TEXTO ÁUREO
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“E te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores
aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que
não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e
todos os teus caminhos, a ele não glorificaste” (Dn 5.23).
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VERDADE
PRÁTICA
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Se nos rebelarmos contra o Soberano e Santo Deus, Ele nos abaterá.
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HINOS
SUGERIDOS
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198,
211, 212
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE DN 5.1,2,22-30
1 - O rei Belsazar deu um grande
banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.
2 - Havendo Belsazar provado o
vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu
pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o
rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.
22 - E tu, seu filho Belsazar;
não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isso.
23 - E te levantaste contra o
Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu,
os teus grandes, as tuas mulheres e as tuas concubinas bebestes vinho neles;
além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de
madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão
está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.
24 - Então, dele foi enviada
aquela parte da mão, e escreveu-se esta escritura.
25 - Esta, pois, é a escritura
que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.
26 - Esta é a interpretação daquilo:
MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.
27 - TEQUEL: Pesado foste na
balança e foste achado em falta.
28 - PERES: Dividido foi o teu
reino e deu-se aos medos e aos persas.
29 - Então, mandou Belsazar que
vestissem Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao pescoço,
e proclamassem a respeito dele que havia de ser o terceiro dominador do reino.
30 - Naquela mesma noite, foi
morto Belsazar, rei dos caldeus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Saber a
respeito do festim profano de Belsazar.
· Compreender que
o juízo de Deus é irrevogável.
· Analisar a
sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia.
SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Impérios se levantam e também
caem, nenhum governo humano dura para sempre. Na lição de hoje mostraremos essa
realidade concretizada na ruína do império babilônico. Inicialmente
destacaremos os procedimentos humanos que levaram o império a cair, em seguida,
nos voltaremos para a soberania de Deus, que se manifesta através dos seus
decretos. Ao final, nos meditaremos sobre o perigo de ser achado em falta por
Deus, e a necessidade de um arrependimento iminente e verdadeiro.
1. A QUEDA
DE UM IMPÉRIO
Nabucodonosor reconheceu a
grandeza de Deus, e se voltou para Ele em adoração, após sua soberba ter sido
identificada. O mesmo não aconteceu com seu filho, Belsazar, que mesmo com as
advertências proféticas, continuou no caminho da desobediência. As decisões de
Belsazar, desconsiderando o testemunho do seu pai, é uma demonstração do livre
arbítrio. Conforme instrui a palavra de Deus, devemos ensinar a nossos filhos
no caminho do Senhor, mas isso não garante que eles O seguirão (Pv. 22.6). Ao
invés de se dobrar diante de Deus, Belsazar preferiu viver de acordo com seus
interesses (Dn. 5.22). A queda de um império acontece quando os filhos deixam
de trilhar os caminhos da fé de seus pais. Existem países que estão sofrendo
porque os filhos não seguem mais a fé dos seus pais. A culpa não é apenas dos
governantes, a própria igreja tem se distanciado dos padrões bíblicos. Por
causa disso a fé evangélica está deixando de ser relevante, e de atrair a
atenção da sociedade. Como Belsazar, muitos jovens estão se desviando da
Palavra de Deus, algumas igrejas também não conseguem mais falar a linguagem
dos jovens. Não devemos fazer concessões dos princípios cristãos, antes
precisamos criar meios para torna-los relevantes a esta geração. Os jovens
crentes também precisam buscar mais Deus, e não viverem regaladamente, como fez
o filho de Nabucodonosor. Esta geração hedonista está colocando o prazer como
um fim em si mesmo, a Babilônia começou a ruir em uma festa (Dn. 5.2). O falta
de uma espiritualidade genuína, pautada na Palavra, tem resultado em meros
formalismos. A cultura do entretenimento pode produzir distrações espirituais,
e comprometer o futuro da juventude.
2. DECRETADO
PELO DEDO DE DEUS
Os descalabros cometidos por
Belsazar levaram o país à destruição, sua embriaguez fez com que ele perdesse o
senso de responsabilidade. Tenhamos cuidados para não perder a lucidez, vivemos
em um mundo solapado pela ilusão. Por isso Paulo orienta os crentes de Éfeso
para não se embriagaram, antes busquem ser cheios do Espírito (Ef. 5.18).
