quinta-feira, 27 de julho de 2017

LIÇÃO 5: A IDENTIDADE DO ESPÍRITO SANTO





SUBSÍDIO I

O Espírito Santo

A concepção milagrosa de Jesus de Nazaré é uma demonstração maravilhosa da divindade do Espírito Santo: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Conforme afirma o credo Niceno-Constantinopolitano, o “Espírito Santo é Senhor, doador da vida, procedente do Pai. O qual com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado, o qual falou pelos profetas”. Logo, não se trata de uma energia, ou emanação de alguma força ativa, mas de uma pessoa divina que age de maneira maravilhosa na vida do ser humano: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (Jo 16.8-11). O Espírito Santo é uma pessoa que confronta o ser humano a fim de convencê-lo a crer em Jesus; que atua no sentido de gerar nele uma disposição para a retidão, integridade e santidade; e traz a consciência de que todas as pessoas prestarão contas a Deus de todos os atos que praticaram no mundo.

1. O Espírito promove santidade. Não por acaso a expressão Espírito Santo consta nas Escrituras. Ora, a palavra “santo” significa “puro”, “limpo”. Tudo o que é santo significa que foi separado por Deus para fazer a sua vontade, pois se torna propriedade exclusiva de Deus. Nesse sentido, o Espírito é chamado “Santo” porque Ele é mencionado também nas Escrituras como o Espírito de Deus, o Espírito do Senhor, o Espírito de santificação (Rm 1.4) para direcionar e guiar a nossa vida. Assim, pelo Espírito Santo, somos conduzidos a vivermos uma vida de santidade e pureza. Nele não há mentira, pois revela a verdade sobre Jesus (Jo 16.14) e sobre nós mesmos (Sl 51.16). Não podemos mentir ao Santo Espírito, Ele conhece tudo em nossa vida e discerne o desejo do nosso coração (At 5.1-6). Ele é Santo e Verdadeiro!

2. Atuação do Espírito em nossa consciência. Quão imensuráveis são as maldades humanas?! Sem o auxílio divino, é impossível que a pessoa retroceda em suas maldades. Mas o Espírito Santo não descansa em trabalhar em nossa consciência, procurando que ela não se cauterize, isto é, fique indiferente aos seus apelos (1 Tm 4.1-3). O Santo Espírito age para nos purificar e, assim, experimentarmos o maravilhoso perdão de Deus, fruto do seu amor por nós.

Ensinador Cristão, Ano 18, nº 71, jul./set. 2017.

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje estudaremos a respeito da identidade do Espírito Santo, inicialmente destacaremos a identidade do Espírito Santo, enfatizando seus símbolos, e sua atuação na experiência humana. Ao final, abordaremos um dos temas mais controvertidos em relação a essa doutrina, o pecado contra o Espírito Santo. Nesse contexto, é importante defender que o Espírito Santo não é apenas uma força ativa, ou mesmo uma energia, mas uma pessoa que faz parte da Trindade.  
                                                                                                       
1. A IDENTIDADE DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo tem nomes divinos, atributos divinos lhe são aplicados, Ele é eterno, onipresente, onipotente e onisciente (Hb. 9.14; Sl. 139.7-10; Lc. 1.35; I Co. 2.10,11), obras divinas lhe são atribuídas tais como criação, regeneração e ressurreição (Gn. 1.2; Jó. 33.4; Jo. 3.5-8; Rm. 8.11). Há quem defenda que o Espírito Santo não passa de uma força ou influência, algo contrário à revelação das Escrituras, onde vemos que Ele tem personalidade: pensa (Rm. 8.27); tem vontade (I Co. 12.11), sentimento (Ef. 4.30); revela (II Pe. 1.21); ensina (Jo. 14.26); clama (Gl. 4.6); intercede (Rm. 8.26); fala (Ap. 2.7); ordena (At. 16.6,7); testifica (Jo. 15.26), entristece (Ef. 4.30), contra ele se pode mentir (At. 5.3) e blasfemar (Mt. 12.31,32). Além de Espírito Santo, Ele é chamado de Espírito de Cristo (Rm. 8.9), Consolador (Jo. 14.6), Espírito da Promessa (Ez. 36.7; Jl. 2.28), Espírito da graça (Hb. 10.29; Zc. 12.10), Espírito de vida (Rm. 8.2; Ap. 11.11) e Espírito de adoção (Rm. 8.15).

2. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO E A EXPERIÊNCIA HUMANA

Ao longo da Bíblia, o Espírito Santo nos é apresentado por meio de símbolos. Um símbolo, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “aquilo que, por um princípio de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo”. Os símbolos bíblicos que apontam para o Espírito Santo, são: fogo (Is. 4.4; Jr. 20.29); vento (Ez. 37.7-10; Jo. 3.8; At. 2.2); água (Ex. 17.6; Ez. 36.25-27; 47.1; Jo. 3.5; 4.14; 7.38, 39); selo (Ef. 1.13; II Tm. 2.19); pomba (Mt. 3.16). É o Espírito Santo convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16.7-11), afinal, a regeneração é um ato do Espírito (Jo. 3.3; I Co. 6.17-19; Rm. 8+9), o qual passa a habitar no crente após sua conversão (Jo. 14.17; Rm. 8.9; I Cr. 6.19; II Tm. 1.14; I Jo. 2.27; Cl. 1.27; I Jo. 3.24; Ap. 3.20). A atuação do Espírito efetua a obra da santificação, já que aqueles que nasceram da Palavra de Deus (I Pe. 1.23) devem desejar o crescimento (I Pe. 2.2), quando, com o crente, é produzido o Fruto do Espírito (Gl. 5.22). O Espírito Santo também nos reveste de poder para sermos testemunhas de Cristo (At. 1.8; 2.1-4).

3. PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Como o Espírito Santo tem personalidade, podemos pecar contra Ele. Os pecados que nos são apresentados na Bíblia são os seguintes: resistência (At. 7.51) – quando as pessoas se dispõem a dar ouvidos à Palavra de Deus; agravo (Hb. 10.29) – quando alguém que creu no evangelho vem a se distanciar, apostatando; entristecimento (Ef. 4.30,31); - efetivado pelo crente quando dar lugar ao pecado ao invés do Espírito; a mentira (At. 5.3) – quando alguém, dominado por Satanás, tenta enganar Espírito; a extinção (I Ts. 5.19) – quando o crente abafa a manifestação do Espírito Santo para a edificação do corpo de Cristo; e a blasfêmia (Mt. 12.31) – que é a negação continua da operação de Deus por intermédio de Cristo. É comum as pessoas ficarem preocupadas se pecaram contra o Espírito Santo, quando isso acontece é uma demonstração de que esse pecado não aconteceu. Isso porque o pecado contra o Espírito Santo é uma negação obstinada da sua atuação, que impede o pecado de arrepender-se, e de se voltar para o Pai, através do Filho, Jesus Cristo.


CONCLUSÃO

O Espírito Santo não é uma mera força, mas uma pessoa divina, cujos atributos de eternidade, onipotência, onipresença e onisciência mostram ser, Ele, a terceira Pessoa da Trindade. A Bíblia está repleta de símbolos que apontam para a manifestação do Espírito Santo na experiência humana, no convencimento, na regeneração, na santificação e na ministração no corpo de Cristo. Devemos ter o cuidado de não pecarmos contra o Santo Espírito, decaindo da graça, e entrando pelo caminho da apostasia, para que isso não venha a acontecer, o segredo é, sempre, andar no Espírito (Gl. 5.22).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

As Escrituras Sagradas revelam a identidade do Espírito Santo, sua deidade absoluta e sua personalidade, sua consubstancialidade com o Pai e o Filho como Terceira Pessoa da Trindade e suas obras no contexto histórico-salvífico. Todos esses dados da revelação só foram definidos depois do Concílio de Niceia. A formulação da doutrina pneumatológica aconteceu tardiamente na história da Igreja, na segunda metade do século IV. A presente lição pretende explicar e mostrar como tudo isso aconteceu a partir da Bíblia. [Comentário: Pneumatologia é o estudo da Terceira Pessoa da Trindade. Sua importância está no fato de que, hoje, há muito erro e confusão no tocante à personalidade, às operações e às manifestações do Espírito Santo. Não é de mais lembrar que é vital para a fé de todo crente, que o ensino Bíblico a respeito do Espírito santo seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas proporções. Também, é importante lembrar que antes da descida do Espírito Santos em Atos, Ele preexistia como a terceira pessoa da divindade, e nessa qualidade esteve sempre ativo, mas há uma notável diferença existente em Suas ministrações no Antigo e no Novo testamentos. Naquela Aliança, o Espírito descia sobre os homens apenas temporariamente, a fim de inspirá-los para algum serviço especial, e deixava-os quando essa tarefa findava. Na Nova Aliança, desde o dia de Pentecoste até os nossos dias, vivemos a dispensação do Espírito. Nesta dispensação, por meio do Espírito Santo, Deus veio para habitar nos homens. Ele vem para permanecer. O dia de Pentecoste marcou o raiar de um novo dia nas relações entre o Espírito Santo e a humanidade. Esta doutrina foi formulada em definitivo com Agostinho, isso não significa que a Igreja antes dele não conhecesse esta doutrina ou não acreditasse na Terceira Pessoa da Trindade. Lucas escreve em At 9.31 que “Assim, pois, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada, e andando no temor do Senhor; e, pelo auxílio do Espírito Santo, se multiplicava”.] 

