SUBSÍDIO I
Após o episódio do julgamento das obras no Tribunal de
Cristo, virá o tempo das Bodas do Cordeiro. Antes de prosseguir a
explicação, dê uma relembrada no caminho que você já fez com a classe ao
longo das seis lições anteriores. Por intermédio do gráfico, abaixo,
mostre a dimensão linear dos acontecimentos, lembrando que a imagem é
apenas para fins didáticos:
ARREBATAMENTO DA IGREJA - GRANDE TRIBULAÇÃO
Tribunal de Cristo
Bodas do Cordeiro
Tribunal de Cristo
Bodas do Cordeiro
Então, explique a classe que até o momento, apesar de
não termos visto ainda o tema da Grande Tribulação, vimos um evento que
ocorrerá paralelamente à Grande Tribulação, o Tribunal de Cristo, e, nesta
lição, nos deteremos ao outro evento que ocorrerá simultaneamente a
Grande Tribulação: As Bodas do Cordeiro.
A palavra “bodas” quer dizer: enlace
matrimonial, casamento, festa ou banquete em que se celebram as
núpcias. É um momento de festa e de alegria o noivo e a noiva que farão um
voto de casamento até que a morte os separe. Na Escatologia
Bíblica, o período que lembra esse momento íntimo entre o noivo e a
sua noiva, isto é, Jesus Cristo e a sua Igreja. Em uma passagem dos
Evangelhos, quando próximo da sua crucificação, na verdade em sua
última Páscoa com os discípulos, nosso Senhor disse: “Eu afirmo a
vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que
beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14.25). É
bem significativo que o apóstolo João escreva no livro do Apocalipse esta
mensagem: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro” (19.9).
O cumprimento dessa bem-aventurança se dá exatamente
no advento das Bodas do Cordeiro. Nas Bodas do Cordeiro, os crentes foram
plenamente adornados de atos de justiça, pois já estiveram diante do
Tribunal de Cristo, foram ressuscitados, transformados e levados ao céu.
Assim como temos um momento de intimidade com Cristo por
intermédio da comunhão da Ceia do Senhor, as Bodas do Cordeiro é o
momento mais íntimo de Cristo com a sua Igreja. É o tempo de refrigério,
de glória, de graça e de alegria. É um tempo que marcará a
consumação da redenção dos santos. Portanto, de fato, é
bem- -aventurado quem passa pelas Bodas do Cordeiro. O momento do
nosso encontro com Jesus Cristo, o Rei dos reis, é o momento para além da
história, em que todo crente estará para sempre com o Senhor.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Jan./Fev./Mar. de 2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Após o
Arrebatamento, e antes da volta de Jesus para reinar no Milênio, os crentes
participarão das Bodas do Cordeiro. Na aula de hoje estudaremos a respeito
desse importante evento escatológico. Inicialmente explicaremos o que significa
propriamente essas Bodas, em seguida, destacaremos quem serão os convidados
para esse enlace, e ao final, mostraremos a importância de estar preparado para
se encontrar com o Noivo Amado, Jesus.
1. AS BODAS
DO CORDEIRO
As Escrituras registram vários casamentos, o
primeiro de todos celebrado pelo próprio Deus (Gn. 2.18-25), e outros célebres,
tais como o de Jacó e Lia (Gn. 29.21-25), o de Rute e Boaz (Rt. 4), o de Acabe
e Jezabel (I Rs. 16.29-31) e o de Caná, no qual Jesus transformou água em vinho
(Jo. 2.1-11). Contudo, o mais importante casamento ainda não
aconteceu, o de
Jesus (o Noivo) com a Igreja (a noiva). Esse acontecimento é comumente
denominado de Bodas do Cordeiro, e será o encontro entre Cristo e a Igreja, para
o enlace matrimonial (Ap. 19.7). O próprio Jesus se referiu a esse Casamento
por meio de parábolas (Mt. 22.2; 25.1; Lc. 12.36,36). Nessa ocasião estarão
presentes todos os salvos, que terão a oportunidade de participar da celebração
da Grande Ceia. É digno de destaque que a Igreja desfrutará da glória de entrar
nas mansões celestiais (Jo. 14.1). Para ter parte nesse enlace faz-se
necessário receber a Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, ficarão de
fora todos aqueles que desprezaram a mensagem da Cruz (I Co. 1.18-25). Em Ap.
