sábado, 26 de novembro de 2016

LIÇÃO 9: O MILAGRE ESTÁ EM SUA CASA

 


SUBSÍDIO I

O nome Eliseu significa "Deus é salvação". Auxiliar do profeta Elias, Eliseu era filho de Safate, de Abel-Meolá, no Vale do Jordão. Tinha como trabalho arar a terra com junta de bois. O jovem Eliseu foi convidado pelo profeta Elias a segui-lo. O texto bíblico mostra que ele “se levantou, e seguiu a Elias, e o servia” (1 Rs 19.21). O primeiro ponto digno de nota na vida do profeta Eliseu foi a sua humildade e a disponibilidade em aprender com o profeta Elias. Na caminhada com Deus, saber ouvir e ter o compromisso de aprender com o outro é muito importante. Na época de Eliseu não havia uma espécie de seminário teológico ou faculdade que tinha o objetivo de formar, embora houvesse escola de profetas, mas que nem de longe era parecida com as instituições modernas. Os profetas eram formados aos pés dos outros profetas. No dia a dia da caminhada, os profetas iam sendo formados, trabalhados e forjados diante de Deus e dos homens.
Outro ponto digno de nota é que o ministério do profeta Eliseu é permeado por milagres. Segundo especialistas em Antigo Testamento, excetuando a pessoa de Jesus Cristo, ninguém na história sagrada registrou a quantidade de sinais e maravilhas como consta o registro na vida do profeta mediante o seu ministério. Ele sarou águas infectadas (2 Rs 2.19-22), fez brotar água no deserto (2 Rs 3.9,16-20), proveu a necessidade da viúva (2 Rs 5) e ressuscitou mortos (2 rs. 4.18-37), além de curar leprosos (2 rs. 5). Estes três últimos milagres antecipam o que o nosso Senhor faria em abundância em seu ministério terreno. A vida e a obra de Eliseu nos ensinam que Deus traz provisão no momento oportuno. O ministério do profeta mostra uma profusa quantidade de ações divinas em favor das pessoas que por intermédio dele eram abençoadas.
Não podemos perder a dimensão da verdade bíblica de um Deus que provê. O que não significa abrir barganha com Ele. Nada disso. Resgatar a visão bíblica de que Deus intervém na circunstância de uma pessoa é urgente a fim de não cairmos no erro de uma religiosidade sem paixão, de uma ortodoxia morta e do gélido ceticismo. À luz da vida de Eliseu, somos convidados a andar com Deus em fidelidade e verdade. Amá-Lo de todo o nosso coração, alma e pensamento. À medida que nos aproximamos mais de Deus por intermédio da oração e da leitura da Palavra, o Senhor se aproxima mais de nossas vidas. Por isso, busquemos ao Senhor, o reverenciemos enquanto há tempo.

 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 68 – out./nov./dez. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Qualquer família pode passar por período de privação, necessariamente isso não decorre de infidelidade, existem causas outras que podem acometer um lar. Na aula de hoje, estudaremos a respeito de uma mulher viúva, que aprendeu a depender de Deus, e a desfrutar da sua benção em meio às crises. O milagre de Deus, conforme estudaremos na aula de hoje, pode estar mais perto do que pensamos. 

1. DIFICULDADES FAMILIARES

No capítulo 4 de II Reis nos deparamos com uma realidade bastante difícil para uma mulher viúva, com dois filhos. Em uma sociedade patriarcal, o provimento vinha do homem, que alimentava esposa e filhos. Por causa da viuvez, aquela mulher, e a sua família, estava passando por momentos de crise. A teologia da ganância tenta estabelecer uma relação de causa e efeito. Para esses, o motivo da privação é sempre infidelidade, mas essa posição não tem base bíblica. Essa posição, na verdade, serve para justificar a falta de responsabilidade com aqueles que se encontram em condição de vulnerabilidade. Mas Deus não esquece dos pobres, Ele “faz justiça ao órfão e à viúva” (Dt. 10.18; Sl. 68.5; 146.9). O Senhor usou Elizeu como instrumento de provimento para aquela viúva. De igual modo, devemos nos colocar na disposição de Deus para contribuir com aqueles que nada têm. A situação da viúva era deplorável, pois seus filhos ainda eram crianças, e esses, certamente, seriam destinados aos credores, caso as dívidas não fossem pagas. Em épocas de crises, há quem se aproveite das condições difíceis das pessoas para tirar proveito financeiro. O individualismo contemporâneo, associado à ganância, faz com que as pessoas não se sintam responsáveis pelos outros. O discurso da meritocracia é usado, às vezes, para justificar a indisposição para ajudar o próximo. Devemos estar cientes que existem casos diferentes, e cada um deles deve ser avaliado distintamente, a fim de evitar julgamentos precipitados.  

