SUBSÍDIO I
Caro professor, prezada
professora, introduza a lição desta semana falando um pouco sobre a gravidade
do pecado. O pecado foi grave e universal. A Palavra de Deus diz que “por um
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou
a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Logo, se o problema
do pecado é universal, só uma universal salvação poderia trazer a solução
definitivamente para o ser humano: “Pois assim como por uma só ofensa veio o
juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de
justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm
5.18).
Assim, com objetivo de
aprofundar a sua preparação para introduzir a lição desta semana, segue um bom
texto sobre o assunto, da autoria do comentarista da lição deste trimestre, o
pastor Claiton Ivan Pommerening:
A UNIVERSALIDADE DO PECADO
A obra expiatória de Cristo
tornou-se necessária por causa da universalidade do pecado que atingiu toda a
raça humana e também por causa da seriedade do pecado porque este corrompeu o
ser humano e prejudicou sua comunhão com Deus. Também é necessária por causa da
incapacidade do homem de resolver por si mesmo esses problemas. Portanto, a
universalidade, a seriedade e a incapacidade humana apontam para Cristo como
único possível para fazer a expiação. Assim, fez-se necessária a obra
expiatória de Cristo, que Ele padecesse ou se sacrificasse para aniquilar o
poder do pecado (Rm 5.21), a adversidade advinda dEle e também sua morte. O
sacrifício expiatório de Jesus teve lugar na cruz do Calvário e foi a
substituição do justo pelo pecador. Ele pagou o preço por nossos pecados,
tomou-os sobre si, venceu a morte e ressuscitou (Is 53). A expiação é a suprema
expressão do amor do Pai para com a humanidade através de Jesus Cristo (Jo
3.16).
Em sua morte, Cristo salientou a
seriedade do pecado e a severidade da justiça de Deus, triunfou sobre as forças
do pecado e da morte, liberando-nos de seus poderes, ofereceu satisfação ao Pai
por nossos pecados e mostrou o grande amor de Deus à humanidade. Dessa forma, a
expiação implica em que a “humanidade de Jesus significa que sua morte
expiatória é aplicável aos seres humanos; sua deidade significa que sua morte
pode servir para expiar os pecados de toda a humanidade.”
Todos foram afastados de Deus
por causa do pecado (Rm 3.23); todos se inclinam para o mal (Sl 14.3; Mc 10.18);
não há homem justo sobre a terra (Ec 7.20). O pecado é tão terrível para o ser
humano que a Bíblia afirma que ele tem o poder de afastar as pessoas de Deus e
impedir as orações (Is 59.2) e ainda de tornarem as pessoas alvos de sua ira
(Hb 10.27). Somado a isso, o homem sofreu perda física, psíquica, social e
espiritual. Além disso, a natureza também foi atingida pelo pecado e sofreu
sérias consequências (Gn 3.17-19), assim como ainda sofre por causa da
degradação, poluição e destruição do homem que, em sua ganância, a destrói,
fazendo-a gemer (Rm 8.22), aguardando novos céus e nova terra (1 Pe 3.13)
através da sua redenção.
Portanto, sua morte é a expiação
dos pecados, do hebraico kapar,
que significa cobrir (no sentido de ocultar) o pecado. Isaías escreveu que “ao
SENHOR agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por
expiação do pecado [...]” (Is 53.10). Se alguém pecasse no Antigo Testamento,
precisaria oferecer um animal pela culpa para “cobrir” a ofensa (Lv 6.2-7),
significando que o pecado foi coberto por uma vítima inocente e, portanto, não
seria mais visto, tornando-se invisível aos olhos de Deus. Esse mesmo princípio
individual era usado para os pecados da nação (Lv 4.13-20). Nesse sentido, o
sacrifício de Cristo é infinitamente mais abrangente, pois Ele não apenas cobre
os pecados, como também os remove completamente, apagando-os e, portanto,
perdoando-os (Hb 10.4-10) como se nunca houvessem sido cometidos.
Pode-se dividir a expiação em
quatro representações conforme Strong: moral, originada no amor desinteresseiro
de Deus em assegurar a libertação do pecador (Jo 3.16); comercial, um pagamento
de resgate libertando da escravidão (Mc 10.45); legal, como um ato de
obediência à Lei violada pelo pecado e uma apresentação da justiça de Deus (Mt
3.15; Gl 4.4-5); e sacrificial, como obra de mediação sacerdotal reconciliando
o homem com Deus, removendo a inimizade através da oferta pelo pecado a favor
dos transgressores e satisfazendo a exigência da justiça e santidade de Deus (Hb
10.11-12).