22.12-15 há uma lista daqueles que, ao invés de se dobrarem perante Cristo,
preferiram o caminho do pecado. Ao Evangelista João foi revelado em uma visão:
“Regozije-mo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as
bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap. 19.7). O anfitrião desse
casamento é o Pai, que é descrito como Aquele que envia emissários para chamar
os convidados (Lc. 14.16-23). O noivo é o Senhor Jesus, o Amado do Pai (Mt.
3.17; 17.5). Para confirmar essa assertiva escatológica, João Batista aponta
Cristo como o Esposo (Jo. 3.27-30).
2. OS
CONVIDADOS PARA AS BODAS
Em relação aos convidados, sabemos pelas
Escrituras, mais especificamente Mt. 22.1-14, que o Pai preparou tudo nos céus
para celebrar as Bodas do Cordeiro. Ele chama alguns para participar, mas esses
desprezam o convite. Certamente essa passagem se refere aos religiosos judeus,
que desconsideraram a Cristo, quando veio para estar entre eles (Jo. 1.12).
Essa rejeição favoreceu a concretização de um mistério oculto na eternidade,
mas revelado em Cristo, a noiva revelada como a igreja (Ef. 5.32). Ainda hoje
muitos têm rejeitado a Jesus, e desconsiderado o plano salvífico de Deus (Jo.
3.16). Esses não poderão participar das Bodas do Cordeiro. Em relação aos
judeus, é digno de destaque que existem aqueles messiânicos, que se voltarem
para Cristo, portanto, fazem parte da igreja (Rm. 9.27). Não podemos esquecer
que a Igreja do Senhor é constituída de fiéis de todos os tempos, épocas e regiões
do mundo. Deus tem levantado obreiros, ao longo da história da Igreja, e em
várias localidades, que como Paulo, preparam os crentes para ser apresentados
como uma virgem a um marido, a saber, Cristo (II Co. 11.2). Por isso, o
casamento, enquanto plano de Deus, é um tipo desse encontro espiritual,
fundamentado no amor-agape (Ef. 5.25).
3. O
ENCONTRO COM O NOIVO
Esse será um encontro solene, isso porque os fiéis
do Antigo Testamento tomarão parte desse conclave (Lc. 13.29). A celebração
será marcada por um banquete, que acontecerá antes do Milênio (Ap. 19-20).
Jesus se referiu a esse momento destacando que “O Reino dos céus é semelhante a
um certo rei que celebrou as bodas de seu filho. E enviou os seus servos a
chamar os convidados para as bodas” (Mt. 22.1,3). Para alguns estudiosos, essa
festa durará 1000 anos, e coincidirá com o período do Milênio. Esse momento
envolverá Israel, que estará na terra enquanto nação. Será um evento singular,
pois o Noivo e a noiva estão unidos pelos laços do amor eterno (Ef. 5.25), da
qual Ele não desistirá (Hb. 13.8). A noiva querida será glorificada, por isso
estará para sempre com o Amado. Além disso, esse casamento será incomparável,
considerando que o Noivo e a noiva não mais enfrentarão adversidades (Rm.
8.33-39). Diferentemente de um casamento terreno, esse não poderá mais ser
desfeito pela morte, pois o Noivo e a noiva não passarão pela morte. Espera-se,
no entanto, que essa igreja seja santa (I Pe. 1.15), que não ame o mundo (Rm.
12.2), que esteja na expectativa pelo Noivo, amando-O e O adorando (Jo.
4.23,24), proclamando a mensagem de vida eterna, até os confins da terra, no
poder do Espírito Santo (Mc. 16.15; At. 1.8).
