SUBSÍDIO I
Na lição de hoje estudaremos
mais um aspecto do fruto do Espírito, a bondade. Em oposição a esse aspecto do
fruto do Espírito, vamos refletir a respeito da maldade, mas especificamente a
respeito do homicídio, que é a destruição do próximo. Temos visto a cada dia a
maldade crescendo mais e mais. Falta amor e sobra rancor, ódio, ira, etc. A
humanidade sem Deus caminha de mal a pior. Precisamos guardar os nossos
corações, enchendo-o com a Palavra de Deus a fim de que venhamos rejeitar toda
a forma de crueldade. Que jamais venhamos “acostumar-nos”, ou seja, nos
tornarmos insensíveis diante da violência e da crueldade que assola a nossa
sociedade. (Seria interessante levar alguns jornais e discutir com os alunos o
avanço da violência, da maldade e do número de homicídios nos grandes centros
urbanos.)
No livro de Provérbios, um livro prático, encontramos
várias referencias a respeito da maldade. Tomemos como exemplo o texto de
Provérbios 6.12, pois esse texto afirma que “o homem de Belial, o homem
vicioso, anda em perversidade de boca”. O que significa “homem de Belial”?
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe significa homem inútil, sem valor,
mau, iníquo. Esse texto nos mostra que a maldade está no falar e no agir.
Podemos ferir as pessoas com nossas palavras e até “matá-las”. Jesus afirmou
que aquilo que dizemos revela o que existe em nosso interior, coração (Mt
12.34-36). Suas palavras evidenciam um coração bondoso?
A maldade pode ser evitada? Sim! Se mantivermos um firme
compromisso com Deus e com sua Palavra. Por isso, guarde a sua mente, não
permitindo que seus pensamentos se fixem naquilo que é mal. E já que o tema da
lição é bondade X maldade é interessante para a nossa reflexão, que venhamos
fazer a seguinte indagação: “Qual é a origem da maldade?” “Como o mal entrou no
mundo?” Segundo Charles Colson, importante teólogo, “as Escrituras ensinam que
o mal entrou na criação pelas livres escolhas morais feitas pelos primeiros
seres humanos, em resposta à tentação de Satanás, um anjo de luz caído. Como
uma praga, este mal se espalha por toda a história em virtude das livres
escolhas morais que homens continuam a fazer.”
A maldade é resultado da Queda e o primeiro homicídio
aconteceu na família do primeiro casal. Abel tinha um caráter justo e oposto ao
do seu irmão Caim. Adão e Eva devem ter dado a mesma educação aos dois filhos,
todavia o ensino dos pais não foi e não é suficiente para moldar o caráter dos
filhos. O ensino é importante, mas somente Jesus pode transformar o nosso
verdadeiro eu. Caim tinha um coração mau, dominado pelo ódio e pela inveja, por
isso, teve o seu sacrifício rejeitado. Deus não olhou e não olha para a oferta
em si, porque o mais importante é o coração, o caráter do ofertante. Por isso,
Jesus declarou: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares
de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua
oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta
a tua oferta” (Mt 5.23,24). Jamais poderemos comprar a Deus ou impressioná-lo
com as nossas ofertas, pois tudo que existe nos céus e na Terra pertence a Ele.
O Senhor não deseja apenas a nossa oferta, Ele almeja ser o primeiro em nossos
corações. Somente quando Ele tem o primeiro lugar pode-nos transformar e fazer
de nós pessoas melhores, bondosas, cujo caráter revele a sua glória.
Sugestão didática:
Converse com os alunos mostrando que a benevolência torna o
crente uma testemunha do amor de Deus e evita que venhamos ferir ou magoar o
próximo. Segundo o Senhor Jesus, podemos atentar contra a vida de uma pessoa
com nossas palavras (Mt 5.21,22). Quantos não foram feridos e encontram-se
espiritualmente mortos devido a uma palavra ou uma ação, ainda que não
intencional, de um irmão(a)? Por isso, precisamos ter cuidado!
Peça que os alunos formem duplas. Em seguida, peça que as
duplas, sem deixar que o outro veja, escrevam uma tarefa que gostaria que o
irmão ou irmã executasse (cantar um hino, falar uma poesia, recitar o texto
áureo de cor, etc.). Depois que todos escreverem, peça que formem um único
grupo. Em seguida, peça que troquem os papéis (e as tarefas). Depois da troca e
leitura das tarefas, pergunte aos alunos: “Se soubesse que a tarefa seria
executada por você, teria pedido algo diferente, mais fácil? O objetivo é
mostrar que precisamos ser benignos para com o nosso próximo. A bondade faz com
que venhamos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Aquilo que não
desejamos para nós, não podemos também desejar ao outro.
Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
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A bondade que confere vida
A única forma de um ser humano mau se tornar em um
ser humano bom de maneira plena é por intermédio da graça de Deus mediante a fé
em Jesus Cristo (Ef 2.8). Somente assim que a pessoa tem a condição de
compreender as implicações destes dois mandamentos do Senhor: “O primeiro de
todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma,
e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro
mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Mc 12.29-31). Por isso
devemos compreender que há somente um Deus todo-poderoso, glorioso e gracioso
que devemos amá-lo e honrá-lo com toda a nossa vida. De modo que esse amor seja
direcionado ao próximo que está ao nosso lado como o bem que fazemos a nós
mesmos. Aqui, a bondade como fruto do Espírito começa a se manifestar.
Neste aspecto, a bondade é um compromisso que tem a
ver com o benefício do outro. É viver a bondade de Deus até as últimas
consequências. Ora, Deus é bom e deseja que todos manifestemos sua bondade por
onde passarmos. Uma bondade extraordinária que não pode ser encontrada em
nenhum lugar, senão pela Palavra de Deus, mediante o encontro que tivemos com
Jesus, o Nazareno, cuja vocação nos foi dada sem arrependimento. Nosso Deus é
bondoso, gracioso, maravilhoso, pois assim criou os céus e a terra. Por isso, no
lugar de vingança, oferecemos amor, consolo, disponibilidade para acolher quem
mais precisa de nós. Sempre há alguém que precisa de um acolhimento verdadeiro
e podemos ser o instrumento de Deus para acolhê-lo.
Diferentemente da bondade, o homicídio como obra da
carne não acolhe a ninguém, pelo contrário, destrói a vida alheia, separando
para sempre das pessoas queridas. Sobre o homicídio, a proibição de se tirar a
vida do próximo remonta o Decálogo (Ex 20.13): não matarás. Ou seja, todo
atentado contra a vida humana é um atentado contra o mandamento de Deus. Todo
atentado contra o ser humano inocente, o aborto deliberado, o homicídio pensado
e planejamento, é um atentado contra a Criação de Deus. Entretanto, para além
do homicídio físico, o apóstolo João também se referiu ao homicídio quando
disse: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum
homicida tem permanente nele a vida eterna” (1Jo 3.15).
Fonte: Revista Ensinador
Cristão, Ano 18 - nº 69 – jan./fev./mar. de 2017.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a bondade, veremos
inicialmente que essa está diretamente relacionada à benignidade. Em seguida,
destacaremos as características dessa virtude do fruto do Espírito.
Compararemos também a bondade com o homicídio, enquanto obra da carne, que
destrói a vida. Em um no qual predomina a cultura da morte, devemos levar a
vida através da bondade, tendo Cristo como o maior exemplo, ainda que não
sejamos correspondidos.
1. BENIGNIDADE
E BONDADE
Há quem assuma que benignidade (gr. chrestotes) e
bondade (gr. Agathosune) sejam virtudes gêmeas do fruto do Espírito. Essa
compreensão é justificada porque se pressupõe bondade da benignidade. As
pessoas que agem de maneira bondosa assim o fazem porque são conduzidas pelo
Espírito, que produz nelas a benignidade. A palavra grega para bondade se
encontra apenas quatro vezes no Novo Testamento, especificamente nos escritos
paulinos (Rm. 15.14; Gl. 5.22; Ef. 5.9 e II Ts. 1.11). Nos contextos nos quais
esse termo se encontra, está relacionado ao serviço cristão, ao exercício da
generosidade. Estamos vivendo em um contexto materialista e consumista, no qual
as pessoas não querem perder aquilo que possuem. O desprendimento é uma virtude
cada vez mais escassa, o individualismo está degenerando a sociedade. Não
podemos esquecer que fomos chamados para o amor (gr. agape), que deve ser
demonstrando tanto a Deus quanto ao próximo (Mc. 12.29-31). Jesus é o maior
exemplo de serviço, Ele mesmo assumiu que veio para servir, e não para ser
servido (Mc. 10.45). Mesmo sendo Deus, não teve por usurpação o ser igual a
Deus, tomando a forma de servo (Fp. 2.9). Deu exemplo ao lavar os pés dos
discípulos, quando esses debatiam a respeito de quem seria o maior (Jo. 13). A
igreja cristã deve ter a generosidade como prática constante. A esse respeito Paulo
elogiou as igrejas da macedônia, pois aqueles irmãos, “em muita prova de
tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou
em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo seu poder e ainda acima do seu
poder, deram voluntariamente” (II Co. 8.2,3). Os cristãos de Jerusalém tinham
tudo em comum, e não haviam necessitados entre eles, por causa do exercício da
koinonia (At. 4.34,35).
2. CONTRA A
CULTURA DA MORTE
A bondade é uma virtude que se opõe diretamente à
cultura da morte, ao homicídio que é uma obra da carne. Desde o princípio o
Senhor havia estabelecido como Lei para o povo de Israel o “Não matarás” (Ex.