I. O ESPÍRITO SANTO
                                
1. A revelação divina. A Bíblia mostra que a revelação divina foi progressiva, como disse um dos pais da Igreja no século IV: “O Antigo Testamento manifestou claramente o Pai e, obscuramente, o Filho. O Novo manifestou o Filho e, obscuramente, indicou a divindade do Espírito Santo. Hoje, o Espírito habita entre nós e se dá mais claramente a conhecer” (Gregório de Nazianzo). O Senhor Jesus revelou o Pai (Jo 1.18), e o Espírito Santo é quem revela o Filho (Jo 16.14; 1Co 12.3). [Comentário: Por Divindade do Espírito Santo se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da Divindade, Co-igual, Co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Filho (Mt 28.19; Jr 31.31-34; Hb 10.15-17). O Espírito Santo se faz presente na obra da criação, assim como também em toda história da Salvação. Podemos fazer referencia ao Espírito de Deus desde as primeiras linhas da bíblia, dando ênfase ao principio que da vida e existência a tudo, com que se refere o livro do Gênesis: “O Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas” (Gn 1.2). Esse mesmo Espírito que se manifestou no decorrer da história, falou através de nossos primeiros pais na fé, seguindo através dos profetas, chegando à plenitude dos tempos, quando “Deus enviou o seu filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial. E porque sois filho, enviou Deus aos nossos corações o Espírito do seu filho, que clama : Abba, Pai!” (Gl 4, 4-6).]

2. O esquecimento. Há abundância de detalhes na Bíblia sobre a identidade do Espírito Santo no que diz respeito à sua personalidade e divindade, bem como ao seu relacionamento com o Pai e o Filho. Ele aparece, literalmente, em toda a Bíblia desde o Gênesis, na criação (Gn 1.2), até o Apocalipse (22.17). Mas esses dados da revelação precisavam ser definidos, daí a necessidade de formulações teológicas exigidas pela nova realidade cultural em que a Igreja vivia e pelas demais civilizações em que o evangelho havia penetrado. Essa difícil tarefa levou séculos para ser concluída, e as várias tentativas resultaram também em heresias. [Comentário:Ao considerarmos a obra do Espírito Santo, precisamos lembrar a verdade que todas as pessoas da Divindade são ativas na obra de cada Pessoa individual. Alguns dizem que Deus Pai operou na Criação, que Deus Filho operou na Redenção e que Deus Espírito Santo opera na Salvação. Mas isso não é verdade, pois em cada manifestação das obras de Deus, a Trindade total se mostra ativa; o Pai é o Autor, o Filho é o Executor e o Espírito é o Ativador de cada ato. Por conseguinte, o Espírito Santo é Aquele que ativa e leva a término os atos iniciados http://solascriptura-tt.org/Pneumatologia/Pneumatologia-CursoPorLucio.htm.]

3. O Espírito Santo e os primeiros cristãos. À luz do Novo Testamento e comparando com a literatura patrística dos séculos II e III, fica claro que os cristãos da Era Apostólica conheciam mais sobre a identidade do Espírito Santo do que os pais da Igreja do referido período. A verdadeira identidade do Espírito Santo, com base bíblica, só aconteceu a partir de Atanásio e dos três grandes capadócios. Antes disso, a conceituação sobre o Espírito Santo era quase sempre inadequada. [Comentário: Lembrando que Jesus ensinou sobre a Terceira Pessoa da Trindade: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (Jo 3.8). Espírito e vento são a mesma palavra em grego “pneuma” e no hebraico “ruach”, Jesus faz um jogo de palavras nesse texto para destacar a existência do Espírito como análoga ao vento, demonstrando sua invisibilidade, sua imprevisibilidade, e ao mesmo tempo sua existência real e abençoadora. Aqueles ouvintes conheciam o Ruach Hakodesh e agora se familiarizavam com os ensinos de Jesus. Segue uma parte do artigo ‘A Era do Espírito’, disponível em http://ipsantoamaro.com.br/artigos/o-espirito-santo.html: “A vinda do Espírito marcaria uma nova era para o mundo, e especialmente para a igreja. Há muito tempo Deus vinha anunciando através dos profetas a chegada de uma era espetacular. Essa era foi identificada como um derramamento especial do Espírito Santo. Apesar do Espírito já estar em atividade durante todo o período do Antigo Testamento, como disse Stott, “mesmo assim, alguns profetas predisseram que nos dias do Messias, Deus concederia uma difusão liberal do Espírito Santo, nova e diferente, bem como acessível a todos”5. Isaías profetizou que depois de um tempo de muita destruição para o povo de Israel, onde os palácios seriam abandonados, as cidades ficariam desertas, as torres seriam destruídas, finalmente, Deus derramaria o “Espírito lá do alto”; então, toda uma renovação aconteceria (Is 32.14-15). Esse derramar do Espírito passou a ser uma das grandes expectativas escatológicas do povo de Deus. Isaías fala ainda: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3). Ezequiel foi ainda mais específico sobre esse derramamento: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36.27). E Joel fala da amplitude desse derramamento: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2.28-29). Toda a expectativa sobre o derramamento do Espírito pode ser vista nas palavras de João Batista no início de seu ministério: “Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo” (Mc 1.8). João Batista anunciou que a profecia do Antigo Testamento, sobre o derramar do Espírito Santo, logo se cumpriria na pessoa daquele a quem ele anunciava, o Senhor Jesus Cristo. E o próprio Senhor, após a sua ressurreição, disse aos Apóstolos: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Jerusalém seria o local onde finalmente o Espírito prometido viria. Bruner enfatiza a importância de Jerusalém nesse ponto: “Para receberem o Espírito Santo, os apóstolos são ordenados a não se ausentarem de Jerusalém. Jerusalém, no conceito de Lucas, será o local do penúltimo evento da história da salvação antes do último evento: a volta de Cristo “6. Jerusalém é a cidade escolhida para que a antiga profecia se cumpra, e assim, o Espírito prometido venha sobre o povo escolhido. Por isso, no dia do Pentecostes, Pedro claramente entendeu que a promessa havia se cumprido. Percebemos isso por suas palavras: “Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne” (At 2.16-17). Sobre essa base, ele teve a coragem de proclamar à multidão que o ouvia: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.38-39). O perdão dos pecados e o dom do Espírito eram promessas divinas que haviam acabado de se cumprir naquele dia. A última expressão de Pedro de que a promessa era para todos os que “Deus chamar”, aponta para o aspecto universal da promessa do Espírito. Joel já havia dito que o derramamento seria sobre todo tipo de pessoas, incluindo jovens, velhos, homens, mulheres, servos e servas (Jl 2.29). Independente de idade, sexo, raça e classe social, o dom incluía todos os que se arrependessem e cressem7. Agora Pedro começa a alargar ainda mais a tenda, pois começa a antever a possibilidade de que outros povos sejam incluídos.
Percebemos, portanto, que desde o Antigo Testamento, sempre houve uma promessa divina de enviar o Espírito Santo a fim de iniciar uma era diferente, a Era do Espírito. O Espírito viria habitar de forma mais plena e universal o povo de Deus, que não mais seria limitado a uma nação, pois englobaria pessoas de todas as tribos, raças, línguas e nações. O momento quando aquela promessa fosse cumprida seria um momento ímpar, um momento único na história da salvação.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
                               
Reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar aos alunos algumas das verdades a respeito do Espírito Santo extraídas do evangelho de João.

II. A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA

1. A divindade declarada. O Espírito Santo é chamado de Senhor nas Escrituras Sagradas: “Ora, o SENHOR é o Espírito” (2Co 3.17 — ARA). Os nomes “Deus” e “Espírito Santo” aparecem alternadamente na Bíblia: “Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...] Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4b). Deus e o Espírito Santo aqui são uma mesma divindade. O apóstolo Paulo também emprega esse tipo de linguagem: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3.16). Isso vem desde o Antigo Testamento: “O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou” (2Sm 23.2,3). É nessa linguagem que a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus. [Comentário: É difícil definir Personalidade quando é atributo de Deus. Deus não pode ser aquilatado pelos padrões humanos. Pode-se dizer que a Personalidade existe quando se encontram, em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda, autoconsciência e autodeterminação. O Espírito Santo possui os atributos, propriedades e qualidades de Personalidade, então se pode atribuir a esse ser, inquestionavelmente, Personalidade. O Espírito Santo pensa e sabe (1Co 2.10). O Espírito Santo pode se entristecer (Ef 4.30). O Espírito intercede por nós (Rm 8.26-27). O Espírito Santo toma decisões de acordo com Sua vontade (1Co 12.7-11). O Espírito Santo é Deus, a terceira “Pessoa” da Trindade. Como Deus, o Espírito Santo pode verdadeiramente agir como o Confortador e Consolador que Jesus prometeu que ele seria (Jo 14.16,26; 15.26). Ainda no do artigo ‘A Era do Espírito’, disponível em http://ipsantoamaro.com.br/artigos/o-espirito-santo.html, temos: “Alguns textos poderão nos dar uma breve descrição do que a Escritura considera ser a divindade do Espírito Santo. A divindade do Espírito Santo fica demonstrada pela Bíblia no fato de que ele possui atributos divinos. Ele desempenhou papel importante na criação (Gn 1.2), e desempenha na providência (Sl 104.30). Isso nos fala de sua onipotência. Também percebemos sua Onisciência, pois Isaías pergunta: “Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento?”. E Paulo diz que o Espírito “a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1Co 2.10). Sua Onipresença pode ser vista no Salmo 139:7-8 “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também”. O fato ainda de que o nome do Espírito Santo apareça junto com o nome do Pai e com o nome do Filho na fórmula batismal (Mt 28.19), e na bênção apostólica (2Co 13.13), demonstra a igualdade entre as três pessoas da Trindade, e nos leva a considerar a divindade do Espírito Santo. De todos, o texto que mais claramente aponta a divindade do Espírito Santo é Atos 5.3-4: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Na conhecida história em que Ananias e Safira vendem seu campo, mas resolvem entregar apenas metade do preço, Pedro disse que eles estavam mentindo “ao Espírito Santo”, e dessa forma, não mentiram aos homens, “mas a Deus”. Se mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus, então, o Espírito Santo é Deus.