CONCLUSÃO
O mais importante enlace matrimonial ainda está
para acontecer. Esse se dará na eternidade, quando Jesus, o Noivo Amado,
encontrará a Sua noiva, a Igreja. É maravilhoso saber que faremos parte desse
conclave. Mas é preciso permanecer alerta, e não tirar o olhar daquele que é
digno do amor. Com o texto de Cantares, devemos afirmar que: “as muitas águas
não poderão apagar este amor, nem os rios afoga-lo, ainda que alguém desse
todos os bens da sua casa pelo amor, certamente o desprezariam” (Ct. 8.7).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Após galardoar
seus servos fiéis, no seu Tribunal, Jesus conduzirá a Igreja às mansões celestiais,
onde será servida a grande Ceia do Senhor. Na lição de hoje estudaremos este
evento glorioso. Veremos que os salvos de todos os lugares da Terra, em todos
os tempos, ao longo da História, estarão reunidos, sob os olhares dos milhões
de anjos, querubins, serafins e demais seres celestiais, participando da
celebração do maior evento do universo. [Comentário: Em muitos trechos do
Novo Testamento a relação entre Cristo e a Igreja é revelada pelo uso de
figuras do noivo e da noiva, tais como Jo 3.29, Rm 7.4, 2Co 11.2, Ef 5.25-33,
Ap 19.7,8, e 21.122.7. Na translação da Igreja, Cristo aparece como o noivo que
leva a noiva consigo, para que o relacionamento que foi prometido seja
consumado e os dois se tornem um. A Ceia das Bodas do Cordeiro é a comunhão da bem-aventurança
eterna, prenunciada pela Ceia do Senhor, ao invés de uma refeição literal. Este
glorioso evento terá seu inicio tão logo termine o Tribunal de Cristo. As Bodas
do Cordeiro será o enlace matrimonial entre Cristo e a Igreja. Será a sua abertura
com louvor (Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos - lhe glória; porque
vindas são as bodas do Cordeiro -
Ap 19.7); A esposa estará preparada (e já a sua esposa se aprontou - Ap 19.8); Enquanto a meretriz, a
falsa igreja é julgada; a verdadeira igreja, a noiva do Cordeiro é honrada.
Enquanto a meretriz tem suas vestes manchadas de prostituição e violência, as
vestes da noiva do Cordeiro são o mais limpo, o mais puro e o mais fino dos
linhos. A noiva se atavia, mas as vestes lhe são dadas – A igreja se santifica,
mas essa santificação vem do Senhor. A igreja desenvolve a sua salvação, mas é
Deus quem opera em nós tanto o querer como o realizar! Será celebrada a Ceia do
Senhor (Bem-aventurado aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro – Ap 19.9). Cristo mesmo servirá à
mesa (Em Verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar `a mesa, e,
chegando-se, os servirá. Lc 12.37); Os crentes do Velho Testamento participarão
desta festa (e assentar-se-ão `a mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos
Céus - Mt 8.11). Os mártires da Grande Tribulação não participarão desta festa.]
I. AS BODAS DO CORDEIRO
1. O que será? Será o encontro glorioso, já nos céus, entre
Cristo e sua Igreja amada: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória,
porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap
19.7). Os chamados “casamentos do século” nem de longe podem comparar-se às
Bodas do Cordeiro. Jesus previu esse acontecimento: “E eu vos destino o Reino,
como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino”
(Lc 22.29,30). Na visão do Apocalipse, João teve o privilégio de registrar o
anúncio do grande acontecimento, que marcará para sempre a união entre Cristo e
sua Igreja. [Comentário: As bodas ou casamento é do filho do Rei, o Senhor
Jesus Cristo e sua noiva, a Igreja, sendo o local do casamento o grande dia
final do Tribunal de Cristo, enquanto na terra, estará se findando a Grande
Tribulação. O termo "bodas" vem do latim "vota", isto é,
"votos", em alusão aos votos matrimoniais por ocasião do casamento. É
uma festa de casamento. O termo é também plural porque tal festa durava sete
dias e até 14 dias (Jz 14.12). Na festa, a alegria, solidariedade, entrega de
presentes, paz, comunhão, comida farta, quebra copos e todos os costumes
judaicos numa festa de casamento aconteciam ao som de muita música e com danças
típicas. Isto nos leva a pensar na alegria e gozo imensuráveis que experimentaremos
logo após o Tribunal de Cristo, quando nos sentaremos à mesa com Cristo, o
nosso salvador.]