20.13), que na verdade, o termo hebraico rasah seria melhor traduzido por “Não
cometerás assassinato”. Ao reinterpretar essa palavra, Jesus destacou que há
pessoas que atentam umas contra as vidas das outras, não apenas através de
objetos que as firam fisicamente, mas também moralmente e espiritualmente,
através das palavras (Mt. 5.21,22). Seguindo essa orientação do Mestre, o
apóstolo João assume que aqueles que aborrecem seus irmãos estão agindo como
homicidas (I Jo. 3.15). Não podemos incitar a cultura do assassinato, existe
nos dias atuais uma tendência a favorecer tudo o que é destrutivo. As pessoas
se alimentam de práticas mortíferas, elas fazem sucesso nos cinemas e nos jogos
eletrônicos. Os cristãos costumam ser criticados porque se posicionam pela
vida, sendo contrários ao aborto e a eutanásia, inclusive a pena de morte.
Existe violência demais neste mundo, e quanto mais ela for incitada, um tanto
pior. As pessoas estão se consumindo, a destruição começa pela ganância, o ódio
predomina, ao invés do amor. Devemos ter como fundamento a generosidade de Deus
em relação a nós, e nos envolvermos em uma revolução amorosa. De modo que se
alguém nos insultar, devemos responder com amor, e não “na mesma moeda”,
contrariando a justiça dos homens. Essa é uma atitude que exige renúncia dos
seguidores de Cristo, considerando que Ele mesmo deixou o exemplo, ao perdoar seus
algozes na cruz. Ele não retribui de acordo com as iniquidades, se assim
fizesse todos nós seríamos condenados. Por isso Paulo é categórico ao afirmar
que “Ele nos amou sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5.8; 12.19-21).
3. PELA
PRESERVAÇÃO DA VIDA
Como cristãos devemos propagar a cultura da vida,
pois Jesus é a Vida, nEle desfrutamos (Jo. 11.25; 14.6). E por que Ele é a
vida, tendo Ele mesmo entregue Sua vida por nós, não podemos difundir a
violência. Essa revolução passa pela disposição para perdoar, trata-se de uma
condição que somente pode assumir aqueles que foram alcançados pela graça
divina. Não devemos incitar à vingança, muito menos a práticas injustas, antes
ao amor. É comum os cristãos se oporem ao aborto e a eutanásia, mas são
favoráveis à pena de morte. Devemos defender a vida em todas as circunstâncias,
pois não nos compete punir com a morte quem quer que seja. Devemos também
ampliar nosso horizonte, e perceber que existem pessoas sendo mortas nos
hospitais, por falta de assistência médica de qualidade. A violência predomina
nas ruas porque os governantes não cumprem o papel que deveriam. Alguns
políticos, ainda que indiretamente, estão fomentando a violência, na medida em
que tratam com descaso a pobreza e a miséria. A defesa da vida passa por muitos
lugares, inclusive por nós mesmos, e não apenas pelas nossas opiniões, mas
também pelas ações. Os cristãos que são contra o aborto também deveriam
defender a existência de órgãos públicos (ou mesmo religiosos) que recebam
crianças de mães que não têm condições de criar seus filhos. Apenas criticar,
ou até mesmo criminalizar, não resolve a situações do aborto. Ele vai continuar
existindo clandestinamente, precisamos defender a vida sempre, mas criar
alternativas viáveis para assistir as mães que engravidaram, mas não podem
criar seus filhos.
CONCLUSÃO
Tratar na mesma moeda não resolve, a esse respeito
é importante lembrar: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à
ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe
de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm. 12.19-21). Esse
procedimento faz toda diferença na sociedade contemporânea, como cristãos não
devemos nos opor ao trabalho da justiça, mas temos a opção pessoal de responder
com bondade, ao invés do ódio e da vingança.
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Você já teve o
coração transformado e regenerado pelo Senhor Jesus? Então, não há mais espaço,
em sua vida, para sentimentos e desejos que faziam parte da sua velha natureza.
Na lição de hoje, veremos que os maus pensamentos, mortes, adultérios,
prostituição, falso testemunho e blasfêmias procedem do interior do homem, ou
seja, da velha natureza adâmica (Mt 15.18,19). [Comentário: Gramaticalmente, bondade é um substantivo abstrato. Do latim
“bonidate”, é a qualidade de quem tem boa índole. Ter bondade é
ser benevolente, ser amável, é procurar ajudar o outro. Benevolente significa
demonstrar bondade ou boa vontade em relação às outras pessoas. Bondoso é um
adjetivo que qualifica o indivíduo que demonstra bondade, que pratica atos de
bondade. Uma pessoa que revela grande bondade pode ser chamada de bonachão https://www.significados.com.br/bondade/.