2. A divindade revelada. O relacionamento do Espírito Santo com o Pai e com o Filho revela a sua divindade e a sua consubstancialidade com Eles. Isso está claro nas construções tripartidas do Novo Testamento (Mt 28.19, 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2). Em relação ao Pai, o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus (1Co 2.10,11); é igualmente chamado de “Espírito de Deus” (Gn 1.2) e de “o Espírito que provém de Deus” (1Co 2.12). Concernente ao Filho, Ele é chamado por Jesus de “outro Consolador” (Jo 14.16). O termo grego para “Consolador” aqui é parácleto, que significa “ajudador, advogado” e é aplicado ao Senhor Jesus como Advogado (1Jo 2.1). Ele é chamado de “Espírito de Jesus” (At 16.7), “Espírito de Cristo” (Rm 8.9) e ainda “Espírito de seu Filho” (Gl 4.6). [Comentário: Basílio de Cesaréia assevera: “Mas não atenuaremos a verdade, nem por temor trairemos nossa aliança. (…) O Senhor nos transmitiu como doutrina obrigatória e salvífica que o Espírito Santo está na mesma ordem que o Pai… Cientes da salvação operada pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, abandonaríamos o modelo de salvação que recebemos? (…) Por meio do Filho que é um, ele [o Espírito Santo que é um] se religa ao Pai, que também é um, e por si completa a Trindade bem-aventurada, digna de todo louvor”. Franklin Ferreira escreve: “A divindade do Espírito é demonstrada em sua plena igualdade com o Pai e com o Filho. Veja as seguintes formulas trinitarianas: fórmula batismal (Mt 28.19), dons espirituais (1Co 12.4-6), bênção apostólica (2Co 13.13), obras na salvação (1Pe 1.2) e “fé santíssima” (Jd 20-21). Repare na ordem diferente em que as pessoas aparecem: nem sempre o Pai vem primeiro, depois, o Filho e por último, o Espírito. Isso porque não há nenhuma nível de inferioridade entre as pessoas divinas. O Pai não é mais Deus do que o Espírito. Deve-se rejeitar a prática de numerar as pessoas da Trindade, pois ainda que cada uma delas seja designada como uma, elas não se somam entre si. Se por um lado afirmamos a plena igualdade, glória e louvor na eternidade, na história da salvação, vemos que existe uma subordinação da tarefa”http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/10/trindade-e-pessoa-espirito-santo/.]

3. Obras divinas. A divindade do Espírito Santo é vista não apenas na declaração direta das Escrituras, nem somente pelo relacionamento dEle com o Pai e o Filho, mas também nas obras de Deus. O Espírito Santo é o Criador do Universo e dos seres humanos (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Ele gerou Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35) e o ressuscitou dentre os mortos (1Pe 3.18); e ressuscitará os fiéis (Rm 8.11). Ele é o Senhor da Igreja (At 20.28); autor do novo nascimento (Jo 3.5,6); dá a vida (Ez 37.14), regenera o pecador (Tt 3.5) e distribui os dons espirituais (1Co 12.7-11). Assim, o Credo Niceno-Constantinopolitano declara: “E no Espírito Santo, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas”. A confirmação bíblica dessa verdade é abundante (2Co 3.17; Rm 8.2; Jo 15.26; Fp 3.3; 2Pe 1.21). [Comentário: O Espírito Santo é o meio pelo qual o Pai faz as seguintes obras: 1) criação e manutenção do universo (Gn 1.2; Jó 26.13; Sm 104.30); 2) divina revelação (Jo 16.12-15; Ef 3.5; 2Pd 1.21); 3) salvação (Jo 3.6; Tt 3.5; 1Pd 1.2); e 4) feitos de Jesus (Is 61.1; At 10.38). Então faz assim o Pai todas estas coisas pelo poder do Espírito Santo. Vê-se o Espírito Santo agindo na criação como o doador da vida e como aquele que qualifica os homens para suas tarefas. Ele inspirou os escritores sagrados, chama os pecadores, aplica os benefícios da salvação aos que crêem, justificando, regenerando e santificando, e edifica a igreja por meio dos meios da graça.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas. Ele tem poder próprio. É dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3 .16). Isso é uma evidência da deidade do Espírito Santo. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento. Em 1 Coríntios 2.4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por 'demonstração do Espírito Santo ’, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo. E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do Espírito, cujo efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (1 Co 2.4,5)” (GILBERTO, Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 175).

III. OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE

1. Alguns atributos incomunicáveis. A divindade do Espírito Santo é revelada também nos seus atributos divinos. Aqui apresentamos apenas alguns, devido à exiguidade do espaço. O Espírito é onipotente (Rm 15.19) e a fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At 2.4; 1Co 12.9-11). Ele é onipresente, está em toda parte do Universo (Sl 139.7-10); e é onisciente, pois conhece todas as coisas, desde as profundezas de Deus (1Co 2.10,11), passando pelo coração humano (Ez 11.5), até alcançar as coisas futuras (Lc 2.26; Jo 16.13; 1Tm 4.1). Assim a Bíblia ensina que o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14). [Comentário: O Espírito Santo: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Peneumathos], Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é um ser dotado de personalidade e vontade própria. Outra prova da divindade do Espírito encontra-se nas qualidades divinas atribuídas a Ele: Eternidade (Hb 9.14); onipresença (Sl 139.7-10); onipotência (Lc 1.35); onisciência (1Co 2.1-11); verdade (1Jo 5.6); santidade (Lc 11.3); vida (Rm 8.2), e sabedoria (Is 40.13). No Seu próprio nome “Espírito Santo”, vemos a santidade. Somente Deus possui estas qualidades. Notemos também o poder criativo do Espírito Santo: na criação do mundo o Espírito trouxe a vida — Gn 1:2; Jó 26:13; 33:4; Sl 104:30.]

2. Alguns atributos comunicáveis. A santidade de Deus é o atributo mais solenizado nas Escrituras (Is 6.3; Ap 15.4). O termo “santo” é aplicado ao Espírito como consequência direta de sua natureza e não como resultado de uma fonte externa. Ele é santo em si mesmo; assim, não precisa ser santificado, pois é Ele quem santifica (Rm 15.16; 1Co 6.11). A bondade é outro atributo divino, por isso, Jesus disse: “Ninguém há bom senão um, que é Deus” (Mc 10.18 e passagens paralelas de Mt 19.17; Lc 18.19); no entanto, a Bíblia ensina que o Espírito Santo é bom (Ne 9.20; Sl 143.10). O Espírito é a verdade (1Jo 5.6) e sábio (Is 11.2). [Comentário: O que são atributos comunicáveis? São atributos morais, através dos quais o Espírito Santo comunica determinadas verdades ao seu povo, levando-os, a uma plena identificação com Ele - santidade, misericórdia, bondade, justiça e amor. Louis Berkhof escrevendo sobre os Atributos Morais de Deus, diz: “Os atributos morais de Deus são geralmente considerados como as perfeições divinas mais gloriosas. Não que um atributo de Deus seja em si mesmo mais perfeito e mais glorioso que outro, mas, relativamente ao homem, as perfeições morais de Deus refulgem com um esplendor todo seu. Geralmente são discutidos sob três títulos: (1) a bondade de Deus; (2) a santidade de Deus; e (3) a justiça de Deus”. Leia mais em:http://www.monergismo.com/textos/atributos_deus/moral_berkhof.htm]

3. O Espírito Santo e a Trindade. O Espírito Santo iguala-se ao Pai e ao Filho, tendo também um nome, pois o Senhor Jesus determinou que os seus discípulos batizassem “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Isso significa ser o Espírito Santo objeto de nossa fé, pois em seu nome somos batizados, indicando reconhecimento igual ao do Pai e do Filho. A expressão “comunhão com o Espírito Santo” (2Co 13.13) mostra que Ele é não apenas objeto de nossa fé, mas também de nossa oração e adoração. Há uma absoluta igualdade dentro da Trindade e nenhuma das três Pessoas está sujeita à outra, como se houvesse uma hierarquia na substância divina. Existe, sim, uma distinção de serviço, e o Espírito Santo representa os interesses do Pai e do Filho na vida da Igreja na terra (Jo 16.13,14). [Comentário: Ao discutir a doutrina da Trindade, temos que distinguir o que é tecnicamente conhecido como Trindade Ontológica e Trindade Econômica. Por Trindade Ontológica, entende-se a Trindade que subsiste na Divindade, desde toda eternidade. Na sua vida essencial e inata, dizemos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são os mesmos em substância, possuindo atributos e poderes idênticos e, portanto, são iguais em glória. Isto diz respeito à existência essencial de Deus. Por Trindade Econômica, significamos a Trindade tal como se manifesta no mundo, especialmente na redenção do pecador. Existem três obras adicionais, se assim podemos descrever, que são atribuídas à Trindade, a saber, a Criação, a Redenção e a Santificação. Encontramos nas Escrituras que o plano da redenção toma a forma de um pacto, não só entre Deus e o Seu povo, como também entre as várias Pessoas dentro da Trindade, de maneira que há, por assim dizer, uma divisão de tarefas, cada Pessoa tomando, voluntariamente, determinada fase da obra. Ao Pai atribui-se, em primeiro lugar, a obra da Criação, assim como a eleição de certo número de indivíduos que Ele deu ao Filho. Ao filho atribui-se a obra da Redenção, para o cumprimento da qual se encarnou, tomando a natureza humana, de forma que, como representante de seus eleitos, assume a culpa do seu pecado, para resgatá-los da morte. Ao Espírito Santo são atribuídas as obras de Regeneração e de Santificação, ou a aplicação aos corações dos indivíduos, da expiação objetiva que Cristo realizou. Ele faz isto renovando espiritualmente os corações, operando neles a fé e o arrependimento. E glorificando-os finalmente no céu. A redenção, pois é um assunto da graça soberana, planejada antes da fundação do mundo, apresentada na forma de um pacto ou aliança. Não é um plano departamentalizado, dispencionalizado ou repartido, mas é uma ação global que envolve toda a Pessoa da Trindade. Ela é planejada pelo Pai, comprada pelo Filho, e aplicada pelo Espírito Santo. ‘A Doutrina da Trindade’, por Prof. Isaías Lobão Pereira Júnior, disponível em:http://www.monergismo.com/textos/trindade/trindade_isaias.htm]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O Espírito Santo é chamado Deus e Senhor - (At 5.3,4; 2 Co 3.18). Quando Isaías viu a glória de Deus escreveu: 'Ouvi a voz do Senhor,... vai e diz a este povo' (Is 6.8,9). 0 apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: ‘Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este p ovo' (cf. At 28.25,26). Com isso, Paulo identificou o Espírito Santo com Deus” (BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 97).

