sábado, 5 de novembro de 2016

LIÇÃO 6: DEUS, O NOSSO PROVEDOR


SUBSÍDIO I

Embora o homem tenha o livre-arbítrio, Deus é soberano. Soberania e livre-arbítrio sempre viveram inúmeras tensões no campo da teologia. Entretanto, quando levamos em conta a teologia bíblica defrontamo-nos com textos que nos mostram Deus respeitando o livre-arbítrio do ser humano, noutro momento lançando às favas o livre-arbítrio. Ora, Ele é um Deus soberano, eterno, majestoso e Senhor de todas as coisas. Compreendendo a natureza soberana do Deus eterno, é que devemos olhar para os problemas deste mundo. No Brasil, a crise financeira está assolando todas as classes sociais. Mas uma crise como essa não acontece da noite para o dia.
Há uma série de decisões macro e microeconômicas que se tomadas equivocadamente trarão prejuízos irreparáveis a uma nação. Na esfera da economia doméstica, igualmente. Se não houver uma consciência de se a nossa despesa for maior que a nossa receita, brevemente entraremos num colapso econômico. Foi isso o que ocorreu com o nosso país e todos os dias ocorre com inúmeras famílias. Há gestão e decisões equivocadas são as razões das principais crises financeiras. Percebe como o livre-arbítrio interfere nas coisas mais comezinhas da vida? Ora, não há solução mágica. 
Entretanto, é bem verdade que problemas financeiros assaltam muitas vidas de surpresa. O desemprego, ou problema de saúde. Enfim, muitos servos de Deus entram numa provação causticante onde só perceberam que entraram em crise tempos depois, pois não imaginariam de modo algum o que viria pela frente. Aqui entra a soberania de Deus. Quando não há mais solução visível, nem perspectiva de auxílios externos, Deus age em nosso favor e derrama da sua misericórdia para conosco. Quantos testemunhos bíblicos e da história da Igreja nos mostram a ação de um Deus que prover as necessidades dos seus filhos, o cumprimento de uma bela promessa do nosso Senhor quando ensinava o Sermão do Monte: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.31,31). 
São muitas pessoas que têm provado da provisão de Deus nos momentos de angústias e tribulações. Nossa parte é priorizar o Reino de Deus e a sua justiça, e o nosso Pai Celestial agirá em nosso favor.

 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 68 – out./nov./dez. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Na aula de hoje estudaremos a respeito da provisão de Deus nas situações difíceis pelas quais Isaque passou. Inicialmente destacaremos que Isaque seguiu o exemplo de Abraão ao se refugiar diante da fome. Em seguida, ressaltaremos o desafio do filho do velho patriarca, diante dos vizinhos descrentes, que demonstraram inveja da sua prosperidade. Ao final, mostraremos que as crises também criam oportunidades, e como fez Isaque, precisamos aprender a “cavar poços”, mesmo que os tempos não sejam favoráveis. 

1. ISAQUE, FUGINDO DA FOME

A história de vez em quando se repete, não necessariamente do mesmo modo. Em se tratando de provações, nenhuma pessoa está livre de passar por elas (Tg. 1.1-18). O próprio Jesus declarou que no mundo teríamos aflições (Jo. 16.33), mas que deveríamos ter ânimo, e depositar nossa confiança em Deus. Isaque, o filho do patriarca Abraão, seguiu os passos do seu progenitor. A palavra “pai” é repetida seis vezes ao longo desse texto. Isso nos ensina que, de certo modo, somos tentados a repetir os equívocos dos nossos ancestrais. Isaque, assim como aconteceu com Abraão (Gn. 12.10-13.4), também enfrentou o problema da fome. Aquele desceu para o Egito, Isaque, de igual modo, fugiu para Gerar, a capital dos filisteus, a fim de buscar o auxílio de Abimeleque. Ao que tudo indica, Isaque e Rebeca estavam habitando em Beer-Laai-Roi (Gn. 25.11), sendo assim, viajaram cerca de cento e dez quilômetros noroeste, a fim de encontrarem melhores condições de vida. A fuga das adversidades é uma tendência normal para os seres humanos, mas não há outra maneira de crescer na fé, a não ser por meio das adversidades. Conforme destacou Paulo, “a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência (Rm. 5.3,4). É bem verdade que durante o sofrimento desejamos, como o salmista Davi, “asas como da pomba”, para poder voar “e achar pouso” (Sl. 55.6). Mas se quisermos deixar de ser simples pombas, e nos tornar águias que voam mais alto, precisamos subir cada vez mais (Is. 40.31).