Com base nessa definição entende-se que bondade é uma virtude típica da pessoa que não
mede esforços para levar o bem aos outros e nunca o mal. O bondoso sempre
estende sua mão para alguém. A palavra bondade na Bíblia se aplica àquilo que
proporciona satisfação estética ou moral (veja o relato da criação em Gn). No
hebraico, a palavra para expressar este conceito é tobh, literalmente “agradável”,
“alegre”. No grego, há duas palavras para traduzir essa idéia: a
primeira éagathos (bom),
que é o termo usado por Paulo para indicar o fruto espiritual da bondade; a
segunda é kalos (belo), que tem a ver com harmonia.Bondade,
portanto, tem uma dimensão ética e uma dimensão estética. Na dimensão ética,
significa viver de acordo com padrões elevados. Na dimensão estética, pode ser
entendida como beleza interior. O Pr Billy Graham no artigo ‘O Fruto do
Espírito’, escreve: “A palavra "bom" no entender da Escritura
significa literalmente "ser como Deus", porque Ele é o único que é
perfeitamente bom. Uma coisa é ter padrões éticos elevados, outra coisa é a
bondade que o Espírito Santo produz, que tem suas raízes em Deus. O significado
deste fruto é mais amplo do que simplesmente "fazer o bem". Bondade é
mais que isto. Bondade é amor em ação. Não somente traz em si a idéia de
justiça, mas demonstra esta justiça, este "fazer o que é certo"
vivendo diariamente no Espírito Santo. É fazer o bem a partir de um coração
bom, é agradar a Deus sem esperar medalhas ou recompensas. Cristo quer que este
tipo de bondade seja o normal em cada cristão. Os homens não podem achar
substituto para a bondade, e nenhum artista em retoques espirituais pode
imitá-la.” http://pastorcasse.blogspot.com.br/2012/05/o-fruto-do-espirito-bondade-billy.html.] Dito isto, vamos pensar maduramente a
fé cristã?
I. BONDADE: o firme compromisso para o benefício
dos outros
1. A bondade como fruto do Espírito. Podemos afirmar que a bondade e a benignidade são frutos gêmeos. A
palavra grega para bondade é agathosüne, e esta palavra pode ser aplicada em
relação a Deus como um ser perfeito e completo (Mc 10.18), e em relação à
benevolência de alguém (Mt 12.35; At 11.24; 1Pe 2.18). Como um dos aspectos do
fruto do Espírito, podemos dizer que a bondade é uma qualidade nobre, gerada
por Deus, nos corações daqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.3).
Quem já experimentou a regeneração, em Jesus Cristo, é nova criatura e
naturalmente inclinado a fazer o bem (2Co 5.17). [Comentário: Bondade (agathosune),
zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos
de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13). O
significado essencial de agathosune é a generosidade que flui
de uma santa retidão dada por Deus. Paulo recomenda: “comunicai com os
santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade” (Rm 12.13), para “repartir
com o que tiver necessidade” (Ef 4.28). “comunicai com os santos nas
suas necessidades, segui a hospitalidade;” (Rm 12.13). Se compararmos com o
original do termo benignidade, constataremos que aquela é a prática ou a
expressão desta, ou seja, é fazer na prática o que é bom.]
2. A bondade de Deus é singular. Ele é bom para todos os homens, independentemente da condição destes (Sl
145.9). A bondade do Pai pode ser revelada na sua provisão, pois Ele faz com
que o sol e a chuva se levante sobre os justos e injustos (Mt 5.45). Contudo, a
maior prova da bondade de Deus está no fato de Ele ter enviado seu Filho
unigênito para morrer por nós, homens pecadores e maus por natureza (Jo 3.16;
Rm 5.8). Em geral costumamos agir bondosamente somente com aqueles que nos
tratam com benevolência, mas o Criador é bom para com todos; e, como filhos
seus, precisamos seguir o seu exemplo. [Comentário: Deus é a fonte da bondade, porque Ele é bom (Na 1.7; Ed 3.11) e
toda dádiva dele é boa (Tg 1.17). O Espírito Santo transmite esta virtude como
um fruto, para que cada um do bom tesouro possa tirar o bem (Lc 6.45). Barnabé
foi cheio do Espírito Santo e por isto se tornou um homem bom (At 11.24). Ele
deixou um brilhante exemplo de que maneira este fruto se manifesta. O seu
coração era aberto para dar (At 4.37; 2 Co 8.1-3). Ele viu o que a graça de
Deus havia operado (At 11.23), por isto conseguiu ajudar a Saulo (At 9.26-28;
11.25,26). Aquele que possui este fruto é feliz (Pv 14.14), pois pode ser uma
bênção para outros (Rm 15.14) e até deixa uma herança para os seus descendentes
(Js 11.23) e sente o favor de Deus (Pv 12.2). Diante da eternidade será
manifestado que Deus deu valor à bondade (Mt 25.23).]
3. Um homem bondoso e uma mulher bondosa. Na Bíblia, encontramos vívidos exemplos de homens bondosos, e Jó é
um desses homens. Ele não era somente justo e paciente, mas também bondoso para
com os outros (Jó 29.15-17; 31.32) e para com seus filhos, oferecendo a Deus
holocaustos por eles (Jó 1.5). Dorcas era uma discípula que usava do ofício de
costureira para abençoar os pobres (At 9.36,39). O texto bíblico afirma que
“ela estava cheia de boas obras e esmolas” (At 9.36). Suas ações em favor dos
necessitados demonstravam a sua bondade e o seu amor e devoção a Deus. Quem ama
ao Senhor ama também o próximo, mas esse amor precisa ser manifesto em ações.
