SUBSÍDIO I
A história de José
é uma das histórias mais belas e famosas de toda a Bíblia. É a última
história de família da narrativa dos patriarcas de Israel (Gn 37.2 - 50.26).
José é a pessoa que Deus usou para resgatar a nação de Israel da fome
intensa daquela época e, assim, preservar a descendência prometida para
herdar a terra de Canaã. Se você lê os capítulos 37.2 a 50.26,
perceberá que se trata da narrativa mais longa de todo o livro e, principalmente,
do gênero literário narrativo de toda a Bíblia.
Nesta grande seção
narrativa, é possível verificar três interrupções na história: a história
de Judá (Gn 38); a genealogia dos filhos de Israel que foram ao
Egito com Jacó (Gn 46.8-27); e a bênção de Jacó (Gn 49). São três
interrupções que suspenderam momentaneamente a sequência da narrativa, o
que é um recurso comum no gênero literário narrativo. Nesta narrativa da
vida de José, visando a preservar o povo judeu, chama atenção a ação
interventora de Deus: Ele desfaz o mal maquinado pelos irmãos
contra José, permitindo que o filho de Jacó ficasse preso por não
pecar deliberadamente, mas, logo depois, o salva e o coloca entre os
administradores do Egito por intermédio da habilidade de desvendar sonhos.
O capítulo 39,
versículos 2, 3, 21 e 23, chama a nossa atenção para a repetição dessa
expressão: “O Senhor estava com José”. A história de José tem uma
importância enorme quando levamos em conta a história da
salvação presente na Bíblia, por intermédio do advento do Senhor
Jesus Cristo. Em José, a nação de Israel foi preservada da fome e
sobreviveu, garantindo a existência do povo de Deus. O único Deus, o Deus
de Israel, guiou a história do Seu povo para preservá-lo de todo o
mal, a fim de deixar o caminho livre para o advento do Cristo.
Sobre a conclusão
da história de José, podemos constatar que o livro do Gênesis inicia a
história bíblica com Deus como o Criador de todas as coisas; os
seres humanos como a glória da criação divina, mas caídos por causa
do pecado que demonstrou o quanto o mal se internalizou no homem; mas, por
meio da eleição de um povo, o Senhor iniciou o Seu projeto de
criação redentora que, apesar das falhas do povo, foi adiante e
culminou na pessoa bendita de Jesus Cristo (Gl 4.4). O livro de Gênesis é
o início de uma história de todos aqueles que creem no Senhor como o
Salvador sonham e anelam em ver a consumação de todas as coisas. Que
o Senhor nos permita viver nesta esperança até a Sua gloriosa vinda. Amém!
Fonte: Revista Ensinador
Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de
2015.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Nesta última lição nos estudaremos a seção do livro
de Gênesis que trata a respeito da vida de José, o filho de Jacó que foi
vendido como escrevo, e se tornou governador no Egito. Inicialmente meditaremos
sobre seus primeiros dias de vida, ao lado dos seus irmãos. Em seguida,
refletiremos sobre seus tempos de adversidade, quando foi vendido como escravo.
E ao final, destacaremos a soberania divina, a fim de cumprir seus propósitos,
através da vida de José, tornando-o governador.
1. JOSÉ, O AMADO
José era um filho amado de Jacó,
no contexto de uma família problemática, nos quais seus irmãos o perseguiam
(Gn. 37.1-4). Todas as famílias enfrentam seus problemas, temos uma tendência a
idealizar demasiadamente o ambiente familiar. No caso de José, seu pai
demonstrava certo favoritismo, e isso certamente causava inveja nos irmãos. A
predileção pode resultar em transtornos nas famílias, pais que beneficiam
determinados filhos, em detrimentos de outros, pode favorecer intrigas (Gn.
37.1-11). É bem verdade que Deus deu sonhos a José, e esses inegavelmente
revelavam seu futuro, mas o jovem não teve sabedoria quanto ao momento de
expressá-los. Nem todos os sonhos são manifestações divinas, alguns deles são
provenientes das inquietações da vida. Há pessoas nas igrejas, principalmente
nas igrejas pentecostais, que supervalorizam os sonhos, e desconsideram as
instruções da Palavra de Deus (Jr. 23.25-28). A inveja dos irmãos de José
resultou em violência, e tomados pelo ódio, decidiram conspirar contra o filho
amado de Jacó. A fim de se livrarem de José, venderam o sonhador para o
midianitas. Eles não apenas venderam o irmão, mas também arquitetaram um plano,
a fim de justificar perante Jacó, a ausência do filho querido. Essa é uma
demonstração do nível de malignidade que se apoderou dos irmãos de José. Há
pessoas que de modo semelhante endurecem seus corações, e se tornam propensos à
violência, indiferentes às pessoas, e incapazes de demonstrar arrependimento (Pv.
28.13). O velho Jacó, por causa da insensibilidade dos seus filhos, acabou por
angustiar sua alma (Gn. 42.36). Como ele muitos pais, inclusive cristãos,
carregam tristezas na vida, por causa de filhos desobedientes.
