerusalém e da Judeia.
Trata-se do rei de cara feroz descrito no versículo vinte e três. Este monarca
cometeu tantas atrocidades contra o povo de Deus, que muitos o veem como um
tipo do Anticristo. [Comentário: Antíoco IV Epífânio (do gr:
Άντίοχος Έπιφανής, "que se manifesta com esplendor") (ca. 215 - 162
a.C.) foi um rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria entre 175 e 164
a.C. Terceiro filho do rei Antíoco III Magno, e irmão de Seleuco IV, após a
derrota do seu pai pelos Romanos na Batalha de Magnésia (189 a.C.), viveu 14
anos como refém em Roma, antes de se tornar rei com o acordo do senado romano.
Entre 171 a.C. e 168 a.C., esteve envolvido na sexta Guerra da Síria contra o
Egito, na qual derrotou os reis Ptolomeu VI e Ptolomeu VIII. O seu objetivo era
cercar Alexandria, mas foi forçado a recuar por Roma. Após este episódio,
Antíoco centrou a sua atenção na Judeia, que procurou helenizar. Durante o
reinado do seu pai tinha sido concedida ampla autonomia aos judeus, que se
encontravam divididos em dois partidos, um dito "piedoso" e outro que
favorecia a helenização. Por razões financeiras, Antíoco apoiou este último partido
e permitiu ao sumo sacerdote, Jasão, a construção de um "gymnasium"
(instituição para educação de jovens de acordo com os modelos da cultura grega)
em Jerusalém. Em 172 a.C. Antíoco aceitou o suborno de Menelau, nomeando-o para
o cargo de sumo sacerdote, no lugar de Jasão. Em consequência deste ato, um
exército liderado por Jasão apoderou-se de praticamente toda a cidade de
Jerusalém em 169 a.C., matando os simpatizantes de Menelau. Em 167 a.C.
Antíoco, que regressava de uma campanha ao Egito, conquistou Jerusalém. A
cidade perdeu os seus privilégios e passou a ser permanentemente controlada por
soldados. Antíoco procurou forçar a helenização deste seu novo território,
proibindo o culto judaico. A observância do shabbat e das interdições
alimentares, bem como a circuncisão foram proibidas. No Templo de Jerusalém
seria instalada uma estátua do deus grego Zeus. O objetivo destas medidas era
criar uma uniformidade cultural entre os súbditos do seu reino. Esta situação
gerou descontentamento entre os Judeus que eram contra a helenização e que
provocaram uma revolta, na qual foram liderados pelo sacerdote Matatias e seus
filhos, os Macabeus, os quais expulsaram as tropas de Antíoco IV de Jerusalém.
Ele decidiu exterminar o povo judeu e sua religião. Chegou a proibir o culto a
Deus. Recorreu a todo tipo de torturas para forçar os judeus a renunciarem à
sua fé em Deus. Isto deu lugar à famosa Revolta dos Macabeus, uma das páginas
mais heroicas da história de Israel. Epifânio quer dizer o magnífico. Ele era
assim chamado por seus amigos. Seus inimigos o chamavam "Epifânio",
que quer dizer louco. Antíoco prefigurava o futuro Anticristo, pois no
versículo 19 está escrito: "Eis que te farei saber o que há de acontecer
no último tempo da ira; porque esta visão se refere ao tempo determinado do
fim". O futuro Anticristo deverá, pois, surgir de uma das antigas quatro
divisões do ex-império grego; certamente da divisão a que pertencia a Síria.
Sendo Antíoco, tipo e sombra do Anticristo, procederá por certo do mesmo lugar.
Talvez seja por isso que, ao ser mencionado o Anticristo em Apocalipse 13, ele
(isto é, a Besta) é primeiramente mencionado como "semelhante a
leopardo" (Ap 13.2). Ora, o leopardo é o animal que simboliza a Grécia
(7.6).]
2. A visão do anjo Gabriel (Dn
8.16). O “Gabriel” mencionado no versículo dezesseis
é um anjo que o Senhor enviou com o propósito de explicar a Daniel a visão.