2. Quem poderá participar destas
bodas? Todos os salvos em Jesus
Cristo. João viu a multidão incalculável de remidos por Cristo que estarão com
Ele nos céus (Ap 5.11). A Noiva do Cordeiro (a Igreja) é composta dos cristãos
verdadeiros e dos crentes de todas as épocas. [Comentário: Os bem-aventurados convidados para as bodas e a
noiva são as mesmas pessoas – v. 9. Essa é uma sobreposição de imagens. A noiva
é a igreja e os convidados para as bodas são todos aqueles que fazem parte da
igreja. Os convidados e a noiva são uma e a mesma coisa. A igreja é o povo mais
feliz do universo. A eternidade será uma festa que nunca acaba. As Bodas do
Cordeiro constituem um acontecimento que, evidentemente, inclui Cristo e a
Igreja. Com base em Daniel 12.1-3 e Isaías 26.19-21, a ressurreição de Israel e
dos santos do Antigo Testamento não ocorrerá até a segunda vinda de Cristo.
Apocalipse 20.4-6 esclarece que os santos da tribulação também não
ressuscitarão até aquele dia. Embora fosse impossível eliminar esses grupos da
posição de observadores, eles não ocupam a posição de participantes do
acontecimento em si.]
3. Quem ficará de fora deste
glorioso evento? A Palavra de Deus nos
assegura que ficarão de fora todos os que não se mantiveram fiéis e puros até a
volta de Jesus, porém, Apocalipse 22.15 apresenta uma relação, mais detalhada,
dos que ficarão de fora das Bodas do Cordeiro. Não poderão participar: “os
cães, os feiticeiros e os que se prostituem, e os homicidas, os idólatras e
qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22.12-15). A palavra “cães” é vista
também em Filipenses 3.2 com o mesmo sentido. Os “cães” são provavelmente os
maus obreiros, aqueles que “matam”, dispersam e exploram as ovelhas do Senhor
Jesus. Quanto à prostituição, o termo pode se referir tanto à venda do corpo
quanto a qualquer tipo de relação sexual ilícita. Deus criou o sexo e
estabeleceu leis imutáveis. Na Bíblia, temos esses preceitos em vários textos
como em Mateus 5.32; 15.19; 19.9 (relações ilícitas); 1 Coríntios 5.1
(fornicação); 6.18; 7.2 (impureza); Apocalipse 17.2 (devassidão). As Escrituras
Sagradas hoje nos advertem: “Que vos abstenhais da prostituição”. [Comentário: Todos os malfeitores serão banidos da cidade santa
não somente para serem punidos pelo seu mal, mas para que a cidade fique livre
da contaminação. A firmeza de propósito de Deus em excluir o mal do reino
definitivo é uma bênção e um encorajamento para os santos. De algum modo, o rei
providenciou vestes festivas para os convidados desafortunados, a fim de que se
trajassem adequadamente para as núpcias. Qual o sentido simbólico da
"veste nupcial?" Significa despojar-se das vestes antigas, dos andrajos
do pecado, e vestir-se com trajes santos, purificados com o sangue do Cordeiro
(Mt 22.11). Os judeus contemporâneos de Paulo, se referiam aos gentios como
‘cães’, pois os cães são animais impuros segundo a Lei: ‘Mas Jesus disse-lhe:
Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e
lançá-lo aos cachorrinhos’ (Mc 7.27). Jesus também usa esta expressão para
aqueles que não têm cuidado com as coisas de Deus: “Não deis aos cães as coisas
santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com
os pés e, voltando-se, vos despedacem” (Mt 7.6). Em Fp 3.2 "Guardai-vos
dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da
circuncisão", Paulo associa o termo aos "maus obreiros", que são
aqueles que não usam bem os recursos que Deus lhes dá e apenas fingem trabalhar
na obra (pense na parábola dos talentos) e os da "circuncisão", que
eram aqueles que obrigavam os cristãos a se circuncidarem e a guardarem a Lei
de Moisés (a epístola aos Hebreus foi escrita para suas vítimas). Ap 22.15
apresenta uma relação de pessoas que não serão salvas, isso deve nos encorajar
a investir em missões e alcançá-los.]