2. JOSÉ, O
ESCRAVO
José, após ser vendido aos
midianitas, acabou sendo escravo no Egito, ali ele se tornaria uma fonte de
bênçãos para sua família. Mas antes passou por situações adversas, até que Deus
cumprisse Seus desígnios na vida daquele hebreu. José se tornou servo na casa
de Potifar, de modo que o Senhor abençoou aquele egípcio (Gn. 39.5). Muitas
pessoas descrentes são abençoadas por causa da fé piedosa de um cristão. Para
tanto, faz-se necessário que, como José, sejamos sal da terra e luz do mundo
(Mt. 5.13-16). A mulher de Potifar tentou o jovem José, incitando-o a trair a
confiança do seu senhor. Mas ele sabia que estava na presença de Deus, e que
não poderia decepcionar aquele a quem servia (Gn. 39.9). Fugir da tentação é
uma orientação bíblica, o exercício do domínio próprio é uma virtude cristã a
ser cultivada (II Tm. 2.2). A mulher de Potifar, insatisfeita com a fidelidade
do escravo, o denuncia injustamente, acusando-o de tê-la assediado. José foi
vítima da injustiça dos homens, acabou ser encarcerado por se negar seguir pelo
caminho mais fácil. Mas ao invés de desfalecer, preferiu confiar em Deus, que
estava no comando de todas as situações. Na prisão o Senhor o usou para
interpretar sonhos, tendo revelado ao copeiro que esse seria restituído ao
cargo. Mas esse, quando saiu da prisão, não se lembrou de imediato de José. A
confiança nos projetos humanos pode resultar em decepção. A política dos homens
é uma demonstração das injustiças que assolam a sociedade, por meio das quais
os fieis padecem sem merecer, por isso o melhor é depositar toda confiança em
Deus (Sl. 146.3-6). É maravilhoso saber que Ele está trabalhando em prol
daqueles que seguem os Seus caminhos, e que tudo coopera para o bem daqueles
que amam a Deus, e são chamados seguindo os Seus propósitos (Rm. 8.28).
3. JOSÉ, O
GOVERNADOR
Enquanto José permanecia na
prisão, Deus deu dois sonhos a Faraó, que o deixou perplexo, principalmente
porque seus adivinhos foram incapazes de explica-los. Até que o copeiro, que
havia se esquecido de José, se lembrou dele. Apesar das limitações humanas,
Deus trabalho no Seu tempo, e concretiza o que propôs fazer. José foi levado á
presença de Faraó, dando a apropriada interpretação dos sonhos, não deixando de
dar glória a Deus (Gn. 41.16). O próprio Faraó reconheceu que havia algo de especial
naquele hebreu, e o colocou como vice-governante do Egito. Mas para chegar a
esse posto ele precisou passar por momentos de adversidade, foram treze anos de
injustiças, e incompreensão por parte dos homens. Mas José tinha consciência
que estava no centro da vontade de Deus. Essa, ainda que não seja compreendida
de imediato, é sempre boa, agradável e perfeita (Rm. 12.2). A prosperidade de
José não tinha como objetivo a ostentação, nem mesmo a vingança perante seus
irmãos. Há pessoas que defendem a prosperidade como um fim em si mesmo, apenas
para mostrarem aos outros que são “abençoados”. A família de José, nos tempos
da seca, precisaram se dirigir ao Egito, a fim de buscar mantimento. Seus
irmãos não sabiam que iriam encontrar naquele lugar o jovem a quem haviam
vendido como escravo. Deus é especialista em transformar adversidade em
possibilidade. Os próprios irmãos de José demonstraram maturidade, que haviam
mudado. Eles estiveram dispostos a reparar o erro cometido, as pessoas sempre
podem mudar suas atitudes (Gn. 44.13-44). Por outro lado, a demonstração de
graça e misericórdia de José deve servir de inspiração para os cristãos. Ao
invés de querer se vingar dos seus irmãos, o vice-governador do Egito
reconheceu os propositivos divinos (Gn. 45.1-15)
CONCLUSÃO
A história de José é um exemplo
de confiança em Deus, mesmo diante dos momentos difíceis (Hb. 11.1). É
confortador saber que servimos ao mesmo Senhor, que está no comando das nossas
vidas. Sabemos que nossa leve e momentânea tribulação redundará em glória
excelente, pois fiel é Aquele que prometeu, e eternas são as suas palavras (II
Co. 14.17). Por, isso, com Paulo, podemos descansar nas riquezas insondáveis de
Deus, pois Sua sabedoria vai além do nosso entendimento, os Seus caminhos são
inescrutáveis (Rm. 11.33).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Neste domingo,
veremos como Deus usou José para garantir a sobrevivência de Israel. Tudo
começou com um sonho que, no devido tempo, fez-se realidade. Mas, do sonho à
realidade, o jovem hebreu viu-se reduzido à escravidão até ser exaltado como
governador de toda terra do Egito.