2. QUANDO DEUS REALIZA UM MILAGRE

A viuvez no Antigo Testamento era uma calamidade, por isso a preocupação de Deus com as mulheres que estavam em tais condições. A esperança daquela pobre mulher estava em Eliseu, o homem de Deus. A primeira pergunta que ele fez quando a encontrou foi: “que te hei de eu fazer? Declara-me o que tens em casa”. Será que estamos interessados em nos envolver com a situação do próximo? Há cristãos que apenas pensam em suas famílias, as dos outros não lhes interessa. No contexto evangélico, às vezes, o familiarismo pode causar mais males do que bem. As famílias devem se sentir responsáveis não apenas pelos seus membros, mas também por outras famílias em suas necessidades. Ao invés de julga aquela mulher, Eliseu decidiu prover-lhe o necessário, e mais que isso, para que ela e sua família fosse sustentada. A pergunta dele foi bastante: “o que você tem em casa?”. Ás vezes, o milagre está em nossa própria casa. Ela dispunha de uma “botija de azeite”, e foi a partir daquele conteúdo que Deus proveu o necessário para que ela se sustentasse. Essa é uma mensagem que pode ser aplicada àqueles que estão buscando uma saída diante da crise. Investir na formação profissional pode ser uma possibilidade para ultrapassar a crise. O empreendedorismo pode ser uma alternativa viável, contato que os riscos sejam calculados, e o capital seja suficiente. A criatividade e a pesquisa é melhor maneira de investir em negócios, não se pode agir apenas por meio da vontade, sem avaliar a plausibilidade do empreendimento. 

3. A PROVISÃO DE DEUS

Deus pode prover uma solução para a crise pelas vias naturais, e isso é geralmente o que acontece. Não podemos estar dependendo de milagres o tempo inteiro, dedicar-se ao trabalho e investir na formação, é o normal. Milagres, como se costuma dizer, não acontecem todos os dias. Mas assumimos que Deus é capaz de fazer muito mais do que pensamos, e pode agir a partir do pouco que temos. Não sei qual é sua “botija de azeite”, mas se você investir nela, poderá ver o que Deus pode fazer. Precisamos usar o bom senso, e buscar a sabedoria do alto, para tomar as decisões acertadas. Ela foi orientada a buscar muitas vasilhas, pois a provisão de Deus seria sem medida. A preparação espiritual também é necessária para adentrar novos investimentos. Há crentes que não sabem ter muito, diferentemente de Paulo (Fp. 4.13). José é um exemplo de alguém que confia em Deus em todas as circunstâncias. E mais que isso, sabe desfrutar da provisão do Senhor na abundância, e também passar por momentos de adversidades. Mas é preciso atentar para a doutrina bíblica a respeito do sustento financeiro. Deus não nos promete prosperidade, pelo menos do modo que as pessoas desejam, muito menos instrui para que as pessoas vivam em pobreza. A orientação bíblica é a moderação, é a doutrina da provisão, o Senhor quer nos dar “o pão nosso de cada dia” (Mt. 6.11). O contentamento é um ensinamento bíblico que precisa ser resgatado nessa geração, que não consegue se satisfazer com o que é necessário (Fp. 4.11-12; I Tm. 6.6-10). 

CONCLUSÃO

Contentamento nada tem a ver com comodismo, as Escrituras ensinam a diligência, a fim de obter a provisão necessária. Mesmo assim, podemos ser atingidos por situações adversas, que estão fora do nosso controle, como o desemprego. Em todos os casos, devemos buscar saídas naquilo que Deus nos tem dado, e buscar dEle o milagre para viver em tempos de crise. O Deus de toda provisão não nos abandona, e através da Sua igreja, continua ajudando os mais necessitados. 

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

Extraído do Blog subsidioebd

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