VÍDEO I
Ev. Natalino das Neves
VÍDEO II
Prof. Fábio Segantin
SUBSÍDIO I
1 INTRODUÇÃO
Estamos diante de uma crise ministerial no contexto evangélico, existem líderes empresariais nas igrejas, mas poucos com autoridade espiritual. Na aula de hoje destacaremos a atuação espiritual de três obreiros do Senhor: Paulo e o seu amor pela igreja, Timóteo e sua aprovação para a liderança, e por último, Epafrodito, sua dedicação aos servos de Deus. Todos esses apresentam, como principal característica ministerial, a fidelidade ao Senhor.
2. PAULO, UM OBREIRO AMOROSO
Paulo, conforme destacamos em Fp. 2.17, demonstrou
ser um obreiro que estava disposto a sacrificar a própria vida em prol da obra
de Deus. Lembramos que, para esse Apóstolo, o viver era Cristo, por
conseguinte, ele não tinha a sua vida por preciosa (Fp. 1.21; At. 20.24).
Diferentemente de muitos supostos pastores dos dias atuais, Paulo não buscava seus próprios interesses, antes punha Cristo em foco, e buscava o melhor para o rebanho. Ele sabia o real significado do pastorado, algo que tem sido esquecido pelas gerações modernas, que, no contexto bíblico, sempre esteve associado ao sacrifício (Jo. 10.11-16). Essa é justamente a prova maior do amor, a disposição para entregar a própria vida pelo outro. Por isso somente podem dizer “não vivo eu, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.10) aqueles que encarnam a condição sacrificial de Cristo, o desprendimento para carregar as marcas da cruz de Cristo. Se preciso fosse Paulo morreria por causa do evangelho de Jesus Cristo, ofereceria sua vida como libação a favor do serviço pelos outros (II Tm. 4.6). E mais ainda, assim o faria não por constrangimento, mas com alegria proveniente do alto, produzida pelo Espírito (Fp. 2.18). Enquanto muitos procuram felicidade nos livros de autoajuda, Paulo nos dá, para este tempo, uma instrução a fim de obtermos a verdadeira alegria. O cristão não é feliz, ele simplesmente é mais do que feliz, é bem-aventurado, independentemente das circunstâncias. A alegria que vem de cima, que parte de Deus, gerada pelo Espírito (Gl. 5.22), é contagiante. Ninguém gosta de estar perto de crentes que somente murmuram e provocam contendas. Paulo, ao invés de desanimar a igreja, estimula a alegria mútua, fundamentada no amor. Precisamos de obreiros com conhecimento bíblico, mas também com amorosos, para não incharem (I Co. 8.3).
Diferentemente de muitos supostos pastores dos dias atuais, Paulo não buscava seus próprios interesses, antes punha Cristo em foco, e buscava o melhor para o rebanho. Ele sabia o real significado do pastorado, algo que tem sido esquecido pelas gerações modernas, que, no contexto bíblico, sempre esteve associado ao sacrifício (Jo. 10.11-16). Essa é justamente a prova maior do amor, a disposição para entregar a própria vida pelo outro. Por isso somente podem dizer “não vivo eu, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.10) aqueles que encarnam a condição sacrificial de Cristo, o desprendimento para carregar as marcas da cruz de Cristo. Se preciso fosse Paulo morreria por causa do evangelho de Jesus Cristo, ofereceria sua vida como libação a favor do serviço pelos outros (II Tm. 4.6). E mais ainda, assim o faria não por constrangimento, mas com alegria proveniente do alto, produzida pelo Espírito (Fp. 2.18). Enquanto muitos procuram felicidade nos livros de autoajuda, Paulo nos dá, para este tempo, uma instrução a fim de obtermos a verdadeira alegria. O cristão não é feliz, ele simplesmente é mais do que feliz, é bem-aventurado, independentemente das circunstâncias. A alegria que vem de cima, que parte de Deus, gerada pelo Espírito (Gl. 5.22), é contagiante. Ninguém gosta de estar perto de crentes que somente murmuram e provocam contendas. Paulo, ao invés de desanimar a igreja, estimula a alegria mútua, fundamentada no amor. Precisamos de obreiros com conhecimento bíblico, mas também com amorosos, para não incharem (I Co. 8.3).
