SUBSÍDIO I
Igreja,
agência evangelizadora
A Teologia Sistemática
classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se encontram nas
Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível está
identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em
várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num
tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias
partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2). Em relação à igreja invisível, as
Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada
por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e
sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente
e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado
à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a
“pedra de esquina”.
Uma comunidade escatológica e
pentecostal
O Corpo de Cristo, a Igreja,
nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme narrado pelo evangelista
Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior ao questionamento dos
discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro, principalmente a restauração do
reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor, quando restaurarás tu neste tempo o
reino a Israel?”. A resposta a essa pergunta desembocou na grande promessa
feita a respeito da volta do Senhor: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido
em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é
uma comunidade escatológica porque ela nasceu historicamente debaixo da
promessa da vinda do nosso Senhor. Uma promessa confirmada também no
Pentecostes, conforme a profecia de Joel pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua
pregação à multidão (Jl 2. 31,32; At 2.20,21). Judeus de diversas partes do
mundo ouviram aquela mensagem poderosa.
A Igreja de Cristo é pentecostal
porque historicamente nasceu sob o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-13). Num
pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do Espírito Santo e começaram a falar
noutras línguas, a profetizar e a tomar uma consciência de coragem e ousadia
para proclamar as maravilhas de Deus à humanidade (At 2.14-36). Por isso, a
natureza da atividade evangelística da Igreja deriva dessa consciência
escatológica e pentecostal que produziu quebrantamento e uma conversão nunca
dantes vista por aquela comunidade (v.37). O Evangelho tomara a mente e os
corações das pessoas!
Fonte:
Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de
2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
O evangelho de Cristo deveria sair de Jerusalém,
seguir para Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. Ainda hoje essa
responsabilidade é posta sobre a Igreja, e sobre nenhuma outra agência
institucional. Para tanto, aqueles que são chamados por Cristo devem manter o
foco, não se dispersarem com atividades outras, que comprometam essa missão. E
mais importante, depender do poder do Espírito Santo, a fim testemunhar com
ousadia, atestando que Jesus ressuscitou de entre os mortos, esse será o
assunto a ser estudado na lição de hoje.
1. IGREJA,
AGÊNCIA PARA O EVANGELHO
A palavra Igreja, no grego do Novo Testamento, é
ekklesia, e diz respeito a uma assembleia, no caso os crentes que professam sua
fé em Cristo. O próprio Senhor, em Mc. 16.18, prometeu que edificaria Sua
igreja, e que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela. Isso aconteceu
no dia de Pentecostes, quando o poder de Deus veio sobre àqueles que estavam
reunidos no cenáculo (At.2.2). A Igreja é o Corpo de Cristo, e compete a essa,
divulgar a boa nova do evangelho, até os confins da terra (At. 1.8). De acordo
com os textos paralelos da Grande Comissão da igreja, essa deve fazer
discípulos (Mt. 28.16-20), alcançar toda criatura (Mc. 16.15), testemunhando a
morte e ressurreição de Cristo (Lc. 24.46-48), tendo Jesus como Maior Exemplo
(Jo. 20.19-23), e no poder do Espírito Santo (At. 1.3.12). Quando dizemos que a
Igreja é uma agência, ressaltamos que essa deve agir sobre a sociedade, caindo
na graça do Senhor (At. 2.47). A Igreja precisa assumir a responsabilidade
evangelizadora, ganhando as almas perdidas para Cristo, conduzindo-as em amor
aos pés da cruz. Não podemos esperar que as instituições governamentais façam
aquilo que compete exclusivamente à Igreja. O poder político deve se preocupar
com a melhoria das condições sociais da população em geral. Enquanto isso, a
igreja investe seus recursos, financeiros e humanos, para a tarefa desafiadora
da evangelização, e em prosseguimento, o discipulado.
2. EVANGELIZAR,
PRIORIDADE PRIMORDIAL DA IGREJA
Há igrejas evangélicas que estão perdendo sua
prioridade, algumas delas estão tão ocupadas com o poder político que deixaram
de cumprir o “fazei discípulos” de Jesus. Algumas igrejas se tornaram
verdadeiros comitês eleitorais, não se preocupam com outra coisa, senão
conseguir votos para seus candidatos. É um equívoco pensar que iremos ganhar as
pessoas para Cristo através do poder secular. Todas as vezes na história que a
igreja recorreu a esse artifício, resultou em escândalo ao evangelho de Cristo.