Muitas pessoas estão perdendo muito tempo diante de coisas que distraem na vida
espiritual. O exercício da piedade precisa ser reativado na vida de muitos
cristãos (I Tm. 4.7,8). As redes sociais precisam ser utilizadas com
equilíbrio, caso contrário, poderão levar à destruição física e espiritual. O
rei Belsazar foi longe demais, decidiu profanar as coisas sagradas, mostrando
seu desrespeito pelo céu. O resultado desse pecado premeditado foi a
perturbação, muitos estão perdidos em seu rumo. Os pecados dos seres humanos, e
suas drásticas consequências, já é um juízo de Deus, na medida em que esses
tiram a paz (Dn. 5.5-9). O homem ceifa aquilo que semeia, as obras da carne
podem se transformar em tempestades, e fazer com que os cristãos percam a
intimidade com Deus (Gl. 5.17). A alegria do rei de repente se transformou em
pavor, sua arrogância foi julgada por Deus. A sabedoria de Deus confunde as
astúcias humanas, o Senhor confronta o pecado por meio da Sua palavra (Dn.
5.7,8). Daniel foi levantado por Deus como profeta, para denunciar os desmandos
do rei da Babilônia. Uma igreja profética reconhece seus limites na
participação política. O envolvimento totalmente submisso às autoridades pode
comprometer o caráter profético da igreja. Depois de receber a mensagem de
juízo de Deus, o rei Belsazar, ao invés de se arrepender, como fez seu pai,
Nabucodonosor, se voltou contra a Palavra (Dn. 5.22). Quando o pecado se aloja
no coração das pessoas, elas ficam cegas, e acabam agindo de maneira
equivocada, fundamentadas no desejo desenfreado. A palavra de Deus foi
contundente ao rei babilônico: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
3. ENCONTRADO EM FALTA
Mene significa contar, isso quer
dizer que os dias do rei estavam contados, Deus deu um basta naquele império,
por causa da sua desobediência (Dn. 5.25). Tequel significa pesar, isso quer
dizer que Deus julgou, e avaliou o império babilônico. Por fim, UFARSIM – PERES
significa romper ou dividir, assim sendo, Deus dividiria o reino da Babilônia.
Essa divisão aconteceu quando os medos e persas (Dn. 5.28) tomaram o império
babilônico. Certa noite, Dario desviou o curso do rio Eufrates e invadiu a
Babilônia. Os juízos de Deus virão sobre a humanidade, por isso todos devem
depender de Cristo. Ninguém pode ser considerado justo perante Deus, todos
pecaram e ficaram distanciados de Deus (Rm. 3.23). O salário do pecado é a
morte (Rm. 6.23), mas a dádiva de Deus é a vida eterna, através de Jesus. Todos
nós fomos achados em falta perante Deus, mas Jesus, com Seu amor infindo, nos
atraiu para o Pai (Jo. 14.6). O amor de Deus é incondicional, Ele nos atrai
para Si, basta apenas crer nEle (Jo. 3.16). O Senhor não quer que as pessoas se
percam, antes que se arrependam, e se voltem para Ele (II Pe. 3.9). Mas nem
sempre as pessoas estão dispostas a tomarem uma decisão por Cristo. Por causa
disso, muitos estão padecendo nestes dias. O juízo de Deus começa pela própria
decisão humana de viver por si mesmo. A vida de algumas pessoas tornou-se um
inferno, porque optaram por não se entregaram a Deus. Mas o inferno não é
apenas aqui, o juízo de Deus vai além, no futuro aqueles que se negaram a viver
para Cristo, comparecerão perante o Trono Branco (Ap. 20.11-15). Desse trono
muitos tentarão fugir, mas será improvável, pois o Senhor julgará com reta
justiça. Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo, mas para os
pecadores impenitentes, que agem como Belsezar, o resultado será a condenação
(Rm. 8.1). O lago de fogo está preparado para Satanás e seus anjos, e para
todos aqueles que querem fazer companhia ao Diabo (Mt. 25.21).
CONCLUSÃO
Os impérios do passado caíram
porque as pessoas se distanciaram dos padrões divinos. Esse princípio se aplica
às nações, e até mesmo às igrejas contemporâneas. Sem o temor a Deus, que é o
princípio da sabedoria, o resultado será a ruína. O julgamento divino, ainda
que seja uma doutrina impopular, é uma verdade bíblica. Deus estabeleceu um dia
no qual julgará a todos, inclusive as nações, avaliando suas ações. A igreja,
nestes tempos difíceis, deve se pautar pela Palavra de Deus, somente assim
estará livre do juízo vindouro.