2. CONVIVENDO COM OS VIZINHOS

As pessoas são tentadas a se moldarem às circunstâncias, sobretudo nos momentos de aflições. A fim de nos ajustar às situações, somos tentados a nos acomodar ao ambiente no qual nos encontramos. Isaque, para sobreviver as pressões e riscos diante dos vizinhos, fez concessões em relação a verdade, optando pela mentira. Faltar com a verdade, na maioria das vezes, é um escape para fugir da realidade. Quando perguntaram a Isaque se Rebeca era sua esposa, imitando a seu pai Abraão, respondeu que era sua irmã. A situação se tornou embaraçosa para Isaque quando a verdade veio à tona. É constrangedor quando a mentira de um servo de Deus é desmascarada por um incrédulo. Devemos lembrar, como ensinou Jesus, que somos sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13-16). Isaque precisou aprender a conviver com a inveja dos seus vizinhos (Gn. 26.12), isso porque o Senhor o fez prosperar, mesmo em tempos difíceis. Aqueles que estão debaixo da providência divina têm a promessa de que serão preservados pelo Senhor, e que não lhes faltará o essencial para a sobrevivência (Hb. 13.5). Certamente isso causará inveja em muitas pessoas, e fará com que esses tenham um sentimento maldoso. Mas não devemos nos deixar abater com aqueles que não temem ao Senhor, e que estão dominados pelo sentimento tóxico da inveja, que é podridão para os ossos (Pv. 14.30).

3. CAVANDO POÇOS

Por causa da inveja, os vizinhos de Isaque queriam se apropriar dos poços do patriarca. Os filisteus, tomados pela maldade, taparam os poços que Isaque herdou de Abraão (Gn. 26.19). Os homens de Gerar, dominados pela inveja, não davam trégua a Isaque, e o perseguia constantemente. A inveja é um sentimento doentio, as pessoas que são dominadas por ele, às vezes, nem se apercebem. Isaque, diferentemente dos seus vizinhos invejosos, decidiu confiar em Deus, e continuar cavando outros poços. Aprendemos lições importantes com esse episódio: 1) Deus cumpre as suas promessas, e abençoa aqueles que trabalham (Gn. 26.3,5); 2) A benção de Deus não nos livra dos invejosos (Gn. 26.14-17); 3) a prosperidade tem seus benefícios, mas pode também trazer problemas, contenda e ódio (Gn. 26.18-22); 4) Berseba, lugar do “poço do juramento”, é onde encontramos segurança, descansemos na certeza de que Deus é conosco (Rm. 8.31-39); 5) precisamos aprender a lidar com os conflitos, e se demonstramos a sabedoria do alto, poderemos obter reconhecimento dos opositores (Gn. 26.26-33); e 6) o acordo com os vizinhos de Isaque foi uma conquista, que possibilitou a convivência pacífica entre eles. Isaque, cujo nome significa “riso”, passou por muitas aflições, mas sabia que a provisão de Deus estava sobre ele. Devemos seguir seu exemplo, firmes na convicção que o Senhor está no comando de todas as situações.

CONCLUSÃO

As aflições são comuns, até mesmo entre aqueles que servem a Deus, mas essas podem ser oportunidades. Nas dificuldades encontramos “largueza”, desfrutamos da misericórdia do Senhor (Sl. 4.1). É na escola da adversidade que crescemos em confiança, aprendendo a depender cada vez mais de Deus (Sl. 25.17). A busca por espaço físico, e as adversidades dela decorrente, pode resultar em sofrimento, que nos levam para mais perto de Deus (Sl. 18.19).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

Extraído do Blog subsidioebd

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