Outro equívoco é o de reduzir a atuação da igreja ao filantropismo, não podemos
negar que a igreja tem uma responsabilidade social, e que deve fazer
evangelização integral. Mas é preciso ter cuidado para não reduzir a atuação da
igreja ao assistencialismo. Existem igrejas que querem mudar o país, se
envolvem em militância partidária, assumem ideologias humanas, como se divinas
fossem. A responsabilidade primordial da igreja é a evangelização, isto é,
proclamar a todas as pessoas que o pecado conduz à condenação, e que a salvação
é Jesus Cristo, a prova maior do amor de Deus (Jo. 3.16). Para fazê-lo de
maneira exitosa, a Igreja precisa ver a pessoa como um todo, atentando não
apenas para a alma, mas também o corpo. Devemos ter cuidado dos necessitados, e
assumir que o próximo carece da nossa atenção, não apenas para conduzi-lo ao
evangelho. A ação social da Igreja é uma tarefa que pode conduzir as pessoas a
Cristo, mas esse não deve ser a motivação central. Através do nosso amor, e
sobretudo, da nossa atenção, as pessoas que verão que nos as amamos, e tomem
sua decisão pelo evangelho.
3. NO PODER
DO ESPÍRITO SANTO
Para evangelizar a contento, cumprindo o imperativo
discipulador de Jesus, a igreja deve depender do poder do Espírito Santo (At.
1.8). Esse é tão importante que o Senhor orientou Sua Igreja que permanecesse
em Jerusalém, até que do alto fosse revestida do poder (Lc. 24.49). As igrejas
que se dizem pentecostais devem viver como tais, buscando constantemente o
poder do Espírito Santo. Para tanto, precisamos valorizar mais os momentos de
oração, a fim de que o lugar nos quais nos reunimos sejam estremecidos pelo
poder de Deus (At. 4.31). O pentecostalismo ao qual nos referimos é aquele
respaldado pelas Escrituras, que concilia com moderação o conhecimento da
Palavra e a manifestação sobrenatural do Espírito. Precisamos também dar lugar
à operação dos sinais, prodígios e milagres (At. 4.39,30), bem como os dons do
Espírito (At. 2.1-4; I Co. 12). As igrejas que maiores êxitos tiveram em ganhar
almas foram aqueles que passaram por um genuíno avivamento, e que aprenderam a
depender do Espírito Santo. A história das missões, a partir do livro de Atos,
revelam o que uma Igreja poderosa pode fazer (At. 8.6,7). É importante também
que haja espaço para o desenvolvimento dos dons ministeriais (Ef. 4.11), com
vistas à edificação do Corpo de Cristo. Uma igreja evangelizadora, que investe
na pregação, e depende do Espírito Santo, fortalece o discipulado. O ensino é
uma responsabilidade da igreja evangelizadora, de nada adianta as pessoas
levantarem as mãos, mas não serem ensinadas na palavra de Deus (II Tm. 3.16).
CONCLUSÃO
Compete exclusivamente à Igreja a tarefa de levar o
evangelho de Jesus até aos confins da terra (At. 1.8). Para tanto essa deve
depender do poder do Espírito Santo, e não se envolver em responsabilidade que
retirem o seu foco. Se assim fizermos, veremos o que Deus é capaz de fazer
através da Sua agência evangelizadora. Muitas almas se prostraram aos pés de
Cristo, reconhecendo-O como Único Salvador, e Senhor de Suas vidas. Que não venhamos
a desprezar a evangelização, recorrendo à Palavra de Deus, e no poder do
Espírito Santo.
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
A Igreja de Cristo é a agência evangelizadora por
excelência. Desde a sua fundação, no Dia de Pentecostes, até hoje, ela é
conhecida, antes de tudo, por seu amor às almas perdidas. Se ela, por
conseguinte, descumprir a sua tarefa básica, em breve perderá a sua condição de
Corpo de Cristo, reduzindo-se a uma mera organização humana.
Nesta lição, veremos que, frente à Grande Comissão,
não temos alternativa senão cumprimos plenamente o ide de Jesus. Nossos dias
exigem um retorno imediato, ousado, enérgico e amoroso à missão evangelizadora
da Igreja. Menos que isso é inaceitável. [Comentário: A estória: Quando Cristo terminou sua obra, e
chegou ao céu, os anjos o receberam com exultante celebração. Um anjo
perguntou-lhe: “Senhor, tu consumaste a obra da redenção, mas quem vai contar
essa boa nova para o mundo inteiro?” Jesus respondeu: “Eu deixei doze homens
preparados para essa tarefa”. Retrucou o anjo: “Mas, Senhor, e se eles
falharem?”. Jesus respondeu: “Se eles falharem eu não tenho outro
método”. Hernandes Dias Lopes em A grande Comissão, uma missão inacabada. Encontramos em todos os quatro Evangelhos e
no livro de Atos, a ênfase à grande comissão. Ao ser assunto aos céus, Jesus
deu-nos suas últimas palavras, que ficaram conhecidas como a Grande Comissão. A
Grande Comissão, na tradição cristã, é a instrução dada pelo Jesus ressuscitado
aos seus discípulos para que eles espalhassem seus ensinamentos para todas as
nações do mundo. Ela se tornou um ponto chave da teologia cristã sobre o
trabalho missionário, o evangelismo e o batismo. A grande comissão envolve toda
a igreja, como bem definiu o Congresso de Lausane: “O propósito de Deus é o
evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo, a toda criatura”. Nas
palavras de Charles Spurgeon, "todo cristão ou é um missionário ou é um
impostor". Esse é o grande chamado do Senhor Jesus - pregar as boas novas
de salvação].