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A lição desta semana mostra mais
uma vez a soberania divina. Após a morte de Nabucodonosor, em 562 a.C.,
Evil-Merodaque, o seu filho, sucedeu-o ao trono babilônico. Entretanto, dois
anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu cunhado, Neriglissar. Mas
quem assumiu o trono foi Nabonido, o genro de Nabucodonosor. Nabonido era o pai
de Belsazar, o qual se tornou corregente com o seu pai, três anos mais tarde.
Cruel, devasso e profanador do sagrado são adjetivos, ainda leves, para
qualificar a Belsazar. Foi numa noite de festa, regada a muito vinho e
prostituição, que o rei Belsazar viu o reino escapar da sua mão e teve sua
morte decretada. O reino babilônico daria lugar ao Medo-Persa, representado
pelo peito e braços de prata da estátua sonhada por Nabucodonosor. [Comentário:
Deus é soberano e escreve a história da humanidade com o próprio dedo! A
primeira metade do livro de Daniel é o registro de uma série de encontros
cruciais entre o orgulho e poder de homens insignificantes e o grande e bondoso
Deus. Este, em última análise, dirige as ações dos homens quer eles reconheçam isso,
quer não. O incidente desse quinto capítulo serve como clímax da jornada
meteórica ao longo da história do reino Babilônico. Após a morte de
Nabucodonosor, o seu filho, Evil-Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é o rei
que deu honra especial ao rei Joaquim, depois de 37 anos de exílio, ao soltá-lo
da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52.31-34; 2 Rs 25.27-30). Depois de
dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque, liderou uma revolta e o
assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das filhas de Nabucodonosor e
reivindicava um certo direito real, especialmente por meio do seu filho,
Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi morto pelos seus
amigos de confiança. Os generais e líderes políticos escolheram Nabonido, outro
genro de Nabucodonosor, um auxiliar experimentado e de confiança durante a
maior parte do seu reinado. Nitocris, filha de Nabucodonosor, deu um filho a
Nabonido. Seu nome era Belsazar. Por causa do seu sangue real, Belsazar, três
anos após a ascensão de Nabonido ao trono, foi feito co-regente com seu pai.
Ele tinha a incumbência de governar a cidade e província da Babilônia. Esse foi
o rei Belsazar descrito por Daniel, como os caracteres cuneiformes têm revelado
após décadas de confusão sobre a sua identidade, mesmo entre estudiosos
conservadores.] Convido você para mergulharmos mais fundo nas
Escrituras!
I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR
1. A zombaria de Belsazar (Dn
5.1-4). O rei Belsazar deu um grande banquete para os
maiorais do seu reino. A festa ocorreu no palácio babilônico, mas ele não
demonstrou nenhum escrúpulo com a religião alheia, o Judaísmo. Embriagado, o
rei mandou vir os utensílios sagrados do Templo de Jerusalém, trazidos como
espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor, para serem usados no banquete por
ele oferecido. Homens corruptos e prostitutas profanariam o sagrado. Uma orgia
com o que era santo! Belsazar foi longe demais, pois para satisfazer os seus
instintos baixos, frívolos e profanos, escarneceu do Deus de Israel e do seu
povo. [Comentário: Belsazar (Bel proteja o rei!) foi o último rei
da Babilônia, ainda que Belsazar tenha sido um rei para todos os propósitos
práticos, mesmo que ele não tivesse sido um rei no sentido real. As inscrições
nunca o mencionam com o um rei que estivesse governando, a lista de reis da
Babilônia, Lista de Reis de Uruk, não menciona Belsazar como rei da Babilônia,
com Ciro sendo o sucessor de Nabonido, que reinou por dezessete anos (555 - 539
a.C.). A partir de fontes babilônicas sabemos que Belsazar foi colocado no
comando dos negócios, na Babilônia, enquanto seu pai, Nabonido, o último rei da
Babilônia, passou longos períodos de tempo em Tema, na Arábia. Os
acontecimentos do capítulo 5 teve lugar em 539 a.C., Ano da queda de Babilônia
para os persas, quarenta e dois anos após a morte de Nabucodonosor em 563 a.C.
Esta grande festa oferecida por Belsazar era a maneira dos reis orientais
mostrarem sua magnificência. Neste caso, foi loucura deste déspota, já que ele
não deveria festejar quando a cidade estava sitiada e pronta para ser tomada
por Dario, o medo].