IV. PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. As faculdades da personalidade. A personalidade do Espírito Santo está presente em toda a Bíblia de maneira abundante e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o princípio. Há nEle elementos constitutivos da personalidade, tais como intelecto, pois Ele penetra todas as coisas (1Co 2.10,11) e inteligência (Rm 8.27). Ele tem emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e também possui vontade (At 16.7; 1Co 12.11). As três faculdades intelecto, emoção e vontade caracterizam a personalidade. [Comentário: Muitas pessoas pensam que o Espírito Santo é uma mera força intocável, ou apenas uma misteriosa influência que ninguém define. Essa opinião está bem longe da verdade, pois o Espírito Santo é uma pessoa, a Terceira Pessoa da Trindade (Jo 14.1,9,17; Mt 3.13-17). Ter personalidade implica na qualidade ou fato de ser uma pessoa. Quanto ao Espírito Santo, isto é um fato descrito na Bíblia, tanto quanto a personalidade do Pai e do Filho. As igrejas primitivas o conheciam como uma pessoa Divina, que poderia ser seguida (At 13.2), e com quem poderiam ter comunhão (2Co 13.13; 1Jo 5.7). Pode se dizer que a personalidade existe quando se encontram em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda, auto-consciência e auto-determinação. Quando um ser possui atributos, propriedades e qualidades de personalidade, então esta se pode atribuir a esse ser inquestionavelmente. Características pessoais são atribuídas ao Espírito Santo. Por características não nos referimos a mãos, pés ou olhos, pois essas coisas denotam corporeidade, mas, antes, qualidades como: conhecimento, sentimento e vontade, que indicam personalidade. Uma forma corpórea não se faz necessário para que haja personalidade. Entretanto, encontramos os três seguintes atributos numa personalidade: a.Intelecto — habilidade para pensar (Rm 8 27; I Co 2:10,11 13; 12:8). b.Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30). c.Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11). O Espírito Santo tem emoções. Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30). Habitando no ‘homem interior’ (Ef 3.16), se Ele está triste, o crente será o primeiro a saber. Ele pode sentir intensa mágoa ou tristeza, assim como o próprio Jesus sentia quando chorou por causa de Jerusalém, e em outras ocasiões (Mt 23.37; Mc 3.5; Lc 19.41; Jo 11.35). O Espírito Santo tem vontade. Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11). Vontade é a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões. O Espírito Santo tem vontade própria. Isto está evidenciado em suas atitudes, tanto no Antigo como no Novo Testamento: a) No repartir os dons liberalmente (1Co 12.11): “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.”; b) No permitir ou impedir (At 16.7): O Espírito tem a direção da vida do crente. Todo aquele que é guiado por Ele deve estar pronto para fazer a sua vontade. Ele pode permitir, assim como impedir, aquilo que desejamos fazer; c) No convidar (Ap 22.17) Quando alguém realiza uma festa, convida a quem quer para participar. O Espírito convida o homem para aceitar Jesus, que disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, Mt 11: 28, e d) No orientar (At 13.2) Quando há oração e consagração em busca da vontade de Deus, o Espírito Santo orienta. http://auxilioebd.blogspot.com.br/2011/03/licao-01-quem-e-o-espirito-santo.html]

2. Reações do Espírito Santo. Outra prova da personalidade do Espírito Santo é que Ele reage a certos atos praticados pelo ser humano. Pedro obedeceu ao Espírito Santo (At 10.19,21); Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3); Estêvão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo (At 7.51); o apóstolo Paulo nos recomenda não entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo (Mt 12.29-31); os cristãos são batizados em nome do Espírito Santo (Mt 28.19). [Comentário: Ao comentário acrescento: em relação aos homens não regenerados:
O Espírito Santo luta com eles (Gn 6.3; Mt 5.13-16);
O Espírito Santo testifica-lhes (Jo 15.26; At 5.30-32), e
O Espírito Santo convence-os (Jo 16.8-11) do Pecado, da Justiça e do Juízo. Nessa tríplice obra, o Espírito Santo glorifica a Cristo. Ele mostra-nos que é pecado não confiar em Cristo, revela-nos a Justiça de Cristo e a obra vitoriosa de Cristo em relação a Satanás. Nossa tarefa consiste tão somente em pregar a palavra da verdade, dependendo do Espírito Santo para produzir convicção (At 2.4 e 37). 4.3.3 – Em relação aos crentes:
O Espírito Santo regenera (Jo 3.3-6; Tt 3.5; Jo 6.63; 1Pd 1.23; Ef 5.25,26; 1Co 2.4 comparar com 1Co 3.6) Assim como Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, semelhantemente todo homem, para que se torne filho de Deus, precisa ser gerado pelo Espírito Santo.
Ele batiza no Corpo de Cristo (Jo 1.32-34; 1Co 12.12-13; At 1.5) Este batismo do Espírito Santo é aquele ato que tem lugar por ocasião da conversão (Jo 3.5-7; Rm 8.9), mediante o qual a pessoa se torna membro do Corpo de Cristo (2Co 5.17; Ef 1.13-14).
Ele habita no crente (Co 6.15-19; 3.16; Rm 8.9);
Ele sela (Ef 1.13,14; 4.30);
Ele proporciona segurança (Rm 8.14,16; 1Co 1.22);
Ele fortalece (Ef 3.16);
Ele enche o crente (Ef 5.18-20; At 4.8,31; 2.4; 6.3; 7.54-55; 9.17,20; 13.9-10,52; Lc 1.15,41,67-68; 4.1; Jo 7.38-39);
Ele liberta, guia, orienta em segurança (At 8.27-29);
Ele equipa para o trabalho (Ilumina,Instrui,Capacita) (1Co 2.12-14; Sl 36.9; Jo 16.13-14; 1Co 12.11; 1Tm 1.5);
Ele produz fruto da graça cristã (Gl 5.22,23; Rm 14.17; 15.13; 5.5; Gl 2.20);
Ele possibilita todas as formas de comunhão com Deus (Oração,Adoração e louvor, Agradecimentos) (Jd 20; Ef 6.18; Rm 8.26-27; Fp 3.3; At 2.11; Ef 5.18-20);
Ele vivifica o corpo do crente (Rm 8.11,13).]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"E difícil sugerir que um dos títulos ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo o que o Espírito Santo faz é vital para o Reino de Deus. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem a qual tudo que se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias: o Espírito Santo é o penhor que garante a nossa futura herança em Cristo: 'Em quem [Cristo] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o Senhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória, (Ef 1. 13,14)” (HORTON, Stanley, Teologia sistemática: Uma perspectiva pentecostal ed. Rio de Janeiro: CPAD,  1996, p. 401).

CONCLUSÃO

A frase que se refere ao Espírito Santo como “terceira Pessoa da Trindade” se deve ao fato de seu nome aparecer depois do Pai e do Filho na fórmula batismal. Não se trata, pois, de hierarquia intratrinitariana, porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus que subsiste em três Pessoas distintas. [Comentário: A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar central no movimento pentecostal. Muito se tem ensinado sobre o Deus Pai e o Deus Filho, mas pouco se ensina sobre o Espírito Santo. Alguns grupos heréticos afirmam que o Espírito é meramente uma força ou influência impessoal, o que não é verdade. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam tanto a deidade do Espírito Santo, como sua pessoalidade, afirmando ser ele uma "força ativa" impessoal. Um dos primeiros argumentos usados para defender esta ideia é: Como pode o Espírito Santo ser uma pessoa, e alguém estar cheio dele, e ele habitar em alguém? Esta é a importância do estudo do Espírito Santo, pelo o que Ele é, o que ele fez, faz e ainda fará na história da Igreja. Ele é o alicerce da vida do crente; Enquanto o mundo associa-o ao fanatismo, ele, no entanto se mantém ativo em todas as áreas da vida, sendo dela o criador. Também trabalha na providência, na política, nos talentos humanos, na salvação e no crescimento espiritual. Inspirou a Bíblia e agora ilumina as nossas mentes para que possamos entendê-la. Sua vinda ao mundo era tão necessária à nossa salvação quanto a vinda de Cristo. Sem o Espírito Santo nossa religião é vã e não temos provas de nossa salvação (Rm. 8.9,16). É ele quem nos dá a vida física (Jó 33.4), espiritual e ressurreta (Jo 3.5; Rm 8.11), sendo Ele o autor de tudo que é bom e agradável em nossa existência (Gl 5.19-22).] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2)

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br


quinta-feira, 20 de julho de 2017

LIÇÃO 4: O SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO

 
SUBSÍDIO I

O Senhor e Salvador Jesus Cristo
Jesus de Nazaré é a pessoa mais importante que existiu no mundo. Ele veio em forma de uma criança, cresceu na graça e no conhecimento, diante de Deus e dos homens. Jesus iniciou o seu ministério com doze discípulos, pregando o Reino de Deus por toda a Antiga Palestina. É impossível alguém ficar indiferente em relação ao seu ministério. Se os nossos alunos o conhecerem como descrevem as Escrituras, “rios de águas vivas fluirão do seu interior”.

Jesus chamado “Cristo”
Jesus (que quer dizer “o salvador”) é o “Messias” de Israel, isto é, o ungido de Deus Pai para redimir o povo de Israel e o “Cristo” para redimir o mundo: “Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2.36). Jesus Cristo é o evento anunciado por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Nele, a condenação eterna é apagada, as prisões psicológicas e emocionais são abertas. Nossa natureza humana pecaminosa, egoísta e perversa é completamente transformada.