Não basta dizer que amamos; é preciso mostrar esse amor por meio de ações. O
que você tem feito para demonstrar a sua bondade pelo próximo? [Comentário: A excelência da bondade é resumida na denominada Regra de Ouro:
"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mt 7.12). Em outras
palavras, devemos tratar os outros da mesma maneira que Deus nos trata - com
misericórdia e graça. Devemos ter um cuidado especial com nossos irmãos em
Cristo. Disse Jó: “Eu era o olho do cego e os pés do coxo; dos necessitados
era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência; e
quebrava os queixais do perverso e dos seus dentes tirava a presa... O
estrangeiro não passava a noite na rua; as minhas portas abria ao viandante”
(Jó 29.15,17; 31.32). Jesus equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé
como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma
comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de
suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o
crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados
de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do
Espírito Santo, para executar a tarefa (esta é a essência do Diaconato!) (At
6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade
cristã: "Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos domésticos da fé" (Gl 6.10). Deus quer que os que
têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade
entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não
nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor,
especialmente de nossos irmãos em Cristo.]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Bondade como fruto do Espírito é tradução de uma
palavra grega que é encontrada apenas quatro vezes na Bíblia: agathosune.
Quando comparada com chrestotes vemos que a bondade é a prática ou a expressão
da benignidade, ou seja, fazer aquilo que é bom. O termo agathosune só é usado
nos escritos de Paulo nas seguintes passagens: Romanos 14.14; Gálatas 5.22;
Efésios 5.9; 2 Tessalonicenses 1.11.
No primeiro destes textos, Romanos 15.14-16, Paulo
reconhece que os cristãos romanos estão prontos para ministrar uns aos outros
e, portanto, os exorta a ministrar, lembrando-os de sua chamada para ser
ministro (literalmente, servo) de Jesus Cristo. No versículo 16 (NVI), Paulo se
compara a um sacerdote que oferece a Deus os gentios salvos como oferta
santificada pelo Espírito Santo. Em todos estes versículos é vista a expressão
da bondade.
Bondade, então, fala de serviço ou ministério uns
aos outros, um espírito de generosidade posto em ação; diz respeito a servir e
dar. É o resultado natural da benignidade — a qualidade interior de ternura,
compaixão e brandura. Tudo isso está resumido na palavra amor. O amor é
benigno, que é o oposto do maligno. O amor é bom, sempre buscando ministrar às
necessidades dos outros” (GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: A plenitude
de Cristo na vida do crente. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.92).
II. HOMICÍDIO, A DESTRUIÇÃO DO PRÓXIMO
1. Não matarás. Em
Êxodo 20.13, temos uma ordem de Deus em favor da preservação da vida. A
ordenança divina é bem clara, de forma que até uma criança pode compreender:
“Não matarás” (Êx 20.13; Dt 5.17). Encontramos, em todo o Pentateuco, várias
advertências a respeito da violência contra a vida. Deus é bom. Por isso, Ele
estabeleceu leis para os homicídios dolosos, ou seja, quando uma pessoa mata a
outra intencionalmente (Dt 27.24,25) e culposos, quando não há intenção de
matar (Dt 19.4-6). O Senhor Jesus, nosso maior exemplo de bondade e amor,
reforçou a legislação divina ao ensinar que podemos atentar contra a vida do
nosso próximo até mesmo por palavras (Mt 5.21, 22). O apóstolo João também
deixa claro que quem aborrece o seu irmão é homicida (1 Jo 3.15). Que venhamos
a amar o próximo, cuidar dele e preservar a sua vida, pois esta é a vontade de
Deus para nós. [Comentário: As Escrituras deixam claro que é impossível alguém odiar seu irmão
e andar na luz. Aliás, o simples fato de alguém confessar Cristo como seu
Salvador e odiar/aborrecer os seus irmãos, demonstra que esta pessoa está em
trevas, isto é, não tem a Cristo. Quando João fala de ódio, transmite a ideia
de algo habitual, que caracteriza um estilo de vida, um estado no qual a pessoa
vive. Esse estado pode resultar em homicídio (Jo 3.11-15; 4.20,21). A lei
condena o homicídio; a graça se antecipa ao expor a força motriz do homicídio -
o ódio. É seguindo esta linha de pensamento que João afirma ser homicida
qualquer que aborrece ao seu irmão (1Jo 3.15). Assim, pelos padrões cristãos,
não é necessário chegar a matar para ser considerado um homicida. O ódio faz
parte da galeria dos pecados que levam o homem à morte espiritual (5.16).
Contra este pecado, ou a fim de preveni-lo, só há um remédio: o amor. Por outro
lado, aquele que ama a seu irmão, permanece na luz e nele não há tropeço
(v.10). Se quisermos permanecer na luz, devemos amar uns aos outros assim como
Cristo nos amou.]