2. A insensatez e a crueldade do
autocrata Belsazar. Segundo os
historiadores, enquanto o pai de Belsazar, Nabonido, estava no campo de batalha
para defender os interesses do reino, ele, Belsazar, divertia-se com mulheres e
amigos para satisfazer as suas paixões. O festim de Belsazar era incompatível
com o período de enfraquecimento do império da Babilônia. Habituado a ter tudo
ao seu alcance, o rei não hesitava em fazer sua vontade prevalecer, tanto para matar
os seus oponentes quanto para se cercar de pessoas de sua estirpe. Belsazar era
um homem cruel! [Comentário: O rei festejava com “os
seus grandes”, pois todos supunham estarem protegidos pelas muralhas maciças da
cidade. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o curso
do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível da água, o inimigo
simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de
proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade. Uns 80 anos mais
tarde, o escritor grego, Heródoto escrevia. “Se os babilônios tivessem sido
alertados da estratégia de Ciro (Dario?) (...) teriam aferrolhado todas as
portas das ruas que passavam por sobre o rio, além de destacarem sentinelas em
ambas as margens por toda a corrente, o que faria com que o inimigo fosse
surpreendido como se tivesse caído numa armadilha (...) Devido à vastidão do
lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas haviam sido tomadas,
os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como
estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que,
finalmente tomaram conhecimento do ocorrido”. Que semelhança entre tanta gente
da atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição
social, jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde
demais. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 517.].
3. Uma festa profana. A despeito da grandeza e da opulência imperial, a
festa oferecida por Belsazar e dedicada aos maiorais do reino, era um festejo
degenerado, pois ia desde as bebedeiras às orgias com homens e mulheres. Onde a
luxúria, a riqueza e a ostentação predominam, há prazeres pervertidos e
maldades. Assim foi aquela festa dedicada aos deuses babilônicos! Havia, a
partir do palácio, uma forte influência dos demônios, o que confirma o que
disse Paulo aos crentes coríntios (1Co 10.20). [Comentário: O rei, além de se entregar à embriaguez, dá mais
um passo na direção de sua ruína. Ele manda trazer os vasos do templo para
profaná-los de forma estúpida e infame. Profanar as coisas de DEUS é um grave
pecado. Os vasos do templo foram contaminados, não só por ser posta à profano
uso, mas também por ser usada para homenagear os deuses falsos da Babilônia.
Russell Norman Champlin citando Arthur Jeffery e Gerald Kennedy, comenta o
seguinte: “Aqueles réprobos levaram muito à frente sua tola questão. Não só
profanaram precipitadamente o que era santo, mas chegaram a usar os vasos
sagrados para honrar suas falsas deidades, tornando os vasos do templo parte de
sua adoração idólatra. Foi uma apropriação vergonhosamente indébita do que
pertencia a Yahweh. Por tal ato, eles pagaram um preço altíssimo. É provável
que a festa não tenha sido religiosa, mas os babilônios misturavam
terrivelmente as questões do Estado com as questões religiosas, pelo que em
qualquer ocasião poderiam misturar a idolatria com suas atividades. “Até nos
banquetes oficiais era costumeiro oferecer libação aos deuses locais, o que era
feito com as palavras apropriadas de louvor. Esse detalhe, como é óbvio,
aumenta o crime de Belsazar” (Arthur Jeffery, in loc.). Os deuses da Babilônia
foram festivamente servidos, havendo presentes toda a espécie de riqueza
material, como ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra, algo que o autor
sagrado adicionou a fim de mostrar a extensão das transgressões idólatras dos
culpados. “A perda do sentido do sagrado é sempre um dos sinais da decadência
moral... Talvez a perda de respeito pelo que é sagrado para outros seja um
sinal inevitável de nossas traições interiores" (Gerald Kennedy,
comentando sobre como aqueles homens usavam coisas sagradas em suas orgias de
vinho)”. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3392.].
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Belsazar
não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados do Templo em sua
festa profana.
II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS
1. O dedo de Deus escreve na
parede (Dn 5.5). A resposta divina foi
imediata: Deus interferiu naquela festa escrevendo sua sentença na parede do
salão, diante dos olhos de Belsazar e de todos os seus convivas. Ali, o barulho
das taças e dos jarros de vinhos, bem como a “alegria” de outrora, cessaram. De
modo assombroso e assustador estava escrito a sentença contra o rei Belsazar e
o seu reino. Aquela visão demonstrava o fruto do desprezo do rei babilônico ao
Deus de Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral
no recinto! [Comentário: No mesmo instante daquele banquete, quando
danças sensuais, lascívia e idolatria aconteciam, Deus resolve quebrar a
arrogância de Belsazar e dos seus convivas, com suas mulheres e concubinas. A
festa de orgias e libertinagens que Belsazar promoveu com os objetos sagrados
do Templo de Jerusalém, foi surpreendida pelo juízo de Deus. De repente, no
meio da festa de ostentação e profanação no palácio babilônico, Deus interfere
naquela história e manifesta seu poder de juízo escrevendo na parede do salão
de festas, diante dos olhos de Belsazar. Ressalto que quando se atribui a Deus
mãos, pés, coração, olhos e outros órgãos físicos, próprios do ser humano,
chamamos a isso de antropomorfismo, isto é, trazer Deus à nossa compreensão.