Além de fazer a expiação pelo
pecado de todos, Jesus também foi o Sumo Sacerdote que entrou no santuário
celestial perante Deus, com seu próprio sangue, efetuando, de uma vez por
todas, uma redenção eterna (Hb 9.11,12,24). Para provar que, a partir da morte
de Cristo, não era mais necessário oferecer sacrifício de animais, o véu do
templo, que dava acesso ao Santo dos Santos, onde ficava o propiciatório em que
se oferecia a oferta de sangue, foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51), dando
acesso pleno a todo ser humano à presença de Deus pelo novo e vivo caminho,
consagrado pela sua carne rasgada por nós (Hb 10.19-20). Assim, podemos ter
plena confiança de que seremos aceitos e amados, pois fomos purificados da má
consciência e das obras mortas e, com todo coração, aproximamo-nos mais de Deus
(Hb 10.22).
A expiação é
suficiente para todos; ela é eficiente para aqueles que crêem em Cristo. A
expiação propriamente dita, à medida que coloca a base para o trato redentor de
Deus com os homens, é ilimitada; a aplicação da expiação é limitada àqueles que
crêem verdadeiramente em Cristo. Ele é o salvador em potencial de todos os
homens; mas é efetivamente só dos crentes. “Porque para isto trabalhamos e
lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens,
principalmente dos fiéis” (1 Tm 4.10).5
Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”,
editada pela CPAD, 2017
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A salvação em
Cristo alcança a todos (Jo 3.16). É tão eficaz que foi completada de uma vez
por todas pelo “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Somente
por intermédio de um Cordeiro tão perfeito, de um sacrifício tão completo e de
um Deus tão amoroso se poderia realizar essa obra de maneira a raiar a luz para
os que estavam em trevas (Mt 4.16).[Comentário: Nesta lição iremos pensar sobre os pontos de vista
teológicos quanto à abrangência da salvação – se ela é destinada apenas aos
eleitos ou se ela está disponível à todos os homens. Deus ama à todos os
homens, indistintamente ou Ele ama aos que O amam? O que as Escrituras querem
dizer quando afirmam que Deus deseja que todos se salvem mediante a fé no
sacrifício do seu Filho Unigênito? È importante defendermos nosso ponto de
vista teológico quanto à Soteriologia, mas defender do que? Então, julgo
importante analisarmos também o que o outro sistema soteriológico afirma, até
para não incorrermos no erro de afirmar algo que ele não diz. Assim, vamos
pensar maduramente a fé cristã?]
I. O QUE É A
OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO?
1. A necessidade de expiação. Com o termo “expiação”, nos referimos ao ato de remir
uma pessoa de um crime ou falta cometida. Foi isso que aconteceu conosco por
intermédio da obra expiatória de Cristo. Esta se tornou necessária porque o
pecado atingiu a humanidade e a criação, de modo que o ser humano não consegue
resolver esse problema por si mesmo. Nesse contexto, a obra expiatória de
Cristo se expressa por meio do padecimento de cruz para aniquilar o poder do
pecado sobre o ser humano (Rm 5.20,21). Foi na cruz do Calvário o lugar em que
se deu o sacrifício expiatório de Cristo, substituindo o pecador pelo justo
Cordeiro de Deus que pagou em nosso lugar e, para sempre, a dívida do nosso
pecado (Is 53). Esse ato é a suprema expressão do amor do Pai, por meio de
Jesus Cristo, o seu Filho, para com todos os homens (Jo 3.16). [Comentário: A
palavra expiação ocorre poucas vezes na Bíblia, mas o conceito
da expiação constitui o assunto principal do Antigo e do Novo Testamento.
