SUBSÍDIO I
A história da rainha Ester é uma
das mais belas histórias do livramento de Deus para com a nação de Israel. Uma
exilada judia que viveu no período do reinado de Assuero, o Xerxes, 486-465
a.C., na Pérsia. Seu nome, Ester, era gentílico, derivado do persa stara, que
significa “estrela”, e tinha a ver com o paganismo babilônico (pois o nome
Ishtar também deriva Ester, de uma deusa babilônica). Entretanto, o nome de
origem da jovem judia era o hebraico Hadassa, que significa "murta".
Orfã desde muito cedo, Hadassa foi criada por seu primo Mardoqueu ela era filha
do tio de Mardoqueu cf. Et 2.7) A jovem era bela de aparência e formosa à
vista. Por isso foi contada entre as virgens do rei e levada a reinar no lugar
de Vasti, a antiga rainha que perdera o trono. Assim, Hadassa foi escolhida por
Assuero como a nova rainha do palácio de Susã. Era agora a rainha Ester.
Embora num primeiro momento a
rainha temesse e se mostrasse apática, sendo preciso Mardoqueu lhe chamar a
atenção para a gravidade dos acontecimentos: “Não imagines, em teu ânimo, que
escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus. Porque, se de
todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os
judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo
como este chegaste a este reino?” (Et 4.13-14); posteriormente, a rainha se
mostrou absolutamente decidida e focada em proteger e a interceder pelo seu
povo (4.15-17) A jovem rainha, ao longo do reinado, mostrara-se uma mulher
sábia, corajosa e leal ao seu povo. Ela ficou no centro de uma conspiração
covarde para aniquilar o seu próprio povo. A rainha Ester arriscou a própria
vida entrando na presença do rei, revelando que era judia e suplicando que o
rei Assuero fizesse um novo decreto, cancelado o de Hamã e dando o direito aos
judeus de se defenderem no reino da Pérsia. Assim, Deus livrou o seu povo de
ser aniquilado numa época distante. Tudo isso foi pensado e colocado
estrategicamente em pauta por intermédio de jejum, oração e ação diante de
Deus. No momento mais angustioso da história do povo judeu, a nação se voltou
ao Pai por meio de jejuns e muitas súplicas. Deus deu o livramento ao seu povo!
Portanto, nos momentos de crises e de muitas tribulações devemos nos inclinar
aos pés do Senhor com jejuns, orações e ação sob a orientação do Espírito
Santo. Deus nos dará o escape!
Fonte: Revista Ensinador
Cristão, Ano 17 - nº 68 – out./nov./dez. de 2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
O Deus de Israel se revela como Aquele que socorre,
Ele não deixa Seu povo à deriva (Sl. 46.1). Na aula de hoje, estudaremos a
respeito da providência divina diante da adversidade. Nos voltaremos para a
atuação da rainha Ester, como escolhida de Deus, para livrar os judeus da
exterminação. Aprenderemos que podemos continuar confiando no Senhor, que
sempre tem um plano maravilhoso, a fim de preservar o Seu povo, consumado
através de Cristo.
1. ESTER, A
RAINHA ESCOLHIDA
Assuero é o nome hebraico, de Xerxes, filho de
Dario I, neto de Ciro, o Grande. Como era costume, gostava de oferecer
banquetes, e ostentar seus pertences para os subalternos. Depois de se exceder
no vinho, o rei decidiu que a rainha Vasti deveria exibir sua beleza aos
convidados. Essa, porém, se opôs à vontade do monarca, que “se enfureceu e se
inflamou de ira” (Et. 1.10-12). Com o ego ferido, e preocupado com a decisão da
rainha, o rei decide, juntamente com os seus sábios, substituí-la. Após algum
tempo, a escolhida foi Ester, prima e filha adotiva de Mordacai. Seu nome persa
significa “estrela”, seu nome hebraico, Hadassa, que quer dizer “murta”. Muito
embora ela fosse judia, e de certo modo, houvesse proibição para aquele tipo de
casamento, Deus o permitiu, a fim de preservar o Seu povo. Além disso, ela não
teria como se opor a um monarca da estirpe de Assuero, sem que antes fosse
condenada à morte. O rei escolheu Ester, e ela foi nomeada a nova rainha do
império. Mordacai, o primo de Ester, a acompanhava de perto, ciente do
propósito divino em tudo aquilo que estava acontecendo. O processo de escolha
de Ester nos faz refletir sobre a soberania e providência divina. Deus tem seu
propósito, e como bem expressa Paulo, tudo coopera para o bem daqueles que amam
a Deus, e são chamados segundo os seus desígnios (Rm. 8.28). O Senhor trabalha
apesar das circunstâncias, muitas vezes não conhecemos seus caminhos
misteriosos.