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“A Bíblia descreve muitos
casamentos. O próprio Deus celebrou o primeiro de todos os casamentos (Gn
2.18-25). Dentre alguns casamentos célebres, podemos destacar o de Jacó e Lia,
o de Rute e Boaz, o de Acabe e Jezabel, e o casamento em Caná, onde Jesus
realizou seu primeiro milagre.
No entanto, o mais maravilhoso
dos casamentos ainda está por vir. Jesus profetizou acerca dele por meio de
parábolas (Mt 22.2; 25.1; Lc 12.35,36) e João descreveu o que Deus lhe mostrou
em uma visão: ‘Regozije-mo-nos, e alegremo-nos, e demo-lhes glória, porque
vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou’ (Ap 19.7).
O anfitrião deste casamento será
Deus Pai. Ele é descrito preparando a cerimônia e enviando seus servos para
chamar os convidados (Lc 14.16-23). O noivo é Jesus Cristo, o Filho amado do
Pai. Em João 3.27-30, João Batista referiu-se a Jesus como ‘esposo’ e a si
mesmo como o ‘amigo do esposo’. Em Lucas 5.32-35, Jesus, em uma alusão à sua
morte, disse: ‘Dias virão, porém, em que o esposo lhe será tirado, e, então,
naqueles dias, jejuarão’” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.105-6).
II. A REJEIÇÃO AO CONVITE DO CORDEIRO
1. O convite ao povo de Israel. Na parábola das Bodas, que se encontra em
nossa Leitura Bíblica em Classe, Jesus quis antecipar o que acontecerá com os
que não estiverem preparados para entrar nos céus. No texto de Mateus 22.1-14,
vê-se que “um certo rei celebrou as bodas de seu filho” [...] (v.2). Esse rei
representa Deus, o Pai, que já preparou tudo nos céus para as bodas do
Cordeiro, de seu Filho Jesus Cristo. Num primeiro momento, aquele rei manda
“seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir”
(v.3). Refere-se aos judeus, que, durante séculos, não quiseram ouvir os
profetas que lhes transmitiram a Palavra de Deus, convidando-os para viverem
com Ele. Atualmente, muitos também não dão ouvidos aos profetas do Altíssimo
que têm alertado a Igreja quanto à volta do Rei. [Comentário: Dois insistentes convites são feito a Israel: 1º
Convite - Mt 22.3 “E enviou os seus servos a chamar os convidados para as
bodas; e estes não quiseram vir”; 2º Convite - Mt 22.4 “Depois, enviou
outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar
preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
5 Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, e outro para o seu
negócio”. No primeiro convite a resposta foi seca e mal-educada, devido à
insistência do rei arranjaram desculpas para se justificarem por não irem.
Assim também os homens estão a responder ao apelo da salvação de maneira
mal-criada e irresponsável, depois da perseverança e insistência da Igreja em
convidá-los inventam desculpas esfarrapadas como: “Tenho minha religião”, “Não
tenho tempo para a Igreja”, “Tenho receio de meus familiares”, e “Já sou
crente”.]
2. A tragédia dos que rejeitaram
a Deus. Por rejeitarem a Deus e ao
seu Filho, os judeus vêm sofrendo ao longo dos tempos. Eles sofreram com os
cativeiros assírio e babilônico, onde amargaram a dor por causa de sua
desobediência. No ano 70 d.C., Jerusalém foi invadida pelos romanos, sob o
comando do general Tito, e todos foram dispersos e perseguidos por várias
nações. Até hoje, Israel como um todo sofre por não reconhecer Jesus como o
Messias. Mas há um remanescente que será salvo (Rm 9.27; Ap 7.4-8). [Comentário: Em Rm 9.27, Paulo cita Is 10.22,23 e 1.9 para
confirmar que Deus, em sua misericórdia, preservou um remanescente do Israel
físico. Se ele não tivesse agido assim, toda a nação apóstata teria sido
aniquilada.]
3. O Rei convida a todos. Na parábola das Bodas (Mt 22.1-14) o rei
envia o convite a todos que pertencem ao seu reino, porém seus súditos não
quiseram comparecer às bodas. Estes que tiveram a liberdade de rejeitarem o
convite referem-se a Israel. No entanto, nas Bodas do Cordeiro, todos os que
rejeitarem o convite de Jesus Cristo (judeus e gentios) serão excluídos
eternamente da presença e da comunhão do Filho de Deus. [Comentário: Três classes de pessoas convidadas no primeiro
convite (vv.3-6).
a- Indiferentes - Não davam nenhum valor ao rei e
nem a seu filho.
b- Ingratos - Não foram agradecidos por serem
convidados, acharam-se merecedores de maior dádiva ainda.
c- Homicidas - Violentos e assassinos. Ultrajaram e
mataram os servos do Rei (Mt 22.6). Provocaram o rei à ira.
No último convite revela a
justiça divina irmanada à misericórdia. Segundo o costume, esses convidados não
eram dignos, isto é, eram pessoas comuns, discriminadas pela sociedade e não
desfrutavam da amizade do Rei (Mt 22.8). Estes homens, rejeitados pelos judeus,
foram receptivos ao convite régio e encheram o palácio para as bodas. Os servos
do monarca foram pelos caminhos e convidaram a todos que encontraram, tanto os
maus como os bons (Mt 22.10). É interessante notar que o texto se refere
"às saídas do caminho", indicando não apenas as pessoas dentro dos
limites de Israel, mas a tantos quantos fossem encontrados fora de suas
fronteiras. O livro de Atos dos Apóstolos é um testemunho de que o evangelho
ultrapassou os limites de Israel. Ao recusarem o convite real, os judeus
mostraram ser menos dignos do que os gentios (Rm 11.11; 15.27; 9.20-21).]
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“A Tragédia da Oportunidade
Perdida
Enquanto esperamos pela volta do
Senhor não podemos ficar na ponta dos pés, a cada momento, olhando para o céu.
A vida precisa continuar. Este é o verdadeiro argumento da parábola das dez
virgens: Cristo pode postergar o seu retorno e, se assim for, devemos manter a
nossa esperança, continuar aguardando e, enquanto isso, continuar a servi-lo
fielmente. Aqueles que não levam em conta que o Senhor pode demorar mais do que
esperam, no fim, irão se encontrar desesperados quando estiverem diante de um
futuro que não planejaram. Então, quando o Senhor voltar realmente, eles se
sentirão envergonhados (cf. 1Jo 2.28 — ARA).
A única maneira de nos
certificar se estamos prontos para a volta do Senhor é nos mantermos prontos
todos os dias. O bom senso deverá nos ensinar que, de qualquer forma, essa é a
única perspectiva adequada sobre o futuro. Afinal de contas, não sabemos quando
vamos morrer. Isso pode acontecer a qualquer momento, mesmo que o Senhor atrase
a sua volta por mais uma geração. Precisamos estar sempre preparados para a
morte, assim como para a volta do Senhor, porque de qualquer maneira iremos
enfrentar um julgamento (Hb 9.27). Estar preparado para a volta do Senhor irá,
portanto, preparar-nos também para enfrentar a morte.
Enquanto isso, devemos continuar
a nossa vida e fazer o nosso trabalho, planejando para o futuro com sabedoria e
santo entendimento. Aqueles que pensam que o iminente retorno do Senhor cancela
toda necessidade de um planejamento prudente, não entendem o que a Escritura
está esperando de nós” (MACARTHUR, John. A Segunda Vinda. 4ª
Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.165,66).