Palavras mais conhecidas como reconciliação, propiciatório, sangue, remissão de
pecados e perdão estão diretamente relacionadas com esse tema. O que precisamos
entender é: ‘Por Que Há a Necessidade da Expiação?’ - Deus fez o homem à sua
imagem e, como Criador, tem o maior direito de estipular o procedimento correto
para a sua criação, e isso ele fez na forma de leis destinadas para o nosso bem
(Dt 10.13). O pior que podemos fazer é violar a lei de Deus. A isso chamamos
pecado ou transgressão da lei (1Jo 3.4). Os primeiros seres humanos
transgrediram e a culpa deles evidenciou-se pela tentativa de se esconderem de
Deus. A justiça exigia uma pena pelo pecado. A pena era a morte, a separação de
Deus, manifestada pelo afastamento deles do jardim do Éden (Gn 3.8, 24). O
pecado continua até hoje, desde aquele primeiro momento ali. Paulo resumiu a
história e as consequências do pecado em Romanos 5.12: "Assim como por
um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a
morte passou a todos os homens, porque todos pecaram". Se morremos em
nossos pecados, não podemos ir para onde Cristo está (Jo 8.21, 24). Vemos,
então, que a necessidade suprema de todo homem é ter os pecados expiados, para
que receba o perdão dos pecados!1. Nenhum estudo da expiação
pode ser devidamente desenvolvido sem reconhecer em primeiro lugar olivre e soberano amor de
Deus. Esta perspectiva se encontra no texto mais conhecido da Bíblia: “Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Temos aqui
uma revelação fundamental de Deus e, portanto, do pensamento humano. Além disso
não podemos e nem devemos aventurar-nos ir.2] 1. HEADRICK, Lynn
D.; ‘A Expiação’, Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/a13_17.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017. 2. MURRAY John; ‘A Necessidade
da Expiação’. Disponível em http://www.monergismo.com/textos/expiacao/expiacao _necessidade_murray.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017.
2. A abrangência do
pecado. As Escrituras
mostram que todos pecaram e, que por isso, foram afastados da presença de Deus,
passando a inclinar-se para o mal (Rm 3.23; Sl 14.3; Mc 10.18; Ec 7.20). O
problema do pecado é tão sério, e sua abrangência tão grande, que a Bíblia
mostra que ele faz a separação entre o pecador e Deus (Is 59.2), impedindo as
pessoas de serem salvas da ira divina (Hb 10.26,27). Assim também a natureza
foi atingida pelo pecado, fazendo a Terra sofrer graves consequências naturais:
degradação ambiental, poluição, destruições por causa da ganância (Gn 3.17-19;
Rm 8.22). Por isso, a Terra geme, aguardando uma restauração plena por meio da
redenção dos filhos de Deus (2Pe 3.13; Rm 8.20,21) quando, enfim, o Senhor
Jesus reinará para sempre. [Comentário: A ofensa do pecado de um ser humano trouxe o juízo de
Deus sobre toda a humanidade e demandou uma solução universal para o pecado,
Jesus Cristo. Por causa da Queda, a morte tornou-se uma realidade e toda a criação
está sujeita a ela. "Toda a criação geme" (Rm 8.22), esperando
o momento em que Cristo voltará para libertá-la dos efeitos da morte. Paulo
começa a fazer aqui uma comparação que será concluída nos versículos 18-21. A
comparação foi interrompida por uma meditação até o v. 17. Assim, temos a
afirmação de que a morte não é natural para a humanidade, mas é o resultado
final do pecado (Gn 2.17). O reino universal da morte é a consequência direta
do pecado. Paulo não explica como toda a humanidade se viu envolvida com Adão
em seu pecado, mas simplesmente asseverou o fato. Todos os homens pecaram no
pecado de Adão – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”
(Rm 3.23). É importante dizer que, o agente ativo na tentação foi Satanás, Adão
foi o agente passivo; A queda do homem foi ocasionada pela tentação da
serpente, que semeou na mente do homem as sementes da desconfiança e da
descrença. Louis Berkhof nos informa que “embora indubitavelmente a intenção do
tentador fosse levar Adão, o chefe da aliança, a cair, não obstante dirigiu-se
a Eva, provavelmente porque (a) não exercia a chefia da aliança, e portanto,
não teria o mesmo senso de responsabilidade; (b) não recebeu diretamente a
ordem de Deus, mas apenas indiretamente e, por conseguinte, seria mais
suscetível de ceder à argumentação e duvidar; e (c) seria sem dúvida o
instrumento mais eficiente para alcançar o coração de Adão”3.
Se foi Eva que pecou par que Adão foi imputado? Adão pecou não somente como o
pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus
descendentes; e, portanto, a culpa de seu pecado é posta na conta deles, pelo
que todos são passíveis de punição e morte (Rm 5.12). Quanto a isso, Louis
Berkhof escreve: “O curso seguido pelo tentador é bem claro. Em primeiro lugar,
ele semeia as sementes da dúvida pondo em questão as boas intenções de Deus e
insinuando que sua ordem era realmente uma violação da liberdade e dos direitos
do homem. Quando nota, pela reação de Eva, que a semente tinha criado raiz,
acrescenta as sementes da descrença e do orgulho, negando que a transgressão
resultaria na morte e dando a entender claramente que a ordem divina fora
motivada pelo objetivo egoísta de manter o homem em sujeição”4.