3. TIMÓTEO, UM OBREIRO APROVADO
Timóteo, o jovem obreiro do Senhor, foi aprovado
por Deus, e escolhido por Paulo. Sabemos, a partir de II Tm. 1.5, que sua mãe e
avó eram crentes em Jesus. O próprio Timóteo era conhecedor das Escrituras, por
isso não tinha do que se envergonhar, pois manejava bem a Palavra da Verdade (II
Tm. 2.15). Mas Timóteo não apenas conhecida a Palavra de Deus, ele a exercitava,
principalmente no que tange ao companheirismo ministerial. Timóteo se converteu
na primeira viagem missionária de Paulo e uniu-se ao Apóstolo durante sua
segunda viagem missionária (At. 16.1,2). Paulo destaca que Timóteo era seu
filho na fé (I Tm. 1.2), cooperador na labuta (Rm. 16.21), mensageiro às
igrejas (I Ts. 3.6; I Co. 4.17). A competitividade ministerial está
distanciando cada vez mais os obreiros uns dos outros. A carência de “Timóteos”
já é sentida no contexto pastoral, obreiros servos nos quais se possa confiar
nos momentos de adversidade. A disputa por espaços, limitados no sistema
eclesiástico institucionalizado, tem gerado desconforto, e até enfermidades
entre os obreiros. É triste constatar que até mesmo subterfúgios mundanos estão
sendo usados para descredenciar desafetos no ministério. Que Deus levante,
nesta geração, verdadeiros “Timóteos”, obreiros simples, em alguns casos jovens
(I Tm. 4.12), mesmo tímidos (II Tm. 1.7,8), alguns doentes (I Tm. 5.23), mas
que sejam aprovados por Deus (Fp. 2.22), que cuidem dos interesses de Cristo
(Fp. 2.21) e da Sua igreja (Fp. 2.20). Paulo elogia Timóteo, dizendo que não
tem outra pessoa com “igual sentimento”, isopsychos em grego, isto é, alguém que
pensava com Ele, e com Cristo (I Co. 12.15,16). A principal dificuldade dos
obreiros do presente é a de encontrarem sucessores, pessoas para as quais eles
possam “passar o bastão”. O apadrinhamento ministerial tem sido danoso para a
igreja contemporânea. As pessoas estão sendo consagradas não por critérios
espirituais, mas pela aproximação com alguma autoridade eclesiástica. Nos
tempos de eleições convencionais o interesse por eleitores acaba sobrepujando a
de obreiros aprovados, comprometidos com a seara do Senhor. Que Deus, nestes
dias difíceis, desperte “Timóteos” para a Sua obra, homens que não busquem status,
mas, sobretudo, disposição para servir (Fp. 2.22).
4. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO
Esse valoroso obreiro do Senhor somente é citado na
Epístola de Paulo aos Filipenses. Por pouco não se tornou um daqueles obreiros
anônimos. Não podemos esquecer que a obra de Deus é feita também por aqueles
que trabalham na surdina. Não são poucos aqueles que se gastam em prol do Reino
de Deus, que não fazem promoção pessoal dos seus trabalhos. Eles são esquecidos
pelas autoridades eclesiásticas, às vezes passam despercebidos na igreja local.
Mas Deus, nos altos céus, acompanha a labuta de cada um deles, e em tempo
oportuno, reconhecerá tal trabalho (Mt. 25.21). Epafrodito significa “amável” e
seu caráter tem tudo a ver com esse nome, pois não media esforços para servir
ao Senhor e aos Seus obreiros com amor. Ele foi o portador da Epístola de Paulo
aos Filipenses, também levou uma oferta coletada pelos irmãos daquela igreja ao
Apóstolo, e com a intenção de assisti-lo na prisão em Roma (Fp. 2.25, 30,
4.18). Paulo destaca algumas características desse obreiro dedicado: irmão,
parece um atributo de menor importância, mas essa é a maior qualidade de um
obreiro (Fp. 2.25), cooperador, alguém que se coloca à disposição para ajudar
(Fp. 2.25), companheiro, alguém que não deixou Paulo sozinho na hora da luta
(Fp. 2.25). Mas Epafrodito não era perfeito, tinha suas limitações, como todo
obreiro do Senhor. Contrariando a teologia da saúde, que permeia alguns ciclos
evangélicos, Epafrodito adoeceu. Não podemos condicionar a espiritualidade do
crente à sua saúde física e/ou mental. O Deus da Bíblia é o mesmo, Ele ainda
cura hoje, mas soberanamente, às vezes, decide não curar. Epafrodito não apenas
adoeceu, ele quase morreu, trazendo preocupação a Paulo. A morte de Epafrodito
não entristeceria a Paulo por causa da sua possível partida, mas pelo
sacrifício daquele obreiro pela causa do Apóstolo, e da sua distância de casa.