2. O POVO DE
DEUS DIANTE DA ADVERSIDADE
Por aquele tempo o rei decidiu nomear Hamã como seu
primeiro ministro, ainda que o real merecedor fosse Mordacai, que havia salvado
a vida do rei. Mas na política, como se sabe, a justiça nem sempre prevalece, e
às vezes, os reconhecidos são os que menos merecem. Para conseguir tal cargo, é
provável que Hamã tenha se utilizado do artifício da bajulação. Esse era um
homem obcecado pelo poder, e que não media esforço para alcançar seus
objetivos, o principal deles era destruir o povo de Deus. Às vezes, as pessoas
erradas ocupam cargos que deveriam ser destinados às pessoas certas. Por causa
disso existe tanta opressão, e os pobres costumam ser os mais prejudicados. Há
pessoas que esperam apenas ocupar uma posição de destaque, para manifestar quem
realmente são. A doença megalomaníaca de Hamã fez com que ele desejasse ser o
próprio Deus. Ele exigiu adoração dos seus súditos, mas não esperava ser
contrariado por Mordacai. Por causa da objeção desse homem de Deus de adorá-lo,
Hamã escolheu um dia para que o povo de Deus fosse dizimado (Et. 3.7). Ele
detestava os judeus, e justificou perante o rei que eles deveriam ser
destruídos, por causa das suas leis, que não se coadunavam com as dos persas
(Et. 3.8). Após pedir a permissão do rei para perseguir o povo, recorrendo à
influência política, se utilizou da estratégia da propaganda, para espalhar a
notícia de que os judeus deveriam ser mortos. É interessante observar como isso
se repete, os governantes se utilizam dos meios políticos para perseguir os
justos, e fazem uso da propaganda para justificar suas atitudes.
3. O SOCORRO
DE DEUS
Mas Deus não abandona o Seu povo, Ele é socorro bem
presente na angústia (Sl. 46.1). Justamente para esse propósito Ester foi
escolhida como rainha, a fim de ser instrumento para a salvação dos judeus. Mas
Ester precisava atentar para esse desígnio, ela deveria saber o motivo da sua
ascensão social. Há pessoas que pensam que ocupam determinadas posições apenas
para elas mesmas, diferentemente do que constatou José, após ser preservado no
Egito (Gn. 50.20). A ocupação dos cargos públicos deveria ter como propósito
fundamental a melhoria das vidas das pessoas, sobretudo das mais pobres. Ester
precisou ser lembrada por Mordacai a respeito do intento de Deus ao permitir
que ela fosse escolhida rainha. E ela agiu na hora certa, mas não sem sacrificar-se,
e correr risco de morrer. Enquanto a rainha entrou a presença do rei, a fim de
interceder pelo seu povo, os judeus jejuavam e oravam (Et. 4.3). O nome de Deus
não é citado no livro de Ester, mas podemos perceber Sua mão direcionando as
situações, a fim de salvar os judeus. O socorro de Deus pode chegar desse modo,
através de pessoas que ele levanta para ajudar os necessitados. A
intervenção da rainha foi exitosa, e o povo teve a oportunidade de se defender,
a fim de que não viesse a perecer. Hamã foi desmascarado diante do rei, e todos
perceberam seus intentos maquiavélicos. Os planos de Deus sempre prevalecem,
ainda que não compreendemos sua maneira de trabalhar. Tudo cooperou para que o
nome do Deus de Israel fosse glorificado.