Steve Kearney escreve: “Isaías 3.11 afirma: "Ai do perverso! Mal lhe
irá; porque a sua paga será o que as suas próprias mãos fizeram". A
primeira coisa que ocorreu com Adão e Eva é que os seus olhos foram abertos e
souberam que estavam nus (Gn 3.7). Viram em seus corpos o potencial para o mal.
A carne e o espírito lutariam pela supremacia no seu interior, e essa guerra
mataria cada vida humana (Gl 5.17). Culpados e envergonhados, usaram folhas de
figueira para cobrir a sua nudez um do outro (Gn 3.7). Também, se esconderam
entre as árvores da presença de Deus (Gn 3.8). A presença do Senhor dos
Exércitos sempre traz terror aos pecadores: eles "se esconderam nas
cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí
sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do
Cordeiro" (Ap 6.15-17). Almas impenitentes, atenção: "Horrível
cousa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10.31). Sendo afastados da presença
de Deus, Adão e Eva, naquele dia, morreram espiritualmente. Pensem em tudo o
que eles perderam! Eva tinha dito no coração: "Vou me fazer como o
Altíssimo". Agindo assim, ela perdeu o direito ao esplendor do
Paraíso. Decretaram-se maldições sobre ela (3.16), e sobre o homem (3.17-19).
Ah, como caíram os valentes! Sofrendo a morte espiritual, Adão e Eva também
iniciaram o processo de morte física: "E, expulso o homem, colocou
querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia,
para guardar o caminho da árvore da vida" (Gn 3.24). Por causa do
pecado deles, o homem, a mulher e os filhos de todas as épocas voltariam ao pó:
"Em Adão, todos morrem" (1Co 15.22)5.] 3. BERKHOF,
Louis, Teologia Sistemática - Editora Cultura Cristã; pág 206. 4. IBDEM 5.KEARNEY Steve :
“O Pecado e as Suas Conseqüências”. Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/a13_2.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017.
3. A expiação de Cristo. Como estudamos em lição anterior, os sacrifícios do Antigo
Testamento apontavam para a obra expiatória de Cristo, em que uma vítima
inocente morreria pelo verdadeiro culpado a fim de remir o pecado e a culpa
dele. Enquanto os sacrifícios do Antigo Testamento apenas minimizavam a
situação do pecador, a obra expiatória de Cristo resolve de uma vez por todas o
grave problema do pecado (Rm 3.23-25). [Comentário: O pecado é a transgressão da lei, e a justiça decreta
que deve ser punido. Jesus levou o castigo em lugar daqueles que mereciam a
punição (Is 53.8), "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro,
os nossos pecados" (1Pd 2.24). Porque Deus nos amou, ele enviou Jesus
para ser a propiciação (ou meio) pela qual os nossos pecados podem ser perdoados. Seu
sangue, o qual é capaz de expiar o pecado, vertido para a remissão desses
pecados, passa a ter efeito quando somos batizados em nome de Cristo para a
remissão dos pecados (At 2.38)6. A cruz de Cristo é a
demonstração suprema do amor de Deus (Rm 5.8; 1 Jo 4.10). O caráter supremo da
demonstração reside no extremo custo do sacrifício oferecido. É a respeito
deste elevado custo que Paulo faz referência quando escreve: “Aquele que não
poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou” (Rm 8.32). O
custo do sacrifício nos persuade a respeito da grandeza do amor de Deus e
garante a doação de todas as demais dádivas de forma gratuita.]
6. MURRAY John; ‘A Necessidade da Expiação’. Disponível
em http://www.monergismo.com/textos/expiacao/expiacao_necessidade_murray.htm. Acesso em 29 de agosto
de 2017.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor(a), é importante que você, antes de
explicar o que é a obra expiatória de Cristo, reflita, juntamente com seus
alunos, a respeito da sua necessidade. Então, inicie o tópico fazendo as
seguintes indagações: “Por que a obra expiatória de Cristo foi necessária?” “O
que é a obra expiatória de Cristo?” Ouça os alunos com atenção e incentive a
participação de todos. Explique que a obra expiatória de Cristo foi necessária
devido ao pecado de Adão e Eva contra Deus que afetou toda a criação, toda a
humanidade (Rm 3.23). Deus é Santo e todo pecado provoca a sua ira e o seu
juízo, por isso, a única solução para o pecado era, e é, a morte de Cristo na
cruz. Quando falamos a respeito do sacrifício de Cristo na cruz, estamos nos
referindo ao cancelamento pleno do pecado com base na justiça do Filho
Unigênito de Deus. Estamos também nos referindo à restauração da comunhão do
pecador com o Deus Santo mediante a sua graça.