José soube esperar
com paciência.
Quem tem sonhos
dados por Deus não tem pressa. Sabe que tudo haverá de cumprir-se no tempo
estabelecido pelo Eterno. [Comentário: Dentre os doze filhos varões de Jacó,
um tem-se destacado, por demonstrar excelentes virtudes e por refletir uma
beleza interior do coração. É a história de José, o filho mais velho de Raquel,
segunda esposa e primeiro amor de Jacó. "E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28) - É impressionante como Deus cuida
do seu povo. Através de toda a Bíblia fica evidente a fidelidade e o amor do
Senhor. Ele é um verdadeiro Pai, que cuida de cada um de uma maneira única e
singular, sempre pensando em nosso benefício e daqueles que nos cercam. Nesta
última lição, veremos como esse cuidado, amor e fidelidade do Senhor se
evidenciou na vida de José, e através deste, de toda a casa de Israel.]
I. A HISTÓRIA DE JOSÉ
José era bisneto de Abraão,
amigo de Deus. À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um homem de
profundas experiências com o Senhor. A seu modo, era um profeta e um
especialista em sonhos.
1. Filho da afeição. José era filho de Raquel, a esposa amada de
Jacó (Gn 29.18-20,30). Seu nascimento foi celebrado por sua mãe (Gn 30.22-24).
Em hebraico, José significa Jeová acrescenta. [Comentário: Nascido em Padã-Arã, depois de muito
tempo em que Raquel esperou em vão por um filho (Gn 30.1,22 a 24). Os filhos da
mulher favorita de Jacó foram José e Benjamim, sendo cada um deles particular
objeto da profunda afeição de seus pais. Acredita-se que, em virtude desta
parcialidade, surgiram acontecimentos de grande importância. Na primeira
referência que a José se faz depois do seu nascimento, é ele um rapaz de
dezessete anos, dileto filho de Jacó, tendo já este patriarca atravessado o rio
Jordão, e havendo fixado em Canaã a sua residência. Raquel já tinha morrido, e
por esta razão era de Jacó que pendia o cuidado dos dois filhos favoritos, e
também por ser ainda jovem, servia José de portador de recados para seus irmãos
mais velhos, que estavam longe, guardando os rebanhos - e, andando ele vestido
com roupa superior à deles, era isso motivo de grande ofensa para os filhos de
Jacó. Talvez o seu pai tivesse feito a ‘túnica de muitas cores’ com as suas
próprias mãos, em conformidade com o costume ainda em voga entre os beduínos. E
explica-se assim o ódio e o ciúme daqueles moços. Tanto a sua mãe como ele
próprio tinham sido colocados desde o princípio em lugar de honra. Era Raquel a
verdadeira esposa - e por isso só ela é nomeada como ‘mulher de Jacó’ na
genealogia, que vem no cap. 46 de Gênesis. Além disso, a retidão de José era
tal que eles reconheciam a sua própria inferioridade, comparando as suas vidas
com a de José, mais pura e mais tranquila. E então acontecia que ele levava a
seu pai notícias dos maus feitos de seus irmãos (Gn 37.2). Mas parece que foi a
‘túnica talar de mangas compridas’ que fez que o ódio de seus irmãos se
manifestasse em atos (Gn 37.3).]
2. Filho da decisão. Talvez o seu nascimento tenha levado Jacó a
munir-se de uma firme atitude diante de Labão, seu sogro: “Deixa-me ir; que me
vá ao meu lugar e à minha terra” (Gn 30.25). O filho do coração mexeu com a
alma do patriarca que, por longos anos, achava-se exilado em Padã-Arã. Enfim,
chegara a hora de retornar à casa de Isaque, seu pai. [Comentário: Raquel, a mãe de José
teve a criança depois de anos de esterilidade (Gn 30.22). Jacó tinha 91 anos
quando José nasceu. Deus, então, manda Jacó voltar à terra de seus pais.
Atendendo as orientações de Deus, Jacó partiu de Padã-Arã com toda a sua
família, para voltar à terra de Canaã (Gn 31.17 e 18). A partida de Jacó e seus
filhos de Padã-Arã prenuncia o Êxodo das doze tribos de Israel do Egito; Eles
vão, não porque o filho do coração mexeu com a alma do patriarca, mas sim, em
resposta a um chamado de Deus para adorar na terra de Canaã (Êx 3.13-18); eles
despojaram o inimigo de sua riqueza (Êx 12.35-36); eles são perseguidos por
forças superiores e salvos por intervenção divina (Êx 14.5-31). Estes exemplos
do Antigo Testamento apontam para a peregrinação do Novo Israel, a Igreja (veja
1Co 10.1-4). Durante sua viagem de retorno à Canaã, Jacó morou em Sucote e
depois em Siquém (Gn 33.17-19). Mais tarde foi morar em Betel (Gn 35.1, 5 e 6).