O “Logos”
O Evangelho afirma que só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida eterna que pulsa de Deus para nós. É vida verdadeira que dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5).
Para descrever esse evento extraordinário o apóstolo João usou um termo bem peculiar em o Novo Testamento, Logos, que quer dizer “verbo” ou “palavra”. O apóstolo escreveu assim o primeiro versículo no seu Evangelho: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Esse versículo descreve Jesus como o início de todas as coisas e o significado último da vida: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.3,4). Segundo o Evangelho, só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida que pulsa de Deus para nós. Só ele quem pode doar vida verdadeira. Só Ele quem dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). Mas para nós, os que cremos, o servo Jesus é Senhor e Cristo. Sejamos servos disponíveis no serviço, olhando sempre para o autor e consumador da nossa fé.

Ensinador Cristão, Ano 18, nº 71, jul./set. 2017.

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje estudaremos a respeito da identidade do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Inicialmente destacaremos sua natureza, ressaltando Sua deidade, senhorio, pré-existência e humanidade. Em seguida, abordaremos os ofícios de Cristo, a partir do Antigo Testamento, como Profeta, Sacerdote e Rei. E ao final, a obra que o Senhor Jesus realizou, em Sua morte, ressurreição e ascensão.
                                                                                                       
1. A NATUREZA DE CRISTO

Deidade – Ele é o Filho de Deus em sentido único, a) Ele tinha consciência de sua deidade (Mt. 3.17; 4.3; 16.15-17; 26.63-65); b) fez reivindicações a respeito (Jo. 16.28; 20.21; Mt. 11.27; Jo. 17.25; 14.9-11; Mt. 18.20; Mc. 2.5-10; Jo. 6.39,40, 54; 11.25; 10.17,18; Jo. 5.22; Mt. 25.31-46); c) demonstrou autoridade divina nos seus ensinamentos (Mt. 7.24); d) impecabilidade de sua alma (Jo. 8.46); e) testemunho dos discípulos (Mt. 28.19; Jo. 1.1-3; 20.28; At. 2.33,36; 4.125.31; 10.42; Tt. 2.3; Cl. 2.9; 1.17; II Co. 13.14). Pre-existência – Ele é o Logos, a Palavra, que expressa o poder, a inteligência e a vontade Deus (Jo. 1.1,14; Hb. 1.3; Cl. 1.5); Senhorio – Ele é chamado de kurios, é exaltado na eternidade (Fp. 2.9; At. 2.36; 10.36; Rm. 14.9; Ap. 1.5), soberano (I Co. 6.20; II Co. 5.15). Humanidade – Ele é o Filho do homem, designado como participante da natureza e das qualidade humanas, e como sujeito às fraquezas humanas (Mc. 2.10; 2.28; Mt. 8.20; Lc. 19.10); por um ato milagroso, o Verbo se faz carne (Jo. 1.14), tendo nascido de uma virgem (Is. 7.14; At. 1.9; Rm. 8.34). Jesus é o Unigênito – monogenés no grego – o único de um tipo, por isso, como diz o Credo Niceno, cremos “em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, o Unigênito do Pai, que é da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai”.

2. OS OFÍCIOS E A IDENTIDADE DE CRISTO

Na época do Antigo Testamento havia três classes de mediadores entre Deus e o povo: o profeta, o sacerdote e o rei. Como perfeito mediador (I Tm. 2.5), Cristo reúne esses três ofícios: 1) Profeta – revelando a vontade de Deus em relação ao presente e ao futuro (Mc. 6.15; Jo. 4.19; 6.14; 9.17; Mc. 6.4; 1.27): a) da salvação (Lc. 19.41-44; Mt. 26.52); b) do reino (Mt. 4.17; Mt. 13); do futuro (Mt. 24,25); 2) Sacerdote – consagrado para representar o homem diante de Deus e para oferecer dons e sacrifícios (Hb. 2.14-16; Ef. 1.6); 3) Rei – em Cristo repousa o governo perfeito, em uma perspectiva escatológica (Is. 11.1-9; Sl. 72; Mt. 25.31) e nos dias atuais (Jo. 18.36; Mt. 28.18; Ap. 3.21; Ef. 1.20-22). Quando afirmamos que “Jesus é o Senhor”, sendo esta uma das primeiras confissões de fé do cristianismo, reconhecemos que Ele tem domínio sobre nossas vidas. Existem muitas pessoas que querem um Cristo apenas Salvador, mas se negam a obedecer Sua palavra, e a se submeter ao Seu senhorio. Por ser Ele Senhor, devemos nos dobrar diante dEle, antecipando o que acontecerá no futuro, quando todo joelho se curvará perante Ele (Fp. 2.10). A obediência a Cristo é também uma demonstração de amor, pois todos aqueles que obedecem aos Seus mandamentos demonstram que O amam (Jo. 14.21). Na verdade, os mandamentos de Cristo não são pesarosos, pois Seu jugo é suave, e Seu fardo é leve (Mt. 11.28-30).

3. A OBRA SALVÍFICA DE CRISTO

Cristo realizou muitas obras, a suprema foi a de morrer pelos pecados do mundo (Mt. 1.21; Jo. 1.29), incluindo nela, a ressurreição e ascenção (Rm. 8.34; 4.25; 5.10). 1) Morte – é uma  doutrina de importância central do Novo Testamento (I Co. 15.3; Hb. 5.9); 2) Ressurreição – é um fato milagroso, cujo significado remete à sua deidade (Rm. 1.4), e à libertação dos pecados (Rm. 8.34; Hb. 7.25), nos dando a certeza da imortalidade (I Ts. 4.14; II Co. 4.14; Jo. 14.19; At. 17.31); 3) Ascensão – Ele é o Cristo que subiu ao céu (At. 1.9); para preparar o caminho (Jo. 12.26) para o fim da separação entre Cristo e sua Igreja na terra; mesmo que, em sentido espiritual, ela esteja sentada nos lugares celestiais com Cristo (Ef. 2.6), até o dia em que ocorrerá a ascensão literal da igreja (I Ts. 4.17; I Co. 15.52); Ele intercede por nós (Rm. 8.34; Hb. 7.25; I Jo. 2.1). A abra de Cristo foi concretizada através da encarnação do Verbo, pois através dela Ele assumiu a forma humana, esvaziando-se da Sua glória, não da sua divindade (Fp. 2.8,9). Cristo nunca deixou de ser Deus, mesmo sendo homem, nEle habitava corporalmente a plenitude da divindade (Cl. 2.9). O ato da encarnação se fez necessário porque Jesus precisava se tornar sujeito ao pecado, ainda que nunca tivesse pecado (Rm. 8.3). E por ser plenamente humano (I Tm. 2.5), Ele se identifica conosco, inclusive em nossas tentações, pois temos um Deus que foi tentado em tudo (Hb. 4.15). Por esse motivo, sabemos que Ele conhece nossa estrutura, e sabe que somos pó (Sl. 113.14).

CONCLUSÃO

O Senhor Jesus Cristo é o eterno Filho de Deus. As Escrituras declaram: a) seu nascimento virginal (Mt. 1.23; Lc. 1.31,35); b) Sua vida impecável (Hb. 7.26; I Pe. 2.22); c) Seus milagres (At. 2.22; 10.38); d) Sua obra vicária sobre a cruz (I Co. 15.2; II Co. 5.21); e) Sua ressurreição corporal dentre os mortos (Mt. 28.6; Lc. 24.39; I Co. 15.4); e f) Sua exaltação à mão direita de Deus (At. 1.9,11; 2.33; Fp. 2.9-11; Hb. 1.3).


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Há inúmeros pontos da cristologia dignos de ocupar a mente e o coração de todos os seres humanos. O nosso espaço aqui é exíguo para um estudo completo. Temos de nos contentar com alguns pontos relevantes sobre a verdadeira Identidade de Jesus. A provisão do Antigo Testamento sobre a obra redentora de Deus em Cristo é rica em detalhes. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença e a obra de Cristo na história da redenção, nas suas instituições e festas. O nosso enfoque aqui é a verdadeira identidade Jesus. [Comentário: “Quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15). Pedro confessou Jesus como o “Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16) João falou de Jesus como “o Verbo” que se fez carne (Jo 1.14). Paulo descreve Jesus não só como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15), mas também como “Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). Da mesma forma, o autor de Hebreus identifica Jesus tanto como “o resplendor da glória de Deus” (Hb 1.3) e aquele que participou da carne e do sangue (2.14). Depois de tocar em Cristo, Tomé memoravelmente afirmou Jesus como seu “Senhor” e seu “Deus” (Jo 20.28). No Antigo Testamento, Isaías teve uma visão de Cristo em que ele o chama de “o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Jo 12.41; ver Is 6.5), mas também é chamado de o Rei, o servo do Senhor que tinha “nenhuma beleza havia que nos agradasse” (Is 53.2). Cristologia é o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã que estuda e define a natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da obra de Jesus Cristo, com uma particular atenção à relação com Deus, às origens, ao modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que estas origens e o papel dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de estudo e discussão desde os primórdios do cristianismo. ‘Jesus’ quer dizer ‘YAHWEH é Salvador’; é a forma grega de ‘Josué’ (Mt 1.21). ‘Cristo’ quer dizer ‘Ungido’; é o mesmo que o termo hebraico Messias.Toda a cristologia é digna de ocupar a mente e o coração de todos os homens, não apenas ‘inúmeros pontos’, contudo, já que o espaço é pouco, resta-nos uma pergunta a fim de resumir esta doutrina: Quem é Jesus Cristo? Ele é a segunda pessoa da Trindade. Através dele o universo foi criado e tem a garantia de sua existência (Jo 1.3; Cl 1.16-17). Ele é o Anjo do Senhor que aparece no Antigo Testamento (Gn 18). Esvaziou-se da sua glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6- 11). Ele é o Deus Encarnado; Foi certamente uma coisa maravilhosa para Deus vir para dentro do homem e nascer da humanidade por meio de uma virgem. O nosso Deus tornou-se um homem! Na criação, Ele era o Criador. Mas embora tivesse criado todas as coisas, Ele não entrou em nenhuma das coisas que Ele criara. Mesmo ao criar o homem, Ele somente soprou o fôlego de vida para dentro dele (Gn 2.7). Ele ainda estava fora do homem. Seu sopro, de acordo com Jó 33.4, deu vida ao homem; entretanto, Ele próprio não veio para dentro do homem. Até a encarnação, Ele estava separado do homem. Mas com a encarnação, Ele pessoalmente entrou no homem. Ele foi concebido e então permaneceu no ventre da virgem por nove meses, após o que Ele nasceu. Segundo Romanos 8.3, Deus enviou Seu Filho ‘na semelhança da carne do pecado’.]  

I. O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS
                                
1. O Filho de Deus. O apóstolo João explica o motivo que o levou a escrever o seu evangelho com as seguintes palavras: "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31). Temos aqui dois pontos importantes. O primeiro é sobre a identidade de Jesus: Ele é o Cristo e o Filho de Deus; o outro é o motivo dessa revelação, a redenção de todo aquele que crê nessa verdade. É de toda importância saber o significado do título "Filho de Deus". A profecia de Isaías anuncia: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu" (Is 9.6). Note que o menino nasceu, mas o Filho, segundo a palavra profética, não nasceu, mas "se nos deu". O nascimento desse menino aconteceu em Belém, mas o Filho foi gerado desde a eternidade (Jo 17.5,24), pois transcende a criação: "E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17). É como disse Atanásio, em resposta aos arianistas, referindo-se à eternidade de Jesus: "o Pai não seria Pai se não existisse o Filho". [Comentário: ‘Filho de Deus’ é o título cristológico muitas vezes negligenciado, às vezes mal compreendido e atualmente questionado. Embora a identidade de Jesus como ‘Filho de Deus’ seja uma confissão de base para todo cristão, boa parte de sua importância é muitas vezes negligenciada ou mal compreendida. ‘Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?’ (Jo 10.36). Jesus é chamado de 'ho huios tou theou', 'o Filho de Deus' e não 'theou huios', um 'filho de Deus'. Jesus não é apenas "um filho de Deus", mas "o Filho de Deus", o único (ver At 8.37; 9.20; 1Jo 4.15; 5.5; Jo 20.31); isso implica em igualdade em essência com Deus Pai e revelação completa de Deus. “Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus” (Jo 19.7). Por que o fato de se afirmar como ‘Filho de Deus’ seria considerado blasfêmia e digno de uma sentença de morte? Os líderes judeus entenderam exatamente o que Jesus quis dizer com a expressão ‘Filho de Deus’. Ser ‘Filho de Deus’ é ser da mesma natureza de Deus. O ‘Filho de Deus’ é “de Deus”. A afirmação em ser da mesma natureza de Deus, e de fato “ser Deus” era blasfêmia para os líderes judeus; então exigiram a morte de Jesus. Hebreus 1.3 expressa isto muito claramente: “O qual (O Filho) sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa...” Jesus não é Filho de Deus no sentido como concebemos um pai e um filho. Deus não se casou e teve um filho. Jesus é Filho de Deus no sentido que Ele é Deus manifestado em forma humana (Jo 1.1,14).]
2. Significado. O significado do termo "filho" nas Escrituras é amplo, e uma das acepções diz respeito à mesma natureza do pai (Jo 14.8,9). Quando Jesus se declarou Filho de Deus, Ele estava reafirmado sua divindade, e os judeus entenderam perfeitamente a mensagem (Jo 5.17,18). O Mestre disse: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30). E, mais adiante, no mesmo debate com os judeus, Jesus esclareceu o que significa ser Filho de Deus: "àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" (Jo 10.36). Alegar que Jesus não é Deus, mas o Filho de Deus, como fazem alguns, é uma contradição. [Comentário: Esse nome é parte da verdade bíblica de que Jesus Cristo é Deus, igual em todas as coisas ao Pai. Embora muitos hoje neguem isso, mesmo os judeus incrédulos dos dias de Jesus entenderam o que ele estava alegando. Quando ele se chamou de o ‘Filho de Deus’, eles pegaram pedras para matá-lo por blasfêmia (Jo 8.59; Jo 10.30-42). Eles entendiam muito mais que a maioria hoje. As seitas, a doutrina da unicidade, e outros ensinos anti-trinitariamos leem o nome o ‘Filho unigênito de Deus’ e nem mesmo reconhecem o que ele significa. Ele deveria ser a verdade para eles, ou a mais horrível blasfêmia, pois o nome o ‘Filho unigênito de Deus’ ensina sua divindade ainda mais poderosamente que o nome ‘Filho de Deus’. Ele mostra que entre todos os filhos de Deus, Jesus é único, o Filho eterno e natural de Deus. [...] Devemos entender que não somente esse nome é uma tradução exata e literal do grego, mas é o nome com o qual a igreja de Cristo tem defendido a verdade de sua divindade contra todos os inimigos. Ele não deveria, portanto, ser tocado por aqueles que alegam estar retraduzindo a Palavra de Deus mesmo que seus esforços sejam legítimos – embora não creiamos que o sejam. Outro aspecto da grande verdade que Jesus é o Filho unigênito de Deus é que sua filiação é a base e a razão para a nossa. Por essa razão, ele é chamado também de o “primogênito” (Hb 1.6,12.23). Na Escritura o primogênito é aquele que abre o ventre (Ex. 13.2). Como primogênito na família de Deus, Jesus é aquele que abre o caminho do “ventre” da morte e da sepultura para todos os seus irmãos, quando eles nascem de novo para a família de Deus como filhos e filhas. Sem ele seríamos como filhos que na hora do parto não podem nascer. Antecipando a sua obra como primogênito, todo primogênito era especialmente dedicado a Deus no Antigo Testamento. Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 124-125.]
3. Significado de "unigênito" (v.14b). A etimologia do termo "unigênito", monogenés, em grego, indica a deidade do Filho. Essa palavra só aparece nove vezes no Novo Testamento, sendo três em Lucas (7.12; 8.42; 9.38), uma em Hebreus (11.17) e as outras cinco em referência a Jesus nos escritos joaninos (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1Jo 4.9). O vocábulo vem de monos, "único", e de genes, que nos parece derivar de genós, "raça, tipo", e não necessariamente do verbo gennao, "gerar". Então, unigênito, quando empregado em relação a Jesus, transmite a ideia de consubstancialidade. É exatamente o que declara o Credo Niceno: "E [cremos] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, o Unigênito do Pai, que é da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai". [Comentário: O termo ‘filho unigênito’ ocorre em João 3.16: ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna’ (NVI). A expressão "unigênito" é a tradução da palavra grega monogenes. Ele não é um ser criado em Sua natureza divina como Filho. O Filho uniu-se à carne criada de Jesus Cristo. A Bíblia não propõe um Arianismo. Jesus não é o primeiro ser criado – pelo contrário, Ele é o único Ser auto-suficiente; o Deus sempiterno, infinito e ilimitado. Como os outros nomes de Cristo, esse não é um nome que pode ser confessado de maneira abstrata. A única forma de eu confessar esse nome é dizer que o Filho unigênito de Deus é meu Deus. E dizer que ele é meu Deus é achar em sua divindade, como ela é expressa de maneira única nesse nome, um fundamento seguro para crer nele e esperar em sua misericórdia. No site Got Questions?Org Temos o seguinte: “É este último termo ("unigênito") que causa problemas. Falsos mestres têm se agarrado a essa expressão para tentar provar a sua falsa doutrina de que Jesus Cristo não é Deus, isto é, que Jesus em sua essência não é igual a Deus como a Segunda Pessoa da Trindade. Eles veem a palavra "unigênito" e dizem que Jesus é um ser criado porque só alguém que teve um início em um certo momento pode ser "unigênito". O que essa teoria deixa de destacar é que "unigênito" é uma tradução de uma palavra grega. Como tal, temos de avaliar o significado original da palavra grega, e não transferir o significado da nossa língua ao texto. Então, o que monogenes significa? De acordo com o Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (Léxico Grego-Inglês do Novo Testamento e outra Literatura Cristã Primitiva, 3ª Edição), monogenes tem duas definições primárias. A primeira definição diz respeito a "ser o único de seu tipo dentro de um relacionamento específico." Este é o significado ligado ao seu uso em Hebreus 11:17, quando o escritor se refere a Isaque como o "filho unigênito" de Abraão. Abraão tinha mais de um filho, mas Isaque era o único filho que tinha com Sara e o único filho da aliança. A segunda definição diz respeito a "ser o único de sua espécie ou classe, único no gênero." Este é o significado implícito em João 3:16. Na verdade, João é o único escritor do Novo Testamento que usa esta palavra em referência a Jesus (veja João 1:14, 18; 3:16, 18; 1 João 4:9). João estava mais preocupado em demonstrar que Jesus era o Filho de Deus (João 20:31), e usa esta palavra para destacar Jesus unicamente como o filho de Deus – compartilhando da mesma natureza divina que Deus – ao contrário de crentes que são filhos e filhas de Deus através da fé. No fim das contas, termos como "Pai" e "Filho", descritivos de Deus e Jesus, são termos humanos utilizados para nos ajudar a compreender a relação entre as diferentes pessoas da Trindade. Se você puder entender a relação entre um pai humano e um filho humano, então você pode entender, em parte, a relação entre a Primeira e a Segunda Pessoa da Trindade. A analogia se desmorona se você tentar ir longe demais e ensinar, como algumas seitas cristãs (tais como as Testemunhas de Jeová), que Jesus era literalmente "unigênito", no mesmo sentido que "gerado" ou "criado" por Deus Pai.” O que significa que Jesus é o unigênito Filho de Deus?, disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/filho-unigenito.html]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
                               
“Unigênito
Monogenes é usado cinco vezes, todas nos escritos do apóstolo João, acerca de Jesus como o Filho de Deus; em Hebreus 11,17 é traduzido por "unigênito", sobre a relação de Isaque com Abraão.
Com referência a Jesus, a frase 'o Unigênito do Pai' (Jo 1.14), indica que, como o Filho de Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter daquele que o enviou. No original, o artigo definido está omitido tanto antes de 'Unigênito' quanto antes de 'Pai', e sua ausência em cada caso serve para enfatizaras características referidas nos termos usados. O objetivo do apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus companheiros apóstolos tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação com as relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa 'de, proveniente de', A glória era de uma relação única e a palavra 'Unigênito' não implica um começo de Sua filiação. Sugere, de fato, a relação, mas esta deve ser distinguida da geração conforme é aplicada aos homens.
Podemos apenas entender corretamente o termo 'unigénito' quando usados para se referir ao Filho, no sentido de relação não originada. *A geração não é um evento no tempo, embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo não se tornou, mas necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da deidade pura. Isto torna necessário a eternidade, o ser absoluto; sobre este aspecto Ele não é 'depois' do Pai’” (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14,ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 1045).

II. A DEIDADE DO FILHO DE DEUS

1. O Verbo de Deus (Jo 1.1). O "Verbo" é a Palavra, do grego Logos. O termo "Deus" aparece duas vezes nessa passagem, uma delas em referência ao Pai: "e o Verbo estava com Deus". Aqui temos uma indicação do relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da fundação do mundo. A preposição grega pros, usada para "com" nessa segunda cláusula, diz respeito ao plano de igualdade e intimidade, face a face, além de mostrar a distinção entre o Pai e o Filho, um golpe mortal contra o sabelianismo. A segunda referência, "e o Verbo era Deus", aponta para o Filho. Não se trata de acréscimo de mais um Deus aqui, posto que ao apóstolo foi revelado, pelo Espírito Santo, que o Verbo divino está incluído na essência una e indivisível da Deidade, embora seja Ele distinto do Pai (Jo 8.17,18; 2 Jo 3). Da mesma forma, o apóstolo Paulo transmitiu essa verdade, ao dizer que "para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" (1Co 8.6). Trata-se do monoteísmo cristão. [Comentário: Ele é o Verbo que está com Deus desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno. Ele também é o Criador e tem o poder de criar do nada. Sua capacidade de criar prova Sua Onipotência. Seus atributos são os mesmos de Deus porque Ele é Deus. Em João 1.1, Jesus é descrito com atributos de eternidade. Podemos dizer: No princípio era a Autoexpressão de Deus. No princípio, Deus expressou a si mesmo. No princípio era a Autoexpressão de Deus, e tal Autoexpressão estava com Deus; o companheiro de Deus; e a Autoexpressão era Deus; o próprio ser de Deus. Explicando o termo ‘sabelianismo’, a Wikipédia traz o seguinte: “Sabelianismo (também conhecido como modalismo, patripassianismo, unicismo, monarquianismo modalista ou monarquianismo modal) é a crença unicista de que Deus se manifestou em carne (João 1:1; João 1:18) e não três pessoas distintas. O termo sabelianismo deriva de Sabélio, um padre e teólogo do século III d.C. e defensor da tese. Ele foi um discípulo de Noeto, motivo pelo qual os seguidores desta crença são chamados nas fontes patrísticas de noecianos. Já Tertuliano batizou-a de patripassianismo” https://pt.wikipedia.org/wiki/Sabelianismo. Don Carson afirma: “Este que se torna carne, que toma identidade humana, é um com Deus, o agente do próprio Deus na Criação, o próprio ser de Deus. Até mesmo o termo “Verbo” é uma escolha interessante, não é? Como você pensa sobre… Como você pensa sobre Jesus? Qual título é adequado para ele? Posso imaginar a mente de João passando por vários títulos, nomes, expressões que poderiam ser usadas. E ele se lembra, por exemplo, que no Antigo Testamento lemos constantemente: “A Palavra do Senhor veio ao profeta dizendo…” Então Deus mostrou a si mesmo em revelação. Ele pode ter se lembrado do Salmo 33: Deus falou e algo veio à existência, pela palavra do Senhor os céus foram criados. A Palavra de Deus na Criação. Mesmo a Palavra de Deus em salvar e transformar pessoas. Deus envia sua Palavra e os cura, de acordo com os Salmos. Todas essas coisas que a Palavra de Deus executa, ele revela, ele cria, ele transforma, e João pensa: “Sim, esta é a expressão apropriada. Isso resume tudo o que Jesus é”. Ele é a Autoexpressão de Deus. Ele está com Deus no princípio. Deus é um, e ainda assim há uma complexidade nele desde o princípio. Este Verbo é próprio companheiro de Deus, e é o próprio Deus.” Por: Don Carson. Copyright The Gospel Coalition, Inc. Original: The God Who is There: Part 7. The God Who Becomes a Human Being Tradução: Alan Cristie. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel. Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Original: O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus – D.A. Carson [O Deus Presente 7/14], Disponível no site VOLTEMOS AO EVANGELHO .]
2. Reações à divindade de Jesus. É digno de nota que os apóstolos João e Paulo, como os demais, eram judeus e foram criados num contexto monoteístico. Portanto, não admitiam em hipótese alguma outra divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel (Mc 12.28-30). Observemos que, a cada fala do Senhor Jesus a respeito de sua divindade, de sua igualdade com o Pai, o próprio apóstolo João registra a reação dos judeus como protesto (Jo 5.18; 8.58,59; 10.30-33). Mesmo assim, esses apóstolos não hesitaram em declarar, com ousadia e abertamente, a deidade absoluta de Jesus (Jo 20.28; Rm 9.5; Cl 2.9; Tt 2.13; 1Jo 5.20). [Comentário: Javé (em hebraico: ‫)יהוה — também é utilizada a forma Jeová (que foi formulada por modernistas por volta do século XIV) e é uma adaptação de Javé (YAHWEH) — é um dos nomes de Deus na Bíblia. A palavra Javé é uma convenção acadêmica para o hebraico ‫,יהוה transcrito em letras romanas como YHWH, e conhecido como o Tetragrama, cuja pronuncia e escrita correta são desconhecidas, as traduções do tetragrama de hoje (destacando-se Javé) são errôneas pelo fato de não se conhecer a correta tradução do tetragrama YHWH. O significado mais provável de seu nome seria "aquele que traz à existência tudo que existe", porém existem diversas teorias e nenhuma é tida como conclusiva.[ https://pt.wikipedia.org/wiki/Jav%C3%A9] . O Novo Testamento não faz dificuldade quanto ao fato de Jesus Cristo ser o Messias ou que o Messias é Deus. Jesus declarou isso de Si mesmo, e os Apóstolos declaram isto sobre Jesus, mesmo depois que Ele ascendeu aos céus, em todas as cartas do Novo Testamento às igrejas. Negar isto é reinterpretar a mensagem da Bíblia sem ler o próprio texto – como muitas pessoas que odeiam Cristo o fazem. Ler e negociar claramente com o texto é ver a divindade de Jesus Cristo como único e verdadeiro Deus. Assim como João, Paulo não confunde as palavras sobre Deus tomar forma de homem ao dizer em 1 Timóteo 3.16 – “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória”. Quem se manifestou em carne? Foi Deus. Não foi um ser divino, mas o próprio Deus. Deus assumiu a forma de servo. Ele propôs a Si mesmo uma nova natureza que não tinha antes, uma natureza humana. http://www.monergismo.com/textos/cristologia/jesus_deus.htm ]
3. O relacionamento entre o Pai e o Filho. Os pais da Igreja perceberam também que, além das construções tripartidas, do relacionamento intratrinitariano e histórico-salvífico revelado nas Escrituras Sagradas, havia ainda as construções bipartidas que identificam a mesma deidade no Pai e no Filho. O Pai e o Filho aparecem no mesmo nível de divindade (Gl 1.1; 1Tm 6.13; 2 Tm 4.1). Essas expressões bipartidas provam que o Pai e o Filho são o mesmo Deus, possuindo a mesma substância, mas são diferentes na forma e na função, não em poder e majestade. Veja o seguinte exemplo: "Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Rm 1.7). Os primeiros cristãos não precisavam de explicações adicionais para compreender a divindade de Jesus em declarações como essas (2 Pe 1.1). [Comentário: No relacionamento entre o Pai e o Filho é importante descrever que as três pessoas da Trindade são distintas e cumprem papéis diferentes em relação à criação e redenção. Porém, não há uma espécie de hierarquia, ou cadeia de comando eterna no relacionamento intratrinitariano. Não devemos confundir a ideia de distinção com submissão. Como todas as outras ciências, na ciência da teologia alguns termos técnicos são necessários, mas. deixando os termos pouco usuais “tripartidas, intratrinitariano, histórico-salvífico, bipartidas” de lado, entendamos que a existência de três Pessoas distintas na Deidade não significa que cada uma seja como que separada das outras, assim como um ser humano é separado de outro. Embora os pronomes singulares, Eu, Tu, e Ele sejam aplicados a cada uma das três Pessoas, os mesmos pronomes singulares são aplicados ao Deus Triuno. O Pai, Filho e o Espírito Santo podem ser distinguidos, mas eles não podem ser separados, pois cada um possui a mesma substância ou essência idêntica. Uma Pessoa da Deidade não existe sem as outras duas.]
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A deidade de Cristo inclui sua coexistência no tempo e na eternidade, com o Pai e o Espírito Santo. Conforme indica o prólogo de João, o Verbo é eternamente preexistente, O uso do termo 'Verbo' (no grego, Logos) é significativo, visto que Jesus Cristo é a principal expressão da vontade divina. Ele não é somente o único Mediador entre Deus e a humanidade (1Tm 2.5), mas foi também o Mediador na criação. Deus, falando, trouxe o Universo à existência, através do Filho, a Palavra Viva. Porquanto, 'sem ele nada do que foi feito [na criação] se fez' (Jo 1.3). Colossenses 1.15 diz que Cristo é a 'imagem do Deus invisível'. E a passagem de Hebreus 1.1,2 também proclama a grande verdade: Cristo é a mais completa e melhor revelação de Deus à humanidade. Desde o começo, o Verbo foi a própria expressão de Deus, e continua a demonstrá-lo. E então, 'vindo a plenitude dos tempos' (Gl 4.4), o 'Verbo se fez carne e habitou entre nós...' (Jo 1.14). Antes de manifestar-se à humanidade dessa nova maneira, o Verbo esteve eternamente em existência como aquEle que revela a Deus. É bem provável que as teofanias do Antigo Testamento fossem, na realidade, 'cristofanias', visto que em seu estado preexistente, os encontros com várias pessoas, pode revelar a vontade de Deus, estaria de pleno acordo com seu ofício de Revelador" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 50).