II. O ALCANCE DA
OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO
1. A impossibilidade
humana. Toda tentativa do
homem de manter-se puro, sem pecado, e por esforço próprio, fracassou. Nesse
sentido o sistema de sacrifícios foi apenas um vislumbre do que viria por
intermédio da morte vicária de Cristo. As Escrituras mostram que a Lei é
incapaz de justificar o homem diante de Deus (Rm 3.20; Cl 2.16,17), já que o
ser humano não consegue resolver o problema grave do pecado, pois ele não pode mantê-lo
oculto diante de Deus. Somente o Senhor Jesus pode resolver tal problema. [Comentário: “Em
Romanos 1-3, Paulo argumentou que toda humanidade está perdida nas garras do
pecado, tanto judeus como gentios. Em Romanos 4, ele mostrou que a justificação
pela fé também está universalmente disponível a todos aqueles que creem que
Deus manterá a promessa que fez no evangelho — tanto para os gentios como para
os judeus. Agora, Paulo dá um passo atrás, apenas por um momento, para
perguntar como pode ser isso. Como todos os homens tornaram-se pecadores? E
como a vida pode ser oferecida a todos? Como contexto, precisamos entender uma
coisa importante sobre o relacionamento entre ‘pecado’ e ‘pecados’. Enquanto
'pecados' são atos de iniquidade ou transgressões à Lei de Deus, o ‘pecado’ é
algo diferente. Ele se refere àquele defeito essencial da natureza humana que
distorce o caráter moral do homem, obscurece sua inteligência e o incita em
direção ao mal. De acordo com a terminologia bíblica, esta condição é frequentemente
mencionada como ‘morte’, não no sentido biológico, mas espiritual”7.
O sacrifício expiatório do Messias foi ensinado nas profecias e símbolos do
Antigo Testamento, e Jesus compreendia perfeitamente as Escrituras
judaicas. Todo o sistema sacrificial mosaico e o sacerdócio que o mantinha eram
símbolos e sombras das Boas Novas vindouras. Jesus tinha
conhecimento de que os demais judeus sabiam que o núcleo desse sistema era
Levítico 17.11: 'Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre
o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará
expiação em virtude da vida'. Ao 'anunciar o seu nascimento',
Jesus declarou que a sua encarnação lhe deu um corpo que Ele
ofereceria como sacrifício pelos pecados do mundo. Portanto, quando veio ao
mundo, Ele disse: 'Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não
quiseste; antes, corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas
pelo pecado. Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a
meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade' (Hb 10.5-7).
Jesus se entregaria como oferta queimada, em submissão total a Deus,
assim como oferta pelo pecado para pagar o preço das nossas ofensas contra
Deus."8] 7. RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2014, p.300. 8. WIERSBE,
W. W. O que as palavras da cruz significam para nós. Rio de Janeiro: CPAD,
2001, pp.12-3
2. Cristo ocupou o lugar do
pecador. A expiação aponta para o
grande amor de Cristo para com o pecador. Nosso Senhor supriu a necessidade de
reconciliação do ser humano com o Pai de amor (Rm 5.8), que deu o seu Filho
como oferta expiatória. Nesse sentido, a morte de Cristo é substitutiva, pois
quem deveria morrer era o próprio homem (Rm 4.25), mas Cristo ocupou esse lugar
(1Jo 2.2) e perdoou o pecador, destruindo o poder do pecado (1Pe 2.24). A morte
vicária de Cristo na cruz representa a nossa morte (2Co 5.14), pois foi esse
sacrifício que nos resgatou da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós”
(Gl 3.13). [Comentário: A
“expiação substitutiva” se refere ao fato de que Jesus Cristo morreu em favor
de todos os pecadores. As Escrituras ensinam que todos os homens são pecadores
(leia Romanos 3:9-18 e Romanos 3:23). O preço por nosso pecado é a morte.