CONCLUSÃO
A preservação do povo judeu fazia parte de um plano
maior, o cumprimento da promessa de que o Messias viria daquela linhagem. É
importante não perder Deus de foco, e deixar que Ele intervenha em nossa
história. Não compreendemos, na maioria das vezes, a atuação silenciosa do
Senhor. Mas podemos descansar seguros, convictos de que Ele está no comando das
situações. A esse respeito lembramos a declaração de Jesus: “o que faço agora,
compreenderás depois” (Jo. 13.7).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
O nome de Deus não
aparece no livro de Ester, porém o Senhor está presente em todas as
circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos que a história de
Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência divina. Na lição
de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem. [Comentário: Curiosamente o livro de Ester distingue-se como o único
livro na Bíblia que não cita, nenhuma vez, o nome de Deus. Mesmo sem citar o
nome do Senhor, o livro demonstra a fé dos seus servos, principalmente de
Mordecai. Em um momento crítico na história, ele procurou persuadir Ester a
arriscar sua vida para salvar seu povo. A finalidade do Livro de Ester é
mostrar a providência de Deus, especialmente no que diz respeito ao seu povo
escolhido, Israel. A mão de Deus é evidente na medida em que o que parece ser
uma situação ruim é na verdade algo que está sob o controle total do Deus
Todo-Poderoso que, em última instância, tem o bem do povo como Seu objetivo. O
Livro de Ester explica a origem da Festa de Purim e a obrigação de sua
observação permanente. Esse Livro era lido durante essa festa para comemorar a
grande libertação da nação judaica causada por Deus através de Ester. Os judeus
ainda hoje lêem Ester durante Purim.] Dito
isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. A PROVIDÊNCIA DE DEUS
1. A providência divina na
história de Ester. A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo
"pro" significa "antes" ou "antecipadamente". O
sufixo videntia deriva de videre que significa "ver". Logo, ao
tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo
antecipadamente. Deus estava ciente de todos os incidentes ocorridos no Império
Persa. O Senhor estaria colocando uma jovem judia no palácio de Assuero para
que mais tarde seu povo fosse salvo da destruição. Tal verdade nos mostra que
os pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Deus está no
controle de todas as coisas. Nada em nossa vida acontece por acaso. [Comentário: A melhor definição para providência divina é esta encontrada
na Wikipédia: “Divina
Providência, ou simplesmente Providência, é um termo teológico que se refere ao
poder supremo, superintendência, ou agência de Deus sobre eventos na vidas das
pessoas por toda a história. É a influência de Deus no futuro, onde ele decide
o que irá acontecer no futuro e que nada acontece sem que Deus permita”https://pt.wikipedia.org/wiki/Divina_Provid%C3%AAncia. Não é o fato de que Deus faz e vê tudo antecipadamente. É
o meio pelo qual Deus governa todas as coisas no universo. A doutrina da
providência divina afirma que Deus tem controle completo de todas as coisas.
Isso inclui o universo como um todo (Sl 103.19), o mundo físico (Mt 5.45), as
transações das nações (Sl 66.7), nascimento e destino humanos (Gl 1.15),
sucessos e fracassos humanos (Lc 1.52), e a proteção do seu povo (Sl 4.8). Essa
doutrina se mantém em direto contraste à idéia de que o universo é governado
por sorte ou acaso. Em Ester Deus não é citado mas o tempo todo Sua presença,
Sua providência e Seus planos eternos estão em evidência. A providência divina
vista nos pequenos detalhes revela um Deus que controla a história. Deus está
ali de maneira muito direta, e assim também em nossas vidas.]
2. A festa do rei. Assuero era vaidoso, e, querendo ostentar sua glória, poder e riqueza a
todos os súditos do império, decidiu fazer um grande banquete, que durou muitos
dias, onde os convidados podiam comer e beber à vontade. Cento e vinte e sete
províncias estavam representadas nesta festa. Assuero bebeu muito e, já
dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da rainha Vasti para os
convidados. [Comentário: A história nos conta que o rei medo-persa Assuero, ou Xerxes
(Assuero significa "rei venerável" não sendo um nome, mas um título),
por cento e oitenta dias planejou a invasão da Grécia pelo seu exército. Não
sei o quanto de vaidade e ostentação cabe aqui (os reis persas gostavam de
exibir a sua riqueza, e até usavam pedras preciosas em suas barbas), mas o que
levou Assuero a regalar-se numa festa foi sua felicidade pelo êxito de seu
exército, e impressionado consigo mesmo, ao cabo destes dias, dá uma festa de
sete dias, de magnitude ímpar, para celebrar seus planos. No último dia da
festa, ele decide chamar sua esposa, por nome Vasti, para mostrar a todos a sua
formosura. Ela, porém se recusa a ir, e a ira de Assuero se ascende, e ele
decide depor sua esposa do status de rainha.]