A doença de Epafrodito tem um aspecto mental, pois ele “tinha muitas saudades”
e estava “muito angustiado” (Fp. 2.26,27). Qualquer obreiro do Senhor pode
passar por adversidade, sofrer por motivo de enfermidade, seja ela física ou
mental. No caso de Epafrodito, o Senhor restituiu Sua saúde, confortando o
coração de Paulo, que o enviou de volta a Filipos. E mais interessante,
orientando que Epafrodito não fosse recebido como um desertor, mas com alegria e
honra, como um obreiro dedicado à obra do Senhor (Fp. 2.29).
5. CONCLUSÃO
Três obreiros, três características, que podem ser
resumidas em uma palavra: fidelidade. As vidas de Paulo, Timóteo e Epafrodito
servem de estímulo aos obreiros desta geração. Que os jovens obreiros possam
aprender, a partir desses exemplos, e de tantos outros de obreiros fiéis, a
discernir o real significado do ministério cristão. O legado desses obreiros
fiéis do Senhor é o amor sacrificial, a aprovação pela Palavra e a dedicação ao
serviço.
Extraído do Blog: subsidioebd.blobspot.com.br
SUBSÍDIO II
MANEJE AS POSSESSÕES MATERIAIS COM INTEGRIDADE
A preocupação nos tempos bíblicos dizia respeito ao encargo da usura ou juros sobre empréstimos feitos aos pobres, os quais não dispunham de recursos financeiros para prover as necessidades básicas. [...] Más índoles e reputações ministeriais têm sido destruídas pelo mau emprego do dinheiro e possessões materiais do que praticamente por qualquer outra tentação. Poucos têm aprendido a imitar o exemplo do apóstolo Paulo. Na verdade, foi ele quem observou que os presbíteros (pastores) são merecedores “de duplicada honra” (possivelmente, mas não necessariamente, de dinheiro). Também citou: “Digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm 5.17,18). Mas o mesmo Paulo recusou aceitar salários da igreja coríntia, escolhendo antes sustentar-se por outros meios do que ser considerado como alguém que buscava obter riquezas pessoais daqueles a quem desejava ganhar para Cristo.
Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Mas eu de nenhuma destas coisas usei e não escrevi isso para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer do que alguém fazer vã esta minha glória. Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo, para não abusar do meu poder no evangelho (1 Co 9.12,15,18).
O dever de os líderes espirituais prestarem contas financeiras é algo extremamente desejável, a fim de evitar especulações desnecessárias sobre a remuneração e estilo de vida do servo do Senhor. Certo ministro que atua na pregação do Evangelho pela televisão solicitou a uma junta de diretores corretamente escolhida e comissionada, que o ajudasse na prestação de contas, de forma que a renda do seu ministério, proveniente de todas as origens, fosse devidamente monitorada. A obrigatoriedade de prestar contas não tem o desígnio de restringir a renda pessoal, mas de permitir que o público saiba que um sentinela foi instituído com o propósito de prevenir a possibilidade de abusos. Embora o Antigo Testamento proibisse os levitas de possuírem bens imóveis particulares, a restrição não é assim declarada no Novo Testamento. Não obstante, a liderança espiritual sempre deve se guardar da ganância de acumular possessões terrestres, as quais entorpecem o impacto do ministério do servo de Deus.
James K. Bridges
Texto extraído da obra “Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais”, editada pela CPAD.
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