2. Aborto, a morte de um inocente indefeso. Quando falamos em homicídio, estamos também nos referindo ao
aborto. Este ato perverso está inserido no sexto mandamento, pois é um atentado
contra a vida de um indefeso, além de ser um ato contra Deus, que é o doador da
vida (Is 45.12; Mt 10.28). O aborto, segundo o Código Penal Brasileiro, é
também um crime. Embora faça parte do Código Penal, alguns, erroneamente,
acreditam que o aborto deve ser uma escolha da mulher. Mas o Criador não
permite que nós, seres criados, venhamos a decidir quem deve ou não viver. Deus
nos criou, nos conhece e nos ama desde quando nosso corpo ainda estava sendo
formado no ventre de nossa mãe (Sl 139.16). [Comentário: O princípio que rege o sexto mandamento é o da proteção da vida.
Deus tinha em vista a preservação da maior de todas as Suas criações: o homem,
feito à sua imagem (Gn 1.27), portanto, atentar contra a vida, quer a de outro
ou a nossa, constitui desrespeito a Deus que imprimiu Sua imagem no homem (Gn
9.6). Independente do motivo alegado para justificar o aborto: médico,
ético/judicial, genético e ou social, tanto aqueles que aprovam quanto aqueles
que o realizam quebram o sexto mandamento. Deus deixou claro que a vida não
pode ser tirada por nós como num caso de aborto, e que não devemos, quando
depender de nós, nos omitir, participar de alguma forma ou facilitar que uma
vida seja tirada dessa forma. Certamente esta palavra é dura, inaceitável e até
inconsequente para aqueles que não pautam sua vida pela Palavra de Deus, mas
não deveria ser para um cristão. Quando um cristão cogita o aborto como uma
solução para algum problema ocorrido, ele está planejando um assassinato de uma
vítima inocente, indefesa. Concordando com qualquer motivo alegado, estamos
dando condições para que o pecado triunfe sobre nós e nos jogue na lama da
desobediência a Deus.]
3. O primeiro homicídio. Logo no primeiro livro da Bíblia, Gênesis, encontramos o triste relato
do primeiro homicídio depois da Queda (Gn 4.8-11). Caim matou seu irmão porque
deixou seu coração ser dominado pela inveja e o ciúme. O texto bíblico diz que
o próprio Deus amaldiçoou Caim numa forma de punição pelo seu ato (Gn 4.15).
Homem algum pode zombar de Deus, porque todo o pecado tem a sua recompensa (Gl
6.7). [Comentário: O Guia do Leitor da Bíblia
(CPAD) traz a seguinte informação: “E irou-se Caim fortemente” (Gn 4.5).
A ira de Caim mostra quão decidido ele estava em agir por conta própria, sem se
submeter a Deus. A ira é uma emoção destruidora. Nunca poderemos nos desculpar
por ter ofendido alguém dizendo: 'Tenho um temperamento agressivo'. Precisamos
considerar a ira como pecado e conscientemente nos submeter à vontade de
Deus" RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma
análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2012, p 28. Antes deste episódio, a morte física era ainda
desconhecida e foi Abel, o justo, o primeiro a ser vitimado por ela. Sob o
domínio de um profundo ódio contra o seu irmão Abel, sem que o mesmo tivesse
feito qualquer coisa que justificasse sua raiva, ele usou de engodo, ao convida-lo
a ir ao campo, para depois ataca-lo e matá-lo ((Gn 4.8). O fato de tê-lo
levado, indica que o crime fora premeditado, para escapar dos olhos de seus
país e, deste modo, evitar testemunhas contra o seu pecado. Caim procurou fugir
da responsabilidade de seu crime, como muita gente faz boje, por não querer assumir
seus próprios pecados. No texto de Genesis 4.11, 12 Deus expressa a sua
rejeição e a inevitável maldição, ao dizer-lhe: "E agora maldito és
desde a terra, que abriu a sua boca para receber das tuas mãos o sangue de teu
irmão". Este fato nos ensina que o ambiente em que vivemos influencia,
negativa ou positivamente na formação de nosso caráter. Caim, após matar seu
irmão, partiu para urna terra distante, e fez o que era mau aos olhos do
Senhor. Por isso, influenciou, negativamente, no comportamento de seus filhos e
podemos ver seu descendente Lameque matando por motivo fútil e gloriando-se por
isso.]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O sexto mandamento
“Não matarás (20.13). ‘Assassinar’ é mais precioso
aqui do que ‘matar’. A palavra hebraica rasah é a única sem paralelo em outras
sociedades do segundo milênio a.C. Ela identifica ‘morte de pessoas’ e inclui
assassinatos premeditados executados com hostil intenção e mortes acidentais ou
homicídios culposo. Dentro da comunidade da aliança, precisava-se tomar um
grande cuidado para que ninguém perdesse a vida, mesmo por acidente. O termo
rasah não é aplicado em mortes na guerra ou em execuções judiciais” (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
Capítulo por Capítulo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.64).