3. A destituição da rainha. Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Não podemos
nos esquecer que todos, ali, estavam bêbados. Aquele não era o ambiente para
uma rainha. Então, ela contrariou a ordem do rei; defendeu a sua posição, mas
pagou caro por isso. [Comentário: Qual foi a causa da recusa pela rainha? Vastí era muito
formosa e Assuero não pensou com suficiente cuidado sobre as repercussões que
tal exibição teria, nem como isso seria humilhante para a rainha. As mulheres
costumavam se cobrir bem, como ainda fazem na maioria dos países do Oriente
Médio, e a rainha perderia a sua dignidade se fosse apresentada como um objeto
atraente aos olhos do público. Sem dúvida a ordem dada por Assuero aos eunucos
para trazerem Vasti foi devido ao enfraquecimento da sua razão e domínio
próprio pelo álcool. A rainha teve que optar entre desobedecer às convenções e
humilhar-se diante dos convidados do rei, ou manter a sua dignidade e
arriscar-se ao desagrado do rei. Alguns sugerem que Vasti se encontrava também
visivelmente grávida com seu filho Artaxerxes naquela época, pois ele nasceu
pouco depois, naquele mesmo ano, 483 a.C. R David Jones diz que “Vasti foi
afastada da presença do rei e destituída do seu poder como rainha. Segundo
documentos gregos da antigüidade, que chamam Vasti de Amestris, provavelmente o
equivalente do seu nome em grego, ela foi deposta em 484/483 a.C., mas aparece
outra vez como a rainha mãe durante o reinado do filho Artaxerxes, que sucedeu
a Xerxes. Se isso realmente aconteceu, é provável que ela tenha voltado a ter a
influência que tinha depois da morte de Ester, quando seu filho estava no
trono. Mas é a história profana, que não tem a mesma garantia de veracidade que
tem a Bíblia”.http://www.bible-facts.info/comentarios/vt/ester/ARevoltadaRainhaVasti.htm]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Rebeldia de Vasti (Et
1.10-22)
“A recusa de Vasti em obedecer as ordens de Xerxes
foi vista como um precedente para as mulheres de todo o império. Xerxes
divorciou-se de Vasti e emitiu um decreto; as mulheres deveriam obedecer a seus
maridos. O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no
Oriente Médio. O marido governa a casa. Somente ele tem o direito de iniciar ou
dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o
divórcio acontece, ele os mantêm. O desafio de Vasti a Xerxes foi assim uma ameaça
à ordem social estabelecida" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 324).
II. ESTER NO PALÁCIO DE ASSUERO
1. A busca de uma jovem para o
lugar de Vasti. Passado algum tempo da destituição de Vasti, alguns servos
de Assuero sugeriram que ele buscasse moças virgens e formosas para que uma
delas substituísse Vasti. Comissários de todas as províncias trouxeram
candidatas ao palácio de Susã. As jovens ficaram aos cuidados do eunuco Hegai,
que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas ao palácio estava uma
judia de nome Ester. Essa jovem logo ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et
2.9). Ester não estava somente participando de um concurso. O Senhor estava
direcionando seus passos, ali no palácio, para algo grande. Ela fazia parte do
desígnio de Deus para ajudar o seu povo. Mas talvez não imaginasse isso. Deus
tem um plano em sua vida. Ainda que você não consiga compreendê-lo
inteiramente, confie no Senhor! [Comentário: Depois de um longo discurso Memucã, um nobre próximo ao rei,
deu seu conselho: “Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito real, e
escreva-se nas leis dos persas e dos medos, e não se revogue, a saber: que
Vasti não entre mais na presença do rei Assuero, e o rei dê o reino dela a
outra que seja melhor do que ela.” (Et 1.19). Observe que o conselho não se
resumia a destituir Vasti da posição de rainha, mas que seu reino fosse dado a
outra melhor do que ela. Passados quatro anos, depois de sua derrota militar
para a Grécia, Assuero decide escolher uma esposa para ser sua rainha. Convoca
as moças mais belas de todo o seu reino e escolheria dentre elas a que mais lhe
agradasse. Dentre milhões de mulheres de seu império, ele, de forma única e
peculiar, escolhe uma judia órfã, por nome Hadassa (hebreu) que recebe o nome
persa de Ester, que significa “Estrela”. Ela é coroada rainha de todo o império
pela divina providência.]