Em Betel o próprio Deus anunciou ao idoso Jacó a mudança de seu nome, que
passou a ser chamado de - Israel: “aquele que luta com Deus” (Gênesis 35:10).
Posteriormente, em caminho de Betel para Efrate (Belém), morreu Raquel, mãe de
José, ao dar à luz Benjamim (Gênesis 35:19). ]
3. Filho dos sonhos. Já deixando a adolescência, José teve dois
sonhos. Assim ele relata o primeiro deles aos irmãos: “Eis que estávamos atando
molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em
pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho” (Gn
37.7). Embora campesinos e rudes, eles não tiveram dificuldades em
interpretar-lhe o sonho: “Tu deveras terás domínio sobre nós?” (Gn 37.8).
Nem sempre nossos sonhos são
compreendidos. Mas, se procedem de Deus, certamente se cumprirão no tempo da
oportunidade.
O segundo sonho foi ainda mais
significativo: “E eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim”
(Gn 37.9). Ao ouvir o relato, indagou-lhe o pai: “Porventura viremos eu, e tua
mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?” (Gn 37.10). Por causa
disso, seus irmãos vieram a odiá-lo. Jacó, entretanto, tudo guardava no
coração. Na qualidade de profeta e sacerdote de Deus, sabia que algo grandioso
estava para acontecer com o filho sonhador. [Comentário: A questão retórica foi posteriormente
respondida quando José veio a governar "sobre toda a terra do Egito"
(41.43) e, então, sobre a família da aliança vivendo no Egito. A posição de
José como cabeça da família da aliança foi .confirmada quando ele recebeu o
"direito de primogenitura" de seu pai Jacó (1Cr 5.2). Mais
insuportável se tornou José para com os seus irmãos quando ele lhes referiu os
sonhos que tinha tido (Gn 37.5 a 11). Gn 37.11: considerava o caso consigo
mesmo: esta declaração talvez antecipe a decisão posterior de Jacó de dar a
José o direito de primogenitura e porção dobrada. Não tardou muito que se
proporcionasse a oportunidade de vingança. os irmãos de José tinham ido
apascentar os seus rebanhos em Siquém, a 80 km de distância - e querendo Jacó
saber como estavam seus filhos, mandou José ali para trazer notícias dos
pastores. Mas como estes já se tinham retirado para Dotã, para ali também se
dirigiu José, andando mais 24 km. Tinha bebido pela última vez do poço de Jacó.
Dotã era uma importante estação, que ficava na grande estrada para caravanas,
que ia de Damasco ao Egito. Havia, por aqueles sítios, ricas pastagens, estando
a terra bem suprida de cisternas ou poços. Eram estas cisternas construídas na
forma de uma garrafa, estreitas por cima e largas no fundo, estando muitas
vezes secas, mesmo no inverno. E também eram empregadas para servirem de
prisão. Naquela região foi encontrar José os seus irmãos, que resolveram
tirar-lhe a vida (Gn 37.19,20). Mas Rúben, ajudado por Judá, fez todo o
possível para o salvar, e isso conseguiu, não podendo, contudo, evitar que ele
fosse vendido como escravo (Gn 37.36). os compradores eram negociantes
ismaelitas ou midianitas, os quais, tendo dado por José vinte peças de prata,
tomaram a direção do Egito (Gn 37.25, 28,36). Entretanto os irmãos de José
levaram a seu pai a túnica de mangas compridas, com manchas de sangue de uma
cabra, para fazer ver que alguma fera o havia devorado. José foi levado ao
Egito e vendido como escravo a Potifar, oficial de Faraó (Gn 39.1). Bem
depressa ganhou a confiança de seu senhor, que lhe entregou a mordomia da sua
casa (Gn 39.4). Depois disto foi José tentado pela mulher de Potifar,
permanecendo, contudo, fiel a Deus e a seu senhor (Gn 39.8,9) - sendo
falsamente acusado pela dona da casa, foi lançado numa prisão (Gn 39.20). o
carcereiro-mor tratava José com certa consideração (Gn 39.21) - e no seu
encarceramento foi o moço israelita feliz na interpretação dos sonhos de dois
companheiros de prisão, o copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó (Gn 40). o
copeiro-mor, quando o rei precisou de um intérprete para os seus sonhos, contou
ao monarca que tinha conhecido na prisão um jovem de notável sabedoria (Gn 41.1
a 13). Em consequência disto foi José chamado, afirmando ele que só como
instrumento do Altíssimo Deus podia dar a devida interpretação (Gn 41.16).
Explicado o sonho de Faraó, ele aconselhou o rei a respeito das providências
que deviam ser tomadas, por causa da fome que ameaçava afligir o Egito. Faraó
recebeu bem os seus conselhos, e colocou-o na posição própria do seu tino e
sabedoria, dando-lhe, além disso, em casamento a filha do sacerdote de om (Gn
41.37 a 45). Nesta ocasião foi-lhe dado por Faraó um nome novo, o de
Zafenate-Panéia.]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A história de
José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do
Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa do êxodo
do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para com Deus, e
as muitas maneiras como Deus protegeu e dirigiu a sua vida para o bem doutras
pessoas. Ressalta a verdade de que nos justos podem sofrer num mundo mau e
iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado para eles”
(Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.90).