Nesta passagem, há uma demonstração autêntica da figura de “uns dedos da mão de
homem” que aparecem escrevendo palavras de juízo contra Belsazar e o reino da
Babilônia sobre uma parede caiada, iluminada por um candelabro. O festim cessou
e todos, assustados tentam ler a escritura enigmática que tinha um caráter
misterioso e exigia que alguém a interpretasse. O mistério da mão escrevendo na
parede era confuso, porque Deus confunde os sábios do mundo, porque eles não
sabem discernir as coisas espirituais (1Co 2.14-16). O Comentário Bíblico de
Matthew Henry traz um comentário interessante do versículo 5: “O anjo Gabriel”, diz um rabino, “estava
dirigindo esses dedos e escrevendo através deles”. “A mão divina” (diz o nosso
próprio rabino, Dr. Lightfoot) “que havia escrito as duas tábuas da lei para o
seu povo, agora está escrevendo a condenação de Babel e de Belsazar sobre a
parede”. Nada havia sido enviado que pudesse assustá-los com seu barulho ou
ameaçar a sua vida. Nenhum estrondo de trovão nem clarões de raios, nenhum anjo
destruidor trazendo uma espada na mão, mas apenas um dedo escrevendo sobre a
parede, e à frente do castiçal, para que todos pudessem ver à luz das suas
velas. Note que quando lhe apraz fazer isso, a palavra escrita de Deus é
suficiente para levar o mais atrevido dos pecadores a se aterrorizar. O rei viu
apenas uma parte da mão que estava escrevendo, mas não viu a pessoa a quem essa
mão pertencia. E era isso que tornava a situação ainda mais assustadora.
Observe que aquilo que vemos de Deus, isto é, a parte da sua mão que escreve no
livro das criaturas e no livro das Escrituras (que são partes dos seus
caminhos, Jó 26.14), pode servir para nos encher de pensamentos terríveis a
respeito daquilo que não somos capazes de ver no Deus precioso. Se esse é o
dedo de Deus, por que o seu braço está estendido? E o que Ele é? HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora
CPAD. pag. 855]
2. A rainha lembrou-se do
profeta Daniel (Dn 5.6-12). A mensagem na parede
estava numa linguagem ininteligível (v.7). No primeiro momento, ninguém
compreendia o que estava escrito. Belsazar convocou todos os sábios para
decifrar o “enigma”. Entretanto, eles foram incapazes de fazê-lo. Quando ouviu
as palavras do rei e percebendo um movimento diferente no palácio, a rainha,
filha de Nabucodonosor, mãe do rei Belsazar, entrou na presença do seu filho
para saber o que acontecera. Após inteirar-se do assunto, a rainha lembrou-se
de Daniel, um homem de confiança tanto do seu pai quanto do seu marido. Ele
podia interpretar a mensagem que o rei vira. Mas Daniel não estava no palácio. [Comentário: A rainha-mãe, assim como idosos da coorte, não se misturava com as
esposas e concubinas dos reis, mas ela quebrou a regra chegando nesta solene
ocasião. Elienai Cabral afirma que seu nome era Nitocris, filha de
Nabucodonosor e mãe de Belsazar. A rainha-mãe, ao ouvir os gritos do filho,
adentrou o salão de festa onde estava o rei para saber o que estava
acontecendo. Se apresentou como pessoa de autoridade superior às das muitas
concubinas do rei. Daniel era conhecido pela corte inteira, incluindo a
rainha-mãe, que foi o instrumento para solucionar o mistério. Ao ver o
misterioso escrito sobre a parede, lembrou-se de Daniel, e orienta o rei a
mandar buscá-lo (Dn 5.13). Daniel a essa altura, já era um velho, respeitado e
se manteve ausente do palácio por mais de 20 anos, desde a morte de
Nabucodonosor. Ele era conhecido como um psíquico extraordinário, o chefe dos
sábios profissionais, a casta dos caldeus (Dn 2.48, 4.9). Nabucodonosor tivera
seus problemas solucionados por Daniel. Seja como for, Daniel era o homem de
sabedoria e compreensão que nunca errara em suas interpretações. Ele tinha a
sabedoria dada por Deus, e nenhum membro da casta dos caldeus — encantadores,
magos ou adivinhos — podia comparar-se a ele (Dn 1.20; 2.2-4,27; 4.7). Uma vez
mais, Daniel foi chamado de chefe dos “sábios” (Dn 5.12). Ele era um
especialista na interpretação de sonhos, capaz de resolver enigmas e problemas.