2. Mardoqueu e Ester. Ester não chegaria ao palácio sem a ajuda de Mardoqueu, seu primo.
Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava entre os cativos judeus que
serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu era um homem de fé e de
profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o sonho de libertação do seu
povo e sabia que isto não aconteceria sem uma interferência de Deus. Era um
homem que não recuava em seus propósitos ainda que isso lhe custasse a vida (Et
4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à Ester, cujos valores morais e
espirituais serviram para torná-la um instrumento de Deus na salvação dos
judeus. [Comentário: Mardoqueu ou Mordecai (seu nome é derivado da palavra
Marduque, nome do deus da cidade da Babilônia). Mardoqueu era um dos judeus que
tinham sido exilados pelo rei da Babilônia. Ele morava em Susã, a capital do
império persa (que tinha conquistado o império babilônico). Sua prima Ester era
órfã, por isso ele cuidou dela como se fosse sua filha. Ele a educou com muito
amor, ensinando-a a amar o seu povo, o povo judeu. Sabe-se que um dia ele
presenciou dois copeiros tramando a morte do rei Xerxes, imediatamente o mesmo
comunica ao rei o que ouvira. Xerxes então prende os rebelados e como forma de
gratidão, o nome de Mardoqueu é escrito no livro das crônicas do rei. Agora
Xerxes tinha uma dívida de gratidão para com Mardoqueu. O rei resolve exaltar
um príncipe para governar sobre o povo, este príncipe era Hamã. Este faz baixar
um decreto exigindo que todo o povo se prostrasse diante dele. Mas Mardoqueu,
por ser servo do Deus vivo, no ensinará algo grandioso. O plano de Deus para a
vida de Ester já estava dando os primeiros passos. A cada dia, o Senhor cuidava
dela, preparando o seu coração, a sua mente e cada detalhe de sua vida. Ela
jamais poderia imaginar que, um dia, seria a rainha daquela terra onde ela e o
povo judeu eram exilados.]
3. Ester é escolhida para o
lugar de Vasti. Chegou a vez de Ester apresentar-se diante do rei. Ela
superou todas as moças que até então haviam sido apresentadas, pois achou graça
diante do rei. Com certeza era bela, mas foi o Senhor que fez o coração do rei
se inclinar para ela. Mardoqueu orientou Ester para que ela não contasse a
ninguém que era judia. [Comentário: As candidatas ao harém real ficavam numa casa perto do
palácio e passavam por rituais de purificação e beleza que durava um ano. Uma a
uma elas eram levadas para a casa do rei e passavam a noite com ele, se ele não
se agradasse da candidata, na manhã seguinte a jovem era devolvida ao harém
real. Ester era belíssima por dentro e por fora e logo conquistou a simpatia do
chefe do harém real. Quando chegou a vez de Ester, de pronto Assuero amou-a
mais do que todas as outras e fez dela sua rainha. O rei deu um grande banquete
a todos os seus príncipes e servos, foi o banquete de Ester e o casamento do
rei promoveu paz em todas as províncias e o rei deu generosos presentes ao
povo.]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A Rainha
“O rei persa nomeando Ester como rainha, ilustra
como Deus pode mudar o coração dos ímpios para que eles cumpram seus propósitos
(cf. Pv 21.1). Ester tinha agora condições de ajudar o seu próprio povo, o que
se tornou necessário cinco anos mais tarde. Deus usou as decisões espontâneas
das pessoas envolvidas, para proteger o seu povo (Et 4.4).
Embora Ester tivesse sido escolhida e coroada rainha
do grande império persa, não se orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua
posição social e do poder que acabara de receber. Não desprezava os conselhos
de seu tio, de condição humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo
contrário, manifestava um espírito de mansidão, humildade e submissão após
tornar-se rainha, como sempre fizera antes" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 758).