II. UM ESCRAVO CHAMADO JOSÉ
Se em casa era o mais querido
dos filhos, no exílio, José teria de experimentar as angústias de um escravo. O
Senhor, porém, era com ele.
1. O preço de um jovem. Os irmãos de José venderam-no a uns
mercadores ismaelitas por vinte siclos de prata (Gn 37.28). Avaliaram-no abaixo
da cotação do mercado para a compra de um escravo (Êx 21.32). As pessoas
socialmente aviltantes não tinham muito valor. O valor de José, entretanto,
excedia ao do próprio ouro. [Comentário: Midiã
e Medã eram filhos que Abraão teve com Quetura (25.1-2), e foram posteriormente
considerados por Israel como membros da mesma tribo, assim como o seu meio
irmão Ismael (Jz 8.22-24). Esta ação foi uma espécie de sequestro, que em Êx
21.16 e Dt 24.17 classificam como passível de punição com morte. 20 ciclos de
prata era o preço médio de um escravo à época. Os mercadores levaram José ao
Egito e o venderam a Potifar, comandante da guarda real de Faraó (Gn 37.28, 36;
39.1). Na providência de Deus esta triste viagem rumo à escravidão foi o melhor
que poderia ter acontecido a José. Apesar de José não compreender o que estava
acontecendo, Deus, contudo, estava utilizando essa situação para conduzir José
a um magnífico futuro, que de outra maneira não aconteceria.]
2. A pureza de um jovem. Quem serve a Deus prospera até mesmo na
servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas logo
descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o jovem hebreu
punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a Deus prospera em qualquer
circunstância (Sl 1.3).
Por ser um jovem formoso, não
demorou a ser cobiçado pela esposa de seu amo (Gn 37.7). José, porém, temia a
Deus, e guiava-se por uma ética superior. Por isso, respondeu à sua senhora:
“Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gn 39.9). Os
Dez Mandamentos ainda não haviam sido decretados, mas a lei de Deus já estava
gravada em seu coração (Rm 2.14). [Comentário: No Egito José mostrou ser um
diligente e fidedigno escravo, granjeando o respeito e a confiança de seu novo
dono. Vendo Potifar que Deus era com José, fazendo prosperar em sua mão tudo
quanto ele empreendia (Gn 39.3), decidiu Potifar promovê-lo a supervisor, com
responsabilidade sobre todas as questões domésticas. Em Gn 39.2, o texto
afirma: "O Senhor era com José que veio a ser homem próspero..."
Ainda que isto se refira a tornar-se materialmente próspero, José era também,
certamente, bem sucedido espiritualmente. Uma das lições que pode ser aprendida
conforme a história se desenvolve é que até mesmo uma pessoa espiritualmente
bem sucedida não está isenta da tentação. Paulo adverte: "Aquele, pois,
que pensa estar em pé, veja que não caia" (1Co 10.12). Precisamos estar
sempre em guarda contra as manobras de Satanás]
3. A prisão de um jovem. Embora muito o assediasse, a mulher de
Potifar não conseguiu arrastá-lo ao pecado. Certo dia, porém, estando apenas os
dois em casa, ela o agarrou pelas roupas. Ele, desvencilhando-se, deixou-lhes
as vestes nas mãos, e fugiu nu (Gn 39.10-12). Só um homem revestido da graça de
Deus é capaz de semelhante reação.
Vendo-se rejeitada, a mulher
acusa-o de querer forçá-la. Quanto a Potifar, a fim de salvar as aparências,
manda-o à prisão, onde eram apenados os oficiais do rei (Gn 39.20). O egípcio
poderia ter executado o hebreu. Todavia, apesar de sua ira, preferiu não
matá-lo. Apesar do cárcere, José é bem-sucedido. Por isso, o carcereiro-mor
entrega-lhe o cuidado dos outros presos, pois “tudo o que ele fazia o Senhor
prosperava” (Gn 39.23). [Comentário: Interessante
notar que, tivesse Potifar acreditado na acusação feita pela esposa, de que
José havia tentado contra sua honra, indubitavelmente a punição teria sido a
morte. Há, ainda, outra lição a ser colhida: o registro inspirado informa-nos
que a esposa de Potifar instigou José não uma só vez, mas antes "todos os
dias" (versículo 10). Isto significa que ela tentou seduzi-lo tanto quando
ele estava fraco como quando ele estava forte. Algumas das mais fortes
tentações da vida são aquelas que ocorrem "todos os dias". Na prisão,
José foi tratado com grande severidade pelos seus carcereiros. A respeito dele
disse o salmista: “Feriram-lhe os pés com grilhões; puseram-no a ferros, até o
tempo em que a sua palavra se cumpriu; a palavra de Deus o provou.” (Sl 105.18
e 19). Na prisão Deus mais uma vez intervém. O capitão da guarda, por causa da
conduta exemplar de José, deu-lhe um cargo de confiança sobre os outros presos,
inclusive dois de considerável importância, lançados posteriormente na mesma
prisão: o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros.]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“1. José
tipo de Cristo. Muitos tomam José como um tipo de Cristo; uma pessoa
inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo
escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos
deliberam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante seus
juízes (1Pe 2.23).