Romanos 6:23 nos diz: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito
de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.”9. A
Palavra de Deus sobejamente ensina que Cristo morreu vicariamente, como nosso
substituto, em nosso lugar, pagando por nosso pecado, recebendo nossa punição
(Is 53.4-8,11-12 (substituição é indiscutível); Rm 5.8; 1Co 15.3; 2Co 5.21
(substituição é indiscutível); 1Pe 2.24 (substituição é indiscutível em "levando
ele mesmo os nossos pecados sobre o madeiro"); 1Pe 3.18; Lv 1.2-4; Rm
4.25; Mt 1.21).10. A expressão “vicária”, segundo o
Dicionário Aurélio, vem latim vicariu e dá idéia de alguém “que faz as vezes de
outrem”, de substituição. A morte de Jesus não foi apenas a morte de um herói
ou de um simples mártir. Cristo padeceu em nosso lugar, pagando diante do Pai a
dívida do pecado que para nós era impossível de ser quitada.] 9. GOT
Questions.Org. O que é expiação substitutiva?. Disponível em:https://www.gotquestions.org/Portugues/expiacao-substituta.html.
Acesso em 29 de outubro de 2017. 10. SUBSTITUIÇÃO
(morte vicária), Disponível em: http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/09-SubstituicaoVicaria-Helio.htm. Acesso em 29 de outubro de 2017.
3. Alcance universal da obra
expiatória. O alcance da obra
expiatória operada por Cristo é universal, pois ela envolve todos os homens e o
homem todo — espírito, alma e corpo — (1Ts 5.23), alcançando todo o mundo (Jo
3.16). Além disso, por meio da expiação de Cristo é garantida a redenção, a
reconciliação, a justificação, a adoção e o perdão dos pecadores. Entretanto,
convém destacar: essa tão grande salvação precisa ser aceita pela fé para se
tornar efetiva (Ef 2.8). [Comentário: Teodoro de Beza ensinou que a obra expiatória
foi limitada (apenas pelos eleitos) ao perceber que ela era uma consequência
lógica e irredutível dos outros pontos da doutrina calvinista. Basicamente,
este ensino consiste na tese de que Jesus não morreu por todos os homens.
Cristo morreu apenas pelos eleitos. A expiação, portanto, foi “limitada” a
estes. Alguns cristãos creem que Jesus morreu pelos pecados de todas as
pessoas. Essa posição é comumente chamada de arminianismo (por causa de Jacó
Armínio), wesleyanismo (por causa de John Wesley) ou expiação ilimitada. Os
arminianos utilizam passagens da Escritura que falam de Jesus morrendo por
todas as pessoas, por todo o mundo, por todos, e não desejando que ninguém
pereça. Os arminianos então ensinam que para ser salvo, a pessoa deve fazer a
decisão de aceitar a morte expiatória de Jesus e tornar-se um seguidor de
Jesus. Além do mais, é dito que qualquer um pode fazer essa escolha pelo
livre-arbítrio inerente ou pela graça capacitadora universal de
Deus, chamada de graça primeira ou preveniente (wesleyanos). Subsequentemente,
a eleição é entendida como Deus escolhendo aqueles que ele previu que o
escolheriam, e visto que as pessoas escolhem serem salvas, elas podem perder a
sua salvação também. Outros cristãos crêem que Jesus morreu apenas pelos
pecados dos eleitos. Eleição significa que antes da fundação do mundo, Deus
escolheu certos indivíduos para serem recipientes da vida eterna unicamente com
base em seu propósito gracioso, à parte de qualquer mérito ou ação humana. Ele os
chama eficazmente, fazendo tudo o que é necessário
para trazê-los ao arrependimento e fé. Essa posição é
comumente chamada de calvinismo (por causa de João Calvino) de cinco pontos,
teologia reformada ou expiação limitada, que é também chamada de redenção
particular. Esses calvinistas comumente apelam àquelas passagens da Escritura
que falam da morte de Jesus somente por algumas, mas não todas as pessoas, por
suas ovelhas, sua igreja, os eleitos, seu povo, seus amigos, e todos os
cristãos. Eles discordam da expiação ilimitada, mostrando que se Jesus morreu
por todos sem exceção, então todo o mundo seria salvo, o que é na verdade a
heresia do universalismo. Eles também ensinam que as pessoas são tão pecadoras
que não podem escolher a Deus, e assim Deus regenera as pessoas antes de sua
conversão e assegura que elas serão preservadas até o final, pois a salvação
não pode ser perdida. Um ponto vital de debate é a intenção de Jesus quando ele
morreu na cruz. Jesus pretendia pagar por todos os pecados de todas as pessoas,
abrindo a porta da salvação para todos? Isso seria expiação ilimitada, ou o que
os wesleyanos e arminianos creem. Aceitamos isso quando Paulo disse que Cristo
Jesus “a si mesmo se deu em resgate por todos” em 1 Timóteo 2.6? Ou Jesus morreu para completar o pagamento do nosso perdão na cruz? Isso é
expiação limitada, ou o que os calvinistas de cinco pontos creem. Aceitamos
isso quando Jesus disse “Está consumado!” em João 19.30? 11.] 11. DISCROLL,
Marck, ‘Expiacao limitada ou ilimitada’; Disponível em: http://monergismo.com/wp-content/uploads/expiacao-limitada-ilimitada_Driscoll.pdf; Acesso em 29 de outubro de 2017.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O Alcance da Obra Salvífica de Cristo
“Há
entre os cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à extensão da
obra salvífica de Cristo. Por quem Ele morreu? Os evangélicos, de modo global,
rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino não permitirá
que nenhum ser humano ou mesmo o Diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente
separados dEle). O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange
todas as pessoas, sem exceção. Além dos textos bíblicos que demonstram ser a
natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo
é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu ‘até aos tempos da
restauração de tudo’. Alguns entendem que a expressão grega apokastaseõs
pantõn (restauração e todas as coisas) tem significado absoluto, ao invés
de simplesmente ‘todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus
santos profetas’. Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura,
não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos
e dos anjos, usar este versículo para apoiar o universalismo. Fazer assim seria
uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto” (HORTON,
Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 358).