III. A NOIVA DO CORDEIRO
1. Assentados à mesa do Rei. Os crentes do Antigo Testamento juntar-se-ão
aos fiéis da Igreja, num só grupo, para assentar-se à mesa do Rei: “E virão do
Oriente, e do Ocidente, e do Norte, e do Sul e assentar-se-ão à mesa no Reino
de Deus” (Lc 13.29). Será a consagração gloriosa de todos os salvos que
venceram as lutas, obstáculos e barreiras e mantiveram-se limpos, puros: “O que
vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome
do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus
anjos” (Ap 3.5). Jesus apresentará sua Noiva “sem mancha, nem ruga, nem coisa
semelhante” (Ef 5.27). [Comentário: Quero alargar aqui a visão concisa da lição. É
necessário distinguir as bodas do Cordeiro da Ceia de Casamento. As bodas do
Cordeiro referem-se particularmente à Igreja e ocorrem no céu. A Ceia de
Casamento inclui Israel e ocorre na terra. Em Mateus 22.1-14, em Lucas 14.16-24
e em Mateus 25.1-13, trechos em que Israel aguarda o retorno do noivo e da
noiva, a festa ou a Ceia de Casamento é localizada na terra e tem referência
especial a Israel. A Ceia de Casamento torna-se então uma parábola de todo o
período do milênio para o qual Israel será convidado durante o período
tribulacional, convite que muitos rejeitarão, sendo por isso lançados fora, e
muitos aceitarão e serão recebidos. Por causa da rejeição, o convite será
estendido aos gentios, de sorte que muitos deles serão incluídos. Israel, na
segunda vinda, estará esperando que o Noivo venha para a cerimônia de casamento
e o convide para aquela ceia, na qual o Noivo apresentará Sua noiva para os
amigos (Mt 25.1-13).]
2. As características da Noiva
do Cordeiro. Vejamos algumas de suas
principais marcas:
a) É fiel. Mesmos enfrentando as intempéries da vida, a
Igreja, com a ajuda do Espírito Santo, permanecerá fiel ao seu Noivo. Hoje em
dia, infelizmente, temos visto a infidelidade de muitos crentes. Estes são
infiéis a seus cônjuges, pastores, igreja e ministério.
b) É santa. Só pode ser “Igreja” quem é santo (1Pe 1.15);
quem vive em santificação (Hb 12.14).
c) Não dá lugar ao mundo. Vivemos neste mundo, mas não pertencemos a
ele. Não podemos aceitar sua maneira de pensar (Rm 12.2). A Palavra de Deus nos
adverte: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o
amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15).
d) Espera pelo seu Noivo. A Igreja aguarda com ansiedade o glorioso dia
em que vai se encontrar com o seu Noivo. Esta é a nossa verdadeira esperança.
e) Adora a Deus. Como Igreja do Senhor precisamos adorá-lo em
espírito e em verdade (Jo 4.23). Quando nos reunimos como Igreja temos de ter a
consciência de que o mais importante é a adoração a Deus. Muitos, infelizmente,
vão à Igreja, não para adorar ao Senhor, mas apenas para serem vistos pela
liderança ou para cuidarem dos seus próprios interesses.
f) Proclama a mensagem do Noivo. Jesus mandou seus servos proclamarem o
Evangelho por todo o mundo, a toda a criatura (Mc 16.15). [Comentário 1: No Oriente, o noivado é tão sério quanto o
casamento. Na história bíblica a mulher comprometida em noivado era chamada
esposa e, apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava obrigada à
mesma fidelidade como se estivesse casada (Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.18,19).