2. A
mulher de Potifar. O contraste entre Judá e José
é forte. Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito,
enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu senhor. José lembra-nos
que nunca podemos dizer que o sexo nos leva a pecar. A escolha é nossa, agir
como Judá ou como José" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma
Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD,
2012, p.45).
III. UM LUGAR DE REFÚGIO PARA ISRAEL
José não se
limitava a sonhar; também interpretava sonhos. O seu ministério era parecido
com o de Daniel.
1. O intérprete de
sonhos. Na prisão, José foi designado a cuidar pessoalmente de dois
assessores de Faraó (Gn 40.4). E, certa manhã, ao ouvir-lhes os sonhos,
interpretou-os fidedignamente. De acordo com as suas palavras, o copeiro-mor
foi restituído ao cargo; o padeiro-mor, enforcado (Gn 40.6-22).
Quem sonha não
despreza os sonhos alheios. José, porém, atribuía este poder não a si, mas ao
Senhor: “Não são de Deus as interpretações?” (Gn 40.8). Quando atribuímos a
glória a Deus, não nos tornamos arrogantes e jamais seremos esquecidos. [Comentário: Certo dia, quando fazia sua ronda
costumeira, José notou que os prisioneiros mais ilustres, o chefe dos copeiros
e o chefe dos padeiros de Faraó, ambos tinham uma expressão muito preocupada.
Eles disseram que haviam tido um sonho estranho e que não podiam compreender o
seu significado. Depois de atribuir a interpretação a Deus, José fez saber a
eles a significação: em três dias o chefe dos copeiros seria reintegrado à sua
antiga posição, e daria o copo nas mãos de Faraó, como fazia antes. O diligente
José pediu ao chefe dos copeiros que se lembrasse dele quando estivesse de
volta à corte, pedindo ao Faraó a sua libertação. Quanto ao chefe dos padeiros,
em três dias este seria condenado à morte por ordem do rei. E assim aconteceu.
“No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um
banquete a todos os seus servos; e, no meio destes reabilitou o copeiro chefe,
mas ao padeiro chefe enforcou, como José lhes havia interpretado.” (Gn
40.20-22). ]
2. Um economista
de excelência. Passados dois anos completos,
Faraó teve dois sonhos bem agropecuários. No primeiro, viu que sete vacas
gordas eram devoradas por outras sete magras e feias. E, no segundo, observou
que sete espigas boas e graúdas eram igualmente devoradas por outras sete
mirradas e queimadas pelo vento oriental (Gn 41.2-7).
Ao interpretar o
sonho ao rei, entregou-lhe também um plano econômico que, embora simples, se
mostraria eficaz para salvar não somente o Egito, mas os povos vizinhos, entre
os quais, os hebreus (Gn 41.32-36). O plano era bastante prático: a fartura dos
primeiros sete anos deveria ser armazenada para socorrer a penúria dos sete
anos seguintes. Ao ouvi-lo, Faraó constitui imediatamente José como governador
do Egito: “Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (Gn
41.38). Seria muito bom se nossos ministros tomassem algum conselho com José. [Comentário: O escravo liberto, agora com 30 anos
de idade (Gênesis 41:46), após 13 anos de servidão, foi ritualmente adotado
pela corte, recebendo um nome egípcio: Zafenate-Panéia. Também como recompensa,
Faraó deu-lhe por mulher Asenate, filha de um sacerdote de Om cidade chamada
posteriormente de Heliópolis, o centro do culto ao sol. No devido tempo, os
acontecimentos se passaram precisamente como José previra. Durante os primeiros
sete anos, José se assegurou de que as abundantes colheitas de grãos em seu
país de adoção fossem estocadas. Durante esse período, José tem desfrutado de
prestígio e riqueza, bem como de felicidade pessoal. Asenate, sua mulher, deu à
luz dois filhos, que receberam os nomes de Manassés e Efraim ]
3. O salvador de
seu povo. Foi como primeiro-ministro do Egito que José acolheu a
família. Não somente perdoou as ofensas aos seus irmãos, como proveu-lhes toda
a subsistência. Ele soube como interpretar as adversidades pelas quais passara.
Diante da perplexidade de seus irmãos, declarou-lhes: “Deus me enviou diante da
vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida
por um grande livramento” (Gn 45.7).
