domingo, 11 de abril de 2021

REFLEXÕES SOBRE O TRIBUNAL DE CRISTO

Todos os crentes comparecerão perante o Tribunal de Cristo, 2 Co 5.10. Lá, os crentes não entrarão em juízo para condenação, senão apenas para recompensa, Jo 5.24. Já fomos julgados na cruz de Cristo. No Tribunal de Cristo, serão julgadas as nossas obras, 1 Co 3. Como o próprio nome o indica, o Juiz desse Tribunal será o Senhor Jesus, Jo 5.22; Is 33,22. Nada ficará encoberto naquele dia, Hb 4,13. Ao mesmo tempo em que haverá recompensa para os servos fiéis e operosos, deverá haver vergonha para os servos negligentes, Mt 25.21; 1 Co 3.12-14; Rm 2.10; 1 Co 3.15. Ao pensarmos no Tribunal de Cristo, devemos pensar no fato de que somos despenseiros da multiforme graça de Deus, 1 Pe 4.7-10.

Mais de mil anos depois do Tribunal de Cristo é que se dará o Grande Trono Branco, Jo 5.29; Ap 20.12. Neste juízo final, os filhos de Deus não entrarão, porque será para aqueles que não estão inscritos no Livro da vida do Cordeiro. A palavra grega usada para o Tribunal de Cristo pelo apóstolo Paulo é bema. A palavra bema descreve uma plataforma ou pódio onde se colocava um assento para um oficial.

O Tribunal de Cristo será o julgamento dos filhos de Deus. Não será para a vida eterna, mas para a herança. É por isso que o Espírito de Deus tem nos ensinado a ajuntarmos tesouros no céu, a fazermos as obras para Deus e não para serem vistas pelos homens.

Ao pensarmos no O Tribunal de Cristo, pensamos em Mt 6.1 e também em Mt 25.20,21.

Todo o sermão do Monte fala de recompensa. Essa recompensa é o galardão, o prêmio, a coroa que será dada pelo justo Juiz, naquele Dia, aos vencedores.

O Tribunal de Cristo deverá preceder a faustosa cerimônia das bodas do Cordeiro, Ap 19.9. Após as bodas do Cordeiro, a Bíblia fala do Senhor Jesus Cristo saindo do céu e os Seus com Ele, v. 14. Essa será Sua vinda à terra, quando Ele há de derrotar os exércitos do mundo, lançar a besta e o falso profeta no lago de fogo, prender Satanás e estabelecer, aqui na terra, o Seu Reino milenar.

O Tribunal de Cristo deverá ser uma sequência do dia de Cristo, ou a parousia, 1 Co 1.8; 2 Co 1.14; Fp 2.16; 1 Ts 2.19; 3.13. Assim, o tribunal de Cristo tem o seu lugar entre o arrebatamento e a manifestação de Cristo com os Seus. O Tribunal de Cristo será o momento da prestação de contas pessoal sobre como temos tratado nossos irmãos, Rm 14.12,13. Nessa ocasião, seremos recompensados ou reprovados pelo nosso ministério. Ali, serão testados todas as nossas verdadeiras motivações, 1 Co 3.13; 4.5, bem como será avaliado o nosso caráter, 2 Co 5.10.

No Tribunal de Cristo, o que vai contar não será a quantidade de trabalho que realizamos, mas, sobretudo, a qualidade dele. Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor, 1 Co 4.5. Os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, Dn 12.3. Que Deus nos mantenha preparados para o Dia do Tribunal de Cristo. 


GOMES, Geziel. Bíblia para Pregadores e Líderes. São Paulo: Central Gospel, 2017, p. 1579.


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