A Igreja é a esposa de Cristo porque está comprometida com Ele (Ap 19.7; 21.9;
22.17). Naqueles dias, não era aceito que alguém entrasse numa festa sem estar
adequadamente vestido. Trazendo isto para a realidade espiritual, entendemos
que é impossível estar na celebração maior do Reino de Deus sem o traje
festivo. Os convidados sem traje nupcial representam aqueles que pensam ser
capazes de servir a Deus de qualquer modo, sem demonstrar os sinais da obra purificadora
do Calvário. Quem está vestido com sua própria justiça não tem direito de
entrar na festa. Somente aqueles que estão trajados com a "justiça dos
santos" (Ap 19.8). “O ‘linho fino’ do vestido da Igreja (vv.7,8) são os
‘atos de justiça dos santos’, indicando, portanto, resultado de julgamento do
tribunal de Cristo. Para que isso aconteça aqui, a Igreja terá subido antes]. [Comentário
2: A noiva deve permanecer pura e bela para o futuro esposo, sem
manchas ou imperfeições morais e espirituais, sempre refletindo a luz e a
glória do Noivo num mundo cada vez mais tenebroso; A noiva deve se manter fiel
ao noivo, às doutrinas, à fé, à esperança, à Palavra de Deus, não tolerando
heresias ou falsos profetas; A noiva deve amar o noivo e somente o noivo,
sendo-lhe inteiramente dedicada, santificada e consagrada, sem “flertar” com o
mundo; A noiva deve manter seu compromisso com o Noivo, assumido no momento em
que aceitou o sacrifício na Cruz do Calvário como prova máxima do amor e do
sacrifício de Cristo – esta é a verdadeira aliança que a une ao Noivo;
Finalmente, a noiva deve aguardar ansiosamente o dia do casamento e estar
preparada para a volta de Cristo, a fim de celebrar as núpcias reais – seguindo
o bom exemplo das cinco virgens prudentes (Mt 25.1-13). A Igreja, que foi o
plano de Deus para a época presente, é agora vista transladada, ressuscitada,
apresentada ao Filho pelo Pai e transformada no objeto por meio do qual a
glória eterna de Deus se manifesta para sempre. A presente era testemunhará o
início, o desenvolvimento e a conclusão do propósito de Deus, a fim de
‘constituir dentre eles um povo para o seu nome’ (At 15.14).]
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“As Bodas do Cordeiro
Quando Jesus aparecer para
destruir o Anticristo e as suas tropas, os exércitos dos céus seguirão a Jesus,
montados em cavalos brancos (que simbolizam o triunfo) ‘e vestidos de linho
fino, branco e puro’ (Ap 19.14). Esse fato identifica-os com a noiva do
Cordeiro (a Igreja) que participam das bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Isto
significa que já estiveram no céu, e já estão plenamente vestidos da ‘justiça
dos santos’ (v.8). Esse fato também deixa subentendido que aqueles atos de
justiça já estão completos, e que os crentes foram ressuscitados, transformados
e levados ao céu. Ficaria subentendido, também, que já tinham comparecido
diante do tribunal de Cristo (2Co 5.10). Que tempo de alegria e deleite aquelas
bodas serão!” (HORTON, Stanley.Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.639).
CONCLUSÃO
Diante da revelação acerca do
futuro glorioso da Igreja, vale a pena buscar a santificação para poder
participar dessa maravilhosa festa celestial. Nas Bodas do Cordeiro, só haverá
alegria, com a presença de bilhões de crentes salvos, de todo o mundo, de todos
os tempos, rodeados de anjos, do arcanjo, de querubins, serafins, dos quatro
seres viventes e dos vinte e quatro anciãos. [Comentário: “Se seguimos a Cristo, somos parte do corpo de cristãos formado pela
Igreja universal. Nossa verdadeira identidade é gloriosa, como a da noiva no
dia do seu casamento. É uma identidade que nos posiciona para a ação. A igreja
é amada e escolhida, investida de poder por Deus e separada para servir. Quando
falamos da igreja irresistível, referimo-nos a uma igreja local da qual as
pessoas jamais se cansam. Muito mais importante que isso, no entanto, é o fato
de o título nos lembrar da nossa verdadeira identidade como a noiva de Cristo e
de que vivemos à luz dessa identidade. O título significa que estamos no
processo de desenvolver as características que nos tornam gloriosos como noiva.
No fim, uma igreja é reconhecida como irresistível porque reflete a glória de
Cristo – aquele que de fato é irresistível” (Wayne Cordeiro – A
igreja irresistível, páginas 155/156). Em breve Cristo voltará como o Rei dos
reis e Senhor dos senhores. É Cristo o senhor da sua vida hoje? Você está
preparado para se encontrar com Cristo? Vigie para que aquele grande dia não o
apanhe de surpresa. ] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.
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