Portanto, que se chamasse Daniel.]
3. Daniel entra na presença de
Belsazar (Dn 5.13). Belsazar não via a
Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio.
A mãe de Belsazar, contrariamente, o conhecia e tinha certeza que Daniel era
uma pessoa diferente e o seu Deus, poderoso. Ela mesma havia testemunhado as
proezas do Deus de Israel em outras ocasiões da história daquele reino. Daniel
era um homem que não fazia concessões a sua fé. Ele entrou na presença do rei e
após lhe oferecerem presentes, o profeta rejeitou-os diante do imperador (Dn
5.17). [Comentário: Deus confronta os pecadores por intermédio de servos fiéis (Dn
5.10-17). Daniel é um homem diferente. Ele tem luz, inteligência, sabedoria e
espírito excelente, testemunhado pela própria rainha-mãe. Belsazar, por algum
motivo, não o ouviu durante os dias de sua vida, mas agora, ironicamente,
precisa ouvi-lo na hora de sua morte. Temos agora um exemplo de comportamento
para os homens de Deus quando tentados a receber subornos, Daniel é um homem
insubornável, ele não faz a obra de Deus por dinheiro, não vende seu
ministério, não busca favores dos poderosos deste mundo. Rejeitando os
presentes do rei, exerce seu ministério decifrando ao rei a mensagem. Outra vez
cito o Comentário Bíblico de Mathew Henry que comenta o seguinte: “A
apresentação de Daniel ao rei, e o pedido para que ele lesse e explicasse as
palavras escritas na parede. Daniel já havia sido levado à presença do rei
anteriormente (v. 13). Porém, nessa ocasião, ele tinha quase noventa anos de
idade, de modo que seus anos, e as suas honras e promoções anteriores o
habilitavam a ter livre acesso à presença do rei. No entanto ele desejava ser
conduzido pelo mestre de cerimônias como se fosse um estranho. Observe: 1. O
rei perguntou, mostrando um ar de arrogância: “És tu aquele Daniel, dos cativos
de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?” Como Daniel era judeu, e um
cativo, o rei relutava, pois não queria ser obrigado a recebê-lo, e desejava
que tudo isso pudesse ser evitado.” HENRY. Matthew. Comentário Matthew
Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 857.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O juízo
de Deus contra o profano rei Belsazar era irrevogável e se cumpriu naquela
mesma noite.
III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE
BABILÔNIA (5.22-28)
1. Os sábios não decifraram as
palavras escritas na parede (5.15). A
mensagem era curta e objetiva, mas as palavras eram desconhecidas dos sábios do
palácio e eles não puderam decifrá-la. Por isso Daniel é chamado, não pelo rei
Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para desvendar-lhe o mistério. O
profeta Daniel tinha o Espírito Santo em sua vida, por isso, Deus o revelou o
significado daquelas palavras (Dn 5.10-12). [Comentário: Deus
confunde os sábios do mundo com Seus mistérios (Dn 5.7,8). O rei busca uma
explicação para a misteriosa aparição nos sábios da Babilônia. Mas eles são
impotentes. Eles não podem discernir as coisas espirituais. A sabedoria humana
não pode ajudar um homem aflito, em rebelião contra Deus. O rei declara a
incapacidade daqueles sábios diante daquele mistério. Pois aquilo que a mão
misteriosa escrevera não se achava inserido em nenhum código deste mundo. As
coisas espirituais são para os espirituais, “O segredo do Senhor é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu
concerto” (SI 25.14). Sabendo que os seus magos e astrólogos nada podiam
fazer, reconheceu que Daniel era servo de um Deus muito mais poderoso que todos
os deuses da Babilônia. Sem dúvida alguma, a tragédia de Belsazar e da
Babilônia foi a oportunidade que Deus tinha para que seu servo Daniel fosse
reconhecido e voltasse a ter a primazia dentro do palácio.]