Após encontrar-se
com o velho pai, Jacó, instala seus familiares na terra de Gósen, onde os
sustenta. E, ali, distante da influência dos cananeus e dos egípcios, os
hebreus puderam desenvolver-se até se tornarem uma grande e poderosa nação (Êx
1.6,7). Aquele isolamento seria benéfico a Israel. [Comentário: Mesmo com a ascensão demorada de José,
que era cárcere e, depois de Deus o usar como intérprete para os sonhos do
Faraó Ramsés, se tornar o 2º na terra do Egito, nunca foi vista uma mudança de
ego em José. Após o encontro com sua família, José arranjou a melhor terra no
Egito para que sua família morasse. José viveu muitos anos no Egito até sua
morte com 110 anos (Gn 50.22), mas nunca se esqueceu da aliança de Deus para o
povo de Israel. Essa aliança foi a de que a terra de Canaã, onde morava seu pai
Jacó, seria dada à Abraão e seus descendentes. Antes de sua morte, José pediu
para que fosse enterrado na Terra de Canaã, pois era a Terra que Deus tinha
dado a Abraão e seus descendentes por herança. ]
[O Faraó da
história de José (Gn 37.28 e seg.) foi um dos primitivos Reis Hicsos, ou reis
pastores. sabemos muitas particularidades a respeito deste soberano, mas não o
seu nome. ele reinou cerca do ano 1700 a.C. O fato de ele repentinamente elevar
o hebreu José a um lugar próximo do seu, mostra-nos o seu absoluto poder, que
ele pôde exercer em beneficio do seu favorito ministro e da família deste. A
opressão não principiou na vida de José, mas foi efetuada por um faraó
pertencente a uma dinastia que ‘não conhecera a José’ (Êx 1.8). http://iadrn.blogspot.com.br/2012/02/os-faraos-da-biblia.html]
[A Questão da
Primogenitura: A primogenitura era concedida geralmente ao filho mais velho. No
entanto, nem sempre esse critério se consolidava. Dentre os filhos de Jacó,
Rúben era o mais velho, portanto, ele devia ter recebido a bênção mais importante,
por ser o filho primogênito da família. No entanto, por ter se deitado com
Bila, concubina de seu pai (Gên 35:22), ele perdeu o direito de primogenitura.
Ao dirigir sua bênção a Rúben, Jacó disse o seguinte: “Rúben, tu és meu
primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, preeminente em dignidade
e preeminente em poder. DESCOMEDIDO COMO A ÁGUA, NÃO RETERÁS A PREEMINÊNCIA;
porquanto subiste ao leito de teu pai; então o contaminaste. Sim, ele subiu à
minha cama.” Gênesis 49:3 e 4. Por essa razão o direito de primogenitura lhe
foi tirada (ver I Crônicas 5:1). Após a queda moral de Rúben, um outro
personagem passou a se destacar naturalmente. Diz o relato bíblico que Jacó
amava mais a José do que a todos os seus filhos. Ele presenteou uma túnica real
a José, que causou inveja por parte de seus irmãos (Gênesis 37:3 e 4). Tudo
leva a crer que Deus o escolheu para desempenhar um papel especial, pois os
sonhos de natureza profética que José teve, indicavam a sua distinção em
relação aos demais membros da família (Gênesis 37:5-11). Os irmãos de José
entenderam o significado daqueles sonhos e responderam-lhe com ódio: “Tu, pois,
deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós?” Gênesis 37:8.
Não desejando ser comandados por José, os irmãos venderam-no para os mercadores
midianitas. Na ausência de José, Judá passou a assumir naturalmente, sem
conflito com os demais irmãos, a liderança da família. Essa liderança de Judá
estendeu-se até o momento do reencontro de José com o seu pai Jacó. Em I Crônicas
5:2, confirma-se que a primogenitura foi concedida a José: “Pois Judá
prevaleceu sobre seus irmãos, e dele proveio o príncipe; porém A PRIMOGENITURA
FOI DE JOSÉ.” Quando houve o reencontro da família no Egito, as indicações eram
muito claras. José teve a preeminência por tornar-se responsável pelo sustento
de toda a família (Gênesis 47:12) e por ter assumido a obrigação de preparar o
funeral do pai, honrando o desejo dele de enterrá-lo fora do Egito, no campo de
Macpela, na terra de Canaã (Gênesis 47:29 e 30; 50:13). http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=98]
[Comparações
Tipológicas entre José e Jesus:
- O pai de José
manda-o à seus irmãos, (Gênesis 37: 13 e 14). Deus enviou Jesus á Israel, (João
3:17 e 1:11).
- Os irmãos de
José conspiraram, para matá-lo, (Gênesis 37:18). Os judeus (irmãos de Jesus)
conspiraram para matá-lo, (João 5:16).
- José era amado
pelo pai, (Gênesis 37: 3 e 4). Jesus também era amado pelo Pai (Lucas 3:22 e
Mateus 3:17).