III. A CRISE CHEGA PARA O POVO DE DEUS
1. A trama de Hamã. Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo
homem mais importante do reino. Hamã era mau e enchia-se de ódio quando
Mardoqueu não se inclinava perante ele. Por isso, traçou um plano para destruir
todos os judeu. Ele persuadiu Assuero a fazer um decreto, ordenando a morte dos
judeus. O rei aderiu ao plano de Hamã. Então foi feito um decreto para que
todos os judeus fossem mortos e seus despojos saqueados (Et 3.13-15). A crise
havia chegado para os judeus, trazendo tristeza e lamento. Mardoqueu vestiu-se de
saco e foi para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6). [Comentário: Filho de Hamedata, o agagita. A designação “agagita” pode
significar que Hamã era da realeza amalequita. (Et 3.1) Se Hamã, de fato, era
amalequita, isto já explicaria por que tinha tão grande ódio aos judeus, porque
YHWH havia decretado que os amalequitas, por fim, seriam exterminados. (Êx
17.14-16) Isto se deu porque eles mostraram ódio a Deus e ao Seu povo por tomar
a iniciativa de lançar ataques contra os israelitas quando estes passavam pelo
ermo. (Êx 17.8)http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2009/07/estudo-biblico-hama.html. Foi um homem muito importante no reinado de Assuero, que
se tornou seu principal conselheiro e mais importante príncipe, de nome Hamã (a
ordem imperial era para que todos se dobrassem diante de Amã quando ele
passasse, contudo Mordecai não se curvava). Decidido a matar Mordecai, Hamã
trama um plano vingativo para exterminar não somente Hamã, mas todos os seus
compatriotas judeus. Se prostrar era um ato que implicava submissão, lealdade e
obediência. Mordecai tinha se recusado a prestar a reverência que considerava
pertencer só a Deus. Mas Hamã transmitiu este seu ódio a todos os judeus. Isto
pode ser explicado pela sua genealogia, pois seu povo havia sofrido penosas
derrotas ao longo dos séculos para Israel (Êx 17; Jz 7; 1Sm 14; 2Sm 1).]
2. Ester toma conhecimento da
trama contra seu povo. Mardoqueu informou Ester acerca do decreto de morte do povo
judeu. Ester disse que não poderia fazer nada, pois só lhe era permitido entrar
na presença do rei caso fosse convidada. Então, Mardoqueu lembra-lhe de que ela
foi colocada, pelo Senhor junto ao rei para aquele momento. Ele deixou claro
que se ela não quisesse ajudar, Deus levantaria outra pessoa. A rainha não
recusou ajudar seu povo. Ela pediu a Mardoqueu que reunisse todos os judeus a
fim de jejuar por ela. Nos momentos de crise, não adianta lamentar e chorar. É
preciso orar, jejuar e buscar a face do Pai até que Ele envie o seu socorro. [Comentário: Hamã convence o rei de seus planos malignos, e marca-se o
dia em que todos os judeus seriam aniquilados, mortos pelas mãos dos Persas.
Mordecai insiste para que Ester interceda pela vida e seu povo junto ao rei.]
3. A estratégia sábia de Ester. Depois de orar, jejuar e buscar estratégias em Deus, Ester colocou suas
vestes reais e foi para o pátio interior da casa do rei. Ao vê-la, o monarca
apontou seu cetro e Ester tocou-o na ponta. O rei, deslumbrado pela beleza da
rainha, perguntou-lhe: "Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua
petição? Até a metade do reino se te dará" (Et 5.3). Ester convida o rei e
Hamã para um banquete. Ester, então, informou ao rei que havia um plano para
matá-la, bem como ao povo judeu e este plano havia sido tramado por Hamã. Isso
enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã diante de Assuero. Hamã foi morto na
forca que tinha preparado para Mardoqueu. O povo judeu foi salvo graças ao
livramento divino e à disposição de Ester. Você está disposto a ajudar o país a
sair da crise política e econômica em que se encontra? Então, ore e jejue em
favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em favor dos milhares de desempregados e
carentes que estão também em perigo, como o povo judeu. [Comentário: "Então Ester, respondeu a Mordecai: 'Vai e reúne
todos os judeus... e jejuai em meu favor... Da minha parte, também jejuarei com
minhas servas" (Et 4.15-16). Ela elabora um plano, e depois de dois
banquetes oferecidos ao rei pela rainha, com a presença de Hamã, ela faz saber
ao rei dos planos malignos de Hamã, que recebe a sentença de morte ali mesmo na
sala do banquete. É enforcado na forca que ele mesmo mandou preparar para
pendurar Mordecai. Ester, mesmo correndo risco de morte, apela para que seu
marido salvasse os judeus de tamanha atrocidade. Assim, o rei promulga outro
edito dando poderes para que os judeus pudessem reagir e lutar por suas vidas.