2. As quatro palavras
“misteriosas” (Dn 5.25). As palavras escritas na
parede não foram interpretadas pelos sábios do império. Estes não achavam o
sentido delas. Porém, sem medo e seguro, Daniel as interpretou. As duas
primeiras palavras estavam repetidas — MENE, MENE — e significavam “contar ou
contado”. A palavra TEQUEL tinha o sentido de “pesado”. A última palavra,
PARSIM, significava “dividido” (Dn 5.25). Para interpretar a mensagem Daniel
usou o termo “PERES”, palavra correlata de PARSIM. O sentido daquela é o mesmo
desta. Então, dos versículos 26 ao 28, o profeta explicou cada uma das palavras:
“Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.
TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o
teu reino e deu-se aos medos e aos persas”. [Comentário: Hernandes Dias Lopes citando Osvaldo
Litz, diz que essas três palavras fundamentalmente significam número, peso,
divisão. O Reino de Belsazar foi contado, pesado, dividido e dado aos medos e
persas. MENE, MENE trata de uma repetição de ênfase. Leupold observa, porém,
que Mene significa tanto “contar” como fixar o limite de algo”. De modo que a
repetição sugere que Deus havia fixado o limite do reino de Belsazar. Evis
Carballosa diz que essa expressão significa que Deus havia contado o reino de
Belsazar e lhe havia posto um fim. Os dias de Belsazar estavam contados. Deus
decidiu trazer o fim de seu reino. O período de seu governo havia terminado.
Durante todos aqueles anos, Deus lhe deu oportunidades, mas ele se recusou.
Agora Deus diz: “Basta! Acabou!” (v. 26). Deus o pesou na balança e o achou em falta
(Dn 5.27). TEQUEL: Carballosa diz que tekel procede do verbo “teqal”, que
significa “pesar” e também “ser leve ou falto de peso”. Deus pesou cada ato de
sua vida. Ele tomou notas das oportunidades que Belsazar rejeitara desde sua
juventude. Anotou todos os convites que ele desprezara. Deus escreveu,
portanto, na parede seu epitáfio. Seus pecados ocultos e conhecidos, suas
desordens e bebedeiras, sua rejeição às coisas santas e resistência; às coisas
espirituais foram todos pesados na balança de Deus. O Senhor pesou seu orgulho
e sua soberba. Tudo foi pesado na balança. Deus ponderou sua vida do princípio
ao fim e o achou em falta! Uma vez que Deus não julga imediatamente, os ímpios
concluem que não o fará de modo algum. Contudo, Ele pesa em sua balança toda
zombaria e afronta. Nada é esquecido. Ele registra todos os convites para vir a
Cristo que foram rejeitados. Anota cada desprezo a Sua ordem de arrependimento.
Deus tem cada ação do homem gravada no céu. Deus registra tudo. Deus dividiu
seu reino e o destruiu (Dn 5.28-31). UFARSIM - PERES: peres, derivado do verbo
“peras” significa “romper”, “dividir”. O Reino de Belsazar foi dividido. Seu
reino seria dividido e destruído. Isso aconteceu pelo poder dos medos e dos
persas. O mesmo Deus que dera o reino a Nabucodonozor (v. 18), agora o dará aos
medos e aos persas (v. 28). E não foi somente aquele reino que Belsazar perdeu,
ele perdeu também o Reino de Deus. O rei atravessou a linha divisória da
paciência de Deus. Tudo que o espera agora é “uma expectação terrível de juízo,
e um ardor de fogo que há de devorar os adversários” (Hb 10.27). Naquela mesma
noite, enquanto Belsazar e seus convidados promoviam o carnaval da morte, o rei
Dario (Ciro?) desviou o curso do rio Eufrates, que corria pelo centro da cidade,
e entrou, com suas tropas, a pé enxuto na cidade. Assim, invadiram a
inexpugnável cidade, mataram o rei Belsazar e tomaram a Babilônia. Xenofonte e
Heródoto narram a queda da Babilônia assim: “Dario (Ciro?) desviou o Eufrates
para o novo canal e, guiado por dois desertores, marchou pelo leito seco rumo à
cidade, enquanto os babilônios farreavam numa festa a seus deuses”. Belsazar
não aproveitou sua última oportunidade. No momento em que Deus fez sua chamada
final ele estava bêbado. Ai dos que deixam passar as oportunidades. Naquela
mesma noite, Belsazar morreu e chegou ao fim um reino que durante setenta anos
havia dominado a maior parte do mundo conhecido. Não sabemos quando Deus dirá a
alguém: “Mais um pecado, e será o último”. Contudo, a escrita na parede se
aplicará a você. Certamente, você será chamado de louco, pois o arrependimento
estará fora de seu alcance para sempre! A ordem de Deus para você é: “Buscai ao
Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o
seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos; volte-se ao Senhor, que se
compadecerá dele; e para o nosso Deus, porque é generoso em perdoar” (Is
55.6,7). LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora
Hagnos. pag. 75-78.]