“Cidades de Refúgio
Entre as 48 cidades dadas aos levitas em Israel,
seis, por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de refúgio, ou asilo,
para o ‘homicida’ (Nm 35.6,7). O próprio Moisés escolheu três delas no lado
leste do rio Jordão: Bezer para os rubenitas, Ramote, em Gileade, para os
gaditas; Golã, em Basã, para os manassitas (Dt 4.41-43). Mais tarde, na época
de Josué, as outras três foram indicadas na parte oeste do Jordão. Elas estavam
convenientemente situadas nas regiões norte, central e sul da terra que habitavam.
Seriam construídas e mantidas abertas estradas para essas importantes cidades
(Dt 19.3).
Em Hebreus 6.18 está indicado que as cidades de
refúgio eram um tipo de Cristo. O apóstolo faz alusão a isso quando fala
daqueles que fugiram procurando um refúgio, e também da esperança oferecida a
eles. Nós procuramos o refúgio em Cristo, e nele estamos a salvo do Vingador do
sangue divino (Rm 5.9)” [PFEIFFER, Charles F. (Ed.) Dicionário Bíblico
Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.417-18].
III. SEJAMOS BONDOSOS E MISERICORDIOSOS
1. Servindo ao outro com amor. Jesus deve ser o nosso exemplo de serviço e amor. Ele declarou que
não veio ao mundo para ser servido, mas para servir e dar a sua vida por nós
(Mt 20.28). Vivemos em um mundo egoísta, onde as pessoas só querem ser
servidas. Por isso, precisamos, como sal e luz desse mundo, mostrar-lhes o
nosso serviço e compaixão (Mt 5.13,14). Paulo exortou os crentes da Galácia
para que levassem as cargas uns dos outros (Gl 6.2). Para realizamos tal ato
precisamos amar, pois levar a carga do outro significa ajudar o irmão que está
enfermo, enfrentando tribulação ou enfrentando necessidade financeira. Você tem
ajudado seus irmãos a carregarem suas cargas ou você tem ainda acrescentado
mais peso a elas? [Comentário: Se um irmão cair no pecado, outro que "anda no Espírito"
(veja 5.16,22-26) tem a responsabilidade de corrigi-lo, evitando que aquele
esteja sobrecarregado pelo erro (6.1; veja Tg 5.19-20; Jd 22-23). Ajudando o
outro a superar o pecado mostra o amor que cumpre tanto a lei de Moisés como a
de Cristo (6.2; veja 5.14). Assim, Paulo orienta a igreja dos gálatas a vencer
os conflitos internos, servindo uns aos outros em amor. Desde que nos tornamos
cristãos, fomos também dotados por Deus de uma grande variedade de dons
espirituais. Entretanto, graças a essa diversidade e por meio dela, todos
podemos cooperar para o bem de todos. Seja qual for a espécie de serviço que se
deva prestar na igreja, que seja feito de coração com fidelidade pelos que são
qualificados por Deus quer seja a profecia, o ensino, a exortação, a
administração, as contribuições materiais, a visitação aos enfermos, quer a
realização de qualquer outra classe do ministério. O amor, sendo o único
contexto em que os dons espirituais podem cumprir o propósito de Deus, deve ser
o princípio predominante em todas as manifestações espirituais. Daí, Paulo
exortar os coríntios: "Segui a caridade e procurai com zelo os dons
espirituais" (14.1). Os crentes devem, com muito zelo, buscar as
coisas do Espírito, para que, assim equipados, possam ajudar, consolar e
abençoar o próximo neste mundo.]
2. Ajudando o ferido. Vivemos dias difíceis, nos quais o egoísmo tem imperado em nossa
sociedade (2Tm 3.1). Precisamos demonstrar ao mundo o amor de Deus mediante as
nossas ações enquanto ainda temos tempo, pois sabemos que, em breve, Jesus
virá. Que não venhamos a agir como o sacerdote e o levita da parábola do Bom
Samaritano, mas que sejamos como aquele que acolhe e ajuda ao ferido (Lc
10.25-37). [Comentário: O Evangelho de Cristo produz em cada crente um comportamento digno
e santo diante de Deus e do mundo (Fp 1.27). No texto de Fp 1.27 destaco a palavra, “portai-vos”,
que descreve a vida de uma pessoa como cidadão. A cidade de Filipos prezava por
sua cidadania romana, mas Paulo relembra seus leitores de que a conduta mais
importante é portar-se de modo adequando aos cidadãos do Reino de Deus. “Farinha
pouca, meu pirão primeiro” tem sido a tônica na sociedade e também na
igreja. Depois de dar primazia a Cristo no capítulo 1 de Filipenses, Paulo
revela que o outro deve vir antes do eu. O amor não é egocentralizado, mas
outrocentralizado. O segredo da unidade é sempre pôr o interesse dos outros na
frente do nosso. No capítulo 2, Paulo cita quatro exemplos daqueles que pensam
no outro antes de pensar no eu: Cristo, ele próprio, Timóteo e Epafrodito. O
orgulho é competitivo por natureza e tenta elevar uma pessoa acima das outras,
promovendo conflitos em lugar de harmonia. Já a humildade aceita um lugar de
serviço, preocupando-se com necessidades e interesses dos outros. O amor é
essencial à humildade (1.9; 1Co 13.4,5).]