I. A FUNDAÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA
Após a sua ressurreição, Jesus permaneceu com os
discípulos por quarenta dias, durante os quais os instruiu acerca da fundação
pentecostal da Igreja e sobre a evangelização mundial.
1. A resposta escatológica. Pouco antes de sua ascensão, Jesus foi inquirido por seus
seguidores quanto ao futuro de Israel. O Senhor, porém, conscientiza-os de que,
naquele momento, a sua preocupação não deveria ater-se aos últimos dias, mas ao
que estava prestes a acontecer: “[...] Não vos pertence saber os tempos ou as
estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7). Não há tempo a
perder. Sabemos que em breve Jesus virá, e precisamos evangelizar hoje. [Comentário: O projeto de Deus é o evangelho todo, por
toda a igreja, a toda criatura, em todo o mundo. O evangelho de Cristo é o
único remédio para a doença do homem. O pecado é uma doença mortal. O pecado é pior
do que a pobreza. É mais grave do que o sofrimento. É mais dramático do que a
própria morte. Esses males todos, embora sejam tão devastadores, não podem
afastar o homem de Deus. Mas, o pecado afasta o homem de Deus no tempo, na
história e na eternidade. Não há esperança para o mundo fora do evangelho. Não
há salvação para o homem fora de Jesus. As religiões se multiplicam, mas a
religião não pode levar o homem a Deus. As filosofias humanas discutem as
questões da vida, mas não têm respostas que satisfazem a alma. As psicologias
humanas levam o homem à introspecção, mas nas recamaras da alma humana não há
uma fresta de luz para a eternidade. O mundo precisa de Cristo; precisa do
evangelho. Chegou a hora da igreja se levantar, no poder do Espírito Santo e
proclamar que Cristo é o Pão do céu para os famintos, a Água viva para os
sedentos e a verdadeira Paz para os aflitos. Jesus é o Salvador do mundo! Rev
Hernandes Dias Lopes,
http://hernandesdiaslopes.com.br/2012/06/evangelizacao-a-urgencia-de-uma-tarefa/#.V4UpnBJtzc1]
2. A resposta pentecostal. A resposta do Senhor aos seus discípulos não foi apenas
escatológica, mas pentecostal: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que
há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).
Sem o poder do Espírito Santo, os discípulos jamais
poderiam cumprir, em sua plenitude, o mandato evangelizador da Igreja. Eles
teriam de testemunhar em ambientes hostis, como Jerusalém; em lugares nada
amistosos, como Samaria; e, finalmente, até os confins da Terra. Portanto, o
poder do Espírito Santo era-lhes imprescindível. [Comentário: Nos últimos dias de suas orientações para os
apóstolos, Jesus lhes falou para esperarem em Jerusalém para receber o batismo
com o Espírito Santo (At 1.4,5). Ele, também, descreveu as principais etapas da
missão que lhes deu de pregar o evangelho ao mundo: "sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra" (At 1.8). A sequência descrita por Jesus em Atos 1.8
(Jerusalém Judéia Samaria Confins da Terra) serve para esboçar o trabalho dos
seus discípulos durante as décadas seguintes. Eles começaram a pregar em
Jerusalém e Judéia (At 2-7), levaram a palavra à Samaria (At 8) e, depois, aos
confins da terra (At 9 a 28). O trabalho missionário foi tão intenso, que Paulo
afirmou cerca de 30 anos depois da morte de Jesus, que o evangelho "foi
pregada a toda criatura debaixo do céu" (Cl 1.23). Os apóstolos foram
fiéis em cumprir a missão que Jesus lhes deu. Hoje, temos o privilégio de
divulgar a mesma mensagem. Vamos ser fiéis e dedicados neste trabalho!]
3. A fundação da Igreja. Passados dez dias, desde a ascensão do Senhor, os discípulos
achavam-se reunidos, num só lugar, quando veio o Espírito Santo sobre eles.