Esse mesmo Gabriel também foi enviado a Zacarias e, igualmente, a Maria, para
anunciar o nascimento de Jesus (Lc 1.1-38). Como veremos, no capítulo nove ele
aparece novamente a Daniel. [Comentário: Gabriel, o mensageiro de
Deus (8.15-19). Daniel ficou profundamente assombrado com a visão que teve, mas
ele rapidamente encontrou uma resposta quando se apresentou diante dele um ser
na semelhança de homem (15) — um mensageiro especial enviado por Deus. Era
Gabriel (16) que apareceu, anunciado pela voz de homem. Acerca de margens do
Ulai, cf. comentários do versículo 2. Gabriel (hb., “Deus mostrou-se poderoso”)
é bastante conhecido nas Escrituras. Ele era o mensageiro de Deus para Daniel
(8.16; 9.21) e o mensageiro da anunciação do nascimento de João Batista, bem
como do nascimento de Jesus (Lc 1.9, 26). Ao idoso Zacarias, Gabriel explica
sua posição: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a
falar-te e dar-te estas alegres novas” (Lc 1.19). Em seu terror diante da
presença do anjo, Daniel escreve: “caí prostrado [...] Enquanto ele falava
comigo, eu, com o rosto em terra, perdi os sentidos. Então ele tocou em mim e
[...] disse: ‘Vou contar-lhe o que acontecerá depois [...] pois a visão se
refere ao tempo do fim’” (17-19, NVI). Roy E. Swim. Comentário Bíblico
Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 530-531.]
3. O tempo do fim (Dn 8.17). Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “o
fim do tempo”, neste caso é uma alusão a todo o período entre o final do exílio
e a segunda vinda de Cristo. Os governantes e impérios vistos por Daniel no
capítulo oito já não existem mais. Homens como Alexandre e Epifânio morreram e
seus impérios chegaram ao fim, pois os reinos deste mundo são efêmeros. Somente
um reino nunca terá fim — o reino do Messias: “O reino, e o domínio, e a
majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do
Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe
obedecerão” (Dn 7.27). [Comentário: Dn 8.17 “... caí sobre o
meu rosto”. Esta expressão é também repetida no versículo seguinte. A
aproximação de Gabriel fez Daniel “tombar” no chão com extremo assombro, como
acontecera com Ezequiel, o profeta do cativeiro, em suas grandes visões (Ez
1.28; 3.23; 44.4). Gabriel diz a Daniel que esta visão se cumprirá somente no
“tempo do fim”. Este “tempo do fim”, no livro de Daniel, refere-se a
septuagésima semana profética, descrita em Dn 9.2-27, com especial referência à
metade dela, na parte final, que, no Apocalipse, é chamada “A Grande
Tribulação”. No Novo Testamento, a expressão “os últimos dias”, em At 2.17; 2
Tm 3.1; Hb 1.1, é equivalente, no grego, ao “tempo do fim”, e, o sentido geral,
é mais amplo que em Daniel, pois é aplicado à época do Evangelho de Cristo, à
época do Espírito Santo em sua plenitude. E também para os “últimos dias maus”.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD.
pag. 159. O “fim do tempo", neste caso, é uma alusão a todo o
período compreendido entre o final do exílio e a segunda vinda de Cristo.
Muitos acontecimentos ocorridos sob o governo de Antioco Epifânio se repetirão
em uma escala mais ampla antes da segunda vinda de Cristo. Durante esse tempo
Deus lida com Israel de maneira radicalmente diferente, com a divina disciplina
chegando por meio das nações gentílicas. Este período é muitas vezes mencionado
como “os tempos dos gentios" (Lc 21.24). BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1106.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia,
por cometer tantas atrocidades contra o povo de Deus, Antíoco Epifânio é
considerado por muitos estudiosos um tipo do Anticristo.
CONCLUSÃO
Deus é soberano e a história do
mundo faz parte dos seus desígnios. Ele conhece toda a história, começo e fim.
O futuro do homem e do mundo está sob o olhar do Altíssimo. [Comentário: Tudo o que Deus falou cumpriu-se literalmente. O
império da Babilônia foi sucedido por três outros impérios. Foi nos dias do
império Romano que um outro Reino foi estabelecido, um reino que está sempre
crescendo e nunca terminará. Foi nos dias do Império Romano que uma Pedra, sem
origem, veio ao este mundo e seu Reino vai durar para sempre. Deus não apenas
prevê o futuro, ele tem o controle do futuro. Ninguém pode frustrar os seus
desígnios. Seu plano é eterno. Ele está com as rédeas da história nas mãos e
ele a levará a fim glorioso, a vitória triunfante do Reino de Cristo sobre os
reinos do mundo.]
“NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
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