3. Ajudando os irmãos. Paulo ensinou aos gálatas a fazerem o bem a todos, mas
principalmente aos domésticos da fé (Gl 6.10). Quantos irmãos, em nossas
igrejas, estão carecendo de uma ajuda financeira, de uma oração ou de uma
palavra de consolo. Mas, às vezes, nos tornamos indiferentes à dor do outro e
nos esquecemos de ajudar aqueles que estão perto de nós. Não espere que seu
irmão peça a sua ajuda se você sabe que ele está enfrentando alguma dificuldade
e pode ajudá-lo, ajude-o. Também não espere receber recompensa: faça por amor e
bondade. A recompensa virá do Senhor quando então recebemos os nossos galardões
(Mt 10.41,42). [Comentário: A epístola aos Gálatas chega ao ultimo capitulo expondo o
princípio da sementeira e colheita, traduzido na máxima popular: "Aqui se
faz, aqui se paga". "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada,
sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes
também vos medirão de novo" (Lc 6.38). No verso 9 Paulo nos incentiva
e nos estimula a fazer o bem. O assunto diz respeito a todos os aspectos da
vida, como a ajuda aos necessitados, a hospitalidade, a assistência aos presos
e maltratados (leia Hb 13.1-3) — o serviço social. Essa prática do bem deve ser
ministrada a qualquer pessoa sem distinção de raça, cor, religião, "mas
principalmente aos domésticos da fé" (v.10). Vivendo dessa forma, Deus
abençoa, tanto no sentido espiritual como no material aos que ajudam os
necessitados. Ele aumenta os bens materiais para que também melhorem as
condições para ajudar aos necessitados. Quem dá ao pobre empresta a Deus (Pv
19.17). Quem ajuda ao necessitado Deus o abençoa (2 Co 9.8-12). Temos a
promessa de Deus de uma boa colheita — salário abençoado. Por isso que Jesus
disse que é melhor dar do que receber (At 20.35). Jesus assegurou que quem
ajuda ao necessitado de maneira nenhuma perderá o seu galardão (Mt 10.42). A
Bíblia diz que o "que retém o trigo, o povo o amaldiçoa" (Pv
11.26), sempre lembrando que as boas obras é fruto dos que são salvos.]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A história do bom samaritano ensina ao doutor da
lei que o seu próximo é qualquer um que ele encontrar que tenha uma
necessidade. Jesus encerra a história com a pergunta: ‘Qual, pois, destes três
te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?’. O
doutor da lei sabe a resposta, mas ele não pode deixar de falar a menosprezada
palavra ‘samaritano’ e ainda querer escolher seu próximo. Por isso ele só se
refere a ele como ‘O que usou de misericórdia para com ele’ (v.37).
A resposta do doutor da lei está correta, porque o
samaritano é aquele que agiu com o próximo. Mostrando compaixão, ele se alinhou
com o amor a Deus e ao próximo. Ao contrário do sacerdote ou do levita, ele se
submeteu ao mandamento de amor que resume toda a lei. Semelhantemente, Jesus
quer que o doutor da lei responda a Deus e ao próximo de maneira própria de
criança. Ele lhe fala: ‘Vai e faze da mesma maneira’. O doutor da lei também
pode cumprir a ordem de amar a Deus e ao próximo satisfazendo as necessidades
dos outros a despeito de raça, cor ou sexo” (Comentário Bíblico Pentecostal:
Novo Testamento. Volume 1. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.91).
CONCLUSÃO
Que possamos demonstrar ao mundo e aos nossos
irmãos a bondade de Deus que um dia foi derramada em nossos corações. Que
jamais venhamos aceitar qualquer forma de homicídio, pois somos novas criaturas
e sabemos que Deus abomina tal prática. [Comentário: Temos o dever de demonstrar ao mundo a bondade de Deus pelo menos
por quatro razões:
1) posição em Cristo e a responsabilidade nessa
relação;
2) recursos de conforto e encorajamento, por causa
do amor de Cristo;
3) a recompensada comunhão dentro do Corpo de
Cristo; e
4) a oportunidade de se compadecer.
Aos Filipenses, Paulo demonstra a importância dos
relacionamentos que deve haver entre os irmãos, trazendo a visão dos efeitos
que esta união vital dos membros traz à Igreja. A verdadeira essência da
unidade do Espírito consiste em viver de modo digno (Ef 4.1-3), permanecendo
firme num só espírito e propósito (Ef 4.3), combatendo lado a lado como
guerreiros pela propagação e defesa do evangelho, segundo a revelação
apostólica (v. 17; cf. Ef 4.13-15) e defendendo juntamente a verdade do
evangelho contra aqueles que são "inimigos da cruz de Cristo"
(3.18). E ainda, nunca devemos perder de vista que a vida cristã deve ser uma
vida generosa, cheia de liberalidade. A fé cristã está fundamentada nos dois
princípios do grande mandamento: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de
todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás a teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12.30,31).] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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