Revestidos de poder, passaram a falar noutras línguas, dando ocasião à primeira
colheita de almas da Igreja (At 2.1-4,41).
A fundação da Igreja foi pentecostal e
evangelizadora. Isso significa que só viremos a cumprir plenamente a Grande
Comissão se buscarmos e vivermos no poder do Espírito Santo. Sem o poder do
Espírito Santo, a evangelização jamais será eficiente (Lc 24.49). [Comentário: Inicialmente, esclarece-se que o termo
‘evangelização eficiente’ refere-se aos meios, não aos fins. Sabendo que é o
Espírito Santo quem convence do pecado, da justiça e do juízo, em qualquer
método que empregamos para anunciar as boas novas, o Espírito Santo aperfeiçoa
e segundo a sua boa vontade, opera. Quero dizer com isso que as propostas de
evangelismo não são garantia de maior alcance de resultados, mas certamente
irão proporcionar a transmissão de uma mensagem mais consistente e precisa.
Sobre o início da Igreja, a maioria dos protestantes crê que a primeira
assembleia local foi a de Jerusalém e que ela teve início real exatamente em
Pentecostes (At 2). Em Atos 2.41<<Assim que, os que de boa mente
receberam a sua palavra, foram batizados; e FORAM ACRESCENTADOS naquele dia, À
IGREJA, quase três mil almas>>, almas foram acrescentadas à
assembleia local que estava reunida em Jerusalém, assim, esta assembleia local
já existia, ainda que de forma dispersa. A igreja foi explicitamente nomeada em
Mateus 18.17, com verbos no tempo presente. "E, se não as escutar,
dize-o à IGREJA ; e, se também não escutar a IGREJA, considera-o como um gentio
e publicano." Portanto, seguramente, a assembleia local já existia
durante os dias de Cristo. A palavra "ekklesia" aparece pela primeira
vez em Mt 16.18 "Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela;". Pentecostes foi, sem dúvida, a capacitação para anunciar com
virtude do Espírito Santo, as boas-novas do Evangelho, mas não foi ali o início
da Igreja. A Igreja foi iniciada durante o ministério do Cristo sobre a terra
.Os discípulos ainda faltavam receber batismo com o Espírito Santo, em
Pentecostes. Mas tanto este batismo como também a habitação pelo Espírito Santo
(iniciada em João 20.21-22 "... E, havendo dito isto, assoprou sobre
eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.") nunca foram ditas ser
pré-requisitos indispensáveis para que, mesmo durante os dias do Cristo sobre a
terra, os salvos pudessem compor e ser uma igreja. Em todas as épocas, Deus planejou
reunir um corpo de pessoas que se assemelhariam à imagem de seu Filho; as quais
chamaria, justificaria e glorificaria (Rm 8.29-30); as quais seriam compradas
pelo sangue de seu Filho (At 20.28); seriam santificadas e purificadas,
libertas da mancha, da ruga e do defeito, sendo a noiva de seu Filho (Ef
5.25-27); as quais seriam "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
de propriedade exclusiva de Deus" (1Pd 2.9); as quais seriam uma
demonstração de sua multiforme sabedoria, não só para os homens, mas para os
principados e as potestades nas regiões celestes (Ef 3.10-11). Com a pregação
corajosa e incisiva de Pedro a um público judeu, o efeito do sermão foi
poderoso, pois os ouvintes "compungiu-se-lhes o coração" (At 2.37) e
foram instruídos por Pedro a “Arrependei-vos e seja batizado” (At 2.38). A
narrativa termina com três mil almas sendo adicionadas à comunhão, com o partir
do pão e orações, com sinais apostólicos e maravilhas e com uma comunidade
formada na qual as necessidades de todos eram atendidas.]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A Igreja e Missões
A evangelização do mundo é o
imperativo do Novo Testamento. ‘O evangelho deve ser proclamado [anunciado]
entre todas as nações’ (Mc 13.10, tradução livre). O Advogado a realizar a
tarefa é o Espírito Santo, enquanto que a instituição escolhida divinamente
para a proclamação é a igreja de Jesus Cristo. Essas são afirmações sérias e
bíblicas.
Até mesmo uma leitura superficial
do Novo Testamento irá convencer o leitor da relevância da igreja na atual
administração de Deus. Cristo amava a igreja e deu-se a si mesmo por ela. Somos
assegurados de que no momento Ele está edificando sua igreja e que, por fim,
irá ‘apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, mas santa é
irrepreensível’. Tudo isso está de acordo com o propósito eterno que Deus tinha
em Cristo Jesus nosso Senhor: ‘Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria
de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno
propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor’ (Ef 5.25-27; 3.10,11).