III. CRISTO
OFERECE SALVAÇÃO A TODO O MUNDO
1. Perdão, libertação e cura. O maior resultado da salvação operada por Jesus é o
perdão dos pecados e a reconciliação do pecador com Deus. Ainda, por meio da
salvação de Cristo, Deus se faz presente na cura dos enfermos (Mt 4.23), na
ressurreição dos mortos (Jo 11.43,44), no anúncio do Evangelho aos pobres (Lc
4.18), na libertação do ser humano das várias opressões que o assolam (Lc
4.19), na chegada do Reino de Deus (Mt 10.7; Mc 1.15) e na vida eterna do salvo
(Jo 6.47; Rm 1.16). [Comentário: Ao receber Jesus como Salvador e Senhor de sua vida o
homem mergulha em um mar de bênçãos espirituais (Ef 1.3).
2. A salvação é para todo o
mundo. A Bíblia afirma que a
salvação está ao alcance de todas as pessoas (Jo 3.15; 1Tm 4.10), em qualquer
circunstância (Lc 23.43) por meio da fé e do arrependimento de coração (At
15.9; Rm 3.28; 11.6), desde que confessem a Cristo como Salvador (Rm 10.9).
Essa oferta de salvação é a evidência de que o Reino de Deus chegou aos
corações das pessoas que outrora viviam cativas, cegas e oprimidas, mas que
agora, para a glória de Deus, são livres por causa do evangelho da salvação (Is
61.1-4 cf. Lc 4.18,19).[Comentário: Os ensinamentos de Jesus apoiam o conceito de Deus
como um Deus de ira que julga o pecado. A história do homem rico e Lázaro fala
do julgamento de Deus e das graves consequências para o pecador que não se
arrepende (Lucas 16.19-31). Jesus disse em João 3.36 "Quem crê no Filho
tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus
permanece sobre ele". Aquele que crê no Filho não sofrerá a ira de
Deus pelo seu pecado porque o Filho tomou sobre Si a ira de Deus quando morreu em
nosso lugar na cruz (Romanos 5:6-11). Aqueles que não crêem no Filho, os que
não O recebem como Salvador, serão julgados no dia da ira (Romanos 2:5-6). Da
mesma maneira que a bondade de Deus permanece na vida eterna dos fiéis, a ira
de Deus permanece no castigo eterno dos rebeldes. Em outro texto, Jesus disse
dos ímpios: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a
vida eterna” (Mt 25.46). Se cremos na vida eterna, precisamos acreditar no
castigo eterno. A ira de Deus é uma coisa espantosa e assustadora. Somente
aqueles que foram cobertos pelo sangue de Cristo derramado por nós na cruz
podem estar seguros de que a ira de Deus nunca cairá sobre eles. "Como
agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira
de Deus por meio dele!" (Rm 5.9). Sobre o texto de 1 Timóteo 2.4.
