VÍDEO I
VÍDEO
SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
A humildade é apenas uma entre outras virtudes a
serem desenvolvidas pelos salvos em Cristo. Na lição de hoje apontaremos
algumas outras apresentadas por Paulo aos Filipenses, dentre elas destacamos:
ausência de murmuração e contenda, conduta irrepreensível, sinceridade e fidelidade.
Ao final, ressaltaremos, com o Apóstolo, a necessidade do sacrifício na obra de
Deus, trabalhando com alegria, mantendo o foco na eternidade.
1. A OPERAÇÃO DA SALVAÇÃO
A salvação é uma dádiva de Deus, ninguém é salvo
por méritos pessoais (Ef. 2.8,9; I Pe. 1.18,19). Mas muitas pessoas esquecem
que precisam desenvolver a salvação (Ef. 2.10). Não somos salvos por causa das
boas obras, mas para as boas obras, para que andemos nelas. Essa é a
admoestação de Paulo, para que os crentes trabalhem a
salvação deles, com temor e tremor. Paulo não estava mais entre os filipenses,
esse seria o momento de eles exercitarem a fé, demonstrarem maturidade. Muitos
crentes nas igrejas são eternamente dependentes dos seus líderes, como um filho
que precisa ser alimentado. Mas isso é uma deficiência, os verdadeiros cristãos
amadurecem, são capazes de seguir adiante, mesmo nas situações adversas. A
salvação começa com Deus, mas o homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo-a (I
Co. 3.6-9). O desenvolvimento da salvação se dá por meio da santificação, que é
um trabalho conjunto do ser humano com o Espírito Santo (Rm. 8.9-17). O cristão
genuíno investe no seu amadurecimento espiritual, luta contra sua natureza
pecaminosa (Rm. 14.18; I Co. 9.24-27; I Tm. 6.12). O modelo ideal a ser
perseguido é o de Jesus Cristo, Deus deseja que sejamos semelhantes a Ele no
caráter (Rm. 8.29). A expressão “com temor e tremor” revela a grandeza de Deus,
principalmente Sua santidade, por isso os crentes devem temer ofendê-Lo. Mas
isso nada tem a ver com um temor servir, um pavor que nos distancia dEle. Paulo
diz aos crentes de Roma que eles não receberam um espírito de escravidão (Rm.
8.15). Tememos, e trememos diante de Deus, por causa do Seu amor gracioso. E
confirmarmos que o Senhor está trabalhando em nossas vidas através do Seu
Espírito (Rm. 8.3,4; II Co. 3.4-6). O Espírito Santo opera na Sua igreja para
que essa realize as obras que Ele deseja (I Co. 12.4-7).
2. AS VIRTUDES DA SALVAÇÃO
A salvação é demonstrada através de virtudes, a
respeito das quais Paulo também orientou os gálatas, denominando-as de fruto do
Espírito (Gl. 5.21,22). O fruto do Espírito conduz o cristão à obediência, a
fim de fazer as coisas que Deus determinou, sempre sem murmurações ou
contendas. Há um problema quando as coisas são feitas com motivações erradas
nas igrejas locais. Muitas congregações estão sofrendo porque as pessoas fazem,
mas por vanglória. A disputa por cargos nas igrejas está adoecendo muitos
crentes, e as congregações, por causa das divisões e partidarismos (Fp. 2.3,4).
A palavra murmuração, em grego, é goggysmos, diz respeito à reclamação,
resultado de rebelião e infidelidade. Esse sentimento esteve presente entre os
filhos de Israel ao longo da peregrinação pelo deserto (I Co. 10.10; Nm.
11.1-6). Contendas, dialogismoi em grego,
descreve as disputas desnecessárias, que conduzem às dúvidas. Esse tipo de
atitude é reprovada por Paulo porque nada tem a ver com o sentimento que havia
em Cristo (Fp. 2.5). Ao invés de viverem em murmurações e contendas, os crentes
devem se voltar para o que é sublime, buscarem ter uma vida irrepreensível,
serem inculpáveis em meio a uma geração perversa (Fp. 2.14,15). A palavra
irrepreensível no grego é amemptos e expressa pureza, comportamento digno de um
seguidor de Cristo. Isso diz respeito à reputação, mas não é suficiente, é
preciso também desenvolver o caráter, a sinceridade, akeraios em grego. Essa
palavra era usada para diferenciar o vinho ou leite puros, sem mistura de água.