3. O fim repentino do império
babilônico (vv.30,31). Naquela noite fatídica
Deus demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra. Ele é o Todo-Poderoso e
tem o cetro do governo do mundo em suas mãos. Nada escapa aos seus olhos. Tão
logo foi dada a interpretação da mensagem e as honrarias feitas a Daniel para
ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi morto e o exército de Dario
entrou na cidade da Babilônia. Os medos e os persas passariam a reinar no lugar
do império da Babilônia. No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que
não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo,
soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou
como santo. Não sejamos profanos. Santifiquemo-nos a Deus com as nossas vidas. [Comentário:
O Comentário Bíblico Beacon resume assim o fim repentino da Babilônia:
“Mal haviam acabado de colocar os adornos de honra em Daniel, quando os
soldados de Gobrias e Ciro (Dario?) invadiram o palácio com gritos de guerra. A
tradição diz que os engenheiros de Ciro (Dario?) desviaram o rio e entraram na
cidade pelo canal seco. Mas evidências mais sólidas parecem indicar que
insurretos de dentro da cidade abriram as portas e deixaram o exército persa
entrar. A cidade caiu com pouco derramamento de sangue, além de Belsazar.
Quando o exército do rei Nabonido foi completamente derrotado, Ciro (Dario?)
deu a ele uma residência permanente em Carmânia, uma província não muito
distante, onde viveu o restante dos seus dias. Mas em relação a Belsazar, filho
de Nabonido, quão pateticamente fútil foi a oração do pai registrada em um
enorme rolo com caracteres cuneiformes encontrado no zigurate em Ur! Endereçado
a Sin, o Deus-Lua, lê-se o seguinte: “Quanto a mim, Nabonido, o rei da
Babilônia, o venerador da sua grande divindade, que eu possa ser satisfeito com
a plenitude da vida, e quanto a Belsazar, o primeiro filho dos meus lombos,
alongue os seus dias; não permita que se volte para o pecado”. Roy E.
Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 537.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Deus é o justo juiz, Ele não aceita escárnio ou
zombaria de homem algum.
CONCLUSÃO
A opulência da Babilônia, a
crueldade de Belsazar e as orgias do reino tipificam uma vida tremendamente fechada
em si mesma. A intervenção de Deus em meio aquela festa profana demonstra que
Ele não admite a soberba e o egoísmo. O Pai Celestial, em Jesus Cristo, julgará
a todos os que se mostram soberbos e arrogantes. A queda do império babilônico
é uma lição para todos nós. Um dia, quando da segunda vinda gloriosa de Jesus,
todos os povos serão julgados pelo nosso Senhor.
[Comentário: Belsazar tinha razões suficientes para tremer
diante daquele julgamento divino, acabara de cair nas mãos do Rei dos terrores
(v. 30). Enquanto o seu coração se alegrava com o vinho e o festim, os
medo-persas silenciosamente invadiam a cidade e se dirigiam ao palácio onde
encontraram o rei e o feriram de morte. Onde ele poderia se esconder? Que lugar
poderia ser tão secreto para o ocultar, ou tão forte para protegê-lo? A morte
chega como uma cilada àqueles cujo coração está sobrecarregado de intemperança
e embriaguez. Da cabeça de ouro descemos agora para o peito e os braços de
prata com Dario, o medo, assumindo o reino. Lawrence O Richards escreve o
seguinte: “O rei festejava com 'os seus grandes', pois todos supunham estarem
protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças
persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do
nível de água, o inimigo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio,
por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da
cidade. Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas
periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o
que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram
dançando e se divertindo até que, finalmente tomaram conhecimento do ocorrido.
Que semelhança entre tanta gente da atualidade, que se sente segura por trás
dos muros da riqueza ou da posição social, jamais imaginando que a ruína está
tão perto, até que seja tarde demais" RICHARDS, Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia: Uma análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.517. Como são
profundos os desígnios de Deus a respeito do seu povo, e como são bondosos os
seus planos para conosco.]
“NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
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