A igreja é a geração eleita,
sacerdócio real, nação santa e povo adquirido por Deus. O propósito desse
grande chamado é que a igreja exponha as virtudes dEle, que a tirou da
escuridão para sua maravilhosa luz. A igreja é uma criação proposital em Cristo
Jesus; ela é o corpo de Cristo (sua manifestação visível) e o templo do
Espírito Santo. Ela foi criada no dia de Pentecostes para personificar o
Espírito Santo na realização do propósito de Deus neste mundo.
Missões não é uma imposição feita
à igreja, pois faz parte de sua natureza e deveria ser tão natural para ela
quanto as uvas são naturais para os galhos que se dependuram no vinhedo. Missão
flui da constituição, do caráter, chamado e designo da igreja” (PETERS, George
W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000,
p.244).
II. A MISSÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA
Quando a Igreja evangeliza, cumpre integralmente a
sua missão, pois integralmente promove o ser humano.
1. Evangelização. A
Igreja, tão logo foi estabelecida, saiu de imediato a proclamar o Evangelho,
pois ganhar almas é a sua prioridade máxima. Quanto mais evangelizava, mais o
Senhor operava sinais, prodígios e maravilhas (At 4.29,30). A oração daqueles
crentes pela evangelização do mundo era tão poderosa, que, certa vez, fez
tremer o lugar onde estavam reunidos (At 4.31). A igreja precisa manter o
pentecostes genuíno: sem misticismos, sincretismos e sem alvos mercadológicos.
Por conseguinte, nenhum evento eclesiástico é tão
importante quanto a evangelização. A Igreja deve sair às ruas, aos becos e às
comunidades pobres e esquecidas, a fim de anunciar a Cristo a todos, em todo
tempo e lugar. [Comentário: A Igreja iniciou sofrendo muitas
perseguições. Os apóstolos foram presos, alguns apedrejados, outros mortos e
tudo isto porque eles davam testemunho de Jesus Cristo. Eles pregavam era que
Jesus havia ressuscitado, subido ao céu e que voltaria. Pregavam que era
necessário o arrependimento dos pecados e entregar a vida a Jesus Cristo para
obter a salvação. Cristo nos comissiona a evangelizar quatro lugares:
“Jerusalém, Judéia, Samaria e Confins da Terra”. Está claro que a igreja deve
ser um agente transformador da sociedade tanto local, como globalmente. A única
maneira de o mundo ver a Cristo é através da Igreja, que é o seu corpo. A
igreja sou eu e você, portanto temos uma grande responsabilidade e devemos
corresponder ao chamado que Jesus nos confere. Quando seguimos o modelo
fornecido pelo Novo Testamento, a igreja será suficiente para fazer a obra e
terá fartura de obra para fazer. Não há a necessidade nem temos a permissão
para envolver a igreja em outros projetos, organizações ou obras inventados
pelos homens. Assim como Deus rejeitou o fogo oferecido por Nadabe e Abiú (Lv
10.1-7), ele rejeitará obras estranhas que os homens introduzem nas igrejas.
Tão certo como o Senhor desagradou-se quando Uzá estendeu uma mão de ajuda para
fazer o que lhe parecia direito (2Sm 6.1-11), ele não quer nossa
"ajuda" para encontrar um modo mais eficaz de fazer sua obra. Em
ambos os casos de pecados fatais, o problema fundamental foi uma falta em
seguir exatamente o que Deus tinha instruído. Se desconsideramos suas instruções,
não podemos esperar melhor sorte. "Há caminho que ao homem parece direito,
mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Pv 14.12).]
2. Missões em Atos. A Igreja Primitiva não demorou a fazer missões. Após a dispersão
dos crentes de Jerusalém, Filipe desceu a Samaria, onde, com poder e ousadia,
pregava o Cristo ressurreto. As multidões ficavam atentas ouvindo a mensagem
pregada por Filipe e os sinais que ele fazia (At 8.6,7).
Em seguida, os discípulos chegaram a Antioquia que,
conforme veremos, seria conhecida como a igreja missionária. De ação em ação, a
Igreja de Cristo veio a alcançar, em apenas uma geração, os lugares mais
remotos daquela época (Cl 1.6). [Comentário: Nenhum plano evangelístico, ainda que elaborado,
terá êxito a menos que retornemos ao cenáculo. Sem o batismo com o Espírito
Santo, não teremos o poder necessário para anunciar o evangelho de Cristo.