- José foi vendido
por seus irmãos, (Gênesis 37:28). Jesus também foi vendido por seus irmãos,
(judeus) (Mateus 26:14).
- Deus estava com
José, (Gênesis 39:21 a 23 e 41:38 a 39). Deus estava com Jesus, (Lucas 22:43).
- José foi preso,
(Gênesis 39:20). Jesus também foi preso, (Mateus 26:50 e 57).
- José sempre
servindo o pai, (Gênesis 37:13) a Potifar e a Faraó, (Gênesis 39:11 e 41:10) -
Jesus veio para servir, (Mateus 20:28).
- José cumpria a
vontade do pai, (Gênesis 37:14). Jesus realizou a vontade do Pai, (Lucas
22:42).
- José recebeu
todo poder no Egito, (Gênesis 41:41 e 44). Jesus recebeu do pai todo poder,
(João 17:4 e Mateus 28:18).
- José tinha uma
túnica, (Gênesis 37:3 e 31). Jesus também tinha uma túnica, (Salmo 22:18 e
Mateus 27:35).
- José foi chamado
Zafenate-Panéia, que significa salvador do mundo, (Gênesis 41:45). Jesus é o
Salvador do mundo, (João 4:42.
- José casa-se com
uma gentílica, (Gênesis 41:45). A noiva de Jesus (Igreja) é também dentre os
gentios, (João 10:16 e 15:14).
- José não foi
reconhecido pelos seus irmãos, (Gênesis 43:3 a 7). Jesus também não foi
recebido pelos judeus, (João 1:10 e 11)
- A bênção de José
chegou no tempo certo para seus irmãos, (Gênesis 45:18 a 23). A bênção de Jesus
também chegará no tempo certo á Israel, (Atos 1:11 e Romanos 11:26).
- José
apresenta-se á seus irmãos que o reconhece, (Gênesis 45:3) Jesus aparecerá no
monte das Oliveiras e será reconhecido pelos judeus (seus irmãos) como Messias
prometido (Zacarias 12:8 a 13, 13:6 e 14:4).
- Os irmãos de
José inclinaram se perante ele, (Gênesis 43:26 e 28). Os irmãos de Jesus (os
judeus) também se inclinarão perante Jesus, (Romanos 14:11).
- Os irmãos de
José suplicaram-lhe, (Gênesis 44:16 a 18). Os judeus, seus irmãos suplicarão a
Jesus, (Zacarias 12:10).
- No momento de
grande aflição os irmãos de José o encontram e ficam livres dos sofrimentos,
(Gênesis 42;2 e 43:1 e 2). Os judeus em momento de grande angustia terão
encontro com Jesus e serão livres para sempre. (Zacarias 14:1 a 3)
- José manda seus
irmãos chegarem a si, (Gênesis 45:4). Jesus chamará a si seus irmãos, (os
judeus) (Zacarias 12:7 e 8)
- Todo povo se
ajoelhou perante José, (Gênesis 41:43). Todos os joelhos se dobrarão perante
Jesus, (Filipenses 2:10).
- José estava
acima de todos no Egito, (Gênesis 41:44). Jesus estará acima de todos e estará
no Monte das Oliveiras, (Zacarias 14:4).
- Os irmãos de
José viram sua gloria inclusive seu pai. Todos verão a gloria de Jesus.]
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“As Escrituras deixam claro que a separação entre
José e o seu povo estava sob o controle de Deus. O Senhor estava operando
através de José e das circunstâncias deste, a fim de preservar a família de
Israel e reuni-la segundo as suas promessas. Quatro vezes no capítulo 39 está
escrito que ‘o Senhor estava com José’ (vv.2,3,21,23). Porque José honrava a
Deus, Deus honrava a ele. Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os
seus caminhos têm a promessa de que Deus dirigirá todos os seus passos (Pv
3.5,6)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p. 39).
CONCLUSÃO
Se fizermos a
vontade de Deus, até as adversidades redundarão em bênçãos e livramentos aos
que nos cercam. Todavia, não nos impacientemos se os sonhos que nos dá o Senhor
demoram a se cumprir. Para tudo há um tempo determinado. Há tempo para sonhar e
também para que cada sonho se realize. Que tudo ocorra, pois, de acordo com a
vontade de Deus. [Comentário: José viveu até a idade de 110 anos e
morreu no Egito, terra onde passou noventa e três anos da sua vida longe da
terra de sua parentela, sem negar sua fé. Antes de morrer, José disse a seus
irmãos: “Eu morro, mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta
terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.” (Gn 50.24). Em
seguida ele pediu que os irmãos dele fizessem uma promessa. Disse José: “Quando
Deus vos visitar, levareis os meus ossos daqui.” (Gn 50.25). A história de José
é muito mais que um simples retrato de um homem de grande caráter e de fé
admirável. É também um marco decisivo na história do povo escolhido de Deus e
um modelo de conduta para todos quantos desejam sinceramente ser fiéis ao
Senhor.]“ NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por
meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário