SUBSÍDIO I
Na lição de número 12 estudaremos somente um
aspecto do fruto do Espírito, o amor. Todos os aspectos do fruto do Espírito
Santo são importantes se queremos viver de modo que Deus seja glorificado em
nossas vidas. Porém, sem esse aspecto do fruto é impossível ser manso,
paciente, longânimo, etc. Por isso, trataremos em uma única lição somente esse
fruto que é o vinculo da perfeição e que confirma a nossa filiação divina (Cl
3.14; 1Jo 4.7).
Para auxiliar na compreensão do tema da lição,
vamos refletir a respeito de três tipos de amor:
“1. Amor divino (Jo 3.16). O amor divino é expresso pela palavra grega ágape que significa ‘amor abnegado: amor profundo e constante’, como o amor de Deus pela humanidade. Esta perfeita e inigualável virtude abrange nosso intelecto, emoções, vontade, enfim, todo o nosso ser. O Espírito Santo manifestará em nós, à proporção que lhe entregamos inteiramente a vida. Este predicado flui de Deus para nós que o retornamos em louvor a Deus, adoração, serviço e obediência a sua Palavra: ‘Nos o amamos porque ele nos amou primeiro’ (1 Jo 4.19). É o amor ágape descrito em 1 Coríntios 13.
“1. Amor divino (Jo 3.16). O amor divino é expresso pela palavra grega ágape que significa ‘amor abnegado: amor profundo e constante’, como o amor de Deus pela humanidade. Esta perfeita e inigualável virtude abrange nosso intelecto, emoções, vontade, enfim, todo o nosso ser. O Espírito Santo manifestará em nós, à proporção que lhe entregamos inteiramente a vida. Este predicado flui de Deus para nós que o retornamos em louvor a Deus, adoração, serviço e obediência a sua Palavra: ‘Nos o amamos porque ele nos amou primeiro’ (1 Jo 4.19). É o amor ágape descrito em 1 Coríntios 13.
2. Amor fraterno. Em 2 Pedro 1.7, encontramos o amor expresso pela palavra original philia, que significa ‘amor fraternal ou bondade fraterna e afeição’. É amizade, um amor humano, limitado. Esse tipo é essencial nos relacionamentos interpessoais, no entanto, é inferior ao ágape, porquanto depende de uma reciprocidade; ou seja, somos amigáveis e amorosos somente com os que assim agem (Lc 6.32).
3. Amor físico. Há outro aspecto do amor humano, o qual não é mencionado na Bíblia, contudo, está fortemente subentendido através de fatos: Este é o amor físico proveniente dos sentidos naturais, instintos e paixões. Costuma basear-se no que vemos e sentimos; pode ser egoísta, temporário e superficial, e tornar-se concupiscência. É inferior aos outros porque muitas vezes é usado levianamente.
O maior desses é o amor ágape — o
amor de Deus, que foi manifestado na vida de Jesus. Este possui três dimensões:
amor a Deus, a si mesmo e ao próximo (Lc 10.27).
Amar a Deus e ao próximo
Amar a Deus é o nosso maior dever e privilégio.
Como fazer isso? De todo o coração, alma, força e entendimento. A palavra coração refere-se
ao homem interior, isto é, envolve espírito e alma. Devemos amar a Deus com
toda a plenitude de nosso ser, acima de tudo. Assim sendo, também amaremos o
que Ele ama e lhe pertence: sua Palavra, seus filhos, sua obra, sua igreja e as
ovelhas perdidas, pelas quais estaremos dispostos a sofrer (Fp 1.29). Quando
sofremos por Cristo, dispomo-nos a padecer perseguições a fim de glorificá-lo,
e revelarmos seu amor ao pecador. Ao sofrermos com Cristo, sentimos o que Ele
sentiu pelo pecado e pelo pecador, conforme está descrito em Mateus 9.36.
Não conseguiremos amar nosso semelhante com amor ágape,
salvo se amarmos a Deus primeiro. É o Espírito Santo que nos capacita para
cumprir o segundo maior mandamento da lei (Lv 19.18). O apóstolo João enfatizou
a importância do amor ágape ao próximo: ‘Amados, amemo-nos uns
aos outros, porque a caridade [o amor] é de Deus; e qualquer que ama é nascido
de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é
caridade [amor]. [...] Se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós
é perfeita a sua caridade [amor]. Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu
irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a
Deus, a quem não viu?’ (1 Jo 4.7,8,12,20).
Ao exortar um intérprete da lei a amar a Deus e ao
próximo, Jesus afirmou: ‘Faze isso e viverás’, e ele, porém, perguntou-lhe:
“Quem é o meu próximo?” Leia a resposta do Mestre em Lucas 10.30-37.”
Sugestão didática:
“Professor, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo segundo as suas condições. Utilize-o para mostrar os termos que definem os três tipos de amor que serão estudos no tópico II da lição.”
GREGO
|
DESCRIÇÃO
|
CONTEXTO
|
FONTE
|
Ágape
|
Amor abnegado
|
Divino
|
Deus
|
Philia
|
Amor fraterno
|
Amizade
|
Homem
|
Eros
|
Amor físico
|
Erótico
|
Sentidos
|
Storge
|
Amor familiar
|
Familiar
|
Família
|
(Extraído de GILBERTO, Antonio. O Fruto do
Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 20).
Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Dando sequência aos estudos sobre o fruto do
Espírito, na aula de hoje nos voltaremos para o amor, aquele aspecto que é
propulsor de todas as virtudes espirituais. Na verdade, o amor-agape, expressão
maior da fé cristã, e uma das virtudes capitais de I Co. 13, é a demonstração
mais sublime do caráter cristão. Inicialmente, definiremos o amor cristão, em
seguida mostraremos como ele é identificado, e ao final, ressaltaremos
exemplos, com destaque para Jesus, como o Modelo do genuíno amor.
1. AMOR-AGAPE, A VIRTUDE DAS VIRTUDES
A vida cristã é um chamado para o amor, sem esse é
impossível nos identificarmos com Jesus. Na verdade, é no amor que demonstramos
que pertencemos a Ele, pois está escrito que o Mestre se dispôs a amar os Seus
discípulos até o fim (Jo. 13.1). Por isso deixou a seguinte ordenança para Seus
seguidores: “que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo. 15.12).
A palavra mais sublime no Novo Testamento Grego para amor é agape, com o
significado de “amor desinteressado, profundo e constante”. Essa é a mesma
palavra que encontramos em Jo. 3.16, por meio do qual sabemos que Deus amou o
mundo de maneira tal que entregou Seu Filho Unigênito para morrer pelos que
nEle creem”. João afirma, em I Jo. 4.19, que nós somente amamos a Deus porque
Ele nos amou primeiro”. Mas existem outras palavras gregas para expressar o
amor: philia – que carrega o sentido de amor fraternal, e eros – que emana dos
sentidos naturais. O maior desses amores certamente é o AGAPE, por possuir uma
dimensão vertical – em direção a Deus, horizontal – em direção ao próximo, e
interior – em direção a nós mesmos. É importante que essas dimensões do
amor-agape sejam consideradas, pois alguém que se fia demasiadamente no amor a
Deus pode se tornar um fanático, o que busca apenas o amor ao próximo se torna
um mero filantropo; e o amor somente a si mesmo, favorece ao egocentrismo. Por
isso Jesus foi enfático ao ressaltar a natureza tríplice do amor-agape (Mc.
12.28-34; Mt. 22.34-40). A observância aos mandamentos de Cristo passa
inclusive pelo amor, pois somente aqueles que O amam podem guardar Seus ensinos
(Jo. 14.15).
2. A
IDENTIFICAÇÃO ESPIRITUAL DO AMOR-AGAPE
O amor-agape é identificado com maior propriedade
em I Co. 13, que ressalta esse como uma característica da vida genuinamente
cristã. Nesse texto Paulo também faz um contraponto entre o amor-agape e os
dons espirituais, abordados nos capítulos 12 e 13. Nada há de errado em
buscar os dons espirituais, mas é preciso que esse esteja em consonância com o
amor-agape (I Co. 14.1). A partir desse texto depreendemos que o amor é
sofredor – que se sacrifica pelo outro; é benigno – demonstrado através de
ações; não é invejoso – não se ressente com o sucesso dos outros; não trata com
leviandade, não se ensoberbece – não se coloca acima dos demais; não se porta
com indecência – não destrata as pessoas, principalmente em público; e não
busca seus interesses - mostra disposição para o serviço; não se irrita –
não se chateia com as pessoas; não suspeita mal – não guarda rancor das pessoas;
não folga com a injustiça – antes se deleita com a verdade. Paulo concluiu esse
trecho da sua Epístola assegurando que “permanecem a fé, a esperança e o amor,
estres três; porém, o maior deste é o amor” (I Co. 13.13). É interessante
observar que os cristãos geralmente se lembram de Jo. 3.16, mas poucos guardam
na memória I Jo. 3.16, que diz: Conhecemos o amor nisto: que Jesus Cristo deu a
sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
3. EXEMPLOS PARA O VIVER NO AMOR-AGAPE
Existem vários exemplos bíblicos de amor-agape,
certamente o mais emblemático entre eles é o de Jesus, que amou Seus
discípulos, e entregou a Sua vida pelos pecadores. Ele é a expressão maior do
amor divino, na verdade, Deus prova Seu amor para conosco pelo fato de Cristo
ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8). Entre aqueles que
serviram ao Senhor no primeiro século, muitos se destacaram na manifestação do
genuíno amor. Os cristãos de Colossos desenvolveram essa virtude do fruto do
Espírito, pelo qual foram elogiados por Paulo (Cl. 1.3-8). A Igreja de Éfeso
também era amorosa, tendo recebido com cuidado o Apóstolo Paulo (At. 20.20-31),
ainda que, em Ap. 2.4, são advertidos pelo Senhor, por terem esquecido o
primeiro amor. Uma igreja é realmente promissora quando cresce no amor-agape, o
restante é apenas adereço, e não pode ser supervalorizado. Cada discípulo de
Jesus deve cultivar o amor-agape, como fez João que ficou reconhecido como o
discípulo do amor (Jo. 19.25,26). Antes de partir, Jesus também desafiou Pedro,
como um daqueles que seriam colunas da igreja, para que amasse a Cristo, bem
como as Suas ovelhas (Jo. 21.15-17). O amor-agape é um critério fundamental
para aqueles que desejam servir no ministério cristão. Muitos líderes foram
reprovados nesse particular, pois amam mais o presente século do que a Cristo,
e as ovelhas servem apenas para que delas tirem proveito. Jesus é o exemplo de
Pastor, que conhece cada uma das Suas ovelhas, e que se sacrifica por elas, e
lhes mostra o caminho correto (Jo. 10.1). Cada cristão deve estar disposto a se
entregar a Deus, e a servir o próximo em amor, somente assim mostraremos que
somos dEle.
CONCLUSÃO
Muitos querem ser identificados como seguidores de
Jesus, mas somente aqueles que O servem em amor podem assim serem vistos. Em
Jo. 13.35 o próprio Cristo afirma que somente podem ser classificados como
seguidores dEle aqueles que O seguem em amor. A verdade evangélica, comumente
defendida com muita veemência em alguns arraiais, especialmente os televisivos,
deve ser mostrada em amor e mansidão (I Pe. 3.15). É assim que o nome de Jesus
é glorificado, e a Igreja é vista como instrumento de graça, e alcança o mundo
distanciado de Deus (At. 2.47).
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Já estudamos
alguns aspectos do fruto do Espírito e obras da carne, Deixemos para tratar a
respeito do amor em uma única lição, pois o objetivo é que venhamos compreender
a singularidade e a importância desse aspecto do fruto do Espírito.
Podemos agrupar os nove aspectos do fruto do
Espírito Santo da seguinte maneira: Os atributos que tratam do nosso com Deus:
amor, paz e alegria. Os que tratam do nosso relacionamento com o próximo:
longanimidade, benignidade e bondade. Os que tratam do nosso relacionamento com
nós mesmos: fidelidade, mansidão e domínio próprio. Porém, nesta lição, veremos
o aspecto do amor. A maior marca de uma igreja não é sua teologia, seu templo,
tradições, mas sim o seu amor para com o Senhor Jesus e para com o próximo. [Comentário: Quem ama ao próximo, tem cumprido a lei. "Próximo"
é literalmente "o outro", isto é, o próximo de alguém. É muito
possível traduzir assim esta sentença: "Aquele que ama, tem cumprido a
outra lei" - a "outra lei" sendo, neste caso, o
"segundo" mandamento de Mateus 22.39 e Marcos 12.31: "Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo." Contudo, é preferível a tradução que
consta do texto, e a referência é, em todo caso, ao mandamento que Jesus citou
como "o segundo" que é semelhante ao primeiro. Quem paga esse débito
cumpre a lei - citação de Levitico 19.18, "Amaras ao teu próximo como a
ti mesmo", como um sumário dos mandamentos, introduz Paulo diretamente
na tradição de Jesus, que colocou estas palavras como o segundo grande
mandamento ao lado de "Amarás o Senhor teu Deus ..." (Dt 6.5),
"o grande e primeiro mandamento", acrescentando: "Destes dois
mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (Mt 22.37-40; ver Mc
12.28-34). Paulo menciona o segundo aqui, e não o primeiro, porque a questão
imediata relaciona-se com os deveres do cristão para com o seu próximo - tema
dominante dos mandamentos da segunda tábua do Decálogo. Estes mandamentos nos
proíbem prejudicar o nosso próximo de qualquer modo, Visto que o amor nunca
prejudica a outros, o amor cumpre a lei. Por que o amor é a marca distintiva de
uma Igreja forte? Em João 13.35 Jesus afirma que os seus discípulos seriam
identificados pelo amor; Ágape deve ser a marca distintiva dos seguidores de
Cristo (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e
sacrificial, que visa o bem do próximo (1Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento
entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme,
que vise altruisticamente promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem
ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação
uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf. 1 Jo
3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).] Dito isto, vamos pensar maduramente a
fé cristã?
I. A
SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE
1. Amor, um aspecto do fruto. O amor é o primeiro aspecto do fruto que encontramos na relação de Gálatas
5.22. Podemos afirmar que tal
sentimento é o solo onde os
demais aspectos do fruto devem ser cultivados. Paulo relata a suprema
excelência do amor em l Coríntios 13. A Língua grega possui três vocábulos para
denominar o amor: ágape, amor divino; philéo, amor entre amigos e eros, amor
entre cônjuges. [Comentário: O comentarista afirma que ágape é sentimento, no entanto,
ágape, o amor que só possui quem nasceu de novo, o amor de Deus, é condicional e não sentimental - “Se me amais, guardareis os meus
mandamentos” (Jo 14.15) – está intimamente
ligado à obediência - "Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos;
e os seus mandamentos não são pesados" (1Jo 5.3). "Eu amo aos que
me amam e os que cedo me buscarem, me acharão" (Pv 8:17). O amor de Deus
para com o homem é condicional, pois Ele ama aos que O amam. É condicional por
haver um quesito e demanda reciprocidade. Concluir que o amor de Deus é
incondicional, geralmente decorre da má leitura dos seguintes versículos: “Nisto
consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou
(...) Nós o amamos a Ele, porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.10 e 19).
"Mas, Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós,
sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Só é possível ao homem amar a
Deus porque Ele amou primeiro, ou seja, se Deus não houvesse primeiramente dado
um mandamento aos homens, seria impossível aos homens amarem a Deus. A Bíblia
afirma que antes de conhecermos a Cristo, éramos "odiosos, odiando-nos
uns aos outros" (Tt 3.3). Jesus afirmou que seus discípulos seriam
conhecidos pelo amor com que se amavam. "Ágape" é o termo grego para
o mais profundo e o mais sublime amor. Ágape sempre caracterizou Deus. Em João
3.16 a Bíblia nos mostra o tão grande amor do nosso Deus quando diz: "Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho..." Existe maior
amor do que este? Encontramos também este amor expresso em 1Co 13.4-7. Note a
explicação do comentarista para as três palavras gregas para amor. De fato,Eros se refere ao amor sexual e, como
sabemos, Eros deve existir dentro do casamento; de
igual forma, phileo, o
amor que existe entre pais e filhos, e entre irmãos, é o tipo de amor que se
desenvolve com o tempo, e também deve existir no casamento! Mas o amor que
realmente sustenta um relacionamento cristão é o ÁGAPE – um casamento
fundamentado no ágape pode sobreviver a qualquer tipo de tempestade,
desencontros, desavenças, etc. Se alicerçamos nosso casamento no amor ágape, a
palavra de Deus se torna realidade quando Ele diz: "o amor nunca acaba".
Certamente este tipo de amor precisa ser aprendido e esta aprendizagem exige
muito esforço e conhecimento. Todos precisamos aprender a amar. Mas, para que
um casamento seja feliz é necessário existir estes três tipos de amor.Este
texto foi extraído em parte do site http://solascriptura-tt.org/DoCoracaoDeValdenira/AmorQDevemosAprender-Valdenira.htm..
Nesta relação, está faltando o termo grego Storgé - o mais benéfico dos afetos, acontece
especialmente com a família e entre seus membros, normalmente afeição de Pais
aos filhos. ]
2. O amor ágape. O amor de Deus é expresso no grego pela palavra ágape. Tal vocábulo
significa "amor abnegado e profundo". Um dos atributos do nosso Deus
é o amor (1Jo 4.8). Seu amor por nós é ímpar. Não podemos nos esquecer que hoje
amamos ao Pai e ao próximo porque o amor divino nos alcançou primeiro:
"Nós o amamos porque ele nos amou primeiro" (1Jo 4.19). O que fizemos
para merecer tal amor? Nós não fizemos nada. O mérito de tal sentimento não é nosso.
Mas Ele nos amou quando éramos ingratos e maus e nos deu o seu Filho Unigênito
para morrer em nosso lugar (Jo 3.16). [Comentário: Ágape é aquele amor que se dá e se sacrifica pelo mais alto
bem da outra pessoa. Tal sublime amor prático é completamente abnegado, ou
seja, busca o que é melhor para aquele que ama. O amor ágape também é dedicado,
ou seja, continua amando aconteça o que acontecer. No site do Centro
Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), no artigo de Marcos Brito, ‘Os
quatro tipos de amor’, lemos: “Amor “ágape”: Dos quatro, este é o amor
maior, pois tem origem no próprio Deus que é a revelação clara desse amor (Jo
3.16; 1Jo 4.8-18; 1Co 13.1-13; Ef 5.25). Esse amor é incondicional. Ou seja,
não espera nada em troca. Não preciso esperar que alguém me ame para amá-lo.
Aliás, com esse amor é possível amarmos até os nossos inimigos (Mt 5.44). Ele
também é infalível e eterno, como se pode ver em 1Coríntios 13.8,13. É bom
salientar que, todos os seres humanos possuem, por natureza, os três tipos de
amor já mencionados (“eros”, “fileo” e “storge”), entretanto, o amor “ágape” só
se adquire quando se nasce de novo, ou seja, ele passa a operar na vida do
homem, quando este se torna templo do Espírito Santo (Gl 5.16-22). Com o amor
“ágape” devemos amar a Deus e ao próximo: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas
as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este,
é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que
estes.” (Mc 12.30-31 – grifo meu). Na Bíblia, o termo “ágape” ocorre com mais
frequência que os outros. Isso demonstra a importância desse amor! Já, no
versículo bíblico seguinte, o apóstolo Paulo cita dois dos quatro tipos de
amor: “Quanto, porém, ao amor fraternal (amor “fileo”, no original
“filadélfias”), não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais
instruídos por Deus que vos ameis (“ágape”) uns aos outros” (1Ts 4.9 – grifo
meu). O mesmo apóstolo também escreveu: “Amai-vos cordialmente uns aos outros
com amor fraternal (no original, “filadelfia”), preferindo-vos em honra uns aos
outros.” (Rm12.10 – grifo meu). Temos no primeiro versículo a junção do “fileo”
e do “ágape”, enquanto que, no segundo, a expressão “amor fraternal” é a
tradução do grego “filadelfia”. Amar é um sentimento que nunca deveria ser
extinto do ser humano, apesar de a Palavra de Deus afirmar que, “por se
multiplicar a iniquidade(o pecado), o amor(“ágape”) de muitos esfriará.”(Mt
24.12 – grifo meu).” Continue
lendo em: http://www.cacp.org.br/os-quatro-tipos-de-amor/.]
3. O amor ágape derramado em
nós. Quando recebemos, pela fé, o Senhor Jesus, nos tornamos uma
nova criatura (Jo 3.3). E, assim, foi-nos enxertado o amor que é a essência do
Pai. Se somos discípulos de Cristo, amamos ao Pai e ao próximo. O amor de Deus
em nós nos proporciona paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e
temperança (G15.22). Quem tem o amor de Deus considera o próximo e está sempre
disposto a servir a todos, assim como o nosso Mestre (Mc 10.45). [Comentário: Como fruto do Espírito, logicamente só possui ágape que foi
regenerado, e quem verdadeiramente foi regenerado deve demonstrar sempre ser
possuidor de ágape! “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo
14.15). O amor que Jesus exige é serviçal, sujeição ao seu senhorio. O amor de
Deus está expresso em seus mandamentos e os homens, por sua vez, amam a Deus,
obedecendo-O. Quando Deus dá um mandamento, há um objetivo: a obediência de um
coração puro. "Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, de
uma boa consciência e de uma fé não fingida" (1Tm 1.5). Ao escrever a
Timóteo, o apóstolo Paulo não falou do fim da lei, antes, do objetivo do
mandamento de Deus: a obediência. O termo grego τέλος (telos), traduzido por
‘fim’, na verdade significa ‘finalidade’, ‘objetivo’. O mandamento que o
apóstolo Paulo destaca, refere-se à doutrina do evangelho (1Tm 1.3). O
mandamento de Deus expressa o Seu cuidado e tem por objetivo a obediência do
homem e quando a obediência ocorre, o homem estará ao abrigo do cuidado de
Deus. O leitor deve estar atento, pois, algumas vezes, os escritores bíblicos
fazem referência ao amor de Deus e outras vezes, ao amor do homem. Por exemplo,
neste verso da epístola de João, o amor em destaque é o do homem: “No amor
não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem
consigo a pena e o que teme não é perfeito em amor” (1Jo 4.18). O amor que
não remete ao medo, não diz do amor de Deus, mas, sim, do amor do homem. O amor
como obediência, não tem espaço para o medo, antes a perfeita obediência lança
fora o medo. O medo só vem à tona por causa da pena e, qualquer que tem medo, é
porque não é um obediente perfeito. Extraído
de: http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/o-amor-de-deus-328.]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, inicie o primeiro tópico da lição fazendo
a seguinte indagação: "Quais são as três dimensões do amor ágape?"
Ouça os alunos e incentive a participação de todos para que aula se torne
dinâmica. Em seguida, desenhe no quadro duas linhas: uma vertical e uma
horizontal. Depois desenhe um ponto. A seguir explique que o amor divino possui
três dimensões: (1) A dimensão vertical (aponte para a linha vertical). Diga
que é o amor em direção a Deus. (2) Dimensão horizontal (aponte para a linha
horizontal). Fale que é amor em direção ao nosso semelhante. (3) Dimensão
interior (mostre o ponto). É o amor em direção a nós mesmos. Diga que se
conseguirmos cumprir essas três dimensões, cumprimos toda a lei. Para concluir,
peça que um aluno leia Lucas 10.27: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu
entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo." Explique que como crentes
precisamos viver esses três aspectos.
II. AMAR A
DEUS E AO PRÓXIMO
1. O amor a Deus. O amor de Deus por nós é altruísta, abnegado e impar. E a única coisa que
Ele nos pede é que também venhamos a amá-lo com todo o nosso coração: [...]
"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração [...]" (Mt 22.37). Como podemos expressar nosso amor a
Deus? De diferentes formas: sendo fiéis em nossos dízimos e ofertas, louvores,
orações, lendo a Bíblia, etc. Mas a melhor maneira de expressar nosso amor a
Deus é abandonar o pecado e procurar ter uma vida santa. Quem ama a Deus não
tem prazer na prática do pecado. Quem se encanta com o pecado não ama ao Senhor
e nunca o conheceu. Por isso, Jesus afirmou que muitos dirão naquele Dia:
"Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não
expulsamos demônios? (Mt 7.22). A resposta do Senhor para estes é apenas uma:
[...] "Nunca vós conheci [...]" (Mt 7.23). [Comentário: Como podemos expressar nosso amor a Deus? Só existe uma
forma: sendo obedientes à Sua Palavra! “Se me amais, guardareis os meus
mandamentos” (Jo 14.15). O amor exigido de nós é serviçal, sujeição ao
senhorio de Cristo! "E o amor é este: que andemos segundo os seus
mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes, que
andeis nEle" (2Jo 1.6); "Porque este é o amor de Deus: que
guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados"
(1Jo 5.3). Sobre o uso do termo amor, Jesus deixou explicito, de como amar a
Deus: “Mas, é para que o mundo saiba, que eu amo o Pai e que faço como o Pai
me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui” (Jo 14.31). Jesus amava a Deus,
fazendo, especificamente, o que Ele ordenou e qualquer que diz amar a Deus, tem
que fazer, exatamente, o que Jesus fez: obedecer a Deus! Nesse mesmo sentido, qualquer que
diz ‘amar’ a Jesus, tem que obedecer aos Seus mandamentos, pois, se não
obedecer aos mandamentos de Jesus, significa que não O ama (Jo 14.21 e 23-24).
O fato de ser fiel nos dízimos e ofertas, louvores, orações, ler a Bíblia, não
serve como instrumento medidor do nosso amor por Deus. São as Escrituras que
dizem como sabemos que o amamos: “Aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama, será amado de meu Pai, e eu o
amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21); “Jesus respondeu e
disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará,
viremos para ele e faremos nele morada. Quem não me ama. não guarda as minhas
palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou”
(Jo 14.23-24). Quanto à afirmativa “O amor de Deus por nós é altruísta,
abnegado e impar”, um exemplo claro do amor de Deus, nas Escrituras,
encontramos na pessoa de Naamã, o capitão do exército do rei da Síria. Naamã
não nutria nenhuma sensibilidade ou afeição pelo Deus de Israel, visto que ele
nem mesmo sabia que somente em Israel havia Deus. Ao saber que teria de
mergulhar sete vezes no rio Jordão, a reação de Naamã foi de indignação. Do
mesmo modo, Deus não fez concessões e nem se sensibilizou com Naamã, por causa
da sua enfermidade. Se Deus não se sensibilizou para atender aos milhares de
leprosos que haviam em Israel, não seria o caso de se sensibilizar por um único
homem estrangeiro (Lc 4:27). O amor de Deus foi demonstrado por intermédio de
um mensageiro do profeta, que disse: - “Vai e lava-te sete vezes no Jordão, que
a tua carne será curada e ficarás purificado” (2Rs 5:10). Deus não se ocupou
com o fato de Naamã ficar indignado e nem com a ideia que ele possuía acerca de
Deus e do seu profeta (2Rs 5:11), mas, sim, em que se obedecesse à Sua palavra.
Deus não se sensibilizou e nem sentiu qualquer afeto pela viúva de Sarepta, de
Sidom, pois, em igual situação, estavam muitas outras viúvas em Israel. Ele
atendeu a viúva, por ela se dispor a atender a ordem de Deus: sustentar o
profeta de Deus, mesmo não tendo recursos para fazê-lo: “Levanta-te e vai para
Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher
viúva que te sustente” (1Rs 17.9). Este
último texto foi extraído de:http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/o-amor-de-deus-328]
2. O amor a si mesmo. Amar a si mesmo pode parecer narcisismo, mas não é. Pois se você não se
amar e aceitar-se, como poderá amar a Deus? Amar a si mesmo é acima de tudo um
mandamento divino:"[...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt
24.9). Certamente não gostamos das nossas falhas e imperfeições. Não somos
perfeitos, mas precisamos colocar diante do Senhor tudo o que somos para que
Ele venha nos transformar. [Comentário: O amor a si mesmo é a fonte de todo egoísmo. Então, como
entender Mt 24.9? Amar as outras pessoas como amamos a nós mesmos pode ser
entendido de diferentes modos, mas de modo algum Jesus está querendo dar a
entender que devemos ser egoístas – A Bíblia condena os “egoístas” (2 Tm 3.2).
Ela nos exorta a não considerarmos apenas os nossos próprios interesses, mas
também o interesse de outros (Fp 2.4). Norman L. Geisler em Manual popular de
dúvidas, enigmas e contradições da Bíblia, escreve: “Jesus poderia ter em mente
que deveríamos amar os outros tanto quanto amamos a nós mesmos, (isto é, que
deveríamos medir o quanto) devemos amar os outros com a mesma medida com que de
fato amamos a nós próprios, não significando isso que o modo como nos amamos
esteja correto. Antes, Deus pode estar simplesmente apontando para o amor
próprio como sendo o padrão pelo qual devemos julgar até que ponto amar os
outros. Dessa forma, haverá um monitoramento automático do nosso amor próprio,
já que será com essa mesma intensidade que teremos de amar os outros também. Manual popular de dúvidas,
enigmas e contradições da Bíblia, Norman L. Geisler – Thomas A. Howe]
3. O amor ao próximo. Para amar o próximo com o amor ágape é preciso amar a Deus primeiramente.
O apóstolo João diz que Deus é amor, quem não ama, jamais o conheceu (l1Jo
4.7,8,12,20). Certa vez, um fariseu perguntou a Jesus qual era o grande
mandamento da Lei. Então, o Mestre ensinou que amar ao Senhor de todo o coração
e ao próximo é um resumo de todos os mandamentos (Mt 22.37-40). É importante ressaltar que amor não é
somente sentimento, mas ação. Não basta amar somente de palavras. O amor como
fruto do Espírito faz que eu queira para os outros aquilo que desejo para mim.
Faz com que eu tenha prazer em doar meu tempo, meus dons e talentos para o bem
do próximo. [Comentário: As seguintes declarações de William Barclay, em New
Testament Words, págs. 20-23 ao comentar ágape são importantes: “A grande
razão por que o pensamento cristão se fixou em ágape é que esta palavra exige o
exercício do homem todo. O amor cristão não deve apenas se estender aos nossos
mais próximos e mais queridos, nossa parentela, nossos amigos e aqueles que nos
amam; o amor cristão deve estender-se à comunidade cristã, ao próximo, ao
inimigo, a todo o mundo”. Ágape
tem a ver com a mente: não é simplesmente uma emoção que surge espontaneamente
em nosso coração; é um princípio pelo qual vivemos deliberadamente. Ágape tem a
ver supremamente com a vontade. É uma conquista, uma vitória, uma realização.
Ninguém jamais amou naturalmente os seus inimigos. Amar os inimigos é uma
conquista de todas as nossas inclinações naturais e emoções”. A passagem
principal para a interpretação do significado de ágape é Mt 5.43-48. Ali
estamos sob a obrigação de amar os nossos inimigos. Por quê? A fim de que
sejamos semelhantes a Deus. E qual é a ação típica de Deus que é citada? Deus
envia sua chuva sobre os justos e injustos e sobre os maus e os bons, o que
equivale a dizer – não importa a que um homem é semelhante, Deus nada procura
senão seu mais elevado bem. Quer o homem seja um santo, quer seja um pecador, o
único desejo de Deus é o maior bem daquele homem, Ora, isto é o que significa
ágape. Ágape é o espírito que diz: ‘Não importa o que qualquer homem faz a mim,
eu nunca procurarei o seu mal; eu nunca procurarei vingança; eu sempre
procurarei apenas o seu mais elevado bem. O ágape cristão é impossível para
qualquer um, exceto para um homem cristão.Extraído de: https://ligadonavideira.wordpress.com/2013/03/04/explicacao-de-textos-dificeis-da-biblia-o-amor-a-maior-das-virtudes/]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Amor fraternal (philia)
“Como visto em 2 Pedro 1.7, há um segundo tipo de
amor, o qual é chamado amor fraternal ou bondade fraterna. Este amor é amizade,
um amor humano que é limitado. Amamos se somos amados.
Lucas 6.23 diz: 'Se amardes aos que vos amam, que
recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam'. A bondade ou
amizade fraterna é essencial nas relações humanas, mas é inferior ao amor
ágape, porque depende de uma recíproca; quer dizer, somos amigáveis e amorosos
com aqueles que são amigáveis e amorosos conosco” (GILBERTO, António. O Fruto
do Espírito: A Plenitude de Cristo na vido do crente, 2.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2004, p. 36).
“Todos os que se dedicam a Jesus Cristo pela fé,
também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em Cristo (1Ts
4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o
bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo
solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas. Devemos referir-nos
em honra uns aos outros, devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas
qualidades dos outros crentes” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995, p. 1723).
III. SOB A
TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS TREVAS
1. Debaixo da tutela do amor. O que é uma tutela? A tutela é um "encargo jurídico de vetar por,
representar na vida civil e administrar os bens de menor, interdito ou pessoa
desaparecida". Logo, ter um tutor significa ter alguém para amparar,
defender e proteger. Fora da tutela do amor ágape, amor divino, o crente pode voltar
à prática das velhas obras infrutuosas da carne. Sem o amor de Deus, em nós,
somos capazes de amar mais as trevas que a luz (Jo 3.19). [Comentário: O verdadeiro cristão se achega à Luz Verdadeira. O texto de
Jo 3.19 nos fala das pessoas que andam nas trevas, elas estão nesta situação
porque amam as trevas, preferem as trevas que a luz. Elas rejeitam a luz! E por
que rejeitam a luz? Porque as suas obras são más; o crente verdadeiro, nascido
de novo, só pode desejar andar na luz. É o que vemos nas Escrituras. Paulo
termina o capítulo 12 de sua primeira epístola aos coríntios com as seguintes
palavras: "E eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente"
(1Co 12.31). Nas palavras do apóstolo, o exercício dos dons espirituais é algo
excelente, mas existe algo "sobremodo" excelente. No texto de 1 Co
13.1-3, o autor afirma que sem amor nada teria valor. A omissão ao amor anula
tudo; nenhuma prática legalista pode substituir seu exercício.]
2. Amor, antídoto contra o
pecado. Quem ama não trai o seu cônjuge, não mata, não rouba, não
cobiça, não dá falso testemunho, ou seja, não faz nada que possa desagradar ao
Pai Celeste. Se quisermos evitar as obras da carne, precisamos nos encher do
Espírito Santo e do seu amor (Ef 5.18). O amor nos faz agir de modo cortez e
paciente, demonstrando ao mundo que somos discípulos de Cristo (Jo 13.35). [Comentário: O crente se desenvolve e cresce espiritualmente quando se
põe atento ao processo de transformação em que o Espírito Santo o colocou. Ele
está sendo transformado a fim de alcançar a estatura de varão perfeito, e isto
tem tudo a ver com o amor derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. No
jardim do Éden, o homem pecou, comprometendo a imagem de Deus recebida na
criação; porém, quando é salvo e redimido no sangue de Jesus, o Espírito Santo
lhe ensina que a bandeira maior do Senhor sobre seus filhos é o amor. Desta
forma, ele resgata progressivamente a natureza de Deus outrora perdida. Devemos
duvidar de todo crescimento espiritual que não esteja relacionado com o amor. O
crescimento é diretamente proporcional ao amor.]
3. O amor leva à obediência. O amor, fruto do Espírito, não é um mero sentimento. Amar envolve ação,
atitude (1Jo 3.18). O que torna uma igreja forte não são seus recursos
financeiros, seus líderes ou o número de membros, mas o amor revelado em
atitudes e palavras. Quem ama tem prazer em ouvir e obedecer a Palavra de Deus:
"Se alguém me ama, guardará a minha palavra. [...] Quem não me ama não
guarda as minhas palavras" (Jo 14.23,24). Quem ama obedece e vive de modo
a agradar o Pai. [Comentário: Em Mt 22.37, Jesus expõe o modo como Deus deve ser amado:
"de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu pensamento".
A adoração do homem a Deus deve ser com todo o seu ser, com toda sua
personalidade. Claro está que isto não significa a mera prática de algum
ritual ou de leis cerimoniais, mas é, antes de tudo, o resultado da devoção
pessoal e da operação de Deus no coração humano. O amor a Deus é um sumário de
nossa comunhão e obediência a seus mandamentos (Js 22.5).]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Romanos 13.10
Pratica-se o amor não somente por mandamentos
positivos (Rm 12.9-21; 1Co 13.4,6,7), mas também por negativos. Todos os
mandamentos mencionados aqui são negativos na sua forma (v, 9; 1Co 13.4-6).
(1) O amor é positivo, e ao mesmo tempo é negativo,
pelo fato da propensão humana para o mal, o egoísmo e a crueldade. Oito dos dez
mandamentos da Lei são negativos, porque o mal surge naturalmente e o bem, não.
A primeira evidência do amor cristão é apartarmos do pecado e de tudo aquilo
que causa dano e tristeza ao próximo.
(2) A ideia de que a ética cristã deve ser novamente
positiva é uma falácia baseada nas ideias da presente sociedade, que procura
esquivar-se das proibições que refreiam os desejos descontrolados da carne (Gl
5.19-21) (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).
CONCLUSÃO
Como nova criatura, você precisa amar e
evidenciar esse amor mediante suas atitudes e palavras. Que venhamos rogar ao
Pai um coração amoroso, capaz de amar até mesmo aqueles que se declaram nossos
inimigos (Mt 5.44). [Comentário: "O amor de Deus está derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5.5). O amor é a comprovação
e o aferidor da espiritualidade; é o solo onde o Espírito Santo produz no
crente a condição de verdadeiro filho de Deus. O amor não é somente superior
aos dons, mas é o elemento legitimador de seu uso na edificação da igreja. Ele
leva ao equilíbrio; é o grande princípio de toda ação; ele supera tudo. O amor
pode ser definido como "a mais profunda expressão pessoal possível".
Jesus em Mt 22.35-37 definiu o amor como uma atitude que envolve o coração, a
mente e a vontade. Ágape não se define como um mero sentimento; mas é o poder
de Deus que atua na personalidade inteira do homem transformando e capacitando a
amar nas três dimensões acima estudadas. Por fim transcrevo as palavras do Pr
Geremias Couto: “Nossa insistência em desenvolver por nós mesmos as virtudes
do fruto do Espírito será sempre um fracasso. Essa é a razão pela qual há
muitos cristãos frustrados. Tentam e não conseguem. Não custa lembrar mais uma
vez que é o Espírito Santo quem as desenvolve em nós. Lembremo-nos que as
misericórdias de Deus nos sustentam. Dependamos delas e não dos nossos
esforços. Estes nada têm de bom em si mesmos. Que a correnteza do Espírito nos
carregue.” Extraído do
Facebook] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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