Eles assim procedem, e ao invés de terem sido aniquilados, como era o plano do mal,
eles vencem seus inimigoshttp://www.igrejamissional.com.br/?sermons=ester-rainha-da-providencia-divina. Ester entendeu então o grave perigo que ameaçava o povo
judeu. Sim, ela estava pronta, de todo coração, a arriscar sua vida por seus
irmãos. Mas que situação desesperadora! Mesmo que ela salvasse sua vida e o rei
aceitasse seu pedido, os decretos com o selo real continuariam irrevogáveis; o
próprio rei não poderia anulá-los. Quão pequena era a chance de sucesso! No
entanto, Mordecai tinha razão: ela não tinha escolha. Ester tomou portanto a
resolução de não abandonar seu povo nesse momento de aflição. Embora Ester tivesse ajuda e apoio de Mordecai para lutar contra
o decreto que visava a destruir os judeus, foi Ester quem conseguiu implementar
o plano e quem teve a visão e percepção de saber como aquilo tinha de ser
feito. E foi ela quem insistiu para que a história de Purim fosse escrita e
lida, ano após ano, pois ela sabia que sua relevância ao povo judeu seria
sempre pertinente. Leia mais
em: http://unidosporisrael.com.br/ester-heroina-discreta/]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Hamã foi enforcado como resultado da justa
intervenção de Deus, porém o decreto do rei, no sentido de destruir os judeus,
continuava em vigor. Nem sequer o próprio rei poderia anular o decreto oficial.
Mas, em resposta ao pedido de Ester, foi escrito um segundo decreto concedendo
aos judeus o direito de
resistência armada e de defesa, no dia decretado para sua destruição. Em geral,
Deus não operou o livramento do seu povo, sem a fiel participação deste; porém, Ele está sempre com o seu povo
para lhe prover livramento. Aqui, o livramento de Israel resultou da ação de
Deus, com a cooperação de crentes fiéis.
Deus não somente capacitou os judeus a se defenderem
, como também fez os habitantes das terras temerem dos judeus (cf. Et 9.2).
Noutras palavras, o povo de Deus tornou-se mais respeitado devido à conspiração
maligna de Hamã" (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 763,764).
CONCLUSÃO
Aprendemos, por intermédio da história da
rainha Ester, que Deus salva o seu povo quando nos dispomos a orar, jejuar e
agir. O Senhor colocou Ester no palácio com um propósito definido. Ele também
tem abençoado a sua vida com um objetivo: abençoar os que sofrem e correm risco
de morrer. Ester cumpriu a sua missão. Então, deixe que os propósitos divinos
cumpram-se em sua vida. [Comentário: O que podemos aprender com Ester? Confiar em Deus – Ester
arriscou sua vida para obedecer a Deus e Ele cuidou dela; Ter coragem – Ester
estava segura, ninguém conhecia sua identidade e ela não seria afetada pelo
extermínio; mas ela arriscou tudo para fazer o que era certo, e Orar é
importante – Ester buscou a ajuda de Deus antes de agir e Ele lhe deu sucesso.
Ester teve que agir com muita coragem. Seu inimigo estava bem perto, e ela
teria que infringir uma lei que poderia levá-la a morte, para tentar salvar seu
povo. Você já passou por uma situação em que precisou ser corajoso e defender
alguém? Ester não se aproveitou da ocasião para vingar-se, nem para obter
glórias para si. Que exemplo! Além de coragem para agir, ela teve a dignidade
de não pedir nada mais para o rei, pois o que importava era que seu povo fosse
poupado da morte. “Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor.”
(Rm 12.19).] “NaquEle que
me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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