III. A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS

1. "E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14a). O prólogo do Evangelho de João começa com a divindade de Jesus e conclui com a sua humanidade. O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. A sua divindade está presente na Bíblia inteira, de maneira direta e indireta, nos ensinos e nas obras de Jesus, com tal abundância de detalhes que infelizmente não é possível mencioná-los aqui por absoluta falta de espaço. A encarnação do Verbo significa que Deus assumiu a forma humana. A concepção e o nascimento virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.123) são obra do Espírito Santo (Mt 1.20; Lc 1.35). Tal encarnação do Verbo é um mistério (1Tm 3.16). [Comentário: O Rev Hernandes Dias Lopes escreve: “1. Jesus é verdadeiro Deus – Jesus é o verbo eterno. Ele pré-existe à criação. Ele não teve origem, ele é a origem de todas as coisas. Antes que todas as coisas viessem a existir, ele já existia eternamente em comunhão com o Pai e com o Espírito Santo. Mesmo se fazendo homem, não deixou de ser Deus. Ele não abdicou de sua divindade ao tabernacular-se entre nós. Mesmo em seu estado de humilhação, revelou seus atributos divinos. Jesus não foi a primeira criação de Deus como ensinava Ário de Alexandria no século quarto e como prega ainda hoje a seita, “os Testemunhas de Jeová”. Na verdade, Jesus é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai. Ele é autoexistente e imutável. Ele e o Pai são um. Jesus tem os atributos da divindade: ele é o criador e sustentador da vida. Ele conhece todas as coisas e pode todas as coisas. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele foi adorado como Deus. Ele reivindicou ser adorado como Deus. Ele realizou obras milagrosas como Deus. Sua vida, seus ensinos e suas obras provam, de forma irrefutável, sua divindade. 2. Jesus é verdadeiro homem – O verbo divino fez-se carne. O eterno entrou no tempo. O infinito tornou-se finito. O senhor se fez servo. Aquele que estava entronizado acima dos querubins foi desprezado pelos homens. Aquele cujas hostes celestes adoravam sem cessar foi cuspido pelos seus algozes. Aquele que é bendito eternamente fez-se maldição por nós e foi traspassado na cruz pelas nossas iniquidades. Aquele que jamais conheceu pecado foi feito pecado por nós. Aquele que nem os céus dos céus podem contê-lo esvaziou-se e humilhou-se nascendo numa família pobre, num berço pobre, numa cidade pobre e viveu como pobre, sem ter onde reclinar a cabeça. Ele foi verdadeiro homem. Como homem foi sujeito a seus pais. Como homem aprendeu a obedecer. Como homem sofreu cansaço, sede, fome e finalmente foi preso, açoitado e pregado na cruz, onde morreu. Como homem ele se identificou conosco e morreu a nossa morte para vivermos a sua vida. Se Jesus não fosse Deus não poderia oferecer um sacrifício de valor infinito. Se não fosse homem não poderia ser o nosso substituto. Porque é Deus e ao mesmo tempo homem pode ser o mediador entre Deus e os homens. Porque é Deus- homem pôde fazer um sacrifício perfeito, capaz de expiar a culpa de todo aquele que nele crê.” Jesus: verdadeiro Deus, verdadeiro homem, Rev. Hernandes Dias Lopes, disponível em: http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/jesus-verdadeiro-deus-verdadeiro-homem/]
2. Características humanas. Assim como as Escrituras revelam a deidade absoluta de Jesus, da mesma forma elas ensinam que Ele é plenamente homem: "Jesus Cristo, homem" (1Tm 2.5). Há abundantes e incontestáveis provas de sua humanidade, ou seja, de que Ele nasceu, cresceu e viveu entre nós. Seu nascimento é contado com detalhes nos dois primeiros capítulos de Mateus e de Lucas. Ele cresceu em estatura física e intelectual (Lc 2.52); e sentiu fome, sede, sono e cansaço (Mt 4.2; 8.24; Jo 4.6; 19.28). [Comentário: É importante ressaltar que embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15) – enquanto homem, Ele não deixou de ser Deus. Jesus é Deus e Homem ao mesmo tempo, eternamente, numa só Pessoa. Conforme disse o teólogo contemporâneo J. I. Packer: “Temos aqui dois mistérios pelo preço de um - a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus e a união de Deus com a humanidade, na Pessoa de Jesus Cristo... Nada na ficção é tão fantástico como o que acontece na verdade da Encarnação.” J.I. Packer, Knowing God (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1993 edition), p. 53. A verdade sobre a humanidade de Jesus é tão importante como a verdade sobre a Sua Divindade. O apóstolo João fala claramente sobre qualquer pessoa que nega que Jesus é Homem, chamando-a anticristo. (1Jo 4.2-3; 2Jo 1.7). A humanidade de Jesus é mostrada no fato de que Ele nasceu como um bebê, de mãe humana (Lc 2.7; Gl 4.4); que Ele se cansava (Jo 4.6); tinha sede (Jo 19.28); teve fome (Mt 4.2) e experimentou todas as emoções humanas, tais como Se maravilhar (Mt 8.10), entristecer-Se e chorar (Jo 11.35). Ele viveu na Terra exatamente como todos nós vivemos.]
3. Necessidade da encarnação do Verbo. Jesus foi revestido do corpo humano porque o pecado entrou na humanidade por meio do casal Adão e Eva, seres humanos, e pela justiça de Deus o pecado tinha de ser vencido também por um ser humano (Rm 5.12, 17-19). Jesus se fez carne. Fez-se homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem (Rm 8.3). A Bíblia mostra que todo o gênero humano está condenado; que o homem está perdido e debaixo da maldição do pecado (SI 14.2,3; Rm 3.23). Todos são devedores, por isso, ninguém pode pagar a dívida do outro. A Bíblia afirma que somente Deus pode salvar (Is 43.11). Então, esse mesmo Deus tornou-se homem, trazendo-nos o perdão de nossos pecados e cumprindo Ele mesmo a lei que promulgara (At 4.12; 1Tm 3.16; Cl 2.14). [Comentário: No evangelho de João (1.14) lemos: “O Verbo se fez carne”. João também disse: “Jesus Cristo veio em carne [...] todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus, mas este é o espírito do anticristo”. Paulo também, em 1 Timóteo 3.16, insiste que “Deus se manifestou em carne”. Quase todos os versículos dos evangelhos pressupõem a encarnação. Nas palavras do teólogo Louis Berkhof, a encarnação do Verbo “é o milagre dos milagres”. A fé na Encarnação verdadeira do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus” (1Jo 4,2). Crer de forma correta é importante, se não incorreremos nas heresias que tanto incomodaram a Igreja e ainda persistem. Como Ário (250-336 d.C.), que fora presbítero de Alexandria entre o fim do século 3 e inicio do século 4 depois de Cristo, o qual não admitia que Jesus era Deus, o Verbo encarnado. Ele acreditava que Jesus teve um começo, ou seja, que foi criado por Deus. Sua idéia é que houve tempo em que Jesus não existiu, ou seja, que este fora criado por Deus, isso implica que Jesus não é eterno. Foi Atanásio (296-373 d.C.) quem rebateu esta heresia. Paulo em Cl 3.15 diz que Jesus é a imagem do Deus invisível, apontando para a revelação do próprio Deus, pois a expressão imagem está ligada também à encarnação, ou seja, é uma forma humana de se ver Deus.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Jesus Cristo não somente era pleno Deus, como pleno ser humano. Ele não era em parte Deus e em parte homem. Antes, era cem por cento Deus, e, ao mesmo tempo, cem por cento homem. Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de qualidades divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo que essas qualidades não interferiram uma com a outra. Ele há dl retornar como 'esse mesmo Jesus' (At 1.11). Numerosas passagens ensinar claramente que Jesus de Nazaré tinha um corpo verdadeiramente humano uma alma racional. Eram características de seres humanos não- caídos (isto ; é, Adão e Eva), que nEle podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente, o Segundo Adão (1Co 15.45,47). As narrativas dos evangelhos aceitam automaticamente a humanidade de Cristo. Ele é descrito como um bebé, na manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento. Ele aprendeu, sentia fome, sentia sede e se cansava (Mc 2.15; Jo 4.6). Ele também sofreu , ansiedade e desapontamentos (Mc 9.19); sofreu dor física e mental, e sucumbiu diante da morte (Mc 14.33,37). Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar sua plena identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2).
A verdade, pois, é que na pessoa única do Senhor Jesus Cristo habitam uma natureza plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem. Ele é, verdadeiramente, pleno Deus e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais admirável de todas as pessoas" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M, Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé, 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 51).

CONCLUSÃO

O Senhor Jesus Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da História porque é o único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua verdadeira identidade só é possível pela revelação (Mt 16.17; 1Co 12.3). Isso revela a sua divindade. [Comentário: Uma lição como estas merece um tempo maior para nos aprofundarmos neste assunto tão importante para a fé cristã. A doutrina de Cristo hoje em dia é muitas vezes exposta de maneira completamente naturalista. Quando João inicia seu evangelho com "No princípio" ele reflete Gênesis 1.1 e também é usado em 1Jo 1.1 como uma referência para a encarnação. Os Versículos 1 a 5 são uma afirmação da pré-existência divina de Jesus Cristo antes da criação (Jo 1.15; 8.56-59; 16.28; 17.5; 2Co 8.9; Fp 2.6-7; Cl 1.17, Hb 1.3; 10.5-9). A Bíblia ensina que Jesus é tanto verdadeiro homem quanto verdadeiro Deus, duas naturezas em uma só pessoa. Jesus assumiu uma natureza humana em sua encarnação, e desde então possui uma perfeita humanidade (Corpo e Alma) e uma Perfeita Divindade; duas naturezas completas que, apesar de unidas, preservam suas propriedades, formando uma única pessoa, Jesus Cristo.]


Francisco Barbosa

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