3. A responsabilidade do
cristão. Há uma grande
responsabilidade para os que foram alcançados pela salvação em Cristo. Uma das
mais importantes é o compromisso de compartilhar o Evangelho por intermédio do
“Ide” de Jesus (Mt 28.19). Isso significa evangelizar e discipular pessoas que
participam do nosso círculo de contatos, sejam elas reais ou virtuais (At
5.42). Também comprometer-se com missões regionais ou mundiais, colaborando com
as igrejas locais que sustentam os missionários (At 13.2). Bem como
disponibilizar-se em favor de quem precisa de ajuda (Mt 19.21; Lc 14.13; 2Co
9.9; Gl 2.10), expressando a “fome e a sede de justiça” (Mt 5.6). Essa é a
missão social de quem foi alcançado pela salvação de Deus (At 2.42-47). [Comentário: Os
salvos em Cristo não podem se comportar de qualquer maneira, isso porque a vida
do crente demanda um procedimento ético. O comportamento dos salvos em Cristo
deve ser pautado pela humildade, cada um deve considerar “os outros superiores
a si mesmo” (Fp. 2.3). O individualismo não pode predominar no corpo de Cristo,
para tanto, cada um deve atentar não para o “que é propriamente seu, mas cada
qual também para o que é dos outros” (Fp 2.4). Ao invés de destruir-nos mutuamente,
devemos carregar as cargas uns dos outros, fazendo assim estaremos cumprindo a
lei de Cristo (Gl. 6.2)12. cada ser humano que houve a
Palavra de Deus, que é evangelizado, há de serntir-se responsável pela sua
reação, não perante quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (2Co
5.17-21). Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou
Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria
e responsabilidade de cada cristão. Sobre esta responsabilidade que agora pesa
sobre nós (1º Co 9.16). 12.
BARBOSA, José Roberto A.; ‘O Comportamento dos Salvos em Cristo’, Disponível
em:http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-evangelico-diversos/o-comportamento-dos-salvos-em-cristo.html. Acesso em 29 de outubro de 2017.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O Perdão de Cristo
“A
doutrina do perdão, proeminente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento,
refere-se ao estado ou ao ato de perdão, remissão de pecados, ou à restauração
de um relacionamento amigável. Central à doutrina do Antigo Testamento está o
conceito de cobrir o pecado da vista de Deus, representado pela palavra heb. kapar.
Isto é indicado pelas várias traduções da palavra tais como ‘apaziguar’, ‘ser
misericordioso’, ‘fazer reconciliação’, e o uso mais proeminente na expressão
‘fazer expiação’, que ocorre 70 vezes na versão KJV em inglês. Em Levítico
4.20, ela é agrupada com uma outra palavra proeminente do Antigo Testamento
empregada para perdão, com o significado de ‘enviar ou deixar partir’.
Consequentemente, em Levítico 4.20 está declarado: ‘O sacerdote por eles fará
propiciação [de karpar], e lhes será perdoado [de salah] o pecado.
Uma terceira palavra heb., na’as, ocorre frequentemente com a ideia de
‘levantar’ ou ‘dispersar’ o pecado.
[...]
Fica claro que o perdão depende de um pagamento justo, de uma penalidade pelo
pecado. Os sacrifícios do Antigo Testamento proporcionaram tipicamente e
profeticamente uma expectativa do sacrifício final de Cristo. O perdão como um
relacionamento entre Deus e o homem depende dos atributos divinos de justiça,
amor e misericórdia, e é baseado na obra de Deus ao providenciar um sacrifício apropriado”
(Dicionário Bíblico Wycliffe1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1501).
CONCLUSÃO
A salvação que Cristo oferece é tão abrangente
que, além de uma experiência espiritual primordial e libertadora da pessoa,
traz consigo implicações de ordem cultural e social que vão muito além do
indivíduo e se estendem por toda ordem de coisas criadas. Em Cristo, Deus
ofereceu salvação a todo o mundo. [Comentário: Para compreender o motivo pelo qual o homem precisa de
salvação se faz necessário saber como, quando, onde e porque se está condenado
e qual pena foi estabelecida. É necessário compreender como Deus justifica
aquele que está condenado sem invalidar a sua justiça e o porquê da necessidade
de um salvador. Por fim, se faz necessário identificar a verdadeira causa do
sofrimento da humanidade. A Bíblia claramente ensina que o problema fundamental
da humanidade é o nosso pecado e a ira de Deus contra nós por causa do nosso
pecado. A ira de Deus contra o nosso pecado é o problema fundamental de que o
evangelho trata. Jesus morreu na cruz como uma propiciação, um sacrifício que
desvia a ira de Deus (Rm 3.25; 1Jo 2.2, 4.10) a fim de que nós fôssemos salvos
por meio da fé nele ] “... corramos, com perseverança, a
carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da
fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2).
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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