Sendo também inculpáveis, amomos em grego, os crentes se apresentam diante de
Deus imaculados, como um sacrifício vivo, experimentando a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus (Rm. 12.1,2). Diante dessa geração corrompida pelo
pecado, o cristão deve resplandecer, sendo sal da terra e luz do mundo (Mt.
5.14-16). Por fim, mas não por último, a salvação deve ser demonstrada através
de uma fidelidade inegociável a palavra da vida. Cristo é a própria Palavra da
Vida, o Verbo que se fez carne (Jo. 1.1; I Jo. 1.1). Os crentes são súditos de
Cristo, Aquele que recebeu um nome que está acima de todos os nomes, o Rei dos
reis. Por isso, a igreja deve se manter fiel a Sua palavra, e trabalhar a
partir dos Seus ensinamentos. Após o arrebatamento Jesus estabelecerá seu
julgamento das obras, a fim de avaliar as motivações dos trabalhos, se não
tivermos objetivos corretos, teremos trabalhado em vão (Fp. 2.16).
3. ALEGRIA DA SALVAÇÃO
Paulo é um exemplo de alguém que trabalhava na obra
de Deus com uma motivação correta. Ele está disposto, se necessário fosse, a
ser “oferecido por libação sobre sacrifício e serviço” da fé dos filipenses.
Nem todos nesses dias atuais, marcadores pela mercantilização do evangelho, são
afeitos a esse tipo de sacrifício (II Tm. 4.6). O Apóstolo usa uma metáfora do
serviço, do culto, comparando-se a um holocausto, uma oferta a Deus, na vida ou
na morte (Nm. 15.5,7,10). A palavra grega é leitourgia, e refere-se a um culto
sacrificial, no qual se apresenta ofertas. Diferentemente de muitos obreiros
dos dias modernos, Paulo mantinha o foco do seu trabalho na eternidade. Ele
sabia que um dia prestaria contas a Cristo pelo trabalho realizado. O Apóstolo
dos gentios não apenas está disposto a entregar Sua própria vida por amor a
Cristo, em serviço dos irmãos, mas também a fazê-lo com alegria. O obreiro do
Senhor não pode ter medo da morte, ainda que não deva buscá-la. Ele sabe que
está trabalhando para um Deus que tem tudo em Suas mãos. Nada que venha a
acontecer fará com que o servo de Deus venha a perder a esperança. Seja na
vida, ou na morte (Fp. 2.17), o trabalhador na seara do Mestre sabe que está
plantando para a eternidade. Muitos hoje em dia somente se interessam pelo
prêmio temporal, alguns deles já estão recebendo seu galardão, nada mais
receberão na glória. Essa é a alegria do cristão, não está fundamentada nas
circunstâncias. Essa é a alegria, chara em grego, do Espírito, que independe
das condições, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis. O problema de muitos
crentes modernos é que querem felicidade, não alegria, mas não fomos chamados
para ser felizes, mas para ser alegres. A primeira depende das circunstâncias,
a última está alicerçada em Deus, a fonte de toda alegria.
CONCLUSÃO
Deus iniciou uma boa obra em nossas vidas, e
certamente levará adiante, mas não sem antes nos conduzir à maturidade. Toda
construção exige sacrifícios, e não poucas vezes, mudanças drásticas. A fim de
produzir Seu fruto em nós, e aprimorar as Suas virtudes, o Espírito Santo
alterará os percurso dos nossos planos. Mas não temos motivo para nos
desesperar, antes estejamos alegres, sobretudo confiantes, pois Deus sabe o que
está fazendo.
Extraído do blog: subsidioebd.blogspot.com.br
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