Evangelismo e pentecostes são temas gêmeos, inseparáveis. O poder do alto é
insubstituível na vida da igreja. Em Lucas 24 Jesus promete enviar-nos um consolador,
que é o Espírito Santo, e que viria sobre a Igreja em Atos 2 de forma mais
permanente. Ali a Igreja seria revestida de poder. O termo grego utilizado para
‘consolador’ é ‘parakletos’ e literalmente significa ‘estar ao lado’. É um
termo composto por duas partículas: a preposição ‘para’ - ao lado de - e
‘kletos’ do verbo ‘kaleo’ que significa chamar. Portanto vemos aqui a pessoa do
Espírito, cumprimento da promessa, habitando a Igreja, estando ao seu lado para
o propósito de Deus. Segundo John Knox a essência da função do Espírito Santo é
estar ao lado da Igreja de Cristo, fazê-la possuir a Face de Cristo e espalhar
o Nome de Cristo. Nesta percepção, O Espírito Santo trabalha para fazer a
Igreja mais parecida com seu Senhor e fazer o nome do Senhor da Igreja
conhecido na terra. A essência da pessoa do Espírito e sua função na conversão
dos perdidos. A Igreja plantada mais rapidamente em todo o Novo Testamento foi
plantada por Paulo em Tessalônica. Ali o apóstolo pregava a Palavra aos sábados
nas sinagogas e durante a semana na praça e o fez durante 3 semanas, nascendo
ali uma Igreja. Em 1Ts 1.5 Paulo nos diz que o nosso evangelho não chegou até
vos tão somente em palavra (logia, palavra humana) mas sobretudo em poder
(dunamis, poder de Deus), no Espírito Santo e em plena convicção (pleroforia,
convicção de que lidamos com a verdade).]
3. Promoção social. A Igreja Primitiva encarregava-se de promover os novos convertidos
integralmente. Ela não se descuidava das necessidades dos pobres e
necessitados; amorosamente as supria. Se, por um lado, dava-lhes o pão do céu,
por outro, não lhes negava o pão que brota da terra. Isso é evangelização
integral. [Comentário:Ainda que a expressão “missão integral” esteja na
moda, o modelo de missão que ela representa não é recente. Além disso, há
muitas igrejas que a praticam sem necessariamente usar a expressão para
referir-se ao que estão fazendo. Por missão integral entende-se, pela
perspectiva bíblica, que não basta falar do amor de Deus em Cristo Jesus: é
preciso vivê-lo e demonstrá-lo em termos de serviço. A igreja que se compromete
com a missão integral entende que seu propósito não é chegar a ser grande, rica
ou politicamente influente, mas sim encarnar os valores do reino de Deus e
manifestar o amor e a justiça, tanto em âmbito pessoal como em âmbito
comunitário. Enquanto a importância da obra da igreja é claramente espiritual,
há também um nítido aspecto material. Em Atos 4.32-37, os discípulos
contribuíram para aliviar as necessidades dos santos. A igreja de Jerusalém
ajudou as viúvas pobres de seu meio (At 6.1-2). Quando as necessidades dos
santos excederam a capacidade da igreja local, outras congregações enviaram
dinheiro para ajudá-los (At 11.29-30; Rm 15.25-26; 1Co 16.1; 2Co 8.4; 9.1-2;
etc.) Deste modo, as igrejas mais ricas ajudavam as mais pobres, demonstrando a
verdadeira fraternidade do amor que deverá caracterizar as igrejas de Cristo. O
modelo de Atos 1.8 implica uma ação conjunta, ou seja, evangelizando Samaria,
Judéia e os confins da terra ao mesmo tempo. Jesus não ordenou aos discípulos
evangelizar primeiro Jerusalém, depois a Judéia, em seguida Samaria e,
finalmente, os confins da terra. O seu plano-diretor era bem claro e objetivo:
"e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria e até aos confins da terra". Isso implica uma ação da Igreja (At
13.1-5). Todo os cristãos são chamados para realizar obras de misericórdia e
compaixão. Confiando no mandamento de Deus para amar ao próximo, os cristãos
devem responder com generosidade e compaixão a todas as formas de necessidades
humanas (Mt 25.34-40; Lc 10.25-37; Rm 12.20-21). Jesus curou doentes, alimentou
famintos e ensinou a ignorantes (Mt 15.32; 20.34; Mc 1.41; 10.1), e os que são
novas criaturas em Cristo devem por em prática a mesma compaixão. Ao agirem
assim, darão credibilidade ao evangelho que pregam a respeito de um Salvador
cujo amor transforma pecadores naqueles que amam a Deus e ao próximo (Mt 5.16).]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“À medida que revisamos o mandato
da Grande Comissão, podemos resumir a tarefa da igreja em várias afirmações que
apresentam o padrão e o propósito de missões. A Grande Comissão declara
enfaticamente a soberania do Senhor e assume completamente a singularidade,
finalidade, suficiência, integridade, universalidade, e o aspecto inclusivo e
exclusivo do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. A igreja cristã tem a
solene obrigação de fazer o seguinte:
1. Apresentar a Cristo de forma viva, clara, eficaz e persuasiva ao
mundo e ao indivíduo como o Salvador enviado por Deus, o Senhor soberano do
Universo e futuro Juiz da humanidade.
2. Guiar os povos a uma relação de fé com Jesus Cristo a fim de que
possam experimentar perdão dos pecados e renovação de vida. O homem deve nascer
novamente, se quiser herdar vida eterna e amizade eterna com Deus.
3. Separar e congregar os crentes através da realização do batismo,
estabelecendo-os em igrejas atuantes. O companheirismo constitui uma parte
vital da vida cristã.
4. Firmar os cristãos na doutrina, nos princípios e nas práticas da
vida, amizade e serviço cristão, ensinando-os a observar todas as coisas. Isso
é instrução, a criação de discípulos cristãos, a cristianização do indivíduo.
5. Treiná-los a viver no Espírito Santo. Já que a vida cristã contém
exigências e ideais sobrenaturais, ela só pode ser vivida através de uma
confiança plena no Espírito Santo. Se as lições não forem aprendidas cedo, a
vida cristã fica cercada de frustração e torpor; a apatia instala-se, ou as
pessoas acomodam-se a uma vida cristã anormal. Essa é a tragédia de inumeráveis
cristãos que nem mesmo esperam concretizar os ideais bíblicos” (PETERS, George
W.Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.260).
III. ANTIOQUIA, IGREJA MISSIONÁRIA
Não sabemos quem fundou a igreja em Antioquia.
Aqueles obreiros anônimos, porém, souberam como edificá-la na Palavra de Deus e
no poder do Espírito Santo. Dentre os seus membros, saíram os primeiros
missionários transculturais do Cristianismo. [Comentário: A Fundação da igreja deu-se através dos
dispersos por causa da perseguição e morte de Estevão em Jerusalém (At
7.54-8.2). Eles foram até a Fenícia, Ilha de Chipre e Antioquia, evangelizando
especialmente os judeus. Alguns convertidos na Fenícia e Chipre se dirigiram
para Antioquia e lá anunciaram o evangelho em grego. Estes missionários gregos
de Chipre e Fenícia eram comerciantes e artesãos que viajavam muito pelo mundo
da época. Nesta ocasião foram até Antioquia, que era um importante centro
comercial, para vender seus produtos e, enquanto faziam isto, anunciavam as
maravilhas que haviam presenciado em Jerusalém. A mão do Senhor era com eles
(At 11.21) de tal maneira que muitos se converteram ao Senhor. A eles se
juntaram cristãos vindos de Chipre e Cirenaica, que migraram também para a
cidade. Foi ali que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados de
"cristãos". E lá também Paulo iniciou as suas três viagens
missionárias, tema principal dos Atos dos Apóstolos.]
1. Uma igreja completa. Em Antioquia, o ministério era completo. Ali, havia profetas e
doutores (At 13.1). Eles souberam como preparar a igreja para evangelizar os
gregos, romanos e bárbaros.
A obra missionária deve ser nossa prioridade, ou
não conseguiremos dar cumprimento à Grande Comissão. [Comentário: Diz o texto sagrado: "E a mão do Senhor
era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor" (v. 21). A
peculiaridade da Antioquia da Síria consistia no fato de os discípulos
pregarem para os gentios, os quais de bom grado receberam a mensagem. O número
deles agora era considerável. A Igreja crescia e se expandia, pois não estava
mais limitada somente aos judeus. Muitos haviam se convertido e o
Cristianismo havia conquistado pessoas ilustres da sociedade: "Na igreja
que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e
Simeão, chamado Niger, e Lúcio, Sireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes,
o tetrarca, e Saulo" (13.1). Dos nomes acima mencionados, dois foram
escolhidos para a obra missionária: Barnabé e Saulo. O interessante é que o
Espírito Santo escolhe o melhor para as missões. A Igreja em Antioquia da Síria
certamente sentiu falta dos serviços que eles lhe prestavam, mas, no entanto,
os enviou. Certamente, contava com o trabalho deles ainda por muito tempo.
Porém, os caminhos de Deus nãos são os nossos e muito menos os seus pensamentos
(Is 55.8, 9).]
2. Uma igreja missionária. Enquanto a igreja e os seus obreiros oravam, jejuavam e serviam ao
Senhor, disse o Espírito Santo: “Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a
que os tenho chamado” (At 13.2). De imediato, o ministério local impôs as mãos
sobre os novos missionários, despedindo-os sob os cuidados do Senhor.
A partir daquele momento, a Igreja de Cristo,
irradiando-se a partir do Oriente Médio, universaliza-se até chegar a você e a
mim. [Comentário: A grande ênfase da Igreja de Antioquia era
sua preocupação com a evangelização. Desde o início esta característica está de
forma clara na vida dos cristãos daquela cidade. O apelo missionário falava mais
alto, a ponto de abrirem mão daqueles que por um ano ensinaram uma multidão:
Paulo e Barnabé. O capítulo 13 de Atos conta esta história. John Stott comenta
que “De acordo com Atos 13:4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito
Santo que anteriormente havia instruído a igreja no sentido de separá-los para
ele. Mas de acordo com o versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição
de mãos, os despediu. É verdade que o último verbo pode ser entendido como
“deixou-os ir”, livrando-os de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois
às vezes Lucas usa o verbo “adulou” no sentido de soltar. Mas ele também o usa
no sentido de dispensar. Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os
enviou instruindo a igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido
instruções do Espírito. Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O
primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção
pessoal e direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência
para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja
sem nenhuma referência ao Espírito.” O que levou a igreja em Antioquia
a fazer Missões, por John R. W. Stott, disponível em http://www.monergismo.com/textos/missoes/missoes_stott.htm]
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Os despediram (At 13.3)
Com estas palavras começa o
grande movimento missionário da igreja ‘até aos confins da terra’ (At 1.8). Os
princípios missionários vistos no capítulo 13 de Atos são um modelo para todas
as igrejas que enviam missionários.
(1) A atividade missionária é originada pelo
Espírito Santo, através de líderes espirituais que estão profundamente
dedicados ao Senhor e ao seu reino, buscando-o com oração e jejum.
(2) A igreja deve estar atenta ao ministério e
atividade proféticos do Espírito Santo e sua orientação.
(3) Os missionários que são enviados, devem
fazê-lo segundo a chamada e a vontade específica do Espírito Santo.
(4) Mediante a oração e o jejum, a igreja,
buscando constantemente estar em harmonia com a vontade do Espírito Santo, confirma
a chamada divina de determinadas pessoas à obra missionária. O propósito é que
a igreja envie somente aqueles que forem da vontade do Espírito Santo.
(5) Pela imposição de mãos e o envio de
missionários, a igreja indica que se compromete a sustentar e assistir os que
saem à obra. A responsabilidade da igreja que envia missionários inclui
demonstrar amor e cuidado para com eles de um modo digno de Deus, orar por eles
e sustentá-los financeiramente. Isso inclui ofertas especiais de amor para
necessidades específicas deles. O missionário é uma projeção do propósito,
interesse e missão da igreja que os envia. Essa igreja fica sendo, portanto,
uma cooperadora da verdade (Fp 1.5)” (Bíblia de Estudo Pentecostal.RJ:
CPAD, pp.1659,1660).
CONCLUSÃO
A missão da Igreja de Cristo é evangelizar.
Retornemos, pois, ao cenáculo, a fim de que, no poder e na virtude do Espírito
Santo, alcancemos os confins da Terra. Nenhum evento, enfatizamos, é mais
importante e urgente do que ganhar almas para Cristo. Pense nisto. Busque
ganhar para Jesus aqueles que estão morrendo sem ter esperança de ver Deus. [Comentário: Quando Jesus ficou diante de Pilatos para ser julgado, ele
descreveu a natureza espiritual de seu reino: "O meu reino não é deste
mundo. Se meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por
mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é
daqui" (João 18:36). Aqueles que saem do "império das trevas"
são transferidos para o "reino do Filho" (Colossenses 1:13). Jesus
"é a cabeça do corpo, da Igreja" (Colossenses 1:18), e seus súditos
gozam de "toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em
Cristo" (Efésios 1:3). Os soldados que vão batalhar para avançar a causa
deste reino espiritual usam a armadura e as armas espirituais (Efésios 6:10-17;
2 Coríntios 10:3-6) quando buscam cumprir sua missão espiritual. Usando a
espada do Espírito, que é a palavra de Deus, servos de Cristo ensinam outros
sobre o Senhor e sua graça salvadora (Romanos 1:16; 2 Timóteo 2:2), "levando
cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5). Estes
discípulos de Cristo compartilham o plano eterno de Deus "para que pela
igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos
principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que
estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Efésios 3:10-11).] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco
Barbosa
Disponível
no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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